29.2.24

Medicina e Ectoplasmia.


 

O RICAÇO DISTRAÍDO

Existiu um homem devoto que chegou ao céu e, sendo recebido por um anjo do Senhor, implorou, enlevado:
-          Mensageiro Divino, que devo fazer para vir morar, em definitivo, ao lado de Jesus?
-          Faze o bem – informou o Anjo – e volta mais tarde.
-          Posso rogar-te recursos para semelhante missão?
-          Pede o que desejas.
-          Quero dinheiro, muito dinheiro, para socorrer o meu próximo.
O emissário estranhou o pedido e considerou:
-          Nem sempre o ouro é o auxiliar mais eficiente para isso.
-          Penso, contudo, meu santo amigo, que, sem o ouro, é muito difícil praticar a caridade.
-          E não temes as tentações do caminho?
-          Não.
-          Terás o que almejas – afirmou o mensageiro -, mas não te esqueças de que o tesouro de cada homem permanece onde tem o coração, porque toda alma reside onde coloca o pensamento. Tuas possibilidades materiais serão multiplicadas. No entanto, não ouvides que as dádivas divinas, quando retidas despropositadamente pelo homem, sem qualquer proveito para os semelhantes, transformam-no em prisioneiro delas. A lei determina sejamos escravos dos excessos a que nos entregarmos.
Prometeu o homem exercer a caridade, servir extensamente e retornou ao mundo.
Os Anjos da Prosperidade começaram, então, a ajudá-lo.
Multiplicaram-lhe, de início, as peças de roupa e os pratos de alimentação; todavia, o devoto já remediado suplicou mais roupas e mais alimentos.
Deram-lhe casa e haveres. Longe, contudo, de praticar o bem, considerava sempre escassos os bens que possuía e rogou mais casas e mais haveres. Trouxeram-lhe rebanhos e chácaras, mas o interessado em subir ao paraíso pela senda da caridade, temendo agora a miséria, implorou mais rebanhos e mais chácaras. Não cedia um quarto, nem dava uma sopa a ninguém, declarando-se sem recursos para auxiliar os necessitados e esperava sempre mais, a fim de distribuir algum pão com eles. No entanto, quanto mais o Céu lhe dava, mais exigia do Céu.
De expontâneo e alegre que era, passou a ser desconfiado, carrancudo e arredio.
Receando amigos e inimigos, escondia grandes somas em caixa forte, e quando envelheceu, de todo, veio a morte, separando-o da imensa fortuna.
Com surpresa, acordou em espírito, deitado no cofre grande.
Objetos preciosos, pedaços de ouro e prata e vastas pilhas de cédulas  usadas serviam-lhe de leito.
Tinha fome e sede, mas não podia servir-se das moedas; queria a liberdade, porém, as notas de banco pareciam agarrá-lo, à maneira de visco retentor de pássaro cativo.
-          Santo Anjo! – gritou, em pranto – vem! Ajuda-me a partir, em direção à Casa Celestial!...
O mensageiro dignou-se a baixar até ele e, reparando-lhe o sofrimento, exclamou:
-          É muito tarde para súplicas! Estás sufocado pelas correntes de facilidades materiais que o Senhor te confiou, porque a fizeste rolar tão-somente em torno de ti, sem qualquer benefício para os irmãos de luta e experiência...
-          E que devo fazer – implorou o infeliz – para retomar a paz e ganhar o paraíso?
O Anjo pensou, pensou... e respondeu:
-          Espalha com proveito as moedas que ajuntas-te inutilmente, desfaze-te da terra vasta que retiveste em vão, entrega à circulação do bem todos os valores que recebeste do Tesouro Divino e que amontoaste em derredor de teus pés, atendendo ao egoísmo, à vaidade, à avareza e à ambição destrutiva e, depois disso, vem a mim para retomarmos o entendimento efetuado a sessenta anos...
Reconhecendo, porém, o homem que já não  dispunha de um corpo de carne para semelhante serviço, começou a gritar e blasfemar, como se o inferno estivesse morando em sua própria consciência. 
 
Livro: Alvorada Cristã - Francisco C. Xavier - Neio Lúcio.

27.2.24

Noções de Espiritismo



Notícias do Mundo Espiritual – III

- “Ah, Chico não pode ter sido a reencarnação de Allan Kardec...”
 
Essa turma do contra, contra tudo quase, está me convencendo de que, de fato, Chico não pode ter sido a reencarnação de Allan Kardec.
Senão, vejamos:
Kardec era europeu, nascido em Lyon na França.
Chico era roceiro, mineiro das Minas Gerais, nascido em Pedro Leopoldo.
Kardec era branco – ariano.
Chico, era caboclo, ou melhor, negro, quase negro.
Kardec tinha barbas ruivas e cabelos abundantes.
Chico era careca.
Kardec possuía olhos claros e brilhantes.
Chico era caolho, cego de um olho.
Kardec, ao que parece, possuía dentes.
Chico usava chapa.
Kardec era poliglota.
Chico mal completou o 4º Primário, e, ainda por cima, foi repetente.
Kardec culto.
Chico, quase analfa...
Kardec magnetizava.
Chico dava passe.
Kardec era baixinho.
Chico pouco mais que anão.
Kardec casou-se.
Chico ficou solteirão.
Kardec não teve filhos.
Chico, neste quesito, empatou com ele.
Kardec era médium do Espirito da Verdade.
Chico era médium de um ex-jesuíta.
Kardec, de católico, fez-se espírita.
Chico nasceu católico – na condição de Kardec, teria regredido.
Kardec estudou com o grande Pestalozzi.
Chico teve como professora a Dona Rosária Laranjeiras (ops), desculpem: era um pé de laranja só – Laranjeira...
Kardec foi o Codificador.
Chico era apenas médium.
Kardec tem seu dólmen no “Père Lachaise”, em Paris.
Chico foi enterrado no Cemitério “São João Batista”, em Uberaba.
Então, gente, fica difícil, não é?!... Alguns chegam a dizer que:
Kardec era macho alfa.
Chico era uma alma feminina.
Kardec comia caviar.
Chico adorava arroz, feijão e quiabo.
Kardec era um esteio de luz.
Chico era um “cisco”.
Kardec estudou a obsessão.
Chico era obsidiado por uma legião: Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos...
Kardec era membro da Academia Real de Arrás (chique, não?!)
Chico, ao que se sabe, foi processado em 1944, e quase foi parar na cadeia.
Kardec morreu pobre.
Chico morreu paupérrimo.
Então, de fato, Chico jamais poderia ter sido a reencarnação de Allan Kardec, para essa gente preconceituosa e que não entende nada de Reencarnação, e muito menos dos Desígnios Divinos.
Talvez que Kardec ainda vá se revelar em um desses, igual a Emmanuel que já se revelou em tanta gente e, infelizmente, até hoje não disse ao que veio, e não dirá facilmente.
Quando eu me refiro a um desses, estou me referindo mesmo a um desses como o falecido Alziro Zarur (que Deus o tenha!) que muita gente acreditava que fosse Allan Kardec.
Quanto ao Chico, não, porque, em todos os sentidos, ele era pobre, pobre, pobre de marré, marré – não tinha onde cair morto, o coitado!...
 
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 25 de Fevereiro de 2024.

26.2.24

O Perfume do Evangelho

 


O Espiritismo e a Quaresma

Criada no ano de 325 durante a realização do Concílio de Niceia, a Quaresma faz parte da tradição da igreja católica, embora a igreja anglicana e algumas denominações protestantes também adotem como um período litúrgico de preparação para a festa da Páscoa.
Quaresma vem do latim Quadragesima, que significa quarenta dias, e é dedicada a uma profunda disciplina de ações em respeito ao sofrimento futuro de Jesus.
Começa, oficialmente, no dia imediatamente depois do carnaval e é, por isso mesmo, denominada de Quarta-Feira de Cinzas. Neste dia, recomenda a Igreja Católica que haja a abstinência do consumo de carne, o jejum e a penitência.
A colocação das cinzas sobre a cabeça do adepto representa, no simbolismo católico, o seu reconhecimento como pecador e o trabalho interior de libertação dessa condição.
Estimula-se, neste período, além da penitência, a intensificação das orações, a prática da caridade, a leitura de um livro da bíblia e o combate de um vício.
É uma interessante tradição que promove exercícios de introspecção e vivência de práticas espiritualizantes na concepção do Catolicismo Romano.
E o espírita também se insere nesta tradição?
O Espiritismo, segundo o sistematizador do pensamento espírita, Allan Kardec, é uma ciência e uma filosofia com consequências éticas, morais e religiosas – mas não se trata de uma religião constituída.
Não sendo uma religião não possui hierarquias, sacramentos, liturgias, rituais e outras características das religiões oficiais.
Ao chegar ao Brasil, no entanto, na metade do século 19, o pensamento espírita foi desenvolvido numa sociedade fundamentalmente de formação católica.
Inevitável, naquela época, algumas assimilações, mas hoje não é mais aceitável que seus simpatizantes misturem, aqui e acolá, consciente ou inconscientemente, costumes da Igreja Católica. Mais: que tragam traços da ideologia católica para dentro dos grupos espíritas.
A ética da alteridade nos aconselha o respeito ao pensamento de todas as denominações religiosas, porém, o Espiritismo não pode ser confundido como um tipo de crença católica renovada que aceita a mediunidade e a reencarnação. Definitivamente, não é.
É até compreensível, no mesmo rastro do raciocínio alteritário, que alguns simpatizantes do Espiritismo tenham afinidade com certos costumes enraizados na cultura brasileira, a absorção, entretanto, destas tradições no âmbito das casas espíritas representa tremendo equívoco doutrinário.
De igual modo a comemoração da Páscoa.
O estudo metódico da filosofia espírita proporciona a libertação de concepções simbólicas e de mistérios e incentiva um novo modo de pensar e agir, onde cada pessoa é protagonista da sua existência e da mudança que interpreta ser importante produzir no seu comportamento.
Que cada um pratique a sua fé como achar melhor e ninguém, absolutamente ninguém, tem a ver com isso. Os princípios fundamentais de cada saber, entretanto, devem ser apresentados na caracterização da sua identidade e isso não representa preconceito contra o saber do outro ou puritanismo doutrinário.
Aos que se sentem bem com a tradição da Quaresma e da Páscoa católicas que as pratiquem em rigorosa sintonia com as suas consciências e que sejam pessoas melhores e felizes.
Carlos Pereira - Blog de Carlos Pereira

25.2.24

O CRISTÃO MODERNO Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

 


XXI – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER

André Luiz faz questão de descrever de maneira pormenorizada o cenário com o qual se depara, assim que atravessa a “fronteira” das Dimensões – ele, Gúbio e Elói haviam “descido” abaixo da Crosta Terrestre. Haviam concluído uma verdadeira “viagem no tempo” – sem dúvida, poderiam ser considerados na condição de “agêneres” na Dimensão visitada, quase mesmo que na condição de extraterrestres!
*
*
Chico Xavier contava que um filho sempre costumava a espancar a mãe... Um dia, cansada de tanto dele apanhar, a mãe começou a maldizer o filho, dizendo que as suas mãos ainda haveriam de secar... Com o tempo, de fato, os braços do rapaz foram secando, assumindo a forma retorcida dos galhos de árvores ressequidas ao Sol... E ele, o filho agressivo – segundo Chico – haveria de renascer assim – com os braços e as mãos retorcidos, à semelhança dos galhos mortos de uma árvore.
*
Até então – segundo o impressionante relato do autor espiritual –, eles não se faziam notar pelos grupos hostis com os quais se defrontavam...
“...indiferentes, incapazes de registrar-nos a presença. Falavam em alta voz, em português degradado (destacamos), mas inteligível, evidenciando, pelas gargalhadas, deploráveis condições de ignorância. Apresentavam-se em trajes bisonhos e conduziam apetrechos de lutar e ferir.”
Notemos: eles poderiam lutar e ferir... Sim, em seus organismos perispirituais, os três amigos poderiam ser feridos – recomendamos aqui, para maiores esclarecimentos, a leitura do livro “O Rosário de Coral”, escrito pelo Dr.Wylm, editado pela FEB.
*
Gúbio, em seguida, fala com André e Elói sobre a necessidade de se materializarem – na verdade, auto-materilizarem-se!
“Finda a nossa transformação transitória, seremos vistos por qualquer dos habitantes desta região menos feliz.”
*
Então, eles passaram a inalar “as substâncias espessas que pairavam em derredor, como se o ar fosse constituído de fluidos viscosos.
Elói estirou-se, ofegante, e não obstante experimentar, por minha vez, asfixiante opressão, busquei padronizar atitudes pela conduta do Instrutor, que tolerava a metamorfose, silencioso e palidíssimo.”
Percebamos que nem o próprio Gúbio deixou de algo sofrer com a “metamorfose”...
*
Pelo exposto, podem os nossos irmãos encarnados imaginar o sacrifício relativo a que se expõem os desencarnados que sempre estão em contato com a Crosta...
Quando o contato é muito longo, sem indispensáveis intervalos de refazimento, o corpo espiritual, inclusive, pode ser afetado por doenças.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito toda terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
https://youtu.be/zdKQ55-equQ?list=PLJUZisvOqWSPrzDjdw6f9NSTmILB0O3rp

24.2.24

Entre a Terra e o Céu


 

Carnaval e Alegria

Carnaval está chegando,
Sanatório a céu aberto...
Há mais loucura nas ruas,
Que nos hospícios, por certo...
*
Carnaval e alegria,
Saudade dos tempos idos,
Onde até Adão e Eva
Estavam mais bem vestidos.
*
Tudo o que for em excesso,
Para a sede, mesmo a água,
Da fonte mais cristalina
Acaba causando mágoa.
*
Fantasias premiadas,
Tolos passando por sábios,
Vestindo terno e gravata,
São do bloco dos larápios.
*
Quando chega o carnaval,
Do jeito que está agora,
Do obsediado mais louco,
Tem obsessor que cai fora.
*
Marchinha de carnaval
Que a inspiração nos deu,
Agora perdeu a rima,
E a musa faleceu.
*
Sobre a Terra, em toda parte,
A verdade mais amarga,
Carnaval é para a droga
A avenida mais larga.
*
Posso dizer que Jesus,
Foi condenado, afinal,
A morrer por sobre a cruz.
Em festa de carnaval.
 
Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, na manhã de sábado do dia 10 de Fevereiro de 2024, em Uberaba – MG).

23.2.24

AÇÃO, VIDA E LUZ Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Dialogo de Jesus com Maria Madalena

(...) - Retomemos o nosso caminho.
Falou-me Jesus.
- Está bem. Eu vim a sua procura porque desejo ser uma de suas discípulas. Você me aceita?
- Não tenho motivo algum para não aceita-la. Em nosso grupo já existem algumas mulheres como Salomé, a mãe de Tiago e João, Maria, a irmã de Simão, Joanna de Cusa e as duas irmãs de Lázaro, Marta e Maria.
- Rabi, eu gostaria de lhe contar uma coisa que, possivelmente não sabe.
- Estou pronto a ouvi-la, minha amiga.
Jesus me olhou demoradamente como se quisesse me encorajar a dizer o que eu pretendia dele, embora eu tivesse a impressão de que ele já sabia e muito bem. Respirei fundo, buscando acalmar-me, fui direto ao assunto:
- Não faz muito tempo, presenciei uma cena que marcou profundamente a minha decisão de estar aqui hoje.
- E que cena foi essa?
- Refiro-me a uma conversa rápida entre o Senhor e um jovem que veio lhe perguntar o que fazer para alcançar o Reino de Deus.
- Eu me lembro.
- Pois bem. O senhor disse a ele: "se já cumpre todos os mandamentos, vá, toma tudo o que é seu, vende, dê aos pobres o produto da venda, venha comigo e terá um tesouro no céu".
- Foi exatamente isso o que passou.
- O rapaz foi embora e aí eu me lembro de que o Senhor comentou com seus apóstolos que era mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.
- De fato eu disse isso. Pode me dizer por que essa frase a impressionou tanto?
- Sim. Eu sou também muito rica, pois meu pai deixou-me considerável fortuna que aumentou bem, graças à ajuda e ao tino comercial de um amigo  de meu pai por nome Joab, que me serve com grande dedicação até hoje.
- Então tem medo de que por ser rica, as portas do reino estejam vedadas para você.
- Sim, é isso.
- Filha ser rico não é pecado. A questão está no uso bom ou mau que se faz do dinheiro. O dinheiro em si mesmo não é mau nem bom. Quando eu fiz aquela frase, queria ressaltar a dificuldade que as pessoas ricas têm para escravizar o dinheiro e não ser escravas dele.
- Senhor, eu pensei muito nisto e tomei uma decisão. Quero dar ao senhor e ao seu grupo toda a minha fortuna, para que não tenham problemas de sobrevivência pois alguns deixaram o trabalho para segui-lo.
- Maria isso mostra a sua generosidade e o seu desejo sincero de se livrar de Mamon para servir a Deus; entretanto não posso aceitar a sua oferta. Talvez fosse melhor repartir o seu dinheiro com os necessitados, não se esquecendo de guardar algum para seu próprio sustento.
- Se eu fizer isso, serei aceita entre os seus discípulos?
- Sim. Porque terá dado uma prova concreta de que deseja buscar o reino de Deus com todas as forças de seu coração.
- Assim o farei. Eu disse, com o coração tranquilo.
Naquele mesmo dia mandei chamar Joab e Neferilis e lhes disse:
(...)
- Resolvi viver com Jesus de Nazaré e seus amigos. E isso imporá à minha vida uma enorme mudança. Prestem bem atenção: esta casa com tudo o que ela tem, estou dando para você, Joab, e para a minha amiga Neferilis. gostaria também que Joab pegasse parte de minha fortuna e desse aos pobres e necessitados. Eu não necessito mais dela.
Neferilis não quis a sua parte, preferindo acompanhar-me onde eu fosse. Joab, por seu turno, decidiu que o melhor meio de ajudar os necessitados, como eu desejava, seria construir, nas proximidades de Cafarnaum, uma casa para abrigar os desvalidos, principalmente as crianças enjeitadas que eram muitas em toda a Palestina gentia. Além disso, ele comprou uma pequena casa em Betânia do Jordão para eu viver com Neferilis quando estivesse em Jerusalém. Feitas essas coisas, fui à procura de Jesus e tornei-me aceita entre os seus. (...)
Livro: Maria Madalena A Testemunha da Paixão - Jose Carlos Leal 

22.2.24

Se Ligue em Você


 

DE FATO, ESPÍRITO E MÉDIUM NÃO SE PERTENCEM, MAS...

Concordo: espírito e médium não se pertencem!...
Não obstante, convenhamos, no exercício da mediunidade, tanto da parte do espírito quanto do médium, torna-se indispensável que haja o mínimo de critério e bom senso.
O espírito seja ele qual seja não pode se manifestar pelo médium que ele escolhe por instrumento, porque, sem o consentimento do médium, a mediunidade deixaria de ser mediunidade e passaria a ser obsessão.
O mesmo, seja ele qual for, se afirma em relação ao médium, que, sem a anuência do espírito, não deve pretender que ele se expresse por intermédio de suas faculdades, porque, assim sendo, a mediunidade deixa de ser mediunidade e passa a ser mistificação.
O espírito comunicante não concede a nenhum médium procuração a que ele legalmente o represente entre os homens, mas isto não significa que todo medianeiro, por mais bem intencionado se mostre, o possa fazer à revelia do morto...
Allan Kardec, estudando a questão da identidade dos espíritos, no capítulo XXIV de "O Livro dos Médiuns", foi, como sempre, extremamente feliz nas considerações que lhe foram inspiradas pelos Espíritos da Codificação, ao afirmar que, em relação aos espíritos comunicantes, a sua "identidade absoluta é uma questão secundária e sem importância geral"... Contudo, se o espírito, muitas vezes, não liga importância à sua humana identidade, o mesmo parece não acontecer em relação a certos médiuns, que fazem questão do nome com que o desencarnado supostamente se lhes apresente.
Eu não me esqueço de que, certa vez, ao autografar um livro de sua coautoria mediúnica, o grande Chico Xavier simplesmente grafou:Cisco Xavier! Existem, na Terra e no Mais Além, muitos Franciscos e muitos Chicos, mas, evidentemente, um Chico convencido de que não passa de Cisco não é fácil encontrar em nenhum dos Dois Lados da Vida...
No que tange à minha apagada figura, que, renascida no berço terrestre, os meus pais, Jacinto e Maria, rotularam de Inácio Ferreira de Oliveira, sinceramente não sei qual o interesse mediúnico na intenção de se atribuir a mim a autoria de obra que, em verdade, não me pertence... Eu nunca fui e nunca serei um best-seller, facilitando, economicamente, a vida das Editoras!...
Sei que é inútil, porém, apelaria no sentido de que se evitasse tal constrangimento para a Doutrina, já às voltas com tantas improbidades da parte de quem, inconsequentemente, vive enfiando os pés pelas mãos.
Imagino, no entanto, que ter a identidade usurpada deve ser o meu carma, porque ainda não me deparei, por exemplo, com quem se interessasse em se apossar da identidade do meu amigo Odilon Fernandes, ou mesmo de nossa querida Maria Rodrigues Salvador, que, em nossos arraiais, se tornou mais conhecida pelo epíteto de "Domingas".
- Dr. Inácio - disse-me, gracejando, o amigo e poeta Eurícledes Formiga -, o senhor está importante, hein?! Disputadíssimo! Na Terra, a não ser meus filhos e o nosso amigo comum, ninguém mais ambiciona assinar os meus versos... De bom grado, pertencente quase a uma espécie em extinção, eu cederia o meu nome a quem se atravesse a cometer algumas trovas e sonetos - nem que fossem de "pé quebrado", e de "mão" também!...
No mais, vocês me perdoem, mas é confusão além da conta... Eu não sei -  todavia, a continuar neste ritmo, dentro em breve, sem nenhuma consulta prévia a quem de direito, não haverá um morto sequer do qual, sobre a Terra, certos médiuns, não queiram lhes opor o nome na capa de seus livros!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba - MG, 24 de Fevereiro de 2014.  

21.2.24

Gravação do Estudo Detalhado do livro ENTRE A TERRA E O CÉU Capítulos 17 e 18



Comentário Questão 720 do Livro dos Espíritos

PRIVAÇÕES MERITÓRIAS
 
A dor, todos sabemos, é uma terapia espiritual para as almas, tanto assim que ela sempre existiu na face da Terra, bem como em alguns planos do Espírito desencarnado. Ela constitui o freio para regular os impulsos inferiores, donde se vê tanto sofrimento no mundo, quantidade imensurável de hospitais e remédios.
A dor é o aguilhão capaz de levar o Espírito a sérias meditações, resultando na ponderação das investidas ao mal. Diante das calamidades em que os homens se encontram, alguns entendem que para eliminar o passado culposo, ou para despertar suas faculdades espirituais mais depressa, encontrarão mérito em procurar sofrimentos e entram nas privações voluntárias pela própria vontade, como, por exemplo, abstendo-se de alimentos por muito tempo, crucificando-se em madeiros esculpidos por eles mesmos, "enterrando-se" vivos, se prendendo em locais onde ninguém os possa ver, privando-se do convívio dos seus semelhantes e quando aparece uma enfermidade, não procuram tratamento. Compreendendo que são sempre devedores de outras vidas, intentam resgatar a dívida por eles próprios, para mais depressa se libertarem.
Como se enganam essas pessoas! Não há mérito nessas extravagâncias de impor a si mesmos sofrimentos. Ao invés desses castigos, deveriam trabalhar para confortar os enfermos, animar os caídos e dar pão a quem tem fome; é muito meritório esse gesto de caridade.
Se queremos sentir o mérito das nossas ações, busquemos crucificar nossas paixões, esquecer as ofensas recebidas e amar a todas as criaturas de Deus, amando a Deus em todas as coisas. Eis aí o mérito dos nossos esforços. A época das privações exteriores ficou no passado; no presente, dado ao despertamento do homem para mais além, convém notar as mudanças dos comportamentos para melhor. Podemos observar que a própria religião católica já opera certas mudanças no que diz respeito também às prisões que algumas mulheres se impõem para a purificação dos seus sentimentos. Já se fecham alguns conventos, transformando-os em escolas; em vez de somente adoração, passa-se à ação, devido ao preparo dessas almas em questão.
O mérito hoje está na renovação interior da alma, e foi a Doutrina dos Espíritos a mais avançada filosofia neste sentido. A variedade de livros publicados, as mensagens dos benfeitores espirituais, mostrando às criaturas da Terra como avançar, ensina qual é o maior mérito para se libertar do peso cármico, ou o melhor trabalho para o seu despertar. Aqueles que combatem o Espiritismo Cristão sem examinar seus conceitos, não entenderam sua mensagem aos homens, porque seu objetivo é a iluminação da consciência humana. O espírita sincero não perde tempo em aceitar glória dos homens, mas trabalha em favor dele e de todos, como um dever de coração em Jesus.
Observem em João, no capítulo cinco, versículo quarenta e um, essa anotação:
Eu não aceito glória que vem dos homens.
Jesus nos mostra que a verdadeira glória vem de Deus, que nos faz conscientes da verdade. Nós devemos nos privar dos gozos inúteis, dos excessos do descanso em demasia, da gulodice e das extravagâncias. Vamos procurar pautar nossa vida dentro da simplicidade, onde o amor seja a nossa força, que gera esperança e paz.
O homem do passado somente tinha olhos para ver as coisas externas. O homem de hoje, que se encontra ligado às coisas que já se foram, continua sofrendo das ilusões externas, todavia, o novo homem, que nasceu em Jesus, passa a trabalhar e procurar os valores eternos dentro dele mesmo, lutando para essa grande conquista, que faz libertar a consciência, onde a tranqüilidade passa a ser um verdadeiro céu.
O mérito não é ajuntar coisas perecíveis, é despertar os dons que Deus depositou na intimidade de cada ser.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria.

20.2.24

Valor da Prece


 

O REMÉDIO IMPREVISTO

O pequeno príncipe Julião andava doente e abatido.
Não brincava, não estudava, não comia. Perdera o gosto de colher os pêssegos saborosos do pomar. Esquecera a peteca e o cavalo.
Vivia tristonho e calado no quarto, esparramado numa espreguiçadeira.
Enquanto a mãezinha, aflita, se desvelava junto dele, o rei experimentava muitos médicos.
Os facultativos, porém, chegavam e saíam, sem resultados satisfatórios.
O menino sentia grande mal-estar. Quando se lhe aliviava a dor de cabeça, vinha-lhe a dor nos braços. Quando os braços melhoravam, as pernas se punham a doer.
O soberano, preocupado, fêz convite público aos cientistas do País. Recompensaria nababescamente a quem lhe curasse o filho.
Depois de muitos médicos famosos ensaiarem, embalde, apareceu um velhinho humilde que propôs ao monarca diferente medicação. Não exigia pagamento. Reclamava tão sômente plena autoridade sobre o doentinho. Julião deveria fazer o que lhe fôsse determinado.
O pai aceitou as condições e, no dia imediato, o menino foi entregue ao ancião.
O sábio anônimo conduziu-o a pequeno trato de terra e recomendou-lhe arrancasse a erva daninha que ameaçava um tomateiro.
— Não posso! estou doente! — gritou o menino.
O velhinho, contudo, convenceu-o, sem impaciência, de que o esforço era viável e, em minutos breves, ambos libertavam as plantas da erva invasora.
Veio o Sol, passou o vento; as nuvens, no alto, rondavam a terra, como a reparar onde estava o campo mais necessitado de chuva...
Um pouco antes do meio-dia, Julião disse ao velho que sentia fome, O sábio humilde sorriu, contente, enxugou-lhe o suor copioso e levou-o a almoçar.
O jovem devorou a sopa e as frutas, gostosamente.
Após ligeiro descanso, voltaram a trabalhar.
No dia seguinte, o ancião levou o príncipe a servir na construção de pequena parede.
Julião aprendeu a manejar os instrumentos menores de um pedreiro e alimentou-se ainda melhor.
Finda a primeira semana, o orientador traçou-lhe novo programa. Levantava-se de manhã para o banho frio, obrigava-se a cavar a terra com uma enxada, almoçava e repousava. Logo após, antes do entardecer, tomava livros e cadernos para estudar e, à noitinha, terminada a última refeição, brincava e passeava, em companhia de outros jovens da mesma idade.
Transcorridos dois meses, Julião era restituído à autoridade paternal, rosado, robusto e feliz. Ardia, agora, em desejos de ser útil, ansioso por fazer algo de bom. Descobrira, enfim, que o serviço para o bem é a mais rica fonte de saúde.
O rei, muito satisfeito, tentou recompensar o velhinho.
Todavia, o ancião esquivou-se, acrescentando:
— Grande soberano, o maior salário de um homem reside na execução da Vontade de Deus, através do trabalho digno. Ensina a glória do serviço aos teus filhos e tutelados e o teu reino será abençoado, forte e feliz.
Dito isto, desapareceu na multidão e ninguém mais o viu.
 
Livro: Alvorada Cristã - Francisco C. Xavier - Neio Lúcio.

19.2.24

Bem sofrer e o mal sofrer


 

Notícias do Mundo Espiritual – II

“Eu Sou uma Bolha de Sabão!”
 
Quero agradecer, penhoradamente, aos amigos que, via Internet, escrevendo da Terra, têm se empenhado em me dizer que, embora eu seja dotado de corpo espiritual, sou oco por dentro, ou seja, não possuo nenhum órgão – coração, estômago, intestino, pulmões, enfim, nada, absolutamente nada, pois que a morte de tudo me esvaziou...
Creio que, por dedução, do que, caridosamente, insistem em me dizer, nem mesmo cérebro eu possuo, aqui, no Além, onde nem sei se vão continuar permitindo que, pelo menos, eu respire...
Para eles, amigos até de certo nível cultural, André Luiz, escrevendo por Chico Xavier, pseudônimo do grande cientista Carlos Chagas, um dos maiores benfeitores da Humanidade, enganou-se redondamente, quando escreveu “Nosso Lar”, que agora, no cinema, continua a sua saga mistificadora...
Preciso, sim, agradecer a eles por estarem me alertando que Chico Xavier, ou melhor, o médium Francisco Cândido Xavier, durante 75 anos de atividade mediúnica foi enganado nos mais de quinhentos livros de sua lavra que já foram publicados...
Êta turma porreta esta, que, em suas palestras e lives, têm lançado tanta luz sobre questão tão delicada, demonstrando que, de fato, sabem muito mais que os Instrutores de Chico e de tantos outros médiuns que, no dizer deles, andam por aí escrevendo “baboseiras”...
Quero, aqui do Além, onde, segundo estão me dizendo, eu não passo de uma bolha de sabão, desses que são feitos em tachos de cobre, valendo-se da gordura de algum porco, ou de algum outro pobre animalzinho, não sei...
Sou uma bolha de sabão!... E eu que achava que pudesse ser um pouco mais, quem sabe, pelo menos, uma bolha de Lifebuoy, que, aliás, para lavar a carcaça, nunca foi o meu preferido... Mas, não! Inácio, ao deixar o corpo, ficou oco por dentro, se transfigurou em isopor, e, por ser destituído inclusive de cérebro, sequer pode pensar, qual todos esses espíritos que se comunicam nos Centros Espíritas do Brasil inteiro, através de mil e um médiuns, estão apenas sugestionados...
Turma porreta esta, que deveria, com Kardec, ter participado da Codificação, se é que um deles não seja o próprio Codificador que, igualmente, cansado de ser uma bolha de Rexona (ops), desculpem-me, de Lifebuoy, ou do sabão de banha de porco com cinza, voltou à Terra, e, agora, mais sábio que antes, está colocando as bolhas em seu devido lugar...
Graças a Deus, essa turma porreta, em me esclarecendo, me livrou, com uma canetada, de todas as doenças, porque, não possuindo mais nenhum órgão para adoecer, causando um desemprego generalizado entre os médicos mortos – ah, perdoem-me, os psiquiatras continuam empregados, e os psicólogos, tentando convencer-nos que somos meras bolhas de Lux, o sabonete das estrelas...
Graças a Deus, sendo uma bolha, sem esforço algum, eu posso volitar para onde quiser – o duro é quando sopra um vento mais forte e, então, me faz grudar noutra bolha, dando a impressão falsa, é claro, que as bolhas, igualmente, copulam entre si – mas não, a gente também não tem mais genitália, e não sente mais necessidade de fazer xixi e um punhado de coisas, não é!... A genitália no corpo espiritual é só fantasia, como se Carnaval fosse o ano inteiro...
Então, quero deixar aqui os meus agradecimentos à essa turma porreta, Kardecistas da gema, ou melhor, da bolha, que vieram me esclarecer que o corpo físico não é mais modelo do corpo espiritual, porque, se fosse, o corpo físico haveria de ser também uma bolha de Palmolive, ou quiçá de Gessy, de Cashmere Bouquet, ou ainda do saudosíssimo Vale Quanto Pesa...
Ah, eu vou querer royalties...
Perdoem-me, turma porreta, se não lhes ajoelho aos pés, por estarem me livrando dessas “baboseiras” escritas por essas bolhas de sabão de nome Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos, e, enfim, por essa bolhas todas, lindas, muito lindas, mormente quando, sob efeito da luz, transfiguram-se em arco-íris!...
 
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 18 de Fevereiro de 2024.

18.2.24

Cascata de Luz


 

XX – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER

O capítulo IV do livro “Libertação” – “Numa Cidade Estranha” –, sem dúvida, é um dos mais interessantes e reveladores do livro, pois, na companhia de Gúbio e Elói, André Luiz visita a Dimensão das Trevas, que é uma Dimensão Subcrostal.
Chico Xavier dizia que quando tinha oportunidade de “enxergar” os diferentes Mundos, era como se ele “enxergasse” uma bola dentro de outra – uma bola de gude dentro de uma de beisebol, uma de beisebol dentro de uma de futebol de salão, uma bola de futebol de salão dentro de outra de futebol de campo, e, assim, sucessivamente.
*
Estudando os livros de André Luiz – repetimos –, percebemos que ele leva o leitor a realizar uma “viagem no tempo” – quando, por exemplo, escreve “Nosso Lar”, ele conduz a mente do leitor ao futuro, mas quando escreve “Libertação”, conduz a mente do leitor ao passado... Claro que a referida “viagem no tempo” é realizada tomando a Terra como ponto de referência – a Terra é o tempo presente, onde o leitor das obras de André Luiz se encontra situado.
Inclusive, já tivemos oportunidade de afirmar, necessitamos de pluralizar o Mundo Espiritual – são Mundos Espirituais, sendo que a Terra não passa de ser mais um deles! Assim como o corpo físico nada mais é que um de nossos inúmeros corpos espirituais, ou perispíritos!...
Simples assim.
*
André relata: “Após a travessia de várias regiões ‘em descida’, com escalas por diversos postos e instituições socorristas, penetramos vasto domínio de sombras”.
A descrição que é feita a seguir nos transmite a impressão de que os três amigos – André, Gúbio e Elói – estão voltando à Terra da Idade Média – exceção feita à Natureza, que o autor espiritual fará questão de retratar com detalhes.
Esse “em descida”, colocado entre aspas, é muito interessante, porquanto, a rigor, quem saberá dizer o que fica em cima e o que ficam abaixo, o que fica a direita ou o que fica à direita... Mais uma vez, notemos um dos principais postulados da  Física Quântica confirmado: o objeto observado depende do observador... Tal constatação do Mundo da Física vale, igualmente, para o Mundo Moral.
*
Descrevendo a paisagem desoladora com que eles se deparam, logo após atingirem a meta e “pisarem chão firme”, André registra:
“A claridade solar jazia diferenciada.
Fumo cinzento cobria o céu em toda a sua extensão.
A volitação fácil se fizera impossível.
A vegetação exibia aspecto sinistro e angustiado. As árvores não se vestiam de folhagem farta e os galhos, quase secos, davam a ideia de braços erguidos em súplicas dolorosas.”
Tentemos interpretar o texto acima: o Sol era o mesmo, porém quase encoberto por nuvens escuras – certamente, de acentuada poluição física (incêndios) e psíquica – das formas-pensamento que pairavam na psicosfera...
Natureza sofrida.
Com certeza, pouca água.
Entre espíritos sofredores, até a Natureza sofre.
Notemos, ainda, que, em quase tudo, a Dimensão é semelhante à da Crosta – Sol, vegetação, árvores, aves agoureiras, répteis (como haveremos de ver no próximo estudo)...
Um ambienta de desolação.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito toda terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
https://youtu.be/zdKQ55-equQ?list=PLJUZisvOqWSPrzDjdw6f9NSTmILB0O3rp 

17.2.24

O REINO DE DEUS


 

Não Duvide

É possível, meu amigo,
Nas lutas do dia a dia,
Que você tenha perdido
Entusiasmo e alegria...
 
É provável que a tristeza,
Revestida de aflição,
Tenha feito, ultimamente,
Morada em seu coração...
 
Quem sabe a própria descrença,
De mistura ao desalento,
Tenha agora se instalado
No lar de seu pensamento...
 
Seja, no entanto, qual for
A dor que o faça sofrer,
Não deixe, em nenhum instante,
De cumprir com o seu dever...
 
Embora triste e cansado,
Ou sentindo-se sozinho,
Passo a passo, sob a cruz,
Avança devagarinho...
 
Medite nesta verdade
Que a Vida proclama, além:
Duvide do que quiser,
Mas não duvide do Bem!...
 
Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, na noite de 24 de Junho de 1992, em Uberaba – MG).

16.2.24

AS LEIS MORAIS Rodolfo Calligaris (autor)


 

BEM-ESTAR

Comentário Questão 719 do Livro dos Espíritos
 
É natural de todos os Espíritos procurarem o seu bem-estar, no entanto, deve-se perguntar se essa procura é honesta, sem que prejudique o seu irmão. Se o bem-estar que se goza é fruto do trabalho honesto, verdadeiramente ele é certo e até meritório, capaz de mostrar aos outros em silêncio que o trabalho leva ao trabalhador o conforto, compensando os esforços.
A tapeação, o roubo e a mentira, podem ser uma fonte de bens materiais, contudo, essa fonte é ilusória, levando a alma que a pratica a situações dolorosas, que não compensam. A própria consciência condena veementemente o que não é ganho com honestidade. Se o bem que fazemos não fica escondido, o mal muito menos. Tudo que fazemos é denunciado por nós mesmos.
Observemos o que Jesus fala sobre este assunto, registrado por Lucas no capítulo doze, versículo dois:
Nada há encoberto que não venha a ser revelado, e oculto que não venha a ser conhecido.
É por isso que, quando fazemos o bem, não precisamos anunciar. Esconder o mal é anunciar seus efeitos, porque o mal sempre prejudica a alguém. O bem-estar que a ninguém prejudica e que não maltrata a si mesmo, pode ser gozado, porque é fruto do equilíbrio e da honestidade. O abuso é que joga o que o pratica no erro e a lei o corrige, de modo que pode vir a sofrer nos caminhos que percorre.
Quando o homem exagera no trabalho para gozar mais do fruto dos seus esforços, isso não pode ser aceito como fruto honesto, por ir além das suas forças físicas e, por vezes, das morais. Tudo que sai da harmonia traz desequilíbrio para a alma e não devemos fazê-lo. A consciência sabe regular seus impulsos; basta ouvi-la. Se não sabemos escutá-la, oremos a Deus pedindo socorro, e busquemos os companheiros mais velhos, aqueles que sabem mais, para nos orientarem. Sempre encontra, aquele que busca.
Quantos irmãos nos quais notamos desregramento no vestir, no comer, nos gastos inúteis, nos vícios e na perda do sono reparador não estão fazendo isso inconscientes? De vez em quando eles recebem dos seus benfeitores pensamentos de aviso, por eles mesmos, por livros que lêem, ou por companheiros que os advertem, mas teimam em fechar os olhos e tapar os ouvidos, continuando em erros graves. Os que buscam, vão encontrar pelo preço que a dor lhes oferece nos próprios caminhos.
A Doutrina Espírita é portadora do equilíbrio em todos os sentidos e, felizmente, muitos a ouvem, esforçando-se em mudanças internas, encontrando barreiras enormes que formam os vícios milenares, mas acabam vencendo, por vencerem a si mesmos. O sofrimento dos seres humanos e Espíritos é fruto da falta de educação e de,saber, naquilo que lhe compete adquirir. Jesus foi o máximo, em se falando de sabedoria. Ele veio para educar todos os povos e instruir todas as nações, como Líder Espiritual de toda a humanidade.
O Evangelho do Divino Mestre é uma carta do céu que Deus escreveu, enviando Seu filho como canal de luz para entregá-la à humanidade. Somente essa carta pode mostrar como adquirir a paz no coração.
Devemos procurar o bem-estar que precisamos, mas sob a orientação de Jesus, sem que os outros irmãos sofram com as nossas exigências. Quem não sabe o modo certo de o adquirir pelos caminhos da sinceridade? Trabalhemos para viver, obedientes às leis que regulam o próprio trabalho, o descanso e o lazer.
Aquele que age sem abusar é portador da verdadeira paz.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria.

15.2.24

Vinha de Luz


 

Atrás do Trio Elétrico vai também quem já morreu

O compositor Caetano Veloso cantou os versos de apologia ao carnaval de maneira tão vibrante chegando a afirmar que “atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu”. Enganou-se! 
A força do carnaval é tamanha que até os “mortos” não se contentam com o que já brincaram em vida física e voltam para dar alguns passos. Se viessem apenas para pular e curtir as músicas até que não seria nada demais, no entanto, fazem mais do que simplesmente entrar na folia de Momo. 
Contam os mais saudosistas que o carnaval era, tão-somente, uma festa de alegria e confraternização. As pessoas iam às ruas cantar e dançar com a família, desfilando em blocos e corsos ornamentados. O talco e até a lança-perfume eram um pretexto para um flerte. O romantismo era uma marca dos desfiles dos pierrôs e arlequins apaixonados. Bem, este era o carnaval do passado, revivido nos atuais blocos líricos. Hoje, no entanto, a história é bem diferente. 
O carnaval tornou-se, na maioria das vezes, uma oportunidade de se extravasar sentimentos menores e atitudes radicais. Por ser carnaval, passa no imaginário coletivo de muita gente que se pode fazer tudo. Não há limites. Se a festa é da carne, então que se dê prazer a carne, ora.  
Os sentidos devem ser estimulados à exaustão, seja pela ingestão de álcool e drogas ou pelo desvario do sexo. Como convivemos com uma realidade paralela invisível, não percebida pela maioria das pessoas, os foliões incansáveis do passado - e presos ainda em suas consciências com tais prazeres – voltam à busca da continuidade das suas sensações.  
Os foliões espirituais, como não possuem mais o corpo físico, utilizam os sentidos e as mentes dos seus afins. Consomem a droga e o álcool por tabela, em função da dependência psíquica que estimulam nos seus agentes encarnados, até porque, a droga e o álcool permitem o descontrole da consciência, dando mais facilidade para sua ação. São as chamadas obsessões. 
Não é raro alguém dizer, por exemplo, depois de uma discussão, de uma luta corporal ou de outra atitude de violência, que não se reconhecia fulano, até parecia que não era ele. E não era mesmo, em muitos casos.  
É importante pontuar que o fenômeno da obsessão somente ocorre porque seu agente físico permite, ele se deixa levar pelas influências mediante sintonia mental.  
O interessante é que muitos destes foliões espirituais acreditam firmemente que ainda estão vivos na carne e promovem uma série de ocorrências danosas através dessa indução mental. 
Desse modo, sim, atrás do trio elétrico vai também quem já morreu!  
Os médiuns com vidência conseguem enxergar cenas de terrível envolvimento entre encarnados e desencarnados. Outros percebem um ambiente pesado nos aglomerados da brincadeira. Tais observações sobre o carnaval não podem ser interpretadas como puritanismo exagerado ou uma condenação à festa popular. Não, absolutamente não! Como qualquer outra festa, ela em si mesma não é boa ou má, pois tudo depende da forma como se brinca.  
Em todo o caso, cuidado para não cair no bloco das ilusões das drogas delirantes, do sexo irresponsável ou do álcool destruidor. Afinal, a vida não se resume a três dias de folia. A vida, como já dizia aquele outro folião que possivelmente continua brincando saudavelmente além das estrelas, a vida é bela, sim, senhor! 
E também, certamente, porque existe o carnaval. 
Evoé!
Carlos Pereira - Blog de Carlos Pereira
Publicado originalmente no livro REALIDADE PARALELA – UMA LEITURA ESPIRITUAL DOS FATOS, deste autor, em 2002.

14.2.24

ENTRE A TERRA E O CÉU Capítulos 15 e 16 ALEM DO SONHO e NOVAS EXPERIÊNCIAS

 


Carnavalescos do Além

É o inferno na Terra! – afirmam alguns.
Que tristeza, meu Deus! – dizem outros.
O mundo vai se acabar com tanta libertinagem – antecipam outros mais.
Por outro lado, há aqueles que asseveram:
- Seria bom que houvesse todos os dias.
- Eu não sei viver sem essa festa maravilhosa.
- Quero mais é entrar na folia e não mais voltar.
As opiniões se dividem sobre o carnaval. Uma festa sem dimensão. Seus impactos são enormes na vida da população.
Agitam-se de todos os lados aqueles que se envolvem nesta parada de trabalho e rotina para a grande festa de “Momo”.
Tenho visto tanta coisa do lado de cá da vida e nada mais me espanta, inclusive no carnaval.
Eu já vi gente desacordada e pensando que ainda estava na folia. Corpo estendido no chão e ele no meio da multidão, como se nada houvesse acontecido.
Pessoas mortas se entrecruzando com outras numa animação de quem vê não sabe quem é vivo ou morto não.
Todo tipo de acasalamento de vontades se vê no carnaval.
Um dia, nessas andanças por esses tempos de brincadeira carnavalesca, vi um homem sozinho na multidão. Parado, estático. Aproximei-me dele, dei-lhe um bom dia e ele me respondeu:
- Estou esperando meu bloco passar.
- E quando ele chega? - perguntei.
- Às nove horas, mas não sei porque estão atrasados.
- Faz quanto tempo que o senhor está aqui?
- Não sei, já perdi as contas.
Examinei direito e vi que ele já estava fora do corpo há algum tempo. Não sei exatamente quanto. Aí ele disse que, pela demora, entraria no próximo bloco que viesse.
Despedi-me e quando vi estava ele já entrosado em outra agremiação carnavalesca que não era originalmente a dele. Quando olhei mais atentamente, vi que ele estava entrelaçado com outros tantos que também estavam “mortos”. Era sim, meus caros, um bloco do além. Até aquele instante, não sabia que aqui eles também se organizavam para continuar as brincadeiras de outrora.
É este carnaval que contagia toda a gente.
Eu me lembro muito bem que certa vez estive num carnaval em Ouro Preto, nas Minas Gerais. Falo de um carnaval na condição de espírito desencarnado. Lá, presenciei um séquito de espíritos disfarçados, como se não tivessem morrido, misturados na multidão, comportando-se como se estivessem fantasiados de “almas”. Que indecência, pensei, mas eles me responderam que era brincadeira e por quê não?
Tudo isso e muito mais é carnaval. Uma festa que se enrama na multidão que se entrega de corpo e alma para saborear momentos de alegria e confraternização.
É assim a alma de nosso povo. Ora, irreverente, outra vez, bastante criativa. É, na prática, ânsia de viver, de viver bem, de viver com eterna alegria, mesmo que dure apenas três dias.
Joaquim Nabuco - Blog Reflexões de um Imortal
Publicado neste blog inicialmente em 18 de fevereiro de 2023.

13.2.24

Alegria e Triunfo



Além das ilusões

As lides do Cordeiro afloram por toda a parte. Elas se servem dos bons servidores para espalharem a paz e o amor.
Ocorre que, nos dias hodiernos, as esferas ínferas do planeta invadem a psicosfera com  pensamentos de menos valia que abalam, sobremaneira, o espectro de forças que atuam no orbe, pressionando, cada vez mais, para que os operários do bem trabalhem em defesa do bem geral.
Esgotados de verem as injunções de melhoria nos “quatro cantos do planeta”, o mal se debanda em série e se agita, tentando adiar, minimamente que seja, o progresso já iniciado.
Os dias do mal na Terra estão contados e eles sabem disso.
Outrora, havia a possibilidade de prosperar uma ou outra ideia nefasta, hoje, têm consciência, que as estratégias da maldade devem ser mais bem urdidas, caso contrário, serão imediatamente abafadas.
Nestes dias de carnaval, particularmente no Brasil, um “enxame” de espíritos trevosos são libertados propositadamente das furnas e do umbral grosseiro. Não sabem, na sua ânsia de prazeres e de perturbações, que são convidados a se deserdarem do mal.
Aqueles que transitam na mesma faixa vibratória deles são “engolidos” sem que haja qualquer esforço, mas há aqueles que, por estarem apenas interessados na boa  brincadeira, podem vir a ser arrastados pela vileza dos sentidos e por pensamentos  difusos e conflitantes.
Aos que meditam, peço que vossos pensamentos generosos possam ir ao encontro destes espíritos trevosos.
A luz que emana de um pensamento bem-intencionado e vigoroso pode abrasar o mal. Lembremos bem - e pratiquemos – que a ação de um homem bom e amoroso pode anular uma “multidão de pecados”.
Esse compromisso com o bem se insere a todos que desejam uma vida nova na Terra. São estes, os mansos, que herdarão este mar de possibilidades.
Conquanto ainda não chegue este dia, procuremos, cada um a seu turno, proceder a própria higienização mental e energética.
Os pensamentos enfermiços e destoantes do bem se apoderam daqueles mais fracos e imprevidentes, alterando humor, provocando desequilíbrio de comportamento, quando não, levando-os a atitudes insensatas.
O carnaval não é um mal em si – nada disso! A alegria foi feita para o ser humano vivenciar momentos de efusão da alma. Neste sentido, a festividade é mais que bem-vinda, pois pode rejuvenescer a alma de sentimentos e sensações, é o seu mau uso que faz prosperar o desequilíbrio de toda ordem. É este o cuidado.
Tenhamos paciência com aqueles que se estertoram em energias, ao máximo, nestes dias inebriantes. Passado o momento do “bloco das ilusões”, a realidade, nua e crua, cobrará bom entendimento da vida e o cumprimento dos compromissos assumidos no Além.
Fiquemos em alerta, no entanto, pois as hostes da maldade não perdem tempo diante de situações propícias e aproveitam para despertar sentimentos mal resolvidos e sensações ainda mal administradas nos escaninhos da alma.
Aos centros espíritas e outras casas de cunho espiritualista, estejam preparados para acolher todos eles. Os que brincaram de viver no corpo físico e os que se deliciaram no espetáculo do parecer viver no corpo do espírito.
Canalizemos, sempre, as nossas forças para o bem.
Peçamos ajuda quando couber e precisar.
Façam a sua parte e deixem que os céus façam a deles.
O momento é de recuperação de almas que vivem, de algum modo, no seu inferno interior, e juntemo-nos ao Cristo na tarefa ingente de liberação deste planeta para alçar voo maior nos ditames da evolução cósmica.
Bezerra de Menezes - Blog de Carlos Pereira

12.2.24

Entre a Terra e o Céu


 

Notícias do Mundo Espiritual – I

De quando em vez, alguns amigos encarnados nos solicitam algumas notícias que, evidentemente, possamos lhes transmitir sobre a Vida no Mundo Espiritual.
Não obstante, a nossa vontade em lhes atender aos anseios, precisamos considerar que, de fato, os que se encontram na carne, com exceções, ainda se revelam imaturas para noticiário mais amplo.
Ultimamente, por exemplo, temos acompanhado, pelas mídias sociais, alguns confrades – pelo menos, assim os consideramos – que vêm tecendo impiedosas críticas à Reveladora Obra Reveladora de Chico Xavier, concentrando-se nas da lavra de Emmanuel e André Luiz.
Claro, que tais confrades não nos intimidam, porque a sua “ficha espiritual”, conhecida de nós outros, que nos encontramos Deste Outro Lado, não os autoriza, intelectual e, tampouco, moralmente, para o que estão tentando fazer contra a Doutrina Espírita – sim, porquanto, os ataques a Chico Xavier são ataques frontais ao Espiritismo, em sua tarefa precípua de reviver o Cristianismo.
Não percebem tais irmãos, e irmãs, que estão sendo utilizados por instrumentos das trevas para espalhar a cizânia no Movimento, que, infelizmente, vêm experimentando várias tentativas de enfraquecimento portas adentro de si mesmo, inclusive, com as ADULTERAÇÕES QUE VÊM SENDO PROMOVIDAS EM LIVROS DE AUTORIA DOS INSTRUTORES ESPIRITUAIS PELAS ABENÇOADAS FACULDADES MEDIÚNICAS DE CHICO.
Temos, sim, na medida do possível, examinado os textos, escritos e verbalizados, dos que querem crescer à custa de sua vã tentativa de apequenar o que, ao longo de 75 Anos de Legítimo Mandato Mediúnico, os Espíritos Superiores, sob a Égide do Cristo, acrescentaram ao Pentateuco Kardeciano, atualizando a Terceira Revelação.
Os autores encarnados dos referidos textos, que respeitamos na condição de nossos irmãos, estão adoentados, porque invejam o trabalho do qual, diretamente, não foram chamados a participar, despejando a sua cólera contra Chico Xavier, a quem, repetimos, agridem impiedosamente, externando, assim, a sua própria insanidade.
Estão blasfemando no deserto, sim, todavia, serão espiritualmente responsabilizados por alguma influência que lograrem sobre os encarnados menos avisados, almas que se deixam envolver pela sua palavra hipnótica de pretensos defensores da pureza doutrinária.
Lamentamos, profundamente, que eles estejam por aí, quase que com exclusividade, ocupando espaço na mídia para denegrir Chico e a sua Obra, de vez que, infelizmente, não são capazes de outra coisa fazer a não ser atirar pedras contra as árvores frutíferas que eles não plantaram...
A sua obsessão contra a Obra Mediúnica de Chico Xavier fala, por si só, de sua grave condição enfermiça, que, mais cedo ou tarde, haverá de ser tratada em algum nosocômio especializado em Psiquiatria – não sei se sobre a Terra, ou, quiçá, deste Outro Lado.
Eles não conseguem serem úteis à Causa de outra maneira que não seja falando mal da Obra Reveladora de Chico Xavier – de Chico Xavier que eles não podem lamber nem a sola de seus pobres sapatos!...
 
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 9 de Fevereiro de 2024. (*)
(*) Publicado antecipadamente por motivo de viagem do médium.

11.2.24

Os Quatro Evangelhos



 

XIX – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER

No diálogo que mantém com o Instrutor, Matilde considera: “... compete-me trabalhar muito e sem desanimo, com incessante aproveitamento das horas. Moverei as cordas da intercessão, mobilizarei meus amigos, rogarei a Jesus fortaleza e serenidade. Iniciaremos a liberação com o teu abnegado concurso na zona abismal.”.
Notemos que não há quem alguma coisa faça sozinho... Matilde, embora a sua elevação espiritual, a fim de lograr a libertação de Gregório, necessitaria mover “as cordas da intercessão”. Gúbio, inicialmente, socorreria a Margarida, que, no passado, fora sua filha e que se encontrava imantada ao verdugo. A dolorosa trama, sem dúvida, também envolvia a Gúbio afetivamente. Margarida, que se encontrava encarnada, vítima de insidiosa obsessão, havia sido sua filha, e Gúbio, ao que tudo indica, igualmente, tinha responsabilidade sobre os desvios de Gregório. O Instrutor não havia sido “escolhido” aleatoriamente para a tarefa da libertação daquele que, um dia, chefiara os destinos da Igreja de Roma.
*
Em resposta à solicitação de Matilde, Gúbio lhe diz: “Socorreste-me com a tua intercessão, amparando-me o zelo afetivo, perante as necessidades de Margarida. Um coração paternal é sempre venturoso, em se humilhando pelos filhos que ama. Sou simplesmente teu devedor, e, se Gregório me flagelasse nos círculos em que domina, semelhante aflição se converteria igualmente em júbilo, dentro de mim.”.
*
Quem realmente ama é capaz de empreender qualquer sacrifício em prol do coração amado.
Não há quem, de fato, consiga avançar, nas sendas da evolução, esquecendo entes amados na retaguarda.
Gúbio desceria até os limites do abismo – “atravessaria” a Dimensão da Crosta, chegando às Trevas, descendo, praticamente, até o limiar do Abismo.
*
Matilde, então, promete que, em momento aprazado, iria à determinada região, nos “campos de saída”, encontrar-se, pessoalmente, com Gregório. (“A expressão “campos de saída” define lugares-limites entre as esferas inferiores e superiores.” – Nota de André Luiz).
Entre as Dimensões diferentes existem vários “pontos de contato”, ou “portais magnéticos”, semelhantes às “passagens” às quais, modernamente, a Física denomina “buracos de minhoca”, que são considerados um “atalho” através do espaço e do tempo.
O termo “buraco de minhoca”, criado por um físico estadunidense, John A. Wheller, em 1957 – um século após o lançamento de “O Livro dos Espíritos” –, é antecipado por André Luiz, em 1949!...
*
Ainda materializada, Matilde considera, em despedida: “Seguir-te-ei a ação e aproximar-me-ei no instante oportuno. Creio na vitória do amor, logo resplandeça o minuto do reencontro. Nesse dia abençoado, Gregório e os companheiros que mais se afinarem com ele serão trazidos por nós a círculos regeneradores e, dessas esferas de reajustamento, conto reorganizar elementos ante o futuro promissor, sonhando em companhia dele as realizações que nos competem alcançar.”.
A expedição socorrista, em direção às Trevas, estava prestes a partir, com Gúbio, Elói e André.
Não seria fácil a tarefa da “descida”, pois que os três deveriam promover o adensamento de seu próprio corpo espiritual, passando a viver na situação de “agêneres” por tempo mais ou menos longo – caso tal não acontecesse, eles não teriam condições ser “vistos” e “ouvidos” pelos espíritos daquela “cidade estranha”, e, consequentemente, de se entenderem com eles diretamente, através da palavra articulada.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito toda terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
https://youtu.be/zdKQ55-equQ?list=PLJUZisvOqWSPrzDjdw6f9NSTmILB0O3rp

Jesus


 

10.2.24

Folia da Alegria

Ao despertar, neste dia, muitos foliões saem às ruas a cantar e a dançar.
- Finalmente, chegou o grande dia! – Ou os dias que irão reinar outro senhor, o Rei Momo.
Essa constatação invade a alma de muita gente que, enfim, terá como extravasar as suas angústias, os seus medos, a sua própria índole adormecida.
Os dias de carnaval devem ser dedicados a expulsar os demônios interiores pelo mecanismo bendito da dança e do canto. Em outras palavras, usar a terapêutica da alegria para se contagiar de amor e segurança de viver.
Este expediente, porém, muitas vezes é criticado por aqueles que não entendem este mecanismo de transformação das emoções doentias em novo alento para viver.
É assim que vejo o carnaval: o momento de transfusão interior que sai da angústia para a alegria de viver.
Há pessoas, no entanto, que não expulsam os seus demônios interiores, ao contrário, os alimenta e incentiva a aproximação de outros.
Isto, sim, é danoso para a alma.
Não é o que o carnaval proporciona, é o que se promove utilizando como pano de fundo esta festa popular.
Via – e vejo – no coração do meu povo de Pernambuco, onde passei pedaço grande da minha vida carnal – uma estonteante oportunidade de lavar a alma durante a festa de Momo.
Como era – e é – alegre ver um bom maracatu, um passo de frevo bem dado, uma cantoria saudosista de tempos idos, ou mesmo um romance esquecido na memória. E muito mais...
Este é o lado bondoso e feliz do carnaval. O encontro de pessoas com outras para juntas brindarem a vida.
Quem não usa dessa festa para este propósito, ele mesmo vai ter de volta o que inadvertidamente semeou.
Portanto, não condenemos a festa, mas aquilo que os desavisados fazem dela.
Sei agora com muito mais detalhes o que ocorre nestes dias. Os excessos são literalmente das duas faixas existenciais. Uma nutrindo-se da outra.
Regalias espirituais à parte na satisfação de prazeres menores ou na extirpação dos vermes da alma, tenho a dizer que o outro lado da folia é estrondosamente mais interessante.
Amores que se fazem nos flertes juvenis.
Mãos que abraçam corpos na divisão da felicidade sem fim.
Pernas que se movimentam em balés imaginários.
O perfume que se exala da alegria, meus caros, é infinitamente mais sensível do que aquele que é obtido das sombras.
Um e outro se entrelaçam porque assim é que é a vida na Terra, sendo ou não carnaval. Apenas, nesta ocasião, permite-se o desabrochar de sentidos até a exaustação para aqueles que desconhecem a realidade do que seja um verdadeiro folião.
Quando os homens e mulheres entenderem que a festa da carne é o encontro com Deus no outro, então estes excessos desaparecerão e, em seu lugar, brindaremos ainda mais esta festa popular.
Acorda, meu povo!
Acorda para afastar as ilusões da vida e, em seu lugar, deixar nascer a verdade espiritual com a abundância que traz na alma um bom frevo canção.
Acorda, meu povo!
Para viver hoje as bênçãos das alegrias futuras.
Acorda, meu povão!
Para viver sem tristeza no bloco da ilusão da vida da matéria e, nela, poder usufruir do espírito santo de Deus que nos habita.
Ave, meu povo querido e festejante!
Helder Camara Blog Novas Utopias

Suicídio Não


 

ESCUTA

Escuta... Haja o que houver, não te detenhas
Perante os empecilhos do caminho,
Em que, às vezes, te sentes tão sozinho
Na luta do ideal em que te empenhas...
 
Vencendo a escuridão em que te embrenhas,
Segue ombreando a cruz devagarinho,
Aos rugidos do estranho torvelinho,
Transpondo escarpas, escalando penhas...
 
Não receies a voz que se exaspera
Do mal que à tua volta vocifera,
Em ameaças que não se traduz...
 
Onde estiveres não te esqueças disto,
Que do labor do Bem com Jesus Cristo,
Não há o que possa apagar a luz!...
 
Auta de Souza/Baccelli - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
Lisboa, 9-1-24

9.2.24

CONCEITOS DE PAZ Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria

 


A VIDA NA TERRA E A VIDA ETERNA

     "Não andeis cuidadosos da vossa vida, pelo que haveis de comer ou de beber, nem do vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais que o alimento e o corpo mais que o vestido? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros, e o vosso Pai as alimenta; não valeis vós muito mais que elas? E qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um cúbito à sua estatura? E por que andais ansiosos pelo que haveis de vestir? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles! Se Deus veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Assim não andeis ansiosos dizendo: "Que havemos de comer? Ou: Que havemos de beber? Ou: Com que nos havemos de vestir? Pois os gentios é que precisam destas coisas: porque vosso Pai celestial sabe que precisais de todas elas. Mas buscai primeiramente o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não andeis, pois, ansiosos pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. (Mateus, VI, 25-34. )
 
    O escopo da vida na Terra é o aperfeiçoamento do Espírito. Aquele que assim compreende eleva-se, dignifica-se, e livre dos entraves materiais, sobe às alturas inacessíveis ao sofrimento, alcançando a felicidade eterna.
    Aquele que assim não quer compreender rebaixa-se, desmoraliza-se, e absorvido pelas más paixões, desce às voragens da dor, para expiar e reparar as faltas, as transgressões das leis divinas.
    O que vive da carne, morre; o que vive do Espírito é imortal.
    Lutas, fadigas, trabalhos e dores são luzes para os vivos e sepulcros para os mortos.
    Uns pairam calmos e resistentes acima das misérias terrestres; outros jazem sob os escombros amontoados pelo tufão inclemente da adversidade!
    O que vê com os olhos da carne, vê misérias, estertores, morte; o que vê com os olhos do Espírito, vê flores que murcham, prados devastados, regatos que secam, fontes que não vertem água, avarias, mutilações, cadáveres putrefatos; mas vê também cores que são perfumes, luzes que são forças, vidas que despontam, seres que se agitam, almas que vivem e Espíritos que vivificam.
    No panorama do Universo as duas faces da vida se mostram como o verso e o reverso da medalha: cada efígie tem a sua cotação acima ou abaixo da "paz cambial".
    Nade se perde, nada se desvaloriza na equação proposta para chegar-se à incógnita da perfeição espiritual.
    A lei vê passar o tempo, as gerações, a Terra e o Céu, mas permanece inflexível, aperfeiçoando as gerações, a Terra, o Céu, na sua ação lenta, mas decisiva e depuradora.
    O escopo da vida é o cumprimento da lei, e o cumprimento da lei é a perfeição.
    Os que transgridem a lei descem pelos tremedais das paixões vis aos báratros tenebrosos da dor; mas, aguilhoados pela dor, sobem aos cimos das glórias imortais!
    Os que cumprem e proclamam o cumprimento da lei, voam por entre luzes, cores e perfumes às eternas mansões dos Espíritos soberanos, onde a harmonia, a verdade e a paz imperam na plenitude de seus direitos divinos.
    A vida na Terra, para aqueles que na Terra têm o seu tesouro, como que termina no túmulo, porque só com o renascimento alcançarão a vida eterna.
    A vida na Terra, para os que acumulam tesouros nos Céus, é a senda luminosa que liga a Terra aos Céus, é a estrada comunicativa que lhes permite a passagem para se apossarem desse tesouro.
    Os que vivem na Terra pela Terra, são da Terra; os que vivem na Terra sem serem da Terra, são dos Céus.
    A vida na Terra é efêmera; a vida nos Céus é eterna; e a posse da vida eterna consiste no cumprimento da lei: "Buscai o Reino de Deus e a sua justiça, que tudo o mais vos será dado por acréscimo".
 
Livro: Parábolas e Ensinos de Jesus - Cairbar Schutel 

8.2.24

Deixe-me Viver


 

A DIFERENÇA

A reunião alcançava a parte final e, na organização mediúnica, Bezerra de Menezes retinha a palavra.
O Benfeitor distribuía consolações, quando um companheiro o alvejou com azedume:
- Bezerra, não concordo com tanta máscara no ambiente espírita.Estou cansado de ser hipócrita. Falo contra mim mesmo. Posso, acaso, dizer que sou espírita-cristão? Vejo-me fustigado por egoísmo e intolerância, avareza e ciúme; cometo desatenções e disparates; reconheço-me frequentemente caído em maledicência e cobiça; ainda não venci a desconfiança, nem a propensão para ressentir-me; quando menos espero, chafurdo-me nos erros da vaidade e do orgulho; involuntariamente, articulo ofensas contra o próximo; a ambição mora comigo e, por isso, agrido os meus semelhantes com toda a força de minha brutalidade; a crítica, o despeito, a maldade e a imperfeição me seguem constantemente. Posso declarar-me espírita-cristão com tantos defeitos?
O venerável Bezerra de Menezes respondeu, sereno:
- Eu também, meu amigo, ainda estou em meio de todas essas mazelas e sou espírita-cristão...
- Como assim? - revidou o consulente agitado.
- Perfeitamente - concluiu Bezerra de Menezes, sem alterar-se. Todas essas qualidades negativas ainda me acompanham... Só existe, porém, um ponto, meu caro, que não posso esquecer. É que, antes de ser espírita-cristão, eu fazia força para correr atrás de todas elas e agora, que sou cristão e espírita, faço força para fugir delas todas...
E Bezerra de Menezes conclui sorrindo:
- Como vê, meu amigo, há muita diferença.
Momentos de Ouro - Francisco C. Xavier - Irmão X 

7.2.24

Gravação do Estudo Detalhado do livro ENTRE A TERRA E O CÉU cap.13e14


 

CONSERVAÇÃO DO CORPO

Comentário Questão 718 do Livro dos Espíritos
 
O corpo físico tem as suas necessidades, oriundas da sua constituição, e o Espírito que se serve dele é obrigado a cuidar do que ele precisa. A ciência da Terra reflete mais ou menos a ciência da alma, e a ciência do mundo deve estudar o complexo humano para compreender suas mais simples necessidades, revelando à massa humana o que precisa para viver bem.
Os dirigentes dos países, em futuro que não se encontra distante, passarão a cuidar mais da saúde da população nas bases naturais. Primeiramente, devem os governos investir nos homens, porque uma pátria de pessoas doentes quase nada pode fazer pelo crescimento de si própria. Compreendemos e nos fazemos compreender, que existe a força do carma em cada criatura, que cobra da alma os seus desleixes no passado, distante ou próximo. No entanto, existem muitas enfermidades que provêm da ignorância; cessando esta, os efeitos deixam de existir. Haja vista no passado a quantas mortificações certos religiosos obrigavam seus corpos a suportar para ganhai o céu. Muitos agiam assim, contrariando a natureza, exigindo do corpo o que ele não poderia dar; não falamos aqui de algumas privações que as mães passavam e por vezes passam, para alimentar seus filhos em crescimento; isto é diferente, é nobreza de caráter, entretanto, o que faziam na índia antiga os chamados faquires, as agressões por eles empregadas ao corpo por mera futilidade, e em muitas vezes para ganhar dinheiro, é o absurdo dos absurdos.
O corpo precisa de força e saúde, para o trabalho e mesmo para a alegria. Existe um ditado certo nos meios camponeses, que diz assim: "A alegria vem das tripas".
No momento da refeição, mesmo os mais carrancudos se alegram, quando têm fome, porque o alimento é abençoado e carrega consigo as energias para abastecer o corpo. Mas é bom não esquecer que o alimento deve ser orientado na quantidade e na qualidade, de acordo com a idade da criatura.
O Espírito se prepara no mundo espiritual em todas as teorias que as leis podem fornecer, sobre todas as coisas. Os próprios homens primitivos têm na mente o que devem comer e o momento do descanso. No entanto, o "civilizado" faz despertar o apetite por muitos meios, e a todo momento tem fome. Do hábito de comer, ele passa ao vício, e este traz conseqüências inabordáveis. O "civilizado", em muitos casos, tem olhos e não vê.
Vamos lembrar Marcos, no capítulo oito, versículo dezoito, quando Jesus fala com propriedade:
Tendo olhos não vedes? e tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais? - É preciso lembrar, pelo menos se esforçar para lembrar dos ensinamentos que sempre ouvimos, das coisas certas, e colocá-las em prática. A mente humana é tardia na assimilação da verdade; ouvem-se muitas vezes os ensinamentos e, às vezes leva-se anos e mais anos, séculos e.mais séculos, por vezes milênios, para se colocarem em prática as regras que a natureza se ocupa em ensinar às criaturas.
Lembremo-nos de que não devemos praticar as mortificações nem para ir ao céu, nem para satisfação pela vaidade, e, muito pior, para ganhar dinheiro. Pagará caro aquele que usar mal as oportunidades em que deveria empregar o tempo no trabalho honesto. Deus não nos pede adoração, e sim, ação em todos os campos de atividades.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria.