28.2.22


 

CARNAVAL

Plenamente cientes de que a encarnação na Terra não é uma colônia de férias, mas um estágio de aprendizado e crescimento espiritual, os Espíritos Superiores, em diversas oportunidades, tem revelado a real face do carnaval.
Mostram eles que, apesar de ser uma festa popular, presente ainda, embora de forma declinante, na cultura brasileira, o carnaval, nem por isso, deixa de ser um poderoso gerador de energias deletérias, capazes de contaminar até mesmo os que nele tomam parte sem sentido outro que não o da simples diversão. Os Espíritos amigos mostram também como os dias de Momo atraem, das regiões mais obscuras do mundo espiritual, entidades enfermas, vinculadas à sexolatria e a diversos outros tipos de desequilíbrio, as quais vêm à Terra na ânsia de vampirizar os que se deixam envolver por suas sugestões inferiores.
Entre algumas dessas mensagens amigas vale destacar aqui, como exemplo, uma de Emmanuel, psicografada por Chico Xavier em julho de 1939, publicada na revista "Reformador", da Federação Espírita Brasileira, de fevereiro de 1987:
"Nenhum espírito equilibrado em face do bom-senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências nas festas carnavalescas".
É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização. Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.
Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.
Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.
Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos na assistência social aos necessitados de pão e de carinho.
Ao lado dos mascarados da pseudoalegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem?
Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opiniões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.
É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloquente atestado de sua miséria moral."
Revista SEI 2174 

27.2.22


 

 Livre Arbítrio e...
“Se Vira nos 30”...
“E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou, porque nele descansou de toda obra que, como Criador, fizera.” – Gênesis – cap. 2 – v. 3
Em um esforço de interpretação, esforço redobrado para não extrapolar, pode-se subentender que, a partir do sétimo dia, o Criador nada mais criou, porque a Sua Criação infinita passou a recriar a si mesma, tendo o homem, então, se investido no papel de co-Criador, trabalhando no aperfeiçoamento da Obra Divina...
Evidentemente que, a Criação não se estabeleceu regida pelo caos, mas, sim, por Leis, inalteráveis, que vigem em todo o Universo, coordenando a evolução de tudo...
Essas Leis, expressão máxima do Pensamento do Criador, reagem segundo as ações que lhes são apresentadas, sendo, portanto, lícito, deduzir que, através de seu livre arbítrio, os homens, os seres inteligentes da Criação, as colocam em funcionamento...
Sintetizando: Deus agiu no princípio, criando pela Sua vontade, e, agora, reage às mínimas ações humanas, e não somente às ações humanas, mas, igualmente, ao mais ínfimo movimento da menor parte do todo de Sua criação...
Ao seu mais discreto suspiro, o que implica em intenção e atitude, os homens fazem com que as Leis que presidem o equilíbrio do Universo reajam, em seu apoio ou desapoio, sob a tutela da inexorável Lei de Causa e Efeito, ou de Ação e Reação...
O que muitos chamam de Intervenção Divina, sobre o indivíduo ou sobre a coletividade, nada mais é que o resultado da ação consciente do espírito ou do inconsciente da denominada “alma do mundo”, em resposta à sua liberdade de escolha.
Pode-se afirmar que todos os acontecimentos são “preparados”, ou “projetados” com antecedência, por vezes, de séculos, com os seus elementos necessários se “alinhando” para tanto...
Claro, todavia, que, dependendo das forças em movimento, certas reações surgem quase de imediato, porquanto as Leis da Criação não permanecem apáticas ao menor desequilíbrio que lhes constitui ameaça à integridade...
Assim, pela alavanca de seu livre arbítrio – quanto mais consciente mais determinante – cada criatura humana traça o próprio destino, que, inexoravelmente, ipsis literis, se cumprirá, a menos que ela mesma possa nele incluir “ingredientes” que lhe efetue alterações, suavizando-o ou agravando-o...
Foi neste sentido que os Espíritos Superiores disseram a Kardec que, em geral, os espíritos, mesmo os considerados “elementais”, são agentes da Vontade Divina, ou da Natureza...
Temos, pois, através de nossos estudos e reflexões, chegado à conclusão que a evolução do espírito, metaforicamente, é um autêntico “se vira nos 30”...
Caso queiramos que coisas boas nos aconteçam – boas em essência para o nosso aperfeiçoamento, não excluindo, portanto, experiências de dor –, procuremos ser bons, convictos de que haveremos de colher o que plantarmos...
Os espíritos mais ociosos, mais indiferentes ao seu progresso, ou ao progresso de tudo, a um simples levantar de dedo, ou piscar de olhos, já começam a sofrer as consequências das escolhas que fizeram ao piscar os olhos ou, simplesmente, levantarem o dedo, ou ainda ao se transfigurarem em pedras no caminho impedindo que o progresso aconteça, porque, na Criação, somente algo é impossível – a inércia!...
INÁCIO FERREIRA - Mediunidade na Inernet

26.2.22


 

SEGUE

Sofres, e o sofrimento te atordoa...
Choras, e o pranto é fel sobre o teu peito...
Contudo, por mais que a luta te doa,
Segue carpindo as urzes de teu eito...
 
No mundo, o tempo é pássaro que voa
Demando o porvir, claro e perfeito,
E a luz do Bem, alma fraterna e boa,
Dissolve as sombras do caminho estreito...
 
Não te encarceres às lamentações
De que maldiz as próprias provações...
Alguém te espera ao termo da jornada...
 
Esquece a dor profunda e marcha à frente,
Que depois desta vida, certamente,
Seguirás com Jesus por outra estrada!...
 
Auta de Souza - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião do dia 17 de Fevereiro de 1986, no recinto do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, em Uberaba – MG).

25.2.22

CAIRBAR SCHUTEL

Cairbar de Souza Schutel
22/09/1868, no Rio de Janeiro a 30/01/1938, em Matão
Farmacêutico, prefeito da Cidade de Matão e espírita.
CONVERSÃO AO ESPIRITISMO - Nascido em família católica, batizado aos 7 anos de idade, Cairbar Schutel cumpria suas obrigações perante a Igreja de Roma. Entretanto, já adulto e vivendo em Matão, passou a receber, em sonhos, a visita constante de seus falecidos pais, porque ele ficara órfão de ambos com menos de 10 anos de idade. Insatisfeito com as explicações de um padre para o fenômeno, Schutel procurou Quintiliano José Alves e Calixto Prado, que realizavam reuniões de práticas espíritas domésticas, logrando então entender a realidade do mundo extra-físico.
PARTICIPAÇÃO NO MOVIMENTO ESPÍRITA - Convertido ao Espiritismo, cuidou logo de legalizar o Grupo (hoje Centro) Espírita Amantes da Pobreza, cuja ata de instalação foi lavrada no dia 15/06/1905. Resolvido a difundir a Doutrina Espírita pelos quatro cantos do mundo, mesmo vivendo em uma pequena e modesta cidade no interior do Brasil, o "Bandeirante do Espiritismo", como ficou conhecido Cairbar Schutel, fundou o jornal "O Clarim" no dia 15/08/1905, e a RIE - Revista Internacional de Espiritismo no dia 15/02/1925, ambos circulando até hoje.
Além disso, o incansável arauto da Boa Nova, com todas as dificuldades da época e da região, viajava semanalmente até a cidade de Araraquara para proferir, aos domingos, as suas famosas 15 "Conferências Radiofônicas", pela Rádio Cultura de Araraquara (PRD - 4), no período de 1936 a 1937.
OBRAS - Escreveu, entre 1911 e 1937, vários livros:
O Espírito do Cristianismo;
Os Fatos Espíritas e as Forças X...;
Gênese da Alma;
Interpretação Sintética do Apocalipse;
Médiuns e Mediunidades;
Espiritismo e Materialismo;
Parábolas e Ensinos de Jesus;
Preces Espíritas;
Vida e Atos dos Apóstolos;
ESFORÇOS PARA PUBLICAÇÃO - Adquiriu máquinas, papel, tinta, cola e outros insumos para impressão, procurando escolher sempre material de primeira categoria. Desse esforço surgiu a Casa Editora O Clarim, que hoje emprega inúmeros funcionários em Matão, tendo publicado mais de cem títulos de obras de renomados autores, encarnados e desencarnados.
COMUNICAÇÃO MEDIÚNICA - Dizem algumas comunicações mediúnicas que o Espírito Cairbar Schutel está, no mundo espiritual, encarregado pela divulgação do Espiritismo na Terra; sendo confirmada tal informação, essa nobre tarefa está muito dirigida, porque o movimento espírita deve muito ao querido "Bandeirante do Espiritismo", assim como à sua digníssima esposa Dª. Maria Elvira da Silva Schutel, pois, como diz a sabedoria popular, ao lado de um grande homem há sempre uma grande mulher! 
 
Fonte: Grandes Vultos do Espiritismo.  

24.2.22


 

BUSCAI A VERDADE E A LIBERDADE

    "Jesus disse aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". (João, VIII, 31-32.)

    O homem é um ser dotado de razão e de sentimento. São estes os dois pólos da vida psíquica através da qual se realça o eixo do ideal mantenedor da evolução gradativa do Espírito!

    O homem é um ser polarizado pelo raciocínio e vivificado por sentimentos de virtude, por afetos que o prendem à fraternidade e só quando usa esses atributos em busca da verdade, ergue-se, dignifica-se, eleva-se e santifica-se.

    Fora dessa esfera de ação e de educação o homem é besta! Besta porque não sente, besta porque não pensa!

    Pensar é existir; assimilar afeições, virtudes, amor; é viver: Cogito, ergo sum!, Penso, logo existo!"

    Há homens que pensam; há homens que sentem; uns e outros estão nos primórdios da vida. É preciso, entretanto, que o pensar seja acompanhado do sentir, porque o pensar sem o sentir, o sentir sem o pensar, são faculdades abstratas que encaminham a alma para o grande ideal, mas não o libertam completamente da ignorância e do atraso.

    Na alma livre, o pensar se completa com o sentir, e o sentir, com o pensar, porque a verdade não teme o erro, a luz não pode ser absorvida pelas trevas.

    Todos os grandes pensamentos só podem ser assimilados depois de sentidos, e todos os nobres sentimentos só podem ser compreendidos depois de pensados.

    Quando Descartes proclamou: Cogito, ergo sum, não só pensou como sentiu; pensou existir e sentiu a vida em si próprio.

    A compreensão não vem só do raciocínio, mas do raciocínio aliado ao sentimento: são estes os dois grandes faróis luzentes da estrada da vida.

    Abri clareiras ao vosso entendimento pelo raciocínio; alargai as esferas do sentimento; não vos atemorizeis ante as alturas e longitudes, porque a águia e o condor não transpõem o círculo do seu vôo; os pássaros têm seus limites nos ares!

    Homens! Voai, desprendei-vos da escuridão da ignorância que cerceia a vossa inteligência e vos ata a pesados dogmas.

    Voai! Daí expansão à vossa razão, deixai palpitar os vossos corações aos generosos sentimentos para ascenderdes às esferas da Ciência e do Amor, onde a verdade brilha com todos os seus esplendores!

    Lembrai-vos, ó homem! que sois dotado de razão e sentimento!

    Buscai a palavra de Jesus, permanecei na sua palavra, sede verdadeiramente seus discípulos, e "conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"!

 

Livro: Parábolas e Ensinos de Jesus - Cairbar Schutel 

23.2.22


 

ANTES DE JESUS

Comentário Questão 626 do Livro dos Espíritos

As leis de Deus foram reveladas gradativamente em toda a Terra, por meio de todos os povos, todavia, passaram por Jesus, levando Seu calor aos corações dos missionários encarregados desta missão. Somente Ele foi capaz de revelar aos homens a doutrina na sua pureza lirial. Os Seus seguidores não o conseguiram, por falta de capacidade espiritual no comando das idéias, e por lhes faltar maturidade divina na vivência do que falavam.
Ao Espírito, mesmo o de certa elevação, quando internado na carne, lhe falta sensibilidade apurada para a filtragem dos conceitos mais requintados, como distribuía o Mestre dos mestres. Os missionários da verdade somente anunciam de acordo com a capacidade dos que ouvem. Em todos os tempos houve alertas admiráveis, em todos os países do mundo, no que se refere à vida espiritual, mas os ouvidos não registraram do modo que era anunciado, por lhes faltar preparo para tal entendimento.
Os tempos passaram, mas a verdade não passa; ela fica por ser verdade, e no momento certo nasce nos corações, de maneira a fazer ambiente para outros pregadores mostrarem o que os homens devem ouvir. É por isso que se encontram muitas verdades adulteradas em todo o mundo, entre todos os povos, mas como agora estamos mais amadurecidos, a verdade está chegando, como luz a despertar os corações para o céu dentro de cada ser.
As leis de Deus, tornamos a dizer, está escrita em todas as consciências, como igualmente em todas as coisas. Basta ao homem interessar-se pela sua descoberta, que ela vai aparecendo para os de boa vontade. As leis se expressam em todos, desde o vírus até os Espíritos puros que estão em torno da Divindade. A diferença é que o vírus somente assimila o que pode, e o anjo, dentro da sua capacidade espiritual, entende do modo que o seu tamanho admite.
É bom que prestemos atenção, pois bem junto de nós, convivendo conosco todos os dias, há sempre alguém que nos revela as leis de Deus, à sua maneira, porém de modo inteligível. Por nossa vez, fazemos a mesma coisa, embora às vezes não o percebamos. Somos instrumentos de Deus para a felicidade de todos. Graças a Deus, o Cristo já é conhecido por toda parte corno Mestre e Guia; falta a vivência dos Seus luminosos preceitos, para a verdadeira integração com a luz da verdade.
Os tempos são chegados, e esses tempos mostrar-nos-ão em plena claridade que Jesus é o nosso Guia, para encarnados e desencarnados, e que nos assistiu desde o nosso princípio, quando despertamos para a razão. Jesus, sendo o Guia e Protetor da Terra, na Sua plenitude espiritual, certamente que usa uma grande falange de Espíritos elevados para a disseminação das verdades que deve anunciar e mesmo para reviver as que já foram anunciadas e reavivar a luz nos corações, ou seja, fazer o Evangelho brilhar novamente, pelos processos mediúnicos, onde a vida cresce e a esperança mostra a alegria de viver no amor.
Jesus é o amor de Deus a se derramar sobre todas as criaturas da Terra, e as que caminham com ela sem o corpo físico. As revelações são constantes, mas pacientes, obedecendo à maturidade das almas, para não violentarem seus sentimentos. Essa é a vida, que se transmuta em paz de consciência. 

Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria 

22.2.22


 

Reencarnação

Recursos e Circunstâncias,
Ou... “Se Vira Nos 30”...
 
Em torno da Reencarnação, infelizmente, ainda impera muita incompreensão e misticismo da parte de alguns espíritas, talvez, menos afeitos ao estudo e à meditação.
Nem todo espírito reencarna no orbe terrestre com tarefa programada ou com a existência traçada em seus mínimos detalhes, e, quiçá, mesmo nos acontecimentos de maior importância que lhe delineiam o destino.
A grande maioria dos espíritos que volta à Terra, através da bênção do renascimento no corpo físico – a esmagadora maioria! – se submete à um verdadeiro “se vira nos 30”, nome que era dado ao quadro de um programa de TV.
Tentemos compreender.
Em sua nova existência na Terra, os espíritos (quase todos, inclusive nós outros, ainda em situação de primarismo evolutivo), deverão se haver com os recursos morais e intelectuais já amealhados e os que estão sendo amealhados, mais as circunstâncias que, naturalmente, haverão de se lhes apresentar no cotidiano...
Alguns, de acordo com as circunstâncias, desencadeadas pela Lei de Causa e Efeito, lograrão, segundo as suas tendências e inclinações, empreender projetos significativos – no campo material da existência, ou no campo moral.
Por este motivo, por exemplo, é que alguns conseguem deslanchar no âmbito profissional, enquanto outros, pelo não aproveitamento das circunstâncias que surgem, quase não efetuam qualquer progresso – a muitos falta a necessária coragem para ousar e investir em suas possibilidades.
No que se refere à espiritualidade, poucos são aqueles que trazem do pretérito recursos que os habilitem ao seu mais amplo desenvolvimento, porque semelhante tentame requer, ainda que mínimas, conquistas no campo da renúncia, do devotamento, da perseverança e, sobretudo, vínculos mais fortes com o que é, pelo homem encarnado, considerado subjetivo.
Enfim, em geral, a trajetória do espírito reencarnado na Terra, ou em orbes que, mais ou menos, se lhe nivelem do ponto de vista evolutivo, depende exclusivamente de seu empenho, esforço e interesse, na aplicação dos recursos intelecto-morais que lhe constituem a individualidade e, repetimos, do aproveitamento, das circunstâncias, ou das oportunidades que o meio, porventura, lhe venha a proporcionar.
Sem dúvida, é um verdadeiro “vira nos 30”, longe do raciocínio ingênuo de que todos os passos do espírito reencarnado foram previamente esboçados, ou protocolados em algum departamento do Mundo Invisível.
E, sem o propósito de assustar a quem apenas consegue dormir ouvindo histórias da Carochinha, podemos afirmar que, deste Outro Lado, depois do advento da desencarnação, acontece o mesmo, ou seja: o espírito prosseguirá caminhando de acordo com os recursos e as circunstâncias que lhe são patrocinadas pela Lei de Causa e Efeito, ou... “se virando nos 30”.
 
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 20 de Fevereiro de 2022.

21.2.22


 

Por aqueles que partem

A expressão da vida é tão significativa e forte que não admitimos, no íntimo, a sua inexistência ou o seu desaparecimento.
Intuitivamente, clamamos pela vida, lutamos pela vida, desejamos a vida.
A vida é o que é e temos consciência de tudo porque vida possuímos.
Pois bem, a volta de um ente querido, de um amigo, de alguém próximo, não representa um adeus definitivo, mas a dor da ausência de seu convívio a partir de então. E isto dói profundamente!
A existência física, por mais ilusória que se possa defender, não é tão frágil assim porque é nela que o ser se apresenta para uma experiência espiritual, portanto, não pode e não deve ser menosprezada.
É claro que os olhos espirituais nos alargam a compreensão das coisas, faz-nos relativizar os desencontros, as ausências momentâneas, dar sentido a tudo, mas, pessoa alguma deixou de sentir no seu íntimo a descontinuidade de relacionamento de alguém que ama.
Este ato transbordante de amor que é sentir a falta de alguém no seu convívio convida a todos que possamos valorizar a presença de cada um nos nossos encontros existenciais.
Cada ser que se nos apresenta na vilegiatura carnal tem a sua razão de ser e importância. Aproveitar esse momento ímpar é dever de todo aquele que passa pela vida com um sentido maior e de realização.
A saudade inerente ao descontentamento íntimo da não presença física é revitalizante à medida que imaginamos que o outro possui a sua própria trajetória existencial e que deve ser respeitada.
Somos imortais, é verdade, mas, antes de tudo, somos seres sentimentais cujas emoções se manifestam naturalmente, o que legitima a tristeza e as lágrimas, por exemplo.
Calma!
No instante de qualquer partida, isto é fundamental.
O arrependimento por não ter dito aquela frase que deveria o outro saber.
A angústia de não mais compartilhar determinadas situações.
O desconforto de não ver mais a sua presença nos ambientes corriqueiros.
Todas as situações provenientes do desaparecimento do ser querido deve contemplar a alma da esperança de que um dia irão se reencontrar, mas também de agradecimento pela oportunidade divina de ter compartilhado a mesma experiência existencial.
“Em tudo dai graças ao Senhor!”, contempla um ensinamento evangélico.
E por que não fazê-lo neste momento derradeiro da partida?
Todos nós, um dia, seremos igualmente contemplados com o retorno ao convívio espiritual de onde viemos, não é verdade? Como afirma o dito popular: cada um na sua hora.
Confiemos na sabedoria do Senhor das nossas vidas. Ele – e somente Ele – sabe o que verdadeiramente é o melhor para cada um de nós. Deixemos, portanto, literalmente, as nossas vidas em suas mãos.
De nossa parte cabe não um adeus, mas um até logo.
Não a revolta, mas o consolo do reencontro futuro.
Não a desfalência, mas o reanimar de forças para prosseguir na caminhada carnal.
A todos que, eventualmente, tiverem que se despedir de seus entes queridos ou amigos, uma recomendação última: ore por eles.
O momento do reencontro espiritual é diverso a cada criatura e representa choque profundo para o menos avisado das coisas do espírito ou que se desviou da reta conduta.
Se os amamos de verdade, a oração é sempre bem-vinda nesta hora decisiva e certamente a maior demonstração de afeto que se pode demonstrar.
Fique em paz!
Emmanuel - Blog de Carlos Pereira

20.2.22


 

Coerência

A palavra santa de Jesus se expressa em todos os seus atos. Palavra e obra juntas, inseparáveis.
Esta lição de Jesus é magnífica, pois ela contém um princípio basilar do comportamento humano: a coerência.
Se o que pregamos não fazemos, que moral teremos para pedir que alguém faça o que desejaríamos?
Assim, proceder de acordo com o que fala torna você poderoso diante das outras pessoas à medida que você ganha credibilidade. Ali está uma pessoa coerente – irão dizer – e, portanto, devemos ouvi-lo.
A coerência se obtém pelo esforço diário de ser aquilo que deseja ser. De fazer aquilo que imagina ser o melhor. Palavra e obra juntas é também de grande serventia para a paz de espírito.
Sim, porque viver uma vida que não acredita custa caro, muito caro.
A pessoa se investe de uma postura falsa e tem que sustentá-la o tempo inteiro. Sabe você o que representa este peso no dia a dia?
Um momento, a máscara cai e aí como vai ser?
Os que te respeitavam dirão: - Está aí, era tudo mentira, pura falsidade. Ninguém deve segui-lo ou ouvi-lo. Perdemos tempo.
E é isto que proclamo nestas palavras – coerência.
É difícil, eu sei, mas é um esforço santo, porque à medida que tentamos ser o que pregamos como o melhor estaremos crescendo espiritualmente.
Por saber da dificuldade que é ser o que prega, não vamos exigir dos outros a santidade que ele ainda é incapaz de reproduzir.
Cada um possui o seu tempo de progresso, respeito-o, como você também tem o seu. E por que ficar exigindo santidade de todos em toda esquina?
Assumamos, queridos irmãos, as nossas imperfeições. Sejamos leais conosco mesmo. – Sou assim e daí, é como eu posso ser por hoje. E estará tudo bem.
Há aqueles que desejam ver no outro aquilo que ainda é inatingível para elas. Descontam no outro a sua incapacidade de progresso e ainda apontam o dedo para recriminar as faltas cometidas por ele no seu caminho redentor.
Cair e levantar, voltar a cair, mas seguir adiante. Esta é a história da trajetória humana.
Vejam a Jesus, um santo de Deus. Para ser didático, trouxe a simbologia disso no momento da sua crucificação. No caminho ao Gólgota, carregando a sua cruz (cada um carrega a sua), frequentemente caia e se levantava. Até aceitou ajuda para continuar sua caminhada e chegar ao seu destino final.
Aproveitemo-nos dessa metáfora das pegadas do Senhor e façamos o mesmo. O importante, ao carregar a nossa cruz, é não desistir. Tropeçar, cair, se levantar e seguir adiante. Isto é a vida.
O avanço espiritual é feito dessa forma, recuos e progressos. Não são desistências, mas o reconhecimento temporário da impossibilidade de seguir mais um passo. Redobradas as forças, levanta-se e segue-se o caminho redentor.
Coerência rima com persistência, não é verdade?
Siga adiante e vença a si mesmo, todo dia, toda hora, todo momento. É assim que se chega um dia a santidade, unindo palavras e ações ao encontro do Altíssimo.
Helder Camara - Blog Novas Utopias

19.2.22


 

Triunfo

Prossegue estrada afora, os pés sangrando,
A passos vacilantes, monte acima,
Sob a cruz do Ideal que te sublima
O próprio coração, ao peito arfando...
 
Avança, intimorato, superando
A dor da provação em que se exprima,
Sem esperar na Terra a humana estima,
Ante os Céus que procuras, soluçando...
 
Na solidão dos trilhos redentores,
Sorve, em silêncio, a taça de amargores
Que te transborda aos lábios, merencória...
 
Ao fim da luta enorme que te incensa,
Do Cristo, por celeste recompensa,
Receberás os louros da vitória!...
Cruz e Souza Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião (*) do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, em Uberaba – MG).

18.2.22


 

CERTEZA CIENTÍFICA

       Certeza científica é a que resulta da experimentação controlada dos fatos e fenômenos físicos, materiais, concretos, como, por exemplo, o Sol aquece a Terra; a Terra gira em torno do Sol; e o ar quente é mais leve que o ar frio.
       Essa é a certeza procurada pela ciência; é a certeza que o Espiritismo pode admitir; só essas verdades atingidas pela ciência contribuem para o progresso dos conhecimentos que, reunidos, totalizam o conhecimento espírita. As deduções e especulações metafísicas - muito a gosto de alguns tribunos e defensores do cientificismo espírita - têm o mérito de explicar o que já se sabe e o que não se sabe ainda. Mas nada podem descobrir realmente de novo. A fonte de conhecimentos novos é uma só, a pesquisa científica.
      A certeza é sempre relativa à natureza do conhecimento em que se fundamenta. A certeza científica fundamenta-se na verdade científica, isto é, na demonstrada conformidade da mente com os fatos, expressa em enunciados passíveis de comprovação experimental, como este: "A Terra gira em torno do Sol".
      A CERTEZA  RELIGIOSA fundamenta-se, nas religiões tradicionais (o Espiritismo não se inclui), nas inspirações da fé que determina a crença nos enunciados dogmáticos, pelo fato de terem sido revelados por Deus como verdades divinas.  O grande problema que essas religiões encontram, é determinar com exatidão as revelações que realmente são divinas. O Espiritismo tem um critério simplesmente infalível: as verdades universais são divinas. O Espiritismo aceita tão somente as verdades já confirmadas.

Albino A C de Novaes 

17.2.22

SEMPRE EXISTE UMA RAZAO


 

Adversidades

 
Todos nos encontramos sujeitos ao que se convencionou chamar adversidade.
Uma tragédia, uma ocorrência marcante pela dor que produz, um acontecimento nefasto, a perda de uma pessoa querida, constituem infortúnios que maceram.
Prejuízos financeiros, danos morais, enfermidades catalogadas como irreversíveis, são adversidades desastrosas em muitas existências.
No entanto, se fosse encarada a vida sob o ponto de vista espiritual, o homem compreenderia a razão de tais insucessos e não se entregaria a desastres mais graves, quais a loucura e o suicídio, a fuga pelo álcool ou pelos tóxicos...
A existência física não transcorre qual nau sem rumo em mar encapelado.
Os atos anteriores e a conduta atual são-lhe mapa e rota para chegar ao destino pelo qual o indivíduo opta.
Realmente desastrosos são os males que se praticam em relação ao próximo, pois que eles irão fomentar as adversidades de amanhã, que são os inadiáveis resgates do infrator.

Livro: Episódios Diários - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis 

16.2.22

Os Mensageiros cap. 49 e 50


 

ANDRE LUIZ

O ano de 1944 marca a estréia de André Luiz no mercado editorial espírita brasileiro, revolucionando, de certo modo, a concepção geral acerca da vida pós-túmulo. "Nosso Lar" descreve as atividades de uma cidade espiritual próxima à Terra, e transforma-se em objeto de estudo, discussão e deslumbramento nos círculos espíritas do país.
Portas até então cerradas se abrem de par em par, revelando vida e trabalho, continuidade e justiça onde imperavam dúvidas e suposições.
Todos querem saber mais sobre o autor.
André Luiz não é o seu verdadeiro nome.
Dele sabe-se apenas que foi médico sanitarista, no século iniciante, e que exerceu sua profissão no Rio de Janeiro, Brasil. Segundo suas próprias palavras, optou pelo anonimato, quando da decisão de enviar notícias do além-túmulo, por compreender que "a existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade".
Declara Emmanuel, no prefácio de "Nosso Lar", que ele, "por trazer valiosas impressões aos companheiros do mundo, necessitou despojar-se de todas as convenções, inclusive a do próprio nome, para não ferir corações amados, envolvidos ainda nos velhos mantos da ilusão."
Imensa curiosidade cerca a personalidade do benfeitor e aventam-se hipóteses, sem que se chegue à sua real identidade.
André Luiz, no entanto, fiel ao desejo de servir sem láureas, e atento ao compromisso com a verdade, prossegue derramando bênçãos em forma de livros, sem curvar-se à curiosidade geral.
Importa o que tem a dizer, de espírito à espírito.
A vaidade do nome ou sagrações passadas já não encontram eco em seu coração lúcido e enobrecido.
André Luiz foi, positivamente, dentre todos os Benfeitores que escreveram aos encarnados o que manteve fidelidade maior aos postulados espíritas, notadamente à Allan Kardec. O seu trabalho, no que concerne à forma e ao fundo, notabiliza-se em tudo pelo respeito e lealdade mantidos, ao longo do tempo, ao Codificador e à Codificação.
Por mais de quatro décadas, André Luiz trabalhou ativamente junto a Seara Espírita, lhe exornando a excelência e clarificando caminhos.
Chico Xavier, o médium que serviu de "ponte", hoje desencarnado, não pode mais oferecer mão segura à transmissão de seus ensinamentos luminosos.
Não sabemos se André Luiz retornará pela mão de outro médium.
Deste modo, resta apenas, aos espíritas e admiradores, o estudo de sua obra magnífica, calando interrogações para ater-se às lições ministradas, de mente despojada e coração agradecido.
Como ele, certamente, aguarda seja feito.
Fonte: http://www.institutoandreluiz.org/

15.2.22

SEGURANÇA MEDIÚNICA


 

O MODELO DA HUMANIDADE

Comentário Questão 625 do Livro dos Espíritos

A questão de número seiscentos e vinte e cinco, de "O Livro dos Espíritos", estampa com esplendor a seguinte pergunta feita aos Espíritos superiores, dentre os quais um deles respondeu por todos os mensageiros de Deus:
- "Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhes servir de guia e modelo?"
E o mensageiro do céu, dominando o verbo de luz, serve de canal para o próprio Criador, respondendo de modo a ressoar em todo o mundo, para os ouvidos de toda a humanidade, com uma só palavra:
-"JESUS".
O Mestre dos mestres é, realmente, o modelo no qual todos os homens devem se inspirar, no sentido de caminhar com passos firmes em direção à luz. Certamente que o formulador da pergunta passou seus pensamentos por todos os grandes personagens da história universal, testando um e outro, por vezes sem segurança, em afirmações do seu próprio raciocínio; não obstante, o Mensageiro de Deus encarregado de fazer reviver o Cristianismo na Terra, limpou todas as dúvidas, dizendo que somente Jesus era e é o guia de todos os povos.
E se quisermos buscar mais subsídio para tal certeza, ei-lo no próprio Evangelho do Mestre:
De novo lhes falava Jesus, dizendo:
- Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário, terá a luz da vida. (João, 8:12)
Essa certeza espiritual de que Jesus é o Pastor de todo o rebanho humano se encontra nas consciências de todos os seres, vibra em todos os reinos da natureza e os anjos cantam na atmosfera da Terra. Por esse motivo é que sempre falamos que a Doutrina Espírita sem Jesus perde seu valor, e desfaz-se nas brumas do tempo, esquecendo a sua fonte sustentadora de vida.
Poderemos novamente buscar no Evangelho outra afirmação, e esparzindo luz nos escritos desta mensagem com esse assunto relevante:
Estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio d'Ele, mas o mundo não o conheceu. (João, 1.10)
Vejamos há quanto tempo o amor do Cristo acompanha essa casa terrestre, formando a sua estrutura, preparando seu ambiente para receber a humanidade que, igualmente, estava sendo firmada para a vida pelas suas mãos generosas. Jesus é, pois, a perfeição moral em todos os rumos de todos os entendimentos e o maior fenômeno que ocorreu na face do planeta foi a Sua vinda a ele.
Quanto aos grandes mensageiros que vieram ao mundo como instrutores da humanidade antes do Cristo de Deus, suas doutrinas têm relação com a doutrina de Jesus; é certo que têm, pois, foi Jesus quem os enviou, depois que passou para eles o ensinamento divino, de modo a eles o interpretarem e divulgarem junto aos homens. Esses emissários transmitiram a mensagem divina parcialmente, esquecendo muitos conceitos, mas fizeram alguma coisa, e somos gratos pelos seus esforços em conjunto.
Em relação a Jesus, a Sua entrega de Deus para a humanidade foi total. A doutrina moral saída dos Seus lábios divinos tem a pureza que somente o amor universal pode dar. E quando Jesus encontra João Batista junto ao Jordão, a voz dos Céus afirmou:
Esse é o meu filho em quem me comprazo.
A razão não pode tomar outro caminho, se analisarmos Seus grandes feitos, nunca antes comparados, pelo Seu verbo iluminado, tornando-O uno com o Pai. Devemos repetir, para atender o coração e a consciência, a pergunta e a resposta de "O Livro dos Espíritos", de modo a alimentarmos a expressão maior dentro de nós, em seguimento à vida eterna:
- "Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?"
- "JESUS".
Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria 

14.2.22



AFOGADO PELAS DROGAS

Como se estivesse sendo levado pela correnteza de um grande rio, eu me afoguei!...
O viciado é aquele que se deixa envolver inicialmente pela fascinante marola do leito de um rio chamado "droga" e, quando ele menos espera, é sugado pela sua agressiva e violenta correnteza, de tal forma que não tem como sair sozinho: precisa de ajuda!
Eu sabia que estava me afogando no pó... É uma dor que criamos e não sentimos, mas quem nos ama sente de forma aguda e profunda.
Meus familiares me estenderam as mãos - por diversas vezes -, mas fui fraco diante de sensação aparentemente frágil das drogas.
Hoje estou dando este testemunho a meu respeito, mas não tenho coragem de escrever à minha mãe!... Sinto uma culpa muito grande porque sei que ela ainda sofre por mim; mas há de chegar o dia, em que tudo isso será como acordar de um grande pesadelo.
Hoje estou "limpo", mas ainda sinto falta deste monstro - a droga -, mesmo aqui. Se não fosse este lugar, eu não sei o que seria de mim.
Não há caminho que se faça que não chegue ao Pai. Pelo AMOR ou pela DOR, a escolha é de cada um de nós...
Deus é bom e os amigos aqui também o são.
JORGE - Depoimento da segunda parte do livro: O abismo provocado pelas drogas - Soraya de Almeida - Espírito Selma Reis 

13.2.22


 

Profecia Confirmada

Recordo-me de que, quando encarnado, através de diversos médiuns, sempre nos chegavam a notícia de que os “portões” do Umbral estavam sendo abertos, e que muitos espíritos, então, teriam a sua última oportunidade na Terra, antes de partirem para o exílio.
De fato, de 1950 para cá, a população do mundo mais que dobrou, triplicou, com o orbe terrestre sendo, praticamente, “invadido” por espíritos de variada condição evolutiva, levando a Humanidade ao limiar das grandes transformações que, igualmente, sempre foram anunciadas.
E, agora deste Outro Lado, podemos constatar que não havia qualquer exagero nas informações que os desencarnados transmitiam no que tange à reencarnação coletiva dos espíritos, que, antes do êxodo, ainda teriam uma chance de começarem a se redimir e perfilarem entre os mansos que haverão de herdar a Terra...
Infelizmente, porém, apenas pequeno número das referidas entidades estão aproveitando o ensejo, de vez que à grande percentagem basta que se lhe propicie ocasião para que venha a se juntar a quantos parecem querer conduzir o mundo à perdição e ao caos.
Sim, tinham razão os espíritos que, não raro, através do concurso de médiuns, alguns deles atuantes nos Centros Espíritas da zona rural, no Triângulo Mineiro, nos advertiam a respeito do fenômeno que estava ocorrendo, com a Terra recebendo aos que a Lei Divina concedia a derradeira oportunidade, antes que o êxodo planetário se intensificasse como vem se intensificando e há de se intensificar ainda.
Esperamos, pois, que a Misericórdia Divina nos encaminhe para um planeta onde, por fim, nos seja dado trabalhar a aprender como os capelinos – não todos – vieram fazer na Terra... Dizemos “não todos”, porquanto muitos ainda não lograram regressar à pátria que, a milênios, se sentiram constrangidos a deixar, prosseguindo no esforço multissecular de quebrantarem o seu orgulho e rebeldia.
 
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 13 de Fevereiro de 2022.

12.2.22


 

HÁS DE VENCER

Se o desânimo aparece
E te sentes fraquejar,
Muito embora combalido,
Não pares de trabalhar.
 
Se a causa é decepção
Com esse ou àquele amigo,
Recorda as limitações
Que ainda trazes contigo.
 
Se o motivo da tristeza
É calúnia que padeças,
Guarda em paz a consciência
No serviço em que te esqueças.
 
Se a razão do desalento
É conhecer-te melhor,
Não olvides de que outrora
Já fostes muito pior...
 
Se a origem de tua angústia
É ver o mundo em conflito,
Lutando por sobre a Terra
Busca forças no Infinito.
 
Portanto, nunca permitas
Que o desânimo te vença...
Perseverança no Bem
É o que faz a diferença...
No trabalho, pouco a pouco,
Se não deixares a cruz,
Todas as dores da vida
Hás de vencer com Jesus!...
 
Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na tarde de sábado do dia 6 de Fevereiro de 1993, em Uberaba – MG).

11.2.22

MOMENTOS DE SAÚDE


 

Aceitar e Renovar

Aceitarás a dificuldade, não por fardo de aflição que te arrase as energias, mas por ensinamento que te habilite à mais ampla aquisição de experiência.
Não te rebelarás contra a enfermidade...
Saberás, no entanto, afastá-la com os recursos curativos de que disponhas, imitando o devotamento do lavrador que protege a enxada em cuja cooperação encontra o pão de cada dia.
Entenderás os seres amados que te apresentem lamentáveis quadros de provação, tolerando-lhe, com serenidade, até mesmo as injúrias...
Ainda que seja à distância, porém, não só farás o possível para desculpá-los, como também te empenharás a auxiliá-los na melhoria do espírito.
Suportarás a preterição e o menosprezo nas áreas da atividade profissional...
Não renunciarás, contudo, ao dever de aprimorar-te, a fim de ser mais útil à comunidade à qual te vinculas.
Até mesmo em nós próprios, admitiremos certas falhas de extinção difícil, chegando a medir com sinceridade, a extensão de nossas deficiências...
Mas prosseguiremos, fazendo o melhor de nós, até que nos sintamos curados das imperfeições que nos caracterizem, com o esmeril do trabalho, ao calor da responsabilidade constante.
Paciência é compreensão.
Compreensão é luz de amor.
Aceitemos os obstáculos por testes de resistência, e as provas por lições... Entretanto, saibamos acolhê-los, agindo sempre por superá-los na expansão do bem, de vez que estamos todos na forja da luta evolutiva, com a certeza de que degraus para cima é que configuram a estrada de elevação.
Livro: Busca e Acharás - Francisco C. Xavier - Emmanuel  

10.2.22

Nada fica sem resposta


 

AÇÃO DOS ESPÍRITOS SOBRE OS FLUIDOS

    Os espíritos vivem numa atmosfera fluídica (de fluidos). Dela extraem o que lhes é necessário e agem sobre os fluidos do seu ambiente. (Comparativamente: na Terra estamos envoltos pela atmosfera e vivemos em meio a substâncias materiais, que usamos e sobre elas agimos).
    Agindo sobre os fluidos, os espíritos influem: sobre si mesmos e sobre os outros espíritos: sobre o mundo fluídico e sobre o mundo material.
    I. COMO AGEM?
    É com o pensamento e a vontade que o espírito age sobre os fluidos.
    Ele dirige os fluidos, aglomera-os, dá-lhes forma, aparência, cor e pode, até, mudar suas propriedades.
    É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.
    A ação dos espíritos sobre os fluidos pode ser inconsciente porque basta pensar e sentir algo para causar efeitos sobre eles.
    Mas também pode o espírito agir conscientemente sobre os fluidos, sabendo o que realiza e como o fenômeno se processa.
    II. QUALIDADE DOS FLUIDOS
    Os fluidos em si são neutros. O tipo dos pensamentos e sentimentos do espírito é que lhes imprime determinadas características.
    Fluidos bons são resultantes de pensamentos e sentimentos nobres, puros.
    Fluidos maus são resultantes de pensamentos e sentimentos inferiores, incorretos, impuros.
    Os fluidos iguais se combinam; os fluidos contrários se repelem; os fracos cedem aos mais fortes; os bons predominam sobre os maus.
    Os fluidos se reforçam em suas qualidades boas ou más pela reiteração do impulso correspondente que recebem do espírito.
    As condições criadas pela ação do espírito nos fluidos podem ser modificadas por novas ações do próprio espírito ou por ações de outros espíritos.
    III. EFEITOS NO PERISPÍRITO E NO CORPO
    O perispírito absorve com facilidade os fluidos externos porque tem idêntica natureza (também é fluídico).
    Absorvidos, os fluidos agem sobre o perispírito, causando bons ou maus efeitos, conforme seja a sua qualidade.
    No caso de um espírito encarnado (como nós) o perispírito, por sua vez, irá reagir sobre o organismo físico, com o qual está em completo contato molecular. E, então:
    - se os fluidos forem bons, produzirão no corpo uma impressão salutar, agradável;
    - se forem fluidos maus, a impressão é penosa, de desconforto.
    Se a atuação de fluidos maus for insistente, intensa e em grande quantidade, poderá determinar desordens físicas (certas moléstias não têm outra causa senão esta).
    Os bons fluidos, ao contrário, podem curar.
    IV. AURA
    Com os seus pensamentos e sentimentos habituais, o espírito (encarnado ou não) influi sobre os fluidos do seu perispírito e lhes dá características próprias. Está sempre emanando esses fluidos, que o envolvem e acompanham em todos os movimentos. é a sua aura, a sua "atmosfera individual".
    Na aura do encarnado, a difusão dos campos energéticos que partem do perispírito envolve-se com o manancial de irradiações das células do corpo. No desencarnado, a aura é resultante apenas das emanações perispirituais.
    Conforme o tipo fluídico, as auras se harmonizam ou se repelem. 
    V. SINTONIA E BRECHA
    Pelo modo de sentir e pensar:
    - estabelecemos um ajuste de comprimento de onda vibratória entre nós e os que pensam e sentem iguala nós; ou seja, entramos em sintonia com eles;
    - produzimos um certo tipo de fluidos e os espíritos que produzam fluidos semelhantes poderão, então "combinar" seus fluidos com os nossos, pois estabelecemos afinidade fluídica.
    Quando oferecemos sintonia e combinação de fluidos para o mal, dizemos que estamos dando "brecha" aos espíritos inferiores.
    Vigilância e oração evitam ou corrigem a influência negativa de outros sobre nós ou de nós sobre outrem.
    VI. O PASSE
    É uma transmissão voluntária e deliberada de fluidos benéficos, de uma pessoa para outra.
    Seu efeito é:
    - bom, quando o paciente está receptivo e assimila bem os fluidos transmitidos; daí a necessidade de um preparo prévio da mente, da fé e da oração para estar apto a receber bem o passe;
    - duradouro, quando o paciente mantém (pela boa conduta, pensamento e sentimento) o estado melhor que alcançou com o passe.
    Se a pessoa não modificar para melhor o seu modo de agir, voltará a sofrer desgaste fluídico e desequilíbrio espiritual. "Não peques mais, para que não te suceda algo pior". (Jesus, Jo. 4:14.)
    Não é justo que fiquemos recebendo passes, que o próximo de boa vontade nos dá, e gastando essas forças, sem responsabilidade, sem nos esforçarmos por manter equilíbrio físico e moral.
    Só devemos pedir passe quando não pudermos, por nós mesmos, pelos nossos pensamentos e vontade, prece e atos bons, produzir fluidos melhores para nós mesmos.
Livros consultados:
De Allan Kardec:
- "A Gênese", cap. XIV, itens 13 a 21.
De André Luiz:
- "Missionários da Luz", cap. XIX.  

9.2.22


 

A VOZ DO MONTE

    Estamos distante da angelitude e a violência é o clima próprio da personalidade humana, ainda próxima da animalidade. São exteriorizados impulsos de agressividade, que geral : infelicidade no lar, desentendimento no ambiente profissional, discórdia na sociedade, as lutas entre os indivíduos, as guerras, a confusão no mundo.
    Se diante da rudeza humana a mansuetude parece vexatória, quase um mal, diante de Deus ela representa impasse decisivo no aprimoramento moral.
    A humildade nos liberta das pressões exteriores, que nos induzem ao cultivo de ambições humanas. A mansuetude nos liberta das pressões interiores que nos situam como um vulcão preste a entrar em erupção, extravasando lava ardente em atos e palavras, sempre que surjam a contrariedade e o dissabor. O indivíduo manso mantém-se calmo, equilibrado, não porque seja impassível ou não se importe, mas simplesmente porque é dono de si mesmo.
    A Terra não é nossa propriedade, apenas vivemos aqui, com a finalidade de nos melhorarmos; sendo ela um planeta de expiação e provas -- onde o egoísmo predominante nos corações é o elemento forjador da miséria humana -- para que a Terra seja elevada a categoria de planeta de regeneração, requer o despertar da consciência humana ao serviço no campo do Bem, como recurso de reabilitação e bem estar.
    Ao longo de vidas sucessivas, com a aplicação da Lei de Causas e Efeito, que nos obriga a receber de volta todo o mal praticado, aprendemos a conter os impulsos primitivos, ajustando-nos às Leis Divinas.
    Aquele que se compraz no mal e utiliza a força física para impor sua vontade, renascerá em corpo linfático, mirrado, que inibirá sua agressividade, ensinando-o a respeitar o semelhante.
    Aquele que mente e difama, que ofende e magoa, ressurgirá com distúrbio nas cordas vocais ou limitações da fala; obrigando-o a estancar o próprio veneno.
    Aquele que cultiva o rancor da mágoa, o ressentimento e o ódio, espalhando desajuste ao longo de seus passos, renascerá com mente torturada por mil problemas, que o farão cogitar dos valores do perdão e da fraternidade.
    Assim paulatinamente, à Vida eliminará o troglodita que há em nós, a fim de que nasça o anjo.
  Richard Simonetti

8.2.22


 

A VIDA ESCREVE

Hilário Silva
     
Sim, a vida escreve em toda parte aquilo que pensamos.
O caderno em branco chama-se Tempo.
E nós somos autores de todos os capítulos que se desenrolam por fatos vivos, no livro da Eternidade.
Aqui, a tragédia assombra.
Ali, o drama chora.
Além, a comédia ri.
Adiante, o poema envela.
Anota, desse modo, aquilo que desejas, de vez que a vida expressa tudo quanto queremos.
Contadora divina, soma os atos, subtrai influências, multiplica valores, divide compromissos e dá-nos a equação de tudo quanto é hoje, a fim de que saibamos o que seja Destino, para nós, amanhã.
Hilário Silva
Livro A vida Escreve - Francisco C. Xavier.

7.2.22


 

ESPÍRITOS DA 3ª ORDEM

Estou – felizmente estou – consciente de que, de acordo com a classificação de Kardec, não sou um espírito pertencente à chamada 3ª Ordem – creio que, talvez, eu pertença à 4ª, 5ª ou, quiçá, à 6ª Ordem...
Todavia, gostaria de perguntar aos confrades encarnados, que, com tanta facilidade, classificam os espíritos que, na atualidade, se comunicam através dos mais diferentes médiuns, a que Ordem eles pertencem?! – sim, porquanto, imagino que para efetuarem tal julgamento devem pertencer à 2ª, ou, quem sabe, até à 1ª Ordem, a dos Espíritos Puros, ao nível de Jesus Cristo!...
Sinceramente, sem o propósito de ofendê-los, é o que me ocorre, para se encorajarem a rotular assim com tanta certeza aos pobres mortais (ops) que entram em contato com aqueles que ainda se encontram presos à carcaça que, um dia, haverão de deixar.
Esses nobres irmãos, se me tem cansado a beleza de quasímodo, que diremos da canseira que devem cansar à beleza de Apolo...
Ora, tenham paciência, e o mínimo de senso do ridículo, pois, em vez de repararem na cauda alheia, deveriam atentar um pouco mais para o comprimento do próprio rabo!...
Felizmente, porém, eles me dão a convicção de que não estou sozinho à Ordem que pertenço, e devo lhes agradecer pela solidariedade que, com ou sem intenção, eles me têm externado, apenas, de minha parte, estranhando e procurando compreender como pode o sujo falar do mal lavado...
 
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

6.2.22


 

"ALZHEIMER" - MAL ESPIRITUAL

Esclarecimento do espírito Dr. Inácio, que em vida era médico psiquiatra em Uberaba, sobre o "Alzheimer", por intermédio de Carlos A Baccelli.

O mal de "Alzheimer", assim chamado por ter sido descrito, pela primeira vez, em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, é uma doença degenerativa com profundas causas espirituais.
À semelhança de outras patologias psiquiátricas - diria, com maior propriedade, espirituais! -, como, por exemplo, a esquizofrenia, o mal de "Alzheimer", cujo gene desencadeante, mais cedo ou tarde, a Ciência terminará por descobrir, tem no espírito a sua origem.
Ousaria dizer, nesta rápida análise, que a referida enfermidade, que, sem dúvida, vem, dia a dia, crescendo nas estatísticas médicas, longe de ser causa de prejuízo para o espírito reencarnado, surge justamente em seu auxílio, neste período decisivo para todos os que se encontram vinculados à Evolução do planeta.
Não mais se constitui em novidade para os estudiosos do Espiritismo que muitos, de alguns lustros para cá, estão tendo as suas últimas oportunidades sobre a Terra, aonde vem ocorrendo o mesmo fenômeno que provocou em Capela o êxodo de milhões e milhões de espíritos recalcitrantes.
Em maioria, as vítimas do "Alzheimer" são espíritos vitimados por processos de "auto-obsessão", necessitados de ajuste com a consciência em níveis que nos escapam a qualquer tentativa de apreciação imediata.
Não fosse assim, não se justificaria que o espírito reencarnado, por vezes, permanecesse no corpo com as suas faculdades intelectuais suspensas por tempo indeterminado - muitos enfrentam tal prova por mais de 10, 15 ou 20 anos! -, quais mortos-vivos cuja existência carnal parece ter perdido o sentido.
Não vamos aqui trazer à baila a questão das provas compartilhadas com os seus demais familiares consanguíneos, mesmo porque, infelizmente, tais familiares (existem exceções) costumam se livrar dos parentes atacados pelo "Alzheimer", confiando-os aos cuidados de uma clínica ou, simplesmente, trancafiando-os num dos cômodos isolados da casa, insensibilizando-se.
O objetivo, porém, destas nossas considerações, que muitos amigos vêm nos solicitando, é dizer que o doente, total ou parcialmente, desmemoriado, está entregue a si mesmo para um ajuste de contas com o cristalizado personalismo de outras eras - às vezes, não tão distante assim -, com o seu despotismo inconsciente, com o seu excessivo moralismo...
Temos, neste Outro Lado da Vida, tido a oportunidade de acompanhar a muitos que se retiram do corpo, pela desencarnação, que, sem que sejam considerados insanos, se mostram completamente alheios a si mesmos, esquecidos do que foram e do que são, à mercê de reencarnações à distância das situações sócio-econômico-culturais, inclusive religiosas, em que se perderam do Cristo!
Estes espíritos, por ação da Misericórdia Divina, mergulhados num esquecimento, que não é o provocado pelo choque biológico da reencarnação, antes que, em definitivo, entrem na lista dos desterrados, terão oportunidade de recomeçar alhures, com a mente não mais obsessivamente fixada nas ideias equivocadas que vêm ruminando a muitas existências, vivendo num círculo vicioso difícil de ser rompido.
Portanto, a nosso ver, o "Alzheimer", é uma doença-auxiliar do espírito, que se, aparentemente, o desmorona intelectualmente, o faz ressurgir dos escombros de si mesmo com uma nova perspectiva existencial - bênção diante do qual alguns lustros de alienação do espírito, mergulhado em semelhante processo de "reconstrução íntima", nada significam!
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

5.2.22


 

No Serviço do Bem

Se desejas servir na Vinha do Senhor,
Aprende a combater o mal e persevera...
Ao longo do caminho, em tormentosa espera,
Há tantos corações a mendigar amor...
 
Esse suplica o pão e o teto acolhedor,
Aquele clama aos Céus na prova que o encarcera,
Outro suporta n’alma a disciplina austera
Que o passado lhe impõe à existência em dor...
 
Que nada te detenha o gesto solidário
Amparando no mundo os filhos do Calvário,
Na vivência cristã de quem semeia a paz...
 
Esclarece, consola, abençoa e ilumina,
Recordando a lição que o Mestre nos ensina:
- Quem faz o bem ao próximo, a si mesmo o faz!...

Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso.

4.2.22

LEGIÃO



BÍBLIA E EVANGELHO

A  Bíblia  (que  o  nome  quer  dizer simplesmente:  O  Livro)  é  na  verdade  uma biblioteca,  reunindo os  livros  diversos  da  religião  hebraica.
Representa a codificação  da primeira revelação  do  ciclo  do Cristianismo.
Livros  escritos  por  vários  autores  estão  nela colecionados, em número de 42.
Foram todos escritos em hebraico e aramaico e traduzidos mais tarde para o latim, por São Jerônimo, na conhecida Vulgata Latina, no século quinto da  nossa era. 
As  igrejas  católicas  e  protestantes  reuniram  a esse  livro os  Evangelhos  de Jesus, dando a estes o nome geral de Novo Testamento.
O Evangelho, como se costuma designar o Novo Testamento, não pertence de fato à Bíblia.
É outro livro, escrito muito mais tarde, com a reunião dos vários escritos sobre Jesus e seus  ensinos.
O Evangelho  é a codificação  da segunda revelação  cristã.
Traz  uma  nova mensagem,  substituindo o  deus-guerreiro  da  Bíblia  pelo  deus-amor  do  Sermão  da Montanha.
No  Espiritismo  não  devemos  confundir  esses  dois  livros,  mas  devemos reconhecer  a  linha  histórica e  profética,  a  linhagem  espiritual  que  os  liga.
São,  portanto, dois livros distintos.
O Espiritismo
A antiga religião hebraica é geralmente conhecida como Mosaísmo, porque surgiu e se  desenvolveu  com  Moisés.
A  nova  religião  dos  Evangelhos  é  designada como Cristianismo, porque vem do ensino do Cristo.
Mas, assim como nas páginas da Bíblia lado o  advento  do  Cristo,  também  nas  páginas  do  está anunciado o  advento  do  Espírito  de Verdade.
Este advento se deu no século passado, com a terceira e última revelação cristã, chamada revelação espírita.
Cinco novos livros aparecem, então, escritos por Kardec, mas ditados, inspirados e Orientados pelo Espírito de Verdade e outros Espíritos Superiores.
Os cinco  livros  fundamentais  do  Espiritismo,  que  têm  como  base  O  Livro  dos  Espíritos, representam  a codificação  da  terceira  revelação.
Essa  revelação  se chama  Espiritismo porque foi dada pelos Espíritos.
Sua finalidade é esclarecer os ensinos anteriores, de acordo com  a  mentalidade  moderna,  já  suficientemente arejada e evoluída  para entender  as alegorias  e símbolos  contidos  na Bíblia e  no Evangelho.
Mas  enganam-se  os  que  pensam que a Codificação do Espiritismo contraria ou reforma o Evangelho.

Livro: VISÃO ESPÍRITA DA BÍBLIA
J. Herculano Pires

3.2.22


 

O TOLO

O tolo nega sempre o que não pode compreender.
Para ele o maravilhoso é despido de atrativo.
Não sabe nada, e não quer nada aprender:
Tal é, do incrédulo, um fiel retrato.

Revista Espírita - julho 1858,
correspondência – Jobard.

2.2.22


 

A RESPOSTA DO MESTRE

        Contam que um jovem sedento de afirmação espiritual procurou certa vez o pensador e sacerdote hebreu Shammai e o interrogou:
        -Poderias ensinar-me toda a Bíblia durante o tempo em que eu possa quedar-me de pé, num só pé?
        - Impossível! - respondeu-lhe o filósofo religioso.
        -Então de nada serve a tua doutrina - redargüiu o moço.
        Logo após buscou Hilel, o famoso doutor, propondo-lhe a mesma indagação. O mestre, acostumado à sistemática da lógica e da argumentação, mas, também, conhecedor das angústias humanas, respondeu:
        -Toma posição.
        -Pronto! - retrucou o moço.
        -Ama! - elucidou Hilel.
        -Só isso?! E o resto, que existe na Bíblia? - indagou, apressadamente.
        - Basta o amor - concluiu o austero religioso. - Todo o restante da Bíblia é somente para explicar isso.
 
Pérolas Literárias 

1.2.22


 

O CARÁTER DO VERDADEIRO PROFETA

 Comentário Questão 624 do Livro dos Espíritos

O verdadeiro profeta é de caráter nobre, dentro da nobreza de Deus, porque somente fala a verdade, e por vezes ela lhe custa a própria vida física, como sucedeu ao Divino Amigo Jesus.

É fácil de ser reconhecido o homem de bem, pela sua vida, que ajuda outras vidas. É ele o homem que ama e em todos os seus passos ele prega e vive o amor. Todas as religiões são dignas de respeito, alguns dos religiosos é que são falsos dentro da própria comunidade.

O Espírito, para ser elevado, não precisa certamente de freqüentar tais ou quais religiões, mas que faça a caridade com amor. O missionário legítimo é aquele homem que respeita aos outros, que não fere, que não insulta, que não critica, que não tem ódio, que não tem inveja nem ciúmes, que perdoa sempre as ofensas alheias, que segue a linha de Jesus, vivendo os Seus preceitos, que o Evangelho registrou pelo poder do amor dos Seus discípulos.

O Mestre partiu para planos superiores, mas enviou falanges e mais falanges de Espíritos puros, para a carne e fora dela, a fim de dar continuidade à Sua mensagem de fraternidade universal. E esse trabalho continua a ser feito pelo poder dos anjos; notadamente aparece na França o Consolador prometido por Jesus há quase dois mil anos, na forma de uma Doutrina, para ensinar as mesmas coisas que disse Jesus e, ainda mais, o que o povo de Sua época não suportaria ouvir. Esse Cristianismo renascente se chama Doutrina Espírita, filosofia abençoada pela Luz, que somente nos traz paz e trabalho, nos traz luz e entendimento.

Nesse processo de maturidade das almas, nos vinte séculos passados, volta Jesus para levantar os caídos, alimentar os famintos e instruir os ignorantes, curar os enfermos e tranqüilizar os corações sofredores. É bom que anotemos o feito do passado, para nos inteirarmos do que ele pode fazer no presente, nas claridades modernas, face a face com a razão.

Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou (Marcos, 9:25). Jesus, voltando desta forma, estende as mãos para todos nós, encarnados e desencarnados, de todas as filosofias do mundo, e ordena que nos levantemos da ignorância, berço no qual dormimos, erguendo-nos com Ele para a luz da verdade. É o "educar e instruir" do Espiritismo, doutrina ditada pelo Espírito de Verdade que, por onde passa, liberta. E esse é o caráter do verdadeiro cristão, que passa abençoando e servindo, aprendendo e ensinando, amando e perdoando, falando das vidas sucessivas e mostrando que ninguém morre, e o que semeamos colhemos, que com a mesma medida que medirmos seremos medidos, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Esse é o verdadeiro profeta, que esquece o mal e somente vive no bem, que esquece o ódio e vive no amor, que esquece a injúria e vive no perdão.

O verdadeiro espírita se encontra integrado na luz do Cristo e em si faz brilhar o Cristo de Deus, porque essas coisas são motivos de glória da vida e pela vida.


Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez

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