30.4.15

LEMBRANÇAS



Questão 294 do Livro dos Espíritos

Duas pessoas, ao se encontrarem, encarnadas ou desencarnados, podem gerar antipatia entre si, de modo que o ódio avance em seus sentimentos, dando azo à guerra de pensamentos e, por vezes, até brigas que podem envolver os familiares e amigos a eles achegados.
Isso, às vezes, não passa de lembranças do passado, quando o subconsciente entrega ao consciente aquilo que trazia guardado, motivado por intrigas que a vigilância esqueceu de rechaçar, por faltar a educação cristã.
Essas lembranças induzem ao afastamento um do outro, ou grupos de grupos. Esse distúrbio é nascido do orgulho e do egoísmo, frutos da inferioridade dos seres que desconhecem o amor.
Devemos inquirir os nossos guardados profundos, meditarmos de vez em quando se não estão vazando para o nosso consciente lembranças desagradáveis. Se encontrarmos alguma, vamos dar de mãos no trabalho do esquecimento, desfazê-la com o perdão, para a conquista de amigos. Se eles não desejarem a nossa amizade, devemos fazer a nossa parte, que é dever dos que já conhecem o Cristo. Essas lembranças que inquietam nossas consciências podem se dar, também, com Espíritos desencarnados. Os que estão na carne sofrem com isso, tornando-se um princípio de obsessão. São os inimigos fora do corpo, que podem atuar por tempo indeterminado, dependendo do que está sendo atingido por vibrações pesadas. Eis aí o momento da operação e da caridade, eis aí a hora do perdão, pedindo a Deus nos ajude a fazer o bem de todos os lados, no conhecimento da verdade, a fim de nos libertar dos inimigos invisíveis.
Mas o melhor é torná-los amigos, pelos meios que ensina a Doutrina Espírita, revivendo Jesus. Afastar do inimigo não significa libertar-se dele. Se, por acaso, o ambiente não for favorável à reatação de amizade, oremos por ele, ou por eles, que Deus sabe como nos aproximar, no devido tempo, em correspondência com os nossos esforços pelos canais do perdão e da caridade.
Devemos desfazer todas as lembranças incompatíveis com o bem comum, e alimentar as recordações de amor e de amizade, porque essas últimas são segurança da paz e sustentação do amor.
Jesus é unidade. Ele é o Pastor de todo o rebanho e não deseja que ele se divida, por simples egoísmo. A missão do Evangelho é tornar todas as criaturas unidas, sob o signo do amor.
Ao se encontrar com alguém que conhece, onde quer que seja, deve o homem estar disposto a lembrar-se dos feitos nobres, dele e dos outros, que essa recordação o levará ao entendimento, ajudando-o no aprendizado e estendendo-o à sabedoria das leis de Deus.
Comunguemos, pois, com todas as criaturas que queiram se libertar dos entraves do mal e esplendor nas forças do bem, que em quaisquer esforços nesse sentido mãos invisíveis ajudar-nos-ão a caminhar para a alegria imortal e cristã.
Lembremo-nos do amor, e que ele se faz acompanhar da caridade. Lembremo-nos do perdão, que sempre vem acompanhado da alegria. Lembremo-nos da fraternidade, que traz a harmonia ao coração, e não devemos nos esquecer de Jesus, pois Ele nos faz sentir acompanhados da lembrança viva de Deus.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia - Miramez

29.4.15

Aprendizado

130 –Operários do aprendizado terrestre, como devemos encarar o texto sagrado do “lembra-te do dia de sábado para santifica-lo”, quando as obrigações de serviço proporcionam para isso os domingos?
O descanso dominical deve ser sagrado pelo homem, não por se tratar de um domingo, mas em virtude da necessidade de se estabelecer uma pausa semanal aos movimentos da vida física, para o recolhimento espiritual da alma em si mesma, no caminho das atividades terrestres. O repouso dominical substitui perfeitamente o sábado antigo, salientando-se que a rigidez da sua observância foi instituída pelos legisladores hebreus, em virtude da ambição e da prepotência dos senhores de escravos, numerosos na época, e que, somente desse modo, atendiam à medida de humanidade, concedendo uma trégua ao esforço exaustivo que costumava aniquilar a existência de servos fracos e indefesos.
O descanso semanal deve ser sempre consagrado pelo homem `s expressões de espiritualidade da sua vida, sem se dar, porém, a qualquer excesso no domínio da letra, nesse particular, porque, após a palavra de Moisés, devemos ouvir a lição do Senhor, esclarecendo que “o sábado foi feito para o homem e não o homem par ao sábado”.

Da obra “O Consolador” – Espírito: Emmanuel – Médium: Francisco Cândido Xavier

28.4.15

“MECANISMOS DA MEDIUNIDADE”

Eis, acima, o título de um dos mais importantes livros da lavra de André Luiz, devido à parceria mediúnica entre Chico Xavier e Waldo Vieira – infelizmente, porém, muito pouco conhecido e muito pouco citado pelos estudiosos do assunto.
Paira sobre o referido volume certa desinformação de que se trata de obra demasiadamente “científica”, e que, portanto, seria inacessível ao entendimento da maioria – o que não corresponde à realidade.
Hoje, no entanto, no singelo espaço deste Blog, deliberamos transcrever de “Mecanismos da Mediunidade” pequeno texto inserido no seu capítulo 18 – “Efeitos Intelectuais” –, devido à psicografia de Chico Xavier. O assunto em pauta está no parágrafo intitulado “Passividade Mediúnica”, e, sem dúvida, encerra extraordinária síntese.
“Se o médium consegue transpor, valoroso, a faixa de hesitações pueris, entendendo que importa, acima de tudo, o bem a fazer, procura ofertar a reta conduta, no reflexo condicionado específico da prece, à Espiritualidade Superior, e passa, então, a ser objeto da confiança dos Benfeitores desencarnados que lhe aproveitam as capacidades no amparo aos semelhantes, dentro do qual assimila o amparo a si mesmo.
Quanto mais se lhe acentuem o aperfeiçoamento e a abnegação, a cultura e o desinteresse, mais se lhe sutilizam os pensamentos, e, com isso, mais se lhe aguçam as percepções mediúnicas, que se elevam a maior demonstração de serviço, de acordo com as suas disposições individuais.”
Procuremos destacar e traduzir:
- “transpor (...) hesitações pueris” – vencer dúvidas, questionamentos, comodismo, etc.
- “acima de tudo, o bem a fazer” – desejo de auxiliar, de ser útil – amor ao próximo!
- “reta conduta, no reflexo condicionado específico da prece” – sinceridade de propósitos, honestidade, transparência, fé.
- “CONFIANÇA DOS BENFEITORES DESENCARNADOS” – que, então, passarão a valer-se de suas possibilidades mediúnicas, ainda que diminutas e incipientes.
- “o aperfeiçoamento e a abnegação, a cultura e o desinteresse” – note-se que a questão cultural, embora importante, não é prioritária – está citada em 3º lugar!
- “mais se lhe sutilizam os pensamentos” – INTUIÇÃO, NO AGUÇAR DE SUAS PERCEPÇÕES.
Vejamos que André Luiz não se refere, propriamente, a uma técnica de desenvolvimento mediúnico – a questão, óbvio, está mais ligada ao nível de espiritualidade que o médium consegue alcançar em seu esforço de renovação.
Os Espíritos Amigos não tutelam empreendimentos mediúnicos levados a efeito por instrumentos que não lhes inspirem confiança – desinteresse e sinceridade não são meras palavras!
Aparência de bondade não é bondade.
Aparência de sinceridade não é sinceridade.
Aparência de idealismo não é idealismo.
Desejo de servir não se confunde com desejo de ser servido.
Mediunidade não é trampolim para a fama.
Mediunidade é enxada nas mãos do lavrador, que, assim, é chamado a carpir a gleba de si mesmo, de maneira incansável, extirpando imperfeições.
É somente assim – permitam-me a expressão – que a “coisa” funciona!...
De outra maneira, não pensem que, com esse ou aquele médium, nós, os desencarnados já algo lúcidos, tenhamos algum tempo a perder.

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 27 de abril de 2015.

27.4.15

O Grande Erro



A dúvida é algo terrível. Como é viver na dúvida? Deve ser angustiante ficar dependendo de uma informação sem saber se ela é completamente verdadeira. É uma angústia profunda viver assim.
O ser humano deseja ter certezas. É natural que assim seja, pois as certezas nos dão a devida segurança para caminhar no mundo. Errar e acertar, porém, fazem parte da evolução. O que devemos é criar um raciocínio tal que nos dê a confiança necessária de que estamos indo por um bom caminho, aquele que nos remete a coerência com o que pensamos.
E se errarmos, o que devemos fazer?
Considerar imediatamente o erro, reorientar a direção e seguir em frente.
Pode parecer simples este raciocínio, mas muita gente não age desta maneira. Por puro orgulho, veste-se na verdade que criou e não larga dela de jeito algum. No fundo, vai se prejudicar imensamente, mas este tem sido o comportamento de milhões de pessoas pelo mundo. O resultado desta teimosia infeliz é viver batendo cabeça por aí, onde a vida parece que não se encaixa e tudo dá errado.
Por que o ser humano age assim?
Já disse que o orgulho era a raiz deste comportamento, mas não seria mais fácil, teoricamente, ser mais humilde?
Sim, racionalmente, mas muitas pessoas agem no influxo da vaidade. Errar, portanto, não faz parte do seu dicionário de vida e não deixará o braço a torcer por nada no mundo.
Esta tarefa de reconhecimento dos próprios erros faz parte da condição humana que quer, de fato, evoluir. Sem a tentativa e erro, nós ficaríamos a mercê da sorte ou da inércia, porque não nos movimentaríamos até ter a certeza que estaríamos ao lado da razão.
O que devemos fazer é buscar as melhores alternativas, as melhores respostas, os melhores argumentos. Para isso, fundamental é ouvir a todos, buscar a razão de vários lados. Isto fará com que diminuamos a tendência de erro. Não temos alternativa se quisermos acertar.
Vejo no mundo muita gente sofrendo – e vai sofrer ainda mais – por se colocar como escravo de suas próprias ideias e não ouvir, de jeito algum, o que fala a consciência dos outros.
Ora, se tivéssemos toda a razão dentro de nós seríamos o próprio deus encarnado, e embora um dia ainda tenhamos este pleno estado de sintonia com o Pai, ainda estamos bastante distante desta condição.
Quantos erros seriam evitados ou mesmo atenuados se tivéssemos a preocupação de não sermos os donos da verdade?
Quantos prejuízos deixaríamos de provocar, para nós mesmos e para os outros, se tivéssemos a humildade de reconhecer os nossos equívocos?
Mas, teimamos como mula que emperra no meio do caminho quando se sente contrariada nos seus propósitos. Dar o braço a torcer, jamais, pensariam alguns.
Que pena!
A humanidade não foi construída pelos homens senão porque eles entenderam que haviam errado em dado momento e seguiram por outro caminho.
Muitas vezes foi necessário para os grandes luminares da humanidade “errar mil vezes” para encontrar a razão de ser daquilo que estudavam. O que importou foi a descoberta e tudo o mais serviu como aprendizado para não mais se repetir.
Assim deve ser com a sua vida.
Decida, diante das informações que possui, mas se perceber que estava enganado, volte atrás imediatamente e tome novo rumo na sua vida.
Pode parecer simples – e é. Tenho, porém, que atender muitas pessoas do lado de cá da vida que percebem, somente quando morrem, o grande erro que se tornaram vítimas, tudo por causa do império do orgulho em suas vidas.
Fique com Deus!
Helder Camara

26.4.15

Dia dos Índios


Hoje venho destacar algo a respeito da amizade que venho tecendo há algum tempo aqui na erraticidade ( mundo extra-físico).
Como sou um espírito que está sem o invólucro da carne, mas nem por isto menos vivo; trago comigo a lembrança no meu envoltório - de como havia sido. Permaneço trajando a batina e fazendo novos amigos nas minhas andanças costumeiras.
Como celebramos o dia do indígena no Brasil a 19 de abril, vou dizer do meu contentamento em rever antigos amigos deste lado do plano da vida. Eles são os indígenas e assim também costumam se apresentar na vestimenta e costumes.
Nações Indígenas, padres, leigos, catequistas, espíritas e uma gama enorme de trabalhadores formam um elo de amizade muito bonito. todos respeitando-se e auxiliando aos demais.
Ao revê-los pela primeira vez meu coração encheu-se de contentamento e tudo foi retornando a um sentido pleno de reconhecimento . Não fui o "Dom da Paz" (na terra) por acaso. Tive uma fraternidade enorme de espíritos pacíficos me auxiliando. São os meus anjos da guarda e em especial o e nome caboclo Sete Flechas.
Como cada elo da corrente é importante par que firme o seu objetivo, cada um de nós , de que religião ou credo pertencermos, somos parte desta corrente de luz e amor que apresenta objetivos comuns e disposição na prática da caridade.
Que adianta fazermos estudos sectários voltados para interesses terrenos?
Façamos como o Cristo que teve no seu círculo mais próximo doze criaturas que até hoje conhecemos e sabemos da distinção dos grupos daquela época. Só a reunião deles já demonstra a que Jesus Cristo veio. Sicários, saduceus, zelotes, doutores da Lei, Nazarenos, cobradores de impostos , pescadores, família e por aí vai...
Para as professoras que nestas datas animam as crianças a fazer um cocar, pintar a cara como o indígena, conclamo a que estude na próxima semana do feriado de 21 de abril sobre a liberdade, igualdade e fraternidade - a que diversos grupos são chamados a viver. O Cristo quer soprar em vós a brisa aconchegante da sua paz.
Não percamos a oportunidade de amar os nossos irmãos diferentes como eles são. Acolhê-los e valorizá-los no nosso coração.
porque eles todos estão no coração de Deus. E quando retornarmos à pátria definitiva que é a do Plano Espiritual, eles possam vir ao seu encontro e a festa será imensa.
Viva os indígenas! Viva os caboclos! Viva Jesus!
Paz!
Helder Camara

25.4.15

VERSOS AO LIVRO



(Lembrando o 18 de Abril)

Procure ouvir o que lês
Com audição aguçada...
Quase todo livro diz
Que não sabes quase nada.
*
Folheando um livro a esmo,
Sem interesse e sem calma,
Não há quem consiga ver
Que um livro tem corpo e alma.
*
Raros sabem o Evangelho
De forma suficiente,
Para que possam vivê-lo
De maneira convincente.
*
Somente o livro é o amigo
Que, ao se nos mostrar assim,
Escutamos em silêncio
Falar do começo ao fim.
*
Livro espírita guardado
Em ostracismo profundo,
É uma luz que se sonega
Aos olhos cegos do mundo.

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 18 de abril de 2015, em Uberaba – MG).

24.4.15

VIDA APRENDIZADO



127 –O preceito do “corpo são, mentalidade sadia”, poderá ser observado tão-somente pelo hábito dos esportes e labores atléticos?
-No que se refere ao; “corpo são”, o atletismo tem papel importante e seria de ação das mais edificantes nos problemas da saúde física, se o homem na sua vaidade e egoísmo não houvesse viciado, também, a fonte da ginástica e do esporte, transformando-a em tablado de entronização da violência, do abastardamento moral da mocidade, iludida com a força bruta e enganada pelos imperativos da chamada eugenia ou pelas competições estranhas dos grupos sectários, desviando de suas nobres finalidades um dos grandes movimentos coletivos em favor da confraternização e da saúde.
Bastará essa observação para compreendermos que a “mentalidade sadia” somente constituirá uma realidade quando houver um perfeito equilíbrio entre os movimentos do mundo e as conquistas interiores da alma.

128 –A vida do irracional está revestida igualmente das características missionárias?
-A vida do animal não é propriamente missão, apresentando, porém, uma finalidade superior que constitui a do seu aperfeiçoamento próprio, através das experiências benfeitoras do trabalho e da aquisição, em longos e pacientes esforços, dos princípios sagrados da inteligência.

Da  obra “O Consolador” – Espírito: Emmanuel – Médium: Francisco Cândido Xavier

23.4.15

RESSENTIMENTOS

Questão 293 do Livro dos Espíritos

Os Espíritos inferiores conservam todos os ressentimentos gerados quando na Terra. Ao retornarem ao mundo dos Espíritos, levam para lá todas as suas inferioridades, desde quando não se purificaram.
Conforme o grau de ignorância do Espírito, o ódio que nasceu na Terra, entre duas criaturas ou mais, aumenta como Espírito livre, e se não encontraram os antagonistas, saem à procura deles para desforras e perseguições.
A necessidade que a Luz tem de pregar o Evangelho, no mundo, existe igualmente nos planos inferiores do mundo espiritual. É preciso fazer os Espíritos infelizes conhecerem o Evangelho, porque somente vivendo os ensinamentos de Jesus eles se libertarão dessas animosidades que somente trazem sofrimento.
Quando eles, entretanto, compreendem o tempo que perderam em ressentimentos desnecessários, abraçam-se, fazendo-se amigos do coração e muitos deles se dispõem a trabalhar juntos, porque a solução dos problemas está dentro deles próprios.
Os ressentimentos e o ódio prevalecem na Terra e é o que faz as criaturas sofrerem. É necessário mudar de vida, seguirmos os conselhos do Divino Mestre para amarmos os nossos inimigos e fazer o bem aos que nos perseguem e caluniam.
Fora desse ambiente, não teremos paz nos corações. Deus está sempre nos dando exemplos valorosos sobre o amor e o desprendimento. Vejamos o sol: ele não recolhe seus raios ao encontrar os verdugos da humanidade; a água não deixa de saciar a sede dos homens que semeiam a peste e a fome no mundo, e o ar sempre dá vida, sem escolher o beneficiário.
Sejamos como filhos de Deus, como o sol, a água e o ar: não escolhamos a quem ajudar, a quem ensinar com amor. Amemos a todos e a tudo, porque é Deus quem está nos usando para o bem de todos. Podemos asseverar que, copiando as leis naturais, os caminhos para a nossa libertação ficarão cada vez mais fáceis de serem trilhados, conduzindo-nos para a paz de Jesus.
Não guardemos ressentimentos e nem repudiemos companheiros que andam conosco a caminho; ajudemo-los no que estiver ao nosso alcance, afiançando-lhes que o bem é sempre luz, e que o mal nos leva para as trevas.
Se o homem odeia alguém na Terra, não deve deixar para depois da desencarnação a reconciliação. Não deve guardar inferioridade para sobrecarregar mais o seu fardo. A subida requer leveza de sentimentos. Procuremos reconciliar enquanto estamos com nosso adversário em caminho, mostrando a Jesus que compreendemos os seus ensinamentos. Todos os ressentimentos são espinhos, que somente ferem a quem os tem.
Amparemos a nós mesmos pela força do perdão e amemos em todas as direções que a vida nos pedir para andar. Deus ficará mais presente nos centros dos nossos sentimentos dirigindo-os em direção à paz verdadeira. Indaguemos a nós mesmos se temos algum ressentimento no fundo da consciência; pesquisemos a nossa própria vida e corrijamos o que não entra em sintonia com o amor; reformemos a nossa vida na vida do Cristo, e façamos com que Ele, o Mestre dos mestres, Se saliente em nosso coração e brilhe em nossa inteligência, como único Senhor capaz de nos oferecer os melhores conselhos.
Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia - Miramez

22.4.15

O SILÊNCIO DOS INTERNAUTAS



Em relação à matéria que fizemos publicar, na semana anterior, nas páginas deste Blog, compreendo, sim, o silêncio de alguns internautas.
Questão de livre arbítrio, que, evidentemente, respeito.
Preferiram não opinar claramente.
Optaram por evitar a polêmica.
Não quiseram levar adiante assunto tão delicado.
Contudo, no que se refere a livre arbítrio, claro que todos sabem – ou, pelo menos, os de mente mais lúcida – que eu também tenho meu.
Desencarnei, mas não morri.
E ainda estou longe de transcender a minha condição humana.
Sou uma pessoa fora do corpo, e, talvez, eu tenha me cansado de ficar em cima do muro...
Certa vez, quando ainda tentava me equilibrar sobre o frágil muro de taipa das opiniões contraditórias, extremamente exausto, clamei aos céus: - Senhor, eu estou cansado de ficar em cima do muro...  Naquele exato instante, tive a impressão de ouvir uma voz, que, ecoando do Infinito, chegou aos meus ouvidos: - Então, desce Inácio!...
E eu desci! – não sei se do lado que deveria descer, mas desci, e não pretendo mais subir, mesmo porque nunca tive vocação para equilibrista.
Por isto tudo, e muito mais, é que, aproveitando a fervura do caldeirão das ideias, desejo hoje tratar de outro assunto, envolvendo a delicada questão da Mediunidade – ou melhor, a delicada questão dos médiuns.
Ouço, vez e outra, ou leio, aqui e ali, o anúncio de que tal médium de psicografia estaria a receber as ditas “cartas familiares” sem necessidade alguma de qualquer entrevista prévia com os seus destinatários encarnados – sem nem uma conversinha sequer.
Trata-se de uma inverdade.
Desculpem se, involuntariamente, estou chutando a canela de alguém.
Dificilmente, com extrema raridade – e coloque você raridade nisto! –, um médium de psicografia consegue grafar uma mensagem convincente de um familiar desencarnado àquele outro que ainda esteja na Terra, sem, pelo menos, algumas informações básicas que lhe sirvam para estabelecer sintonia.
O médium que, hoje em dia, pode ser classificado de autenticamente mecânico, em todos os transes a que se submete, é mais raro do que honestidade de político...
Infelizmente, o que anda acontecendo com muitos médiuns que se entregam à chamada tarefa do “consolo”, é que, por si mesmos, ou, então, através de seus assessores, eles têm acesso às informações detalhadas que, na limitada compreensão deles, emprestariam autenticidade ao comunicado.
Alguns, segundo estou sabendo, antes da sessão de psicografia, a fim de colherem dados, inescrupulosamente, chegam a consultar a Internet...
Pasmem!
E tornem a pasmar mais ainda!
Ora, para que este tipo de fraude?! Tais “médiuns” estariam à procura de quê?! Fama?! Notoriedade?! Viagens de graça ao Exterior?! Hospedagens em hotéis elegantes e banquetes em restaurantes caros?!...
Vou lhes dizer uma coisa: o pensamento do espírito na cabeça do médium é igualzinho a transplante de órgãos – se não houver compatibilidade entre doador e receptor, não funciona!
E para encurtar a conversa, que, certamente, há de render muito, Mediunidade, tanto para quem seja médium quanto para quem não seja, é pegar ou largar!
Vejamos o que escreveu Paulo, em sua Primeira Carta aos Coríntios, capítulo 14, versículo 22: “... a profecia não é para os incrédulos, e, sim, para os que crêem.”
No mais, tenho dito.
Quem quiser continuar expondo o Espiritismo, e a Mediunidade, ao ridículo, como se as pessoas fossem tolas, que continue e arque com as consequências.

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 20 de abril de 2015.

21.4.15

TRIO DA ESPERANÇA



Ah! coração fatigado,
Na aflição que te vigia,
Nunca te percas da fé;
Trabalha, espera, confia...

Por mais lutes, mais avanças
Em triste, espinhosa via...
Não esmoreças, contudo;
Trabalha, espera, confia...


Cada hora te parece
Nova dor que se anuncia...
Não te afundes em revolta;
Trabalha, espera, confia...


Já não sabes o tamanho
Da prova que te assedia;
Mesmo assim, prossegue à frente;
Trabalha, espera, confia...


Encontras, a cada passo,
Desprezo, descortesia...
Desculpa, servindo mais;
Trabalha, espera, confia...


Entre os seres mais amados,
Padeces desarmonia;
Não faltes à paciência;
Trabalha, espera, confia...


Sonhaste calma ventura
E sofres em demasia...
No entanto, aguarda o futuro;
Trabalha, espera, confia...


Não temas, nem desesperes,
Toda sombra é fugidia.
O sol brilha, a nuvem passa...
Trabalha, espera, confia...


Para a cura de ansiedade,
Angústia, melancolia,
Usa a receita de sempre:
Trabalha, espera, confia...


Cada manhã, Deus te fala,
Na bênção de novo dia:
- Se queres felicidade,
Trabalha, espera, confia...


Livro: Assembleia de Luz
Francisco C. Xavier - Casimiro Cunha

20.4.15

Participação de Todos



Outra vez mais quero vos falar do momento grave que passa o nosso País.
Vejo em todos os lugares incrível decepção. O povo acordou de uma letargia que parecia sem fim. O grito que se faz presente agora nas bocas da maioria da nossa gente tem um só brado: liberdade.
Liberdade para escolher de novo o seu representante maior.
Liberdade para ver a verdade prevalecer diante da mentira que se instalou.
Liberdade para escolher os seus próprios caminhos.
O governo que aí está fez o que fez porque o nosso povo, na sua índole, quer ver um Brasil melhor e as juras durante a eleição recente foi de continuidade deste projeto redencionista da maioria da nossa pátria. Confiou naquela pessoa que disse que era possível caminhar nesta direção, sem medo, porque o solo estava seguro, porque a estrada estava bem sinalizada, porque havia todas as condições possíveis para o progresso das ideias estabelecidas.
A mentira não pode fazer parte da política. A mentira corrói a confiança que é o sustentáculo de qualquer povo que elege a democracia como parâmetro de condução de seus destinos.
O povo se revoltou porque imaginava que estava entregando o seu futuro em boas mãos e quando menos esperava foi-lhe traído por uma série de medidas que antagonizava o que havia sido garantido no processo eleitoral.
Aqueles que me veem expressar estas palavras poderiam imediatamente afirmar: quando é que os espíritos, aqueles que morreram, devem interferir no destino dos humanos na carne?
Digo-vos que se assim me expresso é porque possuo autorização maior. Nada escreveria que não tivesse o aval de tutores espirituais experientes e comprometidos com a verdade. Em segundo lugar, o que expresso não é nada mais do que aquilo que é de domínio público.
Reafirmo que não estamos numa brigada partidária. Isto jamais. O que defendemos é a verdade. O que defendemos é o bem coletivo. O que defendemos é a paz social.
O estado que se encontra o Brasil é de paralisia. A economia em queda, o povo rebelde, a política em cheque.
Este estado de preocupação que nos encontramos faz com que saiamos da nossa condição de expectador – que na realidade jamais tivemos – para sermos mais atuantes e ajudar a resolver, no que for possível, os problemas instalados.
As hipóteses de mudança já as comentei em texto passado. O que observamos é que se pode, a curto prazo, se instalar um clima de desarmonia social. Vemos manifestações que se agigantam. A periferia das cidades está em ebulição. A descrença nos políticos chegou a patamares alarmantes. As pesquisas de opinião demonstram que há, por parte da maioria do povo, um desgosto com a política e com a democracia. Isto é grave, senhores, muito grave.
Aproveitadores de toda ordem estão a espreita para dar o bote. Tais aproveitadores, sim, são perigosos, porque agem não apenas por vontade própria, mas são delegados de forças sombrias e interessadas no caos. Por isso, não podemos – ou melhor – não devemos cruzar os braços.
Lutamos para que tudo melhore, que tudo se reorganize. Se possível com os que estão instalados no poder, promovendo mudanças profundas em todos os setores. Se não, que construamos uma saída negociada e o menos traumática possível. O que interessa é o restabelecimento do bem-estar social, político e econômico.
Do jeito que está não interessa aos homens e mulheres da República que desejam efetivamente a melhora deste País.
Somos favoráveis ao entendimento.
Somos defensores da concórdia e da união.
Somos árbitros do bem e da justiça.
Não cruzar os braços significa por encontrar alternativas de solução e não ficar esperando tudo se resolver sem opinar ou participar.
Omissão, jamais.
Participação, cada vez mais.
Sejamos autores de outra realidade. Renovemos juntos a esperança do nosso povo que deseja, tão somente, ter instituições sólidas e que representem os anseios da maioria.
Justiça seja feita, mas os jovens é que serão os protagonistas das mudanças, como sempre foi a postura deles ao longo de todas as gerações.
Renovemos pelo exemplo.
Modifiquemos o status quo a começar por cada um de nós.
E numa crescente, façamos deste País, como tantos querem e se comprometeram, “Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”.
Com paz e em Cristo!
Joaquim Nabuco

19.4.15



ALIMENTO VERBAL
"Mas a sabedoria que vem do Alto é primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos..." (Tiago, 3;17)
A inspiração do Alto nasce na fonte dos sentimentos puros, busca a edificação da paz através do equilíbrio e da afabilidade para com todos, manifesta-se no veículo da compreensão fraternal exprimindo misericórdia, e produz bons frutos onde esteja.
Não te enganes com discursos preciosos, muita vez desprovidos de qualquer sinal construtivo.
É possível não consigas identificar, de pronto, as intenções de quem fala; entretanto, podes observar os resultados positivos da ação de cada conversador.
E, pelos frutos que pendem na árvore da vida de cada um, sabes perfeitamente a escolha que te convém.
Livro: Palavras de Vida Eterna – Francisco C. Xavier - Emmanuel

18.4.15

SEGUE À FRENTE



Meu irmão, persiste no caminho,
Em que te vês, por vezes, abatido,
Sob o peso da cruz, quase vencido,
Varando a custo o escuro torvelinho...

Mesmo de passos trôpegos, sozinho,
E de ninguém te faças compreendido,
Das humanas agruras esquecido,
Segue buscando a paz do Excelso Ninho...

Fitando a luz que brilha sobre o monte,
Não desistas do anseio de horizonte,
Ouvindo a voz que à frente te convida...

Um dia, ao fim da dura trajetória,
Hás de alcançar as bênçãos da vitória,
Agradecendo as provações da vida!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de domingo do dia 5 de abril de 2015, em Uberaba – MG).