29.11.18

POSSESSÃO

Questão 473 do Livro dos Espíritos

Quando julgamos que uma pessoa se encontra possessa é devido a uma junção das almas em torno do corpo físico, pela força do mau entendimento das leis espirituais, que regem e sustentam a própria vida. Entende-se a extensão da ignorância do desencarnado, que pretende - e muitas vezes o consegue - subjugar o encarnado aos seus caprichos, pela sua presença irradiando ódio, pretendendo, na maioria dos casos, fazer justiça.
Foi para resolver este e outros problemas que o Mestre deu grande ênfase ao perdão e estimulou o esquecimento das faltas, procurando abrir caminho para o amor, dentro da mais pura fraternidade. O conceito de amor com o Cristo cresce na vertical para Deus, desfaz todas as barreiras que a violência edificou, faz desaparecer o orgulho e o egoísmo.
A Doutrina dos Espíritos surgiu por misericórdia de Deus, pelos canais de Nosso Senhor Jesus Cristo, objetivando levar o homem a entender o Evangelho na sua pureza primitiva, facilitando a sua vivência pelos homens que desejam conhecer a verdade e ser por ela libertados.
A possessão é trabalho de muito tempo que os Espíritos das trevas armam contra quem se encontra nas suas faixas de paixões inferiores. Para se livrar desse turvamento mental, de quase inconsciência, o homem deve trabalhar na pureza de seus sentimentos, para clarear as suas idéias, e modificar a sua vida, copiando, diariamente, a vida de Jesus. Ele é nosso roteiro, é a nossa vida, é a nossa verdade. Se não passarmos pelos Seus conceitos de vida, se não respirarmos seu clima de amor, se não passarmos a amar, dificilmente encontraremos o reino de Deus dentro de nós.
A possessão se dá quando os Espíritos malfazejos se identificam com outros, sejam encarnados ou desencarnados, na altura de suas vivências, criando uma verdadeira calamidade no nosso mundo interno. Por isso, embora seja muito válido “doutrinar” certas entidades pela palavra e pelos exemplos, somente nos livraremos de certas companhias espirituais, consideradas por nós indesejadas, se mudarmos o nosso modo de pensar e de viver. Se se retirar um Espírito da companhia de alguém, e esse alguém continuar nos seus trajetos incompatíveis ao amor, a entidade pode voltar, trazendo consigo outros Espíritos do mesmo naipe espiritual, piorando a situação do encarnado. Somente se livra de entidades malfeitoras o homem que sai de suas faixas, pois a lei nos diz com propriedade que os semelhantes atraem os semelhantes.
A possessão não acontece “de um dia para o outro”; quando se faz notar, já faz tempo que os Espíritos alimentam as mesmas idéias. Notamos, diariamente, milhares de criaturas em perfeita simbiose de trevas com trevas, numa troca permanente de magnetismo inferior, daí surgindo, muitas vezes, variadas enfermidades tanto no corpo físico quanto nos corpos espirituais que vibram com mais intensidade.
Os nossos pensamentos buscam os seus iguais onde quer que seja, enviados pela nossa vontade; é o “Batei e abrir-se-vos-á”, é o “Buscai e achareis”. Certamente que já nascemos no mundo dos encarnados com certas deficiências psicossomáticas, como é o caso do sistema nervoso, que nos dias atuais, se mostra, em quase todas as pessoas, susceptível às alterações; e é por ele que geralmente os Espíritos inimigos se aproximam, dada a sua sensibilidade, passando a perturbar o encarnado.
O Evangelho Segundo o Espiritismo nos dá o ponto de equilibro espiritual, através de límpida mensagem do apóstolo Paulo - “Fora da caridade não há salvação”. É preciso, entretanto, que se entenda o que é caridade, para consigo e para com o próximo. Devemos cuidar mais de nós mesmos, sem deixar esses cuidados se cristalizarem em egoísmo ou exaltação da nossa própria personalidade.
Os possessos são egoístas, por lei universal, que dá a cada um o que procura. E nós procuramos a possessão pelos pensamentos, pelas idéias, pelas palavras e certamente, pela vida que levamos. Se mudarmos por dentro, a vida, por fora, copiará os nossos impulsos íntimos. O céu e o inferno estão dentro do nosso coração. Acharemos o que procuramos, é a afirmativa de Jesus. Despertemos para o amor, que esse amor passará a morar em nós, para a nossa felicidade.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

28.11.18

Estudos e Evolução


Mensagem

            Através dos estudos é que conseguimos evoluir em nossa caminhada. Por mais que tenhamos força de vontade para melhorar, sem um guia sólido ficamos a mercê de direcionamentos errados em nossa vida. Portanto é de extrema importância nos balizarmos por leituras que edifiquem nossa alma, que nos façam reconhecer novos sentimentos e formas pensamentos.
            Um grande exemplo, se não o maior de todos é o evangelho, ou a bíblia se preferirem. Neles, cada um, em seu respectivo momento, auxiliou milhões de pessoas a progredir em sua caminhada espiritual. O Evangelho nada mais é do que a explanação um pouco mais completa e aberta do significado bíblico. Tudo pode gerar dupla interpretação se lido de maneira incorreta, se lido com preconceitos e ideias preconcebidas. Porém , com o novo Evangelho, os ensinamentos estão descritos da maneira mais pura e não dão margem a errôneas interpretações. Ele veio em um momento onde a humanidade está pronta para dar um grande passo em direção ao progresso espiritual. Um completando o outro, jamais indo em direções opostas.
            Vamos então olhar o livro O Evangelho Segundo o Espiritismo não com críticas de que é uma nova forma de agir, mas sim é apenas a afirmação do amor de cristo por nós, e que, através de suas palavras, a humanidade tem muito a progredir, começando por mudanças no coração de cada um.
Vamos fazer a nossa parte em busca desta melhora global. O individuo tem muito a crescer se tiver o amor, a tolerância e a caridade como a base de seus atos e pensamentos.
            Fiquem todos com Deus.
            (espírito) Um espírito protetor
            (médium) não quis se identificar

27.11.18

Felicidade


O que sabemos da felicidade?
O que entendemos sobre felicidade?
A felicidade realmente existe?
A perspectiva material é uma,  a perspectiva espiritual é outra bem diferente.
Quando nos referimos a felicidade no aspecto material temos em conta que ela se resume a ter coisas,  juntar patrimônio, a somar riquezas.
Outra possibilidade existe, porém.
O amealhar de virtudes. A conquista de saberes. A formação de amigos. Chegar a sabedoria.
Bens materiais versus bens espirituais, como distinguir?
Uns ficam na Terra, outros são para sempre.
Uns são efêmeros, outros não se gastam com o tempo.
Uns proporcionam alegria no presente, outros duram a vida inteira.
Assim fica mais fácil diferenciar uma da outra?
Eu sempre soube que havia ricos infelizes e sempre conheci pobres de bem com a vida.
O problema é que a maioria da humanidade ainda pensa com os olhos terrenos e dedicam literalmente as suas vidas para alcançar aquilo que se perde pelas mãos.
Até quando isso vai?
Até o homem perceber que não há futuro sem que a perspectiva espiritual seja priorizada.
Esse tempo vai demorar?
Para uns, ela já começou. Para outros, ainda sequer sonha com isso.
A sociedade espiritualizada é algo a se construir diariamente em nossos corações e mentes.
Ela vai demorar, mas não se perde por espera-la.
O que fazemos nesse espaço aqui, apesar de muitos insistirem em querer desconhecê-lo, é revelar esse novo mundo para os jovens de cabeça aberta, para os adultos que permitem conhecer o novo e a toda gente de boa vontade.
A perspectiva espiritual prevalecerá sobre o planeta. Cedo ou mais tarde, todos nós nos abraçaremos numa única verdade.
Sem privilégios, sem destaques, sem arrogância.
Neste novo mundo haveremos de priorizar o amor entre as pessoas, a generosidade entre corações, a paz como sinal que vivemos em harmonia.
E aí viveremos felizes.

Helder Camara - Blog Novas Utopias

26.11.18

XXVI – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO”


– ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER

O Instrutor Gúbio, desdobrando esclarecimentos a André Luiz e Elói, refere-se à condição de simbiose psíquica que muitos espíritos de evolução primária mantêm com os encarnados, muitas vezes, sem exata noção de seu procedimento – vampirizam mentes assim como o corpo físico é vampirizado por microorganismos patogênicos.
“Quase todas as almas humanas, situadas nestas furnas sugam as energias dos encarnados e lhes vampirizam a vida qual se fossem lampreias insaciáveis no oceano do oxigênio terrestre. (destacamos) Suspiram pelo retorno ao corpo físico, de vez que não aperfeiçoaram a mente para a ascensão, e perseguem as emoções do campo carnal com o desvario dos sedentos no deserto.”
Novamente André Luiz menciona a necessidade de aperfeiçoamento mental para que o espírito se adapte às realidades da vida fora do corpo físico... Logo no primeiro capítulo de “Nosso Lar”, o esclarecido autor, falando de suas próprias experiências, após a morte, escreve: “Não adestrara órgãos para a vida nova.”
Os espíritos que não tomam consciência de si mesmos no Mais Além, compreendendo a nova realidade em que passaram a viver, não a “suportam” e, assim, fazem da reencarnação imediata o seu único objetivo.
*
As revelações de André Luiz, em suas obras, se sucedem de maneira impressionante.
A obsessão para muitos desencarnados passa a ser quase uma “necessidade” – aliás, Kardec, em “O Livro dos Médiuns”, no capítulo XXIII, quando fala das causa da obsessão, anotou o depoimento de um espírito: “Tenho grande necessidade de atormentar alguém...”
Essa “necessidade”, até de certo ponto, não deixa de ser de “sobrevivência psíquica” – claro que não estamos dizendo que o espírito possa vir a “morrer”, mas fica claro que ele, a fim de se alimentar, carece da vitalidade de alguém, pois, caso contrário, entrará em complexa fase de inanição. O pensamento é um “fluido alimentar”, através do qual o espírito pode autonutrir-se nutrir e ser nutrido.
Com a palavra os nossos irmãos e as nossas irmãs internautas, que esperamos venham a opinar sobre o tema.
Com o auxiliá-los em suas reflexões, reproduzimos o que Gúbio diz em seguida: “No fundo, as bases econômicas de toda essa gente residem, ainda, na esfera dos homens comuns e, por isto, preservam, apaixonadamente, o sistema de furto psíquico, dentro do qual se sustentam, junto às comunidades da Terra.” (destacamos)
O psiquismo humano, para tais entidades, funciona como “pasto”, o que nos leva a inferir que, quando os homens não mais lhes oferecerem alimento natural, eles terão que imigrar – assim como o homem dos tempos primitivos, antes do período agrícola, sempre imigrava, de região em região, à procura de alimento abundante.
*
Talvez, então, a esta altura de nossas reflexões e estudos, junto aos nossos irmãos encarnados, possamos falar em “obsessão natural”, processo no qual, do ponto de vista mental, todos pesamos sobre a economia psíquica uns dos outros. Ou não?! O que teriam os nossos irmãos e irmãs a dizerem sobre o assunto?! Porventura, os “seres” do mundo microscópico que parasitam o corpo físico fazem-no por maldade, ou por instinto de sobrevivência, e, ainda, compelidos pela própria necessidade de evolução?!...

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 26 de novembro de 2018.

25.11.18

Estratégia do Além


Agora que já se passou o momento do sufrágio popular, quero tecer algumas considerações desse momento único de nosso País.
Aquilo que não entendemos bem representou uma reviravolta nos destinos políticos de nossa nação.
Já não era sem tempo que as mudanças eram reclamadas no nosso País. A predominância das teses esquerdistas, ancoradas num modelo de socialismo sul-americano bem original, deram o que falar, mas chegaram, porém, a sua exaustão.
O que se desenhou como um País mais igual e de distribuição de riquezas com a consequente diminuição das distâncias sociais foi acompanhada por um duro golpe nas finanças públicas e no comportamento ético distorcido das suas principais lideranças políticas.
Havia um sentimento de frustração coletivo. Aquilo que o povo acreditara com tanta força era, na verdade, uma grande ilusão.
O Estado faliu e com ele a moral dos seus construtores de então.
O País ficou órfão de uma proposta redentora e de lideranças que pudessem apontar novos rumos.
Ao mesmo tempo, engendrado num esquema altamente competente, as forças do mal se juntaram para alavancar no Brasil uma nova etapa de suas entrepunhas espirituais. Foram mais uma vez astutas em organizar um quadro de manutenção no poder por mais quatro anos, no mínimo.
As forças do bem deram-se conta dessa engenhosidade dos antagonistas do povo e começaram inteligentemente a promover uma contraofensiva. E isto não foi bem assimilado por grandes partes da população, sobretudo agrupamentos mais esclarecidos.
A candidatura vitoriosa teve a participação de muitos estrategistas do lado de cá da vida que, aproveitaram da inexperiência de alguns pseudo-socialistas do além, para programar uma reviravolta nos destinos políticos da nação.
O melhor candidato ainda estaria por existir. A melhor proposta ainda estaria por se constituir. Ensaios de uma nova era somente poderiam acontecer daqui a alguns anos e, espertamente, foi ancorado num determinado candidato a esperança de frear uma possível reeleição dos fazedores de injustiça e do descalabro.
Por mais que tenhamos que guardar reservas e não me colocando aqui na postura nem de um socialista nem de um liberal, até porque nenhuma dessas duas frentes me representam quando advogo o trabalho do Cristo, tivemos que optar por um estratagema perigoso, mas com possibilidade de êxito como, de fato, ocorreu.
Não menosprezando aos partidários do candidato não eleito, mas era imperioso dar um corte no estado de coisas que se abateu à nossa nação querida depois que um ciclo se esgotou e que pedira outro em seu lugar.
O arranjo vitorioso somente foi possível porque também não se deixou que tais forças antagônicas ao bem pudessem igualmente se assenhorar completamente desse senhor.
Apesar de seus recalques e limitações. Mesmo sabendo das suas incongruências cristãs, havia nele um compromisso de mudança real que está por acontecer.
Não esperamos um governo perfeito ou sem retoques. Pode ser até que se erre muito, mas o que percebemos foi uma vontade de mudança efetiva aliada a uma possibilidade de eleição.
Os destinos do Brasil estão em outras mãos. Sérias, comprometidas com o melhor para seus cidadãos. Orientada para o desenvolvimento e a concórdia.
Pode ser que haja atropelos e tropeços.
Pode ser que o plano almejado seja completamente destruído e ignorado.
Pode ser que toda essa movimentação astral dê em nada.
Houve, porém, uma tentativa sincera de melhoria moral e administrativa de nosso País.
Nossa gente não aguentava mais tanta dor e desalento. Tanta corrupção e desrespeito. Tanta hipocrisia e malfeitos.
A esperança está de volta e com ela homens e mulheres de bem terão a oportunidade de criar outro País que estará longe de ser o ideal, mas que dará um sentido e uma firmeza há muito não vistos.
Nossa nação tem um destino maior e do jeito como as coisas estavam se distanciaria cada vez mais de seu desiderato.
Apostas feitas, vamos à luta. É hora de se fazer o bem. Jogar de lado as diferenças e cumprir o que se espera dessa imensa nação chamada Brasil.
Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal.

24.11.18

ABOLIÇÃO DO MAL


Quem se refere à perseguições e calúnias, rixas e desgostos, na maior parte das circunstâncias, está destacando a influência do mal.
*
Quantos milhares de caminhos, entretanto, para equilíbrio e restauração, alegria e esperança se todos nos empenhássemos a extinguir impressões negativas no nascedouro!...
 Determinado amigo terá incorrido no erro de que o acusam, todavia se nos afastamos da censura que o envolve, anotando-lhe unicamente as qualidades nobres de filho de Deus, com possibilidades de recuperação iguais às nossas, mais depressa se verá liberto da inquietação na sombra para readquirir a tranquilidade de consciência.
 Certo acontecimento menos feliz haverá sido indiscutivelmente um desastre social, no entanto, se nos abstemos de comentá-lo nos aspectos destrutivos, teremos cooperado para que se lhe pulverizem os destroços morais, sem piores consequências.
 Aquela injúria assacada contra nós efetivamente nos haverá queimado as entranhas do ser, entretanto desaparecerá nas correntes profundas do tempo, se nos consagramos a olvidá-la, sem comunicar-lhe o fogo devorador aos entes queridos, através de alegações menos edificantes.
 Essa confidência amarga ter-nos-á atingido o coração, por farpa invisível, mas não ferirá outros, se nos dispusermos a esquecê-la.
*
Reflitamos na contribuição da paz a que todos somos chamados e para a qual todos somos capazes com segurança e eficiência.
 Para começar, porém, de maneira substanciosa e definitiva, é preciso que o mal cesse de agir, tão logo nos alcance, encontrando em cada um de nós uma estação terminal das trevas.
* * *
“Mãos Unidas”, de Francisco Cândido Xavier, por Emmanuel

23.11.18

A EXPLOSÃO DE PENTECOSTES


    "Então os levou até Betânia e, levantando as mãos, os abençoou. E enquanto os abençoava, apartou-se deles e foi elevado ao céu. Eles, tendo-o adorado, voltaram para Jerusalém com grande gozo; estavam continuamente no templo bendizendo a Deus". (Lucas, XXIV 50-53.)
    "Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar, e, de repente, veio do Céu um ruído como de vento impetuoso que encheu toda a casa onde estavam sentados e lhes apareceram umas como línguas de fogo, as quais se distribuíram, para repousar sobre cada um deles, e todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem". (Queira o leitor ter a bondade de consultar o Novo Testamento e ler todo o capítulo, que deixamos de transcrever devido à sua extensão.) (Atos dos Apóstolos, II. )

    Tendo Jesus conduzido seus discípulos para Betânia, abençoou-os e deles se separou.
    Narra o evangelista Lucas que, depois de terem os apóstolos prestado ao divino nazareno o culto de gratidão pelo muito amor que o Mestre lhes votara, voltaram para Jerusalém, cheios de alegria e constantemente se achavam no templo louvando e bendizendo a Deus.
    Preparavam-se certamente os discípulos do redivivo para receberem o poder do Alto, poder que lhes havia sido prometido, para o desempenho de sua missão.
    De modo que, concentrados pelo espírito de oração e meditação nas coisas divinas, tornaram-se aptos para assimilarem o Espírito em suas mais portentosas manifestações.
    Cumpriu-se o dia de Pentecostes - todos estavam concordemente reunidos, quando, de repente, veio do Céu um som, como de um vento veemente e impetuoso e encheu toda a casa em que se achavam. E por eles foram vistas como que línguas de fogo, que pousaram sobre cada um deles. E todos ficaram cheios de Espírito e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.
    Em Jerusalém habitavam judeus e varões religiosos de todas as nações.
    Correndo aquela voz, ajuntou-se a multidão e estava confusa porque cada um os ouvia falar em sua própria língua. E todos pasmaram e se maravilharam, dizendo uns aos outros: "Não são galileus todos estes homens que estão falando? Como, pois, ouvimos cada um na nossa própria língua?"
    O dom das línguas, o dom de curar, o dom das maravilhas, o dom da Ciência, todas as graças tinham sido dispensadas aos continuadores da missão de Jesus; eram eles os intermediários (médiuns) dos Espíritos santificados, para que a doutrina fosse a todos transmitida!
    A sessão realizada no Cenáculo foi assistida por partos, medos, elamitas e os que habitavam a Mesopotâmia, a Judéia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia, a Frígia, a Pantília, o Egito, e partes da Líbia junto de Cirene e forasteiros romanos, tanto judeus como cretenses, árabes; todos ouviram e observaram as maravilhas do invisível!
    Mas, uma assembleia pública composta de homens de diferentes condições e
moralidade, não pode ter opinião uníssona.     Daí o fato de uns atribuírem
os fenômenos à embriaguez dos apóstolos; outros não tomavam a sério os fatos e blasonavam.
    Foi nessa ocasião que o apóstolo Pedro levantou-se e esclareceu:
    "Estes homens não estão embriagados, mas é o que foi dito por Joel: Nos últimos tempos, diz o Senhor, derramarei do meu Espírito sobre toda a carne, os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, os vossos velhos terão sonho".
    "Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado (com o batismo do
Espírito) e recebereis o dom do Espírito Santo, porque a promessa vos pertence, aos vossos filhos e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar".
    E assim realizou-se, sob a direção suprema de Jesus, a sessão para o desenvolvimento dos médiuns, que deveriam transmitir a seus irmãos da Terra, a palavra do Céu.
    Pentecostes foi a palavra que escolheram para exprimir tão notável acontecimento. Deriva do grego Pentekosté e significa "quinquagésimo", ou seja, 50 dias.
    De dois Pentecostes nos fala a História: Pentecostes dos judeus e Pentecostes dos cristãos: o primeiro é uma glorificação do Antigo Testamento, o segundo, do Testamento Novo.
    A festa judaica de Pentecostes era celebrada para relembrar o dia em que Moisés recebera as Tábuas da Lei, os mandamentos do Sinai.
    A recepção do Decálogo efetuou-se justamente cinquenta dias depois dos israelitas comerem o Cordeiro Pascoal, já libertados da escravidão do Egito.
    A festa cristã de Pentecostes é celebrada cinquenta dias depois da ressurreição de Jesus Cristo.
    Que coincidente relação parece existir entre uma e outra festa!
    Os judeus festejavam a sua libertação do jugo do Faraó e dos egípcios; os cristãos festejavam a sua libertação do jugo das trevas da morte pelas aparições de Jesus Cristo e o concurso de seus prepostos do mundo espiritual.
    Além disso, outra coisa admirável se observa entre o Pentecostes cristão e o do Antigo Testamento; um e outro celebram a promulgação da lei divina; cinquenta dias depois do maravilhoso livramento do povo judeu. Deus dá a Sua lei a Moisés, no Monte Sinai; e cinquenta dias depois da mais pujante prova de vida eterna, que o maior de todos os Espíritos dá à Humanidade para o seu livramento dos grilhões da morte, desce o Espírito Santo sobre os discípulos do nazareno, e, sobre a pedra fundamental da Revelação, ergue a Igreja viva que deveria transmitir à Terra os ensinos do Céu!

Livro: Parábolas e Ensinos de Jesus - Cairbar Schutel

22.11.18

Dia Negro


Há quantos falam por aí das cores. Imaginam que o ser humano é diferente porque a tez de um é diferente da tez do outro. Uma raça específica, por conta disso, se torna superior a outra. Que ledo engano! Como poderíamos aferir a superioridade de um homem pela cor de sua pele?  Somente muita presunção e desconhecimento da realidade espiritual para falar num despautério desses.
O homem, por si só, é uma individualidade, criação única de Deus, não há dois seres iguais por mais que se pareçam. A partir daí, do mistério da criação divina, podemos chegar rapidamente à conclusão: somos todos, sem exceção, absolutamente iguais perante Deus, porque cada um é filho do Altíssimo. Não há diferenças nem privilégios. Quem faz isso, quem procede à discriminação, são os homens, não Deus.
O princípio da igualdade se manifesta na criação divina, somos todos iguais, no entanto, nas diversas experiências que o Ser tem na Terra, ele se abriga em corpos diferenciados para o seu tentame existencial. Para isso, a roupa que veste é igualmente diferenciada. Numa existência pode vir negro, branco e assim sucessivamente.
Demorei a entender a este raciocínio, mas ele é justo na sua essência, porque permite a todos a maravilha das experiências diversificadas e assim sentirem um pouco do que o outro sente. É uma incrível forma de promover a excelsitude do Pai com os seus filhos e exercitar a solidariedade racial.
Meus queridos irmãos, para aquele que me conheceu em vida há de estranhar estas palavras, pode vir a dizer: “Hélder agora, depois que morreu, deu para acreditar nesta tal de reencarnação”. Sinto decepcionar a este e dura a mim reconhecer, mas os renascimentos são obras de Deus.
Eu sei que isso vai ferir a meio mundo de gente, mas o que eu posso fazer? Eu não posso mentir diante da realidade a que me deparo. Do lado de cá, presencio pessoas que foram outras personalidades em outras vidas e se preparam para novas existências no corpo físico. É um fato, meus caros irmãos, não há como fugir. Deparo com esta realidade e ponho-me a perguntar: por que Deus esconde estas coisas a tantas criaturas? Apresso-me a responder dizendo que Ele não procede desta maneira, nós é que não queremos enxergar esta realidade tão profetizada por milhões de criaturas que pregam tais palavras no mundo inteiro.
A Teologia Católica poderá dizer: isto é uma blasfêmia aos ensinamentos do Cristo. Eu poderia retrucar com as palavras dele mesmo quando afirmou que aquilo que é do corpo é do corpo e o que é do espírito é do espírito. É o espírito que renasce, não o corpo que morreu. O corpo é outro, bem diferente. Por que então ignorar estas palavras? Porque é mais cômodo, confesso, imaginar que Deus vai nos salvar diante dos casuísmos que fizemos de nossas vidas. E onde estaria a Misericórdia Divina que viria a condenar definitivamente os seus filhos pelo mal que cometera?
É duro afirmar, mas eu repito, a vida não apenas continua depois da morte como ela se reveste de muitas transformações corporais em quantas existências sejam necessárias para o aperfeiçoamento do espírito.
Alguém, seguindo o mesmo raciocínio de antes, poderia dizer: “Dom Hélder, depois de morto, virou espírita”. Não é verdade. Apesar de nutrir grande admiração por aqueles profitentes do Espiritismo do lado de cá, e compartilhar com eles algumas ações, não deixei de me juntar àqueles que, em vida, dividiram comigo as mesmas preocupações do clero, em fazer da Igreja que abraçamos um lugar de inclusão de todos, sem preconceitos de qualquer ordem e aberta ao diálogo. Sou favorável ao repensar de nossas práticas em direção a integração geral com todos os partidários do Cristo e do bem que somos, mas contra uma realidade posta, não posso me furtar de desconsiderá-la para manter-me fiel àquilo que doutrinariamente defendi em vida.
Diante desta realidade pós-vida física, diante da multiplicidade de experiências que obtemos, como ainda pensar em supremacia racial? Isto é uma ignomínia. Não se sustenta com a razão e o bom senso. É ainda reflexo do orgulho humano de querer-se mostrar superior uns aos outros.
Neste dia de comemoração à Consciência Negra (20/11), tenho a dizer que me congratulo com todos aqueles que lutam pelo reconhecimento dos direitos de sua raça, sem discriminação de qualquer ordem, porque quem discrimina é o homem, não é Deus, repito.
Hoje é o Dia Negro, não que tudo vai dar errado, como preconceituosamente tem sido atestado por aqueles que usam o verbo para separar as pessoas, mas porque haveremos de reverenciar os irmãos que vestem na presente experiência o manto negro na carne. A todos eles, ricos na cultura e na diversidade, quero deixar o meu abraço e o meu pedido de perdão. Perdão pela discriminação que inadvertidamente a nossa Igreja ajudou a sentenciar dando cores mais nítidas ao preconceito racial.
Perdoe-nos, irmãos! Quantas atrocidades, quantos abusos, e muitas vezes usando o santo nome de Deus, não foi desferido àqueles que voltavam na condição de escravos na Terra? Por esta razão, neste dia feliz de comemorações, junto-me aos gritos daqueles que lembram o herói dos Palmares:
     - Viva Zumbi! Viva Zumbi!

Helder Camara – Blog Novas Utopias

21.11.18

CIRCUNSTÂNCIAS


Questão 472 do Livro dos Espíritos

Os Espíritos que cercam os homens, que são inúmeros, sempre os influenciam, em constante troca de ideias, mais do que se pensa. Os de má índole aproveitam as oportunidades de invigilância e de falta de oração, para influenciarem do mesmo modo como pensam e agem, e quando não acham momento oportuno, eles criam situações para que o homem possa cair nas armadilhas dos seus desequilíbrios.
Isso sucede com todos os seres, sem exceção. Basta observarmos os pensamentos que surgem em nossa mente todos os dias, para que constatemos a aproximação dessas entidades que ignoram a verdade. A Terra se encontra, de certa forma, em uma faixa de inferioridade, e é por causa deste ambiente propício às paixões inferiores que os que se encontram nela são influenciados pelas más tendências.
Não pensemos que somente os encarnados são influenciados pelas más ideias, mesmo nos planos espirituais, os pensamentos soltos se aproximam de nós e, por vezes, se apoderam da nossa vontade para que aquilo se materialize. É, necessário muita vigilância na arte de filtrar o que chega a nós, para o proveito do nosso mundo interior.
Às vezes falamos somente coisas acertadas, mas vivemos algumas vezes nos desacertos. Para ficarmos livres dessas insinuações de desarmonia, é necessário pureza de coração, que forma, assim, um campo de força capaz de queimar os pensamentos intrusos que se aproximam de nós.
Quando na carne, a abertura para os pensamentos indesejados é maior, notando-se em toda parte criaturas de grande nobreza de caráter, vez por outra sendo envolvidas com ideias completamente fora do seu ambiente de viver e, por vezes, apegando-se a elas de maneira inacreditável. Eis porque Jesus é dotado de grande tolerância no campo da educação humana, e o perdão é praticado sem constrangimento pelas grandes almas, por conhecerem o ambiente da Terra. A influência é poderosa em todas as circunstâncias observadas. Os encarnados são cheios de fraquezas, e é nessas horas que os Espíritos inimigos se aproximam deles para manifestar suas paixões inferiores.
Sendo a vida uma luta, Deus permite que lutemos mediante todas as controvérsias, para experimentar a nossa resistência diante das nossas próprias inferioridades. E por isso devemos dar graças a Deus pela presença da Doutrina Espírita na Terra, pois ela vem com a mesma presença de Jesus, nos ajudar a todos a nos livrarmos das influências do mal, nos preparando contra essas investidas, nos mostrando que não devemos fugir dos problemas, mas vencê-los com as armas que o Evangelho coloca em nossas mãos.
Os Espíritos que gastam seu tempo em fazer o mal estão, no fundo, procurando o bem, que hoje ou amanhã encontrarão, porque todos somos feitos para e pelo amor. As forças mais perigosas, assim como as mais iluminadas, se encontram no absconso da vida, dependendo da seleção que os nossos dons possam nos ajudar a escolher.
Quando os pensamentos inferiores se apossarem da tua cabeça, ora pelos que te insinuam essas ideias; ajuda-os a compreender e aceitar outros caminhos, que ser-te-ão dadas novas forças para que possas ensinar e instruir. É bom que sejas forte em todas as lutas que, salientem o bem, porque somente ele ficará para sempre nos corações.
Em todos os momentos em que a fraqueza aparecer em teu caminho, aparecerão com ela Espíritos de más condições espirituais para te levarem ao mal. Analisa teus pensamentos todas as horas e alinha tuas ideias a todo momento, para não perderes a direção que o amor procura te indicar.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

20.11.18

FELICIDADE E DEVER


Reunião Pública de 13-7-59
(Questão 922 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec)

A procura da felicidade assemelha-se, no fundo, a uma caçada difícil.
Taxando-se por dom facilmente apreçável, há quem a procure entre os mitos do ouro, enferrujando as mais belas faculdades da alma, na fossa da usura; quem a dispute no prazer dos sentidos, acordando no catre da enfermidade; quem lhe suponha a presença na exaltação do poder terrestre, acolhendo-se à dor de extrema desilusão, e quem a busque na retenção do supérfluo, apodrecendo de tédio, em câmaras de preguiça.
Não há felicidade, contudo, sem dever corretamente cumprido.
Observa, pois, o dever de que a vida te incumbe.
Vê-lo-ás, hora a hora, no quadro das circunstâncias.
Na fé que te pede serviço.
No serviço que te roga compreensão.
No ideal que te pede caráter.
No caráter que te roga firmeza.
No exemplo que te pede disciplina.
Na disciplina que roga humildade.
No lar que te pede renúncia.
Na renúncia que te roga perseverança.
No caminho que te pede cooperação.
Na cooperação que te roga discernimento.
      Por mais agressivos se façam os empeços da marcha, não te desvie da obrigação que te recomenda o bem de todos, sempre que puderes e quanto puderes seja onde for.
Porque te mostre leal a ti mesmo é possível que a maioria te categorize a conta de ingrato e rebelde, fanático e louco.
A maioria, no entanto, nem sempre abraça o direito.
Não podemos esquecer que, no instante supremo da humanidade, ela, a maioria, estava com Barrabás e contra o Cristo.
Cumpre, assim, teu dever, e, tomando da terra somente o necessário à própria manutenção, de modo a que te não apropries da felicidade dos outros, estarás atingindo a verdadeira felicidade, que fulge sempre, como benção de Deus, na consciência tranquila.

Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

19.11.18

XXV – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO” – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER


Na sequência, Gúbio esclarece, fazendo alusão à existência de inteligências sub-humanas que viviam na referida cidade: “Quem não cumpre aqui dolorosa penitência regenerativa, pode ser considerado inteligência sub-humana. Milhares de criaturas utilizadas nos serviços mais rudes da natureza, movimentam-se nestes sítios em posição infraterrestre.”
No livro “Roteiro”, editado pela FEB, cujo prefácio é de 1952, Emmanuel, no capítulo 9 – O Grande Educandário –, considera: “Mais de vinte bilhões de almas conscientes desencarnadas, sem nos reportarmos aos bilhões de inteligências sub-humanas que são aproveitadas nos múltiplos serviços do progresso planetário, cercam o domicílio terrestre, demorando-se noutras faixas de evolução.”
Comparemos os dois textos. As inteligências sub-humanas são os considerados seres “elementais”, entidades que se encontram em transição para maiores conquistas no campo do intelecto. Porém, mesmo entre os de inteligência sub-humana, já nos deparamos com aqueles que revelam as suas inclinações – como entre os animais, alguns de trato mais afável, e outros não. Entre os considerados sub-humanos, no que tange à evolução, nos deparamos com a questão hierárquica.
*
Em seguida, o Instrutor elucida: “Em desenvolvimento de tendências dignas, candidatam-se à humanidade que conhecemos na Crosta. Situam-se entre o raciocínio fragmentário do macacóide e a ideia simples do homem primitivo na floresta.”
Essas entidades, muitas vezes, são escravizadas por inteligências perversas que delas abusam, colocando-as, no Plano Espiritual ou no Plano Material, a seus serviços escusos.
Diz Gúbio: “Afeiçoam-se a personalidades encarnadas e obedecem, cegamente, aos espíritos prepotentes que dominam em paisagens como esta.” Eis aqui a explicação para a existência de entidades que servem aos propósitos daqueles que, não raro, desejam fazer mal às pessoas, vampirizando-as, interferindo, enfim, negativamente, em suas vidas.
Esclarece, porém, Gúbio: “O contacto com certos indivíduos inclina-os ao bem ou ao mal e somos responsabilizados pelas Forças Superiores que nos governam, quanto ao tipo de influência que exercemos sobre a mente infantil de semelhantes criaturas.”
*
Em “O Livro dos Espíritos”, na pergunta 549, encontramos: “Há alguma coisa de verdadeiro nos pactos com os maus espíritos?” Resposta: “Não, não há pactos, mas uma natureza má simpatiza com espíritos maus. Por exemplo: queres atormentar o teu vizinho, e não sabes como fazê-lo; chamas então a ti os espíritos inferiores, que, como tu, não querem senão o mal, e para te ajudar querem que também os sirvas nos seus maus desígnios. Mas disto não se segue que o teu vizinho não possa se livrar deles, por uma conjuração contrária ou pela sua própria vontade. Aquele que deseja cometer uma ação má, pelo simples fato de o querer, chama em seu auxílio os maus espíritos, ficando obrigado a servi-los como eles o auxiliam, pois eles também necessitam dele para o mal que desejam fazer. É nisso somente que consiste o pacto.”
*
Adiante, André Luiz faz curiosíssima observação: “Notei a existência de algumas organizações de serviços que nos pareceriam, na esfera carnal, ingênuas e infantis, reconhecendo que a ociosidade era, ali, a nota dominante. E porque não visse crianças, exceção feita das raças de anões, cuja existência percebia sem distinguir os pais dos filhos...” (destacamos)
Naquela dimensão espiritual das Trevas, as raças de anões se reproduziam – Reencarnação no Mundo Espiritual! André afirma que não conseguia distinguir os pais dos filhos – praticamente, reencarnavam em série!...

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 19 de novembro de 2018.

18.11.18

A DOUTRINA ESPÍRITA E SUAS PRÁTICAS


    I. O tríplice aspecto do Espiritismo

    "O Espiritismo é uma doutrina filosófica, de fundamentos científicos e consequências morais."
    Nessa definição de Kardec, evidencia-se que o Espiritismo apresenta um aspecto tríplice, a saber:
    1) Científico.
    Estuda os espíritos (sua origem, natureza, estado e destinação), o seu meio ambiente (mundo espiritual) e, ainda, as suas relações com o mundo material.
    Ante os fatos novos que se apresentam e não podem ser explicados pelas leis conhecidas: observa, compara, analisa e, remontando dos efeitos às causas, chega à lei que os rege; depois, deduz-lhe as consequências e busca as aplicações úteis. A teoria vem, então, explicar e resumir os fatos.
    Dotada de métodos próprios, específico e adequados ao objeto que investiga (a experimentação mediúnica), a Doutrina Espírita precedeu as ciências do paranormal da atualidade, tais como a Parapsicologia, Psicotrônica, Psicobiofísica etc.
    Na codificação kardequiana, o aspecto científico do Espiritismo é abordado especialmente em "O Livro dos Médiuns" e "A Gênese".
    2) Filosófico.
    Faz a interpretação da natureza e dos fenômenos e a reformulação da concepção do mundo e de toda a realidade, segundo as novas descobertas reveladas e pesquisadas.
    Trata dos princípios e dos fins, da origem e destinação do Universo respondendo às perguntas: Quem somos? De onde viemos? Por que estamos aqui?
Para onde iremos? Dá-nos uma filosofia de vida.
    Seus princípios fundamentais (já enumerados na aula anterior) estão consubstanciados em "O Livro dos Espíritos".
    É aceita oficialmente como Filosofia, no Brasil e no Exterior.

    3) Religioso (Moral).
     Como consequência das conclusões, baseadas nas provas da sobrevivência humana após a morte, a realidade conhecida se projeta no plano das relações homem/divindade, adquirindo sentido religioso.
    É principalmente por essas consequências religiosas que se deve encarar o Espiritismo.
    O Espiritismo revive, restaura e complementa o Cristianismo, porque:
    - tira a doutrina ensinada por Jesus da linguagem alegórica/ parabólica e a torna atualizada e compreensível;
    - confirma os feitos de Jesus e os explica pela ação espiritual sobre os fluidos (telepatia, vidência, curas, pesca milagrosa etc);
    - faz a complementação dos ensinos com novas revelações.
    É religião espiritual, sem aparatos formais, sem dogmas de fé, rituais, sacramentos, sacerdócio organizado etc., que costumam caracterizar as religiões. Concorda com o ensino de Jesus: "Deus é espírito e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e verdade." (Jo. 4 v. 24.)
    Jesus é apontado pelos espíritos como guia e modelo para a humanidade, perfeição moral a que o homem pode aspirar na Terra (perg. 625 de "O Livro dos Espíritos"), confirmando Jesus:
    "Eu sou o caminho, a verdade e a vida, e ninguém vai ao Pai senão por mim." (Jo. 4 v. 6.)
     Bezerra de Menezes recomenda: "Estudar Kardec para viver Jesus". O aspecto religioso da Doutrina Espírita fica especialmente evidenciado em "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e "O Céu e o Inferno", embora também "O Livro dos Espíritos" já fale na "Lei da Adoração".
    Há quem se dedique à experimentação dos fatos mediúnicos, conhecendo e explicando fenômenos sem conta no campo extenso da ciência espírita.
    Há quem anseie entender a solução de todos os porquês da vida universal, com os recursos admiráveis da filosofia espírita.
    Mas só quem experimenta e indaga para agir segundo a conduta cristã alcança do Espiritismo a finalidade última e dele recolhe o benefício maior.

    II. Práticas espíritas

    Em Espiritismo, usamos certas práticas ou atividades para cultivar nossas faculdades espirituais e nos relacionarmos com o plano espiritual.
Ex.: a prece, a meditação, a irradiação, o passe, a fluidificação da água, o intercâmbio mediúnico, as reuniões de estudo e de divulgação doutrinária.
    Tudo, porém, é feito com simplicidade e sinceridade, sem necessidade de qualquer fórmula ou exterioridade, porque o que age é o pensamento e a vontade. Seguimos, pois, nas práticas espíritas, o exemplo de Jesus que sempre agiu com simplicidade, orando, curando, ensinando sem quaisquer gestos especiais, fórmulas ou condicionamentos.
    Há pessoas que não estudaram a Doutrina Espírita e, ao realizarem as práticas espíritas, adotam certos procedimentos que nada têm a ver com o Espiritismo, porque são meras crendices, superstições ou exterioridade desnecessária.
    Esclareçamos, portanto, que no Espiritismo não se adota a prática de atos, objetos, cultos exteriores e muitos outros, tais como:
    - exorcismo para afastar maus espíritos;
    - sacrifícios de animais e, muito menos, de seres humanos;
    - rituais de iniciação de qualquer espécie ou natureza;
    - paramentos, uniformes ou roupas especiais;
    - altares, imagens, andores, ou outros objetos;
    - promessas, despachos, riscadura de cruzes e pontos, prática de atos materiais oriundos de quaisquer outras concepções religiosas ou filosóficas;
    - rituais e encenações extravagantes de modo a impressionar o público;
    - confecção de horóscopo, exercício de cartomancia e outras práticas similares;
    - administração de sacramentos como batizados e casamentos, concessão de indulgência e sessões fúnebres ou reuniões especiais para preces particulares a desencarnados;
    - talismãs, amuletos, orações miraculosas, bentinhos, e escapulários, breves ou quaisquer outros objetos e coisas semelhantes;
    - pagamento ou retribuição de qualquer natureza por benefício espiritual recebido;
    - atendimento de interesses materiais para "abrir caminhos";
    - danças, procissões e atos análogos;
    - hinos ou cantos em línguas exóticas;
    - incenso, mirra, fumo, velas ou substâncias outras que induzam à prática de rituais;
    - qualquer bebida alcoólica, substâncias alucinógenas ou drogas.
    Esclareçamos, também que só há um Espiritismo, oque foi codificado por Allan Kardec e por ele assim denominado, não existindo, portanto, diferentes ramificações ou categorias, como "alto" ou "baixo Espiritismo", "Espiritismo de Mesa", "Espiritismo Elevado", ou outras desse gênero.

    - Espiritismo e Mediunidade

    Outro ponto a considerar é o destaque que alguns dão à mediunidade sem perceber o valor maior da Doutrina Espírita.
    Como a prática mediúnica proporciona socorro espiritual muito valioso, a maioria das pessoas que procuram o Centro Espírita vem interessada no mediunismo.
    O Espiritismo, porém, não é apenas mediunismo.
    É estudo, trabalho, vivência cristã, para nos levar à evolução.
"Reconhece-o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações".

    - Conclusão

    1) Só é um verdadeiro Centro Espírita aquele que vivencia a Doutrina Espírita, tal como aqui se definiu claramente.
    2) Quem realmente entende a Doutrina Espírita:
    a) Não fica somente na prática rnediúnica ou na busca do passe, da cura ou do fenômeno masprocura melhorar-se e ajudar os outros a se melhorarem.
    b) Quando realiza as práticas espíritas procura fazê-las autênticas:
simples (sem exterioridades), sinceras(baseadas na verdade), fraternas
(caridade) e buscando o bem (cumprimento da vontade divina).

Livros consultados:
- "O Grande Desconhecido-Curso Dinâmico de Espiritismo", J. Herculano Pires.
- "Esclarecendo Dúvidas", Conselho Federativo Nacional da FEB, em "Reformador", Junho/ 1953.
_________________________________
Fonte: "Iniciação ao Espiritismo", Therezinha Oliveira

17.11.18

MARCAS DE LUZ


Senhor, em Teu encalço hei de seguir,
No anseio de encontrar-Te no caminho,
Em que avanças, examine e sozinho,
Sob o peso do lenho a Te ferir...

Hei de seguir-Te os passos a luzir
Entre as sombras do humano torvelinho,
Marcas de luz que deixas de mansinho
Conduzindo às veredas do Porvir...

Hei de buscar-Te além, onde estiveres,
Longe da imperfeição em que me esperes,
Acima do Calvário, aos céus suspenso...

E ao encontrar-Te, de pranto, olhos cobertos,
Hei de atirar-me aos Teus braços abertos
E de entregar-me ao Teu amor imenso!...

Eurícledes Formiga – Blo Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na tarde de sábado do dia 21-10-1995, em Uberaba – MG).

16.11.18

A AUTORIDADE DE JESUS


    Dizia-nos o Mestre para acreditarmos em seus ensinamentos, pois eles eram, como são, guia seguro para nós, viajantes no grande caminho da evolução espiritual;
    Enorme é o trajeto a ser percorrido, entre a pequenez espiritual do início de nossa caminhada, até a grandeza de seres luminosos em que nos deveremos transformar um dia.
    Para tão longa caminhada, por certo se fará necessário alguém que nos oriente os passos e que nos desvie dos despenhadeiros em que nos podemos precipitar. Se a ignorância impõe trevas à nossa volta, a luz do esclarecimento traz benefícios inestimáveis, evitando-nos quedas, dores e perda de tempo.
    Deus enviou-nos Jesus como o maior de seus guias e o maior pedagogo que a Terra já conheceu. "Eu sou o caminho a Verdade e a Vida", dizia, traduzindo assim toda a sua autoridade espiritual. "Aquele que em mim crer será salvo". Crer Nele, não apenas como um Ser que existe, mas como nos pede, crer também nas suas palavras, para que, conscientes, evitemos o erro.
    "Aquele que praticar o bem irá viver para sempre, mas o que praticar o mal será julgado". Como vemos, o que praticar o mal será julgado, mas não deixará de viver também". Que perderá então aquele que  for julgado e que vier a ser condenado? Acaso terá sofrimento eterno? Não lhe dará Deus novas oportunidades? Se fosse assim, poderia o Pai solicitar-nos que nos tratássemos bem e nos perdoássemos tantas vezes quantas fossem necessárias, quando Ele próprio condenaria ao sofrimento, pela eternidade, seres em processo de evolução, portanto, carentes de esclarecimentos?
    Se Deus é justiça, é amor também. Ninguém está definitivamente condenado e terá novas oportunidades quando e aonde o Pai assim o determinar. Quer Deus que o nosso planeta permitia uma determinada evolução durante um determinado tempo. Orientou-nos o Mestre nas bem-aventuranças: "Os bons herdarão a Terra".  Os que não mais puderem aqui viver, terão novas possibilidades em outro local com o qual se identifiquem. No dizer do Divino Amigo, na casa do Pai há muitas moradas ... Haverá sempre com alguma coisa com a qual se sintonize aquele que perdeu tempo e optou pelo sofrimento.
Terá aí novas chances de evolução.
    Aceitemos a orientação de Jesus: "Aquele que praticar o Bem ...". Por que não começamos agora, já que sabemos haver um tempo determinado para podermos evoluir aqui mesmo, na Terra, juntos aos nossos? Por que não partimos em busca de surpresas agradáveis, praticando o Bem pelo Bem? É esta decisão que Jesus espera de nós...

15.11.18

À Frente do Desespero


    Dias há nos quais tens a impressão de que mesmo a luz do sol parece débil, sem que consiga fulgir nos panoramas do teu caminho. Tudo são inquietações e ansiedades que pareciam vencidas e que retornam como fantasmas ameaçadoras, gerando clima de sofrimento interior.
    Nessas ocasiões, tudo corre mal. Acontecem insucessos imprevistos e contrariedades surgem de muitas nonadas que se amontoam, transformando-se em óbice cruel de difícil transposição.
    Surgem aflições em família que navegava em águas de paz, repontam problemas de conjuntura grave em amigos que te buscam socorros imediatos e, como se não bastassem, a enfermidade chega e se assenhoreia da frágil esperança que, então, se faz fugidia.
    Nessa roda-viva, gritas interiormente por paz e sentes indescritível necessidade de repouso. A morte se te afigura uma bênção capaz de liberar-te de tantas dores!...
    Refaze, porém, a observação.
    Tudo são testemunhos necessários à fortaleza espiritual, indispensável à fixação dos valores transcendentes.
    Não fora isso, porém, todas essas abençoadas oportunidades de resgate, e a vida calma amolentaria o teu caráter, conspirando contra a paz porvindoura, por adiar o instante em que ela se instalaria no teu imo.
    Quando tudo corre bem em volta de nós e de referência a nós, não nos dói a dor alheia nem nos aflige a aflição do próximo. Perdemos a percepção para as coisas sutis da vida espiritual, a mais importante, e desse modo nos desviamos da rota redentora.
    Não te agastes, pois, com os acontecimentos afligentes que independem de ti.
    A família segue adiante, a amor muda de domicílio, a doença desaparece, a contrariedade se dilui, a agressão desiste, a inquietude se acalma se souberes permanecer sereno ante toda dor que te chegue, enquanto no círculo de fé sublimas aspirações e retificas conceitos.
    Continua fiel no posto, operário anônimo do bem de todos, e espera.
    Os ingratos que se acreditaram capazes de te esquecer lembrar-se-ão e possivelmente volverão: os amigos que te deixaram, os amores que te não corresponderam, aqueles que te não quiseram compreender, quantos zombaram da tua fraqueza e ridicularizaram tua dor envolta nos tecidos da humildade, os que investiram contra os teu anelos voltarão, tornarão sim, pois ninguém atinge a plenitude da montanha sem a vitória pelo vale que necessita vencido.
    Tem calma! Silencia a revolta!
    Refugia-te na palavra clarificadora do Evangelho consolador e enxuga tuas lágrimas com as suas lições. dos seus textos extrai o licor da vitalidade e tece com as mãos da esperança a grinalda de paz para o coração lanhado e sofrido. Se conseguires afogar todas as penas na oração de refazimento, sairás do colóquio da prece restaurado, e descobrirás que, apesar de tudo acontecer em dias que tais, Jesus luze intimamente nas províncias do teu espírito. Poderás, então, confiar e seguir firme, certo da perene vitória do amor.

Livro: LAMPADÁRIO ESPÍRITA - Divaldo P. Franco - Joanna de Ângelis

14.11.18

SENSAÇÕES EXPLICÁVEIS


Questão 471 do Livro dos Espíritos

Quando, de repente, sentimos uma satisfação por viver, quando assoma em nós um prazer por tudo, que não sabemos de onde parte, isso é uma inspiração dos benfeitores espirituais, a nos induzir para a vida, nos ajudando, desta forma, a vencer os percalços dos caminhos.
Até o materialista sente, vez por outra, esse estado de alma, de saudades ou de contentamento, e ele desconfia cada vez que sente que aquilo não é dele, mas o orgulho abafa seus sentimentos, que lhe segredam a verdade. Mas, os próprios inspiradores esperam pelo tempo sem violência, sabendo que todos são filhos de Deus, e que todos, sem exceção, haverão de reconhecer o Pai hoje ou amanhã.
A alegria interna também pode proceder de sonhos e que, por qualquer motivo que te faça lembrá-los, palpita o contentamento do qual gozas por instantes, pelas lembranças e saudades do que ocorreu. Vivemos cercados de Espíritos bons e maus, encarnados e desencarnados. Eles são as testemunhas dos nossos atos, são nossos companheiros indispensáveis a nossa evolução espiritual. É neste sentido que a Doutrina Espírita diz que todos somos médiuns, encarnados e fora da carne, e trazemos pelas mãos de Deus os poderes de comunicações, como bênção do Criador em nosso favor.
Essas lembranças, agradáveis e desagradáveis, são efeito das comunicações nossas com os Espíritos, e se entramos na faixa do mal, temos mais comunicações com Espíritos ignorantes; se nos melhoramos intimamente, a lei nos traz Espíritos elevados para se comunicarem conosco, e daí provêm sentimentos de valor moral a nos garantir a paz e a fraternidade. Por último, temos uma fonte interna de todas as virtudes, de todas as alegrias puras, quando já nos libertamos das paixões inferiores.
Convém notar que os grandes santos e místicos falam dessa satisfação interna, que eles chamam de “Cristo interno”, ao qual o apóstolo Paulo assim citou: “O Cristo em mim é motivo de glória”. Ele surge da pureza de sentimentos, da transformação do homem velho em criatura nova, do condicionamento de todas as verdades no coração e na consciência. Leitor amigo, se estás lendo com atenção e queres participar das alegrias de que falamos, do prazer inconfundível que nos trazem ao Espírito, então não percas tempo e faze alguém feliz, mesmo que seja por minutos. Se queres alegria, faze alguém alegre; se desejas paz, não percas a oportunidade de incentivar a paz nos outros, porque receberás da vida, os frutos das sementes que plantas nos corações dos outros.
A escala evolutiva das criaturas mostrar-te-á que a felicidade completa é gradativa, mas permanente. Ela não para de bater em nossas portas e, se porventura fecharmos as entradas, ela sabe como abri-las, mesmo que nos custe mais caro. Deus é amor, e esse amor nos invade o coração todos os dias, objetivando a nossa paz interna na consciência.
Quando experimentamos uma sensação diferente em nossos caminhos interiores, a razão vai nos dizer de onde vem. Se boa, alimentemo-la, para que cresça essa vida em nós, nos dando mais vida para compreender melhor as leis de Deus palpitando no nosso universo interior. A melhor das alegrias é aquela que se irradia na cidade do coração para o munido dos nossos sentimentos.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

13.11.18

66... – Falta só mais um 6!...

Meu filho, 66...
Falta só mais um 6, para o número da “besta” do Apocalipse...
Mas, você está indo bem...
Ainda há de chegar lá...
A verdade é que, por muitos, você já é considerado um “tsunami”...
Perigoso maremoto...
Invasor de praias e cidades...
Conflita-se com os doutores da lei...
Põe-se contra os modernos escribas e fariseus...
Ousa opinar...
Dizer o que pensa...
Não pode...
Contrariar o status quo do Movimento?!
Um absurdo...
Desafiar os velhos “caciques”...
O que você está querendo, se não apanhar, e muito?!...
Masoquista...
Depois reclama...
Como Eça disse a Fernando, provoca discussão e não quer ser discutido?!...
Ora, não tem jeito...
Seja a reencarnação de um avestruz e... estará tudo certo...
Faça como muita gente, que esconde a cabeça e mostra o traseiro...
Não o estou incentivando ao nudismo...
Para tanto, procure a Cap d’agde Pueblo Naturista, ao sul da França...
Sim, na pátria do Codificador...
Mas, mudemos de assunto...
9 de novembro...
18 de Brumário do ano VIII...
Golpe de Estado...
Terá sido influência da data – novo regime na França, liderado pelo jovem general Napoleão Bonaparte?!...
Não sei, talvez, quem sabe...
O certo é que o tempo avança...
O Carlim das quadras de futebol-de-salão – um tremendo perna de pau! – é o Baccelli dos tablados de MMA...
Não sei como ainda não foi a nocaute...
É cada coice...
Ainda bem que, de mim, além de meus pensamentos, você, na condição de médium, tem assimilado a alegria – ou o deboche, sei lá...
Sabe, desde que me tornei espírita, plantei um bananal...
Tenho sempre bananas para distribuir...
Verdes e maduras...
Grandes e pequenas...
Sempre cantarolo aquela canção “O Vendedor de Bananas”...
Conhece?!...
Pesquisei – de Jorge Ben Jor...
Ele ainda está na carcaça...
“Eu vendo banana, mãe, mas eu sou honrado, mãe...”
No meu caso, eu não vendo – distribuo de graça... É tanto bananão no fundo do meu quintal!...
Continue firme, viu?!...
Você conhece aquele ditado que a gente deve fingir de morto?!... Continue fingindo...
Fingir de morto... Como é mesmo o ditado?!...
Ai, meu Deus, até aqui a minha “consciência exterior” me cerceia...
A Modesta me vigia de longe...
O Odilon me enquadra...
Já o Manoel Roberto me inspira...
Mas, em contrapartida, eu não lhe dou sossego...
Sim, a você...
Um jovem, aos 66...
Fumando feito uma chaminé, eu fui aos 84...
Você, que não fuma, tem obrigação de ir a mais – pelo menos, mais uns quatro lustros...
Em 20 anos, talvez, possamos rabiscar um tanto mais...
Incomodar mais gente...
Provocar...
Enfurecer...
Parabéns, viu!...
Não tenho aqui, para a gente comemorar, um daqueles sucos de caju que tomávamos juntos, em nossa casa, com os meus gatos passeando sobre a mesa...
Nem uma bela taça de vinho do Porto...
Ou uma Malzbier geladinha, igual à que sua mãe, Dona Odette, degustava aos domingos...
Dizia que era para aumentar o leite...
E o ”epicurismo”...
Mas, tenho um grande abraço para lhe dar – de toda a turma!...
Continue firme na trincheira...
Se não morreu até agora, é porque, de fato, é imortal!...
Não da Academia de Letras...
Mas, da Academia da Teimosia elevada ao quadrado, porque é a minha somada à sua!...
Abraços.
Desculpe a informalidade...
O seu presente?! A sua viagem de graça a Portugal, e o lançamento de um livro editado lá...
Polêmico, mas verdadeiro...
Eu gosto é de médium assim...
Bem haja!...
Se o seu avião despencar, estou lhe esperando...
Com uma vassoura novinha...
Tem muita sujeira a varrer por aqui também...
Eu não sei, mas tem espírita que, mesmo depois de morto, parece que vive com diarreia...
Deus meu!...

Espírito INÁCIO FERREIRA, pelo 66º aniversário do médium Carlos A. Baccelli
Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 9 de novembro de 2018.