26.4.24

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OBSESSÃO ENTRE ENCARNADOS

Falando a respeito da obsessão entre encarnados, que, na minha modesta opinião, é a pior das obsessões, não estou querendo me referir à opressão de natureza física e mental que, de maneira impiedosa, certas pessoas exercem sobre outras.
Muito comum, por exemplo, nos depararmos com quadros de pais que subjugam filhos, e vice-versa, quanto de cônjuges que escravizam cônjuges no relacionamento que estabelecem...
Quando na Terra, tive oportunidade de me deparar com muitas situações assim, em que um espírito encarnado, praticamente, anulava o outro, impedindo o seu crescimento diante da Vida.
Uma mãe vampirizava tanto a pobre da filha, que, ao vê-las adentrando o meu consultório, eu tinha a impressão de que a dementada genitora sugava todas as energias da pobre menina, pela qual ela a todo instante chamava, impedindo que a garota saísse de seu raio de influência, ou que sequer respirasse sem a sua permissão...
Fiz o que pude para libertar a jovem daquela possessão afetiva, que, a cada dia, tornava-a mais debilitada, inclusive fisicamente, e que terminou por levá-la à pneumonia, vindo a desencarnar primeiro que sua perturbada mãe.
E o pior é que, então, criou-se tal dependência psíquica entre as duas, que, mesmo após ter desencarnado, a filha não conseguia se libertar da mãe que, poucos anos depois, igualmente veio a deixar o corpo ainda chamando, com insistência, por ela.
Quero, no entanto, através deste pequeno registro, alertar para outro tipo de obsessão que, com frequência, impera entre os que se encontram encarnados - obsessão, talvez, menos agressiva, porém não menos nociva do que aquela que mencionei entre uma senhora e sua filha única.
Trata-se de uma obsessão exercida à distância, apenas e tão somente pela força do pensamento que dispara na direção do alvo que pretende atingir...
Nesta espécie de obsessão entre encarnados, não raro, o obsessor age com plena consciência do que pretende na emissão de vibrações agressivas que, constantemente, emite na direção da vítima de sua inveja, de sua mágoa, de seu ódio...
Tais vibrações enfermiças, se não rechaçadas por quem, direta ou indiretamente, as esteja motivando, podem ir minando a sua resistência, fazendo com que, por exemplo, ele se veja dominado pelo desânimo na tarefa que cumpre.
De repente, sem explicação alguma, a vítima começa a se sentir tomado pela falta de disposição física, exteriorizando vários sintomas de doenças que, na realidade, não existem.
Então, procurando vários médicos, toma medicamentos sem necessidade de tomá-los, e, caso não venha a reagir contra tal estado de abatimento, de tanto somatizar as vibrações que recebe, pode, de fato, acabar dentro de um quadro patológico real.
Daí a necessidade de todos os que costumam despertar tais reações ao seu derredor - a alguns metros, ou alguns quilômetros de si - criarem, em nível de pensamento, defesas capazes de repelir as vibrações que desejam a sua queda e o seu fracasso.
A primeira providência para isto, evidentemente, é a de se tomar consciência de que os adversários estão sempre à espreita e dardejam vibrações negativas que mentalizam, sem pausa, contra quem querem prejudicar... A segunda providência é a de se esforçar no sentido de, sob qualquer hipótese, não lhes oferecer sintonia, criando, com base na prece e na prática do bem aos semelhantes, um escudo magnético de proteção em volta de si...
No mais, é deixar que as vibrações infelizes não encontrando receptividade da parte do destinatário, tornem ao seu anônimo remetente, cujo endereço elas conhecem, e, pela Lei de Causa e Efeito, ensinem a lição que lhe cabe aprender.
INÁCIO FERREIRA - blog Mediunidade na Internet.

25.4.24

Univeros de Amor


 

REFLEXÕES EM TORNO DA LEI DE CAUSA E EFEITO

Amigos vários nos têm escrito solicitando que teçamos algumas considerações em torno da Lei de Causa e Efeito, e isto porque, segundo alegam, não entendem a ação de espíritos que, em desencarnando, continuam vinculados ao mal, agindo em desfavor da Humanidade.
- Não estariam eles, após a morte do corpo, colhendo o que semearam?! - indagam com certa incompreensão, na expectativa de que todos, assim que deixam o corpo, venham a sofrer a consequência imediata dos desmandos praticados.
A questão dessa aparente impunidade pós-morte, evidentemente, ainda se prende às nossas antigas concepções religiosas de Céu, Inferno e Purgatório, que determinariam o destino dos espíritos mal tivessem eles fechado os olhos para o cenário da Vida Física.
Porém, não acontece exatamente assim conforme, durante séculos e séculos, devido a informações equivocadas, os homens se habituaram a crer.
No livro "E a Vida Continua...", de André Luiz, psicografado, em 1968, por Chico Xavier, Evelina Serpa, um dos personagens da obra, de formação católica, conversando com o Irmão Cláudio, endereça a ele a seguinte pergunta: - Então, morrer?!... qual a novidade em torno disso? qual o maior interesse em nos reconhecermos redivivos? Sem rodeios, o mencionado Instrutor lhe respondeu: - As incógnitas da vida exterior, com os desafios delas resultantes, são as mesmas; entretanto, se a criatura aspira efetivamente a realizar uma tomada de contas encontra neste novo mundo surpresas, muitos fascinantes, no estudo e redescoberta de si mesma. Somos, cada um de nós, um astro de inteligência a perquirir... e a aperfeiçoar por nós próprios.
O que se pode depreender do texto acima?!
Por mais que isto nos possa surpreender, ou melhor, surpreender os nossos irmãos encarnados, algumas deduções interessantes podem dele ser extraídas. Senão vejamos:
1 - De fato, após a desencarnação, nem todos os espíritos experimentam de imediato as consequências da Lei de Causa e Efeito.
2 - Sendo assim, em deixando o corpo carnal, não poucos são aqueles que continuam com a ideia fixa no mal que se lhes cristalizou na mente.
3 - Delinquentes desencarnados podem, não raro, no agravamento de seus débitos, prosseguir delinquindo por tempo indeterminado - inclusive, podem desencarnar e tornar a reencarnar na condição de delinquentes...
4 - Para que a criatura, efetivamente, possa, diante do tribunal da própria consciência, realizar uma "tomada de contas", é indispensável que ela aspire, ou, ainda que timidamente, deseje que isto venha a suceder.
5 - A condição espiritual que induz qualquer infrator da Lei Divina ao remorso, já representa, para ele, uma "luz no fim do túnel"...
6 - A Lei, evidentemente, em benefício de seu próprio infrator, possui mecanismos de constrangimento, que, não obstante, nunca agem de maneira a lhe anular o livre arbítrio por completo... Isto foi elucidado por Allan Kardec nas páginas de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", capítulo 5, parágrafo 8: "As tribulações podem ser impostas a espíritos endurecidos, ou extremamente ignorantes, para levá-los a fazer uma escolha com conhecimento de causa."
7 - Nenhuma infração cometida contra a Lei ficará sem justa reparação, mas para esta reparação a vontade do espírito infrator deve concorrer, pois, caso contrário, a mudança lhe haveria de ser uma imposição - e, tendo sido criado livre, o espírito não é obrigado à prática do bem ou do mal. 
Claro que, à pequena lista de deduções apresentadas acima, outras poderão ser acrescentadas pelos irmãos e irmãs que convidamos a refletirem conosco sobre a transcendente questão em pauta.
Resumindo: mais cedo ou tarde, todos haveremos de colher o que plantamos, mas como, onde e quando tal se verificará não é da competência da vontade dos que não estejam envolvidos no processo, porque diz respeito apenas à ação da Lei e a consciência de cada um.
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

23.4.24

Vibrações


 

SIGAMOS COM JESUS

Maomé foi valoroso condutor de homens.
Milhões de pessoas curvaram-se-lhe às ordens.
Todavia, deixou o corpo como qualquer mortal e seus restos foram encerrados numa urna, que é visitada, anualmente, por milhares de curiosos e seguidores.
Carlos V, poderoso imperador da Espanha, sonhou com o domínio de toda a Terra, dispôs de riquezas imensas, governou muitas regiões; entretanto, entregou, um dia, a coroa e o manto ao asilo de pó.
Napoleão era um grande homem.
Fez muitas guerras.
Dominou milhões de criaturas.
Deixou o nome inesquecível no livro das nações.
Hoje, porém, seu túmulo é venerado em Paris...
Muita gente faz peregrinação até lá, para visitar-lhe os ossos...
Como acontece a Maomé, a Carlos V e a Napoleão, os maiores heróis do mundo são lembrados em monumentos que lhes guardam os despojos.
Com Jesus, todavia, é diferente.
No túmulo de Nosso Senhor, não há sinal de cinzas humanas.
Nem pedrarias, nem mármores de preço, com frases que indiquem, ali, a presença da carne e do sangue.
Quando os apóstolos visitaram o sepulcro, na gloriosa manhã da Ressurreição, não havia aí nem luto, nem tristeza.
Lá encontraram um mensageiro do reino espiritual que lhes afirmou: “Não está aqui”.
E o túmulo está aberto e vazio, há quase dois mil anos.
Seguindo, pois, com Jesus, através da luta de cada dia, jamais encontraremos a angústia da morte e, sim, a vida incessante.
No caminho de notáveis orientadores do mundo poderemos encontrar formosos espetáculos da glória passageira; contudo, é muito difícil não terminarmos a experiência em desilusão e poeira.
Somente Jesus oferece estrada invariável para a Ressurreição Divina.
Quem se desenvolve, portanto, com o exemplo e com a palavra do Mestre, trabalhando por revelar bondade e luz, em si mesmo, desde as lutas e ensinamentos do mundo, pode ser considerado cidadão celeste. 
 
Livro: Alvorada Cristã - Francisco C. Xavier - Neio Lúcio.