Agora que já se passou o
momento do sufrágio popular, quero tecer algumas considerações desse momento
único de nosso País.
Aquilo que não entendemos bem
representou uma reviravolta nos destinos políticos de nossa nação.
Já não era sem tempo que as
mudanças eram reclamadas no nosso País. A predominância das teses esquerdistas,
ancoradas num modelo de socialismo sul-americano bem original, deram o que
falar, mas chegaram, porém, a sua exaustão.
O que se desenhou como um
País mais igual e de distribuição de riquezas com a consequente diminuição das
distâncias sociais foi acompanhada por um duro golpe nas finanças públicas e no
comportamento ético distorcido das suas principais lideranças políticas.
Havia um sentimento de
frustração coletivo. Aquilo que o povo acreditara com tanta força era, na
verdade, uma grande ilusão.
O Estado faliu e com ele a
moral dos seus construtores de então.
O País ficou órfão de uma
proposta redentora e de lideranças que pudessem apontar novos rumos.
Ao mesmo tempo, engendrado
num esquema altamente competente, as forças do mal se juntaram para alavancar
no Brasil uma nova etapa de suas entrepunhas espirituais. Foram mais uma vez
astutas em organizar um quadro de manutenção no poder por mais quatro anos, no
mínimo.
As forças do bem deram-se
conta dessa engenhosidade dos antagonistas do povo e começaram inteligentemente
a promover uma contraofensiva. E isto não foi bem assimilado por grandes partes
da população, sobretudo agrupamentos mais esclarecidos.
A candidatura vitoriosa teve
a participação de muitos estrategistas do lado de cá da vida que, aproveitaram
da inexperiência de alguns pseudo-socialistas do além, para programar uma
reviravolta nos destinos políticos da nação.
O melhor candidato ainda
estaria por existir. A melhor proposta ainda estaria por se constituir. Ensaios
de uma nova era somente poderiam acontecer daqui a alguns anos e, espertamente,
foi ancorado num determinado candidato a esperança de frear uma possível
reeleição dos fazedores de injustiça e do descalabro.
Por mais que tenhamos que
guardar reservas e não me colocando aqui na postura nem de um socialista nem de
um liberal, até porque nenhuma dessas duas frentes me representam quando advogo
o trabalho do Cristo, tivemos que optar por um estratagema perigoso, mas com
possibilidade de êxito como, de fato, ocorreu.
Não menosprezando aos
partidários do candidato não eleito, mas era imperioso dar um corte no estado
de coisas que se abateu à nossa nação querida depois que um ciclo se esgotou e
que pedira outro em seu lugar.
O arranjo vitorioso somente
foi possível porque também não se deixou que tais forças antagônicas ao bem
pudessem igualmente se assenhorar completamente desse senhor.
Apesar de seus recalques e
limitações. Mesmo sabendo das suas incongruências cristãs, havia nele um
compromisso de mudança real que está por acontecer.
Não esperamos um governo
perfeito ou sem retoques. Pode ser até que se erre muito, mas o que percebemos
foi uma vontade de mudança efetiva aliada a uma possibilidade de eleição.
Os destinos do Brasil estão
em outras mãos. Sérias, comprometidas com o melhor para seus cidadãos.
Orientada para o desenvolvimento e a concórdia.
Pode ser que haja atropelos e
tropeços.
Pode ser que o plano almejado
seja completamente destruído e ignorado.
Pode ser que toda essa
movimentação astral dê em nada.
Houve, porém, uma tentativa
sincera de melhoria moral e administrativa de nosso País.
Nossa gente não aguentava
mais tanta dor e desalento. Tanta corrupção e desrespeito. Tanta hipocrisia e
malfeitos.
A esperança está de volta e
com ela homens e mulheres de bem terão a oportunidade de criar outro País que
estará longe de ser o ideal, mas que dará um sentido e uma firmeza há muito não
vistos.
Nossa nação tem um destino
maior e do jeito como as coisas estavam se distanciaria cada vez mais de seu
desiderato.
Apostas feitas, vamos à luta.
É hora de se fazer o bem. Jogar de lado as diferenças e cumprir o que se espera
dessa imensa nação chamada Brasil.
Joaquim Nabuco – Blog Reflexões
de um Imortal.
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