28.9.11

EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRIRTISMO

     Este livro foi publicado, inicialmente, com o título de Imitação do Evangelho. Kardec explica o seguinte: "Mais tarde, por força das observações reiteradas do Sr. Didier e de outras pessoas, mudei-o para Evangelho Segundo o EspiritismoTrata-se do desenvolvimento dos tópicos religiosos de O Livro dos Espíritos, e representa um manual de aplicação moral do Espiritismo.
A 9 de agosto de 1863, Kardec recebeu uma comunicação dos seus Guias, sobre a elaboração deste livro. A comunicação assinalava o seguinte: “Esse livro de doutrina terá influência considerável, porque explana questões de interesse capital. Não somente o mundo religioso encontrará nele as máximas de que necessita, como as nações, em sua vida prática, dele haurirão instruções excelentes. Fizeste bem ao enfrentar as questões de elevada moral prática, do ponto de vista dos interesses gerais, dos interesses sociais e dos interesses religiosos”.
Em comunicação posterior, a 14 de setembro de 1863, declaravam os Guias de Kardec: “Nossa ação, principalmente a do Espírito da Verdade, é constante ao teu redor, e de tal maneira, que não a podes negar. Assim não entrarei em detalhes desnecessários, sobre o plano da tua obra, que, segundo os meus conselhos ocultos, modificaste tão ampla e completamente”. Logo adiante acentuavam: “Com esta obra, o edifício começa a libertar-se dos andaimes, e já podemos ver-lhe a cúpula a desenhar-se no horizonte”.
Estas comunicações, cuja leitura completa pode ser feita em Obras Póstumas, revelam-nos a importância fundamental de O Evangelho Segundo o Espiritismo, na Codificação Kardeciana. Enquanto O Livro dos Espíritos nos apresenta a Filosofia Espírita em sua inteireza e O Livro dos Médiuns, a Ciência Espírita em seu desenvolvimento, este livro nos oferece a base e o roteiro da Religião Espírita.
Livro de cabeceira, de leitura diária obrigatória, de leitura preparatória de reuniões doutrinárias, deve ser encarado também como livro de estudo, para melhor compreensão da Doutrina. A comunicação do Espírito da Verdade, colocada como prefácio, deve ser lida atentamente pelos estudiosos, pois cada uma de suas frases tem um sentido mais profundo do que parece à primeira leitura.
A Introdução e o Capítulo I constituem verdadeiro estudo sobre a natureza, o sentido e a finalidade do Espiritismo. Devem ser estudados atenciosamente, e não apenas lidos. Formam uma peça de grande valor para a verdadeira compreensão da Doutrina.

1.9.11

VIAGEM ESPÍRITA EM 1862


Viagem Espírita em 1862
Um tesouro quase desconhecido


Nos anos de 1860, 1861, 1862, 1864 e 1867, Allan Kardec deslocou-se da capital francesa para visitar algumas cidades do interior da França e da Bélgica. Suas impressões sobre essas viagens, a riqueza de suas observações sobre a popularização do Espiritismo em sua época, as instruções que deu aos diversos grupos constituem este livro admirável, que mostra, a personalidade firme e fraterna do Codificador do Espiritismo, a sabedoria de suas palavras e a generosidade de suas atitudes
Intitulado "Viagem Espírita em 1862", ano em que Allan Kardec visitou mais de vinte cidades, participou de cerca de cinquenta reuniões, atendendo a um convite subscrito por quinhentos espíritas da cidade de Lyon _ França, o estudioso do Espiritismo encontrará valorosos e oportunos ensinos do Codificador.
Embora o destaque tenha sido para o ano de 1862, Kardec fez sua primeira viagem a serviço da difusão do Espiritismo no ano de 1860, quando visitou Lyon e algumas outras cidades que faziam parte do percurso.
O Codificador, sob cujos ombros repousava a total responsabilidade pelas orientações ao Movimento Espírita iniciante, não poupou esforços para esclarecer e orientar os trabalhadores dos diversos recantos da França.
Nesses seus ditos e feitos há muitas preciosidades que podem bem servir para aqueles trabalhadores espíritas da atualidade que desejam nortear suas atividades pelas diretrizes seguras do Mestre lionês.
Era outono de 1862...
O Codificador, com o zelo que lhe era peculiar, preparou as malas e os materiais que levaria na extensa viagem de seis semanas... e partiu sozinho, deixando para trás a cidade de Paris envolta em cinzentas brumas.
Ao outono sucedeu o inverno... mas, a chuva, o frio e a neve não foram empecilhos para o grande missionário que tinha como objetivo levar o calor do seu aperto de mão aos lidadores da província francesa.
"A `Viagem Espírita em 1862' é um livro em que, de singular maneira, o `homem' Allan Kardec se nos revela com sua consciência histórica e, em súbitos clarões, permite que o vejamos bem próximo de nós, o ser que já realizou o que intentamos, isto é, a substancial reforma interior que, só ela, possibilita a mágica interação: a criatura vivendo no Espiritismo, o Espiritismo vivendo na criatura." *

* Wallace Leal V. Rodrigues, Viagem Espírita em 1862, Prefácio do Tradutor