30.6.18

DE FRONTE ERGUIDA


Não reclames da prova que te lanha,
E, por vezes, te alcança em plena lida,
Mais penosa tornando a tua vida,
Que se conturba de maneira estranha...

Perante o mal que ao teu redor se assanha,
Mesmo te sintas de alma combalida,
Persevera no Bem de fronte erguida,
Levando a cruz ao cume da montanha...

Aceitando o revés que te procura,
Deixa ficar atrás a noite escura,
Sempre seguindo em direção à luz...

Vara a tormenta sobre o teu caminho,
Que te detém no humano torvelinho
E prossegue nos passos de Jesus!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 23 de junho de 2018, em Uberaba – MG).

29.6.18

TAMBÉM TU


"E os principais dos sacerdotes tomaram a deliberação de matar também a Lázaro." - (JOÃO, 12:10.)

    Interessante observar as cogitações do farisaísmo, relativamente a Lázaro, nas horas supremas de Jesus.
    Não bastava a crucificação do Mestre.
    Intentava-se, igualmente, a morte do amigo de Betânia.
    Lázaro fora cadáver e revivera, sepultara-se nas trevas do túmulo e regressara à luz da vida. Era, por isso, uma glorificação permanente do Salvador, uma cura insofismável do Médico Divino. Constituiria em Jerusalém a carta viva do poder do Cristo, destoava dos conterrâneos, tornara-se diferente.
    Considerava-se, portanto, indispensável a destruição dele.
    O farisaísmo dos velhos tempos ainda é o mesmo nos dias que passam, apenas com a diferença de que Jerusalém é a civilização inteira. Para ele, o Mestre deve continuar crucificado e todos os Lázaros ressurgirão sentenciados à morte.
    Qualquer homem, renovado em Cristo, incomoda-o.
    Há participantes do Evangelho que se sentem verdadeiramente ressuscitados,
trazidos à claridade da fé, após atravessarem o sepulcro do ódio, do crime, da indiferença ...
    O farisaísmo, entretanto, não lhes tolera a condição de redivivos, a demonstrarem a grandeza do Mestre. Instala perseguições, desclassifica-os na convenção puramente humana, tenta anular-lhes a ação em todos os setores da experiência.
    Somente os Lázaros que se unam ao amor de Jesus conseguem vencer o terrível assédio da ignorância.
    Tem, pois, cuidado contigo mesmo.
    Se te sentes trazido da sombra para a luz, do mal para o bem, ao sublime influxo do Senhor, recorda que o farisaísmo, visível e invisível, obedecendo a impulsos de ordem inferior, ainda está trabalhando contra o valor de tua fé e contra a força de teu ideal.
    Não bastou a crucificação do Mestre.
    Também tu conhecerás o testemunho.

Livro: Vinhas de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier

28.6.18

HEREDITARIEDADE DA SEGUNDA VISTA


Questão 451 do Livro dos Espíritos

Em algumas famílias parece que a segunda vista é hereditária e, de certa forma o é, porque o corpo herda do corpo. Tendo a mediunidade bases físicas, algum traço do complexo fisiológico acresce um pouco na visão espiritual; no entanto, não fica somente na herança física, porque é o Espírito que vê.
A explicação pode assentar-se de modo diferente: é que alguns Espíritos que reencarnam em família têm compromissos em conjunto, e já vêm do plano espiritual com tarefas definidas e já têm os dons aflorados para os mesmos objetivos. Mas, pode acontecer o contrário: existir em uma família numerosa um somente que tenha dons mediúnicos desenvolvidos e os outros nada, até ignorando essa faculdade. Ninguém recebe de graça os valores da alma.
Observemos também o nível intelectual dos participantes de uma família. Nem sempre se equivalem, dependendo muito mais das qualidades do Espírito, do que mesmo do corpo e da posição social que desfrutam os Espíritos encarnados naquele grupo, porém, pode pesar mesmo na soma dos valores terrenos, facilitando as almas para essa ou aquela aquisição.
Tudo que existe no mundo é variável, mostrando a todos nós que somente o Espírito é dotado de qualidades vivas, dos dons espirituais; entrementes, a alma envolvida na carne pode fazer dessa alguma coisa no mundo das sensibilidades, onde o homem de amanhã penetrará pelo seu campo de estudos, em todas as direções daquilo que Deus criou, deduzindo-se daí, que todos os poderes vêm de Deus, assimilados por nós e por tudo que existe.
Se o corpo é um instrumento do Espírito, claro que esse instrumento deve ser dotado de certas facilidades para que o Espírito expresse seus dons e exercite as faculdades durante a sua existência na Terra, porque, em geral, a matéria é um impedimento na filtragem medianímica. Todas as coisas se comunicam entre si, porém, essa comunicação será mais ou menos impedida quanto mais se materializa a alma, quanto mais desce o Espírito, enfronhando-se nos liames da carne.
Notamos muitas famílias em que somente um dos membros possuí mediunidade em exercício, sendo que os outros, por vezes, trabalham para essa aquisição e nada conseguem. Já em outras, aparece espontaneamente essa faculdade. Nós já trazemos do mundo espiritual as nossas tarefas definidas, e em poucos casos elas são mudadas, conforme as necessidades e o merecimento de cada um.
Quantas criaturas recebem dos benfeitores espirituais o investimento em suas faculdades, na sua saúde ou em muitos transes da existência, para que possam produzir mais, para aproveitarem a oportunidade como Espíritos encarnados, que se encontram vencendo as dificuldades nos caminhos da ignorância!? Isso é uma glória para a alma, mas, também, muitos ficam nos caminhos quase a sós por não valorizarem a assistência espiritual que os bondosos amigos espirituais lhe oferecem. Esse tipo de Espírito caminha a passos lentos, com o poder de assimilação retardada.
A Doutrina dos Espíritos vem esclarecer a todos o modo pelo qual devem assegurar esses valores, compreendendo que em torno de si existem muitos Espíritos interessados em os ajudar. Se há muitos Espíritos brincalhões em seus passos, é por sintonia; a afinidade é uma lei. Verificando isso, devemos trabalhar com toda intensidade para desvincular os laços com esses Espíritos inferiores, de modo que seus caminhos fiquem livres das investidas das trevas. Não que devamos desistir de ajudar esses Espíritos, pois eles precisam de nós, entretanto, é necessário saber cooperar com eles, sem ligações pela lei dos semelhantes, para não se turvarem os nossos sentimentos.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

27.6.18

BENEFICÊNCIA ESQUECIDA


Reunião pública de 19-1-59
Questão nº 920

Na solução aos problemas da caridade, não ouvides a beneficência do campo mais íntimo, que tanta vez relegamos à indiferença.
Prega a fraternidade, aproveitando a tribuna que te componha os gestos e discipline a voz; no entanto, recebe na propriedade ou no lar, por verdadeiros irmãos, os companheiros de luta, assalariados a teu serviço.
Esclarece os Espíritos conturbados e sofredores nos círculos consagrados ao socorro daqueles que caíram em desajuste mental; contudo, acolhe com redobrado carinho os parentes desorientados que a provação desequilibra ou ensandece.
Auxilia a erguer abrigos de ternura para as crianças abandonadas; todavia, abraça em casa os filhinhos que Deus te deu, conduzindo-lhes a mente infantil, através do próprio exemplo, ao santuário do dever e do trabalho, do amor e da educação.
Espalha a doutrina de paz que te abençoa a senda, divulgando-a, por intermédio do conceito brilhante que te reponta da pena, mas não ouvides exercê-la em ti próprio, ainda mesmo à custa de aflição e de sacrifício, para que o teu passo, entre as quatro paredes do instituto doméstico, seja um marco de luz para os que te acompanham.
Cede aos necessitados daquilo que reténs no curso das horas...
Dá, porém, de ti mesmo aos semelhantes, em bondade e serviço, reconforto e perdão, cada vez que alguém se revele faminto de proteção e desculpa, entendimento e carinho.
Beneficência! Beneficência!
Não lhe manches a taça com o veneno da exibição, nem lhe tisnes a fonte com o lodo da vaidade!
Recebe-lhe as sugestões de amor no imo do coração e, buscando-a primeiramente nos escaninhos da própria alma, sentiremos nós todos a intraduzível felicidade que se derrama da felicidade que venhamos a propiciar aos outros, conquistando, por fim, a alegria sublime que foge ao alarde dos homens para dilatar-se no silêncio de Deus.

Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

26.6.18

EXERCÍCIOS


Questão 450 do Livro dos Espíritos

Tudo no mundo é condicionamento da vontade da alma. Tudo obedece à boa vontade, que não deixa de ser exercício para uma determinação. O próprio saber é um exercício no aprendizado todos os dias. O que se faz em uma escola, a não ser exercitar o saber todos os dias? Eis porque chamamos de condicionamento, que não deixa de ser, igualmente, o despertamento dos valores da alma, que trazemos desde o nosso nascimento, pela vontade do Criador. A dupla vista pode ser desenvolvida pelo exercício, desde, porém, que ele obedeça a certas regras na comunhão com a vontade.
Todas as faculdades mediúnicas, para melhor se expressarem, carecem de exercício permanente. Nesse avanço, elas se vão desabrochando e subindo na escala dos dons. Podemos observar que a palavra é um dom. Se fechamos a boca por algum tempo, deixando de usar o verbo, esse poderá ir-se atrofiando, como outros músculos que garantem a existência. Assim os ouvidos, assim todos os membros do corpo. Tudo foi feito para ser usado. Se se construir uma casa, e depois de pronta, fechá-la, e se ninguém usá-la para morar, depois de certo tempo ela irá se desmoronando. Essa é uma lei do uso, que conserva tudo o que foi feito para ser usado.
O exercício é valioso em todas as circunstâncias, entrementes, necessário se faz que saibamos exercitar e, muito mais, usar aquilo que é objeto do exercício. Em tempos idos, havia escolas para desenvolvimento dos dons espirituais, para previsão de fatos, para as pitonisas e outros, como há o exercício para o político, para o direito, para a medicina e outras atividades. O terapeuta que não exercita seu aprendizado na cura, vai até se esquecendo dos valores que condicionou nas escolas.
Podemos aprender muito sobre o amor, esse é o nosso dever; no entanto, se não exercitamos esse amor todos os dias, ele vai se atrofiando a ponto de esconder-se nas dobras da consciência, e passará a dormir. O exercício dessa virtude incomparável é a garantia da fonte divina em nossos corações. Assim a caridade, assim o perdão, a paciência, de modo a abranger todas as qualidades do Espírito.
Deus nos mostra essa lei, por ser a vida movimento constante. Devemos nos movimentar a todos os momentos, em tudo o que for bom, agradável e prestativo, que desta forma aparecerá a dilatação dos poderes da alma, que acorda em todos os seus valores, e a felicidade ficará mais perto, como aquisição de quem teve boa vontade de exercitar esses dons de ouro para a paz de seu coração em Cristo.
A faculdade de dupla vista, tanto quanto as outras que conhecemos, têm relação com o organismo humano, quando estamos na carne, em raízes profundas. Certos organismos impedem a manifestação das faculdades, e essa permanece dormindo. A mente ativa tem grande influência nos centros de forças, donde vêm os estímulos para os exercícios das faculdades mencionadas.
De todo trabalho resulta o progresso: do trabalho honesto resulta a ascensão divina. Procuremos exercitar os nossos valores em aprendizado justo que o tempo dar-nos-á o resultado das nossas atenções.
Lembrando de novo a mediunidade, insistimos que é necessária essa faculdade, para que o médium seja, no amanhã, um médium de luz, por estar com o Mestre dentro do coração, a lhe dar as diretrizes que levam ao amor.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

25.6.18

V – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO”, ANDRÉ LUIZ/ CHICO XAVIER


A preleção do Ministro Flácus, sem dúvida, é a mais substanciosa página do Espiritismo, e do Espiritualismo em geral, abordando o tema da existência do Mundo Espiritual e o regime de interdependência em que vivem encarnados e desencarnados.
*
Discorrendo sobre a situação da comunidade dos que vivem fora do corpo, nas proximidades do orbe terrestre, o Ministro elucida:
“Um reino espiritual dividido e atormentado, cerca a experiência humana, em todas as direções, intentando dilatar o domínio permanente da tirania e do poder”.
Infelizmente, desta realidade, nem mesmo o Espiritismo tem escapado, pois que há muito joio lançado em meio ao trigo do Movimento Espirita, e muito lutam pelo poder, chegando mesmo a serem tirânicos contra aqueles que não rezam pela sua cartilha.
O chamado Movimento Espírita está contaminado, em quase todos os seus seguimentos, e carece ser saneado, com os seus militantes voltando a se devotarem ao verdadeiro espírito da Doutrina.
*
Outra afirmação importante de Flácus:
“Incapacitados de prosseguir além do túmulo, a caminho do Céu que não souberam conquistar, os filhos do desespero organizam-se em vastas colônias de ódio e miséria moral, disputando, entre si, a dominação da Terra”.
Vejamos a situação espiritual do Brasil, onde os “filhos do desespero”, que, atualmente, se encontram encarnados, sequer pensam na existência de Deus e agem como não tivessem que vir a prestar contas à Lei. Colocam-se acima de tudo e de todos, e sob forte hipnose, são comparsas do crime organizado, que, no Brasil, se apresenta, também, disfarçado de partidos políticos.
Há uma onde de cepticismo percorrendo o país de ponta a ponta, da qual somente os que perseverarem até o fim haverão de ser salvos, ou seja: escaparão de sua influência funesta e arrasadora.
A verdade é que o Brasil, esse gigante, que concentra as esperança de vir a ser a Pátria do Evangelho, agoniza, quase ferido de morte pelos seus próprios filhos.
*
A afirmação que Flácus faz em seguida é estarrecedora:
“... e anjos decaídos da Ciência, buscam, acima de tudo, a perversão dos processos divinos que orientam a evolução planetária”.
Representam eles a figura do Demônio, ou do anjo do mal, que se atreve a colocar em oposição ao Criador. A sua ousadia é tanta, e tão inconsequente, e tão insana, que desejam perverter a Lei Divina!
Organizam-se eles, no mundo todo, em falanges imensas, e, principalmente, através da Política e da Religião, agridem os homens, espíritos encarnados que, com extrema dificuldade, estão lutando para saírem do lugar comum.
*
O Espiritismo, evidentemente, não haveria de ser poupado desse “ataque” das trevas, que lhe é movido pelos seus pseudo profitentes, que estão ocupando o poder, a partir de um simples Centro Espírita até a um órgão unificador.
Na atualidade, a fim de que o “poder” se descentralizasse, seria interessante que surgisse uma vertente paralela ao poder dos órgãos unificadores atuais – o que está dividido carece sem dúvida, de ser mais fracionado ainda, porquanto a verdadeira unificação se alicerça na descentralização do poder, promovendo a união espiritual.
O Espiritismo há de ser forte quando os homens se enfraquecerem em sua ânsia de poder.
Com o devido respeito às Leis Divinas, ouso clamar aos Céus que, infelizmente, Chico Xavier, aos 92 de idade, desencarnou cedo demais.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 25 de junho de 2018.

24.6.18

Treinamento para o perdão


    A fim de colimares a excelência do perdão aos que te ofendem, mister te adestres mediante antecipados critérios e exercícios contínuos.
    Habitua-te a iniciar o dia com a mente ligada ao Senhor, através dos fios invisíveis e poderosos da oração.
    Não te descuides de ler uma página mensageira de otimismo, capaz de produzir júbilo no teu mundo íntimo.
    Reprime as observações menos dignas, as apreciações fúteis, as referências deprimentes e maliciosas.
    Estimula a conversação edificante e quando não possas fazê-lo, reserva-te silêncio discreto, propiciatório a reflexões salutares.
    Todo labor para alcançar êxito impõe a necessidade de uma técnica própria, de uma diretriz segura.
    Indispensável exercitar-te mentalmente para o cometimento do perdão, a que estás chamado a cada instante.
    Treina então, a paciência, disciplinando a vontade e aprimorando a indulgência.
    Não te permitas autocomiseração ou personalismo prejudicial.
    Cada ser é o que constrói interiormente.
    A vida sempre devolve o que recebe. Tem cuidado.
    O acusador gratuito e o perseguidor sistemático podem converter-se, sem que o saibam, em benfeitores valiosos. Aproveita-os.
    Temperamentos e caracteres humanos há que produzem mais e melhor, quando fiscalizados ou submetidos a rigoroso controle.
    Quem conhece a verdade, sempre consegue lograr benefícios em todas as situações, se desejar agir com acerto.
    Olha em derredor: a primavera perfumada pode ser considerada como o perdão da Natureza ao rigor
hibernal; o grão perdoa a terra que o esmaga, arrebentando-se em flor e fruto; o trigo agradece à mó que o tritura, transformando-se em pão...
    Apura os sentidos e perceberás as respostas de Nosso Pai, através de convites ao amor, à beleza, à harmonia.
    Integra-te no concerto de Suas bênçãos e quando fores visitado pelo sofrimento que alguém te imponha por qualquer razão, com facilidade perdoarás.

Livro: CELEIRO DE BÊNÇÃOS - DIVALDO P. FRANCO - Joanna de Ângelis

23.6.18


LÁGRIMA

Deixa que o pranto a te escorrer dos olhos,
No silêncio da dor que tens na alma,
Possa deixar-te o coração em calma,
Na bênção da esperança em seus refolhos...

Confia em Deus e vence os teus escolhos...
Nas provações que a tua vida empalma,
Se não tens hoje da vitória a palma,
Amanhã terás louros sem abrolhos...

Precursora da paz no teu caminho,
A lágrima que vertes de mansinho
Fecunda a gleba do teu sentimento...

Do soluço da noite, em agonia,
No sorriso da aurora, nasce o dia,
Numa festa de luz no firmamento!...

Eurícledes Formiga – Blog Reflexões de um Imortal
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 9 de junho de 2018, em Uberaba – MG).

22.6.18

Entenda a Segunda Morte


O Perispírito pode morrer?
Enviado em 20 de junho de 2018 | Publicado por Rádio Boa Nova
O Perispírito pode morrer? - Entenda a Segunda Morte O Perispírito é um corpo fluídico semimaterial que é utilizado pelos Espíritos após o desencarne, ou seja ele é um corpo espiritual. Na reencarnação, o Perispírito pode auxiliar na ligação entre espírito e corpo físico.
A questão sobre a morte perispiritual veio do livro Libertação do Espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier.  Em uma conversa entre André e o instrutor Gúbio, surge o tema “segunda morte”.
A segunda morte só é possível, porque o perispírito é um fluido semimaterial, portanto, perecível. Esse conceito, assim como o de sua transformação também é descrito no livro por André Luiz.
Nas questões do Livro dos Espíritos que se dirigem a explicação do perispírito, as respostas indicam sua forma grosseira para o mundo espiritual. Essa materialidade parcial é dada de acordo com o mundo o qual o Espírito reencarna.
É por esse fatores, portanto, que é possível entender os três casos possíveis de uma segunda morte, ou uma morte perispiritual. Uma pode ocorrer no processo reencarnatório, outra pela elevação espiritual, e ainda uma terceira no caso de ovóides.
A morte no caso do processo reencarnatório se daria pela troca do corpo semimaterial para se adequar a matéria de sua encarnação. O segundo caso, o da elevação dos espíritos, seria uma readequação ou até mesmo a possibilidade de uma nova estrutura perispiritual para acompanhar o espírito evoluído.
O terceiro caso é um pouco diferente dos anteriores. Os ovóides são Espíritos Obsessores com padrões vibratórios negativos que moldam o corpo fluídico a um formato oval. Devido a delicadeza e plasticidade do perispírito, a negatividade desses espíritos podem desfazê-lo, causando assim uma segunda morte.
Mas é detido as energias e o poder dos pensamentos do Espírito que o seu corpo espiritual pode ser transformado ou refeito. É por meio dos fluidos universais que cada um pode refazer esse corpo semimaterial quando necessário.
O Perispírito é, portanto, um elemento mutável e perecível. Pode ser reconstituído com a aglutinação de matéria e adequado pelo pensamento do Espírito. Conforme a evolução e apuração dos espíritos, o perispírito vai ficando menos grosseiro e então quase que imperceptível.

Livro: Libertação do Espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier.

21.6.18

TENDO MEDO


    "E, tendo medo, escondi na terra o teu talento..."   (MATEUS, 25:25.)

    Na parábola dos talentos, o servo negligente atribui ao medo a causa do insucesso em que se infelicita.
    Recebera mais reduzidas possibilidades de ganho.
    Contara apenas com um talento e temera lutar para valorizá-lo.
    Quanto aconteceu ao servidor invigilante da narrativa evangélica, há muitas pessoas que se acusam pobres de recursos para transitar no mundo como desejariam. E recolhem-se à ociosidade, alegando o medo da ação.
    Medo de trabalhar.
    Medo de servir.
    Medo de fazer amigos.
    Medo de desapontar.
    Medo de sofrer.
    Medo da incompreensão.
    Medo da alegria.
    Medo da dor.
    E alcançam o fim do corpo, como sensitivas (as plantas) humanas, sem o mínimo esforço para enriquecer a existência.
    Na vida, agarram-se ao medo da morte.
    Na morte, confessam o medo da vida.
    E, a pretexto de serem menos favorecidos pelo destino, transformam-se, gradativamente, em campeões da inutilidade e da preguiça.
    Se recebeste, pois, mais rude tarefa no mundo, não te atemorizes à frente dos outros e faze dela o teu caminho de progresso e renovação. Por mais sombria seja a estrada a que foste conduzido pelas circunstâncias, enriquece-a com a luz do teu esforço no bem, porque o medo não serviu como justificativa aceitável no acerto de contas entre o servo e o Senhor.

Livro: Fonte Viva - Francisco C Xavier - Emmanuel 

20.6.18

EXERCÍCIOS


Questão 450 do Livro dos Espíritos

Tudo no mundo é condicionamento da vontade da alma. Tudo obedece à boa vontade, que não deixa de ser exercício para uma determinação. O próprio saber é um exercício no aprendizado todos os dias. O que se faz em uma escola, a não ser exercitar o saber todos os dias? Eis porque chamamos de condicionamento, que não deixa de ser, igualmente, o despertamento dos valores da alma, que trazemos desde o nosso nascimento, pela vontade do Criador. A dupla vista pode ser desenvolvida pelo exercício, desde, porém, que ele obedeça a certas regras na comunhão com a vontade.
Todas as faculdades mediúnicas, para melhor se expressarem, carecem de exercício permanente. Nesse avanço, elas se vão desabrochando e subindo na escala dos dons. Podemos observar que a palavra é um dom. Se fechamos a boca por algum tempo, deixando de usar o verbo, esse poderá ir-se atrofiando, como outros músculos que garantem a existência. Assim os ouvidos, assim todos os membros do corpo. Tudo foi feito para ser usado. Se se construir uma casa, e depois de pronta, fechá-la, e se ninguém usá-la para morar, depois de certo tempo ela irá se desmoronando. Essa é uma lei do uso, que conserva tudo o que foi feito para ser usado.
O exercício é valioso em todas as circunstâncias, entrementes, necessário se faz que saibamos exercitar e, muito mais, usar aquilo que é objeto do exercício. Em tempos idos, havia escolas para desenvolvimento dos dons espirituais, para previsão de fatos, para as pitonisas e outros, como há o exercício para o político, para o direito, para a medicina e outras atividades. O terapeuta que não exercita seu aprendizado na cura, vai até se esquecendo dos valores que condicionou nas escolas.
Podemos aprender muito sobre o amor, esse é o nosso dever; no entanto, se não exercitamos esse amor todos os dias, ele vai se atrofiando a ponto de esconder-se nas dobras da consciência, e passará a dormir. O exercício dessa virtude incomparável é a garantia da fonte divina em nossos corações. Assim a caridade, assim o perdão, a paciência, de modo a abranger todas as qualidades do Espírito.
Deus nos mostra essa lei, por ser a vida movimento constante. Devemos nos movimentar a todos os momentos, em tudo o que for bom, agradável e prestativo, que desta forma aparecerá a dilatação dos poderes da alma, que acorda em todos os seus valores, e a felicidade ficará mais perto, como aquisição de quem teve boa vontade de exercitar esses dons de ouro para a paz de seu coração em Cristo.
A faculdade de dupla vista, tanto quanto as outras que conhecemos, têm relação com o organismo humano, quando estamos na carne, em raízes profundas. Certos organismos impedem a manifestação das faculdades, e essa permanece dormindo. A mente ativa tem grande influência nos centros de forças, donde vêm os estímulos para os exercícios das faculdades mencionadas.
De todo trabalho resulta o progresso: do trabalho honesto resulta a ascensão divina. Procuremos exercitar os nossos valores em aprendizado justo que o tempo dar-nos-á o resultado das nossas atenções.
Lembrando de novo a mediunidade, insistimos que é necessária essa faculdade, para que o médium seja, no amanhã, um médium de luz, por estar com o Mestre dentro do coração, a lhe dar as diretrizes que levam ao amor.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

19.6.18

AO SOL DO AMOR


Reunião pública de 7-9-59 Questão nº. 569

Brilhando por luz de Deus, ainda mesmo nas regiões em que a escuridade aparentemente domina, o amor regenera e aprimora sempre.
Podem surgir grandes malfeitores abalando a ordem pública, mas, enquanto existirem pais e mães responsáveis e devotados, o lar fulgirá no mundo, cooperando para que se dissolva a lama da delinquência na charrua do suor ou na fonte das lágrimas.
Podem surgir crianças-problemas e jovens transviados de todos os matizes, mas, enquanto existirem professores dignos do nome bendito que carregam, erguer-se-á a escola por santuário da educação.
Podem surgir doentes agoniados em todas as estâncias da vida, mas, enquanto existirem cientistas consagrados ao socorro dos semelhantes, levantar-se-á o hospital, como pouso da Bênção Divina para a redenção dos enfermos.
Podem surgir criminosos de todas as procedências, gerando reações populares pelos delitos em que estejam incursos, mas, enquanto existirem juízes compreensivos e humanos, destacar-se-á o instituto correcional por cidadela do bem, onde as vitimas da sombra retornem de novo à luz.
Podem surgir empreiteiros do ateísmo e do ódio, da intolerância e da guerra, como verdadeiros alienados mentais, mas, enquanto existirem sacerdotes e missionários da fé, com bastante abnegação para ajudar e perdoar, luzirá o templo, nas diversas confissões religiosas do mundo, como autêntica oficina de acrisolamento da alma.
É justificável, portanto, que a afeição não repouse, além da morte.
Para lá da fronteira de cinza, agiganta-se o trabalho para todos os corações acordados ao clarão do amor sem mácula.
Mães esquecidas na legenda do túmulo transformam-se em anjos invisíveis de renúncia, ao pé de filhos desmemoriados e ingratos, para que não resvalem de todo nas tenebrosidades do abismo ; esposas renascidas do nevoeiro carnal apóiam companheiros desorientados no infortúnio, para que se restaurem no tálamo doméstico ; filhos, desligados do corpo físico, tornam, despercebidos, à convivência dos pais, arrebatando-os às tentações do desânimo ou do suicídio, e arautos de idéias renovadoras sustentam-se, em espírito, ao lado daqueles que lhes continuam as obras.
Se te encontras, assim, em tarefas de sacrifício, não recalcitres contra os aguilhões que te acicatam as horas, consciente de que a matemática do destino não nos entrega problemas de que não estejamos necessitados.
Humilha-te e serve, desculpa e edifica, diante dos que se fazem complicados instrumentos de tua dor.
A prova antecipa o resgate, a luta anuncia a vitória e a dificuldade encerra a lição.
E embora se te situem as esperanças no agressivo espinheiro do sofrimento, ama os que te não compreendem e ora pelos que te injuriam, porque a Lei conhece o motivo pelo qual cada um deles te cruza os passos, e erguer-te-á o ânimo, aqui e além da Terra, para que prossigas no apostolado do amor, em perpetuidade sublime.

Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

18.6.18

IV – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO” – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER


Prosseguindo em nossas reflexões em torno da preleção do Ministro Flácus, inserida no primeiro capítulo de “Libertação”, atentemos para a frase:
“Entretanto, nesse mesmo espaço, alonga-se a matéria noutros estados, e, nesses outros estados, a mente desencarnada, em viagem para o conhecimento e para a virtude, radica-se na esfera física, buscando dominá-la e absorvê-la, estabelecendo gigantesca luta de pensamento (destacamos) que ao homem comum não é dado calcular”.
Vejamos:
Nem todos os que desencarnam estão preparados para se “aclimatarem” no Plano Extrafísico...
Grande número dos que deixam o corpo carnal continua a “radicarem-se” na esfera física...
Os espíritos infelizes, fora do corpo, contando com “médiuns” encarnados, em todos os setores de atividade humana – inclusive na Doutrina Espírita, que, essencialmente, é uma doutrina libertadora –, buscam “dominar” a Terra – anseiam por quererem que a Terra continue sendo o seu “pasto psíquico”, através dos vampirismos que exercem...
O Mundo Espiritual de muitos que desencarnam é tão somente a “contraparte” da Terra...
“... estabelecendo gigantesca luta de pensamento...” – são as obsessões, que Allan Kardec, ao estudá-las, segundo a sua gravidade, classificou-as: simples, fascinação e possessão...
Inegável que as trevas possuem os seus “agentes” encarnados, que, não raro, são manipulados de forma inconsciente por elas, a fim de conspurcarem as fontes mais cristalinas destinadas a saciar a sede de Conhecimento e de Amor da Humanidade...
*
Considerou Flácus:
“Frustrados em suas aspirações de vaidoso domínio no domicílio celestial (destacamos), homens e mulheres de todos os climas e de todas as civilizações, depois da morte, esbarram nessa região em que se prolongam as atividades terrenas e elegem o instinto de soberania sobre a Terra por única felicidade digna do impulso de conquistar”.
Vejamos ainda:
No Mundo Espiritual próximo, do qual muitos procedem para a Terra e para o qual, da Terra, muitos hão de regressar, apenas se prolongam as atividades terrenas...
Em geral, são esses espíritos que entram em contato com os médiuns, e, portanto, pouco eles conseguem acrescentar ao que já sabem os homens...
Não é fácil, assim, romper com esse círculo vicioso em que se transforma o ato de reencarnar... Emmanuel, no livro “Pensamento e Vida”, anotou com sabedoria no capítulo 20: “Nesse círculo vicioso, vive a criatura humana, de modo geral, sob o domínio da ignorância acalentada, procurando enganar-se depois do berço, para desenganar-se depois do túmulo, aprisionada ao binômio ilusão-desilusão, com que despende longos séculos, começando a recomeçando a senda em que lhe cabe avançar”.
Longos séculos!...
Indispensável muita coragem para romper com a hipocrisia, com a mentira, com os interesses inferiores, com o desejo de poder, com a ambição do mando, com o personalismo, enfim, com as máscaras que afivelamos à face...
A libertação é solitária...
A ascensão é penosa...
É de fazer sangrar a alma...
Lance-se a ele quem seja suficientemente ousado para encarar a verdade a respeito de si mesmo!...

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade ne Internet
Uberaba – MG, 18 de junho de 2018.

17.6.18

SOLIDÃO


Não fales que a solidão,
Fez-se-te o mal sem remédio,
Que nada te cura o tédio
Que não sabes de onde vem;

Sai de ti mesmo e olha em torno:
Verás por todos os lados,
Os irmãos infortunados
Rogando o amparo de alguém.

Livro: Agenda de Luz - Francisco C Xavier - Maria Dolores

16.6.18

HORIZONTE PERDIDO


Além da noite escura, excelsa e forte,
Esplende clara luz em novo dia,
Onde se escuta a eterna sinfonia
Da Vida triunfante sobre a morte...

Ao fim da humana estrada, outro norte,
Que quanto mais se alteia, mais se amplia,
Prossegue além, na senda que te guia
Às estrelas, em místico transporte...

Acima da montanha a que subiste,
Sozinho sob a cruz, cansado e triste,
Para lá destes báratros medonhos...

Vencida toda dor que há no mundo,
Hás de chegar, em êxtase profundo,
Ao Horizonte Perdido de teus sonhos!...

Eurícledes Formiga – Blog espiritismo em prosa e verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de domingo do dia 28 de julho de 1991, em Uberaba – MG).

15.6.18

SOCORRO ESPIRITUAL


Sob a influência de Clementino, que o envolvia inteiramente, Silva levantara-se e dirigia-se ao comunicante com bondade:
- Meu amigo, tenhamos calma e roguemos a amparo divino!
- Estou doente, desesperado...
- Sim, todos somos enfermos, mas não nos cabe perder a confiança. Somos filhos de Nosso Pai Celestial que é sempre pródigo de amor.
- É padre?
- Não. Sou seu irmão.
- Mentira. Nem o conheço...
- Somos uma só família, à frente de Deus.
O interlocutor conturbado riu-se irônico e acentuou:
- Deve ser algum sacerdote fanatizado para conversar nestes termos!...
A paciência do doutrinador sensibilizava-nos.
Não recebia Libório, qual se fora defrontado por um habitante das sombras, suscetível de acordar-lhe qualquer impulso de curiosidade menos digna.
Ainda mesmo descontando o valioso concurso do mentor que o acompanhava, Raul emitia de si mesmo sincera compaixão de mistura com equívoco interesse paternal. Acolhia o hóspede sem estranheza ou irritação, como se o fizesse a um familiar que regressasse demente ao santuário doméstico.
Talvez por essa razão o obsessor a seu turno se revelava menos agastadiço. Tão logo passou a entender-se, de algum modo, com o dirigente da casa, observamos que Eugênia se revigorava no esforço assistencial que lhe competia.
-Não sou um ministro religioso - continuava Raul, imperturbável -, mas desejo me aceite como seu amigo.
- Que irrisão! Não existem amigos quando a miséria está conosco ... Dos companheiros que conheci, todos me abandonaram. Resta-me apenas Sara! Sara, que não deixarei...
Fixou a expressão de quem se detinha na lembrança da pessoa a quem se referira e acrescentou com recalcada indignação:
- Ignoro por que me entravam agora os passos. É inútil. Aliás, não sei a razão pela qual me contenho. Um homem provocado, qual me vejo, decerto deveria esbofeteá-los a todos... Afinal, que fazem aqui estes cavalheiros silenciosos e estas mulheres mudas? Que pretendem de mim?
- Estamos em prece por sua paz - falou Silva, com inflexão de bondade e carinho.
- Grande novidade! Que há de comum entre nós? Devo-lhes algo?
- Pelo contrário - exclamou o interlocutor, convicto -, nós somos quem lhe deve atenção e assistência. Estamos numa instituição de serviço fraterno e é fora de dúvida que, num hospital, a ninguém será lícito inquirir da luta particular daqueles que lhe batem à porta, porque, antes de tudo, é dever da medicina e da enfermagem a prestação de socorro às feridas que sangram.
Ante o argumento enunciado com sinceridade e simpleza, o renitente sofredor pareceu apaziguar-se ainda mais. Jactos de energia mental, partidos de Silva, alcançavam-no agora em cheio, no tórax, como a lhe buscarem o coração.
Libório tentou falar, contudo, à maneira de um viajante que já não pode resistir à aridez do deserto, comoveu-se diante da ternura daquele inesperado acolhimento, a surgir-lhe por abençoada fonte de água fresca. Surpreendido, notou que a palavra lhe falecia embargada na garganta.
Sob o sábio comando de Clementino, falou o doutrinador com afetividade ardente:
- Libório, meu irmão!
Essas três palavras foram pronunciadas com tamanha inflexão de generosidade fraternal que o hóspede não pôde sopitar o pranto que lhe subia do âmago.
Raul avançou para ele, impondo-lhe as mãos, das quais jorrava luminoso fluxo magnético, e convidou:
- Vamos orar!
Findo um minuto de silêncio, a voz do diretor da casa, sob a inspiração de Clementino, suplicou enternecidamente:
- Divino Mestre, lança compassivo olhar sobre a nossa família aqui reunida...
Viajores de muitas romagens, repousamos neste instante sob a árvore bendita da prece e te imploramos amparo!
Todos somos endividados para contigo, todos nos achamos empenhados à tua bondade infinita, à maneira de servos insolventes para com o senhor.
Mas, rogando-te por nós todos, pedimos particularmente agora pelo companheiro que, decerto, encaminhas ao nosso coração, qual se fora uma ovelha que torna ao aprisco ou um irmão consanguíneo que volta ao lar...
Mestre, dá-nos a alegria de recebê-lo de braços abertos.
Sela-nos os lábios para que lhe não perguntemos de onde vem e descerra-nos a alma para a ventura de tê-lo conosco em paz.
Inspira-nos a palavra a fim de que a imprudência não se imiscua em nossa língua, aprofundando as chagas interiores do irmão, e ajuda-nos a sustentar o respeito que lhe devemos...
Senhor, estamos certos de que o acaso não te preside às determinações!
Teu amor, que nos reserva invariavelmente o melhor, cada dia, aproxima-nos uns dos outros para o trabalho justo.
Nossas almas são fios da vida em tuas mãos!
Ajusta-os para que obtenhamos do Alto o favor de servir contigo!
Nosso Libório é mais um irmão que chega de longe, de recuados horizontes do passado...
Ó senhor, auxilia-nos para que ele não nos encontre proferindo o teu nome em vão!...
O visitante chorava.
Via-se, porém, com clareza, que não eram as palavras a força que o convencia, mas sim o sentimento irradiante com que eram estruturadas.
Raul Silva, sob a destra radiosa de Clementino, afigurava-se-nos aureolado de intensa luz.
- Ó Deus, que se passa comigo?!... - conseguiu gritar Libório em lágrimas.
O irmão Clementino fez breve sinal a um dos assessores de nosso plano, que apressadamente acorreu, trazendo interessante peça que me pareceu uma tela de gaze tenuíssima, com dispositivos especiais, medindo por inteiro um metro quadrado, aproximadamente.
O mentor espiritual da reunião manobrou pequena chave num dos ângulos do aparelho e o tecido suave se cobriu de leve massa fluídica, branquicenta e vibrátil.
Em seguida postou-se novamente ao pé de Silva, que, controlado por ele, disse ao comunicante:
- Lembre-se, meu amigo, lembre-se! Faça um apelo à memória! Veja à frente os quadros que se desenrolarão aos nossos olhos!...
De imediato, como se tivesse a atenção compulsoriamente atraída para a tela, o visitante fixou-a e, desde esse momento, vimos com assombro que o retângulo sensibilizado exibia variadas cenas de que o próprio Libório era o principal protagonista. Recebendo-as mentalmente, Raul Silva passou a descrevê-las:
- Observe, meu amigo! É noite. Ouve-se um burburinho de algazarra a distância... Sua mãe velhinha chama-o à cabeceira e pede-lhe assistência... Está exausta... Você é o filho que lhe resta... Derradeira esperança de flagelada vida. Único arrimo... A pobre sente-se morrer. A dispnéia martiriza-a... É o distúrbio cardíaco pressagiando o fim do corpo... Tem medo. Declara-se receosa da solidão, de vez que é sábado carnavalesco e os vizinhos se ausentaram na direção dos centros festivos. Parece uma criança atemorizada... Contempla-o, ansiosa, e roga-lhe que fique... Você responde que sairá tão-somente por alguns minutos... o bastante para trazer-lhe a medicação necessária... Em seguida, avança, rápido, para uma gaveta situada em aposento próximo e apropria-se do único dinheiro de que a enferma dispõe, algumas centenas de cruzeiros, com que você se julga habilitado a desfrutar as falsas alegrias do seu clube... Amigos espirituais de seu lar abeiram-se de você, implorando socorro em favor da doente, quase moribunda, mas você se mostra impermeável a qualquer pensamento de compaixão... Dirige algumas palavras apressadas à enferma e sai para a rua. Em plena via pública, imanta-se aos indesejáveis companheiros desencarnados com os quais se afina... entidades turbulentas, hipnotizadas pelo vício, com as quais você se arrasta ao prazer... Por três e quatro noites consecutivos, entrega-se à loucura, com esquecimento de todas as obrigações... Somente na madrugada de quarta-feira você volta estafado e semi-inconsciente... A velhinha, socorrida por braços anônimos, não o reconhece mais... Aguarda, resignadamente, a morte, enquanto você se encaminha para um quarto dos fundos, na expectativa de conseguir um banho que o auxilie a refazer-se... Abre o gás e senta-se por alguns minutos, experimentando a cabeça entontecida... O corpo exige descanso, depois da louca folia... A fadiga surge, insopitável... Desapercebe-se de si mesmo e dorme semi-embriagado, perdendo a existência, porque as emanações tóxicas lhe cadaverizam o corpo... Na manhã clara de sol, um rabecão leva-o ao necrotério como simples suicida...
Nessa altura, o interlocutor, como se voltasse de um pesadelo, bradou desesperado:
- Oh! Esta é a verdade! A verdade!... onde está minha casa? Sara, Sara, quero minha mãe, minha mãe!...
- Acalme-se! - recomendou Raul, compadecido - nunca nos faltará o socorro divino! Seu lar, meu amigo, cerrou-se com os seus olhos de carne e sua genitora, de outras esfera, lhe estende os braços amorosos e santificantes...
O comunicante, vencido, caiu em lágrimas.
Tão grande lhe surgiu a crise emotiva que o mentor espiritual do grupo se apressou a desligá-lo do equipamento mediúnico, entregando-o aos vigilantes para que fosse convenientemente abrigado em organização próxima.
Libório, em fundo processo de transformação, afastou-se, tornando Eugênia à posição normal.
E porque a tela regressasse à transparência do início, desfechei sobre o nosso orientador algumas indagações improvisadas.
Que função desempenhava aquele retângulo que eu ainda não conhecia? Que cenas eram aquelas que se haviam desdobrado céleres sob a nossa admiração?
- Aquele aparelho - informou Áulus, gentil - é um "condensador". Tem a propriedade de concentrar em si os raios de força projetados pelos componentes da reunião, reproduzindo as imagens que fluem do pensamento da entidade comunicante, não só para a nossa observação, mas também para a análise do doutrinador, que as recebe em seu campo intuitivo, agora auxiliado pelas energias magnéticas do nosso plano.
- Evidentemente, a engrenagem de semelhante mecanismo deve ser maravilhosa! - exclamou Hilário, sob forte impressão.
- Nada de espanto - alegou o orientador -; o hóspede espiritual apenas contempla os reflexos da mente de si mesmo, à maneira de pessoa que se examina, através de um espelho.
- Mas, se estamos à frente de um condensador de forças - considerei -, precisamos concluir que o êxito do trabalho depende da colaboração de todos os componentes do grupo...
- Exato - confirmou o Assistente -, as energias ectoplásmicas são fornecidas pelo conjunto dos companheiros encarnados, em favor de irmãos que ainda se encontram semimaterializados nas faixas vibratórias da experiência física. Por isso mesmo, Silva e Clementino necessitam do concurso geral para que a máquina do serviço funcione tão harmoniosamente quanto seja possível. Pessoas que exteriorizam sentimentos menos dignos, equivalentes a princípios envenenados nascidos das viciações de variada espécie, perturbam enormemente as atividades dessa natureza, porquanto arrojam no condensador as sombras de que se fazem veículo, prejudicando a eficiência da assembléia e impedindo a visão perfeita da tela por parte da entidade necessitada de compreensão e de luz.
Levava-nos o assunto a diferentes inquirições, mas o nosso orientador lançou-nos um olhar discreto, como a pedir-nos silêncio e atenção. 

Livro: "Nos Domínios da Mediunidade"   Psicografia: Francisco C. Xavier.  Pelo espírito: André Luiz.

14.6.18

O APARECIMENTO DA SEGUNDA VISTA


Questão 449 do Livro dos Espíritos

A segunda vista aparece, nas pessoas que têm o dom, espontaneamente; ela desperta ou adormece, em uma frequência bastante acentuada, pelo fato de o dom não estar em pleno desenvolvimento espiritual. Ela obedece, certamente, à vontade, força poderosa que pode mover todas as faculdades espirituais, assim como os próprios destinos dos homens, principalmente quando essa vontade se encontra obediente às instruções do amor. É bom que se diga que a espontaneidade no afloramento dos dons vem da consciência, pois, ela é programada por Deus para nos atender nos momentos em que dela necessitamos para tais desempenhos.
A ciência vai procurar estudar o homem por dentro, visto que, por enquanto, está observando o homem por fora. As atenções se encontram voltadas para os efeitos, e não para as causas, onde se deveria empregar mais a atenção. Mas, Jesus não está aflito por isso; se Ele nos guia desde o princípio do mundo que lhe foi entregue, a razão nos diz que a Sua paciência é elástica ao infinito. Ele é Mestre e sabe ensinar aos Seus alunos com a maior precisão.
Não é somente a segunda vista que aparece no momento em que precisamos; são todos os dons que possuímos. Eles, aflorados, são manejados pelo poder interno na hora certa, mas, igualmente obedecem à vontade dos que possuem seus valores. Não obstante, a vontade nem sempre traz à tona a faculdade perfeita dos dons espirituais. Ela se amplia pela criatividade e pelo interesse próprio; os aspectos inconvenientes não enganam no surgimento espontâneo dos dons, ainda que haja uma mistura com os valores, por ser a vontade livre nos corredores da intuição espiritual.
Vejamos como deve ser educada a mediunidade, bem como, igualmente, o médium, para que a sua vontade não interfira nas suas revelações e nas suas mensagens, das quais se servem os Espíritos para esclarecimento das criaturas encarnadas.
Isso é muito sério; os canais mediúnicos devem estar livres, para não serem comparados com os canos que servem à limpeza de uma cidade, mas, sim, como condutor de água potável.
Jesus quis dar à samaritana outro tipo de água que ela não conhecia: a água que a Doutrina Espírita está vertendo dos mananciais de Jesus para a humanidade. Aproveitemos, pois, essa misericórdia, porque as oportunidades passam e haveremos de esperar até surgir outra em nossos caminhos, o que pode demorar. Se, quando o poço está pronto, a água aparece, vamos preparar esse nosso poço, para que a água de luz possa surgir no sentido de saciar nossa sede espiritual.
Que quem tiver alguns dons aflorados, procure não impor a vontade. A razão, por ser de ordem humana, é falha. Ela é cheia de conveniências pessoais. Deixemos a espontaneidade surgir pelo empuxo da consciência em Cristo, e desta maneira a verdade vai nos tornar livres das ilusões e da farsa. As faculdades espirituais que todos possuem não são máquinas humanas; elas são vidas pela força de Deus, que intercambiam nossos poderes que espiritualizam nossos sentimentos e nos fazem comungar com Cristo interno, acionando o coração em estímulos santos.
É bom que compreendamos as necessidades de andarmos com Jesus como nosso convidado especial, porque com Ele não erramos os caminhos para a libertação. Procuremos desenvolver a nossa segunda vista. Isso é muito nobre, no entanto, é de caráter divino saber o que faremos com ela ampliada. Oremos e vigiemos em todas as nossas observações e trabalhos, para não cairmos em novas tentações, no desperdício das forças que Deus nos facultou para o nosso bem e nossa felicidade.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

13.6.18

AO REDOR DO DINHEIRO

Reunião pública de 26-1-59
Questão nº 816

Efetivamente, perante a visão da Esfera Espiritual, o homem afortunado na Terra surge sempre à feição de alguém que enorme risco ameaça.
Operários da evolução, a quem se confiou a mordomia do ouro, aqueles que detêm a finança comum afiguram-se-nos companheiros constantemente afrontados pelas perspectivas de desastre iminente, assim como os responsáveis pela condução da energia elétrica, em contacto com agentes de alta tensão, ou, ainda, como os especialistas de laboratório, quando impelidos a manusear certa classe de vírus ou de venenos, com vistas à preservação e ao benefício do povo.
Considerando, porém, as inconveniências e desvantagens que assinalam a luta dos que foram chamados a transportar semelhantes cruzes amoedadas, é forçoso convir que o coração voltado para Jesus pode sustentar-se, nesse círculo de incessantes inquietações, na tarefa sublime da paz e da luz, da ascensão e da liberdade.
Isso porque, se o dinheiro nas garras da usura pode agravar os flagícios da orfandade e os tormentos da viuvez, nas mãos justas do bem converte o pauperismo em trabalho e o sofrimento em educação.
Se a riqueza entesourada sem o lucro de todos pode gerar o colapso do progresso, o centavo movimentado ao impulso da caridade é o avivamento do amor na Terra, por transformar-se, a cada minuto, no remédio ao enfermo necessitado, no livro renovador das vítimas do desânimo, no teto endereçado aos que vagueiam sem rumo e na gota de leite que tonifica o corpo subnutrido da criancinha sem lar.
Ninguém tema, desse modo, a grave responsabilidade da posse efêmera entre as criaturas humanas, mas que toda propriedade seja por nós recebida como empréstimo santo, cujos benefícios é preciso estender em proveito geral, atentos à lei de que a felicidade só é verdadeira felicidade quando respira na construção da felicidade devida aos outros.
Assim, pois, compreendamos, com a segurança da lógica e com a harmonia da sensatez, que, em verdade, não se pode servir a Deus e a Mamon, mas que é nossa obrigação das mais simples colocar Mamon a serviço de Deus.

Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

12.6.18

MENSAGEM MEDIÚNICA DE DONA MODESTA SOBRE A OPINIÃO ALHEIA


Aceite o direito dos outros de pensarem, falarem ou escreverem o que pensam sobre você. Você não vai responder por isso. Você vai responder pelo que faz e pelo que é.
Cada pessoa vai avaliar suas experiências pelo julgamento que lhes interessa e pela perspectiva de vivências dela. 
Se tiver que ouvir alguém ou dar importância a algo vindo dos outros, use seu discernimento para saber a diferença entre quem demonstra nítido interesse no seu bem e crescimento, daqueles que apenas estão disputando com você.
Siga seu caminho fazendo o seu melhor sem carregar esse ônus das farpas alheias que, se forem muito valorizadas por você, podem se transformar em uma loucura silenciosa.
O maior risco de quem prioriza em excesso a opinião alheia é perder o encanto com a beleza de sua própria sementeira, permitindo que ervas daninhas lançadas com intenções duvidosas ataquem sua plantação de lírios de esperança. 
Eu, Maria Modesto Cravo, servidora do bem e amante do Cristo, vos abençoo com paz e alegria.
Maria Modesto
Mensagem psicografada por Wanderley Oliveira II, na Sociedade Espírita Ermance Dufaux, em 09 11 de 2015.

11.6.18

III – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO” – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER


Nos primeiros parágrafos de sua preleção, o Ministro Flácus enfoca o tema da evolução da mônada, a partir do reino mineral:
“... a matéria mais densa não é senão o conjunto das vidas inferiores incontáveis, em processo de aprimoramento, crescimento e libertação”.
Adiante:
 “Cada espécie de seres, do cristal até o homem, e do homem até o anjo, abrange inumeráveis famílias de criaturas, operando em determinada frequência do Universo. E o amor divino alcança-nos, a todos, à maneira do Sol que abraça os sábios e os vermes”.
*
Espantosa a afirmação dos Espíritos Superiores a Kardec, na pergunta 597-a, de “O Livro dos Espíritos”: “(...) Há, entre a alma dos animais e a do homem, tanta distância, quanto entre a alma do homem e Deus”.
*
Quão longos são os caminhos da evolução!...
E o homem, lidando com a razão há quarenta mil anos, ainda revela em suas atitudes traços de animalidade. Não se pode dizer que o homem já tenha tomado completa posse de sua humanidade.
*
Mais adiante, Flácus aborda a questão da interdependência que vige entre todos os seres da Criação – interdependência não apenas física, mas também psicológica. Daí não nos ser atitude lícita e inteligente menosprezarmos que se movimentam na retaguarda evolutiva, pelos quais, sem dúvida, necessitamos nos sentir responsáveis – assim como Jesus Cristo sentiu-se e sente-se por nós outros.
O que seria da Humanidade Terrestre se o Cristo não tivesse vindo a até nós?! Com certeza, ainda desconheceríamos o que seja Amor – com A maiúsculo!
*
Flácus, em sua palestra, estava justificando o trabalho que os espíritos mais esclarecidos necessitam desenvolver em nome da solidariedade universal – preparando os espíritos que ali estavam presentes para as tarefas sacrificiais que os mais lúcidos devem abraçar em favor da libertação dos que se demoram nas faixas da ignorância.
*
Vejamos a sua consideração:
“Seres humanos, situados noutra faixa vibratória, apoiam-se na mente encarnada, através de falanges incontáveis, tão semiconscientes na responsabilidade e tão incompletas na virtude, quanto os próprios homens”.
Com tais palavras, ele nos induz a pensar que, até certo ponto, o chamado vampirismo é natural. Assim como o corpo humano é parasitado por milhares de vidas inferiores, em evolução, a mente humana também. Todavia, a questão não é a de “carregarmos” conosco mentes desencarnadas, necessitadas de esclarecimento – a questão é nos deixarmos possuir por elas, e, em vez de fazer com que cresçam consentir que elas nos façam estagnar em nossa caminhada.
Mediunidade generalizada!...
Notemos a importância da Doutrina Espírita que, em nos conscientizando de semelhante situação, nos prepara para melhor a facearmos.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 11 de junho de 2018.

10.6.18

Sinceramente


    Sinceramente, não vejo por que eu não possa me comunicar... Sou um espírito como qualquer outro. Eu não cansado! Graças a Deus, cansaço é coisa que nunca aleguei. O desgaste do corpo era natural. Foram mais de 90 anos!... Se Jesus prometeu ficar conosco até à consumação dos séculos, com que direito me omitiria? Sendo possível, não deixarei de inspirar o pensamento daqueles que me procurarem... O trabalho não para. É somente o tempo de necessário restabelecimento neste Outro Lado... Eu não tenho questões pessoais a serem cogitadas, aspirações exclusivamente minhas. Se nos colocamos a serviço do Cristo, é a vontade Dele que prevalece. Servir é o nosso mais alto privilégio! Eu não poderia achar que esse ou aquele médium não seja instrumento adequado para mim... Um grão de poeira para um cisco será melhor médium que uma estrela! Essa história de código, de senha não nasceu de minha cabeça! Talvez tenha sido criada por amigos preocupados... Não podemos julgar. As pessoas não são más porque querem. De minha parte, a única coisa que sei é que preciso continuar trabalhando, e muito!

Livro: Doutrina Viva de Carlos A. Baccelli
Espírito: Francisco C. Xavier

9.6.18

DE MALAS PRONTAS


Segue servindo e não fujas
À luta que te atordoa...
Recorda: a vida na Terra,
Com brevidade se escoa...

Quando menos esperares,
Estarás de malas prontas,
Chamado por Outra Vida
A ajustar as próprias contas.

Eurícledes Formiga – Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do “Grupo Espírita da Prece”, na noite de 12 de março de 1988, em Uberaba – MG).

8.6.18

SERVE


A tarefa de amor
Resume-se em servir.
Nunca te queixes. Serve.
Todo valor real
É dádiva de Deus.

Livro Agenda de Luz - Francisco Cândido Xavier - Emmanuel