31.10.18

NEUTRALIZAR

Questão 469 do Livro dos Espíritos

O modo pelo qual podemos neutralizar a influência dos Espíritos ignorantes é, certamente, fazendo o bem. O bem é força poderosa contra o mal, é o antídoto da influência do mal.
O Espírito, em certa fase na sua vida, fica propenso às más radiações, por encontrar dentro de si paixões inferiores acesas, e como o semelhante atrai os semelhantes, Espíritos equivocados dele se aproximam. Mesmo que o sugestionado esteja se esforçando para se desligar das inferioridades, ele ainda é afetado pelos resquícios que tem das paixões inferiores. A pureza espiritual é demorada para ser adquirida; podemos gastar várias reencarnações a fim de conhecermos a verdade e ela nos tomar livres.
Devemos, também, confiar em Deus, Chave-Mestra para o isolamento dos Espíritos inimigos, no entanto, não podemos confiar em Deus envolvidos no mal. Somente o bem neutraliza o mal, somente o amor neutraliza o ódio, somente o perdão neutraliza a violência.
Se pretendemos ajudar os ignorantes, não nos afastemos deles. A vida ensina como nos aproximar dos que esqueceram o amor. Todas as soluções de todos os problemas se encontram dentro deles. Nós, quando começamos a fazer o bem e a pensar no amor, no perdão e na fraternidade, achamos que já estamos livres das sugestões do mal que os inimigos espirituais nos inspiram. Enganamo-nos, pois, só quando passamos a viver o bem ininterruptamente é que não deixamos lugar para os pensamentos inferiores entrarem em nossa casa mental. Se somente vivemos o bem por doze horas do dia, as outras doze estarão sujeitas ao mal, assim, pode-se avaliar o quanto poderemos estar sendo influenciados pelas sombras.
No entanto, foi-nos dada a razão, para que possamos discernir uma coisa da outra. Temos, ainda, os livros na santificação do amor, para que possamos sentir os meios de nos livrar do mal. Foram designados, também, companheiros espiritualizados para nos ajudarem nos momentos de fraqueza. Deus ajuda Seus filhos por todos os meios possíveis, com o fim de despertar as criaturas, desligando-as das correntes da ignorância.
Embora já tenhamos falado, tornamos a dizer que entre os pensamentos há certos intervalos, onde agem os Espíritos inferiores, com suas sugestões inconvenientes mas, se analisarmos os pensamentos, encontraremos os que vêm de fora. Se nós mesmos emitirmos pensamentos indignos, evitemos dar-lhes continuidade, para que não nos façam joguetes de ilusões. Criemos uma carapaça em tomo de nós mesmos com a prática das virtudes ensinadas por Jesus, de modo que nos resguardemos das investidas das trevas.
Acendamos a nossa luz, que ela queima a borrasca das idéias inadequadas ao bem. Não deixemos que o mal nos dirija. Se sentirmos dificuldades em viver no bem, em amar a todas as criaturas, em gostar da fraternidade, peçamos ajuda aos que nos são superiores, que as bênçãos de Deus não faltarão aos de boa vontade.
Ao deitar, o homem não deve esquecer a oração e ao se levantar, deve fazer o mesmo. Ela é força poderosa para ajudar na neutralização das investidas das sombras em nossos caminhos. Temos o conhecimento e devemos saber como convém aplicá-lo, porque a sabedoria pode nos ajudar muito a encontrar a paz, pela conquista do amor.
Se os pensamentos que surgirem em nossa mente nos sopram a discórdia, livremo-nos deles, porque, vindo de dentro ou de fora, nos impulsiona para o sofrimento. Procuremos Jesus em todas as situações de vida, que Ele é amor em Deus e pode nos socorrer, com a vida na amplitude da paz.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

30.10.18

ESQUECIMENTO E REENCARNAÇÃO


Reunião pública de 22-6-59
Questão nº 392

Examinando o esquecimento temporário do pretérito, no campo físico, importa considerar cada existência por estágio de serviço em que a alma readquire, no mundo, o aprendizado que lhe compete.
Surgindo semelhante período, entre o berço que lhe configura o início e o túmulo que lhe demarca a cessação, é justo aceitar-lhe o caráter acidental, não obstante se lhe reconheça a vinculação à vida eterna.
É forçoso, então, ponderar o impositivo de recurso e aproveitamento, tanto quanto, nas aplicações da força elétrica, é preciso atender ao problema de cara e condução.
Encetando uma nova existência corpórea, para determinado efeito, a criatura recebe, desse modo, implementos cerebrais completamente novos, no domínio das energias físicas,e, para que se lhe adormeça a memória, funciona a hipnose natural como recurso básico, de vez que, em muitas ocasiões, dorme em pesada letargia, muito tempo antes de acolher-se ao abrigo materno. Na melhor das hipóteses, quando desfruta grande atividade mental nas esferas superiores, só é compelido ao sono, relativamente profundo, enquanto perdure a vida fetal. Em ambos os casos, há prostração psíquica nos primeiros sete anos de tenra instrumentação fisiológica dos encarnados, tempo em que se lhes reaviva a experiência terrestre.
Temos, ainda, mais ou menos três mil dias de sono induzido ou hipnose terapêutica, a estabelecerem enormes alterações nos veículos de exteriorização do Espírito, as quais, acrescidas às conseqüências dos fenômenos naturais de restringimento do corpo espiritual, no refúgio uterino, motivam o entorpecimento das recordações do passado, par que se avalie a mente na direção de novas conquistas. E, como todo esse tempo é ocupado em prover-se a criança de novos conceitos e pensamentos acerca de si própria, é compreensível que toda criatura sobrenade na adolescência, como alguém que fosse longamente hipnotizado para fins edificantes, acordando, gradativamente, na situação transformada em que a vida lhe propõe a continuidade do serviço devido à regeneração ou à evolução clara e simples.
E isso, na essência, é o que verdadeiramente acontece, porque, pouco a pouco, o Espírito reencarnado retoma a herança de si mesmo, na estrutura psicológica do destino, reavendo o patrimônio das realizações e das dívidas que acumulou, a se lhe regravarem no ser, em forma de tendências inatas, e reencontrando as pessoas e as circunstâncias, as simpatias e as aversões, as vantagens e dificuldades, com as quais se ache afinizado ou comprometido.
Transfigurou-se, então, a ribalta, mas a peça contínua.
A moldura social ou doméstica, muitas vezes, é diferente, mas, no quadro de trabalho e da luta, a consciência é a mesma, com a obrigação de aprimorar-se ante a bênção de Deus, para a luz da imortalidade.

Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

29.10.18

XXIII – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO”


– ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER

Na sequência de nossas reflexões sobre o capítulo IV de “Libertação”, Gúbio, elucidando dúvidas de André Luiz e Elói, afirma:
“Já perambulamos por estes sítios sombrios e inquietantes, mas os choques biológicos do renascimento e da desencarnação, mais ou menos recentes, não te permitem, nem a Elói, o desabrocho de reminiscências completas do passado.”
Quantos de nós outros não teremos, igualmente, perambulado pelas regiões inferiores do Mundo Espiritual, emergindo, lentamente, do pântano de nossos erros?! Quantos de nós, talvez, não tenhamos, por ação da Divina Misericórdia, delas saído para a Terra, ou para outra Dimensão, e, quem sabe, após a experiência vivenciada, haveremos de para elas regressar?! Quantos não são os que, escondidos sob a forma humana, ainda não passam de seres capazes de cometer despautérios que os nivelam aos “draconianos”, descritos por André Luiz?!
*
De repente, segundo o autor espiritual, eles começaram a ouvir uma música exótica...
Vejam: até o gosto musical com o qual ainda nos identificamos não deixa de nos manifestar a evolução do espírito... Naqueles “sítios” a música era primitiva – exótica, quanto exóticos são os sons de diversas expressões musicais no orbe terrestre, que, por vezes, levam as multidões ao delírio e à insanidade, induzindo ao consumo de drogas e à devassidão...
*
Gúbio recorda a André e Elói que deveriam permanecer em atitude de vigilância e oração, esclarecendo:
“Em qualquer constrangimento íntimo, não nos esqueçamos da prece. É, de ora em diante, o único recurso de que dispomos a fim de mobilizar nossas reservas mentais superiores, em nossas necessidades de reabastecimento psíquico. Qualquer precipitação pode arrojar-nos a estados primitivistas, lançando-nos em nível inferior, análogo ao dos espíritos infelizes que desejamos auxiliar.”
Sim! Quantas vezes o homem se deixa encolerizar com facilidade, permitindo-se influenciar pelas circunstâncias adversas, em vez de lograr influenciá-las?! Uma simples discussão pode degenerar em agressão, e, não raro, culminar com a prática de um crime... É que a linha divisória que nos separa da “fera” que, ainda ontem, fomos, é muito frágil, e com facilidade pode ser ultrapassada... Se Gúbio, elevado Instrutor mantinha-se vigilante neste sentido, o que podemos dizer de nós outros, encarnados e desencarnados, que ainda não nos encontramos enraizados em nossas convicções de ordem superior?!...
*
- “Em minutos breves – narra André – penetramos vastíssima aglomeração de vielas, reunindo casario decadente e sórdido.”
Construções típicas da Alta Idade Média...
Insalubridade...
Esgoto correndo a céu aberto...
- “Rostos horrendos, contemplavam-nos furtivamente, a princípio, mas, à medida que varávamos o terreno, éramos observados, com atitude agressiva, por transeuntes de miserável aspecto.”
Com certeza, embora materializados, Gúbio, André e Elói exibiam uma fisionomia diferente, com traços que chamavam a atenção daqueles espíritos, que os espreitavam movidos por intenções diversas...
- “Mutilados às centenas, aleijados de todos os matizes, entidades visceralmente desequilibradas, ofereciam-nos paisagens de arrepiar.”
Quanto mais inferior a Dimensão em que a Vida se manifesta, mais sofre a forma em que ela se expressa.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 29 de outubro de 2018.

28.10.18

Onde Iremos Parar?


Deus meu! Pobres somos porque ainda não conseguimos refletir a Tua imagem plena em nós.
Somos imperfeitos e não conseguimos avaliar a Tua imensa grandeza. Como estamos atordoados, como não valorizamos a Ti como deveríamos, nos perdemos nos nossos próprios labirintos existenciais.
Agora mesmo, uma confusão se abate no nosso País. De um lado, defensores da ordem e da anticorrupção, de outro, partidários da democracia e dos direitos humanos. Lutas embrutecidas se agigantam por um pedaço de poder. Onde iremos parar?
A ordem que buscamos não será encontrada com gente nos presídios, apesar de muitas delas necessitarem da reclusão social. A ordem deve ser encontrada no íntimo de cada ser que já possui a habilidade de controlar os seus pendores para o mal.
A corrupção não está circunscrita aos partidos políticos, ao contrário, infelizmente ela se manifesta em todo aquele que não respeita o direito do próximo e falta com a lisura nos seus atos cotidianos.
A democracia, valor intrínseco dos que defendem a liberdade, é conquista diária e não tão-somente um encontro ocasional com as urnas, daí a falta de habilidade da nossa gente para discernir certos conceitos fundamentais.
O respeito aos direitos de cada cidadão somente se efetivará se primeiramente aumentarmos a preocupação em nos respeitarmos. Somente lutamos por aquilo que conseguimos visualizar ou sentir como importante.
As eleições são momentos onde se é testado o grau de consciência coletiva de um povo. O nosso, apesar do enorme progresso alcançado recentemente, demonstra fraqueza na defesa de princípios essenciais para o bem-viver, mas ele aprenderá, a duras penas, com sua invigilância.
Defendemos a paz, a liberdade de expressão, o bom entendimento entre as gentes, a compreensão uns dos outros, o respeito a diferença, valores inquestionavelmente mais sadios do que a desordem, a intolerância, a vingança e outros mais que diminuem o elo entre os povos, pois que arremetem à discórdia e a desunião.
Hoje, defendemos a humanidade. Ser humano é estar vigilante em ser bom, ético, melhor, pacificador, altruísta, e não se concebe nada disso sem o exercício consciente do voto.
Que a democracia vença esse embate.
Que o amor prevaleça nas relações.
Que sejamos protagonistas de um novo amanhã.

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

27.10.18

NO SERVIÇO DO BEM


Desejando servir na Vinha do Senhor,
Aprende a combater o mal e persevera...
Ao longo do caminho, em tormentosa espera,
Há tantos corações a mendigar amor...

Esse suplica o pão e o teto acolhedor,
Aquele clama aos céus na prova que o encarcera,
Outro suporta n’alma a disciplina austera
Que o passado lhe impôs à vida em tanta dor...

Que nada te detenha o gesto solidário,
Amparando no mundo os filhos do Calvário,
Na vivência cristã de quem semeia a paz...

Esclarece, consola, abençoa e ilumina,
Recordando a lição que o Mestre nos ensina:
- Quem faz o bem ao próximo a si mesmo o faz!...

Eurícledes Formiga – Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, na dia 13 de agosto de 1986, em Uberaba – MG).

26.10.18

Comunicação com os Espíritos


Uma ideia quase geral entre as pessoas que não conhecem o Espiritismo é de crer que os Espíritos, só pelo fato de estarem livres da matéria, devem tudo saber e possuir a soberana sabedoria. Está aí um erro grave. Deixando o seu envoltório corpóreo, eles não se despojam imediatamente de suas imperfeições; não é senão com o tempo que se depuram e se melhoram.
Sendo os Espíritos as almas dos homens, como há homens de todos os graus de saber e de ignorância, de bondade e de maldade, encontra-se a mesma coisa entre os Espíritos. Há deles que não são senão levianos e traquinas, outros são misteriosos, velhacos, hipócritas, maus, vingativos; outros ao contrário, possuem as mais sublimes virtudes e o saber num grau desconhecido sobre a Terra. Essa diversidade na qualidade dos Espíritos é um dos pontos mais importantes a considerar, porque explica a natureza boa ou má das comunicações que se recebem; é a distingui-las que é preciso sobretudo se empenhar.
Disso resulta que não basta se dirigir a um Espírito qualquer para ter uma resposta justa a toda pergunta; porque o Espírito responderá segundo o que sabe, e, frequentemente, não dará senão a sua opinião pessoal, que pode ser justa ou falsa. Se for sábio, confessará a sua ignorância sobre o que não sabe; se for leviano ou mentiroso, responderá sobre tudo sem se importar com a verdade; dará sua ideia como uma verdade absoluta. Foi por isso que São João o evangelista disse: "Não creais em todo Espírito, mas experimentai se os Espíritos são de Deus." A experiência prova a sabedoria deste conselho. Haverá, pois, imprudência e leviandade em aceitar sem controle tudo o que vem dos Espíritos.
Os Espíritos não podem responder senão sobre aquilo que sabem, e, além disso, sobre o que lhes é permitido dizer, porque há coisas que não devem revelar, porque não é dado ainda aos homens tudo conhecerem.

Livro: Revista Espírita - abril 1864 - Allan Kardec.

25.10.18

Com caridade


“Todas as vossas coisas sejam feitas com caridade.”
– Paulo. (I Coríntios, 16:14).

Ainda existe muita gente que não entende outra caridade, além daquela que se veste de trajes humildes aos sábados ou domingos para repartir algum pão com os desfavorecidos da sorte, que aguarda calamidades públicas para manifestar-se ou que lança apelos comovedores nos cartazes da imprensa.
Não podemos discutir as intenções louváveis desse ou daquele grupo de pessoas; contudo, cabe-nos reconhecer que o dom sublime é de sublime extensão.
Paulo indica que a caridade, expressando amor cristão, deve abranger todas as manifestações de nossa vida.
Estender a mão e distribuir reconforto é iniciar a execução da virtude excelsa. Todas as potências do espírito, no entanto, devem ajustar-se ao preceito divino, porque há caridade em falar e ouvir, impedir e favorecer, esquecer e recordar. Tempo virá em que a boca, os ouvidos e os pés serão aliados das mãos fraternas nos serviços do bem supremo.
Cada pessoa, como cada coisa, necessita da contribuição da bondade, de modo particular. Homens que dirigem ou que obedecem reclamam-lhe o concurso santo, a fim de que sejam esclarecidos no departamento da Casa de Deus, em que se encontram. Sem amor sublimado, haverá sempre obscuridade, gerando complicações.
Desempenha tuas mínimas tarefas com caridade, desde agora. Se não encontras retribuição espiritual, no domínio do entendimento, em sentido imediato, sabes que o Pai acompanha todos os filhos devotadamente.
Há pedras e espinheiros?
Fixa-te em Jesus e passa.
Emmanuel

Livro: Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Ed.: FEB.

24.10.18

ESTRATÉGIAS DE ATAQUE


Questão 468 do Livro dos Espíritos

Os Espíritos inferiores, quando acham resistência no campo humano em que atacam, certamente que recuam, no entanto, não podes relaxar a vigilância, porque eles ficam na tocaia, esperando oportunidades para de novo investir com todas as suas forças, mormente quando se trata de Espíritos inimigos. Se já despertaste para a luz, deves conservá-la acesa sempre, e o melhor exercício para a sua defesa é a caridade. Ainda mais, deves prosseguir da maneira que Jesus ensinou, como anotado por Lucas, no capítulo vinte e três, versículo trinta e quatro:
“Contudo dizia ao Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.
Verdadeiramente, os Espíritos perseguidores não sabem o que fazem. Se tivessem noções das leis estabelecidas por Deus, não fariam e nem praticariam a maldade com os seus semelhantes. Se estás sendo vítima dos Espíritos ignorantes, perdoa sempre, esquece o mal e dá mãos ao bem em todas as suas manifestações, por que somente o bem pode criar ambiente para repelir o mal. Não queiras resistir ao mal, porque ele não merece a nossa atenção. Em lugar da resistência, da investida contra o mal, dedica-te ao bem o tempo que puderes, que esse bem será a tua melhor defesa.
No mundo dos homens, infelizmente, há muito ambiente para o intercâmbio com as sombras, e essas semeiam sempre a discórdia e a violência, o orgulho e o egoísmo. O leitor deve se preparar, esquecendo as sugestões que contrariam o amor, que está fora do Evangelho de Jesus, porque pensamentos entram e saem da sua mente permanentemente. Entrega-te à oração e à vigilância, para não caíres em tentações, porque a queda é fácil, mas, para levantar gasta-se mais tempo.
Os Espíritos malfazejos renunciam às tentativas do mal desde que persistamos no bem até o fim. Sê alegre na alegria do Cristo; sê bom na bondade de Jesus; sê caridoso na caridade com amor, para que possas libertar-te de todas as investidas do mal, ou do que se possa entender por mal. A vontade é uma força indispensável para fazer recuar os Espíritos inimigos, mas, aliando-te a ela deves mudar de comportamento. Se eles te atacam, é por terem alguma sintonia com o teu modo de pensar e sentir a Vida. Os corvos se ajuntam onde o mau cheiro se espalha.
O homem que começa a despertar para sua libertação, trava uma luta, e por vezes ela demora, porque a batalha se encontra dentro de cada um. Deves resistir a todas as sugestões contrárias ao bem e prosseguir nas linhas do amor, que logo vencerás, e a liberdade aparecerá nos teus caminhos te mostrando o céu no imo d’alma. O bem e o mal travam uma guerra e, às vezes, parece que o mal é vencedor, porém, o engano logo desaparece, porque somente o bem ficará de pé, para receber a glória das bênçãos de Jesus. Não desanimes nas estradas que estás percorrendo; elas são cheias de investidas indesejadas para te testarem as forças e te colocarem no lugar que já adquiriste por direito dos esforços próprios. O trabalhador é digno do seu salário. Compete a cada um de nós trabalhar com Jesus Cristo, que o salário não faltará para a nossa glória.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

23.10.18

EM PLENA PROVA


Reunião pública de 26-10-59.
Questão266   (Livro dos Espíritos)

Aguardas a melhora que parece tardia...
Suspiras em vão pelo amigo ideal...
Anseias inutilmente pela concórdia doméstica...
Clamas debalde pelo socorro em serviço...
Todavia, mesmo nos transes mais duros, espera com paciência.
Ontem devastamos lares alheios.
Hoje é preciso reconstruí-los.
Ontem traçamos caminhos de lodo e sombra aos pés dos outros.
Hoje é preciso purificá-los.
Ontem retínhamos, sem proveito, a fortuna de todos.
Hoje é preciso devolve-la em trabalho, acrescida de juros.
Ontem cultivamos aversões.
Hoje é preciso desfazê-las, a preço de sacrifício.
Ontem abraçamos o crime, supondo preservar-nos e defender-nos.
Hoje é preciso reparar e solver.
Ontem cravamos no próximo o espinho do sofrimento.
Hoje é preciso experimentá-lo por nossa vez.

Se sobes calvário agreste, irriga em suor e pranto a senda para o futuro.
Qual ocorre ao enfermo que solicita assistência adequada antes da consulta, Imploraste, antes do berço, a prova que te agracia.
Aspirando a sanar as chagas do pretérito, comissionaste o próprio destino para que te entregasse à existência o problema inquietante e a frustração temporária, o embaraço imprevisto e a trama da obsessão, o parente amargoso e a doença difícil.
Não atraiçoes a ti mesmo, fugindo ao merecimento da concessão.
Milhares de companheiros desenleados da carne suplicam o ensejo que já desfrutas.
Mergulhados na dor maior, tudo dariam para obter a dor menor em que te refazes.

Desse modo, quando estiveres em oração, sorvendo a taça da angústia, na sentença que indicaste a ti próprio diante das leis divinas, roga a bênção da saúde e a riqueza da paz, a luz da consolação e o favor da alegria,
mas pede a DEUS, acima de tudo, o apoio da humildade e a força da paciência.

Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

22.10.18

XXII – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO”


– ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER

Continuando a descrever a “metamorfose” a qual se submeteram, a fim de que fossem percebidos naquela Dimensão Subcrostal, André Luiz anotou:
“Reparei, confundido, que a voluntária integração com os elementos inferiores do plano nos desfigurava enormemente (destacamos). Pouco a pouco, sentimo-nos pesados e tive a ideia de que fora, de improviso, religado, de novo, ao corpo de carne, porque, embora me sentisse dono da própria individualidade, me via revestido de matéria densa, como se fosse obrigado a envergar inesperada armadura.”
Notemos que interessante, e, mais uma vez, chamamos a atenção do leitor para a questão da Reencarnação no Mundo Espiritual, que nada mais é que um processo de materialização mais demorada em cada Plano que o espírito seja chamado a viver.
Curioso o que diz Gúbio a seguir:
“Nesta cidade sombria, trabalham inúmeros companheiros do bem nas condições em que nos achamos.”
Mas também, de nossa parte, aproveitamos para esclarecer que, mesmo em tais Dimensões sombrias costumam reencarnar espíritos de certo grau evolutivo com a finalidade de instruírem os que lá estejam domiciliados. Afinal, Cristo não veio a Terra?! E, antes Dele, tantos outros, como Sócrates, por exemplo?! E, depois Dele, Francisco de Assis, Teresa d’Ávila, Chico Xavier?!...
*
Gúbio alerta na sequência:
“Se erguermos bandeira provocante, nestes campos, nos quais noventa e cinco per cento das inteligências se encontram devotadas ao mal e à desarmonia, nosso programa será estraçalhado em alguns instantes. Centenas de milhares de criaturas aqui padecem amargos choques de retorno à realidade, sob a vigilância de tribos cruéis, formadas de espíritos egoístas, invejosos e brutalizados.”
A cidade dos “gregorianos” era uma cidade de loucos... E salientemos que ela não era, qual não é, a única existente em tal Plano, ou Dimensão, ou Planeta Espiritual – milhões e milhões de espíritos, mentalmente, ainda vivem no passado, e se organizam como se organizavam os homens nos séculos transatos.
*
Chico Xavier psicografou o livro “Libertação” em 1949. Posteriormente, em conversa reservada com alguns amigos – conversa que, infelizmente, vazou –, ele disse que, a conselho de Emmanuel, André Luiz acabou por retirar muitas páginas da obra, com a finalidade de não criar induções excessivamente negativas na mente dos leitores.
Chico, mais tarde, contou-nos pessoalmente que na cidade dos “gregorianos” eram realizadas verdadeiras orgias, bacanais, com os seus moradores idolatrando como deuses os símbolos fálicos, que carregavam em andores, nas procissões que realizavam...
As explicações de Chico, tendo sido vazadas – um dos amigos aos quais ele havia narrado o fato fora ao conhecido tribuno Newton Boechat, que, inadvertidamente, passara-a adiante, em palestra –, foram, ainda recentemente, plagiados por outro “médium”, que, como de hábito costuma fazer, apresentou em livro a “revelação” como sendo de sua lavra.
*
Em seguida, André pergunta a Gúbio:
“E há governo estabelecido num reino estranho e sinistro como este?”
A resposta do Instrutor, naturalmente, foi afirmativa, pois, afinal, em qual reino – mesmo no reino animal – não existe governo?! Não obstante, Gúbio esclarece: “Qual ocorre na esfera carnal, a direção neste domínio, é concedida pelos Poderes Superiores, a título precário.” Quer dizer: tudo com o Consentimento Divino, pois nada – absolutamente nada – acontece fora da Vontade de Deus.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 22 de outubro de 2018.

21.10.18

COM ARDENTE AMOR

"Mas, sobretudo, tende ardente caridade uns para com os outros."
 - Pedro. (I Pedro, 4:8).

Não basta a virtude apregoada em favor do estabelecimento do Reino Divino entre as criaturas.
Problema excessivamente debatido - solução mais demorada...
Ouçamos, individualmente, o aviso apostólico e enchamo-nos de ardente caridade, uns para com os outros.
Bem falar, ensinar com acerto e crer sinceramente são fases primárias do serviço. Imprescindível trabalhar, fazer e sentir com o Cristo.
Fraternidade simplesmente aconselhada a outrem constrói fachadas brilhantes que a experiência pode consumir num minuto.
Urge alcançarmos a substância, a essência...
Sejamos compreensivos para com os ignorantes, vigilantes para com os transviados na maldade e nas trevas, pacientes para com os enfermiços, serenos para com os irritados e, sobretudo, manifestemos a bondade para com todos aqueles que o Mestre nos confiou para os ensinamentos de cada dia.
Raciocínio pronto, habilitado a agir com desenvoltura na Terra, pode constituir patrimônio valioso; entretanto, se lhe falta coração para sentir os problemas, conduzi-los e resolvê-los, no bem comum, é suscetível de converter-se facilmente em máquina da calcular.
Não nos detenhamos na piedade teórica.
Busquemos o amor fraterno, espontâneo, ardente e puro.
A caridade celeste não somente espalha benefícios. Irradia também a divina luz.

Livro: Pão Nosso - Francisco C. Xavier - Emmanuel

20.10.18

Divino Encontro

Inda que passo a passo, de mansinho,
Abraça a tua cruz e segue adiante,
Sob as bênçãos da fé que te garante
Por mais estreito e áspero o caminho...

Em meio à escuridão do torvelinho,
Ao teu redor, em vendaval constante,
Que provação alguma te quebrante
Por sobre a humana estrada em desalinho...

Nunca dês a jornada por perdida,
Sem recuar na mística subida
Ao topo da montanha sempre em luz...

Supera qualquer dor no itinerário,
E sobe, destemido, o teu Calvário,
Para o divino encontro com Jesus!...

Auta de Souza – Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 13 de outubro de 2018, em Uberaba – MG).

19.10.18

COLOQUE Deus


COLOQUE Deus, conscientemente, em tudo o que faz, em todos os seus problemas.
   E verificará que seus sofrimentos se transformarão em experiência e aprendizado.
   Coloque Deus em todos os pensamentos, e sua vida se transformará num hino de alegria e louvor, porque as dores se esvairão como as trevas, que desaparecem aos primeiros clarões das luzes da aurora...

Livro: Minutos de Sabedoria

18.10.18

CLARIVIDÊNCIA E CLARIAUDIÊNCIA


    Notei que a reunião atingia a fase terminal.
     Duas horas bem vividas haviam corrido céleres para nós.
    Raul Silva consultou o relógio e cientificou os companheiros de haver chegado o momento das preces de despedida.
     Os amigos sofredores, aglomerados no recinto, poderiam receber vibrações de auxílio, enquanto os elementos do grupo recolheriam, através da oração, o refazimento das próprias forças.
    Pequeno cântaro de vidro, com água pura, foi trazido à mesa.
    E porque Hilário perguntasse se iríamos assistir a alguma cerimônia especial, o Assistente explicou, afável:
    - Não, nada disso. A água potável destina-se a ser fluidificada. O líquido simples receberá recursos magnéticos de subido valor para o equilíbrio psicofísico dos circunstantes.
    Com efeito, mal acabávamos de ouvir o apontamento, Clementino se abeirou do vaso e, de pensamento em prece, aos poucos se nos revelou coroado de luz.
    Daí a instantes, de sua destra espalmada sobre o jarro, partículas radiosas eram projetadas sobre o líquido cristalino que as absorvia de maneira total.
    - Por intermédio da água fluidificada – continuou Áulus -, precioso esforço de medicação pode ser levado a efeito. Há lesões e deficiências no veículo espiritual a se estamparem no corpo físico, que somente a intervenção magnética consegue aliviar, até que os interessados se disponham à própria cura.
    O Assistente silenciou, porquanto a palavra de Silva se fez ouvir, recomendando aos médiuns observassem, através da vidência e da audição, os ensinamentos que porventura fossem, naquela noite, ministrados ao grupo pelos amigos espirituais da casa.
    Reparamos que Celina, Eugênia e Castro aguçaram as suas atenções.
    Clementino, findo o preparo da água medicamentosa, consagrou-lhes maior carinho, aplicando-lhes passe na região frontal.
    - Nosso amigo – esclareceu o Assistente – procura ajudar aos nossos companheiros de mediunidade, favorecendo-lhes o campo sensório. Não lhes convêm, por agora, a clarividência e a clariaudiência demasiado abertas. Na esfera dos Espíritos reencarnados, há que dosar observações para que não venhamos a ferir os impositivos da ordem. Cada qual de nós deve estar em sua faixa de serviço, fazendo o melhor ao seu alcance. Imaginemos um aparelho radiofônico terrestre, coletando todas as espécies de onda, em movimento de captação simultânea. O proveito e a harmonia da transmissão seriam realmente impraticáveis, e não haveria propósito construtivo na mensagem. Um médium, pois, não deve demorar-se com todas as solicitações do meio em que se situa, sob pena de arrojar as suas impressões ao desequilíbrio, a menos quando, por sua própria evolução, consiga sobrepairar ao campo do trabalho, dominando as influências do meio e selecionando-as, segundo o elevado critério de quem já consegue orientar-se para o bem e orientar aqueles que o acompanham.
    Hilário refletiu um momento e indagou:
    - Os trabalhos mediúnicos, porém, são rigorosamente iguais nos três instrumentos sob nosso exame?
    - Isso não. O círculo de percepção varia em cada um de nós. Há diferentes gêneros de mediunidade; contudo, importa reconhecer que cada Espírito vive em determinado degrau de crescimento mental e, por isso, as equações do esforço mediúnico diferem de indivíduo para indivíduo, tanto quanto as interpretações da vida se modificam de alma para alma. As faculdades medianímicas podem ser idênticas em pessoas diversas, entretanto, cada pessoa tem a sua maneira particular de empregá-las. Um modelo, em muitas ocasiões, é o mesmo para grande assembléia de pintores, todavia, cada artista fixá-lo-á na tela a seu modo. Uma lâmpada exibirá claridade lirial, em jacto contínuo, mas, se essa claridade for filtrada por focos múltiplos, decerto estará submetida à cor e ao potencial de cada um desses filtros, embora continue sendo sempre a mesma lâmpada a fulgurar em seu campo central de ação. Mediunidade é sintonia e filtragem. Cada Espírito vive entre as forças com as quais se combina, transmitindo-as segundo as concepções que lhe caracterizam o modo de ser.
    Notando o cuidado que o irmão Clementino empregava na preparação dos médiuns, meu colega inquiriu ainda:
    -A clarividência e a clariaudiência acaso estão localizadas exclusivamente nos olhos e nos ouvidos da criatura reencarnada?
    Áulus acariciou-lhe a cabeça e acentuou:
    - Hilário, vê-se que você está começando a jornada no conhecimento superior. Os olhos e os ouvidos materiais estão para a vidência e para a audição como os óculos estão para os olhos – simples aparelhos de complementação. Toda percepção é mental. Surdos e cegos na experiência física, convenientemente educados, podem ouvir e ver, através de recursos diferentes daqueles que são vulgarmente utilizados. A onda hertziana e os raios X vão ensinando aos homens que há som e luz muito além das acanhadas fronteiras vibratórias em que eles se agitam, e o médium é sempre alguém dotado de possibilidades neuropsíquicas especiais que lhe estendem o horizonte dos sentidos.
    Meu companheiro fixou o gesto de quem aproveitara a lição, mas objetou, reverente:
    - Desejava, porém, saber se Dona Celina, por exemplo, está enxergando o irmão Clementino e ouvindo-o, tão-somente pelo processo curial de percepção na Terra.
    - Sim, isso acontece, por uma questão de costume cristalizado. Celina pensa ouvir o supervisor, através dos condutos auditivos, e supõe vê-lo, como se o aparelho fotográfico dos olhos estivesse funcionando em conexão com o centro da memória, no entanto, isso resulta do hábito. Ainda mesmo no campo de impressões comuns, embora a criatura empregue os ouvidos e os olhos, ela vê e ouve com o cérebro, e, apesar de o cérebro usar as células do córtex para selecionar os sons e imprimir as imagens, quem vê e ouve, na realidade, é a mente. Todos os sentidos na esfera fisiológica pertencem à alma, que os fixa no corpo carnal, de conformidade com os princípios estabelecidos para a evolução dos Espíritos reencarnados na Terra.
    Sorrindo, ajuntou:
    - Vocês possuem uma prova disso, quando o homem se encontra naturalmente desdobrado, cada noite, durante o sono, vendo e ouvindo, a despeito da inatividade dos órgãos carnais, na experiência a que chamam “vida de sonho”.
    E baixando o tom de voz acrescentou:
    - Somos receptores de reduzida capacidade, à frente das inumeráveis formas de energia que nos são desfechadas por todos os domínios do Universo, captando apenas humilde fração delas. Em suma, nossa mente é um ponto espiritual limitado, a desenvolver-se em conhecimento e amor, na espiritualidade infinita e gloriosa de Deus.
    Decorreram mais alguns instantes.
    - Centralizemos mais atenção na prece, adestrando-nos para o serviço de bem!
    Essa frase foi pronunciada por Clementino, em voz clara e pausada, como a oferecer uma base única para a convergência de nossas cogitações.
    Atento, porem, aos nossos objetivos de estudo, acompanhei os médiuns mais diretamente interessados no apelo.
    Dona Celina registrara as palavras com precisão e guardava a atitude do aluno disciplinado.
    Dona Eugênia assimilara-as, em forma de ordem intuitiva, e mostrava-se na condição do aprendiz criterioso.
    Castro, contudo, não as recolhera nem de leve.
    Com permissão do supervisor, pusemo-nos em tarefa de análise.
    Observei que sutilmente ligados à faixa fluídica de Clementino, os três médiuns, cada qual a seu modo, lhe acusaram a presença.
    Dona Celina anotava-lhe os mínimos movimentos, à maneira do discípulo diante do professor, Dona Eugênia lhe assinalava a vizinhança com menos facilidade, qual se o distinguisse imperfeitamente, através dum lençol de nebulosidade, e Castro, embora o visse com perfeição, parecia completamente alheio à influência do instrutor.
    - As possibilidades de Celina e Castro, na clarividência e na clariaudiência, são por enquanto mais vastas que em nossa irmã Eugênia – esclareceu Áulus, prestimoso. – Acham-se os três levemente submetidos ao comando magnético de Clementino e podem identificar-lhe a presença com analogia de observações, porque, nas circunstâncias em que operam, estão agindo como pessoas comuns, utilizando-se da percepção habitual.
    - Entretanto – aduziu Hilário -, se o trio foi colocado sob a ordenação magnética do supervisor, por que motivo nossas amigas lhe acataram o convite, enquanto Castro se mantém visivelmente impermeável a ele?
    - O mentor do recinto exerce apenas branda influência, abdicando de qualquer pressão mais forte, suscetível de provocar viciosa imanação, em desfavor de nossos amigos – disse Áulus, convicto. – Alem disso, a mente de Castro passou, de súbito, a alimentar propósitos diferentes. Incapaz de concentrar a atenção, de modo irrepreensível, na região superior do trabalho que nos compete levar a efeito, de momento não mais se revela interessado em satisfazer ao programa de Clementino, mas sim em provocar um reencontro com a progenitora desencarnada. Enxerga o orientado do conjunto, como quem é constrangido a ver alguém de passagem, todavia, sem qualquer preocupação de escutá-lo ou servi-lo, confinado como se encontra às emoções do jardim doméstico. Basta a indiferença mental para que nada ouça do que mais interessa agora ao esforço coletivo da reunião.
    Evidentemente desejoso de definir a lição, no quadro de nossos conhecimentos terrestres, acrescentou:
    - É uma antena que se insensibilizou, de improviso, recusando sintonizar-se com a onda que a procura.
    Nesse instante, vimos que um companheiro simpático de nosso plano avançou do círculo de espectadores, abeirando-se de Dona Celina e chamando-a, discreto.
    - A nobre criatura ouviu-lhe a voz, mas não se voltou para trás. Entretanto, respondeu-lhe em pensamento, numa frase que se fez perfeitamente audível para nós: - “Encontrar-nos-emos mais tarde”.
    Áulus informou, presto:
    - É o esposo desencarnado de nossa irmã que a visita, com afetuosa solicitação, contudo, disciplinada quanto é, Celina sabe renunciar ao conforto de ouvi-lo, a fim de colaborar no êxito da reunião com maior segurança.
    Logo após, vimos Castro desdobrar-se de novo, auxiliado agora simplesmente pelo forte desejo de ausentar-se do círculo e, revestido das emanações que lhe desfiguravam o perispírito, caminhou, hesitante, ao encontro de uma entidade amiga que o aguardava a pequena distância.
    - Nosso cooperador - falou o Assistente -, menos habituado à disciplina edificante, julga que já fez o possível, em favor dos trabalhos programados para esta noite, e põe-se no encalço da mãezinha, que vem sendo beneficiada em nossa organização .
    - Não nos foi, porém , possível alongar anotações.
    Clementino, à cabeceira da assembléia, estendeu os braços e colocou-se em prece.
    Cintilações de safirino esplendor revestiam-lhe agora o busto, dando-nos a impressão de que o abnegado benfeitor se convertera num anjo sem asas.
    Em momentos ligeiros, verdadeiro jorro solar desceu do Alto, coroando-lhe a fronte e, de suas mãos, passou a irradiar-se prodigiosa fonte de luz, que nos alcançava a todos, encarnados e desencarnados, prodigalizando-nos a sensação de indescritível bem-estar.
    Nada consegui dizer, não obstante as perquirições que me esfuziavam o pensamento.
    O êxtase do mentor impelia-nos a respeitosa mudez.
    Aqueles minutos de vibração sem palavras representavam precioso manancial de energias restauradoras para quantos lhe abrissem as portas do espírito.
    É o que eu conseguia depreender pelo revigoramento de minhas próprias forças.
    Terminada que foi a operação inesquecível, Raul solicitou ainda alguns instantes de tranqüilidade e expectativa.
    Competia ao grupo aguardar a manifestação de algum dos orientadores da casa, à guisa de instrução geral no encerramento.
    Dona Celina rogou licença para notificar que vira surgir no recinto um ribeiro cristalino, em cuja corrente muitos enfermos se banhavam, e Dona Eugênia seguiu-a, explicando que chegara a contemplar um edifício repleto de crianças, entoando hinos de louvor a Deus.
    Registramos semelhantes comunicados com surpresa.
    Nada víramos ali que pudesse recordar sequer de longe um córrego de águas curativas ou algum pavilhão de serviço à infância.
    A sala era demasiado estreita para comportar tais cenários.
    Fitando-me, intrigado, Hilário parecia perguntar se as duas médiuns não estariam sob o influxo de alguma perturbação momentânea.
    Assinalando-nos a estranheza, o Assistente considerou, prestimoso:
    - Importa não esquecer que ambas se encontram reunidas na faixa magnética de Clementino, fixando as imagens que a mente dele lhes sugere. Viram-lhe os pensamentos, relacionados com a obra de amparo aos doentes e com a formação de uma escola, que a instituição pretende, em breve, mobilizar no socorro ao próximo. Idéias, elaboradas com atenção, geram formas, tocadas de movimento, som e cor, perfeitamente perceptíveis por todos aqueles que se encontrem sintonizados na onda em que se expressam. Não podemos olvidar que há fenômenos de clarividência e clariaudiência que partem da observação ativa dos instrumentos mediúnicos, identificando a existência de pessoas, paisagens e coisas exteriores a eles próprios, qual acontece na percepção terrestre vulgar, e existem aqueles que decorrem da sugestão que lhes é trazida pelo pensamento criador dos amigos desencarnados ou encarnados, estímulos esses que a mente de cada médium traduz, seguindo as possibilidades de que dispõe, favorecendo, por isso mesmo, as mais díspares interpretações.
    - Oh! – exclamou Hilário, entusiasmado – temos aí a técnica dos obsessores quando improvisam para as suas vítimas variadas impressões alucinatórias...
    - Sim, sim... – confirmou o Assistente.
    - É isso mesmo. No entanto, evitemos a conversação agora. O trabalho da reunião vai terminar.

  Livro: “Nos Domínios da Mediunidade”   - Francisco C. Xavier - André Luiz.

17.10.18

DEFESA


Questão 467 do Livro dos Espíritos

O homem pode defender-se das sugestões dos Espíritos de má índole, quando não mais sintonizar com o mal; por isso deve buscar no Evangelho a luz do caminho, para que o coração possa fortalecê-lo em todos os rumos da inteligência e do amor. Entretanto, não há condições de, na sua carreira de despertamento, não passar pelas sugestões dos Espíritos ignorantes nem eximir-se de se tomar um deles, porquanto isso é processo de evolução de todas as criaturas de Deus. Todos foram feitos iguais, e iguais em tudo. Não existe purificação de um dia para outro; a iluminação da alma obedece à fieira do tempo.
Entrementes, quando chega a maturidade do Espírito, ele tem condições de se isolar das más influências, sem maldizer nem ferir aos que o ofendem, por ter sido um deles no passado. A Doutrina dos Espíritos nos ensina que todas as más influências provêm da ignorância. Se nascemos simples e ignorantes, como ganhar a sabedoria às pressas se a natureza não dá saltos? A evolução, a que comumente chamamos despertamento, obedece a uma seqüência de tempo, cuja força consegue fazer acordar valores íntimos que dominam todas as investidas externas e fazem crescer em nós a própria grandeza do universo.
Nós chamamos pelos nossos desejos os Espíritos correspondentes, que pensam e têm desejos idênticos aos nossos. Este pode ser traduzido como o “Pedi e obtereis”. Quando passarmos a desejar o bem, certamente que a lei da justiça nos enviará Espíritos da mesma índole e das nossas qualidades morais. Não obstante, a misericórdia de Deus ordena que os benfeitores espirituais nos assistam para que possamos entender as leis e começar a vida na luz do amor.
A nossa defesa, nós temos que criar e, para tanto, os grandes Espíritos que vieram à Terra nos ensinar a verdadeira fraternidade nos legaram um somatório de meios e métodos enriquecidos na prática, no sentido de nos apoiarmos nesses bastões de luz, como segurança para os nossos caminhos de libertação. O índio certamente atrai companhias espirituais indígenas, mas, Espíritos Superiores supervisionam as tribos pessoalmente, transmitindo ordens aos que as dirigem para melhorar as condições das tabas.
Essa é, pois, a bênção do Senhor, através do progresso. O homem não deve ficar em um ponto evolutivo toda a vida. Nem as pedras, árvores e animais ficam, quanto mais os seres humanos! Essa lei dirige também os anjos. Somente Deus é o que é.
Quando chegar a tua hora, deves fazer todo o esforço possível para te eximires das más influências, e nesse caso os influenciadores passam a melhorar também, porque eles não escapam igualmente à ação do tempo e são obedientes ao progresso, por ser lei universal em todos os mundos. Se estás preparado, procura hoje mesmo a tua defesa, mas, nunca o amparo exterior, porque esse é transitório. Busca a defesa interna, que se processa pelas mudanças de comportamento, visto que tudo e todos são obedientes à harmonia. Sempre somos influenciados por aqueles com quem nos ligamos pelos prazeres que os nossos desejos deixam irradiar. Os semelhantes atraem os semelhantes, eis a lei do universo. Primeiramente Deus, depois, somente tu defendes a ti mesmo.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

16.10.18

DOUTRINA ESPÍRITA


Questão nº838

Toda crença é respeitável.
No entanto, se buscaste a Doutrina Espírita, não lhe negues fidelidade.
Toda religião é sublime.
No entanto, só a Doutrina Espírita consegue explicar-te os fenômenos mediúnicos em que toda religião se baseia.
Toda religião é santa nas intenções.
No entanto, só a Doutrina Espírita pode guiar-te na solução dos problemas do destino e da dor.
Toda religião auxilia.
No entanto, só a Doutrina Espírita é capaz de exonerar-te do pavor ilusório do inferno, que apenas subsiste na consciência culpada.
Toda religião é conforto na morte.
No entanto, só a Doutrina Espírita é suscetível de descerrar a continuidade da vida, além do sepulcro.
Toda religião apregoa o bem como preço do paraíso aos seus profitentes.
No entanto, só a Doutrina Espírita estabelece a caridade incondicional como simples dever.
Toda religião exorciza os Espíritos infelizes.
No entanto, só a Doutrina Espírita se dispõe a abraçá-los, como a doentes, neles reconhecendo as próprias criaturas humanas desencarnadas,
Em outras faixas de evolução.
Toda religião educa sempre.
No entanto, só a Doutrina Espírita é aquela em que se permite o livre exame, com o sentimento livre de compressões dogmáticas, para que a fé contemple a razão, face a face.
Toda religião fala de penas e recompensas.
No entanto, só a Doutrina Espírita elucida que todos colheremos conforme a plantação que tenhamos lançado à vida, sem qualquer privilégio na Justiça Divina.
Toda religião erguida em princípios nobres, mesmo as que vigem nos outros continentes, embora nos pareçam estranhas, guardam a essência cristã.
No entanto, só a Doutrina Espírita nos oferece a chave precisa para a verdadeira interpretação do Evangelho.
Porque a Doutrina Espírita é em si a liberdade e o entendimento, há quem julgue seja ela obrigada a misturar-se com todas as aventuras marginais e com todos os exotismos, sob pena de fugir aos impositivos da fraternidade que veicula.
Dignifica, assim, a Doutrina que te consola e liberta, vigiando-lhe a pureza e a simplicidade, para que não colabores, sem perceber, nos vícios da ignorância e nos crimes do pensamento.
“Espírita” deve ser o teu caráter, ainda mesmo te sintas em reajuste, depois da queda.
“Espírita” deve ser a tua conduta, ainda mesmo que estejas em duras experiências.
“Espírita” deve ser o nome de teu nome, ainda mesmo respires em aflitivos combates contigo mesmo.
“Espírita” deve ser o claro adjetivo de tua instituição, ainda mesmo que, por isso, te faltem as passageiras subvenções e honrarias terrestres.
Doutrina Espírita quer dizer Doutrina do Cristo.
E a Doutrina do Cristo é a doutrina do aperfeiçoamento moral em todos os mundos.
Guarda-a, pois, na existência, como sendo a tua responsabilidade mais alta, porque dia virá em que serás naturalmente convidado a prestar-lhe contas.

Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

15.10.18

XXI – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO”


 ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER
 André Luiz faz questão de descrever de maneira pormenorizada o cenário com o qual se depara, assim que atravessa a “fronteira” das Dimensões – ele, Gúbio e Elói haviam “descido” abaixo da Crosta Terrestre. Haviam concluído uma verdadeira “viagem no tempo” – sem dúvida, poderiam ser considerados na condição de “agêneres” na Dimensão visitada, quase mesmo que na condição de extraterrestres!
*
“Lembrando a ‘selva obscura’, a que Alighieri se reporta no imortal poema, eu trazia o coração premido de interrogativas inquietantes.
Aquelas árvores estranhas, de frondes ressecadas, mas vivas, seriam almas convertidas em silenciosas sentinelas de dor, qual a mulher de Lot, transformada simbolicamente em estátua de sal? E aquelas grandes corujas diferentes, cujos olhos brilhavam desagradavelmente nas sombras seriam homens desencarnados sob tremendo castigo da forma? Quem chorava nos vales extensos de lama? criaturas que houvessem vivido na Terra que recordávamos, ou duendes desconhecidos para nós?”
No texto acima, sem dúvida, André Luiz nos leva a refletir nos fenômenos denominados zoantropia, licantropia e cinantropia.
*
 Chico Xavier contava que um filho sempre costumava a espancar a mãe... Um dia, cansada de tanto dele apanhar, a mãe começou a maldizer o filho, dizendo que as suas mãos ainda haveriam de secar... Com o tempo, de fato, os braços do rapaz foram secando, assumindo a forma retorcida dos galhos de árvores ressequidas ao Sol... E ele, o filho agressivo – segundo Chico – haveria de renascer assim – com os braços e as mãos retorcidos, à semelhança dos galhos mortos de uma árvore.
*
Até então – segundo o impressionante relato do autor espiritual –, eles não se faziam notar pelos grupos hostis com os quais se defrontavam...
“...indiferentes, incapazes de registrar-nos a presença. Falavam em alta voz, em português degradado (destacamos), mas inteligível, evidenciando, pelas gargalhadas, deploráveis condições de ignorância. Apresentavam-se em trajes bisonhos e conduziam apetrechos de lutar e ferir.”
Notemos: eles poderiam lutar e ferir... Sim, em seus organismos perispirituais, os três amigos poderiam ser feridos – recomendamos aqui, para maiores esclarecimentos, a leitura do livro “O Rosário de Coral”, escrito pelo Dr.Wylm, editado pela FEB.
*
Gúbio, em seguida, fala com André e Elói sobre a necessidade de se materializarem – na verdade, auto-materilizarem-se!
“Finda a nossa transformação transitória, seremos vistos por qualquer dos habitantes desta região menos feliz.”
*
Então, eles passaram a inalar “as substâncias espessas que pairavam em derredor, como se o ar fosse constituído de fluidos viscosos.
Elói estirou-se, ofegante, e não obstante experimentar, por minha vez, asfixiante opressão, busquei padronizar atitudes pela conduta do Instrutor, que tolerava a metamorfose, silencioso e palidíssimo.”
Percebamos que nem o próprio Gúbio deixou de algo sofrer com a “metamorfose”...
*
Pelo exposto, podem os nossos irmãos encarnados imaginar o sacrifício relativo a que se expõem os desencarnados que sempre estão em contato com a Crosta...
Quando o contato é muito longo, sem indispensáveis intervalos de refazimento, o corpo espiritual, inclusive, pode ser afetado por doenças.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 15 de outubro de 2018.

14.10.18

Apostando as Fichas


As preces dirigidas a Deus são fortes quando saem do âmago do nosso coração, quando são urgidas na fé. Quando elas representam apenas palavras ao vento ou pensamentos sem sentido e direção, não conseguem repercutir em nada no plano da Criação.
O que hoje vemos no nosso querido País é uma desilusão sem fim. Para aplacar esta dor da confiança não correspondida lança-se mão do primeiro que oportunize levar a todos para a salvação das garras do inimigo.
Será está a melhor solução para se resolver um problema tão grave?
Não sei se pararam para pensar se realmente estamos passando por uma crise porque foram os políticos que a criaram ou fomos nós, como povo, que a alimentamos.
O período que se vive hoje é de extrema gravidade porque chegamos a um ponto decisivo da história do planeta e queremos ver resolvidos rapidamente os nossos problemas, mas o que deve ser questionado é: qual a origem intrínseca dos problemas que vivenciamos?
Eu sei que a tendência natural é dizer que este ou aquele é o responsável por isso. Em grande parte, você tem razão, mas o que precisamos raciocinar é em torno do que nós podemos fazer no dia a dia para ter uma cidade mais tranquila, mais limpa, mais harmoniosa? O que depende afinal de nós para termos uma vida melhor?
Ao depositarmos as nossas esperanças completamente em candidato A ou B estamos, na realidade, transferindo a nossa responsabilidade de mudança individual. É claro que os políticos possuem a sua cota de responsabilidade, no entanto, por causa disso, não depositemos neles a única causa de toda essa desarrumação que está aí.
Eu perguntei certa vez a um estudante o que ele faria para mudar o mundo. Ele me respondeu de uma maneira simples, mas profundamente enfática:
- Fácil, Dom Hélder, basta que cada um faça a sua parte.
Ele tinha razão, quanto ele tinha razão...
Se cada um de nós no processo político e na vida cotidiana cuidássemos mais daquilo que somos os responsáveis é provável, muito provável, que estivéssemos em outra situação completamente diferente da atual.
Isto é importante que seja novamente dito para que não fujamos da responsabilidade pelas nossas decisões presentes. Ao votar num candidato, você diz claramente que concorda com ele e que apoia às suas iniciativas. Tudo bem que não podemos responder a vida inteira pelo que um candidato fizer, porém, você está apostando as suas fichas nele.
A direção que você dá a seu voto é muito importante. Lute para que aquela aposta se faça cumprir no dia a dia de governo.
A democracia não tem nada demais, basta apenas que a façamos ser ativa por toda a nossa vida e não unicamente em dias previamente marcados pela justiça eleitoral.
Faça bom uso do seu voto e seja um sujeito ativo da sua vida social e política.
Helder Camara – Blog Novas Utopias.

13.10.18

ETERNA HERANÇA


Quebraram-se as cadeias... Livre, voa
A alma, buscando as luzes do Infinito...
Ao derrotar a morte, estranho mito,
A suprema canção do amor entoa...

Liberta, enfim, do fardo que a magoa,
Contempla o mundo em gravitar aflito,
E, orando a Deus, de coração contrito,
No etéreo templo as provas abençoa...

Homem! A Vida é a nossa Eterna Herança...
Levanta a fronte e segue destemido,
Sustendo aceso o lume da esperança...

Esquece a própria dor por mais intensa,
Lembrando o Herói da Cruz, jamais vencido,
Que a sombra do caminho te não vença!...

Cruz e Sousa _ Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, no dia 27 de março de 1986, em Uberaba – MG).