28.2.18

VISÃO À DISTÂNCIA


Questão 436 do Livro dos Espíritos

O sonâmbulo que vê à distância, certamente que o faz com os olhos da alma. Já falamos alhures que o Espírito em estado de sonambulismo, afrouxa os laços que o prendem ao corpo, e ficando mais livre, pode observar à distância com mais ou menos perfeição, com mais ou menos verdade; tudo depende da sua faculdade em expansão, da sua evolução espiritual.
As distâncias são sentidas de acordo com a lei do progresso. O Espírito angélico domina as distâncias, e todos os obstáculos vão cedendo à sua poderosa mente que o tempo purificou e que seu auto-burilamento despertou para a liberdade. Podemos compreender que o Espírito elevado, já livre das paixões humanas, que não se importa com ataques inferiores, que não violenta e sempre ajuda ao perseguidor, que ama em todas as dimensões, que já se pode chamá-lo de completista, na área da Terra, essa alma vê à distância, até sem entrar, de certa forma, em estado de transe sonambúlico, porque a própria matéria não o impede que ele tenha essa visão. Alguns podem ver a intimidade da matéria; observam o átomo, viajam dentro dele, entrando em contato com o mundo interno dessa partícula, e sabem que o infinito tanto é para o exterior como para o interior. O micro e o macro se confundem porque Deus palpita dentro de tudo como sendo o Todo.
A alma do sonâmbulo pode desprender-se do corpo com a facilidade que cabe à faculdade, e vê as coisas à distância e de perto; para o Espírito de certo quilate espiritual, acabam as distâncias e desaparecem o grande e o pequeno, o embaixo e o em cima.
O Espírito com certa faculdade despertada, escuta aonde a sua vontade queira levar sua audição e, quanto mais cresce, mais domina esses dons de vida, que dentro de nós, podem atingir proporções inacreditáveis aos homens.
A Terra passa por provações enormes; é um mundo de provações e expiações, no entanto, quando ela ascender mais degraus na sua evolução, passará a receber Espíritos da mesma faixa de entendimento e até de maior elevação. Aí, então, vão desaparecendo as dificuldades que ora se presenciam nos caminhos do mundo, quais sejam as dificuldades de transporte, de vestes, de moradias e, certamente, de alimentação. As dificuldades de todos os tipos são devido à falta de merecimento e ao mau uso que os terráqueos fazem dos dons da vida, para matar, para arruinar seus próprios caminhos de ascensão.
Não se podem dar armas perigosas, ainda que sob a alegação de garantir a felicidade, para crianças, por não saberem como usá-las. Somente a maturidade pode dar o sinal para que chova no reino da Terra as belezas dos céus. Os Espíritos superiores gozam dessas bênçãos porque sabem usá-las, objetivando o amor. Os sonâmbulos verdadeiros vêem esses mundos felizes que já conquistaram a paz e a transmitem para os irmãos da Terra, esclarecendo porque essa felicidade ainda falta no mundo em que habitamos e mostrando como conquistar esse ambiente de luz. Certamente que até o próprio corpo material vai tomar outras dimensões: será mais rarefeito, entrando para a ordem da fluidez e cada vez mais se purificando, dando condições mais elevadas ao Espírito que nele reencarna. Aí poder-se-á ver a felicidade eterna e nunca mais recuar ante os deveres que Deus impôs às criaturas dentro do amor universal.
Quem sabe dessas verdades, passa a trabalhar e se esforçar para viver os ensinamentos de Jesus no Evangelho, porque fora da caridade não há o verdadeiro entendimento para os viajores da vida.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

27.2.18

MEDIUNIDADE PREPARAÇÃO – VI


402 –Seria justo aceitar remuneração financeira no exercício da mediunidade?
-Quando um médium se resolva a transformar suas faculdades em fonte de renda material, será melhor esquecer suas possibilidades psíquicas e não se aventurar pelo terreno delicado dos estudos espirituais.
A remuneração financeira, no trato das questões profundas da alma, estabelece um comércio criminoso, do qual o médium deverá esperar no futuro os resgates mais dolorosos.
A mediunidade não é ofício do mundo, e os Espíritos esclarecidos, na verdade e no bem, conhecem, mais que os seus irmãos de carne, as necessidades dos seus intermediários.

403 –É razoável que os médiuns cogitem da solução de assuntos materiais junto dos seus mentores do plano invisível?
-Não se deve esquecer que o campo de atividades materiais é a escola sagrada dos Espíritos incorporados no orbe terrestre. Se não é possível aos amigos espirituais quebrarem a lei da liberdade própria de seus irmãos, não é lícito que o médium cogite da solução de problemas  materiais junto dos Espíritos amigos. O mundo é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
O médium que se arrisca a desviar suas faculdades psíquicas, para o terreno da materialidade do mundo, este em marcha para as manifestações grosseiras dos planos inferiores, onde poderá contrair os débitos mais penosos.

Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

26.2.18

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – XLVI


Alguns espíritas tomam as narrativas de André Luiz, em “Nosso Lar”, para serem excessivamente rigorosos com o autor espiritual, que, sem dúvida, em suas páginas, procurou apequenar-se, a fim de transmitir aos encarnados as realidades da Vida além da morte.
André Luiz, em “Nosso Lar”, adotou – digamos assim – o mesmo comportamento que o médium Chico Xavier adotava, quando se colocava no centro das lições que afirmava pertencerem a Emmanuel, quando, na maioria das vezes, o Benfeitor Espiritual parecia ser excessivamente rigoroso com ele.
Fazemos este preâmbulo para que os nossos irmãos não deixem de melhor reparar no que o autor de “Nosso Lar” anotou nos primeiros parágrafos do capítulo 45 – “No Campo da Música”.
“(...) Não obstante a escassez dos meus dias de serviço, já dedicava grande amor àquelas Câmaras. As visitas diárias do Ministro Genésio, a companhia de Narcisa, a inspiração de Tobias, a camaradagem dos companheiros, tudo isso me falava particularmente ao espírito. Narcisa, Salústio e eu, aproveitávamos todos os instantes de folga para melhorar o interior, aqui e ali, suavizando a situação dos enfermos, que estimávamos de todo o coração, como se fossem nossos filhos.”
Ora, que categoria de espírito que houvesse, há tão pouco tempo, sido albergado em “Nosso Lar”, se mostraria assim tão amoroso com os doentes, a ponto de quase considerá-los como se lhe fossem filhos?!
Por iniciativa própria, com Narcisa e Salústio, aproveitando instantes de folga, André se dedicava a oferecer aos enfermos melhores condições de tratamento.
Vocês conhecem, na Terra, algum médico que, no hospital público em que trabalha, aja dessa maneira?! Claro que deve existir, mas, de tão raro, chega a ser quase invisível ao olhar humano, não é mesmo?!
*
As novidades relatadas no capítulo 45 são inúmeras:
- Novamente, André faz referências ao entardecer e ao anoitecer, em “Nosso Lar”, tornando a deixar evidente a existência de dia e noite no Mundo Espiritual, porque o chamado Mundo Espiritual é também um orbe que gira em torno de si mesmo e do Sol, nos conhecidos movimentos de Rotação e Translação. Você já pensou nisto?! Quantos imaginam o Mundo Espiritual um mundo estático, não é?!
- Dona Laura, mãe Lísias, iniciaria o seu processo de reencarnação, ou de volta ao corpo carnal, na próxima semana e, por conta disso, “a casa estava repleta de contentamento” – não havia qualquer sinal de luto ou tristeza.
- André, que havia sido convidado ao “Campo da Música”, ouve de Dona Laura palavras bem humoradas: “Tome cuidado com o coração!...” Com certeza, a mãezinha de Lísias desejou alertá-lo para que procurasse se resguardar das saudades da família que ele havia deixado na Terra... Ou ainda, quem sabe, para que se cuidasse em seu campo afetivo, em relação a novas amizades que pudesse vir a fazer...
- Lísias diz a André, quando ambos descem do aeróbus, numa das praças do Ministério da Elevação: “Finalmente, vai você conhecer minha noiva, a quem tenho falado muitas vezes a seu respeito.” André, esboçando surpresa, diz ao amigo: “É curioso encontrarmos noivados, também por aqui...”
A surpresa do autor espiritual de “Nosso Lar” é semelhante, inclusive, de muitos espíritas que até hoje ficam sem entender que haja noivados no Mundo Espiritual – e, cá entre nós, muito mais que noivados...
*
Seria interessante que os estudiosos do Espiritismo procurassem explicar tais esclarecimentos, não permanecendo na expectativa de que os considerados “mortos” tenham a obrigação de tudo explicar.
Vocês não acham?!...

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 26 de fevereiro de 2018.

25.2.18

Oração da Experiência


    Deus da bondade!
    Pelas dificuldades de cada dia;
pelos amigos que se transformaram em nosos opositores;
pelos companheiros que nos deixaram a sós;
pelas críticas destrutivas que nos vergastaram a alma;
pelos deseganos que nos atigem;
pelos irmãos que nos ridicularizam;
pelos entes amados que se nos fazem problemas;
pelas criaturas que nos induzem à tentatação;
pelos adversários que nos acusam sem motivo;
por todos aqueles que nos obrigam a entesourar as luzes da experiência.
    Nós te agradecemos com respeito, amor, repetindo tranquilos:
    __ Obrigado, meu Deus.

Livro: Ação e Caminho - Francisco Cândido Xavier - Emmanuel

24.2.18

QUEM PODE MAIS


Quem pode mais, compreende,
Passa por cima e supera
Todo problema que surge
No afã em que persevera.

Quem pode mais, não se envolve
Em ciumeira e fofoca,
Prosseguindo imperturbável
No tarefa que lhe toca.

Quem pode mais, não se agasta
Com companheiro nenhum,
Notando os seus próprios erros
Nos erros de cada um.

Quem pode mais, não critica
O amigo que se desdobra,
Exige muito de si,
E dos outros nada cobra.

Quem pode mais, com Jesus,
É quem mais ama e mais faz,
Mais silencia e perdoa
Em benefício da paz.

Eurícledes Formiga – Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, na noite de 16 de junho de 1993, em Uberaba – MG).

23.2.18

Alerta para a atual Onda de Misticismo


    Antes, nunca tantos se interessaram tanto pelos assuntos "ocultos". Hoje em dia, proliferam livros, revistas, cursos, palestras e reportagens sobre esses temas. Até novelas de televisão e filmes tratam, com a maior naturalidade, das ex-proibidas coisas "paranormais", "do além" e "sobrenaturais". Neste particular, na década de 1990 destacaram-se os mundialmente famosos filmes "Ghost, do outro lado da vida" e "Além da Eternidade", e a novela "A Viagem", que atingiu o maior índice de audiência já registrado na televisão brasileira.
    QUAL É O MOTIVO DESTA ATUAL ONDA DE MISTICISMO?
    Minha opinião
    Acredito que a explicação está em dois Fatos Geradores que atualmente ocorrem simultaneamente e têm a mesma causa: o atual momento da humanidade terrestre!
    A seguir
    Analisaremos esses dois Fatos Geradores.
    FATO GERADOR N° 1
    Por um lado
    Apenas uma pequeníssima parte dos encarnados sabe exatamente o que é o "Juízo Final", já em curso. Consequentemente, somente eles estão conscientes das extremas gravidade e seriedade da época atual.
    Como é evidente - Eles não colaboram para o aspecto perigoso da Atual Onda de Misticismo. Muito pelo contrário! Embora sem alarde, eles contribuem para bem esclarecer os reais fatos.
    Por outro lado
    Os demais encarnados, que constituem a esmagadora maioria, no que diz respeito às suas crenças e aos seus conhecimentos do "Juízo Final", estão divididos em dois grupos distintos:
    -- Uns, radicalmente, descrêem no "Juízo Final", e nem sequer admitem ouvir falar neste assunto.
    -- Outros, têm noções do "Juízo Final" porém na base do "ouviram o galo cantar mas não sabem onde".
    Mas, sem exceção! - Todos os encarnados desses dois grupos, mesmo sem saberem exatamente o que é o "Juízo Final", percebem e pressentem, íntima e intuitivamente, o quanto é sério e grave o atual momento da humanidade terrestre. Essa forte sensação inconsciente os impelem, compulsiva e ansiosamente, para tentar descobrir a verdade em tudo que tenha rótulo de "místico", "oculto", "paranormal", "sobrenatural", etc.
    Assim sendo
    São eles, os encarnados desses dois grupos que desconhecem a realidade do "Juízo Final", ou seja, a esmagadora maioria da população encarnada na Terra, que continuamente alimentam o aspecto perigoso da Atual Onda de Misticismo, e nunca aquela minoria dos encarnados que só faz contribuir para bem esclarecer a realidade atual da Terra.
    Portanto
    O Fato Gerador n° 1 da Atual Onda de Misticismo é um movimento de baixo para cima:
    -- A maioria dos encarnados, exatamente os daqueles dois grupos que desconhecem o "Juízo Final", busca avidamente descobrir, no Alto, os esclarecimentos capazes de acalmar o intuitivo medo que eles sentem.
    FATO GERADOR N° 2
    A Alta Espiritualidade da Terra
    Como é fácil de compreendermos, os nossos benfeitores espirituais estão empreendendo o derradeiro esforço, maciço e concentrado, para nos esclarecer acerca da importante, decisiva e perigosa realidade do nosso planeta.
    Qual é essa nossa realidade?
    Sem exceção, encarnados e desencarnados estão tendo a última chance de serem julgados no "Juízo Final" já em vigor e com duas possibilidades:
    Primeira possibilidade - Aqueles que obtiverem a nota mínima exigida na eliminatória matéria "evolução moral", serão aprovados e poderão continuar vivendo neste planeta.
    Segunda possibilidade - Os reprovados irão recomeçar o aprendizado em outro planeta que esteja nas mesmas condições dos primórdios da Terra. Será um duro, penoso e longo recomeço. Será um atraso evolutivo de muitas dezenas de milhares de anos...
    Por este motivo
    Para chamar a atenção dos encarnados para tão grave e sério perigo atual, os desencarnados subordinados à Alta Espiritualidade da Terra lançam mão de todos os recursos permitidos e disponíveis.
    Assim sendo
    Acredito que esses benfeitores espirituais têm agido entre nós, pelo menos, de duas maneiras diferentes e simultâneas:
    Atuação indireta - Eles fortemente intuem e inspiram autores, diretores, produtores, atores, jornalistas, editores, etc. para que livros, revistas, jornais, peças de teatro, filmes e novelas de televisão divulguem, ao máximo, a realidade da vida e a gravidade do momento atual.
    Atuação direta - Eles são os responsáveis pela atual proliferação e popularização das faculdades mediúnicas e dos demais fenômenos "paranormais". Estes fenômenos, além de serem meios eficazes para chamar a nossa atenção para a realidade da vida e para a gravidade do momento atual, são também um dos sinais profetizados, há séculos, para o "Juízo Final".
    Portanto
    O Fato Gerador n° 2 da Atual Onda de Misticismo é um movimento de cima para baixo:
    -- Os bons desencarnados, a serviço da Alta Espiritualidade da Terra, descem e atuam no plano físico para esclarecer e alertar aos encarnados.
    CONCLUSÃO
    A Atual Onda de Misticismo
    É resultante dos dois simultâneos Fatos Geradores que acabamos de ver, que são convergentes para um mesmo ponto:
    -- Esclarecer a realidade do gravíssimo e seríssimo momento atual da humanidade terrestre!
    Mas vale esclarecer
    O problema não está na onda de misticismo propriamente dita porque ela, em si mesma, é extremamente benéfica. E sim no grande perigo que ela pode representar para os incautos, apenas para os incautos!
    O GRANDE PERIGO!
    Infelizmente
    Os adeptos da Atual Onda de Misticismo, na sua absoluta maioria, são pessoas que não possuem os mínimos conhecimentos suficientes para separar o "joio do trigo" em relação à perigosa situação atual dos terráqueos.
    Consequentemente
    Essas pessoas são presas fáceis e totalmente indefesas de uma infinidade de falsos profetas, cujos principais e mais conhecidos perfis são estes:
    1 - Detentores de conhecimentos por espíritos das trevas interessados - em primeiro lugar - em tumultuar e agravar ainda mais o atual momento perigoso da humanidade terrestre, e - em segundo lugar - principalmente em tentar sabotar e tentar impedir o sucesso das atuações dos nossos benfeitores espirituais.
    Na prática
    Esses vários tipos de falsos profetas dedicam-se a variadas atividades maquiavelicamente malignas:
    Por um lado - Criam doutrinas, filosofias, cultos e seitas que transformam suas pobres vítimas em seres humanos fanáticos, desequilibrados e desajustados.
    Por outro lado - Escrevem livros, fazem palestras e seminários, dão cursos, etc. apresentando, "justificando" e defendendo suas teorias mirabolantes, esdrúxulas, fantasiosas ou infantis.
    Mas é preciso esclarecer
    Alguns ou muitos desses falsos profetas podem até ser bem-intencionados. Entretanto, continua valendo aquilo que a sabedoria popular tão bem nos ensina:
    -- Se inferno existisse, cheio estaria de gente bem-intencionada...
    LEMBRETE
    Nos temas relacionados com a Atual Onda de Misticismo, é claro que existe pouco "trigo" misturado com muito "joio". No entanto, utilizando o Antídoto Certo, é possível distinguir um do outro!
    O "trigo"
    Seja em religiões, doutrinas, filosofias, filmes, teatro, televisão, consultas, cursos, palestras, revistas, jornais ou livros, será tudo aquilo que estiver conforme a Razão, a Lógica, o Raciocínio Científico e o Bom Senso.
    O "joio"
    Será tudo aquilo que apele para fé cega, fantasia, fanatismo, desequilíbrio, desajuste, alienação de qualquer tipo, comércio religioso, etc., ou seja, qualquer coisa irracional e/ou ilógica e/ou anti-científica e/ou insensata.
    QUAL É O ANTÍDOTO CERTO?
    Pelo menos a Fé Raciocinada (e o bom senso) nos aconselham o seguinte comportamento:
    Em primeiro lugar
    Só raciocine com completa independência, e não sob imposições de outras pessoas ou de doutrinas, sejam elas quais forem!
    Nunca permita que lhe obriguem a descrer ou acreditar em nada!
    Só aceite e só considere verdadeiro aquilo que os seus bom senso e raciocínio científico e as suas lógica e razão concordarem!
    Em segundo lugar
    Seja extremamente prudente e cauteloso ao atribuir sabedoria e/ou elevação espiritual a um líder místico. Para tanto, faça uma rigorosa sindicância:
    a - Investigue a verdadeira vida pregressa dele.
    b - Analise o teor das suas pregações.
    c - Veja como ele se comporta no dia-a-dia.
    d - Verifique a procedência dos bens materiais que ele possui.
    e - Observe o comportamento dos seguidores dele.
    f - Julgue-o dentro da sábia e prudente máxima "conhece-se a árvore pelos frutos".
    O "TRIGO" SEPARADO DO "JOIO"
    Em relação à Atual Onda de Misticismo, eis três exemplos:
    Primeiro exemplo
    Dentre as doutrinas espiritualistas, o Espiritismo é aquela que mais maciçamente tem popularizado a realidade nua e crua acerca do Outro Lado da Vida.
    Segundo exemplo
    Dentre os Grandes Mestres desencarnados, aquele que mais minuciosos detalhes forneceu a respeito do "Juízo Final" foi, sem dúvida, Ramatis, através da precisa mediunidade do dedicado e saudoso Hercílio Maes, principalmente no livro "Mensagens do Astral".
    Terceiro exemplo
    Você pode (e deve) pesquisar e se informar a este respeito também em outras fontes, por exemplo, Budismo, Rosacruz, Teosofía, Esoterismo, Igreja Messiânica, Seicho-No-Ie.

Francisco de Carvalho

22.2.18

OFERENDA


     Meu amigo:

     A maneira dos velhos peregrinos que jornadeiam sem repouso, busco-te os ouvidos pelas portas do coração.
     Senta-te aqui por um momento.
     Somos poucos junto à árvore seivosa da amizade perfeita.
     Muitos passaram traçando-te o caminho...
     Visitaram-te muitos outros, compelindo-te a dobrar os joelhos perante o Céu...
     Não te imponho um figurino para atitudes exteriores.
     Ofereço-te o lume da experiência.
     Não te aponto normas para a contemplação das estrelas.
     Rogo veja no firmamento a presença divina da Divina Bondade.
     Trago-te apenas as histórias simples e humildes, que ouvi de outros viajares.
     Recebe-as, elas são nossas.
     Guardam o sorriso dos que ensinam no templo do amor e as lágrimas dos que aprendem na escola do sofrimento.
     Assemelham-se a flores pobres entretecidas de júbilo e pranto, dor e benção, que deponho em tua alma para a viagem do mundo.
     Acolhe-as com tolerância e benevolência! Dir-te-ão todas elas que, além da morte, floresce a vida, tanto quanto da noite ressurge o esplendor solar, e que se há flagelação e desespero, ante o infortúnio dos homens, fulgem, sempre puras e renovadas, a esperança e a alegria, ante a glória de Deus.

"Livro:" Contos e Apólogos "- Psicografia Francisco C. Xavier- Espírito Irmão X".

21.2.18

VISÃO DO SONÂMBULO


Comentários Questão 435 do Livro dos Espíritos

O sonâmbulo, no seu transe, pode ver os Espíritos porque a sua visão se dilata, de modo que observa as coisas mais profundamente. Mas, como ainda se encontra ligado à matéria por laços fluídicos, pode pensar que os Espíritos são encarnados. Sendo a forma a mesma, confunde-se, no entanto, tendo ele o conhecimento que o espírita já domina com facilidade, sabe discernir com normalidade.
Um médium em exercício, um medianeiro adestrado nos serviços espirituais de costume, tem no intercâmbio um fato comum de todos os dias. Já dissemos que o sonambulismo obedece, qual todos os dons, a uma escala de elevação. Cada qual tem a sua capacidade de sentir e de ver. Como na psicografia, há médiuns que escutam pelos canais da audição e escrevem; outros ouvem dentro do cérebro e escrevem; alguns vêem escrito e copiam; este, sente por vibrações e registra; aquele, conserva-se consciente e suas mãos são tomadas pelos escritores espirituais. Assim, uma só faculdade de escrever tem inúmeras variações, de acordo com o dom em desenvolvimento espiritual. As faculdades mediúnicas se dividem, portanto, em outras tantas, quantas necessárias para o bom andamento da Doutrina dos Espíritos. Tudo isso se processa para a paz das criaturas. É Jesus voltando ao nosso encontro, para que todos O vejamos com os braços abertos, acolhendo-nos. Resta irmos ao Seu encontro e receber das Suas mãos novos compromissos para nossa libertação e para a ajuda às criaturas que queiram livrar-se do mal.
Pode o sonâmbulo ser muito útil às pessoas, desde quando reconheça seu objetivo de servir, que ele se conscientize de que as suas faculdades não são para exibição e, sim, para o exercício da caridade e do amor.
As letras que estão sendo escritas obedecem ao comando da mente de quem escreve, e se essa mente não conhece algo da verdade, essas mesmas letras podem desorientar as pessoas e causar distúrbios nos corações, mas, quando Jesus está ao nosso lado, ouvindo o nosso chamado pela nossa conduta elevada, as letras fazem maravilhas, como tem acontecido: levantam caídos, curam enfermos e dão esperança aos sofredores de todos os tipos.
A missão da Doutrina dos Espíritos também é disciplinar as letras de todos os alfabetos do mundo, para que elas ajudem a consertar os povos e melhorar todas as nações da Terra. E é para tanto que convidamos todos os leitores a fazerem a sua parte de melhoria no quinhão do seu íntimo, pois cada um assim procedendo, há uma mudança no conjunto. A mediunidade abençoada não é a mediunidade em si, é aquela que não esqueceu Jesus, que tem no Evangelho a sua meta a seguir.
Quem procura somente fenômenos, está vivendo externamente sem entender que a fonte da felicidade se acha no centro da vida. A paz verdadeira tem a sua fonte no interior do coração, onde o Mestre não esqueceu de atingir com o Seu verbo de luz e a Sua presença de entendimento.
Não devemos querer ver somente os Espíritos desencarnados; devemos sim, observar o que eles falam, quais as suas atitudes para com a humanidade. Não devemos somente querer escutar o orador, mas verificar se o que ele fala tem exemplo na sua vida.
Pode o sonâmbulo ser o que for; busquemos nele o que ele pode dar de instruções que falem das leis criadas por Deus e do Cristo, que podem e devem morar em todos os corações.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

20.2.18

MEDIUNIDADE PREPARAÇÃO – V


400 –Poderá admitir-se que um médium se socorra de outro médium para obter o amparo dos seus amigos espirituais?
-É justo que um amigo se valha da estima fraternal de um companheiro de crença, para assuntos de confiança íntima e recíproca, mas, na função mediúnica, o portador dessa ou daquela faculdade deve buscar em seu próprio valor o elemento de ligação com os seus mentores do plano invisível, sendo contraproducente procurar amparo nesse particular, fora das suas próprias possibilidades, porque, de outro modo, seria repousar numa fé alheia, quando a fé precisa partir do íntimo de cada um, no mecanismo da vida.
Além do mais, cada médium possui a sua esfera de ação no âmbito que lhe foi assinalado. Abandonar a própria confiança para valer-se de outrem, seria sobrecarregar os ombros de um companheiro de luta, esquecendo a cruz redentora que cada Espírito encarnado deverá carregar em busca da claridade divina.
401 –A mistificação sofrida por um médium significa ausência de amparo dos mentores do plano espiritual?
-A mistificação experimentada por um médium traz, sempre, uma finalidade útil, que é a de afasta-lo do amor-próprio, da preguiça no estudo de suas necessidades próprias, da vaidade pessoal ou dos excessos de confiança em si mesmo.
Os fatos de mistificação não ocorrem à revelia dos seus mentores mais elevados, que, somente assim, o conduzem à vigilância precisa e às realizações da humildade e da prudência no seu mundo subjetivo.

Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

19.2.18

O QUE ENSINAM OS ESPÍRITOS SUPERIORES SOBRE OS CHAMADOS ROMANCES?


Na Revista Espírita de dezembro de 1865 no artigo sobre os Romances Espíritas diz: Quem diz romance, diz obra de imaginação. A própria essência do romance é representar um assunto fictício.
A Doutrina Espírita não é secreta como a da maçonaria. Não tem mistérios para ninguém e se mostra à luz da publicidade. Não é mística nem abstrata nem ambígua, MAS CLARA E AO ALCANCE DE TODOS; NADA TENDO DE ALEGÓRICO, NÃO PODE DAR LUGAR A EQUÍVOCOS E NEM A INTERPRETAÇÕES FALSAS; diz claramente o que admite e o que não admite.
Para isto é, pois, necessário ser espírita crente e fervoroso? Absolutamente não. BASTA SE VERÍDICO, e não se pode sê-lo sem conhecimento de causa.
No mundo invisível, como na Terra, não faltam escritores, mas os bons são raros; tal Espírito é apto a ditar uma boa comunicação isolada; a dar um excelente conselho privado, mas é incapaz de produzir um trabalho de conjunto completo que suporte exame (Exame das comunicações mediúnicas que nos enviam - Revista Espírita de maio de 1863).
Aquele, pois, que não a conhece, ou que se engana quanto às suas tendências, é porque não se quer dar ao trabalho de conhecê-la.
BONS ESTUDOS A TODOS!

17.2.18

ESTRADEIRO


Estradeiro, prossegue em teu caminho,
Leva adiante essa cruz que tens aos braços,
De pés sangrando sobre os próprios passos,
Varando em torno o escuro torvelinho...

Avança mesmo à míngua de carinho,
Desfigurado em teus humanos traços,
Na carência de afetos tão escassos
Em meio à multidão, sempre sozinho...

Lentamente, caminha sem detença,
Por sob a luta que se mostra intensa
Sem da luta pensar em desertar...

Na Terra em que te fazes estrangeiro,
Ao findar teu exílio de estradeiro,
Hás de voltar à paz do Grande Lar!...

Eurícledes Formiga
 (Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 10 de fevereiro de 2018, em Uberaba – MG).

16.2.18

OBSESSÕES


    Toda fixação indevida nos processos mentais e emocionais em torno de pessoas, fatos e coisas converte-se em estado perturbador do comportamento, empurrando o indivíduo para os transtornos de ordem neurótica assim como psicótica.
    Esses procedimentos podem preceder à existência atual, como surgir durante a vilegiatura do momento, decorrem das ambições desmedidas, dos desregramentos comportamentais, dos anseios exagerados que afetam o metabolismo cerebral, propiciando a produção descompensada de enzimas que afetam a harmonia do sistema nervoso em geral e do comportamento em particular.
    À medida que constituem imperativo dominador, tornam-se obsessões que passam a inquietar o indivíduo, levando-o a estados mais graves na área da saúde mental. Surgem, então, as obsessões compulsivas, os estados de fragmentação da personalidade a um passo da degeneração do comportamento.
    Outras vezes, tratam-se de fenômenos que procedem de outras existências, nas quais o Espírito malogrou, sendo objeto de conflitos profundos ou de circunstâncias agressivas que lhe danificaram os equipamentos perispirituais, ora modeladores das ocorrências doentias.
    Paralelamente, em razão de condutas extravagantes, no campo da ética e da moral, das ações mentais e comportamentais, aqueles que se lhes fizeram vítimas, embora vivendo em outra dimensão, na Esfera espiritual, sintonizam com o responsável pela sua desdita e dão curso a perseguições, ora sutis, ora violentas, no campo psíquico, e se instalam outros tipos de obsessão, essas portanto, de origem espiritual, face a presença de faculdades mediúnicas no paciente, que passa a sofrer constrangimentos mais diversos, até derrapar nos abismos da alucinação, do exotismo, das alienações mentais.
    Ninguém foge da própria consciência, que é o campo de batalha onde se travam as lutas da reabilitação ou os enfrentamentos da regularização de atitudes malsãs.
    Por isso, ainda são o controle mental e a educação do pensamento, que podem representar a eficiente terapia de prevenção de distúrbios, como a curadora para os processos de ordem espiritual, desde que alterando a faixa vibratória por onde transitam as idéias, se superiores, eleva-se, ficando indene à sintonia com os seres atrasados, e, se negativas, passando a freqüentar os níveis onde se encontram e se digladiam as energias e sentimentos em constante litígio, vinculando-se a essas emissões deletérias, que terminam por afetar o organismo físico e os complexos mecanismos mentais, responsáveis pelo conjunto produtor da saúde.
    As obsessões, que resultam de traumas psicológicos, de conflitos de profundidade, de insuficiência de enzimas neuronais específicas, surgem também da interferência das mentes dos seres desencarnados, interagindo sobre aqueles aos quais são direcionadas, em processos perversos de vingança.
    A saúde exige cuidados específicos que lhe podem e devem ser dispensados, a fim de manter-se inalterada, ou quando afetada, esforços especiais para reconquistá-la sob orientação especializada na área médica, tanto quanto direcionamento espiritual, a fim de realizar o seu mister, que é auxiliar o Espírito encarnado na sua viagem celular, temporária, a caminho da plenitude que pode ser antevista na Terra, porém, somente desfrutada depois da reencarnação, quando os implementos corporais sujeitos ao mecanismo degenerativo da própria matéria não mais se encontrem sob os imperativos da Lei de entropia e da fragilidade de que é constituído.

Livro: Vida - Desafios e Soluções - Divaldo P Franco- Joanna de Ângelis

15.2.18

AS FACULDADES DO SONÂMBULO


Questão 434 do Livro dos Espíritos

As faculdades de que goza o sonâmbulo são bem inferiores às dos Espíritos na erraticidade, pois os primeiros se encontram ligados à matéria, que sempre limita a visão espiritual. Porém, existem certos sonâmbulos que têm mais desenvolvida a clarividência do que certos Espíritos fora da carne. Aí influi a evolução das criaturas, ponto básico de todas as conversações.
Jesus, quando na Terra, estava envolvido nos fluidos da carne, no entanto, a sua clarividência era pura, muito mais do que em todas as criaturas. O que marcou essa Sua visão foi simplesmente a Sua grandeza espiritual.
Comparando-se dois Espíritos do mesmo nível, estando um deles encarnado, é claro que neste suas faculdades diminuem, devido às limitações impostas pela matéria densa. Compreende-se daí, certas leis que regem a matéria para conservar a tranquilidade da alma. Para melhor compreensão, busquemos um exemplo: imaginemos um astrônomo observando os astros com um gigantesco telescópio, enquanto outra pessoa sonda o firmamento a olho nu. A diferença de capacidade é enorme, de um para o outro. Assim é o Espírito superior ante os irmãos que ainda desconhecem a verdade.
Se queremos saber melhor toda a ciência, a filosofia, e mesmo compreender as leis espirituais, preparemo-nos no sentido de buscar a verdade. Não nos esqueçamos de que a persistência no aprendizado é a chave que nos pode dar a noção dos primeiros passos na senda dos conhecimentos. Todas as religiões devem ser respeitadas nas posições que ocupam, no entanto, a Doutrina Espírita veio ao mundo não só como o consolador prometido pelo Cristo, mas, como o instrutor com que Deus nos favoreceu para sempre.
Abriu o Senhor, com a Sua estada na Terra, as portas para a espiritualidade, rasgando o véu que encobria os arcanos do saber. Agora podemos gozar de maiores faculdades, colocando-as a serviço do bem, para que elas se multipliquem na vida e pela vida, dependendo dos nossos esforços para a própria paz de consciência.
O Espírito cresce com o tempo, por lei de Deus, e, em se despertando para a luz, a matéria também avança. Nada fica parado no tempo e no espaço. Com a visão profunda, matéria e Espírito se confundem, porque tudo veio de uma só fonte, gerado no amor de Deus.
Dependendo do empenho das nossas forças nas linhas traçadas por Jesus, podemos gozar das faculdades enobrecidas. Não devemos nos esquecer do Evangelho da vida que o Mestre deixou como herança para a humanidade, mas, aprendamos a lê-lo também no original - a Natureza. A escrita esquece alguns traços da verdade, porque as mãos que escrevem não são puras. Mas, é o que nós merecemos. As leis de Deus, sem toque dos homens, se encontram vibrando no éter cósmico, como força pulsante que chega constantemente aos ouvidos das criaturas, como voz do Grande Legislador Universal. Depois que aprendermos a ler essas leis, seremos felizes dentro da felicidade da Grande Luz. A nossa consciência, desse modo, mostrar-nos-á uma serenidade imperturbável, porque a pureza entrou em nós, formando fonte inesgotável das faculdades despertadas na plenitude do amor.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

14.2.18

MEDIUNIDADE PREPARAÇÃO – IV


398 –É natural que, em plenas reuniões de estudo, os médiuns se deixem influenciar por entidades perturbadoras que costumam quebrar o ritmo de proveitosos e sinceros trabalhos de educação?
-Tal interferência não é natural e deve ser muito estranhável para todos os estudiosos de boa-vontade.
Se o médium que se entregou à atuação noviça é insciente dos seus deveres à luz dos ensinamentos doutrinários, trata-se de um obsidiado que requer o máximo de contribuição fraterna; mas, se o acontecimento se verifica através de companheiro portador do conhecimento exato de suas obrigações, no círculo de atividades da Doutrina, é justo responsabiliza-lo pela perturbação, porque o fato, então, será oriundo da sua invigilância e imprevidência, em relação aos deveres sagrados que competem a cada um de nós, no esforço do bem e da verdade.
399 –Quando a opinião irônica ou insultuosa ataca uma expressão da verdade, no campo mediúnico, é justo buscarmos o apoio dos Espíritos amigos para revidar?
-Vossa inquietação no mundo costuma conduzir-vos a muitos despautérios.
Semelhante solicitação aos desencarnados seria um deles. Os valores de um campo mediúnico triunfam por si mesmos, pela essência de amor e de verdade, de consolação e de luz que contenham, e seria injustificável convocar os Espíritos para discutir com os homens, quando já se demasiam as polêmicas dos estudiosos humanos entre si.
Além do mais, os que não aceitam a palavra sincera e fraternal dos mensageiros do plano superior, terão igualmente, de buscar o túmulo algum dia, e é inútil perder tempo com palavras, quando temos tanto o que fazer no ambiente de nossas próprias edificações.

Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

13.2.18

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – XLIV


Finalmente, no capítulo 44, André Luiz nos fala sobre a Dimensão das Trevas, ou seja, sobre a existência de um Planeta, subcrostal, denominado “Trevas” – de início, convém esclarecer que todas as Sete Esferas da Terra, ou Sete Dimensões, são desdobramentos naturais do próprio Orbe Terrestre.
André Luiz, assim, nos enseja, através de sua Obra Reveladora, verdadeira Revelação da Revelação: falar em Mundos Espirituais, no plural! O referido autor espiritual, através de Chico Xavier, pluralizou o Mundo Espiritual, dando maior significado as palavras de Jesus quando ensinou que há muitas moradas na Casa do Pai.
*
Solicitando explicações de Lísias, a respeito do que ouvira do Governador, em sua referência a Terra, ao Umbral e às Trevas, André registrou:
- Chamamos Trevas às regiões mais inferiores que conhecemos. Considere as criaturas como itinerantes da vida, Alguns poucos seguem resolutos, visando ao objetivo essencial da jornada. São os espíritos nobilíssimos, que descobriram a essência divina em si mesmos, marchando para o alvo sublime, sem vacilações. A maioria, no entanto, estaciona, Temos então a multidão de almas que demoram séculos e séculos, recapitulando experiências. Os primeiros seguem por linhas retas. Os segundos caminham descrevendo grandes curvas.
*
Em obras posteriores, não olvidemos que André Luiz ainda há de se referir à Dimensão do Abismo – notadamente na obra “Obreiros da Vida Eterna”! Conforme já tivemos ensejo de mencionar, a Obra Andreluizina nos leva a efetuar uma viagem no tempo – tanto nos leva ao Futuro, quando nos conduz à cidade de “Nosso Lar”, construída em zona superior do Umbral, quanto nos leva ao Passado, em seus preciosos relatos enfeixados no livro “Libertação”.
Há, ainda, em “Nosso Lar”, discreta menção a uma Quinta Dimensão, ou Terra, que é justamente aquela habitada por sua genitora, que, para estar com ele em “Nosso Lar”, carece de se materializar.
*
André, dialogando com Lísias, anota:
- Outros (espíritos), preferindo caminhar às escuras, pela preocupação egoística que os absorve, costumam cair em precipícios, estacionando no fundo do abismo por tempo indeterminado. Compreendeu?”
Atentemos para a questão do livre arbítrio que preside a evolução do espírito: “preferindo caminhar às escuras”! Vejamos quanto, por simples questão de preferência, ou de escolha, podemos nos atrasar por séculos e séculos – por milênios, mesmo!
*
Interessantíssima a pergunta de André:
- Entretanto, que me diz dessas quedas? Verificam-se apenas na Terra? Somente os encarnados são suscetíveis de precipitação no despenhadeiro?
Eis a preciosa resposta de Lísias, sobre a qual, infelizmente, muitos espíritas evitam refletir:
- Em qualquer lugar, o espírito pode precipitar-se nas furnas do mal...
No Mundo Espiritual, o espírito não apenas continua sujeito aos seus antigos carmas, quanto é passível de criar outros novos, porque a vida do espírito no Mais Além igualmente é presidida pela Lei de Causa e Efeito – no Mundo Espiritual também se planta e também se colhe!...
*
Cada vez mais se patenteia no estudo das Obras de André Luiz, pela lavra mediúnica de Chico Xavier, que a encarnação, para a evolução do espírito, não passa de mero detalhe, ou de um estágio a mais para o seu crescimento.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 12 de fevereiro de 2018.

12.2.18


Meu Carnaval

A Terra vive dias difíceis. É guerra para todo lado. Muita confusão e o povo, coitado, recebe apenas o reflexo de toda essa situação. Não é fácil viver hoje, mas no meu tempo também não. A dificuldade, na realidade, sempre existiu. De um jeito ou de outro, somos todos convidados ao enfrentamento da dura realidade. Em nível individual com seus tropeços habituais. Em nível coletivo com as dificuldades oriundas das lutas sociais. Tudo isso para um dia podermos proclamar sobre a Terra dias de paz e de ajuda mútua. Esse dia chegará, é o destino inevitável dela. Enquanto isso, vamos nos livrando dos problemas e exaltando a necessidade da união de propósitos.
Agora mesmo, vive-se o período carnavalesco. É a grande festa popular que temos no Brasil, mas também uma época de muitas tribulações. Eu sei que a vida não está fácil e pobre, então, sabe disso mais que ninguém, mas quando o desafio é tamanho, a solução deve vir do inesperado.
Eu tive em muitos carnavais aí no meu País e especialmente em meu Pernambuco. Ia a algumas festas selecionadas e me sentia muito bem. Que alegria enorme essa da minha gente, que ficava a cantar e a dançar como se não houvesse amanhã. Sentia a alegria extravasar de diversas maneiras. É certo que meu povo não tem lá dinheiro para gastar, por isso que no carnaval ele se esbalda – como se diz na gíria corrente.
Que festa maravilhosa quando realmente vemos irmãos em congraçamento numa brincadeira contagiante. Beijos pra lá, abraços pra cá, tudo num clima de muito respeito e confraternização.
- Ah, Dom Hélder, o senhor não quer ver o outro lado do carnaval.
- Quero ver sim, minha filha, não estou cego aos estragos que o carnaval provoca, mas quero ver muito mais é o bem que ele propicia. A festa tem dois lados e tem gente que somente quer ver um deles, eu vejo o que ela traz de bom.
Quantas famílias se reúnem para brincar e esquecem as suas diferenças particulares?
Quantos inimigos dão-se as mãos como se fosse um interstício?
Quantos amores se convertem em casais definitivos?
Quanta gente se cura da doença da solidão e da depressão?
Pois bem, é esse lado que eu quero ver e enaltecer no meu carnaval. O carnaval dos pernambucanos que eu apreciei de perto é feito de muito colorido, de gente cantante e de um bom frevo rasgado. Uma beleza é ver os blocos líricos que exaltam o passado com as suas modas e fantasias. Eu me deliciava com eles e confesso que ainda venho quando posso dar uma espiadinha.
No carnaval, fazemos caravanas de socorro no mundo espiritual. Cuidamos de muita gente que nem sabe que estão sendo monitorados e guiados para não se envolverem em confusão. Damos auxílio direto aos feridos e estamos na retaguarda para evitar que o mal maior aconteça.
Portanto, meus irmãos, se você for ao carnaval para brincar, cuide de fazer a sua parte porque ajudará a nossa. No mais é brincar com alegria e desprendimento da alma.
Jesus, nosso mestre venerado, amava a alegria de viver. Creio que brincando com respeito e moderação até Ele se arriscaria a compartilhar da nossa alegria de carnaval.
Muita paz!
Hélder Câmara – Blog Novas Utopias

11.2.18

Carnavalescos no Além


É o inferno na Terra! – afirmam alguns.
Que tristeza, meu Deus! – dizem outros.
O mundo vai se acabar com tanta libertinagem – antecipam outros mais.
Por outro lado, há aqueles que asseveram:
- Seria bom que houvesse todos os dias.
- Eu não sei viver sem essa festa maravilhosa.
- Quero mais é entrar na folia e não mais voltar.
As opiniões se dividem sobre o carnaval. Uma festa sem dimensão. Seus impactos são enormes na vida da população.
Agitam-se de todos os lados aqueles que se envolvem nesta parada de trabalho e rotina para a grande festa de “Momo”.
Tenho visto tanta coisa do lado de cá da vida e nada mais me espanta, inclusive no carnaval.
Eu já vi gente desacordada e pensando que ainda estava na folia. Corpo estendido no chão e ele no meio da multidão, como se nada houvesse acontecido.
Pessoas mortas se entrecruzando com outras numa animação de quem vê não sabe quem é vivo ou morto não.
Todo tipo de acasalamento de vontades se vê no carnaval.
Um dia, nessas andanças por esses tempos de brincadeira carnavalesca, vi um homem sozinho na multidão. Parado, estático. Aproximei-me dele, dei-lhe um bom dia e ele me respondeu:
- Estou esperando meu bloco passar.
- E quando ele chega? - perguntei.
- Às nove horas, mas não sei porque estão atrasados.
- Faz quanto tempo que o senhor está aqui?
- Não sei, já perdi as contas.
Examinei direito e vi que ele já estava fora do corpo há algum tempo. Não sei exatamente quanto. Aí ele disse que, pela demora, entraria no próximo bloco que viesse.
Despedi-me e quando vi estava ele já entrosado em outra agremiação carnavalesca que não era originalmente a dele. Quando olhei mais atentamente, vi que ele estava entrelaçado com outros tantos que também estavam “mortos”. Era sim, meus caros, um bloco do além. Até aquele instante, não sabia que aqui eles também se organizavam para continuar as brincadeiras de outrora.
É este carnaval que contagia toda a gente.
Eu me lembro muito bem que certa vez estive num carnaval em Ouro Preto, nas Minas Gerais. Falo de um carnaval na condição de espírito desencarnado. Lá, presenciei um séquito de espíritos disfarçados, como se não tivessem morrido, misturados na multidão, comportando-se como se estivessem fantasiados de “almas”. Que indecência, pensei, mas eles me responderam que era brincadeira e por quê não?
Tudo isso e muito mais é carnaval. Uma festa que se enrama na multidão que se entrega de corpo e alma para saborear momentos de alegria e confraternização.
É assim a alma de nosso povo. Ora, irreverente, outra vez, bastante criativa. É, na prática, ânsia de viver, de viver bem, de viver com eterna alegria, mesmo que dure apenas três dias.
Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal.

10.2.18

CONVITE


Você está sendo chamado agora
À construção do Reino do Senhor...
Venha como estiver, seja quem for,
Sem deixar isto para outra hora!...

Há serviço esperando estrada afora...
Doar um pão, aliviar a dor,
Socorrer a quem sofre em desamor,
Ou ser para quem cai humilde escora...

Manter acesa a chama da esperança
Ensinando bondade a uma criança,
Construindo o porvir sempre benquisto...

Neste Evento de amor à Humanidade,
Só é preciso ter boa vontade,
Pois o resto quem faz é Jesus Cristo!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 3 de fevereiro de 2018, em Uberaba – MG).

9.2.18

OBSESSÃO


    "Ocorre mesmo algumas vezes, que a obsessão, quando é simples, é uma tarefa imposta ao obsedado, que deve trabalhar para melhorar o obsessor, como um pai à de um filho viciado".

Livro: Revista Espírita 1862 - Allan Kardec

8.2.18

O VIAJOR E A FÉ


- "Donde vens, viajor triste e cansado?"
- "Venho da terra estéril da ilusão."
- "Que trazes?"
- "A miséria do pecado",

De alma ferida e morto o coração.
Ah! Quem me dera a benção da esperança,
Quem me dera o consolo à desventura! ""

Mas a fé generosa, humilde e mansa,
Deu-lhe o braço e falou-lhe com doçura:
- "Vem ao Mestre que ampara os pobrezinhos",

Que esclarece e conforta os sofredores!...
Pois com o mundo uma flor tem mil espinhos,
Mas com Jesus um espinho tem mil flores!"

Livro: Parnaso de Além-Túmulo - Francisco C Xavier - CARMEN  CINIRA

7.2.18

O Sinal

Quando chegamos do País do Gozo,
Nossa alma sem repouso
Traz o sinal das trevas do pecado

Nossa alegria é um riso envenenado.
A palavra disfarça o coração
E a nossa dor é desesperação.

Tudo é sombra. A verdade não tem voz.
Muita vez, tudo é queda dentro em nós.

Mas os que vêm do Mundo dos Deveres
Guardam a luz de místicos prazeres.
Não têm palmas da Terra impenitente...
Como tudo, porém, é diferente!...

Sua alegria é um fruto adocicado,
Sua palavra é um livro iluminado,
Sua dor alivia as outras dores.

Trazem o amor de todos os amores,
Revelando na vida transitória
O sinal do Calvário aberto em glória!

Livro: Parnaso de Além-Túmulo - Francisco C Xavier - CARMEN  CINIRA: nasceu no Rio de Janeiro, em 1902, e faleceu em 30 de agosto de 1933. Sua espontaneidade poética era tão grande que ela própria acreditava serem os seus versos de origem mediúnica. Glorificou o Amor, a Renúncia, o Sacrifício e a Humildade, em obras como: Crisálida, Grinalda de Violetas, Sensibilidade.

6.2.18

DESENVOLVIMENTO

Questão 433 do Livro dos Espíritos

O desenvolvimento maior ou menor da clarividência sonambúlica depende, de certo modo, da organização fisiológica, que prende ou afrouxa os laços da alma, com menos ou mais intensidade. No entanto, tudo se rende na profundidade da evolução da alma e na faculdade menos ou mais desenvolvida, como promessa no mundo espiritual, ao reencarnar-se.
Há pessoas altamente conscientes da verdade, que o tempo amadureceu e que vivem em certa pureza mental, sendo a própria clarividência normal em sua vida. Elas entram, por vezes, em êxtase suave, sem a menor dificuldade, e os próprios companheiros não percebem que elas se encontram em transe paranormal.
O desenvolvimento de todas as faculdades espirituais é variado e variável, fundamentado em um só princípio: o amor. Entretanto, esse amor se divide em expressões diversas, como todas as folhas de árvores são folhas, porém, em observação atenta, veremos que não existe uma igualzinha a outra, assim como, também, as marcas digitais e os rostos humanos.
O despertamento mediúnico, se assim podemos dizer, para melhor entendimento, está ligado, para ser mais proveitoso, à educação das criaturas. Sem o Cristo de Deus em nossos caminhos, poderemos errar as estradas e, perdendo-nos, gastaremos muito tempo para reencontrar as luzes do Senhor. O Espírito desencarnado dotado igualmente de clarividência, encontra em alguns dos seus corpos espirituais mais ou menos facilidade também para as visões. A mente pode harmonizar as vestes do Espírito, como pode endurecer-se, dificultando a sua própria paz espiritual.
O essencial para as almas é a conduta cristã. Jesus, quando reuniu Seus discípulos, instruiu-os, tendo, em seguida, todos eles mudado de vida, de modo a que servissem de instrumentos para a luz do amor. Assim deve ser o espírita. Se assim falamos, é para que se tenha mais vigilância, sem se esquecer da oração todos os dias. Oremos com palavras e pelo exemplo. O pensamento surge em nós na sua candidez, oriundo da força de Deus, e nós imprimimos nele os nossos sentimentos espirituais, capazes de fazê-lo brilhar em nossos corações, ou castigar os nossos ideais.
A primeira vontade da criatura que entra nas lides do Espiritismo é desenvolver mediunidade. Esse é um interesse geral, pois os fenômenos atraem, qual a luz em relação às mariposas. No entanto, esse interesse é breve. O maior fenômeno da vida, que é do interesse dos Céus, é a mudança que se pode fazer na vida. Cortar por completo a violência, esquecer o ciúme e matar por completo os dois monstros que devoram os ideais do Espírito: o orgulho e o egoísmo. São fenômenos que, se quisermos observá-los, todos os dias a natureza nos mostra, sem despender enormes esforços e o próprio tempo. São, pois, comuns para a visão de quem queira vê-los; todavia, a importância está nas transformações espirituais, como as que fizeram os cristãos primitivos, fundamento de todas as profecias, de todos os mandamentos, de toda a vida.
O planeta em que vivemos precisa do exercício desses fundamentos, porque nada falta na Terra. Ela é um paraíso, e os que moram nela é que a transformam em inferno, por desrespeitarem as leis do amor. O dia em que todos viverem os ensinamentos do Cristo, a Terra transformar-se-á em céu verdadeiro, e o Mestre ficará visível em todos os corações, a nos dizer: A paz vos dou.
E os dons espirituais aflorar-se-ão em todas as criaturas, como resposta de Deus pelos esforços individuais no exercício da caridade, em se alcançando o amor.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.