31.10.16

Cacimba

Durante certo tempo, nos arredores de Recife, era muito comum ver pessoas saindo de suas casas em busca de um chafariz ou de uma cacimba para pegar um pouco de água para as suas necessidades pessoais.
Uma rodilha na cabeça para diminuir o peso da lata de água era algo muito comum. Outros, mais espertos e também com alguma força, conseguiam levar simultaneamente duas latas de água colocando uma madeira sobre os ombros.
Estes, ao menos, tinham onde pegar a água para seu asseio pessoal ou para fazer a sua comida, lavar seus pratos, ou algo semelhante. O que pensar, porém, daqueles que não possuíam nenhuma gota d’água próxima das suas residências?
Hoje, razoavelmente, nas grandes cidades, vemos as pessoas até desperdiçarem o precioso líquido fazendo bobagens quando deveriam valorizar mais aquilo que possuem. Hoje, ainda, muitos nem sabem o que é esta realidade da água potável, pois a seca, nestes interiores de meu Deus, castiga e o solo morto não permite que ninguém tenha o mínimo possível para a sua necessidade.
Uns com tanto, outros com tão pouco – ou mesmo nada.
Até quando viveremos esta realidade cruel em nosso País e no nosso planeta?
Não é chegada a hora da abastança completa?
Não é chegado o tempo de todos usufruírem de todos os bens mínimos indistintamente?
Sim, a resposta é sim.
Não há mais espaço para a desigualdade no planeta.
Não é mais possível tanta diferença entre irmãos.
Não é mais admissível distâncias incomensuráveis entre povos.
Tudo isto possui os seus dias contados, irmãos, creia nisso.
É claro que todas estas mudanças não ocorrerão sem dor, no sufoco, sem lamentação. Terá um preço, alto para muitos, mas esta realidade vai mudar radicalmente.
Quando o Nosso Senhor Jesus Cristo nos disse que os pacíficos herdarão a Terra não quis dizer que até lá isto ocorreria de maneira incólume.
A Terra mudará para que se instale, gradual, mas permanentemente, o reino de Deus sobre ela.
A paz se faz no trabalho diário, na luta contra as injustiças, no embate das forças antagônicas, na determinação do bem.
Este novo tempo já está chegando e homem algum ficará sem o que comer e o que vestir, sem amparo social e sem o conforto moral que precisa.
Não será o reino dos Céus prometido, mas será a continuidade da obra redentora que Jesus Cristo fundou há mais de dois mil anos.
Isto acontecerá, irmãos, dúvidas não há neste sentido.
Assim seja!

Helder Camara – Blog Novas Utopias

30.10.16

Os Donos do Poder

Senhores,
O que dizer da República que vemos a nossa frente?
Pobres são aqueles que procuram a verdade e não encontram, pois estão envolvidos na miserabilidade daqueles que se locupletam com a sua ignorância.
A verdade está aí à disposição de todos, mas poucos podem acessá-la uma vez que tudo fazem, os donos do poder, para ofuscá-la da massa.
Será realmente que o povo, a grande massa, deseja sair das condições que aí está?
Esta pergunta pode parecer piegas, absurda até, mas guarda uma profunda reflexão: por que até agora a humanidade não prosperou como deveria?
De modo imediato poderia se dizer que os donos do poder impingiram a massa viver na ignorância e, portanto, não saberiam dos direitos que detinham e facilmente poderia ser manipulada.
Em parte, isto é absolutamente verdade, mas não é suficiente para explicar os desmandos dos políticos e também a preservação da pobreza e da miséria que eles se encontram.
Lógico, que ninguém deseja viver na podridão da matéria, mas também é igualmente veraz acreditar que nem todos, ou uma parte considerável, deseja realmente sair da dependência governamental.
Tirando estes, os lerdos sociais, há uma fatia considerável que busca fazer justiça social de verdade. Querem políticos sérios, determinados no bem coletivo, ponderados nas suas decisões, eficaz na condução dos destinos públicos.
Ninguém, em sã consciência, deseja sofrer, manter-se alijado dos bens mínimos que outros alcançam, mas tudo isso se faz com luta, com participação política ativa, dando voz naquilo que for chamado – e onde não for também. O céu não cai ao nosso colo, somos nós que nos erguemos até ele.
Ora, como poderemos ter uma Terra melhor se não for construída com as nossas próprias mãos?
Os políticos “fajutos”, que infelizmente representam a boa maioria deles, vão continuar no seu jogo sujo e manipulativo e cabe, portanto, a população eleger políticos mais sérios e comprometidos com o bem geral.
A escolha democrática, no entanto, prediz que será feito isso num permanente mecanismo de tentativa e erro. Um dia, se apuramos gradativamente o nível dos que elegemos, teremos políticos mais saudáveis, mais comprometidos com o bem maior. Será assim, inevitavelmente.
A contracorrente do bem, “os abnegados trabalhadores das trevas”, busca a todo custo ludibriar a mente coletiva com argumentos frágeis, mas aparentemente consistentes. Cabe a cada um se policiar para não entrar na armadilha de lobos que é cada vez mais constante no atual período que a Terra vive.
Ademais, sabemos todos nós, que a astúcia dos políticos profissionais é tamanha. Os discursos fáceis e envolventes, a postura aparentemente retilínea de valores engana bastante.
Muitos deles incorporam tão bem o perfil de homens íntegros que até eles mesmos acreditam que o são com tamanha veemência.
É assim mesmo, mas tudo vai mudar, aliás, já está mudando.
O nosso País passa por um processo gradual de transformação moral e política. Os santos e pecadores serão separados nesta colheita do bem.
Isto também não quer dizer que depois desta decantação moral viveremos na plenitude do bem público. Nada disso. O que se processa nos dias de hoje é a busca de valores nobres e que eles prevaleçam nas relações humanas.
Como todos sabem isto tudo não ocorre do dia para a noite. Há sempre escuridão quando nos inclinamos para o caminho da luz. Às vezes pensamos que a madrugada sempre durará, mas eis que percebemos, lá do infinito, os primeiros raios do novo alvorecer.
Aguardem, senhores, que tempos melhores virão, não sem muita luta e determinação. Não sem muita fé e esperança. Não sem muitas dores e violência. Mas o novo dia, como os primeiros raios da manhã, haverá de chegar para o nosso País e para a humanidade terrestre.


Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

29.10.16

Mais Paciência

Esqueça ofensas, mágoas, dissabores,
Não conserves rancor no coração,
Perdoa a quem te faça ingratidão,
Aumentando na vida a tuas dores.

Sorve em silêncio a taça de amargores
À derradeira gota de aflição,
Suportando injustiça e humilhação
De quem te faz sofrer em teus labores.

Não revides o mal que te atordoa,
No caminho da fé que te abençoa
E que te põe à prova a persistência...

No ideal de servir a que se aferra,
Quem deseja vencer por sobre a Terra
Necessita de ter mais paciência!...

Eurícledes Formiga

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 22 de outubro de 2016, em Uberaba – MG).

28.10.16

O EFEITO DO AMOR

    O amigo de conhecido espírita, ao vê-lo ardentemente interessado em  obras de caridade, admoestou-o, dizendo que ele, não espírita, desistira da beneficência, desde muito.
    E alegava que todos os gestos de bondade que praticara somente haviam encontrado a secura como resposta. Sempre ingratos por toda parte.
    O espírita, no entanto, chamou-o à rua e deu-lhe um osso para que alimentasse um cão, de passagem.
    O amigo, embora contrafeito, atirou a curiosa vianda para o animal, com marcante desprezo.
    O cachorro aproximou-se da oferta, abocanhou-a, de leve, e saiu, triste e desconfiado, rabo entre as pernas.
    O espírita tomou de osso igual para socorrer outro cão esfaimado na via pública.
    Entretanto, mudou de jeito.
    Chamou o animal com carinho humano.
    Dirigiu-lhe palavras amigas.
    Alisou-lhe o pêlo.
    Afagou-lhe as orelhas.
    E deu-lhe o bocado com as próprias mãos.
    O animal abanou a cauda e permaneceu ao seu lado, contente, a lamber-lhe as mãos. E ambos os amigos anotaram, admirados, o efeito do amor no gesto beneficente.
    Estenda, sim, quanto puder, as obras de caridade. Contudo, ajudando alguém, é preciso saber como você ajuda.


Livro: Bem-aventurados os simples -  Waldo Vieira - Valérium

27.10.16

O CONHECIMENTO DE SI MESMO: A REFORMA ÍNTIMA

    A REFORMA ÍNTIMA
   - A Reforma Íntima é um processo contínuo de autoconhecimento, de conhecimento da nossa intimidade espiritual, modelando-nos progressivamente na vivência evangélica, em todos os sentidos da nossa existência. É a transformação do homem velho, carregado de tendências e erros seculares, no homem novo, atuante na implantação dos ensinamentos do Divino Mestre, dentro e fora de si.
   - Por que a Reforma Íntima?
   - Porque é o meio de nos libertarmos das imperfeições e de fazermos objetivamente o trabalho de burilamento dentro de nós, conduzindo-nos, compativelmente, com as aspirações que nos levam ao aprimoramento do nosso Espírito.
   - Para que a Reforma Íntima?
   - Para transformar o homem e, a partir dele, toda a Humanidade ainda tão distante das vivências evangélicas. Urge enfileirarmo-nos ao lado dos batalhadores das últimas horas, pelos nossos testemunhos, respondendo aos apelos do Plano Espiritual e integrando-nos na preparação cíclica do Terceiro Milênio.
   - Onde fazer a Reforma Íntima?
   - Primeiramente dentro de nós mesmos, cujas transformações se refletirão depois em todos os campos de nossa existência, no nosso relacionamento com familiares, colegas de trabalho, amigos e inimigos e, ainda, nos meios em que colaboramos desinteressadamente com serviços ao próximo.
   - Quando fazer a Reforma Íntima?
   - O momento é agora e já; não há mais o que esperar. O tempo passa e todos os minutos são preciosos para as conquistas que precisamos fazer no nosso íntimo.
    O CONHECIMENTO DE SI MESMO
    De modo geral, vivemos todos em função dos impulsos inconscientes que se agitam no nosso mundo interior.
Manifestamos, sem controle e sem conhecimento próprio, nosso desejos mais recônditos, ignorando suas raízes e origens. O campo íntimo, onde os desejos são despertados nas mais variadas formas, encontra-se ainda muito vedado diante de um olhar mais profundo.
    Refletimos inconscientemente um sem número de emoções, pensamentos, atrações, repulsas, simpatias, antipatias, aspirações e repressões. Somos um complexo indefinido de sentimentos e ideias que, na maioria das vezes, brotam dentro de nós sem sabermos como e por quê.
    Somos todos vítimas dos nosso próprios desejos mal conduzidos.
    Se sentimos dentro de nós uma atração enorme e alimentamos um desejo de posse, não nos perguntamos se temos o direito de adquirir ou de concretizar aquela inspiração. Sentimos como se fôssemos donos do que queremos, desrespeitando os direitos do próximo. Queremos e isso basta, custe o que custar, contrariando ou não a liberdade dos outros. O nosso desejo é mais forte e nada pode obstá-lo, esta é a maneira habitual de reagirmos internamente.
    Agindo desse modo, interferimos na vontade dos que nos cercam e contrariamos, na maioria das vezes, os desejos daqueles que não se subordinam aos nossos caprichos. Provocamos reações, violências de parte a parte, agressões, discussões, desajustes, conflitos, ansiedade, tormentos, mal-estares, infelicidades.
    Vemos constantemente os erros e defeitos dos que nos rodeiam e somos incapazes de perceber nossos próprios erros, tão ou mais acentuados que os dos estranhos. As nossas faltas são sempre justificadas por nós mesmos, com razões claras ao nosso limitado entendimento. Colocamo-nos sempre como vítimas.
    Esse comportamento é típico nos seres humanos e confirma o desconhecimento de nós mesmos, das reações e manifestações que habitam a intimidade do nosso eu, sede da alma.
    A grande maioria das criaturas humanas ainda se compraz na manifestação das suas paixões e não encontra motivos para delas abdicar em benefício de alguém; são os imediatistas, de necessidades mais elementares, com predominância das funções animais, como reprodução, conservação, defesa. Dentro dessa maioria, compreendemos claramente como hábitos mais evidentes e comuns a sensualidade, a gula, a agressividade que, no ser tradicional, muitas vezes ultrapassam os limites das reações primitivas animais nos requintes de expressão, decorrentes daqueles três hábitos: ciúme, vingança, ódio, luxúria, violência. Podemos dizer que há nesses tipos de indivíduos a predominância da natureza animal, orgânica ou corpórea. Uma pequena minoria da Humanidade compreende a sua natureza espiritual, e como tal, reflete um comportamento mais racional e menos impulsivo, isto é, suas necessidades já denotam aspirações do sentimento, algum esforço em conquistar virtudes e, assim, libertar-se dos defeitos derivados do egoísmo.
    Estamos todos, possivelmente, numa categoria intermediária, numa fase de transição de Espíritos imperfeitos para Espíritos bons e, portanto, ora nos comprazemos dos impulsos característicos do primeiro, ora buscamos alimentar o nosso Espírito nas realizações do coração, na caridade, na solidariedade, no esforço de autoaprimoramento. Vamos, assim, de modo lento, nas múltiplas existências realizando o nosso progresso individual, elevando-nos na escala que vai do ser animal ao ser espiritual, alicerçando interiormente os valores morais.
    Em [Livro dos Espíritos-questão 919a] Santo Agostinho afirma: "O Conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual".
    Todo esforço individual no sentido de melhorar nesta vida e resistir ao arrebatamento do mal só pode ser realizado conscientemente, por disposição própria, distinguindo-se claramente os impulsos íntimos e optando por disposições que nos levam às mudanças de comportamento. Desse modo, "conhecer-se a si mesmo" é a condição indispensável para nos levar a assumir deliberadamente o combate à predominância da natureza corpórea.
    E por quais razões o conhecimento próprio é o meio prático mais eficaz?
    Na Grécia, 400 anos antes de Cristo, Sócrates já assim ensinava. Essa sabedoria milenar ainda hoje é sobretudo evidente, e constitui o meio para evoluirmos. Não é compreensível que ao nos conhecermos estaremos a um passo de melhorar? Não se torna mais fácil, sabendo os perigos a que estamos sujeitos, afastarmo-nos deles e evitá-los?
    COMO CONHECER-SE
    A disposição de conhecer-se a si mesmo pode surgir naturalmente como fruto do amadurecimento de cada um, de forma espontânea, nata, resultante da própria condição do indivíduo, ou poderá ser provocada pela ação do sofrimento renovador que, sensibilizando a criatura, desperta-a para valores novos do Espírito. Uns chegam pela compreensão natural, outros pela dor, que também é um meio de despertar a nossa compreensão.
    Um grande número de indivíduos são levados, devido a desequilíbrios emocionais, a gabinetes psiquiátricos ou psicoterápicos para tratamento específicos. Através desses tratamentos vêm a conhecer as origens de seus distúrbios, aprendendo a identificá-los e a controlá-los, normalizando, até certo ponto, a sua conduta. Porém, isso acorre dentro de uma motivação de comportamento compatível com os padrões de algumas escolas psicológicas, quase todas materialistas.
    Na Doutrina Espírita, como Cristianismo Redivivo, igualmente buscamos o conhecimento de nós mesmos, embora dentro de um sentido muito mais amplo, segundo o qual entendemos que a fração eterna e indissolúvel de nosso ser só caminha efetivamente na sua direção evolutiva quando pautando-se nos ensinamentos evangélicos, únicos padrões condizentes com a realidade espiritual nos dois planos da nossa existência.
    É preciso, então, despertar em nós a necessidade de conhecer o nosso íntimo, objetivando nossa transformação dentro do sentido cristão original, ensinando e exemplificado pelo Divino Mestre Jesus.
    Conhecer exclusivamente as causas e as origens de nossos traumas e recalques, de nossas distonias emocionais nos quadros da presente existência é limitar os motivos dos nossos conflitos, olvidando a realidade das nossas existências anteriores, os delitos transgressores do ontem, que nos vinculam aos processos reequilibradores e aos reencontros conciliatórios do hoje.
    As motivações que nos induzem a desenvolver nossa remodelação de comportamento projetam-se igualmente para o futuro da nossa eternidade espiritual, onde os valores ponderáveis são extremamente aqueles obtidos nas conquistas nobilizantes do coração.
    Percebendo o passado longínquo de erros, trabalhamos livremente no presente, preparando um futuro existencial mais suave e edificante. Esse é o amplo contexto de nossa realidade espiritual, à qual almejamos nos integrar atuantes e produtivos.
    Allan Kardec [O Céu e o Inferno-cap. VII] mostra, nos itens 16º do Código Penal da Vida Futura, que no caminho para a regeneração não basta ao homem o arrependimento. São necessárias a expiação e a reparação, afirmando que "A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal" , e também "praticando o bem em compensação ao mal praticado, isto é, tornando-se humilde se tem sido orgulhoso, amável se foi rude, caridoso se foi egoísta, benigno se perverso, laborioso se ocioso, útil se for inútil, frugal se intemperante, exemplar se não o foi."
    Como podemos nos reabilitar dentro dessa visão panorâmica da nossa realidade espiritual, infinitamente ampla, é o que pretendemos, à luz do Espiritismo, abordar neste trabalho de aplicação prática.
    Reabilitar-se exige modificar-se, transformar o comportamento, a maneira de ser, de agir; é reformar-se moralmente, começado pelo conhecimento de si mesmo.
    Múltiplas são as formas pelas quais vamos conhecendo a nós mesmos, nossas reações, nosso temperamento, o que imprime as nossas ações ao meio em que vivemos, aquilo que é a maneira como respondemos emocionalmente, como reagimos aos inúmeros impulsos externos no relacionamento social.
    Podemos concluir que a nossa existência é todo um processo contínuo de reformulação de nossos próprios sentimentos e de nossa compreensão dos porquês, como eles surgem e nos levam a agir.
    Quando não procuramos deliberadamente nos conhecer, alargando os campos da nossa consciência, dirigindo-a rumo ao nosso eu, buscando identificar o porquê e a causa de tantas reações desconhecidas, somos igualmente levados a nos conhecer, exatamente nos entrechoques com aqueles do nosso convívio, no seio familiar, no meio social, nos setores de trabalho, nos transportes coletivos, nos locais públicos, nos clubes recreativos, nos meios religiosos, enfim, em tudo o que compreende os contratos de pessoa a pessoa.

Bibliografia
1) Livro “Manual Prático do Espírita” - Ney Prietro Peres
Apostila Original: Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora - MG

LÍNGUA UNIVERSAL

Apenas 5% da população mundial fala inglês. Como convencer os outros 95% a adotar uma Língua Universal como segunda língua?
# - Língua - Países (número de falantes) - %
1 - Chinês - China, Taiwan, Hong Kong, Malásia, Tailândia, Singapura (1.100.000.000) - 18,33%.
2 – Inglês - EUA, Grã-Bretanha, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Irlanda, Índia (330.000.000) - 5,50%.
3 – Espanhol - Espanha, México, Argentina, Chile, Peru, Bolívia, EUA, Venezuela... (300.000.000) - 5,00%
4 - Híndi - Índia, Nepal, Fidji (250.000.000) - 4,17%
5 - Árabe - Egito, Algéria, Marrocos, Iraque, Arábia Saudita, Sudão, Yemen, Síria... (200.000.000) - 3,33%
6 - Bengale - Bangladesh, Índia (185.000.000) - 3,08%
7 – Português - Brasil, Portugal, Cabo Verde, Moçambique, Macao, Timor (165.000.000) - 2,75%
8 – Russo - Rússia, Ucrânia, Bielorússia, Casaquistão, Uzbequistão, ... (160.000.000) - 2,67%
9 – Japonês - Japão (125.000.000) - 2,08%
10 – Alemão - Alemanha, Áustria, Suíça (100.000.000) - 1,67%
11 – Panjabe - Índia, Paquistão (90.000.000) - 1,50%
12 - Javanês - Indonésia, Malásia, Suriname (80.000.000) - 1,33%
13 – Coreano - Coréia do Norte, Coréia do Sul, China, Japão (70.000.000) - 1,17%
14 – Francês - França, Bélgica, Suiça, Canadá... (65.000.000) - 1,08%
15 – Tamile - Índia, Sri Lanka, Malásia, Singapura... (63.000.000) - 1,05%
16 – Telugu - Índia, Malásia, África do Sul... (63.000.000) - 1,05%
17 – Vietnamita - Vietnam, Cambodja (59.000.000) - 0,98%
18 – Italiano - Itália, Suíça, Vaticano, San Marino (59.000.000) - 0,98%
98 – Esperanto - Mundo inteiro – (3.000.000) - 0,05%
Outras 281 línguas – (2.533.000.000) - 42,22%
Total aproximado de 300 línguas (6.000.000.000) - 100,00%
Esse trabalho deve ser atualizado, pois estamos em aproximadamente 7.000.000.000 hoje, mas dá uma boa ideia do problemão que seria fazer todo esse pessoal aprender o Inglês, com sua regionalidade e preconceitos criados pelo colonialismo que houve.
Eu particularmente escolhi o Esperanto, que apesar do número de falantes ser pequeno, tem quem fala em todos os países, tem uma gramática simples e sem exceções e que já foi testado se mostrando eficiente em traduções na maioria dos idiomas acima.
Toninho Barana.

26.10.16

Questão 368 do Livro dos Espíritos
UNIÃO COM O CORPO

Após a união com o corpo, o Espírito sente enfraquecidas suas faculdades mais nobres, principalmente quando os órgãos não correspondem às suas necessidades de exercitá-las no cômputo das suas obrigações.
Eis porque a variedade de dons é enorme. Os homens ignoram os valores que possuem no coração, que devem ser despertados paulatinamente pela força do tempo, em conjunção ao progresso. Cada corpo com o qual o Espírito se reveste é certo entrave para a alma, mas, é nessas prisões necessárias que ela desenvolve suas faculdades espirituais. As vestes dos Espíritos são muitas e elas igualmente despertam seus valores, porque nada fica inerte na criação de Deus. Tudo cresce para frente e para o alto.
É lógico que o Espírito livre do fardo físico se encontra mais desembaraçado, de modo que sua inteligência expande com seus recursos espirituais, e o corpo filtra esse impulso divino para que haja esforço mais intenso no desabrochamento dos dons espirituais. O homem ainda é ignorante acerca das funções dos variados corpos que o Espírito possui. O “vós sois deuses” é motivo de esperança para todos nós. Estamos sempre alcançando mais além, e com a certeza de alcançar mais , até o infinito.
O Espírito é comandante da organização fisiológica, quando encarnado, no entanto, é submetido aos diversos impedimentos, como o homem dentro de um escafandro no seio das águas, cheias de perigos e, por vezes, agitadas. É como querer ter a mesma liberdade de correr na floresta como na campina.
O ar é leve e pode se movimentar nele com agilidade, mas, no lodaçal as dificuldades são bem maiores.
Assim é o corpo de carne. Não podemos esquecer que, em raros casos, há Espíritos que dominam mais as dificuldades da matéria e expressam com mais liberdade o que são. O primeiro sinal é o seu esforço gigantesco no sentido de libertar-se e o outro é a assistência dos Espíritos superiores, usando as suas faculdades para tal desempenho.
A matéria é sempre um empecilho para a alma, mas, a essas dificuldades somam muitas oportunidades para que o trabalhador avance lutando para vencê-las. Não se pode esquecer os grandes vultos da humanidade; eles usaram muitos meios para se libertarem da opressão da matéria a fim de manifestarem, mesmo dentro dela, suas qualidades espirituais, servindo de exemplos para que outros de menor expressão copiassem seus valores. É para que devemos nos esforçar onde quer que estejamos: observar os valores morais dos que os possuem, e os meios de adquiri-los, lutando para essa libertação na conjuntura da nossa intimidade. O preço certamente é alto, mas, devemos pagá-los sem reclamar: as rejeições que devem surgir nos caminhos.
Desde quando se encontra reencarnado, o homem deve assumir o que vier ao seu encontro, visto que tem em Deus a suprema justiça, e nada se encontra fora do lugar. São lições para o seu próprio bem.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

25.10.16

Reveleação III

         265 –Como interpretar a antiga sentença – “Deus fez o mundo do nada?”.
         -O primeiro instante da matéria está, para os Espíritos da minha esfera, tão obscura quanto o primeiro momento da energia espiritual nos círculos da vida universal.
         Compreendemos, contudo, que sendo Deus o Verbo da Criação, o “nada” nunca existiu para o nosso conceito de observação, porquanto o Verbo, para nós outros, é a luz de toda a Eternidade.
         266 –Os dias da Criação, nas antigas referências do Velho Testamento, correspondem a períodos inteiros da evolução geológica?
         -Os dias da atividade do Criador, tal como nos refere o texto sagrado, correspondem aos largos períodos de evolução geológica, dentro dos milênios indispensáveis ao trabalho da gênese planetária, salientando-se que, com esses, a Bíblia encerra outros grandes símbolos inerentes aos tempos imemoriais, das origens do planeta.


         Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

24.10.16

O NATAL E AS CESTAS BÁSICAS

“Mais bem-aventurado é dar que receber.” – Atos, cap. 20 – v. 35.

Há quem diga que uma cesta básica doada a uma família carente, por ocasião do Natal, não vale nada.
Algum outro diz que, em verdade, a sociedade carece é de promover a inclusão social dos que vivem marginalizados, como se não fosse ela mesma – inclusive, quem assim opina – que não os marginalizasse.
E, até com certa veemência, há quem combata a prática da caridade, argumentando que a caridade, mais que o estômago faminto, alimenta a ociosidade no espírito.
Certa vez, ao que fiquei sabendo, certa Secretária do Trabalho e da Ação Social, da Prefeitura de Uberaba, chegou a lançar sobre Chico Xavier a culpa pelo número de necessitados que a cidade possuía, que, então, sentiam-se atraídos para ele pela reconhecida generosidade do Médium.
Deixando, porém, tais questiúnculas de lado, notadamente a de nossa irmã Secretária, que já desencarnou, digo a vocês que o valor de singela cesta básica ultrapassa, em muito, o custo monetário do pequeno farnel, que, habitualmente, às vésperas do Natal, os espíritas costumam distribuir.
Realmente, uma cesta básica, para uma família faminta, de quatro a cinco pessoas, não chega a dar para dez dias de consumo, porquanto esses nossos irmãos, com a fome de ontem, querem comer hoje pelo dia de amanhã, no qual o pão lhes parece incerto.
Em determinada oportunidade, Chico, sendo questionado por um amigo a respeito da nota de um cruzeiro, que, à época, ele distribuía, à sombra de frondoso abacateiro, respondeu:
- Um cruzeiro não é nada, mas representa uma alegria... Em médio e em longo prazo, não resolve o problema de ninguém, mas, em curto prazo, pode dar esperança a quem esteja na expectativa de solução para o seu problema...
Grande Chico Xavier, que, além de ser dono de um coração generoso, possuía uma sabedoria incomum!
Eu gostaria apenas de dizer a vocês, principalmente aos “adversários” da cesta básica aos mais carentes, que, se ela não fosse fazer tanta diferença assim para quem a recebe, os seus beneficiários, sendo ainda outubro, não andariam já perguntando pela sua entrega daqui a dois meses...
E mais: não se disporiam na exata véspera de sua distribuição, como todo ano acontece, a dormirem ao relento, expondo-se às intempéries da noite, quase sempre tomando essa ou aquela chuva que costuma cair em Dezembro!...
Para quem não tem problema com o pão de cada dia e, por mais modesta seja, com a ceia de Natal, uma cesta básica, constituída de poucos itens, pode não ter qualquer significado, mas para quem necessita que lhe sobre um dinheirinho para comprar os remédios que toma ou um par de chinelos novos, faz uma diferença danada.
Por tal motivo, vocês me desculpem se, neste pequeno arrazoado, eu mandar plantar batatas os que, a fim de justificarem o seu egoísmo, vivem criticando a solidariedade alheia.
Que eles se fartem em suas mesas, sem que a consciência lhes pese um tiquinho não é problema meu – que comam, pois, e bebam à vontade, aumentando o seu colesterol e a sua glicose, que assim, a breve tempo, haverão de convocá-los para um confronto com a dura realidade do mausoléu.
Quanto a você, meu caro internauta, procure pegar as possíveis moedas que andam esquecidas dentro de seu “porquinho”, ou largadas, para coleção, em uma gaveta, e vá até o supermercado mais próximo, adquira uma cesta básica e faça com que ela chegue às mãos de quem realmente esteja mais necessitando.
Tenho absoluta certeza de que, agindo assim, você, investindo numa simples cesta básica, estará fincando, em nome de Jesus Cristo, um outdoor particular fazendo a propaganda de um Mundo Melhor.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet

Uberaba – MG, 24 de outubro de 2016.

23.10.16

Nossos conceitos de paz

    Tento a consciência tranquila teremos paz

    Não conseguimos, ainda, atingir o estado de serenidade que objetivamos porque nos equivocamos nos conceitos e nas ações para a construção de um mundo melhor, mais fraterno, mais justo.
    A paz para nos é um estado de inércia, de ausência de lutas e conflitos, quando todos pensarão da mesma maneira, terão os mesmos recursos e serão igualmente felizes.
    Se mais bem conhecêssemos as leis de Deus, compreenderíamos que essa situação e impossível porque cada um está um estagio de entendimento e para cada um os valores são diferentes. Logo impossível falarmos todos a mesma linguagem sem nos chocar ou conflitar com a opinião do outro.
    A paz nada mais é do que o reflexo da consciência tranquila. De nada adianta a ausência de guerras exteriores se os homens estão com seus íntimos fervendo como vulcões prestes a entrar em erupção.
    Para nos a paz se assemelha a situação de um cadáver. Despreocupado, improdutivo, deitado e sem metas a atingir. A paz dos inanimados.
    Mas essa paz não nos convém porque desejamos crescer e realizar nossas vontades. Para muitos vontade de ter coisas. Para alguns, vontade de ser melhor.
    Por que reencarnamos se não for para progredir? Somos um espírito eterno, mas a perfeição eh construída parte a parte, ponto a ponto, dia a dia, E em cada reencarnação aumentamos um pouco nosso tamanho espiritual.
    Nas caminhadas pela paz, se vista de branco por fora e por dentro. Nas Passeatas, não incomode o semelhante, não grite em desrespeito a sociedade, nem atravanque as ruas, tumultuando a vida da sua cidade. Não pense que o mundo deve parar para assistir ao seu desfile pela paz, quando você age como um dos mais belicosos seres do planeta.
    "A Paz do mundo começa em Mim", já diz o cancioneiro pernambucano Nando Cordel. Mas ele completa ainda na primeira estrofe: "Se eu tenho amor, com certeza sou feliz. Se eu faço o bem ao meu irmão, tenho a grandeza dentro do meu coração. Chegou a hora de a gente construir a paz; ninguém suporta mais o desamor".
    Essa e a receita para a paz no mundo. Entendimento e fraternidade entre as pessoas, respeitando a forma de ser de cada um. Suas preferências, suas tendências e vocações porque cada um de nos e uma individualidade e não formamos uma boiada que, sem vontade própria, e conduzida pelo tropeiro.
    Construamos primeiro a paz dentro de nos. Ai teremos o que oferecer. Caso contrario, não seremos cristãos e tudo será festa e demagogia.


Otavio Caumo Serrano

22.10.16

VENCERÁS

Por certo, encontrarás em teu caminho,
Seja aqui, mais além, por onde fores,
Inúmeros percalços, dissabores,
Na estrada que se mostra em desalinho.

Sentir-te-ás, por vezes, tão sozinho,
Nas aflições dos trilhos redentores,
Que suporás, sofrendo tantos dores,
Que estás perdido em meio a um torvelinho.

Contudo, se prossegues confiante,
Sem vacilar na fé um só instante,
Todas as tuas lutas vencerás...

E ao fim da grande prova que te expia,
Terminarás a humana travessia
Guardando a tua consciência em paz.

Eurícledes Formiga

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 15 de outubro de 2016, em Uberaba – MG).

21.10.16

NO CAMPO

    "O campo é o mundo." - Jesus. (MATEUS, 13:38.)
    Jesus tem o seu campo de serviço no mundo inteiro.
    Nele, naturalmente, como em todo campo de lavoura, há infinito potencial de realizações, com faixas de terra excelente e zonas necessitadas de arrimo, corretivo e proteção.
    Por vezes, após florestas dadivosas, surgem charcos gigantescos, requisitando drenagem e socorro imediato.
    Ao lado de montanhas aureoladas de luz, aparecem vales envolvidos em sombra indefinível.
    Troncos retos alteiam-se, junto de árvores retorcidas; galhos mortos entram em contraste com frondes verdes, repletas de ninhos.
    A gleba imensa do Cristo reclama trabalhadores devotados, que não demonstrem predileções pessoais por zonas de serviço ou gênero de tarefa.
    Apresentam-se muitos operários ao Senhor do Trabalho, diariamente, mas os verdadeiros servidores são raros.
    A maioria dos tarefeiros que se candidatam à obra do Mestre não seguem além do cultivo de certas flores, recuam à frente dos pântanos desprezados, temem os sítios desertos ou se espantam diante da magnitude do serviço, recolhendo-se a longas e ruinosas vacilações ou fugindo das regiões infecciosas.
    Em algumas ocasiões costumam ser hábeis horticultores ou jardineiros, no entanto, quase sempre repousam nesses títulos e amedrontam-se perante os terrenos agressivos e multiformes.
    Jesus, todavia, não descansa e prossegue aguardando companheiros para as realizações infinitas, em favor do Reino Celeste na Terra.
    Reflete nesta verdade e enriquece as tuas qualidades de colaboração, aperfeiçoando-as e intensificando-as nas obras do bem indiscriminado e ininterrupto...
    É certo que não se improvisa um cooperador para Jesus, entretanto, não te esqueças de trabalhar, dia a dia, na direção do glorioso fim ...


Livro: Vinha de Luz – Francisco C Xavier – Emmanuel.

20.10.16

UNINDO-SE AO CORPO

Questão 367 do Livro dos Espíritos

A matéria é apenas um vestuário da alma, certamente mais requintada que qualquer espécie de roupa física para o corpo. A matéria em conjunto, formando um corpo, é dotada de vida, pela força divina que transita na intimidade, como elo em perfeita sintonia com os variados corpos que o Espírito usa, de acordo com sua evolução espiritual.
Observando uma fruta, notaremos que os corpos que guardam a sua essência se sucedem, desde a película que envolve a semente, à casca mais grosseira que a protege efetivamente. Assim é o Espírito; ele se reveste de variados corpos para cumprir sua missão no mundo. Mesmo onde trabalhamos, no mundo espiritual, necessitamos de muitos corpos para a estabilidade dos nossos dons espirituais. Um outro exemplo bem simples: a água que corre para as casas, não pode chegar lá para seu consumo, sem os canos que as conduzem, as caixas d’água, as torneiras e os filtros.
Isso tudo é Deus operando em toda a parte, mas, como um só Espírito, na diversidade de todos os Seus filhos do coração. O Espírito não herda da matéria; ele se aconchega a ela para manifestar seus atributos de Espírito. Mesmo que encontre barreiras enormes, ele consegue mostrar o que é, pelos canais dos seus poderes espirituais.
Convém ao homem estudar a si mesmo, nunca começar onde terminam as faculdades. Principalmente o espírita, esse deve conhecer primeiramente sua veste de carne, para que possa com facilidade adentrar aos outros corpos. É nesse avanço que poderá sentir a verdade e dizer: estou conhecendo a mim mesmo, estou adentrando na verdade, em busca da libertação. O Espírito, quando se une ao corpo, por vezes apaga suas aptidões, em estado de prova, mas elas não morrem; podem atrofiar-se para que, no porvir, cresçam mais. As provas são para despertar a alma para uma ventura maior.
Mesmo com a Doutrina dos Espíritos se fazendo presente no mundo, com toda sua riquíssima literatura mediúnica, ainda existe muito a aprender, porque a revelação tem que ser gradativa. Isso é lei espiritual. Grandes instrutores do mundo maior estão filtrando essas revelações, porque a verdade, onde não pode ser dita, pode causar desarmonia, tanto quanto o amor, onde a compreensão não se encontrar elevada na pureza dos sentimentos.
O que somos, não podemos esconder, mesmo revestidos por um corpo de carne. Os talentos espirituais se afloram, dando a conhecer quem ali se encontra. Certamente que, tendo um corpo de instrumento, esse, defeituoso, impede a alma de certas atividades, mas, logo se nota que dentro dele se aloja uma alma, do porte que ela conquistou na escala da vida. O organismo, em certas circunstâncias, impede o Espírito de se mostrar, mas esse, com o tempo, vai dominando todos os departamentos energéticos do próprio corpo, e se mostra na plenitude que conquistou.
Que Jesus nos abençoe a todos nas nossas pesquisas espirituais.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

19.10.16

REVELAÇÃO - II

263 –Deve-se atribuir ao judaísmo missão especial, em comparação com as demais idéias religiosas do tempo antigo?
-Embora as elevadas concepções religiosas que floresceram na Índia e no Egito e todos os grandes ideais de conhecimento da divindade, que povoaram a antiga Ásia em todos os tempos, deve-se reconhecer no judaísmo a grande missão da revelação do Deus único.
Enquanto os cultos religiosos se perdiam na divisão e na multiplicidade, somente o judaísmo foi bastante forte na energia e na unidade para cultivar o monoteísmo e estabelecer as bases da lei universalista, sob a luz da inspiração divina.
Por esse motivo, não obstante os compromissos e os débitos penosos que parecem perpetuar os seus sofrimentos, através das gerações e das pátrias humanas no doloroso curso dos séculos, o povo de Israel deve merecer o respeito e o amor de todas as comunidades da Terra, porque somente ele foi bastante grande e unido para guardar a idéia verdadeira de Deus, através dos martírios da escravidão e do deserto.
264 –Como deve ser considerada, no Espiritismo, a chamadas “Santíssima Trindade”, da teologia católica?
Os textos primitivos da organização cristã não falam da concepção da Igreja Romana, quanto à chamada “Santíssima Trindade”.
Devemos esclarecer, ainda, que o ponto de vista católico provém de sutilezas teológicas sem base séria nos ensinamentos de Jesus.
Por largos anos, antes da Boa Nova, o bramanismo guardava a concepção de Deus, dividido em três princípios essenciais, que os seus sacerdotes denominavam Brama, Vishnu e Çiva. (*).
Contudo, a Teologia, que se organizavam sobre os antigos princípios do politeísmo romano, necessitava apresentar um complexo de enunciados religiosos, de modo a confundir os espíritos mais simples, mesmo porque sabemos que se a Igreja foi, a princípio, depositária das tradições cristãs, não tardou muito que o sacerdócio eliminasse as mais belas expressões do profetismo, inumando o Evangelho sob um acervo de convenções religiosas e roubando às revelações primitivas a sua feição de simplicidade e de amor.
Para esse desiderato, as forças que vinham disputar o domínio do Estado, em face da invasão dos povos considerados bárbaros, se apressaram, no poder, em transformar os ensinos de Jesus em instrumento da política administrativa, adulterando os princípios evangélicos nos seus textos primitivos e assimilando velhas doutrinas como as da Índia legendária, e organizando novidades teológicas, com as quais o Catolicismo se reduziu a uma força respeitável, mas puramente humana, distante do Reino de Jesus, que na afirmação do Mestre, simples e profunda, não tem ainda fundamentos divinos na face da Terra.
(*) –O Padre Alta, em O Cristianismo do Cristo e o de seus vigários, nos diz que a fórmula do catecismo – 3-Pessoas em Deus – era verdadeira em latim, onde o vocábulo persona significa forma, aspecto, aparência. É falsa, porém, em francês ou em português, com acepção de indivíduo. –Nota da Editora.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

18.10.16

A “PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO” HOJE

(Diálogo com um amigo)

- Doutor, e a “Parábola do Bom Samaritano”?...
- Linda! Uma de minhas preferidas...
- Mas...
- O que foi?! Você não gosta dela?!...
- Não, não é isso... O problema é que, na atualidade...
- Ela nunca foi tão atual – aliás, todas as Palavras de Jesus nunca foram tão atuais!...
- Sim, mas como a gente pode socorrer quem esteja caído na estrada?!... Hoje em dia...
- Assaltos e...
- Pois é! O senhor vai me desculpar, mas não dá para a gente exercer a caridade assim... Os tempos são outros!...
- No entanto, os caídos são os mesmos... Não estão descendo de Jerusalém para Jericó, mas continuam caindo em poder de perigosos assaltantes...
- Doutor, como haveremos de enfrentar esses assaltantes, armados até aos dentes?!...
- Você precisa pensar diferente... Jesus, na Parábola, não está pedindo para alguém enfrentar assaltante armado, e nem para expor-se a qualquer perigo que, nos dias atuais, seja evidente...
- É o que estou dizendo... A “Parábola do Bom Samaritano” parece ter perdido a sua atualidade, o senhor não acha?!...
- Não acho, não.
- Como?!...
- Escuta: e os caídos dentro e fora de casa, rentes a nós?! E os nossos amigos e vizinhos, que, não importando a hora do dia ou da noite, caem vitimados pela depressão, pela angústia, pelo desespero?!...
- ?!...
- Você está pensando apenas nos assaltantes encarnados de punhal e revólver na mão, esquecendo-se dos “assaltantes” invisíveis, daqueles que, por exemplo, fazem tantas vítimas no campo da obsessão...
- Realmente...
- Para imitar o Bom Samaritano, você, muitas vezes, não precisa sair de dentro de casa, porque são muitos os familiares que se encontram tombados ao peso de grandes provações...
- Eu não havia pensado nisso...
- Pois convém, meu amigo, porque, com aqueles que vivem clamando por socorro bem junto a nós, continuamos a copiar a indiferença do sacerdote e do levita, passando ao largo...
- É verdade...
- Aliás, enxergar caídos dentro de casa, ou nas imediações, é mais difícil do que enxergar caídos na rua... Neste sentido, o próximo do candidato a Bom Samaritano é o mais próximo mesmo!...
- Agora eu creio que nenhuma Parábola de Jesus requer uma aplicação tão emergencial quanto essa, Doutor, pois, neste sentido, vejo caídos em toda parte...
- No entanto, meu amigo, maior que o número dos caídos, e que o dos próprios assaltantes, é o dos sacerdotes e dos levitas, que não estão nem aí para os que se encontram no chão!...
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet

Uberaba – MG, 17 de outubro de 2016.

17.10.16

Ritmo da Vida

Jesus nos pediu coragem diante da vida. Coragem para prosseguir. Coragem para vencer as vicissitudes do existir. Ele sabia perfeitamente que não era fácil o viver, sobretudo para aqueles que dirigem o rumo da sua vida para escolhas equivocadas. Mas Ele sabia que faz parte do processo de aprendizagem o ato de errar e, em errando, tentar agora acertar.
A coragem que devemos ter na vida é que tudo, literalmente tudo, depende do nosso impulso inicial. Pode ser que você até deseje entrar numa causa alheia porque a acha justa, mas, no final, o tomar da decisão é individual.
A coragem nos faz mais fortes e ajuda-nos a sair do lugar. Quem fica parado mostra de cara que não tem coragem.
Estar parado é sinal de covardia. Estar em movimento é ato de coragem.
Sair de um lugar para outro exige movimentação, então exige a coragem de partir de um lugar para outro.
Na vida, meus queridos irmãos, estamos todos sendo convidados a ter esta coragem de sair permanentemente de um lugar para outro.
O que nos impede, muitas vezes, de realizar este trajeto é que nos fixamos num lugar que não desejamos mais sair. Ali, aparentemente, tudo está bem, tudo está em seu lugar, então por que mudar?
Meus caros irmãos, nada fica parado neste universo de meu Deus. Você pode até não notar, mas tudo gira, tudo está a se movimentar. A Terra jamais parou senão tudo seria destruído. Na natureza nada fica inerte, tudo se movimenta em ritmo constante. A vida é movimento porque Deus é movimento. Pense nisso!
Devemos entender – ou procurar entender – a roda de movimentação da nossa vida. Para que direção ela vai, para onde ela quer nos levar, apontemos o nariz e sigamos em frente, sem medo e sem pestanejar.
Movimento, ação, desprendimento.
Coragem, impulso, mudança.
Este ritmo da vida deve ser respeitado e seguido. Por isso que disse, certa vez, que era necessário mudar sempre para se continuar o mesmo.
Para mudar, exige-se coragem, destemor, mobilização.
Somente aqueles que entendem esta dinâmica da vida é que se sentem seguros, por mais incrível que possa parecer, e vivem verdadeiramente felizes.
Mude! Mude já! Mude sempre!
Até acertar.
Paz,

Helder Camara – Blog Novas Utopias

Mais que uma Flor

O que dizer das flores?
Elas embelezam, elas exalam o seu melhor perfume no lugar onde estiverem. Elas dão um prazer especial à vida.
Nós,  cada um de nós, podemos ser semelhantemente às flores. Sim, podemos!
Que seja o lugar onde pisemos, invadido pela beleza do nosso olhar carinhoso, do nosso gesto generoso, da nossa paz imorredoura.
Que possamos exalar com a nossa presença a dignidade dos atos, a honestidade da palavra, o frescor do raciocínio sadio.
Que possamos dar, onde estivermos, uma alegria diferenciada, onde todos percebam que há ali paz e felicidade.
Este desafio de sermos flores no mundo é algo que deve ser conquistado no nosso trajeto evolutivo. Não é fácil, é verdade, mas podemos, pouco a pouco, degrau a degrau, construirmos esta imagem e semelhança às flores onde estivermos.
O desafio de fora, porém, inicia-se, meus caros, com o desafio maior de sermos diferentes, ou seja, a diferença de fora reflete apenas a diferença que há por dentro de nós.
O nosso escultor de caráter, Jesus de Nazaré, sabia perfeitamente disto e pôs-se, semelhante a um bom pescador, a arrematar sua rede e trazer para junto de si uma equipe de reformadores da alma. É lógico que, a princípio, Jesus sabia das deficiências momentâneas do seu grupo, mas jamais se manteve inconvenientemente com eles. Não deixou jamais a peteca cair, como se diz no linguajar popular.
Quando lapidamos o caráter de um homem, ele naturalmente transferirá para os outros o desejo de o imitarem e o seguirem e assim, sucessivamente, haveremos de construir um imenso jardim de homens de bem.
Este propósito, o de transformar o planeta num imenso jardim, deve ser compromisso individual de todos aqueles que seguem, não apenas pelas palavras, as ideias do mestre nazareno.
Se desejar, portanto, ver o mundo se transformar em imenso jardim, seja, a partir de agora, um projeto de flor e avance diariamente nesta direção.
Amemos! Conjuguemos uns com os outros o perdão. Alimentemos corpos e também almas. Farejemos imediatamente o ar da bondade e da misericórdia.
Um mundo melhor começa por uma flor.
Abraços,

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

16.10.16

NECESSIDADE ESSENCIAL

    "Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça." - Jesus. (LUCAS, 22:32.)
     Justo destacar que Jesus, ciente de que Simão permanecia num mundo em que imperam as vantagens de caráter material, não intercedesse, junto ao Pai, a fim de que lhe não faltassem recursos físicos, tais como a satisfação do corpo, a remuneração substanciosa ou a consideração social.
    Declara o Mestre haver pedido ao Supremo Senhor para que em Pedro não se enfraqueça o dom da fé.
    Salientou, assim, o Cristo, a necessidade essencial da criatura humana, no que se refere à confiança em Deus, num círculo de lutas onde todos os benefícios visíveis estão sujeitos à transformação e à morte.
    Testemunhava que, de todas as realizações sublimes do homem atual, a fé viva e ativa é das mais difíceis de serem consolidadas. Reconhecia que a segurança espiritual dos companheiros terrestres não é obra de alguns dias, porque pequeninos acontecimentos podem interrompê-la, feri-la, adiá-la. A ingratidão de um amigo, um gesto impensado, a incompreensão de alguém, uma insignificante dificuldade, podem prejudicar-lhe o desenvolvimento.
    Em plena oficina humana, portanto, é imprescindível reconheças a transitoriedade de todos os bens transferíveis que te cercam. Mobiliza-os sempre, atendendo aos superiores desígnios da fraternidade que nos ensinam a amar-nos uns aos outros com fidelidade e devotamento. Convence-te, porém, de que a fé viva na vitória final do espírito eterno é o óleo divino que nos sustenta a luz interior para a divina ascensão.


Livro: Vinha de Luz - Francisco C Xavier - Emmanuel

15.10.16

TEMPLO BENDITO

(Página dedicada aos Companheiros de Ideal da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, de Uberaba – MG).

Esta Casa, Senhor, que de luz se reveste,
É o campo de serviço a que nos destinaste...
Nela encontramos, Mestre, a Escola que nos deste
Das verdades que, um dia, ao mundo revelaste.

Este Templo bendito é o refúgio celeste
Dos que buscam a paz que, em Teu verbo, exaltaste,
Cansados de seguir neste caminho agreste
Em que outrora, igualmente, exausto caminhaste.

É aqui que todos nós, os tutelados Teus,
Partilhamos o pão, sob as bênçãos de Deus,
Da Fé que nos sustenta os passos na jornada...

Revivendo o Evangelho em nome da Doutrina,
Que esta Casa prossiga a fonte cristalina,
Ofertando-se pura aos sedentos da estrada!...

Eurícledes Formiga

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, na noite de 17 de maio de 1989, em Uberaba – MG).

14.10.16

NECESSIDADE DA EDUCAÇÃO

    No tempo em que não existia a locomoção fácil na terra, um grande rei simpatizou com fogoso cavalo de cores claras, da criação de sua casa: mas, ao desejá-lo para os serviços do palácio, foi assim informado pelo chefe das cavalariças:
    -Majestade, este animal é vitima de muitas tentações. Basta que se movimente, de leve, para assustar-se e ocasionar desastres. Uma simples folha seca na estrada é razão para inúmeros coices.
    O rei ouviu, atencioso, e afirmou que remediaria a situação.
    No dia seguinte, mandou atrelá-lo a enorme carroça de limpeza, onde o cavalo se viu tão preso que não pode fazer outros movimentos, além dos necessários.
    Depois de algumas semanas, o monarca determinou fizesse ele o duro serviço dos burros, transportando cargas pesadíssimas.
    A principio, o animal se rebelava, escouceando o ar e relinchando fortemente: entretanto, foi tantas vezes visitado pelos gritos e pelos chicotes dos peões e tantos fardos suportou que, ao fim de algum tempo, era um modelo de mansidão e brandura, sendo colocado no serviço real, com grande contentamento para o soberano.
    Assim acontece conosco, na vida.
    Destinados ao trabalho da Vontade de Deus, se vivemos entregues às tentações do mal, desobedientes e egoístas, determina o Senhor que sejamos confiados à luta e à provação, à dificuldade e ao sofrimento, os quais, pouco a pouco, nos ensinam a humildade e o respeito, a diligencia e a doçura.
    Depois de passarmos pelos variados processos de educação indispensável ao nosso burilamento, seremos então aproveitados, com êxito e segurança, nos serviços gerais da Bondade de Deus, junto de nossos irmãos.


Livro: Pai Nosso - Francisco C Xavier - Meimei

13.10.16

VARIADAS APTIDÕES

Questão 366 do Livro dos Espíritos

Os que acreditam que cada faculdade do ser humano tem um Espírito que lhe corresponde estão enganados, como estavam iludidos os que no passado acreditavam em vários deuses, apontando em cada fenômeno da natureza um Deus que seria a fonte do acontecimento.
Essa tese hoje caiu no esquecimento, anotando os mais entendidos que os deuses dos povos antigos eram Espíritos sob o comando do Pai Celestial.
A ciência divina nos mostra que todas as aptidões que o homem pode mostrar, em se movendo no corpo da carne, são qualidades da alma que se desenvolvem nas bênçãos do tempo, por vontade do Deus verdadeiro imortal. Compreende-se portanto, que o homem somente tem um Espírito com variadas manifestações dos seus dons, como sendo talentos espirituais, oferta do Senhor ao seu coração.
Cabe-nos buscar na própria matéria a realidade do que falamos: a ciência achava que a matéria era diversificada na sua estrutura, e a razão do equívoco são as suas modalidades diferentes. Hoje o homem inteligente reconhece que as expressões diferentes da matéria provêm da unidade da mesma, que em se movimentando, mostra diferenciações inúmeras; a matéria provém de um só elemento primitivo, assim como o Espírito, com todas as suas nuances de vida, de uma só fonte de vida – Deus.
A Doutrina do Espíritos tem a missão de nos levar a Deus pela sabedoria e pelo amor, porque o Senhor tem todas as aptidões na amplitude dos Seus poderes, e os Seus filhos trazem a sua semelhança, com dilatados poderes menores, que crescem de acordo com o tempo, nas bênçãos do espaço, somadas em esforço próprio, na dimensão exata do amor.
As afirmativas de que o homem é dotado de vários Espíritos devem ser ignoradas, porque a consciência em Cristo não dá crédito às ilusões desta forma, que fazem perder tempo no tempo que passa.
Certamente que o homem caminha e com ele muitos Espíritos que com ele afinam, sendo guias espirituais, ou inimigos com os mesmos sentimentos, mas que não estão ligados ao corpo desse homem pela lei da reencarnação.
É preciso compreender bem esse posicionamento teológico: um comandante de um exército, de um navio ou de um país é somente um, mas nem por isso ele deixa de ter muitos cooperadores, para que a harmonia se instale nas tropas, no barco e mesmo na nação.
Se tivéssemos muitos Espíritos para dirigir um corpo sequer, e quando eles entrassem em desacordo? Não é lógico pensar desta forma; são idéias soltas sem base na verdade, que o tempo faz desaparecer. Como na direção de cada planeta existe somente um diretor que, no caso da Terra, é Jesus Cristo. No entanto, os auxiliares são sem conta, para que a obra se aperfeiçoe. Se a Terra precisasse de um Espírito para encarnar nela, este seria o Cristo, responsável pela sua marcha em ascensão à vida superior.


Livro Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.