31.7.22

"Energização do IR e Vir"

Orientação espiritual passada através de Roberto Ferreira às pessoas que estão procurando emprego.
Munido de seu "curriculum" e de seus documentos, você sai de seu lar e vai em direção a possíveis lugares nos quais poderia achar um emprego, dentro daquilo que você faz. Lá você se apresenta, entrega o curriculum, preenche sua ficha e aguarda... Não deu certo? Mandaram esperar alguns dias? Não tem vaga? Não se deixe vencer. Se puder, dali mesmo, vá para outro lugar onde possam estar precisando de alguém na sua profissão e faça tudo de novo... Preencha a ficha, entregue o curriculum, faça a entrevista, etc... Ao voltar ao seu lar, você "criou" um pouco da energia do "Ir e Vir".
Amanhã, faça a mesma coisa. No início, se você tem condução própria e quer ir com sua condução, vá... Porém, com o passar do tempo, se a sua situação financeira não lhe permite mais sair tantas vezes com seu automóvel, deixe seu veículo em casa e vá de condução pública ou mesmo a pé. Agora, olhe para você... Você esta se esforçando para arrumar um emprego... Não está esperando, deitado no sofá, que a sorte grande venha ao seu encontro... Pelo contrário... Você esta indo em direção a ela. O universo todo está vendo a sua "luta" para poder trabalhar, e aquelas caminhadas longas à procura de uma vaga, estão sendo "anotadas" no grande livro do universo. Deus esta vendo o seu esforço, o seu empenho.
A sua "aura espiritual" esta mais bonita a cada dia, pelo seu próprio merecimento, apesar do sofrimento por tanto tempo sem emprego, você esta irradiando uma luz que se faz perceptível às pessoas mais sensíveis.
Você está acumulado em si, a "energização do Ir e Vir", sua alma está mais iluminada. Sua vontade de trabalhar, é imensa.
E aí, o que poderá acontecer?
Poderá acontecer que:
Um belo dia, você irá fazer um teste em uma empresa, durante a entrevista lhe dirão...: Bem... Você não é exatamente a pessoa que eu preciso para preencher esta vaga, pois eu queria alguém que tivesse tal curso, fizesse tais e tais operações, etc... Mas... Sabe... Eu fui com a sua cara... Gostei de você... Vamos fazer uma coisa? Você vem trabalhar conosco um ou dois meses... Nós vamos avaliar o seu desempenho... Se você se sair bem e também gostar do serviço e de nós, do ambiente e da remuneração. Se tudo der certo, você fica conosco. O.k.?
Pronto... Chegou a sua oportunidade, será agora que você irá mostrar tudo de bom que poderá fazer no novo emprego. Esforço, dedicação, honestidade, humildade...Procurará ser amigo de todos... Se afastará das intrigas, das maledicências, criará em torno de si, um ambiente cordial e fraterno... Não menos prezará os subordinados... Não criticará quem quer que seja... Acatará as ordens superiores... Colaborará com todos que lhe pedirem ajuda, sem se convencer, sem exigir, sem condenar...
E um belo dia você notará que o amor, a fraternidade, a tolerância e até o perdão, já começam a fazer parte da sua vida. Você estará sentindo que Jesus começou a "penetrar" o seu coração. Toda vez que puder agradecerá ao criador, a Jesus e ao seu Anjo da Guarda, por todas as oportunidades que lhe tem sido dadas, ajudará aos necessitados, sempre que puder dividirá o pão com aqueles que tem fome... A água com aqueles que tem sede. Em seu lar, sua família se sentirá novamente feliz e protegida, por fim, o sol da felicidade brilhará novamente em sua alma. Agora vá... E ajude outras criaturas que, como você já esteve, estarão também desempregadas, à espera de que alguém lhes estenda a mão, ensine a elas a "Energização do Ir e Vir".
Fique com Deus!
Uma irmã espiritual. 


 

30.7.22


 

MEDIUNIDADE EM PAUTA

Eis um fato que observo
E do qual não me desvio:
Da luz da mediunidade,
O médium é só o pavio...
*
A vaidade no médium
É uma nódoa singular,
Que dele só se remove
Esfregando até sangrar...
*
Semelhante a uma roseira
Que floresce onde convém,
Mediunidade tem rosas,
Mas tem espinhos também...
*
Ante o dever a cumprir,
Por mais pareça absurdo,
Eu penso que todo médium
Deveria nascer surdo...
*
Sendo o médium produtivo,
E se pretende arruiná-lo,
Em vez de perseguição,
A Treva manda adulá-lo...
*
A flor da mediunidade,
Mesmo quando despetala,
À luz do Sol que se esconde,
Suave perfume exala!...
Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso

29.7.22


 

ESPIRITISMO E ÉTICA

O Espiritismo revitaliza a ética moral baseada nas lições insuperáveis de Jesus Analisando-se a situação socio espiritual do planeta na atualidade, não há como negar-se a presença da destrutiva onda de pessimismo e utilitarismo que domina as criaturas humanas em toda parte. Apoiados no niilismo, embora os comportamentos rotulados de religiosos de alguns dos seus segmentos sociais, o cinismo das pessoas e a decadência da ética dão-nos a dimensão do desespero que avassala as mentes e os corações atormentados. Em consequência, a violência e o despautério, a drogadição e o erotismo substituem as aspirações de enobrecimento dos seres, como mecanismos escapistas para preencher o vazio existencial e o desencanto que se apossaram do século XX, que se desenhava com perspectivas iluministas, libertadoras, ricas de anseios de felicidade e de beleza. A amargura toma conta dos indivíduos que se sentem coisificados, enquanto a revolta arma as multidões desvairadas que se levantam contra os abusos do poder, as injustiças sociais, os desregramentos dos dominadores, a desonestidade dos legisladores que perderam o respeito moral, a liberdade e o direito de viver com o mínimo de honorabilidade que seja.
Pode-se afirmar que a aparente calma que ainda paira sobre algumas nações não esconde os paióis de explosivos prestes a deflagrar o estouro prenunciador das tragédias que produz. Não se trata, porém, de uma ocorrência inesperada, quando se observam as suas raízes plantadas no fim do século XVIII, por ocasião da Revolução Francesa, quando a tirania substituiu os ideais dos filósofos da liberdade, instaurando os dias do terror. Em desesperada tentativa de manter a ordem na França, Robespierre, chamado "o incorruptível", que lutara pelos ideais da fraternidade, da liberdade e da igualdade, não teve forças morais para resistir às pressões do desespero das massas e de outros pensadores, mantendo a guilhotina a funcionar sem trégua, ao ponto de tornar-se ultrajante ditador e sanguinário. Vítima de um golpe dos seus adversários da Convenção, foi preso e também guilhotinado. Nesse período difícil, a morte de Deus foi anunciada, e a revolta retirou os vestígios da Sua presença no país, inclusive mudando os nomes de ruas, boulevards e praças que os tivessem de santos ou denominações religiosas, assim como os objetos de culto das igrejas, tentando apagar a lembrança da fé e da crença espiritual no território francês. Logo depois, com o retorno de Deus através da Concordata de 1802, firmada por Napoleão Bonaparte com o Vaticano, permaneceram os ódios e resquícios do período de revolta e de perseguições inclementes, dando lugar a um amortecimento ético dos sentimentos. 
O Iluminismo em declínio favoreceu o Positivismo em ascensão, enquanto as ideias pessimistas e destrutivas de Arthur Schopenhauer espalhavam-se por toda parte, proclamando a desnecessidade de Deus e de qualquer formulação religiosa no comportamento humano. À medida que o materialismo tomava conta da cultura, a amargura doentia de Friedrich Nietzsche passou a comandar as mentes e os corações desesperados, amparados no ceticismo científico das Academias, que asseverava ser a alma uma sudorese cerebral que desaparecia com a morte do encéfalo.
Nessa paisagem de morbidez e desencanto, o ateísmo tornou-se a diretriz comportamental dos indivíduos, que logo depois se atiraram à guerra perversa de 1869-1870, que ressurgiu entre 1914- 1918 e retornou calamitosa entre 1939-1945, com as mais inacreditáveis cargas de ódio e destruição de que a História tem notícia. Muito contribuíram para essa tragédia as ideias do super-homem do referido Nietzsche e o pensamento de Heidegger, que muito influenciou o surgimento do nazismo, partido ao qual ele se filiou por algum tempo, embora rompendo depois, quando da perseguição aos professores judeus da Universidade de Freiburg, onde era reitor. A ética do mais forte substituiu a dos direitos humanos e da dignidade, em face da aristocracia do poder totalitário e insano de alguns governantes. Heidegger influenciou filosoficamente Jean-Paul Sartre com o seu pensamento sobre o ser, servindo de inspiração para o existencialismo e total desinteresse pelos valores ético-morais que conduziram a civilização ao largo dos séculos. Viver agora e fruir ao máximo, não poucas vezes sem qualquer respeito pelos direitos dos outros, cultivar o prazer até a exaustão, passaram a ser os comportamentos aceitos e divulgados como recurso valioso para a preservação da vida e das experiências de alegria e de bem-estar. Lamentavelmente, as religiões ortodoxas, incapazes de oferecer resistência filosófica e ética aos absurdos da nova ordem, por se manterem fiéis aos programas medievais totalmente ultrapassados, foram desprezadas e consideradas responsáveis pela miserabilidade do ser humano, pelos seus desaires, pelas suas amarguras. 
Carregado pelas heranças teológicas do pecado e da culpa, o ser humano rompeu com as tradições enganosas e preferiu arrostar as consequências da sua liberdade, derrapando na libertinagem. Sucede que, toda vez quando se arrebentam as algemas da escravidão de qualquer tipo, a ânsia de liberdade é tão grande que, por desconhecimento dos seus limites, aquele que a aspira tomba nos resvaladouros da irresponsabilidade, da agressividade aos direitos alheios, do abuso desrespeitoso. Assim ocorrendo, desaparece a ética da conduta para apresentar-se o direito de exceção, colocando-se o indivíduo acima da lei, da ordem e de qualquer restrição. Os avanços da Ciência, demitizando algumas das informações e dogmas religiosos, os milagres de Jesus, que passaram a ser observados do ponto de vista das doutrinas psicológicas e parapsicológicas, reduziram a cultura ao materialismo, desde 1859, quando Charles Darwin, através do Evolucionismo, aplicou o golpe de misericórdia no mitológico Criacionismo bíblico, servindo de suporte para a vitalização do ateísmo. A contribuição da Tecnologia, alargando e aproximando os espaços e as distâncias, facultando a demonstração dos postulados científicos através das experiências dos fatos, foi fundamental para a indiferença humana pelos códigos de dignidade e de valorização da própria vida. 
O século XX, portanto, herdeiro da revolução filosófico-científica do passado, rapidamente aceitou o novo comportamento que se consolidou durante a revolução hippieísta dos anos 60, quando se deram as grandes mudanças de conduta, e as tradições nobres como a família, o casamento, a dignidade, a ordem passaram a ser instituições ultrapassadas. Irrompendo em avalancha avassaladora, tomou conta da juventude, que se sentia castrada pela intolerância e pelo poder dominador, passando a constituir um novo mundo, um modo diferente de vida. O aborto, a eutanásia, o suicídio, a agressividade, passaram a ser éticos na linguagem nova, que iria culminar nos homens e mulheres bombas, nos atentados terroristas, no crime organizado, na violência urbana, no alcoolismo exacerbado, no tabagismo, na drogadição e no sexo destituído de qualquer sentido moral e afetivo. Dando-se largas aos instintos primários, o nadaísmo, estimulando o erotismo, coisificou os seres humanos, que passaram a vender-se no mercado da luxúria sem qualquer pudor, sob o disfarce de experiências artísticas, desde que economicamente rentáveis. Nesse comércio hediondo, em que pouquíssimos logram alcançar os patamares elevados, multidões de jovens inexperientes são devoradas pelas máfias que o administram, passando os tratores da indiferença sobre os corpos e as almas mutiladas daqueles que ficaram vencidos durante as tentativas iniciais. Inevitavelmente, houve uma total decadência ética da cultura e da civilização, que passaram a adorar os novos deuses do prazer e do engodo, da utopia e da mentira, embora vivendo-se o vazio existencial que leva à depressão e ao suicídio. 
Nada obstante, nesse ínterim, surgiu o Espiritismo em 1857, revitalizando a ética moral, baseada nas lições insuperáveis de Jesus, que foram corrompidas pelas ambições e conchavos humanos através dos séculos, desde o dia em que se uniram ao Império Romano, passando de perseguidas a perseguidoras. Com a revelação dos imortais, a vida passou a ter sentido profundo e significado psicológico indiscutível, como decorrência da proposta filosófica erguida pelos pilotis dos fatos demonstrativos da imortalidade da alma, da vida futura, da justiça divina e da Lei de Causa e Efeito, responsável por todos os fenômenos humanos. A partir de então, embora lentamente, vem sendo restaurada a proposta do amor como sendo a fonte inexaurível para a felicidade, em razão dos seus conteúdos otimistas e realistas, que dignificam a espécie humana, proporcionando-lhe os necessários estímulos para desenvolver-se e atingir as culminâncias da iluminação pessoal. 
A falência do novo comportamento niilista encontra-se em toda parte, porque a sua doutrina enganou os seus adoradores, conduzindo-os às aflições superlativas e às angústias dantes jamais vivenciadas. Aturdidas, essas multidões decepcionadas e sem rumo buscam, mesmo sem o saber, retornar às origens do bem e da alegria, ao encontro da pureza de sentimentos e de convivência nobre, sentindo falta da fraternidade que deve sempre viger entre os seres humanos, sequiosos de paz e de esperança. Ninguém pode viver em equilíbrio sem a bênção confortadora da esperança que abre perspectivas formosas para o futuro. O Espiritismo, portanto, possuindo os paradigmas que foram deixados para trás pelo anarquismo e ceticismo, apresenta-os como propostas que levam à ética do dever e da harmonia, propiciando ventura. A crença em Deus, a crença na imortalidade da alma, a crença na comunicabilidade dos Espíritos, a crença na reencarnação, a crença na pluralidade dos mundos habitados e as propostas ético-morais de O Evangelho segundo o Espiritismo, que proporciona uma releitura das lições insuperáveis de Jesus, conforme as conhecemos em as narrativas dos evangelistas, são as novas diretrizes para a construção do ser humano feliz e da sociedade ditosa que todos aspiram. Não há outra alternativa, exceto a coragem para superar a crise moral que domina praticamente toda a sociedade contemporânea, reflexionando e vivendo a vigorosa ética espírita, que resume as mais grandiosas formulações da ancestral diante das novas necessidades que tomam conta da sociedade. Revigorada, a ética lentamente ressurge e passará a comandar os destinos humanos na direção da paz e da alegria de viver mediante o correto culto dos deveres. 
Vianna de Carvalho 
Pelo médium Divaldo Pereira Franco  

28.7.22


 

MEU LIVRO PREFERIDO

Dias atrás, aqui mesmo na Vida Espiritual, onde, não raro, temos a alegria de nos encontrar com velhos amigos que fizemos na Terra, um deles, após saudar-me efusivamente, perguntou-me:
- Dr. Inácio, desculpa-me a liberdade, mas eu gostaria imensamente de saber: dos livros da Codificação, qual é o de sua preferência?...
Sem pensar duas vezes, respondi:
- O meu livro preferido é "O Evangelho Segundo o Espiritismo"!...
- Por quê?! - tornou ele de imediato.
- Porque ninguém briga por conta dele...
- Como assim?! - insistiu o companheiro.
- Veja bem - procurei ponderar. - "O Livro dos Espíritos" e "O Livro dos Médiuns" estão sempre dando margem a polêmicas e discussões, por vezes, infindáveis e estéreis entre os adeptos da Doutrina...
- É verdade - concordou.
- Por exemplo, sobre Reencarnação e Mediunidade, quase todo mundo quer saber um mais do que outro... A respeito da vida no Mundo Espiritual então nem se fala! Os conflitos doutrinários em torno do assunto chegam a criar verdadeiras animosidades...
- O senhor tem razão!
- Por outro lado, porém, eu nunca assisti ninguém brigando para ser mais caridoso do que outro...
- Para perdoar mais! - emendou.
- Ou para pedir mais perdão! - ressalvei. - Sem dúvida, para mim, "O Evangelho Segundo o Espiritismo" é o livro mais necessário, e, portanto, o de minha preferência.
- Bem, mas as demais obras do Pentateuco são igualmente importantes - "O Céu e o Inferno", "A Gênese"...
- Importantíssimas! - antes que fosse mal interpretado, fiz questão de frisar. - Contudo, porque são repositórios da Verdade dinâmica não são obras acabadas...
- Explique-se, por favor - solicitou-me franzindo o cenho.
- Meu caro, estamos longe do conhecimento da Verdade integral, mas, em relação ao Amor nós já sabemos tudo o que precisamos saber... O "conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará" (grifei) nos remete ao futuro distante; contudo, o "amai-vos uns aos outros como eu vos amei", refere-se ao passado remoto e recente e ao presente imediato!...
Depois de ligeira pausa, conclui:
- Muitos de nós estamos como quem, já tendo o pão garantido, largamos o pão que nos é necessário para brigar por conta de uma taia de mortadela que, diante do estômago que ronca de fome, é completamente supérfluo!...
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

27.7.22


 

ÓBOLO DA VIÚVA

 Comentário Questão 646 do Livro dos Espíritos

O óbolo da viúva verdadeiramente é o símbolo da caridade mais pura, porque foi dado com o coração. Ela deu tudo o que tinha para dar, talvez, até o de que precisava para se alimentar. No entanto, a caridade entre os homens que crescem espiritualmente, toma outras formas. As posições são variadas no íntimo do coração.
Se já compreendemos que a evolução não dá saltos, mas tem uma seqüência de passo a passo, de vida a vida, jamais o ser humano, mesmo acompanhando grandes mestres da filosofia espiritualista, pode pretender fazê-la na perfeição que lhe cabe, com o coração em Jesus. Portanto, mesmo que as pessoas não sintam, como a viúva pobre do Evangelho, o amor de doar o que tem em favor dos que sofrem, o que elas fizerem, mesmo do que sobra em sua mesa, já é um começo.
A criança, quando começa a andar, não tem os passos firmes de um adulto. A princípio, são passos trôpegos, para depois irem se firmando, à medida que as forças forem chegando e a mente dominando seu corpo. Para nós, todo ato de caridade é louvável; com o tempo, aprenderemos a fazer caridade por amor.
Com a Doutrina Espírita, pelas suas sábias dissertações sobre a caridade, aprenderemos, pela maturidade espiritual, a sempre servir aos que andam conosco a caminho. Admiramos a nobreza do gesto da viúva, se servindo daquilo que tinha para ofertar, de modo que nem o gazofilácio anunciou, mas, Jesus, vendo e sentindo a sinceridade dela, alegrou-se-lhe o coração em ver o amor que desprendia do coração da mulher em favor das criaturas.
O que vale mais, certamente que são os sentimentos que irradiam na hora da doação, e não a quantidade. Mas, nos dias atuais, mesmo que faltem sentimentos de fraternidade no coração doador, na oferta que cai das mãos nobres dos ricos, ela é abençoada por enxugar muitas lágrimas, por dar pão a muitos famintos e vestir muitos nus.
Também encontramos com freqüência, pequenos óbolos cheios de ódio, assim como grandes quantidades envolvidos em amor. De qualquer forma, toda dádiva será abençoada, desde quando sirva de amparo para os que sofrem.
"O Livro dos Espíritos" é de uma sabedoria ímpar, pelo que ele diz na questão em estudo:
"Em melhor conta tem Deus o pobre que divide com o outro o seu único pedaço de pão, do que o rico que apenas dá o que lhe sobra."
Colocamos a palavra "divide" em destaque, para que possas entender o sentido oculto do assunto, porque há muitos que acham que a caridade verdadeira é aquela em que o pobre dá tudo o que tem, ficando sem o suficiente, quando ele mata a fome do seu irmão e fica com fome, despe-se para vestir o outro. Dividir é a caridade mais acertada.
E disse: verdadeiramente vos digo que esta viúva pobre deu mais do que todos. (Lucas, 21:3) Deu mais do que os que ali estavam doando do que lhes sobrava. Jesus multiplicou os pães por amor. O amor é tudo, é o que move todas as dádivas verdadeiras. Faze tudo com amor, tudo com perfeição, que a tua vida passará a mudar sempre para melhor.
Quem ainda não tem condições de doar com amor, que continue a fazê-lo por qualquer outro motivo, que a maturidade, no amanhã, surgirá para lhe ensinar a verdadeira fraternidade.
 
Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

26.7.22


 

CONSULTE O BEM

O maledicente desejará que você observe, tanto quanto ele, o lado desagradável da vida alheia.
A criatura vacilante e frágil esperará que suas forças sejam quebradiças.
O discutidor aguardará seu comparecimento às disputas, a propósito de tudo e de todos.
O ingrato não se alegrará em vê-lo reconhecido aos outros.
O personalista não se regozijará identificando-lhe o respeito aos adversários.
O revoltado tentará a máscara da rebeldia ao seu rosto.
O imcompreensível procurará mergulhar sua mente no fundo das perturbações.
O neurastênico pedir-lhe-á não sorrir.
O insensato reclamará sua adesão à loucura.
O homem imperfeitamente espiritualizado sempre busca igualar os semelhantes a si mesmo. Lembre-se, contudo, de que você é você, com tarefa original e responsabilidades diferentes e, se pretende a felicidade real, não deve esquecer a consulta aos padrões do bem, com o Cristo, em todas as horas de sua vida.

Livro: Agenda Cristã - Francisco C. Xavier - André Luiz (consulte_bem)

25.7.22


 

ELEMENTAR, MEU CARO WATSON!

Elementar, meu caro Watson!
Desculpe-me a brincadeira, mas se você não fica satisfeito com a tese que defendemos de que Chico Xavier foi a reencarnação de Allan Kardec, nada posso fazer...
Sendo o Espiritismo a doutrina da Reencarnação é natural que o fenômeno continue sendo estudado, exaustivamente, por aqueles que por ele se interessam - sinceramente, de minha parte, não vejo qualquer heresia doutrinária no assunto!
Por exemplo: os que são contrários à tese afirmam que o Codificador era um homem de personalidade austera, ao passo que Chico era cândido em excesso, como o seu próprio nome...
Eu não concordo - não com a candura de Chico, mas com a impossibilidade que atribuem a Kardec de ser incapaz de um sorriso, ou mesmo de uma ironia fina...
Quando o Professor Rivail - que ainda não era Kardec - manteve o seu primeiro contato com Zéfiro, que havia sido seu contemporâneo, e subalterno, nas Gálias, o descontraído espírito saudou o antigo chefe druida, com efusão: - Salve, caro pontífice, três vezes salve!... Correspondendo àquela inocente pilheria, longe de se agastar, Rivail respondeu, arrancando sorrisos de todos os que se encontravam na casa da família Baudin: - Minha bênção apostólica, prezado filho!...
Um pouco mais tarde, na casa da Sra. Cardonne, hábil leitora das linhas da palma das mãos - era, pois, uma quiromante -, ela lhe disse que observava com ele o signo daTiara Espiritual... - Quereis dizer que serei Papa? - gracejou o futuro Codificador. - Se isto tivesse de acontecer, não seria certamente nesta existência!...
Depois de oito anos, encontrando-se, de novo, com a Sra. Cardonne, Kardec, com o senso de humor que não lhe transparece nos quadros da época, diz a ela que ainda não estava sentado no trono de São Pedro...
Ao que, enfática, respondeu a respeitável dama:
- Não sois, de fato, o chefe da Doutrina Espírita, reconhecido pelos espíritas do mundo inteiro? Vossos escritos não constituem a lei? Não se contam aos milhões os vossos adeptos? Existe algum homem mais autorizado que vós em assunto de Espiritismo? Não vos dão espontaneamente os títulos de Pontífice e até mesmo de Papa?!...
Penso, Watson, que se a resposta de Kardec tivesse sido registrada, ouviríamos mais ou menos o que Chico Xavier disse a um repórter que, igualmente, o chamara de Papa do Espiritismo:
- Papa, eu?! Só se for papa de angu, na panela!...
Com o meu abraço, pedindo-lhe elementarmente, meu caro Watson, eu que sou um admirador seu e de Sherlock Holmes, que não me queira mal, sempre o amigo,

INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

24.7.22


 

ESQUECIMENTO DE VIDAS PASSADAS

Indicamos neste capítulo as causas físicas do esquecimento das vidas anteriores. Inquirir se esse esquecimento não se justifica por uma necessidade de ordem moral? Para a maior parte dos homens, frágeis "canas pensantes" que o vento das paixões agita, não se nos afigura desejável a recordação do passado; pelo contrário, parece indispensável ao seu adiantamento que as vidas anteriores se lhes apaguem momentaneamente da memória.
A persistência das recordações acarretaria a persistência das idéias errôneas, dos preconceitos de casta, tempo e meio, numa palavra, de toda uma herança mental, um conjunto de vistas e coisas que nos custaria tanto mais a modificar, a transformar, quanto mais vivo estivesse em nós. Deparar-se-iam assim muitos obstáculos à nossa educação, aos nossos progressos; nossa capacidade de julgar achar-se-ia muitas vezes adulterada desde o berço. O esquecimento, ao contrário, permitindo-nos aproveitar mais amplamente os estados diferentes que uma nova vida nos proporciona, ajuda-nos a reconstruir nossa personalidade num plano melhor; nossas faculdades e nossa experiência aumentam em extensão e profundidade.
Outra consideração, mais grave ainda: o conhecimento de um passado corrupto, conspurcado, como deve suceder com o de muitos de nós, seria um fardo pesado. Só uma vontade de rija têmpera pode ver, sem vertigem, desenrolar-se uma longa série de faltas, de desfalecimentos, de atos vergonhosos, de crimes talvez, para pesar-lhes as conseqüências e resignar-se a passar por elas. A maior parte dos homens atuais é incapaz de tal esforço. A recordação das vidas anteriores só pode ser proveitosa ao Espírito bastante evoluido, bastante senhor de si para suportar-lhe o peso sem fraquejar, com suficiente desapego das coisas humanas para contemplar com serenidade o espetáculo de sua história, reviver as dores que padeceu, as injustiças que sofreu, as traições dos que amou. É privilégio doloroso conhecer o passado dissipado, passado de sangue e lágrimas, e é também causa de torturas morais, de íntimas lacerações.
As visões que se lhe vinculam, seriam, na maioria dos casos, fonte de cruéis inquietações para a alma fraca presa nas garras do seu destino. Se as nossas vidas precedentes foram felizes, a comparação entre as alegrias que nos davam e as amarguras do presente, tornaria estas últimas insuportáveis. Foram culpadas? A expectativa perpétua dos males que elas implicam paralisaria a nossa ação, tornaria estéril nossa existência. A persistência dos remorsos e a morosidade da nossa evolução far-nos-iam acreditar que a perfeição é irrealizável!
Quantas coisas, que são outros tantos obstáculos à nossa paz interna, outros tantos estorvos para nossa liberdade, não quiséramos apagar da nossa vida atual? Que seria, pois, se a perspectiva dos séculos percorridos se desenrolasse sem cessar, com todos os pormenores, diante da nossa vista? O que importa é trazer consigo os frutos úteis do passado, isto é, as capacidades adquiridas; é esse o instrumento de trabalho, o meio de ação do Espírito. O que constitui o caráter é também o conjunto das qualidades e dos defeitos, dos gostos e das aspirações, tudo o que transborda da consciência profunda para a consciência normal.
O conhecimento integral das vidas passadas apresentaria inconvenientes formidáveis, não só para o individuo, mas também para a coletividade; introduziria na vida social elementos de discórdia, fermentos de ódio que agravariam a situação da humanidade e obstariam a todo progresso moral. Todos os criminosos da História, reencarnados para expiar, seriam desmascarados; as vergonhas, as traições, as perfídias, as iniqüidades de todos os séculos seriam de novo assoalhadas à nossa vista. O passado acusador, conhecido de todos, tornaria a ser causa de profunda divisão e de vivos sofrimentos.
O homem, que vem a este mundo para agir, desenvolver as suas faculdades, conquistar novos méritos, deve olhar para frente e não para trás. Diante dele abre-se, cheio de esperanças e promessas, o futuro; a Lei Suprema ordena-lhe que avance resolutamente e, para tornar-lhe a marcha mais fácil, para livrá-lo de todas as prisões, de todo peso, estende um véu sobre o seu passado. Agradeçamos à Providência Infinita que, aliviando-nos da carga esmagadora das recordações, nos tornou mais cômoda a ascensão, a reparação menos amarga.
Objetam-nos, às vezes, que seria injusto ser castigado por faltas que foram esquecidas, como se o esquecimento apagasse a falta! Dizem-nos, por exemplo: "Uma justiça, que é tramada em segredo e que não podemos pessoalmente avaliar, deve ser considerada como uma iniqüidade."
Mas, em princípio, não há para nós em tudo um mistério? O talozinho de erva que rebenta, o vento que sopra, a vida que se agita, o astro que percorre a abóbada silenciosa, tudo são mistérios. Se só devemos acreditar no que compreendemos bem, em que é que havemos então de acreditar?
Se um criminoso, condenado pelas leis humanas, cai doente e perde a memória das suas ações (vimos que os casos de amnésia não são raros), segue-se daí que a sua responsabilidade desaparece ao mesmo tempo em que as suas lembranças? Nenhum poder é capaz de fazer com que o passado não tenha existido!
Em muitos casos seria mais atroz saber do que ignorar. Quando o Espírito, cujas vidas distantes foram culpadas, deixa a Terra e as más lembranças se avivam outra vez para ele, quando vê levantarem-se sombras vingadoras, acaso o lamenta o tempo do esquecimento? Acusa a Deus por ter-lhe tirado com a memória das suas faltas a perspectiva das provas que elas implicam?
Basta-nos, pois, conhecer qual é o fim da vida, saber que a justiça divina governa o mundo. Cada um está no local que para si fez e não sucede nada que não seja merecido. Não temos por guia nossa consciência e não brilham com vivo clarão, na noite de nossa inteligência, os ensinamentos dos gênios celestes?
O espírito humano, porém, flutua agitado por todos os ventos da dúvida e da contradição. Às vezes acha que tudo vai bem e pede novas energias vitais; outras, amaldiçoa a existência e clama o aniquilamento. Pode a Justiça Eterna conformar os seus planos com as nossas vistas efêmeras e variáveis? Na própria pergunta está a resposta. A justiça é eterna porque é imutável. No caso que nos ocupa, é a harmonia perfeita que se estabelece entre a liberdade dos nossos atos e a fatalidade das suas conseqüências. O esquecimento temporário das nossas faltas não evita o seu efeito. É necessária a ignorância do passado para que toda a atividade do homem se consagre ao presente e ao futuro, para que se submeta à lei do esforço e se conforme com as condições do meio em que renasce.

Livro: O Problema do ser, do destino e da dor.
Léon Denis 

23.7.22


 

MEDIUNIDADE EM PAUTA

Eis um fato que observo
E do qual não me desvio:
Da luz da mediunidade,
O médium é só o pavio...
*
A vaidade no médium
É uma nódoa singular,
Que dele só se remove
Esfregando até sangrar...
*
Semelhante a uma roseira
Que floresce onde convém,
Mediunidade tem rosas,
Mas tem espinhos também...
*
Ante o dever a cumprir,
Por mais pareça absurdo,
Eu penso que todo médium
Deveria nascer surdo...
*
Sendo o médium produtivo,
E se pretende arruiná-lo,
Em vez de perseguição,
A Treva manda adulá-lo...
*
A flor da mediunidade,
Mesmo quando despetala,
À luz do Sol que se esconde,
Suave perfume exala!...
Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso

22.7.22


 

Maus Obreiros

 "Guardai-vos dos maus obreiros." - Paulo (Filipenses, 3:2).

 Paulo de Tarso não recomenda sem razão o cuidado a observar-se o assédio dos maus obreiros.
 Em todas as atividades do bem,  o trabalhador sincero necessita preservar-se contra o veneno que procede do servidor infiel.
 Enquanto os servos leais se desvelam, dedicados, nas obrigações que lhes são deferidas, os maus obreiros procuram o repouso indébito, conclamando companheiros à deserção e à revolta. Ao invés de cooperarem, atendendo aos compromissos assumidos, entregam-se à crítica jocosa ou áspera, menosprezando os colegas de luta.
 Estimam as apreciações desencorajadoras.
 Fixam-se nos ângulos ainda inseguros da obra em execução, despreocupados das realizações já feitas.
 Manuseiam textos legais a fim de observarem como farão valer direitos com esquecimento de deveres.
 Ouvem as palavras alheias com religiosa atenção para extraírem os conceitos verbais menos felizes, de modo a estabelecerem perturbações.
 Chamam covardes os cooperadores humildes, e bajuladores os eficientes ou compreensivos.
 Destacam os defeitos de todas as pessoas, exceto os que lhes são peculiares.
 Alinham frases brilhantes e complacentes, ensopando-as em óleo de perversidades ocultas.
 Semeiam a dúvida, a desconfiança e o dissídio, quando percebem que o êxito vem próximo.
 Espalham suspeitas e calúnias, entre os que organizam e executam.
 Fazem-se advogados para serem acusadores.
 Vestem-se à maneira de ovelhas, dissimulando as  feições dos lobos.
 Costumam lamentar-se por vítimas para serem verdugos mais completos.
 "Guardai-vos dos maus obreiros".
 O conselho do apóstolo aos gentios permanece cheio de oportunidade e significação.

Livro: “Vinha de Luz” - Francisco C Xavier - Emmanuel 

21.7.22

O Retorno


 

Acolhimento Total

Uma vez, chamado a falar na Basílica do Carmo, por ocasião do dia santo dedicado a Maria Santíssima, confesso que senti certo frêmito ao falar.
O que era aquilo que se apoderava de mim?
Era uma força que me levava para frente. Algo que exprimia santidade. Elevava-me aos céus.
Um dia, contei esta minha experiência transcendental para o meu amigo Marcelo Carvalheira. Ele olhou-me, de alto a baixo, e disse-me sorridente como sempre fazia:
- A mãe de Deus tinha que realmente vir ao teu encontro, Helder, afinal, tu não a deixas sozinha um minuto sequer.
Rimos juntos com a sua tirada bem humorada.
No fundo, porém, guardava aquele argumento de meu bom amigo muita verdade.
É a Maria que sempre recorro nos momentos de dor e de intemperança.
Poderia recorrer a Jesus diretamente, mas parece que alguns filhos, como eu, sentem-se como mais aproximados à sua Mãe querida. É como se disséssemos a nós mesmos: vamos incomodar o mestre Jesus agora não, deixa para quando as coisas ficarem mais apertadas. Enquanto isso, vamos recorrer a Maria, nossa mãe querida!
É uma brincadeira com fundo de verdade.
Não é que não tenhamos afinidade e proximidade com o Nazareno, não se trata disso, mas é que o coração materno tem segredos que homem algum pode alcançar. É um jeito especial de ser acolhido.
Talvez por esta razão, nós marianos, nos sintamos muito à vontade uns com os outros, porque partilhamos deste mesmo sentimento de acolhimento total de Maria.
Neste dia em que se comemora no meu Recife a data de Nossa Senhora do Carmo, venho a ela e aos meus irmãos em Cristo dizer:
- Ave Maria!
O Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus!
Mas, neste instante sublime de reverência ao teu nome santo, desejo pedir pelos meus irmãos de caminho, sabendo antecipadamente que tu nunca os abandonas.
Há os que choram de dor nas calçadas e hospitais. Estai com eles nesta hora!
Há os que suplicam a misericórdia para que deixem de vez as suas labutas de sofrimento e solidão. Mãe santa, ficai com eles!
Há os que sentem fome, Mãe! Quero pedir comida e abrigo para todos eles, agora e sempre!
Há os que vivem na desesperança destes dias difíceis. Peço-vos que olhe, em especial, para cada um deles, no sentido de não desejar evadir-se da vida terrena.
Há aqueles que faltam a fé, ó, meu Deus, ficai com eles, Maria, a sustentar a sua ausência de paz interior.
De todos os males, há um que desejo destacar neste momento e te peço, de antemão, não nos deixe ficar presos no esconderijo do egoísmo febril. Aquele que isola as pessoas e as destacam erroneamente na multidão. Peço por eles e por todos os nossos irmãos de caminho.
Jesus e Maria, neste momento sublime e santo, peço-vos paciência para toda a humanidade. Para que possamos juntos superar as iniquidades destes dias que virão.
Terás mais trabalho, eu bem sei, mas não será sem tempo que tu abrigarás cada um destes teus filhos jogados ao relento das suas próprias vidas.
Ficai com o Pai, Maria, para junto a Ele e a Jesus derramar graças e esperanças para todos nós.
Agradecido sempre pelo teu amor incondicional, teu filho
Helder Camara - Blog Novas Utopias

20.7.22


 

DEMORA NO MAL

 Comentário Questão 645 do Livro dos Espíritos

Certos homens, e mesmo Espíritos desencarnados, demoram-se por tempo indeterminado nos vícios, enquanto outros seus companheiros saem logo quando passam a sofrer as conseqüências do erro.
Pelo conhecimento da Doutrina dos Espíritos, é fácil saber o porquê de uns sofrerem mais que outros. Alguns, ainda, passam pelo ambiente vicioso, mas, não se interessam em viciar-se. Todos sabem que, quanto mais a ignorância domina a mente humana, mais viciada ela pode ser.
O Espírito, em certa faixa do seu despertamento espiritual, sofre todos os tipos de agressões inferiores, passando por tudo para recolher experiências. Qual o anjo que não sofreu, nem foi testado pelas paixões inferiores, que não deslizou nos caminhos do erro, para aprender a ser bom e compreender o amor? Esses processos foram criados por Deus. Se alguém acha que foram criados pelos homens, é só raciocinar: o homem foi criado por quem, e por que as suas tendências? Na onisciência do Criador, Ele, ao fazê-lo, não sabia que esse iria criar tais ou quais modalidades de erros?
O que existe no mundo, em se falando de faltas, sempre existiu, para educação do próprio faltoso. Isso é justiça. Por que imputar os erros somente para os homens, e na profundidade esquecer de analisar a necessidade de tais coisas para a educação dos mesmos? Não devemos culpar ninguém pelo que se passa; tudo são meios usados pela Inteligência Divina para o despertamento das almas em ascensão.
Quanto ao que demora no vício mais que os outros, é Espírito com maior necessidade de corrigenda, e os que ficam pouco nos caminhos das paixões inferiores já se encontram com certa maturidade, e somente recebem o que merecem.
Não devemos nos impressionar com o que existe. Deus está vendo tudo e, se o permite, é porque precisamos desses meios para nos elevarmos. Vamos trabalhar no bem, viver o amor e a caridade, para não precisarmos de mais corrigendas. Vamos orar e vigiar para não cairmos em novas tentações, é o que disse Jesus, nos ajudando a nos erguermos para a luz.
Ninguém deseja sofrer; todos temos um instinto de procurarmos as coisas melhores. Quando, por vezes, permanecemos mais no mal, somos motivados pela ignorância e estamos, mesmos inconscientes, buscando o bem no mal. Jesus não disse que iria mandar para a humanidade outro Consolador? Pois bem, ele já está entre nós, na forma de uma doutrina, a Doutrina Espírita, que além de nos consolar, está no mundo nos instruindo, e esse esclarecimento nos leva à paz de consciência. Mas, essa paz é produto da maturidade da alma.
Ninguém, Espírito algum, nasce já desperto na sua pureza e, somente com o tempo pode dar pela presença de Deus e, em se falando da humanidade, pelas mãos do Cristo. Os Espíritos, encarnados e desencarnados, que persistem no erro, sofrendo todas as conseqüências do mal e não mudam em nada, certamente que ficarão onde se encontram, até abrir os olhos e despertar as sensibilidades para o amor.
E Ele lhes disse:
Não compreendeis ainda? (Marcos, 8:21)
Pois não existe outro meio, ou outros meios, para compreender os problemas melhor do que a dor, enfim, todo tipo de infortúnio, para que se possam despertar os valores latentes e gozar das delícias da vida. Sempre foi assim, e assim será pela força da justiça.
Mas, aquele que perseverar até o fim, no amor, será salvo de todas as conseqüências do ódio, da inveja e do ciúme, e o seu coração abrir-se-á para o coração de Deus, nos caminhos de Jesus.
Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

19.7.22

ILUMINA-TE



CONCLUSÕES

Que a vida física é uma escola abençoada, é insofismável; mas, se você não se aproveitar dela a fim de aprender suficientemente as lições que se destinam ao seu engrandecimento espiritual, em nada lhe valerá o ingresso no aprendizado humano.
Que o caminho do bem é laborioso e difícil, não padece dúvida; no entanto, se você não se dispuser a segui-lo, ninguém o livrará da perigosa influência do mal.
Que a felicidade eterna é realização superior, fora dos quadros transitórios da carne, é incontestável; contudo, se você deseja perseverar no campo dos prazeres fáceis e inferiores das esferas mais baixas, dentro delas perambulará, indefinidamente.
Que Deus está conosco, em todas as circunstâncias, é verdade indiscutível; todavia, se você não estiver com Deus, ninguém pode prever até onde descerá seu espírito, nos domínios da intranqüilidade e da sombra.

Livro: Agenda Cristã - Francisco C. Xavier - André Luiz (conclusão)

18.7.22


 

O ESPIRITISMO, A REENCARNAÇÃO E A IGREJA

Esta matéria resume o conjunto de respostas às colocações dos católicos e protestantes sobre a reencarnação, mostrando a coerência e as verdades da Doutrina Espírita, as quais se identificam plenamente com a Bíblia, a razão e a Ciência.
O Cristianismo está dividido hoje em um grande número de igrejas ou correntes cristãs.
A própria Igreja Católica Apostólica Romana tem suas divisões.
Há católicos que assistem a uma missa todos os dia.
E há católicos que passam anos sem assistir a uma missa.
Há aqueles que não crêem na reencarnação, e há aqueles (a maioria) que a aceitam.
Existem aqueles que não crêem no inferno e em outros dogmas católicos, e outros que, cegamente, aceitam todas as doutrinas católicas e mais as superstições católicas populares.
Para os adversários do Espiritismo, é bom que se lembre aqui que a maioria dos católicos freqüenta centros espíritas e centros de Umbanda, Candomblé e Quimbanda.
E uma prova de que é verdade o que estamos afirmando é que muitos padres, xingando os seus fiéis católicos, têm dito que "quando a coisa aperta para os católicos, eles correm para os centros espíritas".
E a própria Igreja afirma hoje que nela reina a unidade na diversidade.
A diversidade é as divergências internas dela.
A Igreja tem muita afinidade com o Espiritismo.
O Brasil é a maior nação católica do mundo, e é também a mais espírita do mundo.
As Filipinas é a 2a nação católica da Ásia, e é a 2a nação espírita do mundo.
De fato, a comunicação com os santos da Igreja não é com os cadáveres dos santos, mas com os espíritos dos santos.
E a proibição de Moisés da comunicação com os espíritos (Dt. 18,11) não é de Deus, pois não está no Decálogo.
Ademais, ela prova-nos que existe a comunicação com os espíritos, senão Moisés não a iria proibir.
Não seria ele louco de proibir uma coisa que não existe.
Mas Moisés mesmo se contradiz, com relação a esse assunto, permitindo a Eldade e Medade que recebam espíritos (Nm 11,26-29).
E, se fôssemos obedecer a tudo determinado por Moisés, iríamos contra os Dez Mandamentos.
Por exemplo, ele manda assassinar a pedradas todos os que se comunicam com os espíritos (Levítico 20,27).
Sabemos que Jesus e os apóstolos médiuns Pedro, Tiago e João, na Transfiguração, entraram em contato com os espíritos de Moisés e Elias.
E para aqueles que dizem que Elias foi para o céu vivo, com seu corpo de carne, lembro-os de que Elias continuou na Terra depois do episódio de ter subido em uma carruagem de fogo, pois Jeorão, rei de Judá, recebeu de Elias uma carta, alguns anos depois do citado episódio evolvendo o desaparecimento de Elias numa carruagem de fogo (2 Crônicas 21,12).
Quanto à posição da Igreja em relação não só ao Espiritismo, mas também, a outras religiões, estão caducas as condenações dos bispos brasileiros, de 1915, 1948 e 1953, como estão caducas as leis canônicas que regiam a Inquisição.
Valem para hoje as decisões constantes da "Lumem Gentium" do Concílio Vaticano II.
E ninguém é mais excomungado porque participa de alguma cerimônia ou evento não católicos.
Alegam muitos religiosos cristãos fundamentalistas que o pagamento de pecados pelas reencarnações é incompatível com a razão, porque o indivíduo não se lembra do pecado que está pagando.
A criança não sabe que a panela quente no fogão queima seu dedo, e, no entanto, ela se queima assim mesmo sem saber o motivo e sem saber sequer que ela está cometendo um erro.
Incompatível com a razão é o indivíduo pagar pelo pecado original de Adão e Eva, e que é também contra a Bíblia.
"A alma que pecar, essa morrerá: o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai a iniqüidade do filho" (Ez 18,20).
E Deus quis que nós ignorássemos nosso passado para o nosso próprio bem.
Se o indivíduo tem uma pessoa de sua família, vizinha ou colega de trabalho ou de estudo, que, no passado, foi um seu desafeto ou grande inimigo seu, ao saber disso, automaticamente se criaria uma barreira entre os dois.
Como, pois, haveria um relacionamento amistoso, de reconciliação e amizade entre eles?
Seria muito difícil acontecer a sua harmonização.
E um outro tipo de problema poderia haver com a lembrança de fatos do passado.
Se surgir uma oportunidade para fazermos o bem a uma pessoa, mas descobrimos que, numa vida anterior, ela foi um nosso grande amigo ou irmão, avô, filha, esposa ou esposo, certamente lhe daríamos uma atenção toda especial.
Mas não teríamos mérito!
E, sem dúvida, ficaríamos perplexos e mesmo traumatizados, se soubéssemos o que já fizemos de errado no passado!
Como se vê, é bom, em todo sentido, nós ignorarmos o nosso passado, como é bom ignorarmos também o nosso futuro.
Aliás, tudo o que Deus faz é bom e mais do que certo.
E, por isso, temos no Velho Testamento um texto reencarnacionista sobre esse assunto específico que acabamos de ver: "Somos de ontem e nada sabemos" (Jó 8,9).
Esse ontem não é um passado de 24 horas, mas um passado longínquo, como se pode ver pelo contexto bíblico.
Mas há um outro texto bíblico, agora do Apóstolo Paulo, muito usado contra a reencarnação.
É quando Paulo fala que Jesus morreu uma vez só, como o homem morre uma vez só (Hb 9,27).
Esse texto Paulino nada tem a ver com a reencarnação nem a favor dela nem contra ela.
A palavra homem vem do Latim "humus", água com terra ou barro, da qual se originou a palavra, também latina, "homo", homem em Português.
De fato o homem morre uma vez só "e bem morrido".
"Aquele que desce à sepultura, jamais se levantará" (Jó 7,9).
Além de esta afirmação do Livro de Jó nos mostrar como o homem era visto pelos semitas, ou seja, pelo seu lado fenomênico, material, mostra-nos também que a ressurreição não é do corpo, mas do espírito, pois jamais subirá o que desce à sepultura, isto é, o corpo, a carne.
Realmente, a ressurreição do corpo é do Credo da Igreja.
Mas a da Bíblia é do espírito.
"Temos dois corpos, um da natureza e outro espiritual; ressuscita o espiritual" (1 Co. 15,44).
Para um dos maiores teólogos católicos da Igreja da atualidade, o espanhol André Torres Queiruga, a ressurreição, inclusive a de Jesus Cristo, é também do espírito ("Repensar a Ressurreição", Ed. Paulinas).
Quando o espírito reencarna, ele ressuscita (ressurge) na carne.
Quando o homem morre, seu espírito ressuscita no mundo espiritual, até que, um dia, o espírito fique por lá.
"Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá" (Ap. 3,12).
Sobre a nossa personalidade, nós temos duas: uma geral do espírito, a que pertence o inconsciente, e outra particular para cada vida do espírito na carne, da qual é o consciente.
E é o consciente que funciona, quando estamos em vigília ou estado normal de consciência.
O consciente não se lembra de vidas passadas.
E é por isso que só nos lembramos de episódios de outras vidas, quando estamos em estado alterado de consciência, isto é, o estado em que funciona o nosso inconsciente.
O estado de consciência normal ou não alterado é o de Beta (vigília), quando estamos acordados ou com o consciente em funcionamento.
Já os estados alterados de consciência, em que funciona o inconsciente, são o de Alfa, isto é, o de quando estamos quase dormindo ou quase acordando (a pessoa fica meio grogue).
O estado de Teta se dá quando temos um sono leve.
Delta é quando estamos em sono profundo.
E como já foi dito, as lembranças de episódios de encarnações passadas ocorrem nesses estados alterados de consciência, muito raramente quando o indivíduo está em Beta (vigília).
Neste estado de Beta, as lembranças só acontecem de modo indireto ou em forma de tendências, inclinações, talentos.
Os adversários fundamentalistas da reencarnação alegam que ela é contrária às doutrinas da Igreja.
Em outros termos, a Igreja não a aceita.
Mas nem tudo que não é aceito pela Igreja está errado.
E, às vezes, acontece até o contrário, estando errado o que foi aceito pela Igreja, de que são exemplos a Inquisição, as Cruzadas e as guerras ou conflitos religiosos do passado, de que a Igreja pede hoje perdão.
E eu gostaria de dizer para os católicos e evangélicos contrários à reencarnação que ela foi aceita pelo Cristianismo Primitivo, tendo sido só condenada no Concílio Ecumênico (553), por influência do Imperador Justino e sua esposa Teodora.
Como o fenômeno da reencarnação nunca foi condenado por Jesus e a Bíblia, pelo contrário, em Jesus e nela temos várias passagens que falam direta e indiretamente sobre a reencarnação, não é, pois, estranho que ela tenha feito parte do Cristianismo dos primeiros séculos.
E a própria condenação dela no citado concílio demonstra que ela era aceita por teólogos cristãos.
E entre eles gostaríamos de destacar São Clemente de Alexandria, Orígenes, São Cirilo, o Papa São Gregório Magno, São Justino, autor de "Apologia da Religião Cristã", São Gregório Nazianzeno etc.
E a reencarnação não é uma doutrina só dos espíritas.
Ela é universal, tendo hoje o respaldo de vários segmentos da ciência, como a Terapia de Vivências passadas (TVP), exercida por milhares de médicos, psicólogos, parapsicólogos e até por físicos, como o francês radicado nos Estados Unidos, Patrick Drouot.
Pode haver falhas nessas regressões.
Por exemplo: interferências de entidades, as quais podem identificar-se falsamente, trazendo confusão de identidade ao inconsciente da pessoa que regride e ao seu terapeuta.
Por isso, os terapeutas da TVP devem ser bem preparados nos seus cursos de Pós-Graduação.
Uma pesquisa feita pela Universidade de Oxford, encomendada pela Igreja Anglicana (Inglaterra), com base em 2.000, 4.000.000.000 de pessoas, isto é, 2/3 da população da Terra, crêem na reencarnação.
E essa doutrina não é incompatível com a Doutrina Cristã nem com a lógica e a razão.
E o clero católico e os pastores são contra ela, porque ela nos mostra que a salvação depende da vivência do Evangelho do Cristo, enquanto que o clero católico e os pastores querem "vender" para nós a salvação!
"Os homens não perdoam as doutrinas que lhes fazem perigar os interesses" (Salomon Reinach).
Mais sobre a reencarnação no nosso livro "A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência".
Jesus Cristo é o nosso Redentor, no sentido de que Ele foi o Enviado do Pai para nos trazer a mensagem do Evangelho.
Mas, se fosse o sangue de Jesus que nos remisse, não precisaríamos fazer nada.
Poderíamos nos esbaldar!
E o próprio Jesus disse: "Ninguém deixará de pagar até o último centavo".
Se fosse, pois, o sangue Dele que nos redimisse, não teríamos que pagar nem o primeiro nem o último centavo do preço de nossas faltas!
E esse ensino do Mestre nos deixa claro, também, que pago o último centavo, estaremos quites com a Justiça Divina, não tendo nós que pagar mais nada, porquanto, a justiça divina é perfeita.
E isso derruba por completo as chamadas penas eternas.
Quanto aos sacrifícios, Jesus disse: "Basta de sacrifícios!" Destarte, o sangue derramado de um ser humano ou de um animal não acalma Deus, o Pai, nem faria despertar em Deus sua misericórdia para nós, pois Deus é imutável.
Aliás, a sua misericórdia por ser infinita, não poderia ser aumentada nem diminuída com nenhuma espécie de sacrifício, muito menos humano e de um homem justo e inocente como foi Jesus.
E Deus não é um espírito de baixo astral, que se compraz com sangue derramado.
Sabemos hoje, também, que não há inferno geográfico eterno, nem de fogo propriamente dito, como o entendiam (uns fingiam entender), por ignorância os teólogos do passado e muitos ainda de hoje o entendem.
O fogo do inferno bíblico é figurado, é no sentido esotérico e não exotérico.
Muitos líderes religiosos de hoje fingem que crêem ainda nessas coisas, para amedrontarem seus fiéis e, assim, poderem manipulá-los melhor.
Ademais, poucos sabem que o termo "eterno" vem de uma palavra grega, "aionios", que quer dizer um período longo, mas que tem fim!
E hoje, 150 anos depois do ensino espírita, a Igreja passou a ensinar também que o inferno não é um local geográfico, mas um estado de consciência, ou seja, o contrário do reino de Deus, que está dentro de nós, em forma ainda, às vezes, de semente ou em estado potencial, como diz a filosofia.
E, por conseqüência, o Paraíso ou Céus (no plural, tradução correta de "Caeli", como consta da Vulgata de São Jerônimo), está também em nós.
"O reino de Deus está dentro de vós mesmos".
Jesus disse que não veio condenar o mundo, mas salvar o mundo.
E, como vimos, Ele salva o mundo com o seu Evangelho.
Uns querem dizer que o Espiritismo e a reencarnação anulam todo o sacrifício de Jesus.
Na verdade, o Espiritismo não aceita o sangue de Jesus como sendo resgate de nossos pecados, mas valoriza, sim, o sacrifício de sua vinda ao nosso mundo e de sua morte, tudo para trazer para nós a mensagem do Pai.
E tanto é verdade isso, que o Espiritismo incentiva todos a porem em prática essa mensagem do Pai.
Realmente, é vivenciando o Evangelho do Mestre dos mestres, que nós vamos nos aperfeiçoando em nossa caminhada em direção à perfeição do Pai.
"Fora da Caridade não há salvação" (Allan Kardec).
"A fé sem obras é morta" (São Tiago).
"Posso ter uma fé que remove montanha, mas se eu não tiver caridade, não sou nada" (São Paulo).
E o Nazareno não ensinou que é crendo em determinados dogmas criados pelos teólogos, quando eles nem conheciam ainda direito a Bíblia, que nós nos tornamos seus discípulos e nos salvamos, mas por nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou.
O espírita é aquele, pois, que procura seguir o verdadeiro ensino de Jesus, já que busca, como foi dito, a vivência do seu Evangelho.
E o Espiritismo crê de fato na misericórdia infinita de Deus, pois, para nós espíritas, essa misericórdia divina é tão ampla, que Deus nos dá quantas chances (reencarnações) forem necessárias para a nossa salvação.
Em outras palavras, para o Espiritismo, a misericórdia divina é infinita mesmo, ou seja, é incondicional e é para todo o sempre.
É como nos mostra a Parábola do Filho Pródigo, em que o Pai de Misericórdia está sempre com os braços abertos para abraçar a qualquer filho seu, pois Deus não faz exceção de pessoas.
Basta que um filho seu "entre em si", como diz a Parábola, e queira voltar para Ele, pois o Pai, que é perfeito, respeita totalmente o nosso livre-arbítrio, para quando quisermos, como quisermos e onde quisermos despertar para a verdade que liberta, pois somos espíritos imortais e filhos de um Pai tão amorável, que nos ama mais do que nós mesmos nos amamos!
Por José Reis Chaves
Fonte: Portal do Espírito 

17.7.22


 

A parábola do trigo e do joio

Mateus 13:

24 Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O Reino dos céus é semelhante ao homem que semeia boa semente no seu campo;

25 mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou o joio no meio do trigo, e retirou-se.

26 E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio.

27 E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu no teu campo boa semente? Por que tem, então, joio?

28 E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo?

29 Porém ele lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele.

30 Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: colhei primeiro o joio e atai-o em molhos para o queimar; mas o trigo, ajuntai-o no meu celeiro.

Lendo essa parábola fico pensando em que momento estamos, creio que estamos no ato de colheita do JOIO, para ser juntado e queimado.

E o TRIGO?

Agora com a diminuição da quantidade de joio na mesma plantação, o trigo está tendo a oportunidade de terminar seu CRESCIMENTO e AMADURECIMENTO, para então ser colhido e juntado ao Celeiro.

Tendo em vista que ainda não fomos colhidos, é provável que sejamos um Trigo mal crescido e imaturo pois estávamos até agora encobertos pela sombra do Joio.

Para crescer e amadurecer precisamos nos esforçar, no sentido de acreditando nos planos da Espiritualidade Superior, conscientizarmo-nos da necessidade de fazer refletir em nós o brilho da pouca luz que já absorvemos e colocarmos esse pouco que absorvemos em benefício de nossos irmãos, os quais estão dando mostra de estar meio sem rumo nesses dias de tantas tribulações.

Abraço,

Toninho Barana

16.7.22


 

Heróica Batalha

Olvida a mágoa e a provação atroz...
Combate o mal e serve sem temor.
Cede ao Bem tuas mãos e tua voz,
Entoando a canção do Eterno Amor...
 
A vida sempre espera algo de nós...
Levemos lenitivo a cada dor.
Ninguém padeça e se lastime a sós,
Que a Caridade é luz por onde for...
 
O Mestre segue à frente... Eis os seus rastros
A inibir o fulgor dos próprios astros...
Seu Divino Estandarte a paz encerra...
 
Não desertemos da batalha heroica.
Marchemos juntos à Falange estóica,
Que constrói o seu Reino sobre a Terra!...
 
Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, no dia 7 de Março de 1986, em Uberaba – MG).

15.7.22


 

NÓS, OS DESENCARNADOS

Muitos são os que imaginam que nós, os desencarnados, não tenhamos, neste Outro Lado, ocupações que nos absorvam o tempo - acreditam que, embora estejamos despojados do corpo carnal, continuamos a viver em função da vida que os homens vivem no mundo!
Isto, evidentemente, não é assim.
A grande maioria, daqueles que já deixaram a existência física, não retorna a Terra com facilidade... Alguns por desconhecerem os caminhos que a ela conduzem; outros por indiferença ao que ficou na retaguarda!...
Óbvio que, não obstante, igualmente existem os que, embora já libertos do envoltório físico, permanecem mentalmente jungidos a situações e pessoas das quais ainda não conseguiram se desvencilhar.
Outros muitos, logo após o seu desenlace, mergulham em profundo torpor e, nesta condição, aguardam, inconscientes, por nova reencarnação.
O certo é que não são muitos, os espíritos dispostos a continuar trabalhando em auxílio à Humanidade!
A tarefa de intercâmbio sistemático com os encarnados, até certo ponto, não deixa de ser sacrificiosa para nós, que, para tanto, carecemos, por vezes, de nos conservarmos mais ou menos tangibilizados - quando, é claro, não logramos estabelecer sintonia psíquica a certa distância daqueles que pretendemos influenciar...
Abordamos, de relance, este assunto, porque é bom que se repita que nós, os desencarnados, temos intensa Vida a ser vivida por aqui - Vida que, como não poderia deixar de ser, nos requisita a presença e nos reclama atenção.
Corroborando as nossas assertivas, veja-se o que Emmanuel, por intermédio de Chico Xavier, escreveu na obra que lhe leva o nome por título: "Se os encarnados sentem a existência de fluidos imponderáveis que ainda não podem compreender, os desencarnados estão marchando igualmente para a descoberta de outros segredos divinos que lhes preocupam a mente"!
Ou seja: libertos e conscientes fora do corpo, temos, em síntese, inúmeras atividades a serem cumpridas e estudos mais profundos a serem efetuados!
Conforme temos procurado enfatizar em nossos escritos de natureza mediúnica, a vida do espírito na Terra é um pálido reflexo da vida do espírito no Além, onde tudo deve ser vivenciado com maior amplitude e intensidade.
Por enquanto, os caminhos que ligam o Mundo Espiritual à Terra são muito mais frequentemente palmilhados por espíritos que, infelizmente, ainda não lograram se adaptar à nova realidade a que foram conduzidos pela desencarnação.
Ouçam os que tiverem ouvidos de ouvir!...
INÁCIO FERREIRA - Blog Espiritismo na Internet  

14.7.22

 


Livrando-se da Morte

A morte, meus irmãos, ainda paira na mente dos homens como uma terrível ceifadora de vidas. Não é e nunca foi isto. A morte é, tão somente, um continuar da vida noutra dimensão, a dimensão espiritual.
Meus irmãos, por que volto a vos falar novamente desta "terrível ceifadora de vidas"? É porque sei que homens e mulheres temem o momento final de suas vidas terrenas e isto deve se acabar imediatamente. Não devemos temer mais a morte porque a morte representa o respirar profundo para o mundo espiritual, o nosso reencontro com a verdadeira vida.
Quando vivo entre vocês na carne, imaginava que a morte era o encontro com o Pai Celestial, não deixa de ser, pois ficamos mais próximos da essência divina, mas é um continuar do existir sem muitas modificações.
Não esperemos um céu brilhante, um céu de estrelas e de contemplação, esperemos sim, um campo de oportunidades de trabalho para o Deus Pai.
A morte não é o nada como muitos pensam, pelo contrário, a morte é se encontrar com o tudo universal. É imensa a vida, irmãos, e quando "morremos" percebemos com clareza isto.
Eu não morri, eu me transformei para a condição espiritual, perdendo, apenas, a minha vestimenta física. E pronto, estou novamente inteirinho, sem mácula alguma. O mesmo Hélder na aparência, nos gostos, na vontade, em tudo igual, nada diferente.
Há aqueles que querem me entronizar como um santo, ora, não sou. Aqui se sabe quantos são os degraus para se chegar à santidade total e estou muito, muito distante disto. Há santos de verdade, sim, mas são seres angelicais de uma delicadeza sem palavras para explicar. Seres de luz, meus caros, de pura luz. Dá para imaginar?
Eu sei que vocês me veem diferente, mas eu não sou nada disso, sou um trabalhador do Cristo, ah, isto eu sou e assumo com alegria d'alma. Somente isso.
Quando a morte chegar até você, dê-lhe as boas vindas. Diga a ela: "que bom que você veio, não estava esperando, nem queria ir, mas já que veio, vou de bom grado."
Meus queridos irmãos, obrigado por esta nova oportunidade do diálogo sincero intermundos e que a luz que emana de Jesus brilhe sempre em nossos corações.
Um abraço,
Helder Camara - Blog Novas Utopias

13.7.22


 

DEMORA NO MAL

Comentário Questão 645 do Livro dos Espíritos

Certos homens, e mesmo Espíritos desencarnados, demoram-se por tempo indeterminado nos vícios, enquanto outros seus companheiros saem logo quando passam a sofrer as conseqüências do erro.
Pelo conhecimento da Doutrina dos Espíritos, é fácil saber o porquê de uns sofrerem mais que outros. Alguns, ainda, passam pelo ambiente vicioso, mas, não se interessam em viciar-se. Todos sabem que, quanto mais a ignorância domina a mente humana, mais viciada ela pode ser.
O Espírito, em certa faixa do seu despertamento espiritual, sofre todos os tipos de agressões inferiores, passando por tudo para recolher experiências. Qual o anjo que não sofreu, nem foi testado pelas paixões inferiores, que não deslizou nos caminhos do erro, para aprender a ser bom e compreender o amor? Esses processos foram criados por Deus. Se alguém acha que foram criados pelos homens, é só raciocinar: o homem foi criado por quem, e por que as suas tendências? Na onisciência do Criador, Ele, ao fazê-lo, não sabia que esse iria criar tais ou quais modalidades de erros?
O que existe no mundo, em se falando de faltas, sempre existiu, para educação do próprio faltoso. Isso é justiça. Por que imputar os erros somente para os homens, e na profundidade esquecer de analisar a necessidade de tais coisas para a educação dos mesmos? Não devemos culpar ninguém pelo que se passa; tudo são meios usados pela Inteligência Divina para o despertamento das almas em ascensão.
Quanto ao que demora no vício mais que os outros, é Espírito com maior necessidade de corrigenda, e os que ficam pouco nos caminhos das paixões inferiores já se encontram com certa maturidade, e somente recebem o que merecem.
Não devemos nos impressionar com o que existe. Deus está vendo tudo e, se o permite, é porque precisamos desses meios para nos elevarmos. Vamos trabalhar no bem, viver o amor e a caridade, para não precisarmos de mais corrigendas. Vamos orar e vigiar para não cairmos em novas tentações, é o que disse Jesus, nos ajudando a nos erguermos para a luz.
Ninguém deseja sofrer; todos temos um instinto de procurarmos as coisas melhores. Quando, por vezes, permanecemos mais no mal, somos motivados pela ignorância e estamos, mesmos inconscientes, buscando o bem no mal. Jesus não disse que iria mandar para a humanidade outro Consolador? Pois bem, ele já está entre nós, na forma de uma doutrina, a Doutrina Espírita, que além de nos consolar, está no mundo nos instruindo, e esse esclarecimento nos leva à paz de consciência. Mas, essa paz é produto da maturidade da alma.
Ninguém, Espírito algum, nasce já desperto na sua pureza e, somente com o tempo pode dar pela presença de Deus e, em se falando da humanidade, pelas mãos do Cristo. Os Espíritos, encarnados e desencarnados, que persistem no erro, sofrendo todas as conseqüências do mal e não mudam em nada, certamente que ficarão onde se encontram, até abrir os olhos e despertar as sensibilidades para o amor.
E Ele lhes disse:
Não compreendeis ainda? (Marcos, 8:21)
Pois não existe outro meio, ou outros meios, para compreender os problemas melhor do que a dor, enfim, todo tipo de infortúnio, para que se possam despertar os valores latentes e gozar das delícias da vida. Sempre foi assim, e assim será pela força da justiça.
Mas, aquele que perseverar até o fim, no amor, será salvo de todas as conseqüências do ódio, da inveja e do ciúme, e o seu coração abrir-se-á para o coração de Deus, nos caminhos de Jesus.

Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

12.7.22


 

CONCLUSÕES NATURAIS

O paciente jamais desespera.
O inquieto reclama agora ou depois.

O corajoso suporta as dificuldades, superando-as.
O temerário afronta os perigos sem ponderá-los.

O iluminado brilha.
O teórico fala excessivamente.
O irmão estuda processo de amparar.

O adversário observa os recursos de ferir.
O homem comum ajuda, conforme as inclinações.
O cristão auxilia sempre.

Livro: Agenda Cristã - Francisco C. Xavier- André Luiz

11.7.22

O CÉU E O INFERNO


 

A Mágoa do Apóstolo

“Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe dará a paga segundo as suas obras.” – 2 Timóteo – cap. 4 – v. 14

A mágoa é uma emoção com a qual carecemos de tomar muito cuidado, pois, do que depreendemos do texto de sua Segunda Epístola a Timóteo, nem mesmo Paulo, o Apóstolo dos Gentios, conseguiu isentar-se dela.
Indiretamente, ele chega, inclusive, a clamar ao Senhor para que lhe faça justiça, em face dos muitos males que o referido latoeiro havia lhe causado.
Que espécie de males, teria o latoeiro proporcionado a Paulo para que tivesse se sentido tão ferido no espírito, ele que, em inúmeras ocasiões, sofrera as mais injustas agressões?!
Com certeza, não fora mais uma das ofensas físicas que, ao longo de seu apostolado, o ex-doutor da lei, haveria de sofrer, culminando com o golpe de espada que lhe retirou do corpo físico.
O infeliz latoeiro deve ter ocasionado a Paulo prejuízos morais de significativa monta, espalhando, talvez, inverdades a seu respeito, calúnias que lhe afetaram as atividades no labor de difundir a Boa Nova.
Seja como for, carecemos, de nossa parte, tomar muito cuidado para que a mágoa, à semelhança de nuvem borrascosa, não nos permaneça no espírito, dele subtraindo a lucidez de que necessita para seguir adiante sem se prender ao passado.
Cremos que Paulo, escrevendo ao discípulo, estivesse mais lamentando a atitude de Alexandre, que, pelos males que lhe infligira, a si mesmo sentenciara à penosa quitação dos débitos contraídos perante a Lei.
Não obstante, a mágoa do que sofrera, em prejuízo da Causa a que consagrara a própria vida, ainda estava presente em seu íntimo, demonstrando o quanto, de fato, é difícil esquecer e perdoar...
Olvidando, sobretudo, qualquer referência à identidade daqueles que, ao longo de nosso percurso, nos ocasionam gratuitas lesões, que, se não nos conseguem deter na jornada, podem nos afetar em nosso rendimento espiritual.

INÁCIO FERREIRA - Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 10 de Julho de 2022.

10.7.22

A vida Humana e o Espírito Imortal


 

Muletas

O enfrentamento da vida é difícil, mas superável. Todos somos convidados a participar do banquete da vida com seus altos e baixos, com suas vantagens e com suas agruras. É assim a vida!
O que se deve entender no processo do viver é que há em tudo um elemento de aprendizagem.
Ora, é algo que nos falta e que devemos suprir.
De outra vez, é algo que não percebemos e necessitamos despertar.
De outro modo, é algo que temos em abundância e precisamos dividir.
Em tudo há, portanto, algo a conhecer e a evoluir.
Neste contexto de vida, se inserem aqueles que, não dispondo ainda da devida coragem de exercer este enfrentamento, quedam-se em fugirem das responsabilidades, de repartirem as dores com outros, de não assumirem aquilo que lhes competem.
Há outra categoria de pessoas, aquela que se ampara deliberadamente em outras para sair do lugar.
O ato de ajudar, naturalmente, comporta o apoio ao outro como mecanismo de colaborar para se superar algo aparentemente intransponível. Deve ser realizado, portanto, em todas as oportunidades.
Até mesmo Jesus, o Nazareno, aceitou a ajuda, quando caído, premido pelas dores do fardo pesado que carrega. Nem Ele se negou ao apoio alheio.
Assim deve ocorrer com todo aquele que - ao carregar a sua cruz -necessite de ajuda quando considera-la excessivamente pesada.
Servir a Jesus, aprendemos, é servir ao próximo na proporção da nossa amorosidade com nós mesmos.
O que não se deve fazer, nem permitir, é que o outro, ou você mesmo, se faça ou se comporte como uma muleta.
A muleta é peça de apoio para tanta gente e que maravilhoso que ela exista, mas não pode ser transformada na relação diária como alguma coisa permanente para lhe sustentar.
Há pessoas que desejam muletas na vida, não sabem viver sem elas. E isto é profundamente prejudicial.
Se, num primeiro momento, elas poderão ser indispensáveis, depois do soerguimento do ser, elas devem imediatamente serem retiradas de circulação, sob pena de se criar profunda dependência.
Assim se comportam os preguiçosos que demandam tudo para os outros, mesmo aquilo que é de sua única responsabilidade fazer.
Desse modo procedem os que acham que sem ela poderá cair, ou seja, a muleta é uma anteparo para combater o medo – de qualquer ordem.
Há aqueles que pensam na muleta como parte integrante da sua indumentária. Acostumaram-se com elas e não as largam de jeito algum.
O ser humano não foi criado para carregar muletas pela vida toda.  Expresso-me no sentido figurado do termo.
Existe um momento que devemos, literalmente, abandoná-las.
Os desculpismos, os vitimismos, os exageros, e uma sorte de comportamentos, são obtidos pela necessidade de se manter o apoio da muleta nas suas vidas.
Acalme-se se você possui ainda algumas delas. Não se repreenda. O tempo já passou, mas cuide-se para que, de hoje em diante, perca esta dependência.
Quando se morre – interessante isto – o dependente questiona igualmente: “Onde estão as minhas muletas?”
Esta dependência é danosa porque o ser humano perde a sua autonomia, dependente que se faz de um artefato externo.
Corra das dependência! Procure seu próprio caminho.
Abandone os artifícios de linguagem que somente reforçam esta carência.
Seja você mesmo e confie na sua força interna.
Quando Jesus, por diversas vezes, exprimiu a frase “Levanta-te e anda!”, dizia isto para o espírito daquele ser humano, não apenas para soltar as muletas físicas, mas, sobretudo, as muletas que criava para seu próprio espírito andar na vida.
Erga-se logo e faça, de agora em diante, seu novo destino.
Vá à procura do seu destino grandioso.
O Pai, que a tudo observa, haverá de prover as suas necessidades de soerguimento, mas o primeiro movimento deve ser seu de se livrar das dependências que se impôs.
Assim é para toda a humanidade que Ele repete.
- “Levanta-te e anda!”
Helder Camara - Novas Utopias