20.3.13


Questão 199 do Livros dos Espíritos 
INTERRUPÇÃO DA VIDA NA INFÂNCIA 
 
A curta duração da existência de algumas crianças é, por vezes, influência da existência passada, que foi interrompida antes de cumprir seus dias na pauta da vida. O que ficamos devendo, havemos de saldar. Entretanto, pode-ser igualmente, como caso mais difícil, um espírito que somente deve dias, ou meses, e mesmo anos para conquistar sua alforria na Terra, passar a pertencer a esferas elevadas, servindo também para provações dos pais, que sempre reajustam alguma coisa com esse fato que abala os seus sentimentos. O nada se perde, cabe nesses acontecimentos; tudo se transforma em lições valiosas, na universidade de Deus. 
Tudo isso se explica pelos processos das vidas sucessivas. Elas são as chaves com as quais abrimos as portas de muitos conhecimentos espirituais. Não blasfememos quando da perda de uma criança, desde quando tenhamos usado todos os recursos possíveis para a sua continuidade na Terra. Deus sabe o que faz, e os agentes assistência no que se refere à vida e ao nosso despertar para realidades espirituais. 
As idades em que os espíritos deixam o fardo físico na Terra são diversas, na diversidade das necessidades de cada um. Basta que olhemos com os olhos da alma, e compreendamos com a compreensão que a vida nos dotou. Tanto se vive por fração de minuto no mundo corpóreo como por mais de um século. O Senhor é consciente do que sucede na Sua vinha, que poderemos chamar de Vinha de Luz. Não existe injustiça em nós, nem fora de nós, nos espíritos, nem as coisas; tudo tem uma razão de ser na vastidão infinita da Criação. Poderemos viver felizes, no entanto, essa felicidade dependerá do nosso esforço, porque Deus já nos deu todas as oportunidades de adquiri-Ia. 
Despertemos, caminhemos e confiemos, que Deus Se encontra onde estivermos. Ele se acha onde não pensamos; Ele é vida que irradia até mesmo onde não há criação, apesar de tudo que pensamos sobre Deus, ainda assim, não encontramos o perfil do Senhor. Ele está além do raciocínio humano. Se ainda não nos conhecemos, como querer conhecer a Deus? As distâncias são imensuráveis. Estamos vivendo no finito; assim, como conhecer e explicar: 
o infinito? Fomos criados por Ele, e Ele é incriado. Qual a mente que pode explicar o que não foi feito? Qual a matemática que pode somar, onde não existem números? Até os modos de adorar a Deus na Terra são rudimentares. Somente palavras não prendem a atenção do Criador, Soberano do Universo! 
 Não nos preocupemos com a curta ou longa duração das existências na Terra, com muita saúde dos povos e enfermidade sem conta. Estamos passando por meios diversos de despertamento das qualidades espirituais e somente receberemos o que Deus determinar como sendo o melhor. Procuremos sempre estudar as mensagens espirituais, que elas nos falam muito das leis espirituais e da bondade e misericórdia de Deus. Nessa conscientização, passaremos a amá-lo acima de todas as coisas e depois compreendê-lo, amando o próximo, que é a nossa continuação. Somos todos irmãos inseparáveis, e o que fazemos com ele e por ele, estamos fazendo por nós mesmos.
 
Livro: Filosofia Espírita IV
Autor: João Nunes Maia
Espírito: Miramez

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