30.9.12


SEMEADOR DE LUZ

  Jorram os raios de luz que disparam na tua alma, junto ao solo dos corações, enquanto ampliam soberanas sombras e imperfeições.
  Malgrado estejam feridas tuas mãos pelo cajado das lutas cotidianas, não seja isto empecilho para o senhor da sementeira. Pelo contrário, permite que as gotas de suor da face cansada e as bagas sanguinolentas, caindo na terra das almas se transformem na umidade generosa que desenvolve o embrião a dormir no casulo do amor latente em todos.
  Embora os pés assinalados pela presença dos espinhos e da urze avançam na direção do Infinito, alargando a vereda que se estreita à frente para que os da retaguarda possam avançar também.
  Não fales de cansaço nem ajunte decepção. Aqueles que entesouram o amor podem desdobrar em milhares as moedas da coragem, para continuarem ricos de entusiasmo.
  Multiplicam os haveres na razão em que os doam e quantos mais distribuem mais possuem, conseguindo o milagre da felicidade onde se encontram.
  Passam muitas vezes combatidos pela indolência de uns e perseguidos pela rebeldia de outros, mas não se detêm.
  Utilizando o tempo com propriedade, por reconhecerem que a hora da semeação passa breve e é necessário aproveitar o momento certo, não se rebelam, nem adiam, insistindo e perseverando com otimismo.
  Semeador da luz: não temas a treva nem a discórdia, a precipitação ou a preguiça.
  Muitos se dizem cansados no campo; outros se afirmam desiludidos; vários desejam renovar emoções caracterizando-se por inusitada saturação; alguns simplesmente desertaram, e onde aumentavam as primeiras folhas a erva daninha triunfa e a desolação governa… Prossegue tu, porém, insistentemente, mesmo que te suponhas abandonado, a sós. Há aqueles que semeiam animosidades e deparam idiossincrasias.
  Abundam os que espalham a ira e defrontam resíduos de ódio aonde chegam.
  Na alfândega da vida muitos apresentam disfarçadas as sementes da maledicência e da infâmia esperando liberação.
  O imposto da impertinência, porém, cobra taxas pesadas àqueles que se fazem fiscais em nome da impiedade.
  Por isso, na gleba imensa dos homens surgem e ressurgem tantos afligentes e afligidos disputando espaço na ribalta da ilusão fisiológica. Passam disfarçados, enganadores ou enganados, na busca do desencanto. São, também, semeadores do desconcerto que defrontarão adiante…
  Mesmo os cardos se enflorescem, algumas vezes, e as pedras refulgem quando lapidadas.
  Semeia, pois, a luz da esperança, ainda e sempre, desde que se te depare oportunidade feliz.

 Florações Evangélicas - Divaldo P. Franco - Espírito Joanna de Ângelis

29.9.12


ONDE O SENHOR TE ESPERA
Não te deixes vencer pelo cansaço...
Por maior seja a luta que faceias,
Supera os próprios traumas e prossegue
Amenizando as provações alheias.

Ampara aquele te estende a mão
Exibindo a penúria de seu vulto,
Mas socorre também quem se lamenta
Por entre as dores do infortúnio oculto.

Vai aos tristes casebres transformados
Em estranhos e rudes pelourinhos
E auxilia a quem sofre sem arrimo
No abandono de todos os caminhos.

Se desejas estar com o Cristo Amado,
Construindo, no mundo, a Nova Era,
Busca servir nas últimas fileiras
Onde o Senhor trabalha e ainda te espera!...

Eurícledes Formiga

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 15 de maio de 2010, na cidade de Uberaba – MG).

28.9.12


JUSTIÇA NA ESPIRITUALIDADE

     No mundo espiritual, a autoridade da justiça funciona com maior segurança, embora saibamos que o mecanismo da regeneração vige, antes de tudo, na consciência do próprio indivíduo. Ainda assim, existem no mundo espiritual santuários e tribunais, em que magistrados dignos e imparciais examinam as responsabilidades humanas, sopesando lhes os méritos e deméritos. A organização do júri, em numerosos casos, é ali observada necessariamente, mas ele é constituído de Espíritos integrados no conhecimento do Direito, com dilatadas noções de culpa e resgate, erro e corrigenda, psicologia humana e ciências sociais, para que as sentenças ou informações proferidas se atenham à precisa harmonia, perante a Divina Providência, consubstanciada no amor que ilumina e na sabedoria que sustenta. Há delinquentes tanto no plano terrestre quanto no plano espiritual, e, em razão disso, não apenas os homens recentemente desencarnados são entregues a julgamento específico, sempre que necessário, mas também as entidades desencarnadas que, no cumprimento de determinadas tarefas, se deixam, muitas vezes, arrastar a paixões e caprichos inconfessáveis. É importante considerar, contudo, que quanto mais baixo é o grau evolutivo dos culpados, mais sumário é o julgamento pelas autoridades cabíveis, e quanto mais avançado os valores culturais e morais do indivíduo, mais complexo é o exame dos processos de criminalidade em que se emaranham, não só pela influência com que atuam nos destinos alheios, como também porque o Espírito, quando ajustado à consciência dos próprios erros, ansioso de reabilitar-se perante a vida e diante daqueles que mais ama, suplica por si mesmo a sentença punitiva que reconhece indispensável à própria restauração.
Livro: Evolução em dois Mundos - Chico Xavier/Waldo Vieira - Andre Luiz

27.9.12


VIDA SOCIAL DOS DESENCARNADOS


     No Plano Espiritual imediato à experiência física, as sociedades humanas desencarnadas, em quase dois terços, permanecem naturalmente jungidas, de alguma sorte, aos interesses terrenos. Egressas do próprio mundo em que se lhes tramam os elos da retaguarda, quando não se desvairam nas faixas infernais, igualmente imanizados ao Planeta de que se originam, trabalham com ardor, não só pelo próprio adiantamento, como também no auxílio aos que ficaram. Naturalmente, as almas que constituem a percentagem a que nos referimos, distanciadas ainda do aprimoramento ideal, procuram aperfeiçoar em si mesmas as qualidades nobres menos desenvolvidas, buscando clima adequado que lhes favoreça o trabalho. Certas de que voltarão à Terra para a solução dos problemas que lhes enevoam ou afligem o campo íntimo, situam-se em tarefas obscuras, junto dos semelhantes, encarnados ou desencarnados, quando se reconhecem vitimadas pela vaidade ou pelo orgulho que ainda lhes medram no seio, e localizam-se em aprendizados valiosos da inteligência, em se vendo inábeis para os serviços especializados do pensamento, não obstante os talentos sentimentais que já entesourem consigo. Quase todas, no entanto, obedecem aos ditames do amor ou do ideal que lhes inspiram a consciência. Aglutinam-se em verdadeiras cidades e vilarejos, com estilos variados, como acontece aos burgos terrestres, característicos da metrópole ou do campo, edificando largos empreendimentos de educação e progresso, em favor de si mesmos e a benefício dos outros. As regiões purgativas ou simplesmente infernais são por elas amparadas, quanto possível, organizando-se aí, sob o seu patrocínio, extensa obra assistencial. No plano físico, a equipe doméstica atende à consanguinidade em que o vínculo é obrigatório, mas, no plano extrafísico, o grupo familiar obedece à afinidade em que o liame é espontâneo. Por isso, na esfera seguinte à condição humana, temos o espaço das nações, com as suas comunidades, idiomas, experiências e inclinações, inclusive organizações religiosas típicas, junto das quais funcionam missionários de libertação mental, operando com caridade e discrição para que as ideias renovadoras se expandam sem dilaceração e sem choque. Com esses dois terços de criaturas ainda ligadas, desse ou daquele modo, aos núcleos terrenos, encontramos um terço de Espíritos relativamente enobrecidos que se transformam em condutores da marcha ascensional dos companheiros, pelos méritos com que se fazem segura instrumentação das Esferas Superiores.

Livro: Evolução em dois Mundos - Francisco C Xavier e Waldo Vieira - Andre Luiz

26.9.12


Pensar com o Coração

Quantas vezes nos perguntamos sobre nós mesmos?
Quantas vezes nos inquirimos sobre o certo e o errado nas nossas vidas?
O que fazemos diante do atropelo do caminho, paramos e escutamos o nosso coração ou simplesmente agimos deliberadamente pela razão?
Estas perguntas e outras mais servem para que possamos discutir, conosco mesmo, o que fazemos com os caminhos ditados pelo coração.
O que o coração quer? O que o coração manda?
Estas perguntas são importantes porque ao taxarmos isto ou aquilo de impróprio ou indesejável, ao rejeitarmos uma alternativa qualquer porque ela foge a razão, deixamos a oportunidade de verificar o que o outro lado de nós, o lado da bondade e da compreensão, do perdão e dos sentimentos, deseja que façamos.
O coração possui mecanismos próprios de raciocínio e decisão. São caminhos diferenciados, com a sua lógica própria e que, às vezes, deixamos de ouvi-lo e depois nos queixamos por não termos utilizado ele naquele momento, porque, no íntimo, talvez fosse aquilo que mais nos agradasse a alma.
O pensar tem que ser dirigido para o bem e o bem só se alcança quando se escuta o coração.
Teimem convosco mesmo e só terá decepção e tristeza.
O pensar com o coração representa dar um passo a mais na humanidade que nos é inerente. É dizermos para nós mesmos que podemos mais do que simplesmente juntar dois mais dois e dar um resultado exato. Mas, afinal de contas, existe o exato mesmo? Ou será que o exato não seja uma fuga para deixar claro os nossos sentimentos?
Pensar com o coração é se abrir ao novo, é permitir-se dar risada de si mesmo, é escutar nossos anseios mais íntimos, é satisfazer uma parte de nós que deseja carinho e paz, ternura e amor.
Pensar com o coração é permitir Deus em nós, é estabelecer uma conexão com Deus, elevar-se a Ele e deixar que Ele conduza os nossos passos.
Quem foi que disse que o coração não pode acertar?
Quem inventou essa balela de que o coração nos desvia do foco das coisas?
Certamente foi algum infeliz com a vida, só pode ser.
Quando tomamos uma decisão com o coração nos sentimos mais tranquilos, leves, bem conosco mesmo, apesar de outros censurarem, mas o que importa é que você está bem, até porque a vida é sua, é você que vai responder por ela.
Pense nisso, meu irmão, mas pense com o coração.

Muita paz,
Helder  Câmara

25.9.12


APRENDENDO A PENSAR COM O ESPIRITISMO

  O Espiritismo, sem dúvida, é a doutrina que nos ensina a pensar, e mais: é a doutrina que nos possibilita o livre pensar!
  Saber falar, o homem já sabe desde muito; saber escrever, não faz tanto tempo assim – por exemplo, a luta contra o analfabetismo no Brasil continua... Saber pensar, porém, é aprendizado de hoje, para não dizer de agora!...
  Até bem pouco, principalmente no campo da crença religiosa, o homem recebia o alimento intelectual que os teólogos mastigavam e lhe vomitavam aos ouvidos...
  Aliás, pensar além do que fosse permitido, costumava acabar em masmorra ou fogueira...
  O Espiritismo significou, e significa, a libertação do pensamento humano! Ninguém comparece a uma casa espírita apenas para receber o passe, tomar a água fluidificada, fazer as suas orações... O que os frequentadores, em geral, costumam ouvir numa casa espírita lhes soa como sendo grande novidade – e isto desde muitas existências! Eis, talvez, o maior contributo de Allan Kardec para a Humanidade: quebrar as correntes da ortodoxia e do fanatismo religiosos!...
  A assembleia de uma casa espírita é o retrato da Humanidade acordando de profundo processo letárgico: alguns estranham o ambiente em que se encontram – examinam até as paredes; outros, ainda sonolentos, bocejam durante a reunião; outros mais, logrando ouvir apenas parte do discurso, quase às tontas, contestam o discurso inteiro...
  Em sua ignorância praticamente absoluta, muitos querem que o Espiritismo lhes forneça respostas definitivas a todos os seus questionamentos: querem saber da essência de Deus, sobre a criação do espírito, como é a vida, em toda a sua amplitude, além da morte do corpo...
  Emmanuel, no livro que leva o seu nome, falando sobre os animais, ao refletir sobre a evolução do princípio anímico, escreveu com transparência, no capítulo XVII: “Os desencarnados de minha esfera não se acham indenes, por enquanto, do socorro das hipóteses. A única certeza obtida é a da imortalidade da vida e, como não é possível observar a essência da sabedoria, sem iniciativas individuais e sem ardorosos trabalhos, discutimos e estudamos as nobres questões que, na Terra, preocupavam o nosso pensamento.” (destaquei)
  Ora, se os espíritos da esfera de Emmanuel, ou seja, de superior hierarquia, discutem e estudam em torno das questões de maior transcendência da Vida, por que, na busca incessante da Verdade, haveríamos de nos calar, ou consentir que se nos castrasse a faculdade de pensar?!
  O verdadeiro inimigo da Doutrina, pois, é o teólogo que, noutra roupagem física, ainda não perdeu o hábito de ruminar e, de envolto à sua baba sectária, vomitar o alimento que nem ele próprio consegue engolir...
  Chega! À luz da Fé Raciocinada, ruminemos nós mesmos o nosso próprio alimento, não consentindo que fulano ou beltrano, porque, na condição de médium ou de articulista, seja portador desse ou daquele esfarrapado currículo doutrinário, faça de nossos ouvidos a sua lata de lixo!...

INÁCIO FERREIRA 
Uberaba – MG, 24 de setembro de 2012.

24.9.12

Curtas - 5
RAZÃO
Quem foi que disse que a razão não falha? Falha sim e, às vezes, feio, porque deixou de olhar o Deus em nós, esqueceu-se da nossa essência divina. É isso aí!

BOLÃO
Que bolão, hein, que bolão os magistrados da toda superior no Brasil estão jogando com as decisões do mensalão. O pessoal daqui vibra como um gol quando se faz justiça. É por aí.

ELEIÇÃO
Quem foi que disse que está tudo certo na sociedade, ninguém, não é verdade? Então por que não aproveitar a eleição municipal para dar uma varrida na corrupção e botar gente comprometida com o povo e com a ética?

CORRUPÇÃO
Deus sabe o nosso esforço de limpar este País dos corruptos. Corrupção existe em todo lugar, aqui então...É, por isso, que dizem que todo lugar de corrupto é o inferno. Inferno da própria consciência, certamente.

DEUS DISSE
Deus disse para fazer isso, Deus disse para fazer aquilo. Que nada! Deus não diz, Deus executa as suas ordens divinas pela justiça e amor, nunca como castigo e temor. Senão Deus seria uma ficção e sem razão de ser.

VIAGEM
A viagem, geralmente, tranquiliza a alma. Ao conhecer novos lugares, o espírito se renova. Faça isso sempre que puder, mas a viagem mais importante até hoje realizada é a viagem para dentro de nós mesmos. Esta sim é de descobertas mil.

EMPREENDEDORISMO
Tem dinheiro e não sabe o que fazer com ele? Pois bem, dê uma olhadinha de lado e vai ver tanta gente que não tem que precisa de ajuda. Seja um empreendedor do bem. Tenho certeza que não vai se arrepender.

CRENÇA
Meu Deus, vemos daqui balbúrdia por causa de um filme de quinta categoria menosprezando a imagem do grande profeta Maomé. Até quando o homem vai ridicularizar e desrespeitar a crença do outro. Não pensa como irmão, certamente. Pensa só para a desunião. Isto tem que se acabar

22.9.12

DE VOLTA À TERRA
Resgatando o passado que te ensombra,
Voltaste à Terra em busca de mais luz,
Na decisão de retomar a cruz,
Que, um dia, relegaste à grande sombra...

Nasceste em novo berço sobre a alfombra
Da proteção e o amparo de Jesus,
Que de ti não desiste, e te conduz
Nos percalços da estrada que te assombra...

Que não te falte hoje, qual outrora,
Coragem de seguir caminho afora
Por mais que a luta te pareça inglória...

Pois, quem não foge ao campo de batalha,
No embate em que se aflige e se estraçalha,
Receberá a palma da vitória!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 15 de setembro de 2012, em Uberaba – MG).

21.9.12


Questão 174 do Livro dos Espíritos
 
    TROCA DE AMBIENTE
    O espírito não se encontra na Terra por leis rígidas, que violentam suas necessidades, obrigando-o a viver onde sua capacidade não corresponde a essa vivência. Se o espírito não acompanha o progresso do mundo em que se encontra encarnado, deve passar a outro que lhe sugere melhor aprendizado.
    Herdam a Terra somente almas compatíveis com o progresso da Terra. Os mais atrasados, bem como os mais evoluídos, deverão procurar mundos da sua afinidade. Os últimos poderão voltar aqui, em missão, em altos trabalhos, onde a educação é a finalidade e o amor, o anseio de vida.
    O globo terrestre está próximo de passar por certas transformações, e deverão ficar ocupando a Terra somente espíritos desejosos de melhorar. Os outros passarão para mundos compatíveis com as suas necessidades, com o grau de conduta moral em que se encontram. Essa é a justiça, é o próprio amor, que dá a cada um o que realmente merece.
    A Doutrina dos Espíritos vem alertando a todo o rebanho sobre a necessidade de mudanças morais, de estudos espirituais, e vem afirmando e vivendo através de muitos missionários que "fora da caridade não há salvação". Devemos trocar de ambiente, trocar de posição, trocar de idéias, porque quem acompanha Nosso Senhor Jesus Cristo, não perde o comboio do progresso, como não se esquece das mudanças espirituais, dignificando a fé pelas obras e crescendo no amor, por necessidade de amar, do modo que ensinou o Mestre.
    Grande parte da humanidade deverá passar por mundos inferiores, por dormirem diante da voz do Evangelho. São mortos que deverão viver, juntamente com mortos. Que Deus alivie um pouco os seus fardos, e que os abençoe nas suas novas casas de progresso, onde o choro e o ranger de dentes são ainda a música de fundo.
     A terra continuará girando em torno do Astro Rei, mesmo passando por perigos iminentes de destruição; mediante a ignorância dos homens. Tornarse-á um paraíso, porque o trigo deverá crescer sozinho, sem a influência do joio, que o perturbou por muitos e muitos anos.
    Por ser Deus a segurança de tudo, está Ele no leme de todos os destinos dos povos, e Jesus é uma realidade que comanda todos os corações sob a Sua égide. O nosso grito, do mundo dos espíritos, é para que os que já se encontrem acordados para a verdade, trabalhem conosco criando meios e desenvolvendo métodos de educação dos homens e dos espíritos a eles ligados, para que a paz se estabeleça na Terra, mesmo no seio de grandes conflitos.
    Nos fins destes tempos, por bênção de Deus, se encontram misturados, de maneira como nunca estiveram, o bem e o mal, a ponto de se confundir um com o outro. Foram oportunidades oferecidas a milhares de espíritos altamente poluídos pela incompreensão, diversificados pelos poderes, influenciados por mandos temporais. Esses espíritos estão disseminados na Terra, por todos os lugares, mesmo no comando de certas religiões. Eles não compreendem que estão recebendo as últimas oportunidades de melhorar; no entanto, existem muitos deles que acordaram e irão herdar a Terra, pela misericórdia de Jesus Cristo.
 
Livro: Filosofia Espírita IV - João Nunes Maia - Miramez

20.9.12


Plano B

Deus é sorrateiro, não no sentido de enganar, mas de perspicácia. Como Ele sabe de todas as nossas dificuldades, às vezes Ele se utiliza de alguns artifícios para chegar aos Seus objetivos. Eu mesmo, certa vez, brincava com os meus botões e achava que tudo ia dar certo num determinado empreendimento. Ele sabia que aquilo não ia para lugar algum, mas eu estava entusiasmado, cheio de motivação. Para não me frustrar, Ele sutilmente fez-me pensar que tudo poderia dar errado e eu necessitava ter um plano B. Eu nem queria pensar nisso, mas eu teria que criar uma alternativa e assim fiz.
Claro que eu não dei muita fé ao meu plano B porque estava empenhado demais na execução da minha ideia original. Pois bem, os dias foram de passando e o que eu queria ia se desmoronado às minhas vistas. E agora, não há mais tempo? Aí, eu pensei no meu plano B. Dava tempo ainda de executar o plano B e salvar tudo. Não seria como eu imaginei, mas também não ia ficar no nada. Deu certo e consegui os meus objetivos, parcialmente, mas consegui.
O que quero dizer com estas palavras, meus amigos? Quero dizer que devemos imaginar as coisas e corrermos atrás delas, mas coloquemos sempre na frente a vontade do Pai. A vontade de Deus é a vontade soberana. Por via das dúvidas, fique à disposição de Deus para criar alternativa ao seu objetivo inicial. Tenha a perspicácia de perceber se as coisas começarem a andar diferente do imaginado para correr imediatamente para o seu plano B e não há de ficar frustrado porque tudo possui a sua razão de ser.
Eu sempre tenho um plano B, um plano alternativo. Aprendi rápido a não querer teimar diante daquilo que vai naufragar. Isto acontece porque ainda não temos a sintonia perfeita com a vontade do Pai, ainda não conseguimos tomar decisões inspiradas como deveríamos. Portanto, não se chateie quando as coisas não saírem do jeito que você deseja e agradeça ao Pai por Ele estar te apontando um projeto alternativo. Assim age com sabedoria aquele que submetee a sua vontade à vontade do Maior.
Que Deus te dê luzes em todos os seus projetos de vida.

Um abraço,
Dom. 

19.9.12


ÂNIMO NAS DIFICULDADES

Tu que ouviste a voz da mansuetude do Cristo e que te encorajaste face à grandeza da Sua vida, resigna-te, fortalecendo o ânimo, ante qualquer cometimento que te produza dor e que seja rotulado como desgraça ou infortúnio.
Nada ocorre por capricho pernicioso da vida. Recebemos conforme damos, assim como colhemos consoante a qualidade dos grãos que ensementamos.
Resignação significa coragem e força na voragem do desespero. Somente os cristãos autênticos e os homens possuidores de elevados ideais se fazem capazes de resignar-se quando o desalento e a alucinação já se apossaram de outros seres.
Os que se encastelam nas chacinas e nos desvãos da anarquia, dizendo-se superiores, são meninos medrincas, que não dispõem de energias para se reorganizarem e prosseguirem na atitude reta.
Se te convidam ao revide – resigna-te e ora.
Se te convocam ao ódio – resigna-te e confia.
Se te afrontam com agressões – resigna-te e agradece a Deus.
Os dias sempre e inevitavelmente se sucedem para bons e maus, e ninguém se eximirá jamais ao amanhã que a todos alcança, refletindo na claridade forte e pujante do tempo a manifestação – resposta dos nossos atos nas mesmas expressões com que desde hoje as produzimos.
Resignação, também, é vida, e vida abundante, na direção da vida eterna.
“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei.” Mateus: capítulo 11º, versículo 28.
“O sentimento do dever cumprido vos dará repouso ao Espírito e resignação. O coração bate então melhor, a alma se asserena e o corpo se forra aos desfalecimentos, por isso que o corpo tanto menos forte se sente, quanto mais profundamente golpeado é o Espírito”. – O ESPÍRITO DE VERDADE. (Havre, 1863). Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo 6º – Item 8.

Divaldo Pereira Franco. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 30

18.9.12


A BÊNÇÃO DO “BÔNUS-HORA”

Sem dúvida, um dos maiores entraves à evolução do homem, encarnado na Terra, é a sua constante preocupação com o dinheiro – com a sua aquisição e, não raro, com a ambição de amontoá-lo!
Quantas são as pessoas que, quase exclusivamente, vivem em função do dinheiro, com inúmeras contas a pagar, preocupadas com a sobrevivência própria e a de seus entes queridos, numa sociedade cada vez mais consumista?!
Quantos são os que, direta ou indiretamente, acabam por se escravizar à questão do ganho material, em feroz luta no mercado de trabalho, sem espaço mental para efetuar a mais singela reflexão em torno dos assuntos mais transcendes da Vida?!...
Em “Nosso Lar”, segundo a revelação de André Luiz, não é assim, porque os espíritos que lá vivem se preocupam apenas com o estritamente necessário – ninguém, inclusive, pode possuir, em seu nome, mais que uma casa de morada – não há, portanto, latifundiários e especulações financeiras de nenhuma espécie – não há oscilações na Bolsa de Valores...
Conversando com André Luiz, recém-chegado à referida colônia espiritual, a senhora Laura lhe esclarece que o chamado bônus-hora“não é propriamente moeda, mas ficha de serviço individual, funcionando como valor aquisitivo”!
Eis aqui a base do cartão-de-crédito, que, em futuro próximo, há de substituir completamente cédulas e talões de cheque no mundo! Porém, óbvio, existe uma diferença fundamental: “O verdadeiro ganho da criatura é de natureza espiritual e o bônus-hora – esclareceu a mãe de Lísias –, em nossa organização, modifica-se em valor substancial, segundo a natureza dos nossos serviços”...
Que felicidade há de representar para o homem quando o dinheiro desaparecer de sobre a face da Terra!
Vocês, os meus irmãos encarnados, já pensaram o que representará para a economia do espírito em evolução, quando ele puder se dedicar com maior assiduidade à introspeção, sem se atormentar com o “pão nosso de cada dia”, que ele, naturalmente, há de garantir pelo seu esforço individual?!
Que tranquilidade saber que, pela Contabilidade Divina, cada gota de suor derramada será, automaticamente, creditada na conta de quem a verteu, e com redobrado valor se o fez em benefício dos semelhantes!...
O bônus-hora, na vida prática do espírito imortal, é a concretização do que Jesus nos ensina no Evangelho: “... àquele que já tem, mais se lhe dará e ele ficará na abundância...”!
Que maravilha viver sem pensar em dinheiro e correr atrás dele – que sensação de liberdade plena!
Quando tal prodígio, igualmente, se der entre os homens encarnados, porque, então, há de sobrar tempo para que o espírito interiormente se cultive, a evolução se processará de maneira muito mais rápida – porque, além de tudo, o carma oriundo da posse, com o seu imenso séquito de infelicidades, terá se extinguido!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 17 de setembro de 2012

17.9.12


Além da Matéria

Tudo tem o seu princípio e tem o seu fim. Hoje mesmo o dia começou bem cedinho e haverá de se concluir no final da noite. Da mesma maneira é a vida na Terra. Há o momento inicial do nascimento, depois se cresce e, no raiar da existência, partimos de volta para o mundo espiritual.
Meus amigos, por que temer a morte? A morte não existe. A morte é uma ilusão. O que existe é a vida, a vida plena. Eu mesmo não estou aqui a dizer-te estas palavras, então acreditemos na vida, irmãos, na vida. É bem mais fácil acreditar nela do que no nada. Se sobrevivemos é porque a vida vence a morte. A vida sempre vencerá porque a vida é luz, é movimento, é ação, é desprendimento.
Todos nós somos convidados pelo Pai a viver a vida plenamente, sem distinção, mas creio que nos acovardamos, nos limitamos em nós mesmos. Somos imensos em possibilidades, mas ficamos enclausurados em nossos pensamentos limitantes. Eu sei que é difícil pensar em espiritualidade o tempo todo, mas é preciso ir além da matéria, além do pensamento das coisas da Terra.
Quando nos desprendemos do aqui e do agora, quando nos permitimos ir mais além aos pensamentos, nossa mente é invadida de mil possibilidades, nos convida a viagens infinitas. Então, é melhor sonhar do que apenas viver no terra a terra.
Eu quero alertar a todos, mais uma vez, da transcendência da vida. Eu quero dizer, mais uma vez, que não podemos ficar de braços cruzados, indiferentes à vida. Somos feitos por Deus para criar coisas, como Ele, para pensar no diferente, para nos desafiarmos, para nos superarmos. Só quem fica no pensamento limitante é quem não cresce. Todo empreendedor progride porque ousa pensar naquilo que ninguém pensou, porque sai do lugar comum, por isso tem sucesso.
A vida não foi feita para nos acomodarmos, foi feita para nos reinventarmos. É isto que peço a vocês, nesta manhã, que se reinventem constantemente porque a vida é inexoravelmente de transformações.
Pensem o inolvidável, desafiem a sua mente com algo inusitado, creia que é possível avançar mais e mais e, se você estiver no bom caminho, o nosso Pai haverá de ajudá-lo a prosseguir adiante.
Confie em você, afinal, você também é filho de Deus.

Um abraço,
Helder Camara

16.9.12

TIRIRICA DA ALMA
Meu amigo, a obsessão,
Causa de muitos escolhos,
Muitas vezes, principia
Na invigilância dos olhos...

Outras vezes, entretanto,
Em meio a tantos ruídos,
Ela se te insinua
Através de teus ouvidos...

Por isto, muita cautela
Com tudo o que ouves e vês,
Que a obsessão quando vem
Demora a ir-se de vez...

É tiririca da alma
Que se alastra em profusão,
E, mesmo a golpes de enxada,
Persiste em brotar do chão!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 1º de setembro de 2012, em Uberaba – MG).

14.9.12


DESENCARNAÇÃO: FLUIDO VITAL E PERISPÍRITO
- A Causa da Morte
A causa da morte está na exaustão dos órgãos. O conceito de morte vigente hoje no meio científico internacional, é o da "ausência de atividade elétrica cerebral". Ao lado de alguns sinais de fácil identificação, a ausência de atividade cerebral determinada pelo eletroencefalograma, confirma o diagnóstico de morte física, mesmo que o coração continue em funcionamento a custa de aparelhos específicos. Bezerra de Menezes [Entrevistas] nos diz que o eletroencefalograma é o processo através do que podemos assinalar a desencarnação.
No entanto, em muitas oportunidades, esta exaustão do corpo físico será precedida por uma deterioração do fluido vital que o animaliza.
Podemos comparar o mecanismo da morte a um aparelho elétrico em funcionamento. Poderíamos fazê-lo parar de funcionar de duas maneiras:
1. Suprimindo a corrente elétrica que chega até ele;
2. Quebrando o aparelho.
Assim também ocorre com a morte nos seres orgânicos; ela pode ocorrer de duas formas:
1. O empobrecimento do tônus vital iria desarticular as células do veículo físico, surgindo daí a doença e posteriormente, a morte. Seria o processo observado como mais freqüência nas mortes naturais;
2. A destruição direta do veículo físico sem desintegração do fluido vital prévia, mortes trágicas (como acidentes, homicídio, suicídio)
________________________________
QUADRO XI - Mecanismo da Morte
Mortes Naturais
Deterioração do Fluido Vital
Exaustão do corpo físico
Desligamento do Espírito
Mortes Trágicas
Destruição do corpo físico
Desligamento do Espírito
________________________________
No primeiro caso, o corpo enfermo não estaria em condições de participar da renovação do fluido vital adulterado, o que completaria o circuito de forças enfermiças.
No segundo caso, a morte alcançaria os órgãos impregnados de fluidos vitais sadios, o que poderia criar dificuldades na readaptação do desencarnante à sua nova vida, já que o fluido vital é exclusivo dos encarnados. Nesta eventualidade (mortes trágicas), sabemos que o sofrimento que acompanha o desencarnante é diretamente proporcional à culpabilidade da vítima naquele acidente. Nos casos em que o Espírito não foi responsável (consciente ou inconsciente) pelo seu desencarne, o fluido vital restante sofreria uma "queima rápida" o que liberaria o Espírito dessas energias impróprias para a vida espiritual. Nos casos de suicídio direto ou indireto, as faixas de fluido vital estariam aderidas ao corpo espiritual do desencarnante, gerando dificuldades a sua readaptação à vida na erraticidade.
- O Desligamento. Há diferença capital entre morrer e desligar-se: a morte é física, mas o desligamento é puramente espiritual.
Dá-se o nome de desligamento espiritual ou desprendimento espiritual ao processo através do qual o Espírito desencarnante se afasta definitivamente do corpo físico que o abrigava durante a vida na Terra.
Allan Kardec ensina-nos que o corpo espiritual e o corpo físico estão aderidos uma ao outro - do ponto de vista magnético, átomo a átomo e molécula a molécula. Essa união que se estabeleceu durante a encarnação, quando o Espírito estava ainda no útero materno, é necessária ao intercâmbio indispensável que se verifica entre Espírito e corpo.
O desligamento, portanto, consiste na separação mais ou menos lenta que se verifica entre eles.
Segundo André Luiz, o desligamento, via de regra, inicia-se na porção caudal do corpo, e, em sentido ascendente, atinge a região cefálica.
Quando não mais existir nenhum ponto de contato entre perispírito e corpo físico, o desencarnante está completamente liberto da matéria; podemos dizer que o desligamento concluiu-se.
- O Fluido Vital
Fluido vital é um fluido mais ou menos grosseiro, encontrado apenas nos seres orgânicos. É o responsável pela animalização da matéria nos seres vivos.
Forma-se, como todos os fluidos espirituais, de transformações do Fluido Cósmico Universal. Durante o processo gestacional, o Espírito reencarnante irá se impregnando de determinada quantidade deste fluido, quantidade esta, proporcional ao tempo médio de vida que terá na Terra.
Esta carga de fluido vital, no entanto, poderá sofrer modificações durante a existência (para mais ou para menos). O perfeito funcionamento dos órgãos poderia renová-lo; assim como também poderia sofrer um processo de deterioração em conseqüência de uma vida atormentada moral e emocionalmente.
São três as principais condições onde o fluido vital terá uma participação ativa:
a) Animalização da Matéria: o fluido vital é a força motriz dos seres orgânicos; o elemento que dá impulsão aos órgãos, movimento e atividade à matéria organizada;
b) Mediunidade de Efeitos Físicos: o fluido vital é um dos constituintes do ectoplasma, material de que se utilizam os Espíritos nas manifestações mediúnicas de efeitos físicos. Os médiuns aptos à produção de tais fenômenos libertam essas energias com mais facilidade;
c) Curas Espirituais: nos processos de cura espiritual onde são utilizados energias dos encarnados, o fluido vital será o principal elemento a ser transfundido para o enfermo. Quem o possui em melhor condição pode doá-lo àquele que necessita dele e fazer retornar à saúde uma criatura doente. Nos processos de "moratória espiritual", onde o encarnado recebe permissão para continuar na Terra por mais alguns anos, estará ele recebendo determinada carga de fluido vital, para renovar as suas reservas já combalidas.
O fluido vital no seu conjunto vai constituir o que se denomina de "duplo etérico", "corpo vital" ou "corpo bioplásmico".
Acredita Jorge Andréa que o fluido vital constituiria uma zona de energias bastantes densificadas, dispostas entre o perispírito e o corpo físico.
Por ocasião da morte, o corpo vital sofrerá um processo de desintegração, qual ocorre ao corpo físico.
Apostila: Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora - MG

13.9.12


Curtas - 4
CONSTRUÇÃO DIVINA
Pouco a pouco, vamos aprendendo com a vida que, de detalhe em detalhe, se edifica a grande construção divina em nós.

VAI E VÉM
Pus-me a meditar por aí, vendo o ir e vir das águas, que a vida é assim mesmo: tudo vai e vem. É preciso sabedoria para saber quando vem o que é bom e vai aquilo que não mais se precisa.

ÁGUA
Tomar água é fundamental. Sacia o corpo e a alma. Mas há gente que se esquece dessa benesse diária e fica-se a seco o tempo inteiro. Que pena! Vai morrer no deserto de si mesmas.

PONTO DE EQUILÍBRIO
Enquanto muitos ficam a lamentar por um prato de comida, outros esbanjam à vontade. Quem dera, Pai, encontrar a humanidade um ponto de equilíbrio entre a fartura e a escassez. Tudo isso, um dia, vai acontecer.

GIGANTES DA ALMA
Meus pensamentos e atenção não fogem da Paralimpíada. Meu Deus, quanto aprendo com meus irmãos menos afortunados, se é que o são. Fico maravilhado que, mesmo na adversidade, se mostram como gigantes da alma.

BEBIDA
Para que beber? Bebe-se até cair. Diz-se que a vida só faz sentido se tiver uma bebida alcoólica para animar-se. Meu Deus, aqui nada tem disso, e nos embriagamos apenas com o reluzir da Tua presença.

PARTIDA
Estás sofrendo a ausência de um ente querido. Faça isso não. O choro é saudável, mas o incômodo para quem parte é o desalento que deixa naqueles que ama. Sentir a dor não é sinônimo de desolar-se.

Postado por Carlos Pereira

12.9.12


Questão 173 do Livro dos Espíritos
     REENCARNAÇÃO EM MUNDOS DIFERENTES
    Certamente que podes viver em mundos diferentes do que estás vivendo, quando Deus achar conveniente; no entanto, o mais certo é que terás muitas reencarnações no mundo em que estás, até que as experiências acumuladas sejam o suficiente para te ascender a outro mundo. Mesmo assim, podes voltar ao mundo que deixaste, como missão para ajudar aos que ficaram. Essa é a lei de fraternidade, onde a luz clareará as trevas.
    A lei das vidas sucessivas nos dá muita esperança; ela é capaz de nos levar à crença mais forte na justiça de Deus, mostrando aos espíritos que somente recebemos o que merecemos, para o despertamento espiritual. Se tivéssemos uma só existência na Terra, como muitos afirmam, dada a falta de estudos, de meditações e de uma razão apurada sobre a vida, onde estaria a justiça da divindade, ante a nossa posição como filhos de Deus? As mudanças de corpos, em posições variadas no mundo, é que podem trazer a alegria de viver e nos mostrar um Deus todo amor e todo justiça. A imensidão dos mundos que circulam nos espaços nos dá uma idéia de que o Todo-Poderoso não iria fazer tudo isso, somente como demonstração de poder, sem outra utilidade. Os mundos são casas de Deus, e muitos deles carregam a tarefa de serem escolas para outras humanidades, educando e instruindo as criaturas, rebanhos variáveis, que podem buscar outros mundos, desde quando as necessidades os obriguem a tais ou quais experiências.
    O século vinte, podemos dizer, é o século da luz, onde o raciocínio voa em todas as direções, buscando muitos entendimentos, e é nessa busca que o homem se voltará mais para Deus. Queiram ou não, não existe outro caminho. O progresso é irreversível em todos os rumos; compete a cada um lutar e aceitar a verdade que pode suportar.
    Se ainda não acreditas na reencarnação, não combatas tal idéia; deixa que o tempo se encarregue de demonstrar-te a verdade através da sua própria força. Somente a verdade fica de pé, em todos os caminhos do progresso espiritual. A crença na reencarnação é tão velha quanto a humanidade. Todos os grandes escritores espiritualistas sempre falaram nela, mesmo veladamente. A própria criatura já traz lembranças dessa lei, porque já reencamou muitas vezes, e, passando por esse processo, gravou em seu íntimo, a verdade que não desaparece com as noites dos tempos, nem mesmo com os dias dos milênios.
     Confere, meu irmão, os teus conhecimentos e lê sobre as vidas múltiplas. Se possível, ora, pedindo a Deus que te esclareça sobre o assunto. Algum dia, a verdade vem à tua mente, por ser ela a verdade percebida por sentidos que vibram dentro de ti, e não voz que ressoa por fora da criatura. Em noite estrelada, olha para o céu que brilha, visual que encanta a todos, e pergunta a ti mesmo: o que estão fazendo esses mundos no infinito, se Deus é a maior inteligência? Se o homem tudo faz com um objetivo, uma finalidade, o Senhor Todo Poderoso iria fazer mundos e sóis para brincar, sem maior importância? A razão nos diz o contrário.
    Os mundos são casas de Deus e têm muitas finalidades, inclusive a do processamento evolutivo da humanidade.
Livro: Filosofia Espírita IV - João Nunes Maia - Miramez

10.9.12


Allan Kardec
Nome: Hippolyte-Léon Denizard Rivail - Allan Kardec
Nascimento: 03/10/1804 na Cidade de Lyon, na França.
Professor, escritor, filósofo e cientista
Desencarne: 31 de março de 1869, com 64 anos de idade. 

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Depois da Idade Média, em que se atrofiou o espírito crítico, vimos, em todo o globo, o aparecimento de novas idéias, quer seja na ciência, na filosofia, na religião etc. As ciências tornaram-se teóricas-experimentais, ou seja, toda a hipótese levantada deveria ser comprovada pelos fatos. A Filosofia foi sensivelmente influenciada pelo racionalismo de Descartes, pelo positivismo de Comte e pelo realismo crítico de Kant. No campo político, o advento do Parlamentarismo na Inglaterra, em 1688, a Independência dos Estados Unidos, em 1776 e a Revolução Francesa, em 1789 consolidaram os preceitos de liberdade que o mundo necessitava. 

2. CAUSAS DO SURGIMENTO DO ESPIRITISMO EM FRANÇA 
1.ª) sendo o Espiritismo o Consolador Prometido, os seus princípios codificados, já serviriam para mitigar as provações coletivas da França;
2.ª) a França havia se tornado o centro cultural do mundo ocidental, e tudo o que ali fosse feito, teria uma repercussão mundial; 
3.ª) Allan Kardec, na época de Júlio César, vivera nas Gálias, região que representa a França atual. 

3. NOTAS DE HENRI SAUSSE 
De acordo com Henri Sausse, em seu discurso sobre a Biografia de Allan Kardec, Rivail Denizard fez em Lião os seus primeiros estudos e completou em seguida a sua bagagem escolar, em Yverdun (Suíça), com o célebre professor Pestalozzi, de quem cedo se tornou um dos mais eminentes discípulos, colaborador inteligente e dedicado. Aplicou-se, de todo o coração, à propaganda do sistema de educação que exerceu tão grande influência sobre a reforma dos estudos na França e na Alemanha. Muitíssimas vezes, quando Pestalozzi era chamado pelos governos, um pouco de todos os lados, para fundar institutos semelhantes ao de Yverdun, confiava a Denizard Rivail o encargo de o substituir na direção da sua escola. O discípulo tornado mestre tinha, além de tudo, com os mais legítimos direitos, a capacidade requerida para dar boa conta da tarefa que lhe era confiada. Era bacharel em letras e em ciências e doutor em medicina, tendo feito todos os estudos médicos e defendido brilhantemente sua tese. Lingüista insigne, conhecia a fundo e falava corretamente o alemão, o inglês, o italiano e o espanhol; conhecia também o holandês, e podia facilmente exprimir-se nesta língua. 
Allan Kardec, membro de várias sociedades sábias, notadamente da Academia Real d'Arras, foi premiado, por concurso, em 1831, pela apresentação da sua notável memória: Qual o sistema de estudo mais em harmonia com as necessidades da época?

4. COMEÇO DA CODIFICAÇÃO ESPÍRITA 
Foi em 1854 que o Sr. Rivail ouviu pela primeira vez falar nas mesas girantes, a princípio do Sr. Fortier, magnetizador, com o qual mantinha relações, em razão dos seus estudos sobre o Magnetismo. O Sr. Fortier lhe disse um dia: "Eis aqui uma coisa que é bem mais extraordinária: não somente se faz girar uma mesa, magnetizando-a, mas também se pode fazê-la falar. Interroga-se, e ela responde."
- Isso, replicou o Sr. Rivail, é uma outra questão; eu acreditarei quando vir e quando me tiverem provado que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir, e que se pode tornar sonâmbula. Até lá, permita-me que não veja nisso senão uma fábula para provocar o sono.
Tal era a princípio o estado de espírito do Sr. Rivail, tal o encontraremos muitas vezes, não negando coisa alguma por parti pris, mas pedindo provas e querendo ver e observar para crer; tais nos devemos mostrar sempre no estudo tão atraente das manifestações do Além. 

5. SUAS DUAS ENCARNAÇÕES PASSADAS 
1.ª) COMO SACERDOTE DRUIDA 
Segundo os historiadores, o pseudônimo Allan Kardec decorre do fato de que, no início do seu trabalho de pesquisa sobre o Espiritismo, estando Denizard Rivail consciente de que tudo acontecia em relação aos indivíduos, quando ainda parecia mistério, baseava-se na Reencarnação (princípio das vidas sucessivas e interdependentes), um Espírito lhe revelou que, desde remotas existências, já o conhecia, pois o mesmo fora, em vida física passada no solo francês, um DRUÍDA com o nome de ALLAN KARDEC.
Como observação, esclarecem os historiadores que o Druidismo é a religião dos druidas, sacerdotes pagãos dos povos celtas que habitavam a Gália e a Bretanha no período anterior ao Cristianismo, mais especificamente entre o século II a.C. e o século II, d.C. O Druida, por sua vez, era o nome pelo qual era identificado, entre os Celtas, importante grupo social que desempenhava variadas funções, sendo os responsáveis por manutenção e guarda dos valores da civilização céltica. Acrescentam ainda que os sacerdotes druidas se posicionavam contrários "à construção de templos e à representação dos Deuses ou Espíritos". 

2.ª) COMO JOÃO HUSS 
João Huss nasceu em Hussinet, perto de Fichtelgebirge, na Boêmia, cerca da fronteira bávara e do limite lingüístico entre o alemão e o checo, em 1373, e morreu queimado na fogueira em 1415. Huss foi influenciado pelas idéias de Wiclef (1333-1384), teólogo e reformador inglês. Wiclef desenvolveu alguns tratados sobre o dominiun, ou seja, a idéia de que o poder vem de Deus e apenas é legítimo naqueles que se encontram em estado de graça. As suas teses contrariavam os interesses da Igreja católica: expressava-se contra o poderio papal, os votos religiosos, os benefícios e riquezas do clero, as indulgências e a concepção tradicional acerca do sacerdócio. 
Huss, como professor da Universidade de Praga, distinguiu-se nas discussões mais abstratas e no conhecimento de Aristóteles, da Bíblia e dos Santos Padres. Como tradutor das obras de Wiclef, propagou várias teses antidogmáticas. Baseando-se nos escritos de Wiclef, negou a necessidade de confissão auricular, atacou como idolátrico o culto de imagens, da Virgem Maria e dos Santos e a infalibilidade papal. Com isso, teve a ira do clero contra a sua pessoa, que após várias admoestações acabou sendo queimado no dia 06/07/1415. Ao seu lado morreu Jerônimo de Praga. (Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura) 

6. OBRAS 
6.1. OBRAS EDUCACIONAIS
Dentre as suas numerosas obras convém citar, por ordem cronológica:
Plano apresentado para o melhoramento da instrução pública, em 1828;
Curso prático e teórico de aritmética, em 1829;
Gramática francesa clássica, em 1831;
Manual dos exames para obtenção dos diplomas de capacidade, em 1846;
Catecismo gramatical da língua francesa, em 1848;
Ditados normais dos exames na Municipalidade e na Sorbona; Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas, em 1849.
6.2. OBRAS ESPÍRITAS 
As Obras Básicas, também, cognominadas de Pentauteco Espírita, compõem-se dos seguintes livros:
O Livro dos Espíritos (1857); 
O Livro dos Médiuns - ou Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores (1861); 
O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864); 
O Céu e o Inferno - ou Justiça Divina Segundo o Espiritismo (1865); 
A Gênese - os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo (1868). 
Porém, além destes livros, Kardec escreveu também: 
O que é o Espiritismo (1859); 
O Espiritismo em sua Expressão Mais Simples (1862); Viagem Espírita (1862);
Obras Póstumas (1.ª edição - 1890); 
Revista Espírita, periódico mensal (1.ª edição - 1.º de janeiro de 1858) 

7. UNIVERSALIDADE DOS PRINCÍPIOS 
A característica fundamental do Espiritismo é a UNIVERSALIDADE dos seus princípios. Para que o conteúdo doutrinário não ficasse restrito à autoridade de um único Espírito ou de um único médium, Kardec submetia toda a manifestação mediúnica ao crivo da razão. Apoiando-se no método teórico-experimental da ciências naturais, cruzava as diversas respostas dadas por diversos Espíritos a diversos médiuns espalhados pelo mundo inteiro. Assim sendo, dizia que "a única garantia séria do ensinamento dos Espíritos está na concordância que existe entre as revelações feitas espontaneamente, por intermédio de um grande número de médiuns, estranhos uns aos outros, e em diversos lugares". (Kardec, 1984, p. 11 a 18) 

Fonte de Consulta 
Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura. Lisboa, Verbo, s. d. p.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984. 
KARDEC, A. O Que é o Espiritismo. 23. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1981. 
XAVIER, F. C. A Caminho da Luz - História da Civilização à Luz do Espiritismo, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, FEB, 1972. 

9.9.12


TEU RECOMEÇO

  A cada momento podes recomeçar uma tarefa edificante que ficou interrompida.
  Nunca é tarde para fazê-lo; todavia, é muito danoso não lhe dar prosseguimento.
  Parar uma atividade por motivos superiores às forças é fenômeno natural.
  Deixá-la ao abandono é falência moral.
  A vida é constituída de desafios constantes.
  Sai-se de um para outro em escala ascendente de valores e conquistas intelecto-morais.
  Sempre há que se começar a viver de novo.
  Uma decepção que parece matar as aspirações superiores; um insucesso que se afigura  como um desastre total; um ser querido que morreu e deixou uma lacuna impreenchível;  uma enfermidade cruel que esfacelou as resistências; um vício que, por pouco, não  conduziu à loucura; um prejuízo financeiro que anulou todas as futuras aparentes  possibilidades; uma traição que poderia ter-te levado ao suicídio, são apenas motivos para recomeçar de novo e nunca para desistir de lutar.
  Não houvesse esses fenômenos negativos na convivência humana, no atual estágio de  desenvolvimento das criaturas, e os estímulos para o progresso e a libertação seriam  menores.
  Colhido nas malhas de qualquer imprevisto ou já esperado problema aterrador, tem calma  e medita, ao invés de te deixares arrastar pela convulsão que se irá estabelecer.
  Refugia-te na oração, a fim de ganhares força e inspiração divina.
  Como tudo passa, isto também passará, e, quando tal acontecer, faze teu recomeço, a  princípio, com cautela, parcimonioso, até que te reintegres novamente na ação plenificadora.
  Teu recomeço é síndrome de próxima felicidade.

Livro "Filho de Deus" - Divaldo P Franco - Esp. Joanna de Ângelis

7.9.12



REENCARNAÇÃO
Odilon - Até o ano 553, a Igreja Católica aceitava a tese da Reencarnação...
Manoel Roberto - O que fez com que a Igreja banisse a reencarnação de seus artigos de crença?
Odilon - Foi no Concílio de Constantinopla, onde foi Proclamado "Todo aquele que defender a doutrina mística da preexistência da alma e a consequente assombrosa opinião de que ela retorna, seja anátema".
Inácio Ferreira - O Imperador Justiniano era casado com Teodora, que muito influente sobre assuntos de governo e, sem nada entender, se imiscuía até em Teologia. Teodora havia sido uma cortesã e suas antigas colegas, por inveja do posto que ela passara a ocupar, esposa do Imperador, viviam a difama-la. Sabem o que ela fez? Mandou matar todas as cortesãs de Constantinopla que, dizem, excedia o número de quinhentas!
Domingas - Cruzes!
Inácio Ferreira - cruzes, uma fileira de carma. Os cristãos, que deveriam ter focado calados, passaram a dizer que, nas vidas futuras, em resgate ao que havia ordenado ser feito, seria assassinada 500 Vezes! Temendo a Lei de Causa e Efeito, fez com que o marido, através de uma "canetada", decretasse a sentença de morte da Reencarnação...
Manoel Roberto - E o Imperador se submeteu?
Inácio Ferreira - Teodora deveria ser uma mulher fascinante... Todos os adeptos da teoria da transmigração das almas passaram a ser perseguidos e o assunto morreu!
Modesta - Meus Deus, como o decreto de um homem pode mudar o curso da História!
 
Pequeno trecho do livro: No Princípio Era o Verbo... de Carlos A Baccelli - esp. Inácio Ferreira

6.9.12


DOAÇÕES ESPIRITUAIS

  Feliz daquele que destaca uma parcela do que possui, a benefício dos semelhantes!
   Bem-aventurado aquele que dá de si próprio!
  Através de todos os filtros do bem, o amor é sempre o mesmo, mas, enquanto as dádivas materiais, invariavelmente benditas, suprimem as exigências exteriores, as doações de espírito interferem no íntimo, dissipando as trevas que se acumulam no reino da alma.
  Dolorosa a tortura da fome, terrível a calamidade moral.
  Divide o teu pão com as vítimas da penúria, mas estende fraternas mãos aos que vagueiam mendigando o esclarecimento e o consolo que desconhecem.
  Não precisas procurá-los, de vez que te cercam em todos os ângulos do caminho ....
  São amigos e por vezes te ferem com supostas atitudes de crueldade, quando apenas te esmolam conforto, comunicando-te, em forma de intemperança mental, as chamas de sofrimento que lhes calcinam os corações;
categorizam-se por adversários e criam-te problemas, não por serem perversos, mas porque lhes faltam ainda as luzes do entendimento;
aparecem por pessoas entediadas, que dispõem de todas as vantagens humanas para serem felizes, mas a quem falta uma voz verdadeiramente amiga, capaz de induzi-las a descobrir a tranquilidade e a alegria, através da sementeira das boas obras;
 surgem na figura de criaturas consideradas indesejáveis e viciosas, cujo desequilíbrio nada mais é que a expectativa frustrada do amparo afetivo que suplicaram em vão!...
  Para atender aos que carecem de apoio físico, é preciso bondade;
 no entanto, para arrimar os que sofrem necessidades da alma, é preciso bondade com madureza.
   Se já percebes que nem todos estão no mesmo degrau evolutivo, auxilia com a tua palavra ou com o teu silêncio, ou com o teu gesto ou com a tua decisão no plantio da união e da concórdia, da esperança e do otimismo, no terreno em que vives!...
  Compreender e compreender para a sustentação da lavoura do bem que se cobrirá de frutos para a felicidade geral.
  Não te digas em solidão para fazer tanto...
  Refletindo em nossos deveres, ante as doações espirituais, lembremo-nos de Jesus.
  Nos dias de fome da turba inquieta, reunia-se o Divino Mestre com os amigos para beneficiar a milhares; entretanto, na hora do extremo sacrifício, quando lhe cabia socorrer as vítimas da ignorância e do ódio, da violência e do fanatismo, ele sozinho fez o donativo de si mesmo, em favor de milhões.
André Luiz & Francisco C. Xavier

5.9.12


Questão 172 do Livro dos Espíritos
    VIDAS SUCESSIVAS NA TERRA
    Nem todos os espíritos que ora estagiam na Terra, tiveram nela as primeiras reencarnações. Muitos já viveram em outros mundos, dos quais guardaram muitas experiências, que lhes servem de amparo contra muitos males.
    A Terra, pelo que sabemos, é um dos mundos atrasados, não dos mais atrasados, no entanto. Ela está na situação dos globos que logo passarão de mundos de expiação para mundos de regeneração, onde o amor começa a despontar nos corações das almas, e Jesus será entendo pelos processos da dor, de sorte que as lições do Mestre serão vividas na sua feição mais pura. Há, porém, ainda, uma grande distância da teoria dos conceitos evangélicos à verdadeira prática.
    Cabe à Doutrina dos Espíritos fazer reviver na Terra os ensinamentos do Divino Mestre na sua pureza, para que as almas descubram pelos próprios esforços, a luz do entendimento, dando início à caminhada de libertação espiritual. A humanidade em geral se encontra muito distante da perfeição, contudo, está a caminho, e isso para nós outros que convivemos com os homens, é motivo de grande alegria ao vê-los trabalhando, dia a dia, em busca da melhoria espiritual.
    O Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo pode ser entendido em várias dimensões, de acordo com a elevação do espírito. Estamos empenhados, espíritos e espíritas, em buscar, na profundidade do tempo, o verdadeiro Evangelho, do modo que foi vivenciado pelo Guia Espiritual da humanidade. Para tanto, devemos nos esforçar no cumprimento desse dever que, para nós outros, é uma glória, de recordar o que foi dito para nós há quase dois mil anos. Compete a cada criatura esforçar-se em todas as direções do saber, para que o amor, aquele ensinado por Jesus, venha à tona da consciências, no sentido de libertar todas as criaturas da ignorância, fazendo lembrar a profecia de Moisés, da descoberta do "Paraíso Perdido" onde poderemos encontrar o leite da vida e o mel da perfeição espiritual.
    Se a lei da reencarnação nos fala que já passamos em muitos mundos, recolhendo experiências, devemos a esses mundos o que aprendemos; portanto, a mesma lei do amor pede que devolvamos o que recebemos em forma de fraternidade universal, enriquecendo a vida e despertando em nós os valores que nos foram legados. Não é somente a Terra que tem as possibilidades de receber rebanho de almas e educá-las. Deus não iria criar somente um mundo em condições de ser habitado; eles são incontáveis, bailando no cosmo à espera da seqüência da vida, adicionando sempre os valores do saber e do amor.
    As vidas que na Terra são vividas não são as primeiras nem as últimas, mas são valiosas, porque nelas o espírito poderá aprender o valor das reencarnações, como escolas de luz dentro da luz de Deus. A meditarmos na reencarnação, uma luz de maior entendimento desabrocha em nossos corações, levando-nos a compreender que as vidas na Terra podem se multiplicar, quantas vezes forem necessárias, para a nossa libertação espiritual.
 
Livro: Filosofia Espírita IV - João Nunes Maia - Miramez

4.9.12


DOENÇA DE MÉDICO
  Amigo: Jesus nos abençoe.
   Agradeço as palavras gentis que você me escreveu, aproveitando a oportunidade para pedir a todos, mas principalmente a você que se revelou tão preocupado com a minha saúde, que me desculpe pela minha doença de médico, da qual, infelizmente, embora desencarnado, ainda não consegui me livrar.
  Estou sob severo tratamento e, dentro em breve, para gáudio de meus amigos, espero estar plenamente restabelecido.
  Eu não sei se vocês já ouviram falar em doença de médico?... Claro, dentre as muitas enfermidades que o podem acometer, como a qualquer mortal, esta é das mais graves, porque, infelizmente, costuma sobreviver inclusive à sua própria morte.
  Desde o meu primeiro dia de Universidade, na cidade do Rio de Janeiro, então Capital da República, e isto em 1924 – quanto tempo faz! –, eu me vi acometido por esta febre que nunca mais me deixou. Especializando-me em Psiquiatria, tentei fugir dela o máximo que pude, todavia, ela se me entranhou de tal modo na alma que, em verdade, o que era agudo ficou crônico.
  Vocês, a esta altura, devem estar curiosos do meu diagnóstico, na doença que, de tanto extrapolar em mim, passou a ser facilmente identificada por todo aquele que conseguisse saber que uma simples “guaraína” seria bom remédio para a dor, embora nem sempre pudesse tê-la em sua casa de pobre.
  Não vou judiar de vocês, não... Como me considero uma pessoa sem preconceito, mesmo quando se trata de confessar publicamente as suas mazelas, sejam eles físicas ou morais, eu vou revelar a vocês a doença de que sou portador – porém, cuidado, porque ela possui certo grau de contagiosidade!
   Portanto, confessá-la-ei sem maiores pudores: eu não posso ver ninguém em minha frente sem que, logo, não comece a procurar nele um micro-organismo patogênico, que, proliferando, possa induzi-lo a óbito! Vocês sabem: antigamente, não dispúnhamos de tantos exames laboratoriais como hoje – o diagnóstico era feito no olhômetro! A gente observava, auscultava, apalpava – não demais, porque se tinha doente que gostava muito, outro gostava menos...
  É por isto, meu amigo, que, de tanto observar e auscultar o corpo do Movimento Espírita, e apalpá-lo, desde 1931 identificado com ele, eu tenho me mostrado, talvez, excessivamente zeloso de sua saúde, que entendo estar comprometida por perigosos focos infecciosos.
  Não me julgue autossuficiente, ou algo que o valha! Sei que não sou o portador da cura para doente tão ilustre, mas enquanto aguardamos a intervenção do Divino Médico, permita-me, pelo menos, oferecer uma“guaraína” para a febre que lhe tem suscitado tantos delírios!...
  Com o meu carinho, contando com as suas preces em meu benefício, sempre o seu – 
  INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 3 de setembro de 2012. 

3.9.12


Curtas - 3

JURA
  Uma frase é emblemática: “juro por Deus”. Jure não, Deus nada tem a ver com os seus despautérios. Assuma, por si só, os seus compromissos. Se forem verdadeiros, Ele dá lá a sua ajudinha.

PARAOLIMPÍADA
  Meu Deus que maravilha a Paraolimpíada de Londres. Vejo gente sem braço que faz coisas que homens com muitos braços não conseguem. Que fôlego para nadar e nem o avisaram que ele não enxergava e muito mais... Olhando-os, chego logo a conclusão: os deficientes somos nós.

OLHO
  Há ainda quem pregue nos dias de hoje o “olho por olho e dente por dente”. Estes não conheceram Jesus de verdade, por isso, que andam cegos por aí, cegueira espiritual, meus irmãos...

FALE BAIXO
  Tem tanta gente que chega aos lugares e parece que chegou um trovão. Falam alto, dizem que chegaram, sem modos algum. Quando alguém os põe no lugar, falam tão baixinho que nem parecem que voz possui. Aprenda a falar baixo, tenha certeza que todos haverão de escutá-lo melhor. E será pela sua educação.

ORELHAS
  Que grande as orelhas que tive na última vida, ainda as tenho. Elas me diziam, implicitamente, que eu deveria ouvir mais. Confesso que aprendi bem pouco sobre isso, pois me punha a falar mais onde quer que chegasse. Precisei morrer para entender isto direito, ouviu?

POLÍTICA
  Todo mundo é bonzinho nesta época de política, não é? Todo mundo tem proposta para o que quer fazer, de prefeito a vereador. Mas o que é que acontece quando passa eleição? Será que dá uma amnésia coletiva, pois nem mesmo os candidatos se lembram o que diziam?

DESFECHO
  Acompanho com curiosidade o julgamento do chamado “Mensalão”. Por aqui as notícias são alvissareiras. Que bom! Não há nada melhor que o exemplo para lembrar, de vez em quando, que justiça é ótimo instrumento para frear o mal e incentivar o bem.

Helder Câmera por intermédio de Carlos Pereira 

Deus nos fala através de todas as vozes do infinito. Ele nos fala, não numa bíblia escrita há séculos, porém numa bíblia que se escreve todos os dias, com esses caracteres majestosos que se chamam oceanos, mares, montanhas e astros do céu; através de todas as harmonias suaves e graves que sobem do seio da Terra ou descem dos Espaços etéreos.

(...) Aí se manifesta esse reflexo, esse gérmen divino, escondido em toda alma humana. É por isso que a alma humana é o mais belo que se eleva em favor da existência de Deus: ela é um reflexo da alma divina. Contém, em si mesma, em estado de embriões, todas as potências, e seu papel, seu destino consiste em valorizá-las no decorrer de suas existências inumeráveis, nas suas transmigrações através dos tempos e dos mundos.
 
Livro:O Grande Enigma - Leon Denis

1.9.12

VITÓRIA COM JESUS

Supera o mal que alguém te haja feito,
Perdoa a ofensa, seja ela qual for,
Esquece ingratidão e desamor,
Problema algum te deixe contrafeito...

Não digas de ninguém qualquer defeito,
Sê lenitivo e amparo a toda dor,
Na Caridade abraça o teu labor,
Se caíres, levanta-te refeito...

Serve sem reclamar, firme e constante,
Do tempo, aproveitando cada instante
Para fazer um pouco mais de luz...

Prossegue, intimorato, monte acima,
Sem olvidar que a luta te sublima
E que a vitória é sempre com Jesus!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 25 de agosto de 2012, em Uberaba – MG).