31.7.17

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – XIX

 Nas obras de André Luiz, pelas lavra de Chico Xavier, especialmente em “Nosso Lar”, existem detalhes que necessitam ser mais bem apreciados pelos estudiosos da Vida além da morte – detalhes de suma importância para uma compreensão mais ampla do Planeta Espiritual, que chamamos de Verdadeira Pátria, mas que ainda está longe de nos ser a Moradia Ideal.
No capítulo 28 – “Em Serviço” –, André Luiz, logo no terceiro parágrafo informa que Tobias, ligando o “receptor”, entrou em contato com “os Samaritanos em atividade no Umbral”: “Estabelecido o contato elétrico, o pequenino aparelho, sob os meus olhos, começou a transmitir o recado...” Vejamos que a energia de natureza “elétrica” continua tendo o seu lugar no Mundo Espiritual, e, certamente, toda e qualquer espécie de energia, inclusive ainda desconhecidas dos homens na Terra.
O “aparelho”, sem dúvida, deveria ser um transmissor e receptor de voz, precursor da telefonia celular. Tais aparelhos, muito utilizados durante a Segunda Guerra Mundial, surgiram nos anos 40 – a obra de André Luiz é de 1943, porém, relatando episódios de 1938. Durante a denominada Primeira Grande Guerra (1914-1918), o meio de comunicação mais comum era o pombo-correio. Vejamos que salto gigantesco!
Adiante, no capítulo 28, o Grupo dos “Samaritanos” informa que haviam logrado sequestrar às trevas espirituais “vinte e nove irmãos” – o verbo “sequestrar” nos leva a inferir que eles estivessem sendo mantidos prisioneiros. Estranhando o fato, André Luiz questiona: “- Como assim? Porque esse transporte em massa? Não são todos espíritos?” A que se devia a estranheza de André Luiz?! Por que motivo os vinte e nove se encontravam retidos nas zonas mais obscuras do Umbral?! Por que não tiveram condições de seguir adiante, alcançando, por exemplo, as portas de “Nosso Lar”?! E mais: a Segunda Grande Guerra, conforme se sabe se desenvolveu mais nos campos da Europa – ora, “Nosso Lar”, localizada nos céus do Brasil, que, geograficamente, se manteve muito afastado do palco das lutas, enviou missões socorristas ao mundo europeu. Seriam vítimas pertencentes à “Força Expedicionária Brasileira”?!
Respondendo a André, Tobias lembra-lhe que ele mesmo não havia chegado a “Nosso Lar” de outro modo, ou seja: André havia sido “sequestrado” às regiões umbralinas, de onde fora transportado com o auxílio de uma maca. E explica: “... a Natureza não dá saltos, e que, na Terra, ou nos círculos do Umbral, estamos revestidos de fluidos pesadíssimos. São aves e têm asas, tanto o avestruz como a andorinha; entretanto, o primeiro apenas subirá às alturas se transportado, enquanto a segunda corta, célere, as vastas regiões do céu.” A Lei Gravitacional também funciona para os corpos espirituais?! Será a “Gravidade” que impede que os espíritos, após o seu desenlace do corpo carnal, atinjam as Esferas Superiores, demorando-se ao redor da Terra?! São questões que, fraternalmente, enviamos aos nossos internautas. O que vocês acham?! Como interpretam?!
Interessante, ainda, é que Tobias, conversando com Narcisa, lamentou o reduzido número de atendentes no Hospital para assistir, ao mesmo tempo, tantas vítimas – aqui, no Mais Além, em determinados setores de atividades espirituais, igualmente, é pequeno o número de companheiros dispostos a colaborar. Com o Cristo, continuamos a rogar ao Senhor da seara por maior número de trabalhadores: “A seara na verdade é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para sua seara.” (Mateus, cap. 9 – vv. 37 e 38). Com o propósito de colaborar, André Luiz, então, ofereceu-se para permanecer de plantão! O seu esforço, ao lado de Narcisa e alguns outros, foi tamanho naquela noite que lhe ocasionou a “fadiga dos braços”... Então, meu caro internauta, os móveis e utensílios outros não foram movimentados por eles valendo-se do poder da mente?! O perispírito, ou corpo espiritual, é suscetível de experimentar cansaço?! – desgaste pelo esforço físico despendido?!...
Sinceramente, eu não sei se alguns espíritas andam mesmo lendo e refletindo sobre o livro “Nosso Lar”! O que vocês me dizem?! Estão lendo e não estão entendendo, ou estão lendo, entendendo e silenciando por não concordarem, ou por conveniência?!...

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet

Uberaba – MG, 31 de julho de 2017.

30.7.17

DEUS SABE

    Há momentos muito difíceis, que parecem insuperáveis, enriquecidos de problemas e dores que se prolongam, intermináveis, ignorados pelos mais próximos afetos, mas que Deus sabe.
    Muitas vezes te sentiras à borda de precipícios profundos, em desespero, e, por todos abandonado. No entanto, não te encontrarás a sós, porque, no teu suplício, Deus sabe o que te acontece.
    Injustiçado e sob o estigma de calúnias destruidoras, quando, experimentando incomum angústia, estás a ponto de desertar da luta, confia mais um pouco, e espera, porque Deus sabe a razão do que te ocorre.
    Vitimado por cruel surpresa do destino, que te impossibilita levar adiante os planos bem formulados,
não te rebeles, entregando-te à desesperação, porque Deus sabe que assim é melhor para ti.
    Crucificado nas traves ocultas de enfermidade pertinaz, cuja causa ninguém detecta, a fim de minimizar-lhe as conseqüências, ora e aguarda ainda um pouco, porque Deus sabe que ela vem para tua felicidade.
    Deus sabe tudo!
    Basta que te deixes conduzir por Ele, e, sintonizando com a sua misericórdia e sabedoria, busca realizar o melhor, assinalando o teu caminho com as pegadas de luz, características de quem se entregou a Deus e em Deus progride.


Livro: Filho de Deus - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis

29.7.17

CATIVEIRO

Alma que sofres no exílio humano
As saudades sem fim da Imensidão,
Não te atormente a dura provação
Que te lacera o peito de espartano...

Não te rendas ao triste desengano
Daquele que enlouquece na prisão,
Acorrentado a plena escuridão
Sob os ditames de cruel tirano...

Na cruz, transfigurada em pelourinho,
Que, soluçando, arrastas no caminho,
Cumpre a tua sentença, sobranceiro...

Um dia, além da sombra que reduz,
Hás de voltar para o País da Luz,
Ao te expirar, na carne, o cativeiro!...

CRUZ E SOUSA

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 15 de julho de 2017, em Uberaba – MG).

28.7.17

DESIGUALDADE DAS RIQUEZAS

    I. UTILIDADE PROVIDENCIAL DA RIQUEZA
    O homem tem por missão trabalhar pela melhoria material do planeta. Cabe-lhe desobstruí-lo, saneá-lo, dispô-lo para receber um dia toda a população que a sua extensão comporta.
    Para realizar esses trabalhos, precisa de recursos e a necessidade fez que ele criasse a riqueza, como o fez descobrir a Ciência.
    Sem a riqueza, não haveria mais grandes trabalhos, nem atividade, nem estimulante para a ação, nem pesquisas.
    A atividade que esses mesmos trabalhos impõem ao homem, lhe amplia e desenvolve a inteligência. A inteligência que ele concentra, primeiro, na satisfação das necessidades materiais, o ajudará mais tarde a compreender as grandes verdades morais.
    A riqueza, pois, não é um mal em si mesma.
    Bem utilizada, ela leva a Humanidade não só ao progresso material e intelectual mas, também, ao progresso moral.
    Se a riqueza é causa de muitos males, se exacerba tanto as más paixões, se provoca mesmo tantos crimes, não é a ela que devemos inculpar, mas ao homem, que dela abusa, como de todos os dons de Deus. Pelo abuso, ele torna pernicioso o que mais útil lhe poderia ser. É a conseqüência do estado de inferioridade do mundo terrestre.
    Se a riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não a teria posto na Terra. Compete ao homem fazê-la produzir bem.
    II. DESIGUALDADE DAS RIQUEZAS
    Que aconteceria se, acaso, se pudesse repartir toda a riqueza da Terra com igualdade entre todos os seus habitantes?
    - A cada um caberia apenas uma parcela mínima e insuficiente.
    - Não haveria recursos para nenhum dos grandes trabalhos que concorrem para o progresso e o bem-estar da Humanidade.
    - Tendo o necessário para sobreviver, o homem não sentiria o aguilhão da necessidade para o impelir às descobertas e aos empreendimentos úteis.
    Ainda que fosse possível efetuar essa repartição entre todos os homens, em pouco tempo o equilíbrio estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões.
    "Por que não são igualmente ricos todos os homens?
    "Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar."
    III. O ENFOQUE ESPÍRITA QUANTO À RIQUEZA
    A desigualdade das riquezas, como vemos, é um dos problemas que inutilmente se procurará resolver, desde que se considere apenas a vida atual.
    À luz do Espiritismo, porém, entendemos que:
    - os seres humanos, somos espíritos imortais reencarnados;
    - para progredir, precisamos das experiências que a vida corpórea enseja;
    - uma dessas experiências é aprender a produzir a riqueza e com ela trabalhar, acertadamente;
    - através das reencarnações, vamos tendo oportunidade para isso.
    Entendemos, também, que:
    - Deus concentra a riqueza em certos pontos, para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades;
    - e a desloca constantemente, para que não fique longo tempo improdutiva nas mãos dos que não a estão sabendo utilizar; e para que cada um, por sua vez, tenha a oportunidade de lidar com ela.
    Alguns estão dispondo da riqueza no momento, outros já a tiveram, outros ainda virão a usufruí-la e mesmo quem já a teve poderá, se necessário, voltar a possuí-la.
    Por enquanto, na Terra a riqueza é para poucos.
    A maioria luta por sobreviver, dispondo apenas de posses medianas ou mesmo enfrentando a miséria.
    Isto se dá não apenas pela má distribuição da riqueza, feita pelo materialismo e o egoísmo, dominantes no planeta.
    É, também, porque não sabemos todos produzir riquezas ou não queremos nos esforçar para isso.
    Se a riqueza na Terra fosse fácil para todos, em nosso grau de evolução, a maioria não trabalharia, não estudaria, quereria somente gozar, e isto não traz progresso para o espírito.
    Se há os que abusam da riqueza, não será com decretos ou leis dispendiosas que se remediará o mal. As leis podem, de momento, mudar o exterior, mas não conseguem mudar o coração; daí vem serem elas de duração efêmera e quase sempre seguidas de uma reação mais desenfreada. A origem do mal reside no egoísmo e no orgulho; os abusos de toda espécie cessarão quando os homens se regerem pela lei da caridade.
    Com a evolução intelecto-moral da Terra, os extremos da miséria ou da riqueza excessiva serão corrigidos, pela melhor produção e distribuição dos recursos.
    Entretanto, "os pobres sempre os tereis convosco". (Jesus - Jo. 12:8.) Sempre haverá naTerra pessoas com menos aptidões e recursos do que outras, por estarem em diferentes graus de evolução.
    Deus concede a uns riqueza e poder e a outros a pobreza como meios de experimentarmos as diferentes condições que ensejam.
    Tanto a riqueza como a pobreza servem para nos testar intelectual e moralmente, constituindo, às vezes, situações de resgate espiritual.
    IV. QUAL A PROVA MAIS DIFÍCIL: A RIQUEZA OU A POBREZA?
    Ambas são difíceis.
    Ante a miséria, podemos ficar: desanimados com as dificuldades; revoltados contra tudo e contra todos; invejosos de quem tem o que não temos; tentando até conseguir pelo roubo, pelo crime, o que precisamos ou queremos; reclamando contra Deus por não compreendermos seu divino programa para a nossa evolução.
    Quanto à riqueza, constitui uma prova muito arriscada, bastante perigosa para o espírito, porque é o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual.
    Geralmente, quem é rico neste mundo se torna orgulhoso, avarento, indiferente à necessidade ou sofrimento do próximo e se desvia moralmente nos abusos.
    Sim, a riqueza é a origem de muitos males na Terra. Por causa dela, muitos prejudicaram sua felicidade na vida futura. Jesus aludiu a isso, na passagem do moço rico: "Como é difícil entrar um rico no reino dos céus!" (...) "É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico se salvar". (Mateus, 19 vs. 23/24.)
    Então, a riqueza impede a evolução do espírito?
    Se assim fosse, Deus não a teria posto nas mãos de alguns de seus filhos, pois seria prejudicá-los.
    Querer abolir a riqueza, para não errarmos com ela, seria condenar também ao trabalho que a granjeia, o que estaria em contradição com a lei de progresso.
    Jesus disse que é difícil um rico se salvar mas não disse ser impossível; porque a riqueza também pode ensejar que o seu possuidor produza muita coisa útil e boa, para si e para o seu próximo, tornando-se um meio de salvação espiritual.
    Tudo vai depender, portanto, do uso que fizermos da riqueza, de como nos comportarmos diante da pobreza.
    V. COMO NOS COMPORTAMOS NESSAS PROVAS?
    Na pobreza:
    - cuidar do pouco que se possui e usá-lo acertadamente.
    - procurar desenvolver e aperfeiçoar a própria capacidade de produzir valores;
    - cultivar a resignação, moderação, simplicidade, humildade, honestidade, enfim todas as virtudes que a prova da pobreza mais estimula, quando bem entendida;
    - praticar a caridade ao seu alcance.
    Materialmente, ajudando com o pouco que tiver aos que são mais necessitados ainda. Espiritualmente, com o seu amparo moral, afeto sincero, lealdade, a boa palavra e o bom exemplo.
    - não invejar os ricos nem pensar mal deles. Lembrar que estão sendo duramente testados e merecem compaixão e ajuda (se estiverem errando) e apoio e respeito (se estiverem acertando).
    Na riqueza:
    - lembrar que Deus é o verdadeiro Senhor de todos os bens da vida e apenas somos os "mordomos", usufruindo e administrando temporariamente, devendo prestar contas de tudo, ao final da existência;
    - tomar cuidado para não cair no orgulho, na inércia, no egoísmo, ou nos excessos do gozo material;
    - como dispõe de mais tempo e recursos do que o pobre, aproveitar para estudar, e concorrer para o engrandecimento tanto intelectual como moral e material dos seus semelhantes;
    - procurar prestar todos os benefícios possíveis com os bens que recebeu, sem desperdiçá-los nem enterrá-los num cofre, onde ficam sem utilidade para ninguém.
    Enfim, procurar desempenhar o melhor possível seu papel de intermediário da riqueza, sem se deixar dominar por ela espiritualmente, de modo a merecer de Deus outras e maiores atribuições, futuramente.
    VI. QUAL O MELHOR EMPREGO QUE SE PODE DAR À RIQUEZA?
    A solução do problema está nestas palavras: "Amai-vos uns aos outros". Aquele que se acha animado do amor ao próximo tem aí traçada a sua linha de proceder. A caridade deve ser cheia de amor, aquela que procura a desgraça e a ergue, sem, no entanto, a humilhar.
    Com amor e sabedoria sempre se encontrará o melhor emprego para a riqueza.

 Livros consultados:
 De Allan Kardec:
 - "O Evangelho segundo o Espiritismo", cap. XVI;
 - "O Livro dos Espíritos", perguntas 808/816.


Livro: Iniciação ao Espiritismo - Therezinha Oliveira

27.7.17

DENTRO DE NÓS

Não te esqueças de que estender a caridade sem interesse e de que ensinar sem afetação, aos que sabem menos que nós, é o processo de beneficiar a nós mesmos.
...
"Fora da caridade não há salvação" pode também significar "fora do auxílio aos outros não te libertarás do eu", inclinado à vaidade e ao orgulho, ao egoísmo e à discórdia.
Consagremo-nos à plantação indiscriminada e constante do bem, desculpando e ajudando, aprendendo e redimindo, enriquecendo-nos de amor e avançando na sabedoria, e assim, criando paz e felicidade, beleza e progresso em torno de nossos passos, compreenderemos igualmente com Jesus que a vida é invariavelmente o espetáculo soberano das bênçãos do Pai Celestial, no livro da natureza, e que é preciso acender, dentro de nós, a luz imprescindível, a fim de que através da sublimação da própria individualidade, estejamos em sintonia com a vida imperecível.


Livro: "Urgência" - Francisco C. Xavier - Emmanuel.

26.7.17

PRESSENTIMENTOS E IMAGINAÇÃO

Questão 405 do Livro dos Espíritos

Muitos sonhos evidenciam aquilo que o Espírito viu antes ou pressentiu; os que são interpretados como banais, confirmam, noutra dimensão, a fragilidade do Espírito, e outros não foram bem interpretados à luz do verdadeiro entendimento espiritual.
Os sonhos são como os nossos entendimentos quando encarnados. O que se passa durante o dia da alma no corpo, o que vê, o que ouve, o seu trabalho, não são ilusões, por se encontrar frente a frente com as coisas e não precisar de interpretações, ao passo que, na liberdade parcial da alma, pela porta do sono, o que se vê ou ouve pode mudar-se pelo que se encontra com mais nitidez na memória do corpo físico.
O Espírito se encontra ligado ao corpo, sujeito às suas vibrações e às ideias mais condicionadas na alma. Isso vai se aclarando com a evolução dos Espíritos encarnados e com a própria atmosfera terrena. O ambiente pesado do planeta onde estagia a humanidade, influência, e muito, nas recordações dos sonhos e visões espirituais. O tempo é o ilustrador divino; ele nos faz compreender melhor as leis espirituais, capazes de nos trazer a verdade no reino do coração e da inteligência Compete a cada criatura estudar, esforçar para se melhorar todos os dias, lapidando seus valores para que eles possam se expressar nos caminhos da vida.
Jesus Cristo foi um Doador Divino para todos os povos que, de pronto, não o reconheceram como tal, por estarem iludidos com o ouro e os prazeres inferiores. Mas todos estão sendo chamados e escolhidos para compreenderem o Cristo de Deus e passarem a modificar suas vidas, baseados na vida de Jesus. Quando o Cristo estiver em nossos corações, passará tudo a se confirmar, porque quem conhece a verdade tornar-se-á livre das mentiras. O véu cairá e as nossas visões, nossos sonhos, não sairão da realidade da vida e do caminho para Deus.
As más interpretações dos sonhos se encontram ligadas às ideias fortemente alimentadas por nós, no decorrer do dia, quando o pensamento dominante é que se expressa como verdadeiro, sob forte condicionamento. Mas não se pode negar muitos dos sonhos reais que acontecem em muitas situações, principalmente com moribundos, por se encontrarem mais desprendidos da matéria. Quem está em uma cama onde vai deixar o fardo físico, usa as faculdades mediúnicas mais acentuadamente e se comunica sempre com o outro mundo, onde está prestes a ingressar. São visões comprovadas em todos os países, no seio de todos os povos.
Não nos cansamos de apontar a Doutrina dos Espíritos como caminho para entender esses fatos espirituais e sentir a consciência em paz; quem desejar aprender os significados dos sonhos e visões mais nitidamente, que estude o Espiritismo com atenção, que ele, essa filosofia divina, o encaminhará para o verdadeiro entendimento espiritual, ainda somando para o seu bem, muita paz de Espírito, por mostrar de modo verdadeiro, que existe a felicidade.
Devemos nos reunir sempre e trocarmos ideias sobre os valores imortais do Espírito; na pátria do Espírito, sempre fazemos isso, e quando for feito no plano dos encarnados, os desencarnados estarão juntos, para inspirar sobre a verdade, salientando o amor e mostrando todos os caminhos da caridade que salva.
Empenhemo-nos neste aprendizado, onde o perdão se manifesta como conciliador divino, e que a fraternidade seja o elo da vida para a vida. Estaremos, assim, unidos em nome de Deus, sob a égide de Jesus Cristo.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

25.7.17

AMOR FRATERNIDADE - I

342 –A resposta de Jesus aos seus discípulos – “Quem é minha mãe e quem são os meus irmãos”, é um incitamento à edificação da fraternidade universal?
       
         -O Senhor referia-se à precariedade dos laços de sangue, estabelecendo a fórmula do amor, a qual não deve estar circunscrita ao ambiente particular, mas ligada ao ambiente universal, em cujas estradas deveremos observar e ajudar, fraternalmente, a todos os necessitados, desde os aparentemente mais felizes, aos mais desvalidos da sorte.

343 –Nas leis da fraternidade, como reconhecer na Terra, o Espírito em missão?

         -Precisamos considerar que o Espírito em missão experimenta, igualmente; as suas provas no trabalho a realizar, com a diferença de permanecer menos acessível ao efeito dos sofrimentos humanos, pela condição de superioridade espiritual.
         Podereis, todavia, identificar a missão da alma pelos atos e palavras, na exemplificação e no ensino da tarefa que foi chamada a cumprir, porque um emissário de amor deixa em todos os seus passos o luminoso selo do bem.
                                                                                                                                                                                                                                         

Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

24.7.17

COMO VOCÊ INTERPRETA – XVIII

No desdobramento do capítulo 27, de “Nosso Lar”, ensinamentos valiosíssimos são transmitidos por André Luiz a todos os que desejam se iniciar, seriamente, nos assuntos da Vida além da morte do corpo carnal.
Antes, porém, retrocedendo ao capítulo 10 – “No Bosque das Águas”, estimaríamos formular breve comentário, que, não raro, nos passa imperceptível – mesmo a nós que, na situação de desencarnados, nos propomos a estudar Obra tão substanciosa.
André Luiz, quando encarnado, fora o grande cientista Dr. Carlos Chagas, que, certamente, desfrutava de uma condição social consentânea com a sua formação acadêmica – estudou em boas escolas, residia em casa confortável, ainda dispunha ele de meio de transporte próprio, diversos cooperadores sob as suas ordens, e, embora vivesse rodeado por doentes, médico humanitário que fora, os de sua mais estreita convivência pertenciam à classe mais privilegiada de então.
O Dr. Carlos Chagas, por contingências de sua posição, mesmo que o quisesse ser, não era mais um na multidão – era o mestre de Medicina, tratado com deferência, Doutor Honoris Causa da Universidade de Harvard e Universidade de Paris, detentor de muitos outros títulos de que se fizera merecedor.
Pois bem. Ao desencarnar, o Dr. Carlos Chagas, que é o nosso André Luiz, viu-se sendo mais um na multidão – mais um entre os milhares de desencarnados que, na década de 30 e 40, residiam em “Nosso Lar”, e se punham a esperar o transporte coletivo – o “Aeróbus”!
Interessante, não?!
O fato nos faz recordar a mensagem que Allan Kardec fez questão de inserir logo no segundo capítulo de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, transmitida por “Uma Rainha de França”, em Havre, em 1863: “Rainha entre os homens, como rainha julguei que penetrasse no reino dos céus! Quanta desilusão! Que humilhação, quando, em vez de ser recebida aqui qual soberana, vi acima de mim, mas muito acima, homens que eu julgava insignificantes e aos quais desprezava, por não terem sangue nobre!”
André Luiz não teve qualquer problema em tomar o “Aeróbus”, mas, com certeza, muita gente habituada a andar na classe VIP, vai ter! Sei de um caso de renomado espírita que, certa vez, ficou contrariado por ter sido buscado no hotel onde estava hospedado por alguém que possuía, digamos, um carro já bastante surrado. Ele chegou até a bater a porta do veículo com violência, com o propósito de ver se a arrancava de vez...
Não se trata de uma piada. Os protagonistas ainda estão por aí, no corpo – bem, pelo menos, até ontem estavam! Tanto o espírita transportado quanto o espírita transportador!...
É... Vai ser dura, deste Outro Lado, a decepção de muita gente viciada em ser tratada, na Terra, apenas e tão somente por “doutor”, sendo que – não digo de Harvard, ou Paris – não possuem semelhante título nem na cidade de nossa simpática Conquista, vizinha de nossa não menos simpática Uberaba.
André Luiz, no ponto, esperando o “Aeróbus”, na companhia de Lísias, para, depois, pegando a fila, esperar ser atendido por Clarêncio, a fim de levar uma carraspana danada! E tem espírita imaginando que será recebido aqui, no Além, com pompa e cerimônia! Seria cômico, se não fosse trágico. É sala VIP em Congressos, hotéis de luxo – de cinco estrelas para cima –, excelentes banquetes... Sei não. Eu já sou o passado, ou melhor, o futuro de todos vocês, que, literalmente, significa desencarnação.
Bem, o espaço deste post está esgotando. Antes do ponto final, falta-me, evidentemente, lembrar a vocês que o nosso Dr. Carlos Chagas retomou o seu brilhante trabalho no Mundo Espiritual limpando vômitos de gente doente no chão! É isso mesmo que você leu: gente doente! Espírito é Gente! Pela época, não havia outra coisa que ele pudesse fazer, a não ser, segundo as suas próprias palavras: “Foi então, que, instintivamente, me agarrei aos petrechos de higiene e lancei-me ao trabalho com ardor.” E mais: ele diz que suou muito! Ou seja: a não ser que ele tenha suado por outras artimanhas biológicas, o perispírito continua possuindo glândulas sudoríparas! Louvado seja Deus! O que haveria de ser de nós, essa cambada de espíritos medíocres, se as nossas glândulas sudoríparas não sobrevivessem, continuando a nos dar a oportunidade de extravasar pelos poros as nossas mazelas morais!...
Um “viva” às glândulas sudoríparas!...

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet

Uberaba – MG, 24 de julho de 2017.

23.7.17

Deficiência Mental na Visão Espírita

     O portador de deficiência mental é alguém vivendo sob os imperativos da lei Divina ou natural.
     O Espírito ao passar pelo processo de reencarnação, vai gravando, energeticamente, o registro de seus atos, sejam estes aquisições morais ou infrações cometidas.
     Sendo a reencarnação o processo pelo qual o Espírito se aperfeiçoa, é necessário, em determinados pontos da vida, reparar os delitos cometidos no passado, que se expressam sob a forma de forças espirituais defeituosas, a se refletirem no corpo físico.
     A causa da deficiência mental está, portanto, diretamente ligada ao Espírito, que tenta, através de uma vida física limitada que podemos chamar de "dor corretiva", reequilibrar as próprias energias, buscando a harmonia que lhe falta.
     Vamos encontrar no Livro dos Espíritos, questões 371 à 374, respostas dos espíritos à Kardec sobre Idiotia, hoje Deficiência Mental:
     Questão 371: A opinião de que os cretinos e idiotas teriam alma de natureza inferior tem fundamento?
    Resposta: Não. Eles têm uma alma humana, frequentemente mais inteligente do que pensais, e que sofre com a insuficiência dos meios de que dispõe para se comunicar.
     Na questão 373, os Espíritos dizem: Abuso da Inteligência.
     No livro "Recordações da Mediunidade" ditado pelo espírito do Dr. Adolfo Bezerra de Menezes à médium Ivone Pereira, o ilustre médico nos mostra que muitos casos de retardamento mental e problemas epilépticos profundos são ocasionados pelo suicídio em encarnação anterior, não como castigo, mas pelo traumatismo violento lesando o perispírito (invólucro do espírito), inclusive esses males são também ocasionados pelo remorso do mal que causamos em vidas anteriores.
     André Luiz (espírito de um médico que viveu no Rio de Janeiro no início desse século), no livro "Evolução em Dois Mundos", capítulo intitulado "Predisposições Mórbidas", nos mostra as consequências do remorso que gera anomalias muito grandes no corpo físico e explica:
    "A recordação dessa ou daquela falta grave que fica calcada no espírito sem que tenha tido oportunidade de desabafo ou corrigenda, cria na mente um estado anormal que classificamos de "zona de remorso", provocando distonias diversas de uma encarnação para outra."
     Dr. Jorge Andréa (médico psiquiatra), no livro "Psicologia Espírita I", aborda a temática do deficiente mental no capítulo "Dinâmica Espiritual do Excepcional", mostrando participação do espírito na formação do seu próprio corpo, e diz: "Os genes cromossomiais responsáveis pelos fatores da herança teriam em seu íntimo as influências das vértices do psiquismo profundo a comandar, orientar e ditar normas no mecanismo da vida".
     Vemos então a influência enorme da consciência do reencarnante modelando seu próprio corpo, influenciando nos genes da hereditariedade. Outro ponto importante é quando Dr. Jorge Andréa diz: "O espírito reencarnante com suas deficiências, buscando a futura mãe, sintoniza, afiniza-se mais facilmente com as células sexuais que carregam deficiências e desajustes com suas estruturas íntimas; isto é um aproveitamento da lei de Deus para que o espírito não escape ao seu destino doloroso, mas necessário".
     Deficiência mental não pode ser traduzida como um acaso biológico. Em "Evolução em Dois Mundos", capítulo sete, diz-nos André Luiz: "No ser em formação toda permuta entre os cromossomos é presidida por agentes magnéticos ordinários (lei de hereditariedade) ou extraordinários (pela intenção dos Organizadores Espirituais do Progresso). Em razão disso e atendendo-se aos objetivos finalistas do Universo, não será possível esquecer o plano Divino, quando se trata de qualquer intenção mais profunda da Genética, ainda que isso contrarie aos cultores da ciência materialista".
     O acompanhamento fraterno e o apoio moral das pessoas que convivem com o deficiente mental, é fator muito importante no seu reajustamento.

Bibliografia:
Kardec, Allan - Livro dos Espíritos 1857

André Luiz - psicografia Francisco C. Xavier - Missionários da Luz, No  Mundo Maior e Evolução em Dois Mundos.

22.7.17

O GADARENO

Ao avistar o Mestre Nazareno
Sem que, ao menos, soubesse Ele quem era,
Conhecido possesso gadareno,
Pôs-se a gritar, transfigurado em fera...

Mas, o Cristo de olhar sempre sereno,
Sem se exaltar como o jamais fizera,
Pergunta-lhe, com a voz em tom ameno,
Na provação cruel que o encarcera:

- Qual é o seu nome?! Diz-me, meu irmão...
- O meu nome, Senhor, é “legião”!... -
Responde o infeliz que tresloucara...

E ordenando aos espíritos imundos
Descessem aos abismos mais profundos,
Jesus liberta o homem de Gadara!...

Olavo Bilac

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 8 de julho de 2017, em Uberaba – MG).

21.7.17

CONVITE AO DEVER

    "Sede, pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial."  (Mateus: 5-48)

    Como diretriz de segurança; qual dínamo pulsor do progresso, semelhante a resistência contra os desequilíbrios, o dever se encontra insculpido como fator preponderante em todo ser que pensa.
    Desnatura-lo ao suborno da ilusão, conspurcá-lo em face de injunções constritoras, desconsiderá-lo ao império da anarquia é descer psiquicamente aos sub-niveis da humanização. . ...
    Desertam homens porque lhes faltam os implementos da coragem, estimulados, dizem, pela preponderância da perturbação que grassa generalizada.
    Angustiam-se outros, descoroçoados ante a vitória do desvalor e da astúcia contemplando os insucessos contínuos da honra e da honestidade.
    Esmorecem os menos temperados na forja da fé porque fatores negativos da distrofia social se sobrepõem aos lídimos esforços da abnegação. . .
    Equívocos, porém, não constituem regra; sempre são exceções às normas da mesma forma que as sombras não podem construir realidades, graças à própria essência de que se vitalizam.
    O dever, inerente a todos os homens, é manifestação da Divina Lei, consubstanciando os objetivos da vida inteligente na Terra.
    "O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas a ama as criaturas mais de que a si mesmo."
    Mesmo que na aparência estejas no lado errado, desincumbindo-te dos deveres que te dizem respeito, não te aflijas. Consciência é presença que ninguém conseguirá despojar-se.
    Não importa que os outros desconheçam os erros que hajas cometido ou as ações nobres praticadas. . ... o essencial é que o saibas.
    O engano passa, mas o dever retamente exercido fica.
    A bruma se dilui, enquanto permanecem, a claridade e o sol como estados naturais da vida.
    Descontrai-te, portanto, e atende aos teus deveres morais, atuante na comunidade em que vives com a alegria do semeador que antevê na semente submissa a glória do campo coroado de novos e abundantes grãos.



Livro: Convites da Vida - Divaldo P Franco- Joanna de Ângelis

20.7.17

CONVITE À PACIÊNCIA

    Antiga lenda nórdica narra que alguém perguntou a um sábio como poderia ele explicar a eternidade do tempo e do espaço.
    O missionário meditou, e apontando colossal montanha de granito que desafiava as alturas, respondeu com simplicidade: "Suponhamos que uma avezinha se proponha a desbastar a rocha imponente, paulatina, insistentemente, atritando o bico de encontro à pedra. Quando houver destruído tudo, estará apenas iniciando a eternidade..."
    A paciência é o fator que representa, de maneira mais eficiente, o equilíbrio do homem que se candidata a qualquer mister.
    Fácil é o entusiasmo do primeiro impulso, comum é o desencanto da terceira hora.
    A paciência é a medida metódica e eficaz que ensina a produzir no momento exato a tarefa correta.
    Diante do que devemos fazer, não poucas vezes somos acionados pelos implementos da precipitação.
    Frente às tarefas acumuladas e aos problemas, indispensável façamos demorado exame e cuidada reflexão antes de apressar atitudes.
       Precipitação traduz desarmonia, perturbação, com agravante desconsideração ao tempo.
       A paciência significa autoconfiança.
       A pirâmide se ergueu bloco a bloco.
       As construções grandiosas resultaram da colocação de peça sobre peça.
       As gigantescas sequóias se desenvolveram célula a célula.
       O que hoje não consigas, perseverando com dignidade e paciência, lograrás amanhã.
       Paciência não quer dizer amolentamento, mas dinâmica eficiente e nobre de produzir diante dos deveres que nos competem desdobrar.
       Ao lado de alguém que nos subestima - paciência.
       Entre as dores que nos chegam - paciência.
       Ante o rebelde que nos atormenta - paciência.
       O tempo é mestre eficiente que a todos ensina, no momento próprio, com a lição exata plasmando o de que cada um necessita a benefício de si mesmo.
       Jesus, acompanhando e inspirando o progresso da Terra, pacientemente espera que o homem se volte para Ele, a fim de que, encarregado da nossa felicidade, possa dirigir-nos pelo caminho que leva a Deus. Em qualquer circunstância, pois, paz e paciência para o êxito do empreendimento encetado.


Livro: Convites da Vida - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis

19.7.17

O SIGNIFICADO DOS SONHOS

Questão 404 do Livro dos Espíritos

Que se deve pensar sobre os sonhos? Muita coisa tem relação com os sonhos, que nada mais é que o Espírito se libertar um pouco da prisão corpórea e ver, ouvir, e sentir a vida espiritual. As interpretações descabidas, dos sonhos e visões devem ficar no esquecimento, porque somente a verdade ficará de pé.
Os sonhos nada mais são, já o dissemos, que a vivência do Espírito em parcial liberdade, no descanso do fardo físico. Ele passeia e aprende na grande escola espiritual; recolhe aqui e ali lições valiosas, de modo que a sua vida vai mudando e seu conceito em relação ao bem e o mal passa a se modificar. Sendo que ninguém regride, avançamos, pois, em cada período que dormimos, tanto no plano espiritual quanto no plano físico.
Interpretar os sonhos tal como eles se apresentam, é incorrer em erro, pois as suas variações são diversas no cômputo das ocorrências. Está chegando a hora dos sonhos se aperfeiçoarem, e passarem a ser a realidade sem interpretações, porque a luz já se fará no seu próprio decorrer.
Por enquanto, a Doutrina dos Espíritos tem maior capacidade de revelar o desconhecido para a humanidade, porque não se baseia no interesse individual e material. Vejamos a vida dos verdadeiros santos e profetas, na sua lucidez cristã: os seus primeiros passos foram no desprendimento, renunciando aos bens terrenos. O resto fica mais fácil para ser dominado. Compreende-se que a vida feliz é aquela onde o coração não fica preso às coisas passageiras, limitando-se o seu uso ao necessário nos caminhos da vida.
Mesmo o Espírito mais livre pelo sonho, no mundo espiritual, nem sempre se encontra frente a frente com o acontecido; a alma pode estar vendo e mesmo ouvindo coisas, tendo uma visão à distância. É por isso que o sonho é bastante engenhoso para ser desvendado. Mesmo quando se encontra uma imaginação fértil, ela pode ser intuição da realidade, lembranças no silêncio da consciência de sonhos que tivera.., O nada não existe em parte alguma; existem sempre sinais da verdade em tudo o que se passa conosco. Compreende-se que a vida esplende dentro e fora de nós, mas nunca fora de Deus.
Pensemos nos sonhos e busquemos sua perfeição; há várias modalidades de elevação dos sonhos, que com o tempo se poderá descobrir. Sonhos e visões, na urdidura dos homens que desconhecem a verdade, servem para o comércio ilícito, e podem desorientar muitas criaturas, que estorquem o salário do pobre para o iludir, plantam ventos e colhem tempestades que os fazem sofrer, mais tarde, as mesmas carências do que fazem carecer.
Existe também a mediunidade em função nos sonhos; essa capacidade mediúnica pode muito fazer, para o bem da humanidade: visitar e curar enfermos, consolar e amparar os tristes, levantar caídos, e mesmo trabalhar para retirar das trevas irmãos prontos para entender e começar a aprender as primeiras lições de servir.
Que Jesus abençoe todos nós, em todos os sentidos dos sonhos e visões, para que a luz se acenda em nossos corações, fonte de amor, para que a caridade seja um todo em nossos corações.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

18.7.17

AMOR - Perdão V

         340 –Perdão e esquecimento devem significar a mesma coisa?
         -Para a convenção do mundo, o perdão significa renunciar à vingança, sem que o ofendido precise olvidar plenamente a falta do seu irmão; entretanto, para o espírito evangelizado, perdão e esquecimento devem caminhar juntos, embora prevaleça para todos os instantes da existência a necessidade de oração e vigilância.
         Aliás, a própria lei da reencarnação nos ensina que só o esquecimento do passado pode preparar a alvorada da redenção.
       
         341 –Os Espíritos de nossa convivência, na Terra, e que partem para o Além, sem experimentar a luz do perdão, podem sofrer com as nossas opiniões acusatórias, relativamente aos atos de sua vida?

         -A entidade desencarnada, muito sofre com o juízo ingrato ou precipitado que, a seu respeito, se formula no mundo.
         Imaginai-vos recebendo o julgamento de um irmão de humanidade e avaliai como desejaríeis a lembrança daquilo que possuís de bom, a fim de que o mal não prevaleça em vossa estrada, sufocando-vos as melhores esperanças de regeneração.
         Em lembrando aquele que vos precedeu no túmulo, tende compaixão dos que erraram e sede fraternos.
         Rememorar o bem é dar vida à felicidade. Esquecer o erro é exterminar o mal. Além de tudo, não devemos esquecer de que seremos julgados pela mesma medida com que julgarmos.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

17.7.17

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – XVII

No capítulo 27 – “O trabalho, enfim” –, de “Nosso Lar”, obra sobre a qual, na companhia de nossos irmãos e irmãs internautas, estamos refletindo, André Luiz descreve a situação da maioria dos internos nas “Câmaras de Retificação”, que, sem dúvida, quase que corresponde às regiões purgatoriais da Igreja Católica. (“Retificar” significa “corrigir”, “consertar”, etc.)
Muitas missões de resgate partem de “Nosso Lar”, com espíritos voluntários percorrendo as regiões mais obscuras, ou periféricas do denominado “Umbral”. Nada a estranhar, de vez que, na Terra, por exemplo, conhece-se o abnegado trabalho da organização internacional chamada “Médicos Sem Fronteiras”, formada por profissionais que, inclusive, se expõem a inúmeros perigos para levar socorro aos carentes. Em “Nosso Lar”, digamos, o “Médicos Sem Fronteiras” é chamado de “Samaritanos”. Além de assistência médica, o grupo “Samaritanos”, semelhante a “Médicos Sem Fronteiras”, não é formado apenas por médicos, mas também por profissionais da área de nutrição, etc, providenciam alimentos e roupas aos recém-desencarnados.
Curioso que, enquanto percorria as “Câmaras de Retificação”, André descreve a crise de um interno de nome Ribeiro, que, além do desequilíbrio próprio, estava, no Mundo Espiritual, registrando a perturbação de alguns de seus familiares encarnados, agravando a sua situação. Narcisa, que ali prestava serviços esclareceu a Tobias: “Hoje, muito cedo, ele se ausentou sem consentimento nosso, a correr desabaladamente.” Impressionante, não?! Para onde, o pobre Ribeiro pretendia correr?! Como poderia ele, na condição de desencarnado, alcançar o seu antigo lar terrestre?!
André, ainda, não deixa de registrar algo interessante aos nossos estudos e reflexões: “Seguimos através de numerosas filas de camas bem cuidadas, sentindo a desagradável exalação ambiente, oriunda, como vim a saber mais tarde, das emanações mentais dos que ali se congregavam, com as dolorosas impressões da morte física e, muita vez, sob o império de baixos pensamentos.” Realmente, o pensamento possui odor, e, não raro, extremamente desagradável... Esses “odores” do pensamento, por vezes, podem se tornar perceptíveis entre os próprios encarnados, tenham eles, para tanto, sensibilidade psíquica, ou não. Todavia, necessitamos informar que o perispírito enfermo, ou sem os cuidados higiênicos necessários, qual ocorre ao corpo físico, igualmente pode exalar odores característicos.
Tobias, em diálogo com André Luiz, que, a cada passo, se surpreendia com a situação, esclareceu que aqueles espíritos, homens fora do corpo, em situação lastimável, eram “contrabandistas na vida eterna”. E explicou: “Acreditavam que as mercadorias propriamente terrestres teriam o mesmo valor nos planos do espírito. Supunham que o prazer criminoso, o poder do dinheiro, a revolta contra a lei e a imposição dos caprichos atravessariam as fronteiras do túmulo e vigorariam aqui também, oferecendo-lhes ensejos a disparates novos. Esqueceram de cambiar as posses materiais em créditos espirituais. Não aprenderam as mais simples operações de câmbio do mundo.” De fato, quem saia do Brasil, em visita a Europa, sem permutar reais por euros... – Até o idioma necessita ser cambiado! Os valores propriamente terrestres, nos Planos Mais Altos, valem muito menos que pó!...
E Tobias, arrematou: “Temos os milionários das sensações físicas transformados em mendigos da alma.”
Digo-lhes que, por tal motivo, a grande maioria dos desencarnados não consegue se ausentar da psicosfera mais próxima ao planeta, continuando a viver não na condição de desencarnados de fato, mas na de semi-encarnados – eles nem sequer conseguiriam respirar em atmosfera mais rarefeita!
Tobias, anteriormente, falando com André Luiz sobre a situação daqueles homens e mulheres fora do corpo, internados nas “Câmaras de Retificação”, esclareceu: “Lembre, meu irmão, que estes doentes estão atendidos, que já se retiraram do Umbral, onde tantas armadilhas aguardam os imprevidentes descuidosos de si mesmos.”
Perguntamos, então:
- Que espécie de “armadilhas”?!...
- “Armadilhas” preparadas por quem?!...
- “Alguém” poderia lhes fazer algum tipo de mal no “Umbral” mais grosso?! Como?! De que jeito?!...
- Podemos considerar o “Umbral Grosso” como submundo?! – submundo da delinquência humana, que prossegue ativa além da morte do corpo?!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 17 de julho de 2017. – Blog Mediunidade na Internet.

16.7.17

Conhecer-se a si mesmo

O que se opõe, frequentemente, a que vos corrijais de um defeito, de vício, seguramente, é porque não vos apercebeis mesmo que o tendes. Ao passo que vedes os menores defeitos de vosso vizinho, de vosso irmão, não desconfiais mesmo que tendes os mesmos defeitos, talvez cem vezes maiores que os deles. Isso não é senão uma consequência do orgulho que vos leva, como todos os seres imperfeitos, a não encontrar nada de bem senão em vós. Deveríeis vos considerar um pouco como se isso não fosse vós. Figurai-vos, por exemplo, que o que fizestes ao vosso irmão, foi o vosso irmão que vos fez; colocai-vos em seu lugar, que faríeis? Respondei sem dissimulação, porque creio que quereis a verdade. Fazendo isto, estou seguro que encontrareis, frequentemente, os defeitos que não vos apercebíeis antes. Sede franco convosco mesmos; dai um pouco conhecimento ao vosso caráter, mas não o estragueis, porque as crianças que se estragam se tornam, frequentemente, muito más, e aqueles que as estragam são os primeiros a lhes sentir o efeito. Retornai um pouco o alforje onde estão colocados os vossos defeitos e os de outrem; colocai o vosso adiante e os de outrem para trás, o olhai bem se isso não vos faz abaixar a cabeça, quando tiverdes essa carga à frente.


Livro: Revista Espírita - 1863 - Allan Kardec - La Fontaine

15.7.17

CONTRADIÇÃO

- Que ninguém tenha medo de sofrer...
A morte não existe! É covardia
Choramingar no leito de agonia,
No instante crucial do “vamos ver”...

Tenhamos fé! Não posso compreender
O espírita que reza todo dia,
Que, em vez de ser forte qual devia,
Dá vexame na hora de morrer...

Assim pregava o irmão Zeca Silveiro,
Quando sentindo mal estar ligeiro,
Leva a mão sobre o peito em grito agudo:

- Acudam, minha gente! Eu sei que morro...
A morte não existe, mas socorro...
Eu não quero morrer e largar tudo!...

CORNÉLIO PIRES

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na tarde de sábado do dia 8 de outubro de 1994, em Uberaba – MG).

14.7.17

Confia Sempre

Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.
Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo.
Crê e trabalha.
Esforça-te no bem e espera com paciência.
Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecera
De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.
Eleva, pois, o teu olhar e caminha.
Luta e serve. Aprende e adianta-te.
Brilha a alvorada além da noite.
Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte...
Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.


Francisco C. Xavier - Meimei

13.7.17

COMUNHÃO DE PENSAMENTO

    "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas; pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve." (Mateus, XI, 29-30.)
    "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que por meio da sua palavra hão de crer em mim; a fim de que todos sejam um, e que, como tu, Pai, és um em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho dado a glória que tu me tens dado, para que sejam um como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que sejam aperfeiçoados em um." (João, XVII, 20-23.)
    "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim." (João, XIV 6)

    Comunhão vem do latim communio, que quer dizer, "sociedade, participação mútua", e, segundo Cícero, "parentesco, relações comuns de opiniões e crenças".
    Pensamento é ato particular do Espírito, ou uma operação de inteligência.
    Comunhão de pensamento é, portanto, participação do Espírito.
    Comungar vem da palavra communicare, "comunicar, conversar, participar, corresponder-se".
    O Pe. Manuel Bernardes diz:
    "A confiança com que os santos da Terra se "comunicam com os santos do Céu."
    Garret diz: "Comungava silenciosamente comigo nestas graves meditações."
    Comungar em pensamento é Ter o mesmo modo de pensar: a mesma crença religiosa, científica, política ou literária.
    Os homens de ciência têm a sua exegese implacável; os literatos estão sujeitos a certas e determinadas regras; os políticos têm a sua comunhão exclusivista, e o sectarismo religioso a sua comunhão de pensamento intolerante, como se depara em nossos dias.
    Mas o homem verdadeiramente religioso, discípulo de Jesus, deve comungar em pensamento com seu Mestre.
    Por isso é que o nazareno assim se expressou: "Aprendei de mim que sou humilde e manso de coração; tomai o meu jugo e o meu fardo; sede um comigo, assim como eu sou um com o Pai celestial: eu sou o caminho, a verdade e a vida; só por mim ireis ao Pai."
    Se comungamos em pensamento com Jesus, estamos na caridade, Deus Caritas est, e Deus nos dá a graça da sabedoria do Céu.
    Para que comunguemos com os homens, em pensamento, é preciso que os homens comunguem em pensamento com Jesus.
    Só em Jesus encontramos a força para domar as nossas paixões, só ele tem a verdade que esclarece, a vida que alimenta; só nele vemos o caminho que nos conduz a Deus.
    E para comungar em pensamento com Jesus é preciso estudar seus ensinamentos e pôr em prática suas ordenações.
    A humildade, o estudo, o trabalho, o raciocínio, a boa vontade, a prece, são os elementos indispensáveis para chegarmos ao Mestre e com ele aprendermos a ser humildes e mansos de coração, para podermos desvendar as maravilhas da vida eterna!


Livro:  Parábolas e Ensinos de Jesus - Cairbar Schutel

12.7.17

LEMBRANÇAS DE SONHOS

Questão 403 do Livro dos Espíritos

A alma, no seu estado mais livre, durante o sono, nem sempre pode trazer tudo o que vê e ouve para a matéria. Quando o Espírito volta ao corpo, ocorre uma espécie de filtragem na lembrança do que ocorreu no mundo espiritual. Esses acontecimentos não são apagados da memória, visto que, pela lei, nada se perde. Entretanto, eles ficam gravados no fundo da consciência, vindo à tona quando necessário, manifestando-se como lições ou testes para o Espírito.
Se nos lembrássemos de todo o ocorrido no mundo dos sonhos, a mente não iria suportar essa carga além das suas forças e perturbaria a vida na matéria. A natureza sabe moderar os acontecimentos: se sonhamos com boas companhias em planos elevados, e se isso pudesse repetir sempre, certamente que o corpo físico iria definhando até falecer, porque o instinto de todos nós é buscar o melhor. Se somente sonhássemos com as trevas, ficaríamos muito apegados às coisas materiais, no entanto, isso é o que acontece mais frequentemente. É preciso contrabalançar, para que possamos entrar no equilíbrio espiritual.
O corpo tem grandes necessidades de repouso e o Espírito saí em busca de novas forças, que tem com abundância no mundo espiritual. Assim como acontece com os humanos, que saem para trabalhar fora, em busca de recursos para a família, o Espírito sai pelas portas do sono para granjear energias superiores, no comando da sua mente, trazendo-as para o corpo, de modo que ele se abastece e fortalece para as lutas diárias.
No futuro, quando a matéria “esquecer” a sua densidade, o Espírito, sendo mais elevado, poderá trazer quase toda a impressão do mundo espiritual para a vida física, sem perda das suas atividades. Como dissemos, não nos lembramos mais dos sonhos para que esses não atrapalhem a vida na Terra; fica apenas alguma coisa de necessário, alguma interrogação sobre a vida do Espírito. A verdade não precisa de muito discurso sobre ela; basta um pingo do alfabeto para que se compreenda os objetivos da sua missão de despertamento do Espírito.
Não fiquemos concentrados buscando nos lembrar dos sonhos, não gastemos energias para o que deve ficar escondido; quando menos esperarmos, ele aparecerá sem que se gaste tempo em procurá-lo nos escaninhos da alma. Sejamos moderados em nossas buscas; primeiramente, busquemos entender os preceitos de uma vida reta, para que a conduta não seja torta, desentulhando as coisas más, guardadas na consciência; façamos, se possível, uma limpeza, retirando o lixo das coisas imprestáveis e queimando no fogo do amor, para que possamos nos sentir livres, para o voo divino, na sublime área reservada para a felicidade.
Imaginemos se fôssemos nos lembrar de todos os sonhos que se passaram em nossa mente durante seis ou mesmo oito horas de descanso do corpo! E as oito horas que devemos trabalhar, como ficariam? A natureza é comedida em tudo o que existe; ela não se esquece de filtrar as recordações, deixando somente o que precisamos para a alegria ou para as lições. Para vivenciarmos sonhos melhores, preparemos nossas mentes, limpemos nossos pensamentos indesejados, vibrando somente no amor e na caridade. Não nos esqueçamos a leitura sadia ao deitar, que isso ajuda muito na saída para o mundo espiritual.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

11.7.17

AMOR - Perdão IV

         338 –Por que teria Jesus aconselhado perdoar “setenta vezes sete”?
         -A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos, e aquele que se sinta ofendido por alguém, não deve esquecer que ele próprio pode também errar setenta vezes sete.
       
         339 –Em se falando de perdão, poderemos ser esclarecidos quanto à natureza do ódio?
         -O ódio pode traduzir-se nas chamadas aversões instintivas, dentro das quais há muito de animalidade, que cada homem alijará de si, com os valores da autoeducação, a fim de que o seu entendimento seja elevado a uma condição superior.
         Todavia, na maior parte das vezes, o ódio é o gérmem do amor que foi sufocado e desvirtuado por um coração sem Evangelho. As grandes expressões afetivas convertidas nas paixões desorientadas, sem compreensão legítima do amor sublime, incendeiam-se no íntimo, por vezes, no instante das tempestades morais da vida, deixando atrás de si as expressões amargas do ódio, como carvões que enegrecem a alma.
         Só a evangelização do homem espiritual poderá conduzir as criaturas a um plano superior de compreensão, de modo a que jamais as energias afetivas se convertam em forças destruidoras do coração.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

10.7.17

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – XVI

Para estudar e aprender, ninguém deve ter pressa – não raro, apenas uma única verdade que se apreende amplia-nos, significativamente, os horizontes da compreensão. Aqui, também, pode ser aplicada a lição de Jesus, quando ensina: “Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância...”
No capítulo 26, intitulado “Novas Perspectivas” –, do livro “Nosso Lar” –, ao qual já nos referimos anteriormente, em seu último paragrafo, André Luiz anotou: “As Câmaras de Retificação estão localizadas nas vizinhanças do Umbral. Os necessitados que aí se reúnem não toleram as luzes, nem a atmosfera de cima, nos primeiros tempos de moradia em ‘Nosso Lar’.”
As chamadas “Câmaras de Retificação”, conforme o autor espiritual esclarece no próximo capítulo, o de número 27, constituem um verdadeiro hospital: “Era uma série de câmaras vastas, ligadas entre si e repletas de verdadeiros despojos humanos.” Pertencentes ao Ministério da Regeneração, as “Câmaras” nada mais eram – como nada mais são! – que extensos pavilhões abrigando centenas e centenas de enfermos do espírito, recém-desencarnados.
O Ministério da Regeneração, segundo explicações de Lísias a André Luiz, é aquele que mais se liga à Crosta Terrestre, ficando logo abaixo, “hierarquicamente”, do Ministério do Auxílio. Veneranda, à época, era um dos doze ministros do Ministério da Regeneração. André Luiz, ao ser “resgatado do Umbral”, foi diretamente acolhido no Ministério do Auxílio, onde, hospitalizado, passou a ser tratado pelo Dr. Henrique de Luna. Clarêncio era Ministro do Auxílio.
Mas, o que pretendemos em nosso presente arrazoado é procurar entender a palavra de Tobias a André, quando o convida a “descer”, a fim de visitar as “Câmaras de Retificação”: “Depois de extensos corredores, deparou-se-nos vastíssima escadaria, comunicando com os pavimentos inferiores.” – construídos, por assim dizer, no “subsolo” do Mundo Espiritual!
Cotejando capítulos, depreende-se, das narrativas de André, que a cidade de “Nosso Lar” não é uma cidade exatamente “plana”, que exista sem qualquer ligação geográfica, ou territorial, com os Planos Inferiores do Mundo Espiritual, ou, em outras palavras, sem qualquer ligação com o denominado “Umbral Grosso”.
“Nosso Lar”, embora localizada em região superior, é uma “cidade umbralina” – assim como a Terra não possui topografia homogênea, possuindo uma imensa variação, inclusive, climática, e de fertilidade de seu solo, o Mundo Espiritual imediato, que é um Planeta, é constituído por territórios mais um menos acidentados. Sobre a Terra, embora a beleza de regiões que nos parecem inóspitas, como comparar-se, no Brasil, por exemplo, as caatingas do semiárido nordestino com os vales férteis existentes nos Estados do Sul?! Quanta diversidade entre a Antártida, o Saara e a Amazônia! Podemos dizer que se o Umbral fosse a Terra, o denominado “Umbral Grosso” seria no “Saara”, localizado no norte da África – o segundo maior “deserto” do mundo, embora de gelo, é a Antártida, com catorze milhões de quilômetros quadrados!
Bem, continuemos.
André Luiz, ao escrever “Nosso Lar”, necessitou lançar mão de certos expedientes literários, pois, caso contrário, teria fugido ao objetivo de nos transmitir – à época, não se esqueçam, eu me encontrava encarnado na Terra –, apenas e tão somente informações iniciais (e, depois de 160 anos da Codificação, continuam apenas iniciais) a respeito da Vida no Mundo Espiritual! Então, os “extensos corredores” que, na companhia de Tobias, ele percorreu, e os “vastíssima escadaria” que desceu, são, em verdade, mais que “corredores” e “escadarias” – tal distância não poderia ter sido cumprida a pé!
Em nossos próximos estudos, pretendemos prosseguir explorando a questão da topografia do Mundo, ou Planeta Espiritual. Se a Terra possui uma área de 510.100.000 km², digo-lhes que, com uma população bem maior, o Umbral, incluindo todas as suas sub-Dimensões, ocupa uma área, aproximada, de 1.500.000.000 km². Aliás, temos uma proposta: que tal mudarmos o nome de “Umbral”, com o qual, genericamente, se denomina todo o Mundo Espiritual mais próximo?! Que nome pouco simpático – “Umbral”! Não, não somos nós, os desencarnados, habitantes do “Umbral” – somos habitantes da Terra Espiritual! Vamos deixar o termo “Umbral” apenas para designar a sub-Dimensão, na qual, rente à Crosta, respiram milhões de recém-desencarnados?! O “Umbral” é por aí mesmo, nas vizinhanças da Crosta, e não por aqui! Afinal, “umbral” significa apenas “limiar” – não se traduz por espaço a ser, anteriormente ou posteriormente, ocupado. “Umbral” é fronteira – não é país, e muito menos planeta! Quem não concordar com a nossa proposta, agradecemos caso tenha a bondade de nos apresentar outra. “Umbral” está mais para “Purgatório”, do que para Mundo Espiritual!...


INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet