31.1.21

Turbulência Espiritual

Irmãos e irmãs: Jesus conosco.
Não desejando que a nossa palavra soe com pessimismo, não podemos negar, no entanto, que a Terra de agora vem atravessando grande momento de turbulência espiritual.
A referida questão, evidentemente, não se deve apenas aos problemas desencadeados pelo “Covid”, de vez que a pandemia que, nos tempos atuais, assola a Humanidade, é efeito, e não causa.
A verdade é que a turbulência, que ora se agrava, acenando com permanência mais ou menos longa, vem, pelo comportamento humano, se avolumando gradativamente através das últimas décadas.
O que constatamos ocorrer, qual tsunami psíquico a se lançar sobre as criaturas encarnadas, ameaçando tragá-las em suas caudalosas ondas de cepticismo, é consequência, sem dúvida, do descaso dos homens em relação ao que é pertinente ao espírito, e, em essência, à “rejeição” do Cristo que, após o episódio do Calvário, nunca padeceu perseguição semelhante à que vem experimentado agora.
Referimo-nos ao assunto pela insistência de muitos de nossos irmãos e irmãs de Ideal que têm nos dirigido incessantes apelos para que expressemos o nosso singelo ponto de vista em torno desse desassossego coletivo que parece tomar conta de imensas legiões de almas.
Tranquilizem-se, pois, não nos encontramos indiferentes às lutas morais que estão a caracterizar este século, desde o alvorecer do novo milênio – tudo temos feito para cumprir com os nossos deveres de fraternidade junto aos nossos companheiros que mourejam na carne. Não obstante, confessamos, a quantos anseiam pela nossa palavra e pela nossa presença, que, igualmente, não nos têm sido fácil atravessar esse “oceano mental” em constante turbulência, sem, muitas vezes, nos depararmos com um ancoradouro de fé e oração, a fim de que possamos contar com a mínima condição necessária para, em nome do Cristo, prosseguirmos em nossos labores exercidos entre as Duas Dimensões.
Todavia, estamos firmes e não haveremos de recuar, quanto solicitamos a todos os nossos irmãos e irmãs que a nós se unam no esforço de manter a calma e continuar enfrentando a situação na certeza de que as trevas não prevalecerão sobre a luz.
Forças espirituais antagônicas vêm encontrando respaldo nos pensamentos de pessimismo e nos sentimentos menos nobres de muitos que se encontram encarnados, preocupados tão somente com o imediatismo da existência no corpo perecível.
O momento é, sim, de pacífica resistência em nosso devotamento ao Bem, sem nos permitir contagiar pelo noticiário alarmista que se generaliza e pode nos dar a impressão de que o mundo seja um barco à matroca, perto de inevitável naufrágio. Em absoluto, porque o Senhor, com as suas Divinas Mãos, permanece no leme e essa turbulência, necessária a nosso ver, há de nos constranger à mudança de rota, induzindo-nos à descoberta de um novo mundo na própria Terra, na qual há de florescer uma nova Humanidade.
Inúmeros espíritos compromissados com a Justiça e com o Bem e, consequentemente, com o Cristo, já se encontram corporificados no planeta, ou em processo de corporificação, e, a pouco e pouco, haverão de substituir os espíritos renitentes que estão tendo uma de suas derradeiras oportunidades no orbe, antes que partam em demanda a doloroso exílio.
Redobremos, assim, as nossas orações e, sobretudo, a nossa confiança, sem consentir que a tempestade avassaladora que sopra em todas as latitudes do planeta estabeleça o caos em nosso mundo íntimo e nos arraste para onde pretendem nos conduzir aqueles que se erigem em adversários gratuitos do Senhor, que é o Caminho, a Verdade e a Vida.

INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 31 de Janeiro de 2021.

30.1.21

Esperança

Renova a tua esperança
E confia um pouco mais,
Toda luta que te alcança
É precursora da paz.

Euricledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
Uberaba – MG, 23-1-21
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do “Grupo Espírita da Prece”, na noite de 14 de Janeiro de 1989, em Uberaba – MG).

29.1.21

Humor Espírita

"Vivei em paz..."

Paulo (II Coríntios. 13:11.)
    Mantém-te em paz.
    É provável que os outros te guerreiem gratuitamente, hostilizando-te a maneira de viver; entretanto, podes avançar em teu roteiro, sem guerrear a ninguém.
    Para isso, contudo - para que a tranquilidade te banhe o pensamento -, é necessário que a compaixão e a bondade te sigam todos os passos.
    Assume contigo mesmo o compromisso de evitar a exasperação.
    Junto da serenidade, poderás analisar cada acontecimento e cada pessoa no lugar e na posição que lhes dizem respeito.
    Repara, carinhosamente, os que te procuram no caminho...
    Todos os que surgem, aflitos ou desesperados, coléricos ou desabridos, trazem chagas ou ilusões. Prisioneiros da vaidade ou da ignorância, não souberam tolerar a luz da verdade e clamam irritadiços... Unge-te de piedade e penetra-lhes os recessos do ser, e identificarás em todos eles crianças espirituais que se sentem ultrajadas ou contundidas.
    Uns acusam, outros choram.
    Ajuda-os, enquanto podes.
    Pacificando-lhes a alma, harmonizarás, ainda mais, a tua vida.
    Aprendamos a compreender cada mente em seu problema.
    Recorda-te de que a Natureza, sempre divina em seus fundamentos, respeita a lei do equilíbrio e conserva-a sem cessar.
    Ainda mesmo quando os homens se mostram desvairados, nos conflitos abertos, a Terra é sempre firme e o Sol fulgura sempre.
    Viver de qualquer modo é de todos, mas viver em paz consigo mesmo é serviço de poucos.
Livro: Fonte Viva - Psicografia: Chico Xavier - Espírito: Emmanuel - A venda na LER Livros Revistas Papelaria

28.1.21

Flagelos

    "Pululam em torno da Terra os maus Espíritos em consequência da inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo. A GÊNESE - Capítulo 14º - Item 45.
    Expulsa a melancolia da tua alma, essa hóspede teimosa que te envolve no dossel de mil amarguras, segredando desânimo e desassossego.
    Ninguém está a sós na sua dor.
    Melancolia é também enfermidade ou síndrome de obsessão.
    Olhos vigilantes contemplam tua aflição; ouvidos discretos registram os apelos da tua soledade.
    Há muitos que, acompanhados, caminham em indescritível solidão e há solitários que, seguindo, recebem a contribuição de acompanhantes afervorados.
    Não suponhas que as lágrimas estanques em teus olhos afoguem todas as tuas esperanças, considerando que muitos olhos incapazes de filtrar o raio luminoso se apagaram, experimentando nas lágrimas o doce banho de refazimento.
    Sai do casulo do "eu" e analisa as chagas expostas da humanidade em desalinho e não te atrevas a desconsiderar a misericórdia divina, que coloca bálsamo nas feridas ocultas do teu coração.
    Estuga o passo na desabalada jornada do desespero.
    Detém o corcel das tuas aflições e faze a viagem de volta ao oásis da confiança divina.
    Além de ti, na véspera ensolarada, o lírio medra esguio e solitário, embalsamando o ar para sofrer o colibri aligeirado que lhe rouba néctar e conduz o pólen que o reproduz adiante!
    Longe da tua dor há dores salmodiando sinfonias inarticuladas de resignação.
    Se não podes submeter-te ao imperioso testemunho que te vergasta, dobra-te sobre o assoalho da paciência e aguarda a madrugada do porvir.
    A noite que faz dormir os seareiros operosos, desperta vigilantes para as tarefas noctívagas.
    Há esplendor em toda a parte para quem deseja descobrir tesouros nas estrelas fulgurantes no crepe noturno.
    Espera mais, alenta o bom ânimo!
    A característica da fraqueza é a fragilidade de forças no ponto vulnerável do sofrimento.
    Rogaste, antes do mergulho carnal, a alta concessão do testemunho em soledade, em abandono, sem parentes.
    Agora, lembra-te de Jesus, e em todas as tuas horas reparte da mesa rica das aflições as pequenas quotas dos teus rápidos sorrisos com aqueles cuja boca se entorpeceu na inanição e não na podem abrir para entoar melodias de alegre esperança.
    Esparze a quota do teu suor, enxugando suores que não encontram sequer uma toalha gentil em mãos compassivas para lhes coletar as bagas.
    Se desejas sucumbir, porém, ao peso egoísta da inflamação dos teus desencantos doa-te ao Mártir Galileu e torna a tua vida, considerada morta, um verdadeiro sendeiro sublimante para aqueles que desejam viver e sobreviver e não possuem combustível que lhes alimente a chama da jornada carnal.
    Enxuga as tuas lágrimas e busca aquele Consolador preconizado por Jesus, que viria restabelecer a verdade na Terra, e ficaria, em Seu nome, ao lado dos homens até a consumação dos evos.
    Abraçado a esse sublime consolo da Doutrina Espírita, que te amplia, além dos horizontes da vida, as perspectivas da eternidade, sonha com o teu amanhã ridente e confia no reencontro mais tarde, depois que as sombras da morte se abatam sobre tuas células cansadas e o sol glorioso da vida te aponte o céu sem fim da felicidade.
Livro: Espírito e Vida - Divaldo P. Franco - Espírito Joanna de Ângelis 

27.1.21

XPERIÊNCIA ADQUIRIDA

Comentários Questão 580 do Livro dos Espíritos

O Espírito elevado, ao reencarnar com determinada missão, tem experiência adquirida em anteriores reencarnações acerca do assunto que assumiu para desempenhar. Nesse campo, ele tem domínio próprio. Se, por ventura, comete alguns desvios, é conscientemente, e aqueles que têm profunda segurança trabalham com alegria e certeza de que não irão falhar na sua missão.
Mas, o Espírito sem as condições citadas, não tem missões como o primeiro; ele vem à Terra para saldar compromissos, ou em processo de despertamento em duras provas, que lhe fazem abrir os olhos para a luz do entendimento.
Todos sabemos que Deus não coloca fardos pesados em ombros frágeis. A lei de justiça foi feita para amparar os fracos, e somente revelar a eles uma verdade que não os assusta nem faz sofrer. As tentações que aparecem em seus caminhos, vêm pela lei de sintonia, e não para testar, como no caso dos missionários.
Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando essa o atrai e seduz. (Tiago, 1:14)
Os dois passam por provas, no entanto, as reações deles são diferentes, por ser diferente o seu estado evolutivo. O Espírito evoluído sofre as influências do ambiente e até paga algumas dívidas, mas é consciente e resignado; mesmo sofrendo, trabalha em favor dos que padecem. Entretanto, o ignorante da sua própria vida revolta-se com qualquer arranhão, e as dificuldades da vida o põem em desespero. Quando ele é um pouco inteligente, saberá que no amanhã as suas condições irão melhorar, desde quando adquira experiência, de sorte a acumular na consciência o que é melhor para a sua resistência, nos caminhos das provas por que haverá de passar.
Os Espíritos que guiam a humanidade sob a supervisão de Jesus têm muita paciência com o rebanho do Senhor, por terem passado pelos mesmos caminhos e feito as mesmas coisas que todos fazem, mas como são Espíritos mais velhos, já acumularam experiências que lhes garantem a estabilidade emocionai e a tranqüilidade imperturbável da consciência. Tu, que estás lendo esta mensagem, poderás, no amanhã, ser colocado como ministro do Senhor, a orientar parte do rebanho que Deus e Cristo te determinarem. Aí, terá chegado a hora de também tolerar os malfeitos; dos que vêm na retaguarda.
A vida é sublimada, depende um pouco de cada ser. Somos o que pensamos, mas nunca podemos comprar o tempo, para que ele passe ligeiro no decorrer das existências. Ninguém engana a Deus, nem as leis estabelecidas por Ele. Observa o que te está faltando para a pureza da tua vida, e começa a trabalhar na aquisição desses valores imortais com alegria, porque não pode ser de outra maneira. A inteligência nos foi dada por misericórdia, para ser usada para a nossa melhoria.
O Espírito que reencarna por provação e todo cheio de apreensões, por lhe faltar experiência, e essa experiência foi adquirida em duras lutas, errando e aprendendo, lutando e sacrificando, até tirar delas a mensagem de amor que lhes compete extrair.
O que Deus tinha de nos oferecer, Ele como Suprema Bondade, já nos deu. Agora é a nossa hora de buscar em nós mesmos os meios de nos elevarmos, subindo o nosso calvário até o topo, sem reclamar, sem blasfemar e sem exigir, tendo o amor como nosso clima de vida, na pureza que Jesus nos ensinou com o exemplo, nos moldes da fraternidade.
Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez ==> A venda na LER Livros Revistas Papelaria.

26.1.21

JESUS, KARDEC E NÓS

ESE - Cap. XVII - Item 8
Se Jesus considerasse a si mesmo puro demais, a ponto de não tolerar o contato das fraquezas humanas; se acreditasse que tudo deve correr por conta de Deus; se nos admitisse irremediavelmente perdidos na rebeldia e na delinqüência; se condicionasse o desempenho do seu apostolado ao apoio dos homens mais cultos; se aguardasse encosto dinheiroso e valimento político a fim de realizar a sua obra ou se recuasse, diante do sacrifício, decerto não conheceríamos a luz do Evangelho, que nos descerra o caminho à emancipação espiritual.
°°°
Se Allan Kardec superestimasse a elevada posição que lhe era devida na aristocracia da inteligência, colocando honras e títulos merecidos, acima das próprias convicções; se permanecesse na expectativa da adesão de personalidade ilustres à mensagem de que se fazia portador; se esperasse cobertura financeira para atirar-se à tarefa; se avaliasse as suas dificuldades de educador, com escasso tempo par esposar compromissos diferentes do magistério ou se retrocedesse, perante as calúnias e injúrias que lhe inçaram a estrada, não teríamos a codificação da doutrina Espírita, que complementa o Evangelho, integrando-nos na responsabilidade de viver.
°°°
Refletindo em Jesus e Kardec, ficamos sem compreender a nossa inconseqüência, quando nos declaramos demasiadamente virtuosos, ocupados, instruídos, tímidos , incapazes ou desiludidos para atender às obrigações que nos cabem na Doutrina Espírita. Isso porque se eles - o Mestre e o Apóstolo da renovação humana - passaram entre os homens, sofrendo dilacerações e exemplificando o bem, por amor à verdade, quando nós - consciências endividadas, fugimos de aprender e servir, em proveito próprio, indiscutivelmente, estaremos sem perceber, sob a hipnose da obsessão oculta, carregando equilíbrio por fora e loucura por dentro.
Livro: “Opinião Espírita” - Francisco C. Xavier e Waldo Vieira - Emmanuel e André Luiz (cap.6)

24.1.21

Amor

A armadura do Cristo é a fé, mas a sua arma divina é o amor. 
Não me cansarei jamais de perpetuar nas minhas palavras e ações aquilo que o Cristo nos deu, em honra e glória ao Senhor do Universo, a palavra magnânima que expressa que somente através do amor poderemos chegar até Ele. 
O amor se expressa de várias maneiras e de todos os modos é santo. 
Quando amamos, quando nos dedicamos ao próximo com toda a nossa devoção, quando entregamos a ele a nossa própria alma, estamos fazendo aquilo que o Cristo nos ensinou: “faça ao outro, o que gostaria que ele te fizesse.” 
Este exercício de reciprocidade é divino. Ninguém existe somente para si. Todos nós existimos na comunhão com o outro. É no outro que nos realizamos e nos reafirmamos como criaturas de um mesmo Criador, como filhos de um mesmo Pai. 
Ao nos unirmos ao outro, em todas as esferas do ser, estamos compartilhando a própria visão divina em nós à medida que nos dedicamos, de corpo e alma, para o bem da humanidade. 
O amor é santo porque cuida do outro de maneira desinteressada. O privilégio de estar com o outro já basta e servi-lo é a condição básica da felicidade. 
Quem serve esperando algo em troca, que faz, mas deseja receber de volta algum “trocado” divino, não ama. Pensa que ama, mas apenas se ama.
Não podemos, portanto, conjugar o verbo amar com o pedir de volta pelo bem que se faz, porque o verdadeiro amor esquece do bem que distribui. 
Este amor é que mudará o mundo. Claro que estamos distantes disso acontecer. Claro também que somos induzidos, no dia a dia, a pensarmos primeiramente em nós próprios, mas este mundo de egoísmo e de apego às coisas materiais está por acabar, possui os seus dias contados na Terra. 
Agora, no momento presente, temos a oportunidade santa de venerar a Deus, mais que nunca, no auxílio daquele que geme preso a uma cama de hospital; no atender da necessidade daquele que tem fome e igualmente geme por dentro por não ter o que comer; na atenção que se dá àquele que está só, perambulando por aí sem ter um destino e onde ficar. 
Há diversas formas de se exercitar o amor de Deus em nós. Escolha a sua. Faça o que estiver ao seu alcance. E naquele instante saiba que é Deus operando em vós. 
Helder Camara - Blog Novas Utopias

23.1.21

Com Mais Amor

Por mais pedras no caminho
Que necessites transpor,
Segue adiante e nada temas,
Servindo com mais amor.

Se tens colhido na vida
Mais espinho do que flor,
A gleba a que te dedicas,
Cultiva com mais amor.

Se te sentes fraquejar
Ao peso da própria dor,
A cruz que levas aos ombros,
Carrega com mais amor.

Se sofres perseguições
Seja como e de quem for,
Esquecendo toda ofensa,
Perdoa com mais amor.

Se não encontras a paz
Que buscas com tanto ardor,
As lutas de cada dia,
Enfrenta com mais amor.

Se tens nos lábios a taça
Transbordante de amargor,
Na Providência Divina,
Confia com mais amor.

Se os teus problemas não podes
Resolver com destemor,
Concede mais tempo ao tempo
E espera com mais amor.

Se reclamas nos amigos
Tanta falta de calor,
O pão da fraternidade
Reparte com mais amor.
 
Se alguém te critica os versos
De singelo cantador,
Afina a tua viola,
Cantando com mais amor.
 
Se, em verdade, já conheces
O Evangelho do Senhor,
Demonstra as lições que sabes,
Vivendo com mais amor.

Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do “Grupo Espírita da Prece”, na noite de 14 de Janeiro de 1989, em Uberaba – MG).

22.1.21

Autocontrole

NEGOCIAÇÃO COM DEUS

    Há algumas atitudes que o homem toma em relação a assuntos espirituais. Uma delas é aquela tendência de fazer Deus a imagem e semelhança do homem, atribuindo a Ele características próprias do ser humano. Aí vem aquela coisa de dizer "Deus Castiga", "Deus ficou Triste", "Ira de Deus" e outras pérolas do gênero. Criamos um deus humano, por quem passamos a alimentar mais que amor, medo.
    No entanto, uma das tarefas de Jesus foi justamente a de aproximar-nos de Deus, mostrando-O não como um ser irascível, vingativo, mas como Pai, e um Pai justo sim, mas, sobretudo dotado de misericórdia e amor infinitos.
    Não é Deus quem precisa de nós, mas nós é que necessitamos d'Ele! O mesmo costuma acontecer com a oração. Costuma-se imaginar que é Deus quem precisa de nossas preces. O Livro dos Espíritos de Allan Kardec esclarece que "quem ora com fervor e confiança é mais forte contra as tentações do mal, e Deus envia bons espíritos para assistí-lo" (questão 660).
    O Livro dos Espíritos afirma que a prece não necessita de atitudes exteriores e que ela vale pela sua forma ou pela maneira como é proferida, mas pela intenção e fé que a move. Não interessa se a prece contém palavras bonitas e frases bem construídas, gramaticamente corretas ou se quem ora escorrega na gramática; não importa se a pessoa está orando em voz alta, altíssima ou em silêncio; de pé, deitada, ajoelhada num templo ou sentada num vaso do banheiro. O que conta é a sinceridade e a fé com que se ora. "O essencial não é orar muito, mas orar bem" (questão 660a).
Livro: QUAL É A SUA? - Edmar Cotrím 

21.1.21

Um Pouco de Vida

A partir do momento que vemos o sofrimento de outro irmão não podemos ficar indiferentes a sua dor.
Se temos Deus no coração, se temos Jesus como nosso mestre e guia, se desejamos um mundo melhor, não podemos ficar de braços cruzados quando vemos o sofrimento de alguém.
É injusto, é cruel, é doloroso, ver o que acontece com os nossos irmãos de Manaus e de toda a Amazônia.
Não ter oxigênio, o ar para respirar, um pouco de vida, é bastante doloroso, é impactante, é desafiador.
Vi as cenas de pais, filhos, parentes, e principalmente médicos à procura de oxigênio para dar àquelas vítimas da Covid-19 como quem procuram um pedaço de alimento qualquer para safar a fome de outra pessoa.
Meu Deus! Eu sei que temos que passar por agruras para podermos sentir na pele o que é a redenção pela solidariedade, o que é a alegria de dividir, o que é o prazer de doar, mas isto não nos impede de pedir, de suplicar, que assistas aos teus filhos que passam por tal sofrimento.
A paz que tanto desejamos passa pelo encontro da vontade divina com a vontade individual. Sem ela, ficaremos perdidos por aí sem ter um objetivo de vida. Enquanto, porém, Pai, não nos conectamos definitivamente Contigo, perdoa a insistência, acolhe teus filhos em dor dilacerante.
Aquele que não sente nada, absolutamente nada, com estas cenas dantescas, por favor, aceite um conselho desse velho que está no mundo dos espíritos, procure um psicólogo, um padre, um terapeuta, alguém da sua confiança. Não há mais tempo para egoísmos reinarem na terra que será rapidamente varrida do vírus cruel da insensibilidade.
É preciso ter fé para enfrentar tudo isso.
É necessário ter em mente que o Cristo Jesus e o nosso Pai Amado não deixará ninguém desamparado.
Acalma-te o coração!
Deixe que o rio das coisas se faça, mas não deixe de fazer o que está ao seu alcance.
Hoje é a nossa querida Manaus e torcemos que isto não se alastre pelo Brasil e mundo afora.
Eu sei a dor de um pai que nada pode fazer pelo seu filho e de outro modo também. A sensação de impotência é terrível.
Nós sabemos que ninguém morre, que a vida é eterna, mas não podemos, por causa disso, deixar que as pessoas, conhecidas ou não, retornem aos braços do Pai em situação de desespero e de dor.
Dias difíceis, Pai, que a humanidade atravessará.
Dias de dor, mas também de redenção.
Dias de expurgar de vez qualquer sentimento de isolacionismo, de indiferença, de privilégio.
Vamos superar tudo isso, mas oremos pelos menos afortunados pela sorte.
Sigamos em paz, apesar dos tropeços. Confiantes que Deus tudo sabe e opera e que Jesus acalma os corações e atende a todos nas suas necessidades.
Oremos e façamos que este quadro cruel se reverta logo com a ação dos homens responsáveis em garantir melhores dias para todos.

Helder Camara -Blog Novas Utopias

20.1.21

DEUS SABE

 Comentarios Quetao 579 do Livro dos Esp;iritos

Deus sabe de tudo que vai acontecer, em todos os rumos da criação. Ele é onisciente, mas deixa o Espírito descer à Terra, mesmo sabendo da sua falha no que deve fazer. A alma está em busca do aprendizado e, para tanto, deve repetir o curso quantas vezes for necessário. Esse é o processo de despertamento do Espírito.
Já falamos alhures que a evolução é para todos, sem distinção, e que todos têm os mesmos caminhos, com diversas modalidades de ações e reações, sendo o mesmo o peso dos fardos e os jugos de cada ser. Em cada vez que reencarnamos, assimilamos algumas coisas das leis espirituais. Sejamos religiosos ou não, todos somos filhos de Deus, com os mesmos direitos e deveres; isso é simplesmente maravilhoso, de forma que a esperança seja para todas as criaturas.
A vida, seja onde for, solfeja uma canção de luz para os trabalhadores de todas as escalas. Deus não é melhor para uns do que para outros; existem, sim, os Espíritos mais velhos, que assimilam mais por serem adultos, no entanto, as crianças no amanhã serão crescidas.
Se o Espírito somente tivesse uma encarnação na Terra, não precisaria vir, como acontece, muitas vezes, na carne. Cada vinda é um curso de aprendizado, como acontece com o aluno da escola; são muitos os cursos, até chegar ao diploma. Se fomos feitos iguais, onde estará essa igualdade, a justiça, se uns aprendem mais depressa que outros? Quando isso acontece, é que os que aprendem mais depressa, são mais velhos, e a experiência fá-los assimilar com mais facilidade as lições recebidas.
Falir não significa que nada aprendeu. O sinônimo desta palavra nos dicionários do mundo é minguar, quer dizer, o Espírito que faliu diminuiu as suas tarefas, mas não deixou de fazê-las, e nisto aprendeu alguma coisa, ao contacto com o mundo e com o seu próximo. Jesus é amor, devemos lembrar disso. Ele é o Professor Maior, é o Mestre dos mestres, é o Enviado de Deus. Como iria amar a uns mais que a outros, se Ele mesmo disse que não veio ao mundo para os sãos e, sim, para os doentes? E Ele não muda, é sempre a mesma luz.
Jesus Cristo, ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre. (Hebreus, 13:8).
Como pensar diferente, em se referindo à Sua assistência espiritual às criaturas do Seu rebanho? Deus e Jesus sabem o que nós todos estamos fazendo e o que vamos fazer das oportunidades a nós concedidas, bem como, igualmente, são conhecedores do nosso aprendizado espiritual.
É de Deus que o Espírito recebe a missão, e Deus sabe que alguns vão falir em certos pontos de tarefa que deveriam realizar nas, ao contacto com a tarefa, o Espírito assimila alguma coisa Que, com o tempo, cresce na sua consciência. Se Deus fez as leis, e sendo Ele a Inteligência Suprema, não devemos discutir, julgá-Lo, ou apresentar sugestões de o que fazer. Uma coisa é certa: se juntarmos todos os cientistas do mundo, eles não terão a capacidade de fazer um átomo sequer. Como, então, dar conselhos para quem fez o Universo?
Deus sabe de tudo, e tudo está certo, sob Seu comando soberano.
Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

19.1.21

TRAÇO ESPÍRITA

ESE - Cap.XVII - Item 7

O companheiro, contado na estatística da Nova Revelação, não pode viver de modo diferente dos outros, no entanto, é convidado pela consciência a imprimir o traço de sua convicção espírita em cada atitude.
Trabalha - não ao jeito de pião consciente enrolado ao cordel da ambição desregrada, aniquilando-se sem qualquer proveito. Age construindo.
Ganha - não para reter o dinheiro ou os recursos da vida na geladeira da usura. Possui auxiliando.
Estuda - não para converter a personalidade num cabide de condecorações acadêmicas sem valor para a humanidade. Aprende servindo.
Prega - não para premiar-se em torneios de oratória e eloqüência, transfigurando a tribuna em altar de suposto endeusamento. Fala edificando.
Administra - não para ostentar-se nas galerias do poder, sem aderir à responsabilidade que lhe pesa nos ombros. Dirige obedecendo.
Instrui - não para transformar os aprendizes em carneiro destinados à tosquia constante, na garantia de propinas sociais e econômicas. Ensina exemplificando.
Redige - não para exibir a pompa do dicionário ou render homenagens às extravagâncias de escritores que fazem da literatura complicado pedestal para o incenso a si mesmos. Escreve enobrecendo.
Cultiva a fé - não com o intento pretensioso de escalar o céu teológico pelo êxtase inoperante, na falsa idéia de caprichos e privilégios. Crê realizando.
O espírita vive como vivem os outros, mas em todas as manifestações da existência é chamado a servir aos outros, através da atitude.

Livro: “Opinião Espírita” Francisco C. Xavier e Waldo Vieira - Emmanuel e André Luiz (cap.5)

18.1.21

C P E Oração 3

Oração

No Alvorecer
De 2021
Senhor...
No alvorecer deste ano que começa, de volta ao contato com os nossos irmãos encarnados, que tantas provações enfrentaram em 2020, rogamos, à Tua magnanimidade, que interceda em favor de todos eles, na Terra inteira...
No entanto, Mestre, não Te rogamos apenas pelos que choram os seus entes queridos que partiram vitimados pela pandemia que assola o planeta, e nem tampouco por aqueles que temem o seu contágio, ainda não estando preparados para o desenlace do corpo em que, presentemente, se abrigam em suas experiências evolutivas...
Vimos Te pedir, Senhor, por todos aqueles que se erigem em obstáculos ao progresso da Humanidade, insistindo em espalhar a sombra que conspira contra os Teus ideais de construir o Reino de Deus entre as criaturas...
Que eles possam se sensibilizar com o sofrimento do povo e, assim tocados no espírito, renunciem aos seus propósitos egoísticos de obter vantagens transitórias à custa de tantas lágrimas alheias derramadas...
Que se esqueçam dos interesses imediatistas que os movem em suas ilusórias ambições, compreendendo que, mais cedo ou tarde, serão chamados pela Lei a prestarem contas de seus desmandos, que, infelizmente, vêm entravando o progresso espiritual das grandes coletividades no planeta...
Que todos eles, nossos equivocados irmãos em Humanidade, retrocedam em seus estranhos anseios de se perpetuarem no poder que a Bondade Divina, temporariamente, lhes concede, para que, em nome Dela, tutelem os passos daqueles outros irmãos para os quais, muitas vezes, a felicidade, simplesmente, se resume, em ter pão sobre a mesa...
Sim, Mestre, é para todos eles que vimos Lhe pedir neste novo tempo de aprendizado e trabalho que o calendário humano descerra para quantos, na atualidade, se encontram em labuta no orbe terrestre, esperançosos de melhores dias...
Auxilia-nos em nome de Deus, nosso Pai, para que, não venhamos, no corpo ou fora dele, nos constituir em pedra de tropeço, ou em causa de escândalo para quem quer que seja, escutando, hoje e sempre, no âmago do espírito, as Tuas indeléveis palavras:
- “É inevitável que venham escândalos mais ai do homem pelo qual eles vêm!
Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um destes pequeninos.”
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 17 de Janeiro de 2021.

17.1.21

Percepção nos Animais

    "Os irracionais não possuem faculdades mediúnicas propriamente ditas.
    Contudo, têm percepções psíquicas embrionárias, condizentes ao seu estado evolutivo, através das quais podem indiciar as entidades deliberadamente perturbadoras, com fins inferiores, para estabelecer a perplexidade naqueles que os acompanham, em determinadas circunstâncias."
Emmanuel
    "A alma dorme na pedra, sonha na planta, move-se no animal e desperta no homem."
    O provérbio sugere-nos observações em torno do tema "percepção nos animais".
    Têm alma, sim, os animais.
    Naturalmente, sem os múltiplos atributos da alma humana, enriquecida com as experiências milenarmente adquiridas, no curso de sucessivas reencarnações.
    A sensibilidade dos animais provém da existência de uma alma rudimentar.
    Eles têm sentimentos, análogos aos dos seres humanos, têm percepções extrafísicas.
    A exemplo de nós outros, nascem, alimentam-se, dormem, procriam, amam, agridem, morrem.
    Afetividade e carinho, ternura e solidariedade são expressões muito comuns entre os nossos irmãos inferiores, sob o ponto de vista de evolução. Muitas vezes com tamanha intensidade que fazem inveja aos seres humanos.
    ... "É certo que os Espíritos podem tornar-se visíveis e tangíveis aos animais e, muitas vezes, o terror súbito que eles denotam, sem que lhe percebais a causa, é determinado pela visão de um ou de muitos Espíritos, mal-intencionados com relação aos indivíduos presentes, ou com relação aos indivíduos presentes, ou com relação aos donos dos animais." "O Livro dos Médiuns."
    Os Amigos Espirituais definem a mediunidade como percepção. E os animais a possuem em alto grau.
    Não se dirá, contudo, com apoio doutrinário, que os Espíritos possam "dar comunicações" por intermédio dos animais.
    Há de se admitir, porque insofismáveis, as suas fortes percepções, seja na vidência, audiência ou pressentimentos.
    Manifestações de ordem sentimental, psíquica, são comuns entre os animais.
    Podem os representantes da ideia materialista, ou da incredulidade preconceituosa, opinar em contrário, mas os fatos, que valem muito mais do que argumentos, falam, por si mesmos, dessa realidade: os animais têm alma e revelam percepções.
    Percepções que, se quisermos ser prudentes, diremos espirituais, ou mediúnicas, se quisermos ser um pouco mais corajosos.
Livro: Mediunidade e Evolução - Martins Peralva 

16.1.21

CAVALEIRO DO CRISTO

Cavaleiro do Cristo, sempre avante,
Sob o escudo da fé em desassombro,
Sem espada na mão, sem lança ao ombro,
Na cruzada do amor, ao sol levante!

Da batalha, o fragor não te quebrante
O ideal de lutar sem mais assombro,
Pois que do velho mundo, sob escombro,
Desponta a Nova Era triunfante!

A desfraldar-se ao vento, por inteira,
Ergue mais alto a rútila bandeira
De paz e luz na estrada merencória...

Porfia no combate em que te feres,
Porque, ao fim do esforço a que te deres,
Alcançarás os louros da vitória!...

Eurícledes Formiga _ Blog Espiritismo em Prosa e Verso

15.1.21

Respiração

COMO AGEM OS ESPÍRITOS

 REPRESENTANTES DAS TREVAS EM NOSSOS NÚCLEOS ESPÍRITAS?
Como vimos, os verdadeiros representantes das trevas, além de maldosos são, também extremamente inteligentes.
São Espíritos que não estão muito preocupados com as Casas Espíritas. Eles têm suas bases nas regiões da Sub-Crosta. São Espíritos que estiveram envolvidos, por exemplo, na 1ª e 2ª guerras mundiais e no ataque às Torres Gêmeas nos Estados Unidos.
São os mentores intelectuais de inúmeros ditadores que já passaram pelo mundo, como Bin Laden e Sadam Hussein, porque têm um plano muito bem elaborado, que é o de dominar o mundo. Os grupos espíritas não apresentam tanto perigo para eles.
Esses Espíritos estarão sim atacando núcleos espíritas desde que o núcleo realmente represente algum perigo para as intenções das trevas.
Portanto, quando nós falamos das inteligências do mal nós estamos falando destes Espíritos que têm uma capacidade mental e intelectual muito acima da média em geral.
Normalmente não são esses Espíritos que se comunicam nas nossas sessões mediúnicas.
Também não estão preocupados com os nossos trabalhos, a não ser que esses trabalhos estejam bem direcionados, o que é muito difícil, e represente algum perigo para eles.
Nós que vivemos e trabalhamos numa Casa Espírita, sabemos bem dos problemas encontrados nas atividades desses grupos.
Para ilustrar vou contar para vocês um fato verídico ocorrido numa Casa Espírita. Um Espírito obsessor incorporou na sessão mediúnica e disse para o grupo: "Nós viemos informar que não vamos mais obsediar vocês. Vamos para o outro grupo".
Houve silêncio até que alguém perguntou: "Vocês não vão mais nos obsediar, por quê?".
O Espírito respondeu: "Existe nesta casa, tanta maledicência, tanta preguiça, tanto atrito, tantas brigas pelo poder, tantas pessoas pregando aquilo que não praticam, que não precisamos nos preocupar com vocês, você mesmos são obsessores uns dos outros".
Livro: Não Há Mais Tempo - Agnaldo Paviani - Pelo Espírito Klaus 

14.1.21

"PIRÂMIDE" INVERTIDA

Confesso a vocês que, desde muito, trago uma "pirâmide" engastalhada na garganta...
Não, não se trata da pirâmide de Quéops, estendida no Planalto de Gizé, com os seus mais de cento e trinta metros de altura e dois milhões e trezentos mil blocos de pedra calcária!
A "pirâmide" há que me refiro é muito maior que a Grande Pirâmide, uma das sete maravilhas do mundo.
Desde quando se me atravessou na garganta, tenho feito força para engoli-la, a ver se a lanço num lugar escuso, mas, infelizmente, nada... Creio, no entanto, que, felizmente, tenha chegado o dia de eu expeli-la!
Vou lhes contar como foi.
Estava, inocentemente, numa tarde de sábado, em Uberaba, escutando a conferência de um expositor espírita sobre o Movimento de Unificação. Tudo corria relativamente bem, quando, tomando um giz e indo à lousa, ele cometeu um "atentado" contra a Geometria, desenhando uma pirâmide que mais parecia um trapézio... de circo!
- Eis como se representa o Movimento de Unificação - disse enfático. - Na base da "pirâmide", temos o Centro Espírita, e em seu ápice, a FEB - a "Federação Espírita Brasileira"!
E prosseguiu, escrevendo siglas e mais siglas:
- Nos lados da "pirâmide", em nosso Estado de Minas Gerais, temos: a AME, o CEM, o CRE, o COFEMG, a UEM, o CFN...
Em seguida, traduziu:
- AME - Aliança Municipal Espírita; CEM - Conselho Espírita Municipal; CRE - Conselho Regional Espírita; COFEMG - Conselho Federativo do Estado de Minas Gerais; UEM - União Espírita Mineira; CFN - Conselho Federativo Nacional...
Enquanto nós, os pobres mortais, tentávamos nos nortear entre tantos "Conselhos", arrematou, apontando para o topo:
- Aqui em cima, o Órgão máximo - a FEB, a Federação Espírita Brasileira!...
Durante mais alguns minutos, discorreu sobre o chamado "Pacto Áureo", celebrado no dia 5 de outubro de 1949, cuja proposta, mais que de Unificação, era e continua sendo de União entre os adeptos do Espiritismo.
À época, ficara faltando uma sigla, porque o CEI - Conselho Espírita Internacional - ainda não havia sido criado! Ele surgiu em 28 de novembro de 1992!
Quando o expositor uberabense, ligado então à Aliança Municipal Espírita, terminou de falar, ousei levantar o dedinho da carteira em que me encontrava naquele Jardim da Infância, e perguntei com certa timidez:
- Professor, o senhor não acha que esta "pirâmide" está invertida?
- Como assim?! - questionou quase de palmatória na mão.
- O senhor não acha - tornei já me preparando para submeter-me àquela corrigenda medieval - que o Centro Espírita é que deveria estar lá em cima, no ápice da "pirâmide", e a Federação Espírita Brasileira cá embaixo?...
- Por que o senhor diz isto?! A "FEB" é a nossa Casa-Máter!...
- Não sei - respondi. - É que eu fico pensando em Jesus, que lavou os pés dos discípulos...
- Não tem nada a ver uma coisa com outra!
- Ele também nos disse, no capítulo 9, versículo 35, do Evangelho de Marcos: "Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos"!
- Mas - retrucou -, os Órgãos unificacionistas existem em função dos centros espíritas...
- Não é verdade! - exclamei.
- Como, Doutor?! Eu não estou lhe entendendo...
- O Centro Espírita "Uberabense" nunca foi auxiliado por nenhum Órgão de unificação, nem o "Sanatório"... Aliás, eu não conheço nenhum centro espírita em Uberaba que a "Aliança" tenha, efetivamente, auxiliado! E creio que isto, com uma exceção ou outra, seja em termos de Brasil, e não apenas no âmbito de nossa cidade!...
- Por favor, seja mais claro.
- Pois não, meu caro - retruquei. - Enquanto esta "pirâmide" que você desenhou não virar de cabeça para baixo, nós não vivenciaremos o verdadeiro espírito da Unificação!
E arrematei, ocasionando certo mal estar no companheiro:
- Não é o centro espírita que deve ir à "FEB", mas a "FEB" é que deve vir ao centro espírita!...
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

13.1.21

FALÊNCIA NA MISSÃO

 Questão 578 do Livro dos Espíritos

Falir na missão é uma expressão que nos parece um pouco dura, mas, para expressar na linguagem que usamos, o termo é aceito nas linhas da justiça. O missionário pode minguar sua tarefa, e prejudicar aos que se encontram em seu caminho, vendo e absorvendo suas lições pelos canais do exemplo.
Os Espíritos superiores, aqueles que preparam e avalizam a reencarnação do missionário, são conscientes de que o reencarnante pode falhar nos seus labores junto aos homens, medindo e sabendo o tamanho da sua evolução espiritual, mas, isso faz parte do seu aprendizado. A Terra é uma universidade, onde o Espírito recolhe suas experiências e acumula valores no coração da vida.
É preciso que se saiba que ninguém falha na sua missão totalmente; sempre há o que aproveitar para a sua instrução, mesmo porque, o mal que ele causar responderá por ele, por vezes voltando em outro instrumento físico para terminar a sua tarefa. O Espírito não retrocede; ele, cada vez mais, cresce em todos os rumos da verdade.
Não existe, no livro da vida, perdição eterna, como assinalam muitos escritores, posicionando-se como doutores da lei. Mesmo a palavra eterna não tem o significado que se lhe quer dar, por haver muitas eternidades. Somente Deus sabe irradiar seus pensamentos na linguagem universal, de maneira que os Espíritos mais evoluídos assimilam Seus grandes desígnios e executam a Sua soberana vontade.
Todos, quase sem exceção, falimos de certa forma, quando encarnados. Há muitas coisas que deveríamos fazer e que não foram feitas, quebrando o ritmo das linhas do amor mais puro. Somente fazemos o que a nossa evolução suporta. Não há pecado, da maneira como isto é entendido por determinados companheiros estudiosos do espiritualismo no mundo das formas. Há, sim, um processo de despertamento espiritual infalível em todas as criaturas. Àquele que falhou na sua missão, o seu castigo, mesmo como Espírito conhecedor da verdade, é de retornar ao campo de lutas na carne, para começar de novo e fazer o que deixou de realizar, para tornar-se um completista. Há determinados missionários que fazem além do previsto; esses são Espíritos altamente conscientes dos seus deveres junto à humanidade, e aproveitam sua estada na Terra, reunindo todos os seus esforços, avançando além do previsto e realizando maravilhas, de modo que a própria lei, as provas e os testes mais difíceis se curvem diante deles.
Outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. (Hebreus, 11:36)
A razão do ser humano é para ele discernir o que deve aceitar ou não, e no espiritualista ela deve ser mais aguçada, pela prática de estudar e assimilar. Os Espíritos estão mais presentes na vida dos homens do que pensam, mas, eles se aproximam de acordo com a sintonia, de coração para coração.
A Doutrina dos Espíritos é a fonte que pode ajudar a todos os de boa vontade; ela amplia os conhecimentos do discípulo da verdade, para que ele possa saber os caminhos que deve percorrer. Antes de tudo, deve saber que não pode se esquecer de Jesus, que exerce influência em seu coração, para que possa acertar com mais segurança.
Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

12.1.21

ESE - Cap. 1 - Item 7

 


O  MESTRE  E   O  APÓSTOLO

Luminosa, a coerência entre o Cristo e o Apóstolo que lhe restaurou a palavra.

Jesus, o Mestre.

Kardec, o professor.

Jesus refere-se a Deus, junto da fé sem obras.

Kardec fala de Deus, rente às obras sem fé.

Jesus é combatido, desde a primeira hora do Evangelho, pelos que se acomodam na sombra.

Kardec é impugnado desde o primeiro dia do Espiritismo, pelos que fogem da luz.

Jesus caminha sem convenções.

Kardec age sem preconceitos.

Jesus exige coragem de atitudes

Kardec reclama independência mental.

Jesus convida ao amor.

Kardec impele à caridade.

Jesus consola a multidão.

Kardec esclarece o povo.

Jesus acorda o sentimento.

Kardec desperta a razão.

Jesus constrói

Kardec consolida.

Jesus revela.

Kardec descortina.

Jesus propõe.

Kardec expõe.

Jesus lança as bases do Cristianismo, entre fenômenos mediúnicos.

Kardec recebe os princípios da Doutrina Espírita, através da mediunidade.

Jesus afirma que é preciso nascer de novo.

Kardec explica a reencarnação.

Jesus reporta-se a outras moradas.

Kardec menciona outros mundos.

Jesus espera que a verdade emancipe os homens; ensina que a justiça atribui a cada um pela próprias obras e anuncia que o Criador será adorado, na Terra, em espírito.

Kardec esculpe na consciência as leis do Universo.

Em suma, diante do acesso aos mais altos valores da vida,Jesus e Kardec estão perfeitamente conjugados pela Sabedoria Divina.

Jesus, a porta.

Kardec, a chave.

 

Livro: “Opinião Espírita” Francisco C Xavier e Waldo Vieira - Emmanuel e André Luiz (cap.4)

11.1.21

C P E Aula 2

"MITOS" NO ESPIRITISMO

Alguns espíritas vêm criando alguns "mitos" no Espiritismo que, a nosso ver, antes que eles possam fazer maiores males do que já fizeram, carecem de ser urgentemente combatidos.
Vejamos alguns deles:
- o que não está em Kardec, é antidoutrinário;
- tudo o que acontece no Presente é consequência do Passado;
- todo homossexual foi homem devasso ou mulher devassa em existência anterior;
- toda reencarnação é programada pelos Institutos de Reencarnação de além-túmulo;
- todo médium é missionário;
- todo espírito que se comunica e dá conselhos é Mentor;
- o médium vidente enxerga o que quer e quando quer;
- o espírita é espírito mais evoluído que os outros;
- a Verdade está toda no Espiritismo;
- o médium para trabalhar precisa da aprovação de Centros e Federações;
- o espírita com mais tempo de Doutrina conhece mais que o adepto mais jovem;
- Jesus só cuida dos espíritas;
- o Brasil, fatalmente, será Pátria do Evangelho;
- todo médium pode efetuar revelações sobre a vida pregressa das pessoas;
- existe um tipo de passe mais eficiente que outro;
- o Centro melhor frequentado é mais bem assistido espiritualmente;
- o espírito é assexuado;
- toda perturbação é mediunidade;
- médium e espírito não precisam estudar;
- o Mundo Espiritual é espírita;
- "Nosso Lar" é uma cidade espírita;
- quem pratica a Caridade auxilia os outros mais do que a si mesmo;
- ao desencarnar, a pessoa se reencontrará com todos os familiares que o antecederam na Grande Viagem;
- ao deixar o corpo carnal, todos se lembrarão, instantaneamente, do que foram e do que fizeram em outras vidas;
- quem faz tratamento espiritual não precisa de tratamento médico;
- o perispírito não é feito de matéria;
- todo espírito exerce a volitação;
- todo espírito "conversa" pelo pensamento, sem necessidade de palavras articuladas;
- não existe sexo no Mundo Espiritual;
- não existe profissionalismo religioso no Espiritismo;
- o Espiritismo é uma doutrina já inteiramente pronta;
- o Espiritismo não é religião;
- o Espiritismo é apenas ciência;
- a Concordância Universal do Ensino dos Espíritos hoje, que, a bem da verdade, é uma concordância "nacional", se não quase "regional";
- a imprensa espírita é livre e acolhedora;
- não existe censura no Movimento Espirita;
- o espírita não faz política de bastidores;
- o espírita não fala mal de ninguém, não deseja mal a ninguém e não persegue os companheiros...
A lista acima permanece em aberto. Os nossos irmãos internautas, evidentemente, poderão ampliá-la - ampliá-la, porque completá-la não há quem possa!
Abraços.
INÁCIO FERREIRA - Carlos A Baccelli

10.1.21

Vida Boa

Do que é feita a vida, meus irmãos?
De muita coisa, não é verdade, de uma imensidão de coisas que não dá nem pra falar direito, mas tem coisas que ficam mais marcadas na nossa mente.
Uma delas é o desconforto com o que chamamos de sofrimento. Sofrer é a pena que recebe aqueles que não gostam de aprender com a vida, porque sofrimento nada mais é do que um teste, com hora marcada, que cada um de nós passa, e que se souber direitinho qual é a lição a ser aprendida, vai passar com nota boa. Agora, querer passar sem estudar, aí não dá certo não.
Eu sofro todas as vezes que teimo em não querer ver em mim as coisas que precisam de remendo, ou melhor, de conserto mesmo.
A vida está aí para ser vivida, quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir vai aprender a lição rapidinho e não vai repetir de série.
O sofrimento é para quem não estuda a si próprio. É para quem deixa pra lá as lições do dia a dia. É pra quem esquece de fazer o dever de casa e depois fica reclamando da vida.
Isso não pode não.
Não venha culpar a vida pelo que você fez dela.
Não vá colocar na mão de Deus o que é responsabilidade sua.
Não vá transferir para outra pessoa o que você deixou de fazer.
Eu vejo muita gente por aí reclamando da vida.
- Calunga, eu não tenho mais dinheiro pra nada.
- Minha vida está um inferno, tudo que eu faço dá errado.
- Esse homem não me quer mais, o que foi que eu fiz para ser tão infeliz?
- Blá, blá, blá...
É uma queixa só!
Ninguém se pergunta o porquê a vida está desse jeito.
Ninguém se pergunta o que fez para a vida estar desse jeito.
Todo mundo é santo.
Todo mundo faz as coisas certinhas.
Ora, será mesmo?
Será que não é uma forma distorcida de ver a vida que faz a sua vida estar sempre de cabeça para baixo.
Você dá ordens a sua mente sobre como é a vida, o mundo, as pessoas, e quando a realidade mostra que é diferente você rejeita os fatos, então o problema não é mundo, minha filha, é você. Seu jeito torto de ver a vida. Aí vem o sofrimento. É a teimosia de querer que todos funcionem do jeito que você acha que tem que ser.
O mundo não está troncho porque é obra de Deus. Bote Deus nisso não. O mundo está troncho porque as pessoas, boa parte delas pelo menos, estão tronchas.
Se você se endireitar, então o mundo vai tomar jeito.
Quando você vê a vida com outros olhos, olhos mais generosos, mais realistas, mais próximos do que está acontecendo e entende isso, aí a vida terá outro colorido, ficará mais bela, mais interessante e você vai se sentir mais feliz.
Eu tenho uma vida tranquila do lado de cá. É tanta gente boa circulando por aqui. Aí eu faço minha parte e está tudo bem.
- Mas Calunga, você está no céu, aí as coisas ficam mais fácil de acontecer.
Não é isso não, minha filha, porque tem gente com juízo frouxo por aqui também – e não é pouca não -, mas é que a lei de sintonia vale pra aí e vale pra aqui também.
Quando eu sintonizo no bem vem o bem pra mim.
Quando eu sintonizo o que não presta, eu arrasto estas coisas pro meu lado, tem milagre não.
O único milagre que a gente pode fazer - e está ao nosso alcance - é o milagre da vida boa.
Vida boa é conversar assunto interessante, instrutivo, que eleve a inteligência e os sentimentos, que dê tranquilidade à alma.
Vida boa é pensar no bem, é fazer o outro feliz o quanto você puder, e distribuir o que você tem de melhor para ele.
Vida boa é não ficar se encucando com coisas que não te levam pra lugar algum.
Vida boa é ter a consciência tranquila de que fez aquilo que tinha que fazer, que não meteu a mão naquilo que não era seu, que foi correto nas suas relações, que foi leal aos seus melhores princípios.
As pessoas que se dão mal na vida é porque não se concentraram naquilo que elas têm de melhor e depois ficam inventando desculpas esfarrapadas para justificar os seus tropeços.
Eu estou bem porque tento me melhorar. Não pensar em coisas que vão me atrasar, andar pra trás. Isto é vida boa.
Pense nisso e tente remexer seu miolos de vez sem querer ficar procurando nos outros aquilo que você pode fazer.
É isso aí!
Calunga - Blog de Carlos Pereira

9.1.21

AOS MÉDIUNS

Reino Em Construção

Companheiro do ideal espírita-cristão,
Persevera no afã de servir sem cansaço,
Estendendo ao Senhor a força de teu braço,
Para o Reino de Deus, na Terra, em construção...

Prossegue em teu labor vencendo a escuridão
Da descrença que cresce ao redor de teu passo,
Às tarefas do Bem promovendo embaraço,
Sobre o mundo de agora em grande transição...

Dentro da noite, acende a humilde lamparina,
De tua própria fé embora pequenina,
Para que seja norte a quem vaga sem luz...

Não receies a grita a escutar-se sem pausa
Por quem assim se faz desafeto da Causa,
Que restaura a Verdade, em nome de Jesus!...

Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, na manhã do dia 19 de Dezembro de 2020, em Uberaba – MG).

8.1.21

SINTONIA

A MISSÃO DO ESPERANTO

    No cômputo das transformações por que passa o mundo, não são poucos os núcleos de organização espiritual que se instalam na Terra com vistas ao porvir da Humanidade. Se por toda a parte observamos o esboroamento das obras humanas, a fim de que se renove o caminho da civilização, contemplamos também as atividades do exército de operários das edificações do futuro, como se fossem construtores de um mundo novo, dispersos nas estradas terrestres, mas procurando ajustar suas diretrizes. São esses, sim, os artífices do progresso divino. Empunham o alvião formidável da fé, acima de tudo, n'Aquele que é a luz dos nossos destinos. No acervo desse aparelhamento de energias renovadoras, objetivando o vindouro milênio, quero referir-me ao Esperanto, abraçando fraternalmente o nosso irmão que se constituiu pregoeiro sincero da sua causa, obedecendo ao determinismo divino das tarefas recebidas nas luzes do plano espiritual.

Jesus afirmava não ter vindo ao Planeta para destruir a Lei, como o Espiritismo, na sua feição de Consolador, não surgiu para eliminar as religiões existentes. O Mestre vinha cumprir os princípios da Lei, como a doutrina consoladora vem para a restauração da Verdade, reconduzindo a esperança aos corações, nesta hora torva do mundo, em que todos os valores morais do Orbe periclitam nos seus fundamentos, assaltados pelas doutrinas da violência que embriagaram o cérebro da civilização atual, qual veneno amargo a destruir as energias de um corpo envelhecido.
Também o Esperanto, amigos, não vem destruir as línguas utilizadas no mundo para o intercâmbio dos pensamentos. A sua missão é superior, é da união e da fraternidade rumo à unidade universalista. Seus princípios são os da concórdia e seus apóstolos são igualmente companheiros de quantos se sacrificaram pelo ideal divino da solidariedade humana, nessas ou naquelas circunstâncias.
A língua auxiliar é um dos mais fortes brados pela fraternidade, que ainda se ouve nesse Planeta empobrecido de valores espirituais, neste instante de isolacionismo, de autarquia, de egoísmo e de nacionalismo adulterado.
O exemplo da Europa moderna nos faculta uma idéia dessa penosa situação. Todos os povos têm seus advogados entusiastas que, com orações ardorosas, justificam esta ou aquela medida de seus governos. As nações são grandes tribunas onde cada um fala se si mesmo, humilhando ou conquistando o que é de seu irmão. Cada um aplaude todo crime político, desde que seja praticado dentro de suas fronteiras. Entretanto, a grande Europa, essa entidade maternal e sublime, que cooperou para o aperfeiçoamento da Humanidade, que instruiu e educou, elevando o espírito do mundo, essa não tem advogados, não dispõe de uma voz que externe os gemidos de seu coração dilacerado, porque as fronteiras lhe dividiram todos os seus filhos, estabelecendo separações de areia e aço, transformando-a num deserto triste de corações, onde não existe a fonte de amor para reconfortar as almas.
Sim, nesta hora o Esperanto é uma força que atua para a união e a harmonia, com o facilitar que se estabeleça a permuta dos valores universais do pensamento, em forma universalista. Sonho? Propaganda só de palavras? Novo movimento para criar um interesse econômico? Todas essas suposições poderão ser formuladas pelos espíritos desprevenidos; mas, somente pelos desprevenidos, que aguardam a adesão geral, para comodamente expressarem suas preferências. Os que, porém, buscam a luz da sinceridade para o exame de todos os assuntos, saberão encontrar, no movimento esperantista, essa claridade reveladora que, em realizações sagradas, desde agora, esclarecerá, mais tarde, as idéias do mundo, fazendo ressaltar a nobreza dos seus princípios, orientados por aquela fraternidade que nasce do pensamento divino de Jesus, para todas as obras da evolução humana.
Sim, o Esperanto é lição de fraternidade. Aprendamo-la, para sondar, na Terra, o pensamento daqueles que sofrem e trabalham noutros campos. Com muita propriedade digo: "aprendamo-la", porque somos também companheiros vossos que, havendo conquistado a expressão universal do pensamento, vos desejamos o mesmo bem espiritual, de modo a organizarmos, na Terra, os melhores movimentos de unificação.
Deus é venerado pelos homens através de numerosas línguas, de que se servem as seitas e as religiões, todas tendendo para o maravilhoso plano da unidade essencial. Copiemos esse esforço sábio da natureza divina e marchemos para a síntese da expressão, malgrado a diversidade dos processos com que exprimem os pensamentos.
Todo esse esforço é de fraternidade legítima e, rogando a Jesus que abençoe os trabalhos e as esperanças de nosso irmão presente, que lhe santifique os esforços e os de seus companheiros na tarefa que lhes foi deferida pelas forças espirituais, deixo-vos a todos vós os meus votos de paz, aguardando para todos nós, discípulos humildes do Cristo, a bênção reconfortante de seu amor.

(Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier na cidade de Pedro Leopoldo (MG), em 19 de janeiro de 1940, durante uma sessão em que estava presente Ismael Gomes Braga, o grande pioneiro espírita-esperantista do Brasil.) 

7.1.21

A Razão de Ser do Espiritismo

Quando o obscurantismo da fé dominava as mentes, levando-as ao fanatismo desestruturador da dignidade e do comportamento; quando a cultura, enlouquecida pelas suas conquistas no campo da ciência de laboratório, proclamava a desnecessidade de qualquer preocupação com Deus e com a alma, face à fragilidade com que se apresentavam no proscênio do mundo; quando a filosofia divagava pelas múltiplas escolas do pensamento, cada qual mais arrebatadora e irresponsável, inculcando-se como portadora da verdade que liberta o ser humano de todos os atavismos e limitações; quando a arte rompia as ligações com o clássico, o romântico e a beleza convencional, para expressar-se em formulações modernistas, impressionistas, abstracionistas, traduzindo, ora a angústia da sua geração remanescente dos atavismos e limitações do passado, ora a ansiedade por diferentes paradigmas de afirmação da realidade; quando se tornavam necessários diversos comportamentos sociais e políticos para amenizar a desgraça moral e econômica que avassalava a Humanidade; quando a religião perdia o controle sobre as consciências e tentava rearticular-se para prosseguir com os métodos medievais ultramontanos e insuportáveis; quando as luzes e as sombras se alternavam na civilização, surgiu o Espiritismo com a sua razão de ser para promover o homem e a mulher, a vida e a imortalidade, o amor e o bem a níveis dantes jamais alcançados.
Realizando uma revolução silenciosa como poucas jamais ocorridas na História, tornou-se poderosa alavanca para o soerguimento do ser humano, retirando-o do caos do materialismo a que se arrojara ou fora atirado sem a menor consideração, para que adquirisse a dignidade ética e cultural, fundamentada na identificação dos valores morais, indispensável para a identificação dos objetivos essenciais e insuperáveis da paz interna e da consciência de si mesmo durante o trânsito corporal.
Logo depois, no Collège de France, proclamando ser Jesus um homem incomparável, no seu memorável discurso, o acadêmico e imortal Ernesto Renan confirmava, a seu turno, embora sem qualquer contato com a Doutrina nascente, a humanidade do Rabi galileu, rompendo a tradição dogmática do Homem Deus ou do ancestral Deus feito homem.
Sob a ação do escopro inexorável das informações de além-túmulo, o decantado repouso ou punição eterna, o arbitrário julgamento mais punitivo que justiceiro, cediam lugar à consciência da vida exuberante que prossegue morte afora impondo a cada qual a responsabilidade pela conduta mantida durante a trajetória encerrada.
As narrações da sobrevivência tocadas pela legitimidade dos fatos fundamentadas na lógica da indestrutibilidade do ser espiritual, davam colorido diferente às paisagens da Eternidade, diluindo as fantasias e mitos que as adornaram por diversos milênios.
Permitiu que o ser humano se redescobrisse como Espírito imortal que é, preexistente ao berço e sobrevivente ao túmulo, facultando-lhe compreender a finalidade existencial, que é imergir no oceano do inconsciente, onde dormem os atos pretéritos e as construções que projetam diretrizes para o momento e o futuro, a fim de diluir as volumosas barreiras de sombra e de crueldade a que se entregou e que lhe obnubila a compreensão da sua realidade, emergindo em triunfo, para que lobrigue a imarcescível luz da verdade que o há de conduzir pelos infinitos roteiros do porvir.
Intoxicado pelos vapores da organização fisiológica, mergulhado em sombras que lhe impedem o discernimento, vagando pelos dédalos intérminos da busca da realidade, somente ao preço da fé raciocinada e lógica, portadora dos instrumentos que se derivam dos fatos constatados, o homem e a mulher podem avançar com destemor pelas trilhas dos sofrimentos inevitáveis, que são inerentes à sua condição de humanidade, vislumbrando níveis mais nobres que devem ser conquistados.
O Espiritismo traçou novos programas para a compreensão da vida e a mais eficaz
maneira de enfrentá-la, desafiando o materialismo no seu reduto e os materialistas no seu cepticismo, oferecendo-lhes mais seguras propostas de comportamento para a felicidade ante as vicissitudes do processo existencial.
Não se compadecendo da presunção dos vazios de sentimento e soberbos de conhecimentos em ebulição de idéias, demonstrou a sua força arrastando desesperados que foram confortados, violentos que se acalmaram, alucinados que recuperaram a razão, delinqüentes que volveram ao culto do dever, perversos que se transformaram, ateus que fizeram as pazes com Deus, ingratos que se reabilitaram perante os seus benfeitores, miseráveis morais que se enriqueceram de esperança e de alegria de viver, construindo juntos o mundo de bem-estar por todos anelado.
O Espiritismo trouxe a perfeita mensagem da justiça divina, por enquanto mal traduzida pela consciência humana, contribuindo para a transformação da sociedade, mas sem a revolução sangrenta das paixões em predomínio, que sempre impõe uma classe poderosa sobre as outras que são debilitadas à medida que vão sendo extorquidos os seus parcos recursos até a exaustão das suas forças, quando novas revoluções do mesmo gênero explodem, produzindo desgraça e ódios que nunca terminam . . .
Trabalhando a transformação moral do indivíduo, propõe-lhe o comportamento solidário e fraternal, a aplicação da justiça corretiva e reeducativa quando delinqüi, conscientizando-o de que as suas ações serão também os seus juízes e que não fugirá de si mesmo onde quer que vá.
Todo esse contributo moral foi retirado do Evangelho de Jesus, especialmente do Seu Sermão da montanha, no qual reformulou os valores humanos até então aceitos, demonstrando que forte não é o vencedor de fora, mas aquele que se vence a si mesmo, e poderoso, no seu sentido profundo, não é aquele que mata corpos, mas não é capaz de evitar a própria morte.
Revolucionando o pensamento ético e abrindo espaço para novo comportamento filosófico, a Sua palavra vibrante e a Sua vivência inigualável, colocaram as pedras básicas para o Espiritismo no futuro alicerçar, conforme ocorreu, os seus postulados morais através da ética do amor sob qualquer ponto de vista considerado.
Nos acampamentos de lutas que se estabeleciam no Século XIX, quando a ciência e a razão enfrentavam a fé cega e a prepotência das Academias e dos seus membros fascinados como Narciso por si mesmo, o Espiritismo surgiu como débil claridade na noite das ambições perturbadoras e lentamente se afirmou como amanhecer de um novo dia para a Humanidade já cansada de aberrações de conduta como fugas da realidade e sonhos de poder transitório, transformados em pesadelos de guerras infames, cujas seqüelas ainda se demoram trucidando vidas e dilacerando sentimentos.
A razão de ser do Espiritismo encontra-se na sua estrutura doutrinária, diversificada nos seus aspectos de investigação científica ao lado das demais correntes da ciência, do comportamento filosófico com a sua escola otimista e realista para o enfrentamento do ser consigo mesmo e da vivência ético-moral-religiosa que se estrutura em Deus, na imortalidade, na justiça divina, na oração, na ação do bem e sobretudo do amor, única psicoterapia preventiva-curativa à disposição da Humanidade atual e do futuro.
Victor Hugo (espírito)(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 7 de junho de 2001, em Paris, França) 

6.1.21

MISSÃO PREVISTA

 Comentários Questão 577 do Livros dos Espíritos

A missão prevista de um Espírito é mais acentuada no bem comum. Mesmo a pequena tarefa se mostra irradiando amor para todos, no sentido de amar igualmente a tudo. A diversidade de ideais é enorme e nem todos são qualificados como missão.
Partindo do mundo espiritual com tal ou qual programação, muitos Espíritos favorecem a criação de ambiente adequado para uma tarefa nobre. Eis aí a oportunidade que os Espíritos elevados não perdem de prepará-lo para o serviço do bem, na pauta do amor. Isso depende muito de quem está se movendo em um corpo, não obstante haja muitos escolhidos e chamados desde seu "nascimento no mundo, mas nem todos desempenham suas missões como deveriam. Mesmo entre os iluminados, existem uns que negligenciam na execução de certos serviços do Cristo.
O Espírito, quando na carne, encontra dificuldades maiores a vencer, a começar do próprio ambiente onde recebeu um corpo por empréstimo de misericórdia. Se sentes que encontras no pequeno rebanho dos escolhidos ambiente para uma missão, procura ser mais consciente da tua tarefa. Não te esqueças da oração e da vigilância, porque estás sendo colocado em meio de lobos com a finalidade de dar testemunho da tua capacidade. Deves crescer diante de todas as dificuldades que venham a aparecer.
Busquemos reforçar a opinião de que serão sempre perseguidos todos os que se entregam ao trabalho pelo bem comum, citando, de "O Livro dos Espíritos", uma mensagem assinada por dez Espíritos de grande elevação, em "Prolegômenos":
Não te deixes desanimar pela crítica. Encontrarás contraditaros encarniçados, sobretudo entre os que têm interesse nos abusos. Encontra-los-ás mesmo entre os Espíritos...
O Espírito missionário deve desenvolver todas as suas faculdades morais, a sua educação, sem esquecer a sabedoria, no sentido de recolher todos os recursos para a sua defesa contra esse tipo de contraditores que vêm semeando a dúvida e o desânimo nos operários de Jesus. Os Espíritos superiores, agentes diretos de Jesus, aproveitam todos os médiuns, de todas as crenças religiosas, e mesmo fora delas, para lhes transmitirem mensagens de instrução cristã, de aprimoramento moral, para as criaturas. No entanto, Espíritos afastados do bem, e mesmo intelectuais das sombras, procuram seus instrumentos, com os quais seus pensamentos nivelam, para lhes transmitirem igualmente o que desejam para a perdição dos seres humanos que aceitam tais conceitos.
Essa é a justiça do Criador de todas as coisas: a vida é aquilo que queres dela fazer. Se pendes para o bem, esse bem te procura; se para o mal, esse mal não te deixa. A Doutrina dos Espíritos vem nos ajudar a fazer essas mudanças com mais facilidade, alegrando o nosso coração, amando e perdoando, servindo e alegrando a todos e a tudo, na vida que se expressa como a presença de Deus.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

5.1.21

EXAMINEMOS A NÓS MESMO

LE - Questão 919
O dever do espírita-cristão é tornar-se progressivamente melhor.
Útil, assim, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa verdadeira situação íntima.
Espírita que não progride durante três anos sucessivos permanece estacionário.
Testa a paciência própria: - Estás mais calmo, afável e compreensivo?
Inquire as tuas relações na experiência doméstica:
- Conquistaste mais alto clima de paz dentro de casa?
Investiga as atividades que te competem no templo doutrinário: - Colaboras com mais euforia na seara do Senhor?
Observa-te nas manifestações perante os amigos: - Trazes o Evangelho mais vivo nas atitudes?
Reflete em tua capacidade de sacrifício: - Notas em ti mesmo mais ampla disposição de servir voluntariamente?
Pesquisa o próprio desapego: - Andas um pouco mais livre do anseio de influência e de posses terrestres?
Usas mais intensamente os pronomes "nos", "nosso" e "nossa" e menos os determinativos "eu", "meu" e "minha"?
Teus instantes de tristeza ou de cólera surda, às vezes tão conhecidos somente por ti, estão presentemente mais raros?
Diminuíram-te os pequenos remorsos ocultos no recesso da alma?
Dissipaste antigos desafetos e aversões?
Superastes os lapsos crônicos de desatenção e negligência?
Estudas mais profundamente a Doutrina que professas?
Entendes melhor a função da dor?
Ainda cultivas alguma discreta desavença?
Auxilias aos necessitados com mais abnegação?
Tens orado realmente?
Teus idéias evoluíram?
Tua fé raciocinada consolidou-se com mais segurança?
Tens o verbo mais indulgente, os braços mais ativos e as mãos mais abençoadoras?
Evangelho é alegria no coração: - Estás, de fato,mais alegre e feliz intimamente, nestes três últimos anos?
Tudo caminha! Tudo evolui! Confiramos o nosso rendimento individual com o Cristo!
Sopesa a existência hoje, espontaneamente, em regime de paz, para que te não vejas na obrigação de sopesá-la amanhã sob o impacto da dor.
Não te iludas! Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade, mais um passo rumo à Vida Espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou perdida.
Interroga a consciência quanto à utilidade que vens dando ao tempo, à saúde e aos ensejos de fazer o bem que desfrutas na vida diária.
Faze isso agora, enquanto te vales do corpo humano, com a possibilidade de reconsiderar diretrizes e desfazer enganos facilmente, pois, quando passares para o lado de cá, muita vez, já será mais difícil...
 
Livro: “Opinião Espírita” - Francisco C Xavier e Waldo Vieira - Emmanuel e André Luiz (cap.3)