18.3.24

Conceitos de Paz


 

Desde os Albores

Desde os albores da Codificação, quando “O Livro dos Espíritos” surgiu à lume, a 18 de Abril de 1857, o Espiritismo, que é a Revivescência do Cristianismo, vem padecendo lutas intestinas, provocadas, sem dúvida, pelos adversários do Espírito da Verdade, que, por todos os meios possíveis, intentam fragilizá-lo.
Agem, tais adversários, portas adentro do próprio Movimento, muitas vezes, na condição de seus supostos adeptos, fazendo com a Doutrina o que, infelizmente, terminaram fazendo com o Cristianismo, em terrível escalada depois do terceiro século da Boa Nova.
Com o Cristianismo, inicialmente, procuraram eliminar fisicamente os seus seguidores, através das implacáveis perseguições que se desencadearam, com milhares de cristãos encontrando a morte nos circos romanos... Observando, porém, que a tática do massacre dos fieis apenas os faziam multiplicar, infiltraram-se em suas fileiras e foram propondo adulterações na Mensagem cristalina que o Cristo trouxera à Humanidade, dando, assim, nascimento às inúmeras interpretações teológicas que o desfiguraram até os dias atuais.
Logo que Kardec aparece em cena, com o livro básico do Pentateuco, desponta a figura de Jean Baptiste Roustaing, com a proposta da “Revelação da Revelação”, que, infelizmente, até hoje sustenta a tese do corpo fluídico do Cristo, que vem ocasionando conflitos doutrinárias ainda não de todo superados, já que a própria FEB – Federação Espírita Brasileira –, em seus regulamentos a considera como causa de natureza pétrea.
Em seguida, com o lançamento de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, em 1864, o Movimento Espírita Francês, padece nova arremetida das trevas, dividindo-se entre os “científicos” e os “místicos”, ou seja, os que querem que o Espiritismo siga unicamente uma vertente científica, não admitindo o seu aspecto ético-religioso – entre os espíritas, no Brasil e no mundo, deparamo-nos com os que defendem a exclusão de Jesus do Espiritismo, dando combate, inclusive, à práticas que chegam a excluir a simples oração de suas reuniões  - sim, de “suas reuniões”, de vez que agem como se delas fossem os proprietários.
Na atualidade, no Movimento Espírita Brasileiro, logo após o decesso do Médium Francisco Cândido Xavier, que, moralmente, era o seu líder e maior ponto de referência, entram em cena os que, adeptos de Pietro Ubaldi, o grande místico italiano, propõem que as suas obras se nivelem às da Codificação, ou, quiçá, sejam consideradas mais substanciosas...
Combatendo a tarefa missionária que Chico Xavier, durante 75 Anos de Legítimo Mandato Mediúnico, cumpridos de modo irrepreensível, que o diga o reconhecimento de uma Nação inteira – o Brasil, que não cessa de homenageá-lo! –, percebe-se agora os que se lhe opõem à Obra na condição de críticos gratuitos, propondo um retorno às bases do que denominam de Kardecismo Puro.
Acontece que, tais confrades e confreiras, não acordes com o “dai de graça o que de graça recebestes”, capitaneados por um médium das trevas, e que, a diversos amigos mais próximos, Chico Xavier afirmava ser a reencarnação de Leimary, um dos “coveiros do Espiritismo” em França, introduziram o elitismo nas lides do Movimento, promovendo congressos e encontros, simpósios e cursos, os mais variados, à custa de dinheiro, descaracterizando o Movimento em sua pureza e simplicidade.
Ainda pode-se notar que, em outra frente de ataque ao Espiritismo, espíritas que se autodenominam “antirracistas”, acusam Kardec de ter sido racista, tendo, ainda a pouco, a ousadia insana de editar alguns títulos da Codificação com o subtítulo de “antirracista”, e posicionando-se, segundo os seus integrantes, à “esquerda”, como se a Doutrina levantasse qualquer espécie de bandeira política meramente humana.
Conforme se registra, o Espiritismo, infelizmente, por ação daqueles que se dizem alistar em suas fileiras, vêm cumprindo com o planejamento das trevas para que, notadamente, o Brasil não venha a ser a promissora Pátria do Evangelho que se espera que, um dia, ele venha a ser.
Não carecemos aqui, uma vez mais, de enfatizar a trama das adulterações nos livros mediúnicos da lavra de Chico Xavier, promovidas pela Federação Espírita Brasileira, com a anuência de quase todas as demais Federações a ela filiadas, esquecidas todas elas de que a FEB somente continua contando com certa consideração entre os espíritas conscientes por ser a Casa Editora de alguns dos livros da rica bibliografia mediúnica de Chico Xavier, de vez que, não fosse por esse único motivo, ela, a FEB, não contaria mais com o menor prestígio moral.
Infelizmente, esse arsenal sombrio contra a propagação da Vera Doutrina, alicerçada em Jesus, Kardec e Chico Xavier, não há de parar tão cedo, em suas escaramuças, tendo, nos dias que correm, sequestrados para os seus quadros, companheiros que, fragilizados no derradeiro embate político acontecido no Brasil, desertaram de seus deveres e obrigações mais caras, vitimados por fascínios que não se pode prever quando eles haverão[CB1]  de ser desfeitos.
 
INÁCIO FERREIRA - blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 17 de Janeiro de 2024.

17.3.24

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XXIV – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER

As preciosas elucidações de Gúbio a André Luiz e Elói prosseguiam sem interrupção.
André, surpreso, com a decadência da forma naqueles seres (espíritos), que se lhes expressava no corpo espiritual, indaga sobre a causa de tais aberrações.
“Milhões de pessoas – informou, calmo –, depois da morte, encontram perigosos inimigos no medo e na vergonha de si mesmas. (...) O espírito, em qualquer parte, move-se no centro das criações que desenvolveu.”
Afinal, aquele era o mundo dos “draconianos” – daqueles espíritos de consciência culpada, ainda não beneficiada pelo arrependimento! Aquela “cidade estranha” era a exteriorização da condição mental dos espíritos que a haviam edificado, com o intuito de “pararem” no tempo, para que a Lei de Causa e Efeito não funcionasse para eles...
Prestemos atenção: “para que a Lei de Causa e Efeito não funcionasse para eles”! É como se tais entidades vivessem em constante fuga de si mesmos, a fim de que a consciência não os constrangesse à introspecção – organizavam-se em defensiva para se eternizarem naquela situação, mantendo-se consciencialmente impenetráveis...
*
André, na sequência, indaga: “... não há recursos de soerguer semelhantes comunidades?”
Gúbio responde: “A mesma lei de esforço próprio funciona igualmente aqui. Não faltam apelos santificantes de Cima; contudo, com a ausência da íntima adesão dos interessados ao ideal da melhoria própria, é impraticável qualquer iniciativa legítima, em matéria de reajustamento geral.”
Interessante que os nossos irmãos e irmãs internautas façam a leitura do capítulo X – “Fogo Purificador” –, de “Obreiros da Vida Eterna”, também da lavra de André Luiz, na psicografia de Chico Xavier.
Espíritos existem tão ociosos que, a fim de que consigam sair de seu secular comodismo, necessitam ser instigados pela Lei Divina, que, então, ao seu redor, promove, inclusive, fenômenos naturais que os constrangem à indispensável mudança.
A Lei não os força a mudar por dentro, mas faz com que se “desalojem” por fora, para que novas circunstâncias possam beneficiá-los no campo da redenção de si mesmos.
*
Interessantíssima observação do Instrutor: “E até que resolva atirar-se ao empreendimento da própria ascensão, vai sendo aproveitando pelas leis universais no que possa ser útil à Obra Divina. A minhoca, enquanto é minhoca, é compelida a trabalhar o solo; o peixe, enquanto é peixe, não viverá fora d’água...”
Tudo serve aos Propósitos do Criador! Quem se julga o espírito mais independente, de maneira inconsciente, é o que mais se submete aos Desígnios Divinos.
Conforme tantos já escreveram, o mal está a serviço do bem – é necessário o escândalo, mas ai daquele por quem o escândalo venha – ensinou-nos Jesus.
*
De repente, André Luiz começa a se perguntar se aqueles seres não eram sub-humanos...
“... vestiam-se de roupagem francamente imunda...”
“Lombroso e Freud encontrariam aí extenso material de observação. Incontáveis tipos que interessariam, de perto, à criminologia e à psicanálise vagueavam absortos, sem rumo.”
André, sem dúvida, descreve um imenso hospício, ou uma enorme penitenciária a céu aberto!
Na imperfeição da forma, começou ele a observar a existência de muitos pigmeus (anões), que, certamente, contrastavam com outras figuras quase humanas, de “animais em cópia abundante, embora monstruosos” que se movimentassem “a esmo, dando-me a ideia de seres acabrunhados que pesada mão transformara em duendes.”
Quando André diz “dando-me a ideia”, pode-se, sem receio, crer que essa era a realidade – o Autor espiritual apenas pretendeu amenizar o impacto de suas descrições.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito toda terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
https://youtu.be/zdKQ55-equQ?list=PLJUZisvOqWSPrzDjdw6f9NSTmILB0O3rp

16.3.24

Entre a terre e o Céu cap. 13


 

Trovas do Casamento

Casamento é sociedade
Com deveres definidos,
Em que lucro e prejuízo
Precisam ser repartidos.
*
No casal que com frequência
A conversa descambou,
Mesmo que esteja no início,
O casamento acabou.
*
Todo lar é um organismo,
Com elevada função,
Onde o homem é a cabeça
E a mulher o coração.
*
A paixão é chama ardente
Que, embora o forte clarão,
Ao se apagar de repente
Faz volta a escuridão. 
*
Amor a dois é renúncia,
Sem machismo ou feminismo,
Doar sem querer de volta,
Entrega sem egoísmo.
 
Formiga/Baccelli- blog Espiritismo em Prosa e Verso.
Casa Espírita "Bittencourt Sampaio"
Uberaba - Sábado, 9-3-24