30.4.17

Mudanças Substanciais

O que se avexa hoje no Brasil?
Que distúrbios que ocorrem que são propícios para um desígnio maior da nossa gente?
O que podemos fazer de nossa parte para ajudar o País a alcançar o seu desiderato espiritual?
Estas perguntas são absolutamente pertinentes no momento atual, haja vista que passamos por grave crise em vários setores da vida nacional e não desejamos que isto se perpetue para sempre.
Em primeiro lugar, devemos ter um diagnóstico o mais aproximado possível da realidade brasileira.
O que está em jogo neste embate que se mostra nas ruas e ganha a mídia não é outro senão uma guerra pelo poder. De um lado, os conservadores que tentam, a todo custo, alimentar e manter o status quo. De outro, uma gente de vanguarda em valores e posições que não encontra muito eco em suas manifestações.
Não utilizo, como se vê, o adjetivo separatista de bons e maus, de certos e errados, mas utilizo, como antes, o velho e atual jargão dos conservadores retrógrados e dos liberais avançados.
Não é uma questão de semântica de posições na economia, na educação, na política e nas questões sociais, representa atender à expectativa maior da população, o mais breve possível, da maneira para inclusivista que se puder, e que possa, acima de tudo, ser sustentável ao longo do tempo.
O velho chavão esquerda-direita ou direita-esquerda não serve mais. Tampouco imaginar que uns são do lado do bem e o outro do lado do mal. Isto é uma chatice política que não cabe mais nas grandes discussões da política.
Não adianta ter esquerdistas que se vendem ao capital, de todas as formas possíveis de se imaginar, e direitistas que não querem outra coisa senão a manutenção dos seus privilégios.
O que se pede, neste quadrante da humanidade, é que se respeite o povo, seus direitos, suas obrigações, sua dignidade. A subtração de direitos não pode acontecer, mas se houver concertação das partes, num jogo equilibrado de relações, que se avance nesta direção, se é, sobretudo, uma forma de ganho substancial.
O propósito do brasileiro, de maneira geral, é viver bem, é ter sua vida em patamares dignos, agora e depois, não a sua subjugação ao capital ou ao interesse vil.
Neste sentido, o que se puder mudar para o bem geral que o faça, mas somente depois de muita conversa, de muito entendimento, de muita negociação, de muita convergência.
Nenhuma das partes pode sentar para o jogo da negociação querendo simplesmente que seus interesses sejam automaticamente vencedores. Isso não. Deve-se analisar o contexto maior que se está inserido e ter a coragem em adotar as posições que sejam necessárias.
É natural, num momento de ajustamento, que as partes se conflitem, que os interesses divirjam, não se pode, porém, é adiar medidas que conjuntamente se mostrem ideais de serem feitas.
Peço ao nosso grande Senhor que ilumine as consciências envolvidas e que tenham discernimento para tomar as grandes decisões em benefício da maioria.
O nosso destino, enquanto País, é que sejamos a referência da civilização do bem e da paz, mas atualmente não conseguimos dar passos significativos nesta direção, embora compreenda que tudo que acontece obedece a um plano maior da Criação.
Façamos a nossa parte. Encorajemos os nossos líderes. Tomemos posições. Pensemos no amanhã. Sejamos firmes no que seja melhor para a nossa gente. Tudo ainda está por acontecer.
Sigamos juntos!

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

29.4.17

PRECE PELOS REFUGIADOS

Senhora Mãe do Cristo, Mãe das dores,
De todos os que sofrem no caminho,
Estendei sobre o humano torvelinho
Vosso manto de estrelas e de flores.

Encorajai, nos grandes dissabores,
Quem segue sob a cruz devagarinho,
Contemplando da Terra o Excelso Ninho
Que brilha além dos trilhos redentores.

Guiai a multidão dos desvalidos,
Dos famintos, dos tristes e vencidos,
Sem migalha de amor que os reconforte...

Abençoai aos pobres exilados,
Que andam pelo mundo desterrados,
Esperando somente pela morte!...

Auta de Souza
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 22 de abril de 2017, em Uberaba – MG).

28.4.17

Animais em Sofrimento

    Se os animais estão isentos da lei de causa e efeito, em suas motivações profundas, já que não têm culpas a expiar, de que maneira se lhes justificar os sacrifícios e aflições?
    Assunto aparentemente relacionado com injustiça, mas a lógica nos deve orientar os passos na solução do problema.
    Imperioso interpretar a dor por mais altos padrões de entendimento.
    Ninguém sofre, de um modo ou de outro, tão-somente para resgatar o preço de alguma coisa. Sofre-se também angariando os recursos precisos para obtê-la.
    Assim é que o animal atravessa longas eras de prova a fim de domesticar-se, tanto quanto o homem atravessa outras tantas longas eras para instruir-se.
    Que mal terá praticado o aprendiz a fim de submeter-se aos constrangimentos da escola?
    E acaso conseguirá ele diplomar-se em conhecimento superior se foge às penas edificantes da disciplina?
    Espírito algum obtém elevação ou cultura por osmose, mas sim através de trabalho paciente e intransferível.
    O animal igualmente para atingir a auréola da razão deve conhecer benemérita e comprida fieira de experiências que terminarão por integrá-la na posse definitiva do raciocínio.
    Compreendamos, desse modo, que o sofrimento é ingrediente inalienável no prato do progresso.
    Todo ser criado simples e ignorante é compelido a lutar pela conquista da razão, e atingindo a razão, entre os homens, é compelido igualmente a lutar a fim de burilar-se devidamente.
    O animal se esforça para obter as próprias percepções e estabelecê-las.
    O homem se esforça avançando da inteligência para a sublimação.
    Dor física no animal é passaporte para mais amplos recursos nos domínios da evolução.
    Dor física, acrescida de dor moral no homem, é fixação de responsabilidade em trânsito para a Vida Maior.
    Certifiquemo-nos, porém, de que toda criatura caminha para o reino da angelitude, e que, investindo-se na posição de espírito sublime, não mais conhece a dor, porquanto o amor ser-lhe-á sol no coração dissipando todas as sombras da vida ao toque de sua própria luz.


Livro: Aulas da Vida - Francisco C. Xavier - Emmanuel

27.4.17

Amor e Força

     A força do amor que dimana de Deus vitaliza o Universo e movimenta a vida.
     Estabeleceu as leis que equilibram o Cosmo e regem os destinos.
     Predestinou o homem para a glória estelar e programou todos os critérios da evolução.
     Aglutina as moléculas através da coesão e espalha os elementos mediante a repulsão.
     No caos aparente, organiza novas estruturas e impõe ordem, graças ao fatalismo que a tudo comanda.
     Essa força do amor é responsável pelo primeiro movimento e surgimento de tudo.
     Sendo o amor a manifestação da sabedoria divina, a sua é a força para o progresso e a felicidade.
     Há muitos homens que acreditam apenas na força.
     Constroem impérios que o tempo consome e fomentam  guerras que deixam escombros e cinzas.
     À medida que a sua força se expande e atemoriza, mais necessidade têm da força para preservar os domínios, que depois lhes escapam, frustrando-os e levando-os ao desespero, à alucinação, de certo modo alienados que são.
     A força vence; jamais convence.
     A força domina; nunca felicita.
     A força se impõe; não é recebida.
     A força se gasta; permanece a vida.
     O amor à arte conquista beleza.
     O amor ao trabalho favorece o progresso.
     O amor ao bem ilumina o mundo.
     O amor ao próximo dignifica a vida.
     A força que se instala, dominadora, não logra tanger a cítara da emoção de quem se lhe submete, para um poema de ternura.
     O amor inspira a sinfonia.
     O amor transforma o húmus em perfume.
     A força esmaga a violeta que se esvai em aroma.
     A força tiranizante subleva quem lhe sofre o guante.
     O amor que reina, desenvolve o júbilo de quem lhe experimenta a governança.
     Quanto mais grandioso é o ser, mais eloqüente é a sua capacidade de amar. O inverso é também real:  quanto mais primitivo o indivíduo, mais dominador através da força.
     O amor à força brutaliza, asselvaja.
     A força do amor dulcifica, aprimora.
     A força das hostes de Átila passou.
     O amor do Cristo permaneceu.
     Foi, portanto, com muita propriedade, que o evangelista João anotou, no capítulo quatro, versículo
oito da sua primeira Epístola: "Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor."


Livro: Esperança - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis

26.4.17

ESQUECIMENTO DO PASSADO

Questão 392 do Livro dos Espíritos

O Espírito não perde as lembranças do passado. O fenômeno que ocorre no transe da reencarnação é apenas um esquecimento temporário, e não perde para sempre. Pode se processar a lembrança, caso necessário, mas na suavidade que convém à força divina. O esquecimento das vidas passadas é uma benção de Deus, para manter a alma preocupada com a sua vida presente.
Mesmo as lembranças suaves são raras no meio humano e, por vezes, na vida espiritual. O Espírito livre, em muitos casos, ignora o seu passado, e quando recorda, obedece a uma gradatividade, de acordo com as suas forças para resistir aos fatos acontecidos em outras vidas na Terra. Somente os Espíritos puros não têm mais necessidade de recordar o passado, por não verem utilidade nessas lembranças, embora tenham um conhecimento pleno de todas as suas vidas pregressas. Os Espíritos superiores olham para frente e aproveitam todo o seu tempo na edificação do amor.
As lembranças do pretérito somente servem de lições quando o aluno delas carece. Os que vivem de recordações, vivem iludidos com o passado, que só serve para nos lembrar da retificação na conduta. Se já fizemos, é conveniente que as esqueçamos por completo, dando lugar à seiva da fraternidade. O Espírito mediano, ou quase a totalidade dos que se encontram reencarnados na Terra, não deve ter lembranças do passado, para não se perturbar. Estando livre o presente, é bem melhor sua ação nele para a devida limpeza do seu fardo, suavizando o seu jugo.
Deus é tão bom e justo, que nos dota de possibilidades para carregar todos os nossos registros, escritos por nós mesmos, toda a nossa condenação, sem que nos lembremos. De vez em quando a mão do destino busca lá no fundo algum fato, esperando de quem o fez a corrigenda e a paciência nas provas que por acaso surgirem nos caminhos.
O Senhor ainda nos ajuda a termos forças para suportar os embates da própria vida. Para limpar o passado da consciência, é preciso que se faça o bem nesta estadia do planeta; que se use de todas as oportunidades e se confie em Jesus, que Ele ajudará em todos os movimentos para a caridade. Quando o pensamento estiver entulhado de idéias negativas, que se ore, vigie e trabalhe com o Cristo no coração e esses pensamentos desaparecerão como por encanto, de maneira a manifestar na cidade da mente os sentimentos elevados, capazes de tranqüilizar a consciência, no esplendor da consciência do Cristo.
A Doutrina dos Espíritos surgiu nos horizontes da Terra como misericórdia para a humanidade, dando força às criaturas para esquecerem por completo o mal. Mas somente se faz isso com a prática do bem permanente. Não devemos alimentar pensamentos inferiores, nem gerar idéias formadas de magnetismo exsudado nas contradições.
O acervo de registros do passado do Espírito é enorme, de maneira que não se pode avaliar. As condições do cérebro só permitem registrar alguma coisa que a consciência oferta. As lições são gradativas, no percurso da vida física. Esse interesse que alguns espíritas têm de saber do passado é movido por curiosidade, e muitos têm orgulho de dizer que foram grandes personagens da história.
Não é preciso que alguém nos diga; podemos avaliar o que fomos no passado, analisando nossos impulsos do presente. O melhor mesmo é recordar o bem e fazer melhor.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

25.4.17

REVELAÇÃO – RELIGIÕES – XIII

316 –Aceitando Jesus o auxílio de Simão, o cireneu, desejava deixar um novo ensinamento às criaturas?
-Essa passagem evangélica encerra o ensinamento do Cristo, concernente à necessidade de cooperação fraternal entre os homens, em todos os trâmites da vida.
317 –A ressurreição de Lázaro, operada pelo Mestre, tem um sentido oculto, como lição à Humanidade?
-O episódio de Lázaro era um selo divino identificando a passagem do Senhor, mas também foi o símbolo sagrado da ação do Cristo sobre o homem, testemunhando que o seu amor arrancava a Humanidade do seu sepulcro de misérias, Humanidade da qual tem o Senhor dado o sacrifício de suas lágrimas, ressuscitando-a para o sol da vida eterna, nas sagradas lições do seu Evangelho de amor e de redenção.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

24.4.17

VERDADES QUE, TALVEZ, VOCÊ IGNORE SOBRE O PERISPÍRITO, OU CORPO ESPIRITUAL (*)

Ele cresce e envelhece.
Ele se desgasta a morre.
Ele está sujeito a aperfeiçoamento.
Ele sente sede, fome e frio.
Ele precisa dormir.
Ele sente dor.
Ele se reproduz.
Ele possui genitália.
Ele é constituído por órgãos.
Ele se submete a cirurgias.
Ele é corpo material.
Ele tem peso específico.
Ele se sujeita à Lei da Gravidade.
Ele necessita cobrir-se em sua nudez.
Ele é grosseira exteriorização de corpos mais sutis.
Ele expressa os traços característicos dessa ou daquela raça.
Ele confere identidade ao espírito.
Ele pode apresentar mutilações.
Ele possui genética.
Ele, como o corpo carnal, é química.
Ele nem sempre pode volitar.
Ele nem sempre pode se transfigurar.
Ele não é sobrenatural, nem mágico.
Ele ainda é humano.
Ele é assim em diferentes Dimensões Espirituais.
Ele apenas se sutiliza com a evolução do espírito.
Ele pode ser autoexterminado.
Ele modela o corpo físico, que é a sua expressão externa.
Ele pode ser tratado e curado na reencarnação.
Ele, ainda, sofre repercussões de tudo o que acontece ao corpo físico.
Ele é sempre medianeiro entre o mundo exterior e o mundo interior.
Ele está presente em todas as espécies – do reino mineral ao animal.
Ele, na Parábola contada por Jesus, é a “veste nupcial” para o banquete das Bodas do Filho do Rei.
Ele, etc...

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 24 de Abril de 2017.

(*) É só estudar um pouco mais.

23.4.17

O Mistério da Morte

O MISTÉRIO DA MORTE

O mistério da morte é o mistério da vida,
Que abandona a matéria exânime e cansada;
Que traz a treva em si e abre a porta dourada
De um mundo que entre nós é a luz desconhecida.

Também tive a minhalma outrora perturbada,
De dúvida, incerteza e angustias consumida,
Mas a morte sanou-me a última ferida
Desfazendo as lições utópicas do Nada.

A morte é simplesmente o lúcido processo
Desassimilador das formas acessíveis
À luz do vosso olhar, empobrecido e incerto.

Venho testemunhar a luz de onde regresso,
Incitando vossa alma aos planos invisíveis,
Onde vive e se expande o Espírito liberto.


Livro: Parnaso de Além-Túmulo - Francisco C Xavier

22.4.17

Triste Final

Há gente que quer amor,
Quer dinheiro, quer prazer,
E nem suspeita que a dor
Pode por tudo a perder.

Leve tropeção que for,
Faz a pessoa ceder,
Perdendo o seu bom humor
Na hora do vamos ver...

Tanto ilude e mente tanto,
Quem nem reza de quebranto
Pode curar o seu mal...

Consciência dedo em riste,
O seu final será triste
Na alma sem ideal!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 8 de abril de 2017, em Uberaba – MG).

21.4.17

É Lícito?

Muito comum em nosso meio a pergunta: É probido “isso”? e “aquilo”? Será que podemos fazer esta “coisa”?
Para responder, lembramos da instrução do apóstolo Paulo, em sua 1ª epístola aos Coríntios:
Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam. (I Coríntios, 10: 23)
Ao analisar esta proposição formulada pelo “Apóstolo dos Gentios”, devemos nos situar no significado da palavra lícito.
Segundo o dicionário Aurélio, “lícito” é tudo que é conforme a lei, tudo que é legal.
Normalmente, quando fazemos ou tentamos responder esta pergunta, não estamos preocupados com as coisas humanas. Estas nós sabemos como conduzir. A preocupação normalmente é com as questões espirituais. Com isso entendemos que esta pergunta deveria ser formulada assim: De acordo com as leis divinas podemos fazer isto? E aquilo?
E a resposta seria: É lícito perante as leis divinas? Se a resposta for afirmativa, então, é; de outro modo, não.
Essa forma de pensar parece que contradiz a afirmativa de Paulo, porque ele diz que todas as coisas são lícitas. No nosso ponto de vista Paulo não pensava na lei divina ao usar a palavra lícita, mas pensou ao dizer: “mas nem todas as coisas convêm”, “nem todas as coisas edificam”. E tudo isso é bastante coerente com outro ensinamento de sua autoria:
Aquele que não conhece a lei, tudo o que ele faz é lei, mas o que conhece e não a pratica, é punido pela própria lei.
Sabemos que a lei divina é revelada aos homens à medida de sua condição evolutiva, isto nos leva a raciocinar que de acordo com a condição evolutiva da criatura é que ela vai analisar o que é justo ou não.
Nada proíbe nada, um dos princípios básicos é o “livre-arbítrio” (todas as coisas são lícitas), assim sendo ela não é proibitiva, mas é educativa, no sentido de mostrar a verdade, e ensinar o caminho para consegui-la (mas nem todas as coisas edificam).
O apóstolo, com este seu ensinamento, mostra sua capacidade de síntese e consegue fechar todo o tema que ora estudamos: “Livre-arbítrio e Causa e Efeito”. Com a afirmação de que “tudo me é lícito”, ele mostra o livre-arbítrio, mas é taxativo ao afirmar: “nem todas as coisas edificam”, ou seja, nem todas as coisas nos conduzem para o caminho do Senhor, e é aí que a lei de causa e efeito atua de maneira a fazer voltar o ser à direção correta.
Outra coisa a ser analisada é qual o nosso objetivo diante da vida. Ela nos oferece muitos prazeres de caráter transitório, mas se o nosso objetivo maior é a nossa evolução espiritual, temos que buscar algo mais duradouro: o tesouro que o ladrão não rouba, nem a traça corrói.
Quando Jesus conversava com as irmãs de Lázaro, deixou um grande ensinamento:
“Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a melhor parte, a qual não lhe será tirada.”
Portanto quando estivermos em dúvida sobre qual o caminho a seguir, usemos o nosso discernimento, e busquemos pensar se não estamos trocando:
O divino, pelo humano.
O transcendente, pelo rotineiro.
O que redime, pelo que cristaliza.
O espiritual, pelo material.
Os prazeres do Céu, pelas alegrias da Terra.
E lembremos sempre o que Ele, que é o Mestre dos mestres nos disse:
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida.

Ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (João, 14: 6)

20.4.17

AINDA HÁ ANTIPATIA

Questão 391 do Livro dos Espíritos

A antipatia entre duas pessoas nasce em qualquer uma delas primeiro, no entanto, provavelmente um é sempre mais esclarecido que o outro, e por força da natureza melhorada, a antipatia deve surgir no que ainda tem uma natureza mais bruta, que alimenta a inferioridade.
Existem ainda casos de dívidas do passado entre duas pessoas, onde uma delas já está propensa ao perdão. Essa, esquece logo as lembranças e a repulsão quando encontra o antagonista, mas a outra, que desconhece a desculpa, trava uma guerra consigo mesma para odiar mais, ao deparar com o seu antigo inimigo, piorando cada vez mais a sua situação espiritual.
Certamente que o bom Espírito sente repulsão pelo mau, mas esforça-se para não odiar, por estar na escala da educação dos seus sentimentos. O Espírito superior não muda sua paz interior pelas antipatias que recebe de alguém; conserva sua serenidade e ainda ora por todos os que caluniam e odeiam.
Convém anotar-se que o Espírito que odeia se encontra na ordem dos ignorantes, que não percebeu ainda a luz nem experimentou a paz de consciência. Foi por essa razão que veio ao mundo o Cristo, sendo que a humanidade não reconheceu a Sua presença como deveria. Assim ele fez voltar a Sua doutrina na feição do Espiritismo codificado por Allan Kardec, na certeza de que essa filosofia grandiosa iria dar continuidade à educação dos que ignoram a verdade. A Doutrina dos Espíritos tem o poder de fazer reviver com Jesus, com todas as suas qualidades nobres, trabalhando para que Ele seja conhecido por toda a humanidade.
O Espírito inferior desconfia de todos e percebe no ar quando vai ser censurado pelo seu igual. Ele está sempre em rixas com os seus parceiros. Com estas páginas sobre “O Livro dos Espíritos”, nós desejamos a todos que melhorem em todos os sentidos e alcancem o amor, amando; que alcancem o perdão, perdoando; que alcancem a caridade, praticando-a em todas as suas nuances.
Se ainda alimentamos alguma antipatia por alguém, pensemos mais e desfaçamos logo este estado negativo em nossa vida. Cada sentimento inferior que palpita em nosso íntimo, é semente inferior lançada no terreno mental e no coração de quem odeia, e por isso responderemos. Não convém esse estado, porque todo sofrimento nasce desse descuido.
Fecundemos nossos pensamentos, palavras e obras com a fraternidade, pois ela é capaz de construir em nossos caminhos a luz que jamais se apagará. Mesmo que não tenhamos antipatia por alguém, mesmo que ninguém se antipatize conosco, trabalhemos em favor dos que ainda se encontram nessa faixa de vida nas sombras, para que eles, no amanhã, esqueçam deste nome, antipatia, e do que ele representa para os infelizes.
O mundo está cheio de ódio, de inveja, de orgulho e de egoísmo, esperando que nossas mãos trabalhem para a paz de todos. Podemos fazer alguma coisa em favor do amor, e não nos esqueçamos de espalhar benefícios. Comunguemos com o Cristo, que ele já comungou com o nosso coração em Deus.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

19.4.17

REVELAÇÃO – RELIGIÕES – XIII

314 –Qual a maior lição que a Humanidade recebeu do Mestre, ao lavrar ele os pés dos seus discípulos?

-Entregando-se a esse ato, queria o Divino Mestre testemunhar Para as criaturas humanas a suprema lição da humildade, demonstrando, ainda uma vez, que, na coletividade cristã, o maior para Deus seria sempre aquele que se fizesse o menor de todos.

315 –Por que razão Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, cingiu-se com uma toalha?
-O Cristo, que não desdenhou a energia fraternal na eliminação dos erros da criatura humana, afirmando-se como o Filho de Deus nos divinos fundamentos da Verdade, quis proceder desse modo para revelar-se o escravo pelo amor à Humanidade, à qual vinha trazer a luz da vida, na abnegação e no sacrifício supremos.

Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

18.4.17

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – VII

Dando sequência aos nossos estudos, no capítulo 17, do livro “Nosso Lar”, conhecendo a casa de Lísias, o autor espiritual da obra descreve: “Ambiente simples e acolhedor. Móveis quase idênticos aos terrestres; objetos em geral, demonstrando pequeninas variantes. Quadros de sublime significação espiritual, um piano de notáveis proporções, descansando sobre ele grande harpa talhada em linhas nobres e delicadas.”
Você, estimado (a) internauta, seria capaz de nos auxiliar a responder as questões propostas abaixo:
a)    De que material seriam feitos os móveis existentes na casa de Lísias?! Você admite que possam, à época em que foram construídos, terem sido feitos de madeira?!
b)    Os quadros, ou as telas, que enfeitavam as paredes da casa, eram originais, concebidos por artistas do Mundo Espiritual?!
c)     E o piano?! O que você poderia nos dizer a respeito?! Porventura, tratar-se-ia de um piano “desencarnado”, ou fabricado mesmo no Mais Além?!
d)    E a harpa?! O que você tem a dizer sobre ela?! A presença de um piano e de uma harpa pode nos levar a pensar na existência de músicos e compositores no Mundo Espiritual, que lá mesmo tiveram oportunidade de estudar e aprender a tocar os referidos instrumentos?!
Em seguida, no mesmo capítulo 17, André escreve em certo parágrafo: “... Iolanda exibiu-me livros maravilhosos.” Que livros seriam tais?! Escritos na Terra, por autores encarnados, ou escritos lá, em “Nosso Lar”, igualmente nos induzindo a pensar na existência de todo um trabalho de editoração dos referidos volumes?! Escrevem-se livros no Mais Além?! Ou toda a cultura que possa existir no Mundo Espiritual é procedente da cultura do Mundo Material?!...
Ainda em visita à casa de Lísias, André Luiz conta que se demorou na “Sala de Banho, cujas instalações interessantes me maravilharam. Tudo simples, mas confortável” Se você puder, e estiver interessado, por favor, tente responder conosco:
a)    “Nosso Lar” é uma cidade fundada por “distintos portugueses” desencarnados – em Portugal, “Casa de Banho”, ou “Sala de Banho”, é sinônimo de Banheiro, Lavabo, etc. Qual seria a utilidade prática de um Banheiro na casa de um espírito desencarnado?!
b)    Você admite que o corpo espiritual, ou perispírito, ainda tendo que se alimentar, tem, igualmente, necessidade de excretar resíduos, recorrendo, por exemplo, a um vaso sanitário?!
c)     Em consequência, como recomenda os princípios da boa higiene, teria que lavar as mãos, e até outras partes consideradas “menos nobres” do corpo? Eu, particularmente, quando não encontro uma ducha higiênica num banheiro – apetrecho tão simples e tão barato – acho um absurdo.
d)    O perispírito precisa ser banhar, ou seja: o espírito, nas Dimensões Espirituais mais próximas ao orbe, ainda carece de tomar banho, para lavar o seu corpo?! Tomar “banho na soda”, eu ainda continuo mandando muita gente, encarnada e desencarnada, mas eu quero saber é na água?!
e)    Se o espírito toma banho, a fim de higienizar o perispírito, convém concluir que ele transpira, suja-se na execução de determinados trabalhos que o colocam em contato com alguma espécie de poeira?!
Na semana que vem, voltaremos a incomodar. Por hora, o nosso fraternal abraço, lembrando a você que o espírita não deve engolir “comida” que os outros mastigam – ele deve mastigar e engolir a sua própria “comida”.
Abraços.

INÁCIO FERREIRA – Mediunidade na Internet

17.4.17

Definitivamente: Não Sou Santo!

A mão que escreve agora estas palavras um dia certamente cometeram pecados, hoje, porém, tenta aliviá-los com palavras de encorajamento e fé.
Eu tive oportunidades de errar – e errar muito – quando estava entre vocês na última vivência na carne. Errei muitas vezes na tentativa de acertar, é verdade, mas errar conscientemente do erro que estou cometendo, isto jamais poderei fazer porque me entreguei, corpo e alma, a causa de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ele me ensinou, entre tantas coisas, que ainda seria perfeito, como é o nosso Pai Celestial, mas que ainda trilho no caminho da imperfeição e isto acontece, maioria das vezes, na tentativa de aprender o caminho correto que chegue ao Pai.
Esta confissão é importante que seja expressa porque muitos me têm hoje como uma espécie de santo – e santo definitivamente não sou.
Sou ainda um pecador na expressão das minhas falhas contínuas, mas desprovidas de intenção. Falho, entretanto, e como erro ainda mesmo no lado de cá da existência humana.
Não posso com isso me candidatar, por mais que seja uma homenagem sincera dos meus amigos e admiradores, a uma vaga no panteão da santidade na Terra entre meus irmãos católicos.
Neste “Sábado de Aleluia”, reidentifico-me publicamente com a minha ainda grande imperfeição humana e não posso considerar que seja justo dizer-se "Santo Hélder” quando eu mesmo não consigo caminhar retamente com as minhas próprias pernas.
Quem por acaso ler estas linhas, em nome de alguma consideração que me tem, e puder fazê-las chegar aos destinatários da Igreja Católica que servi e ainda sirvo, mostre este meu depoimento sincero, vindo do fundo de meu coração e da minha absoluta consciência.
Já me expressei outras vezes sobre o assunto. Fui firme, mas infelizmente poucos deram ouvidos. Entendo a razão. Não posso, porém, deixar de tentar outra vez e realizar este apelo pelo amor de Deus.
É um pedido que acredito justo, que sai das catacumbas, que se transforma em luz, que se põe como algo concreto e veraz da minha alma.
Por favor, em nome de Deus, faça cumprir este meu pedido.
De coração,

Helder Camara – Blog Novas Utopias

16.4.17

Apenas o começo

Não há neste momento que o País atravessa uma força política capaz de mudar o quadro atual. Todos, de alguma maneira, estão envolvidos no golpe de falcatruas que foi vítima a governança brasileira – salva uma minoria de exceções.
Já esperávamos, do lado de cá da vida, a vastidão dos efeitos desta intempérie política. Sabíamos, antemão, o que estava acontecendo e os atores envolvidos, há algum tempo.
De nossa parte, sem poder nos antecipar a corrente natural dos fatos, competia fazer alertas, dizer da nossa inquietação e também do nosso temor para que, uma vez divulgada em detalhes as artimanhas de subtração do Estado brasileiro, o povo não saísse às ruas em clima de profunda revolta e desorganização civil – pois que o caos se estabeleceria.
O que vemos é a constatação da falência do atual modelo político brasileiro, carcomido que foi pelos interesses particulares mais escusos possíveis.
Quando levantava a voz nesta coluna para denunciar a decepção com os protagonistas da política brasileira, achavam uns que estava sendo absolutamente pessimista ou os contornos do quadro que pintava era por demais tenebroso ou exagerado. O tempo provou que não era. E pasmem: tudo que sabem ainda não é tudo que existe.
Outras revelações bombásticas estão em curso e somente alguns atualmente têm noção da podridão que ainda será revelada.
Ao afirmar que não ficará “pedra sobre pedra”, argumento que diante do caos instalado de alternativas para o País, poderemos ter, infelizmente, uma guinada perigosa para posições extremistas que, antes de demonstrar a impiedade popular com o status quo – revelará, insofismavelmente, uma posição de desespero inconsequente.
Os militares a tudo veem e nada fazem – e possivelmente nada farão. Sabem eles que o erro humano em querer mais e mais poder – ou mais e mais dinheiro – não se resume apenas aos civis, mas é origem da ainda imperfeição moral da humanidade.
As instituições sairão fortalecidas, mas não depois de uma limpeza exemplar nos quadros da política brasileira e na criação de outra base jurídica de relacionamento popular e as esferas de poder, aliado a novas regras do jogo político. Mais transparentes, mais representativas, mais legítimas.
De nossa parte, continuaremos, porque não falo apenas de mim, na retaguarda da construção de um País novo e vigoroso, livre da corrupção e dos desmandos.
Enquanto isso, porém, não baixaremos a guarda. Muitos artifícios, de todos os lados, ainda serão planejados e, dada a necessidade de sobrevivência política, a audácia e a ousadia em impetrar iniciativas antipopulares não deixarão de existir – o que é perfeitamente compreensível, mas não aceitável.
São os tempos novos, senhores, os tempos da renovação de ares e de atores da política brasileira.
O que se espera, aprendida a lição, é que sejamos, todos nós, protagonistas de um novo e próspero amanhã.


Joaquim Nabuco – Blog reflexões de um imortal

15.4.17

PENITENTES

Infelizes os que, a blasfemar,
Escarnecem da fé dos pequeninos
E, gargalhando, põem-se a ironizar
Aos humildes, que a Deus elevam hinos.

Estou farto de, aqui, vê-los passar,
Lamentando os seus próprios desatinos,
Que os terreiros da morte vêm pisar,
Na condição de rotos peregrinos.

Estranha procissão em noite escura,
Penitentes de grande desventura,
Que lhes parece nunca há de ter fim...

Seguem a mendigar réstea de luz,
Seja em toco de vela que reluz
Por sobre o altar de quem só reza assim!...

VINÍCIUS DE MORAES
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 8 de abril de 2017).

14.4.17

A ANTIPATIA É INFERIORIDADE?

Questão 390 do Livro dos Espíritos

A antipatia é sinal de inferioridade, e os Espíritos puros não a têm de modo algum, por respeitarem os direitos alheios. Cada qual tem direito de pensar como queira. Não se é necessariamente Espírito mau só por pensar diferente dos outros. No entanto, existem antipatias geradas no ódio. Isso depende muito das almas que alimentam e sentem esse antagonismo.
Estamos todos de partida para a libertação espiritual, pelo conhecimento da verdade. Quando alcançarmos a evolução real, tudo de mal se desfará, tudo de antipatia acabará, tudo de tristeza deixará de existir, todo mal cederá lugar para o bem eterno, dentro da eternidade de Deus. Os caminhos do progresso espiritual são diversos, porém, quem trilha por um, não desdenha o outro, por conhecer que o Senhor fez todos os caminhos com ardor e que todos eles nos levam à felicidade.
A antipatia entre dois Espíritos pode derivar no modo de pensar, donde se segue que esses Espíritos não se afinam nos mesmos ideais de trabalho, sendo que todos eles os levam à paz e ao entendimento. A maldade se encontra na inferioridade da alma, aquela que não pode livrar-se do orgulho e do egoísmo. Isso é mais questão de tempo.
A maturidade do Espírito irá levá-lo ao conhecimento da verdade. Há momentos que requerem mais vigilância da nossa parte. Por vezes, sentimos antipatia até do olhar de certas criaturas, da sua palavra e mesmo dos seus gestos. Nessas horas, devemos buscar a oração assegurada na vigilância, certificando-nos de que a vontade possa desfazer esse magnetismo que, se descuidado, toma um caráter inferior, fazendo surgir a inimizade no clima da nossa vida.
Aos espíritas, aconselhamos evitarem as discussões. Elas, de modo geral, geram antipatia e até mesmo o ódio. Não impor ideias é processo de luz; quando solicitados exporem suas convicções, que vigiem sempre o verbo, para que ele não fira nem violente os direitos dos outros.
As naturezas são diversas nas criaturas; as escalas de progresso são inúmeras nos Espíritos, e cada um tem direitos onde permanece e deveres a cumprir. Nem o próprio Jesus quis julgar a mulher adúltera, por saber o Senhor que ela estava em um grau de evolução em que o erro a dominava, como lição para o futuro. Sempre os julgadores se esquecem do seu próprio tribunal, em ação dentro de si mesmo. Para ser um professor para os outros, para ensiná-los constantemente, existe somente um meio de fazê-lo, sem contrariar as leis que regulam a vida: pelo exemplo.
Quem vivencia a mensagem do amor nunca cria antipatia nos corações que o observam. Tudo é escrito nos corações em silêncio, da forma que a natureza sabe fazer, e ela é mesmo hábil nessa operação.
Se existe, entre nós e outrem, diversidade no modo de pensar, não nos irritemos com esse fenômeno comum dentre as criaturas; passemos adiante e busquemos o que serve para nosso entendimento, que Jesus nos abençoará os esforços.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

12.4.17

Religiões - XI

REVELAÇÃO

312 –Como interpretar a afirmativa de João: - “Três são os que fornecem testemunho no céu: o Pai, o Verbo e o Espírito Santo?”.
-João referia-se ao Criador, a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e à legião dos Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a misericórdia de Deus.
313 –Como entender a bem-aventurança conferida por Jesus aos “pobres de espírito”?
-O ensinamento do Divino Mestre, referia-se às almas simples e singelas, despidas do “espírito de ambição e de egoísmo” que costumam triunfar nas lutas do mundo.
Não costumais até hoje denominar os vitoriosos do século, nas questões puramente materiais, de “homens de espírito”? É por essa razão que, em se dirigindo à massa popular, aludia o Senhor aos corações despretensiosos e humildes, aptos a lhes seguirem o ensinamento, sem determinadas preocupações rasteiras da existência material.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

11.4.17

Ame sempre

    ... O julgamento  é dos homens,  mas a Justiça  é de Deus...
    Encontrarás   talvez, junto de ti, os que te pareçam errados.
    Esse cometeu falta determinada, aquele se acomodou numa situação considerada infeliz.
    Respeita o tribunal que lhes indicou tratamento, sem recusar-lhes auxílio.
    Quem conhecerá todas as circunstâncias para sentenciar, em definitivo, quanto às atitudes de alguém, analisando efeitos sem penetrar as causas profundas?
    Deliciava-se certa jovem com o perfume das rosas que lhe vinham desabrochar na janela.  Orgulhosa das ramas que escalavam paredes, de modo a ofertar-lhe as flores, quis corrigir o jardim, no pedaço de chão em que a planta se levantava.   Pequeno monte de terra adubada, a destacar-se de nível, foi violentamente arrancado, mas justamente aí palpitava o coração da roseira.
    Decepada a raiz, morreram a flores.
    Quantas criaturas estarão resignadas à moradia em situações categorizadas por lodo, para que as rosas da alegria e da segurança possam brilhar na janelas de nossa vida?
    Aceita os outros tais quais são.
    Espera e serve.
    Abençoa e ama sempre.
    O errado hoje, em muitos casos, será o certo amanhã.
    O julgamento é dos homens, mas a justiça é de Deus.


Livro: "Amizade" -  Francisco C Xavier – Meimei – Os livros Espíritas vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

10.4.17

“ESPÍRITAS MATERIALISTAS”

- Doutor, por favor... – chamou-me um irmão de Doutrina, que reencontrei caminhando pelo centro da cidade, ou seja, da Uberaba que, presentemente, habito além da morte. – O senhor poderia me conceder um minuto de sua atenção?! Sei que o senhor é um homem muito ocupado...
- Pois não, meu amigo – anui, detendo o passo. – Podemos, sim, falar um pouco... Tenho um compromisso, mas sei que você não tomará muito o meu tempo, como também eu me preocupo em não tomar o seu.
- Doutor, eu sei que o senhor escreve para a Terra...
- Tenho postado, sim, alguns rabiscos numa “agência dos correios” entre as Duas Vidas... Tive a felicidade de conhecer um “carteiro” de boa vontade e...
- Então, Doutor, eu quero lhe pedir... O senhor precisa escrever um alerta fraterno a alguns companheiros espíritas, que, a meu ver, estão perdendo a fé!...
- Mas como – perguntei –, se a nossa fé é raciocinada... A fé, quando verdadeiramente fruto da razão, é algo que não se perde, mas, ao contrário, acha-se cada vez mais! Em que sentindo você está dizendo que alguns confrades estão perdendo a fé?!...
- Perdendo a fé, Doutor, em si mesmos! – respondeu ele, visivelmente acabrunhado.
- Em si mesmos?! – indaguei, solicitando confirmação.
- Sim, Doutor! Estão colocando os pés pelas mãos... Começaram bem – muitos deles tiveram um início extremamente promissor, mas agora, infelizmente...
- O que está acontecendo?!...
- Estão trabalhando em causa própria, promovendo-se em sua própria vaidade e personalismo...
Fez pequeno intervalo e voltou a falar:
- Estão completamente desacreditados da Lei de Causa e Efeito, apenas e tão somente pensando em aparecer e ganhar...,
- Ganhar o quê?! – insisti.
- Ora, ganhar dinheiro, Doutor?! Dinheiro e prestígio pessoal... Alguns deles estão chegando a se anunciar como grandes missionários reencarnados...
- Talvez sejam... Quem sabe?! Realmente, existe muito missionário falido na Terra – de mamando a caducando, eu conheço um monte!...
- Eu sei que o senhor sabe do que estou falando – considerou o interlocutor com acerto. – Doutor, esses nossos irmãos, inclusive alguns que se dizem médiuns, não acreditam mais na mediunidade – eles estão agindo como uma nova modalidade de descrentes: espíritas materialistas!...
- Meu caro, você está coberto de razão – considerei. – De há muito, eu também sei disso... Estão transformando o Espiritismo em empresa, ou, em outras palavras, em negócio extremamente lucrativo. Mas...
- Mas o quê, Doutor?!...
- A desencarnação está aí para todo mundo... Você sabe: largar a carcaça e encarar a realidade?! Querer voltar atrás sem poder?! Arrepender-se amargamente e dar-se ao esforço do recomeço, esperando que uma nova oportunidade apareça?!...
- Não, Doutor, não fala nisso, não, porque é a coisa mais dura que tem – eu sei, porque eu também cometi certos erros, e agora não sei quando terei oportunidade de repará-los...
- Então, não fica assim, não! – falei, dando a conversa por encerrada. – O seu propósito em relação aos nossos confrades e confreiras que se encontram encarnados é o melhor, mas, como você mesmo disse, se eles são espíritas materialistas, eles não irão acreditar em mim... A desencarnação, a qualquer hora do dia ou da noite, repito, está aí para todo mundo, e, antes dela, a queda no profundo abismo da desilusão, onde haverá pranto e ranger de dentes!...

INÁCIO FERREIRA

Blog Mediunidade na Internet, 10 de abril de 2017.

9.4.17

ILUSÕES DO AMANHÃ

'Por que eu vivo procurando um motivo de viver,
Se a vida às vezes parece de mim esquecer?
Procuro em todas, mas todas não são você.      
Eu quero apenas viver, se não for para mim, que seja pra você.
Mas às vezes você parece me ignorar,
Sem nem ao menos me olhar,
Me machucando pra valer.
Atrás dos meus sonhos eu vou correr.
Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.
Se a vida dá presente pra cada um, o meu, cadê?
Será que esse mundo tem jeito?  
Esse mundo cheio de preconceito.
Quando estou só, preso na minha solidão,
Juntando pedaços de mim que caíam ao chão,
Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.  
Talvez eu seja um tolo, que acredita num sonho.
Na procura de te esquecer, eu fiz brotar a flor.
Para carregar junto ao peito,
E crer que esse mundo ainda tem jeito.  
E como príncipe sonhador... 
Sou um tolo que acredita, ainda, no amor.' 

PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos - APAE) Este poema foi  escrito  por  um  aluno  da  APAE, chamado, pela sociedade, de excepcional..
Excepcional é a sua sensibilidade!

Ele tem 28 anos, com idade mental de 15  

8.4.17

VERSOS DO EVANGELHO

Ante o caído na estrada,
A quem muita gente evita,
É que o homem se revela
Samaritano ou levita.
*
Chego à triste conclusão,
Ao ver o mal que se expande,
Que a descendência de Herodes
Sobre a Terra ainda é grande.
*
Muito embora a multidão
Que no mundo apareceu,
Entre os homens, muito raro,
Encontrar-se um cirineu.
*
Digo a vocês sem receio,
Que, entre Anás e Caifás,
Arcando com as consequências,
Prefiro ser Barrabás.
*
Para Jesus, ao nascer,
Por sobre o chão, que se doura,
Queria ser, pelo menos,
O capim da manjedoura.

Eurícledes Formiga – Blog Espiritismo em Prosa e Verso

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 30 de março de 2017, em Uberaba – MG).

7.4.17

AINDA A FRATERNIDADE

   O impositivo da fraternidade entre os homens a cada dia mais se faz relevante. Instrumento de paz, a fraternidade é, de início, o amor em plena instalação.
    Para cultivá-la, no entanto, não há como, senão, abdicar ao egoísmo e aos seus múltiplos sequazes, que instalam, incessantemente, balizas de incompreensão e rebeldia, em todos os lugares em que nos encontramos.
    Fala-se, discute-se, programa-se, encena-se muito, a convivência fraterna mas se produzem poucos esforços para concretizá-la.
    Ninguém cede nos "pontos de vistas", nas discussões, mesmo quando o objetivo comum seja elevado e de resultados benéficos para todos.
    Muitas vezes o pensamento é unânime e como a forma de apresentá-lo diverge, não se permitem os expositores o exame dos conceitos, com a necessária serenidade e logo, grassam as dissensões. Os olhos se injetam, a voz se altera, a fisionomia se turba, a respiração descompassa e a ira comanda os resultados, gerando ondas de animosidade inconsequente, nefanda...
    Colocados lado a lado com os seres humanos, nossos irmãos, em jornada evolutiva, eduquemo-nos para viver pacificamente, suportando-nos, uns aos outros, de modo a conseguirmos tolerância recíproca e fraternidade legítima.
    Para o tentame, coarctemos a palavra azeda, o verbete ofensivo, a expressão deprimente, evitando o comentário ácido e maledicente que logo produz uma colheita de ofensas e reprimendas.
    Madame Rolland, a célebre jacobina de França, ante as arbitrariedades e atentados praticados pelos idealista e promotores da Revolução, proferiu com imensa amargura: "Fraternidade, fraternidade, quantos crimes se cometem em teu nome!"
    Jesus, o Sublime Governador da Terra, para ensinar fraternidade conviveu com as mais díspares pessoas tolerando-as, ajudando-as, amando-as. E mesmo entre os seus "chamados", quando grassavam rixas e discórdias, mantinha-se sereno e gentil, para assegurar que, o verdadeiro amor se fixa, na razão direta em que a fraternidade se faz ternura e, de modo a que, o socorro esteja sempre presente, atendendo às necessidades gerais.


Livro: Sol de Esperança - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis

6.4.17

REPULSÃO INSTINTIVA

Questão 389 do Livro dos Espíritos

A repulsão instintiva de uma pessoa para com a outra é antipatia que vem do passado ou, igualmente, instinto com diferenciação na sua estrutura intrínseca.
Cada um de nós geramos um tipo de magnetismo, cuja força é boa ou má, dependendo dos sentimentos que imprimimos nessas vibrações. Cabe a cada um analisar o seu magnetismo e cuidar dele, de modo que seu uso seja de proveito para si e para os outros. Torna-se justo que possamos também verificar o tipo de magnetismo dos outros, sem alarde, somente para indicação do que devemos fazer em favor do irmão em pauta.
Se sentimos ou viermos a sentir repulsão por alguém em caminho, em família, que é o mais comum, não nos revoltemos com essa depressão magnética do irmão; aliviemos seu fardo com orações em seu favor, pedindo a Deus para que abra os canais da amizade, e o melhor meio é a força da caridade, de maneira a atingir seu coração.
Quando a antipatia é do passado, ela se enraíza mais nas fibras da alma e os dois antagonistas, ao se encontrarem, permutam um campo de força negativa entre si, intoxicando os centros de força, o que, ao mesmo tempo, afeta o sistema nervoso, deprimindo os órgãos do corpo físico.
Assim como o ódio é o inferno vivo dentro da alma, o amor é o céu no país da consciência. A Doutrina dos Espíritos, essa beleza espiritual para cuja codificação Allan Kardec serviu de instrumento, nos mostra o Cristo na Sua plenitude, despejando ensinamentos por todos os lados e nos fazendo entender os mais puros conceitos de vida.
Kardec foi, no século passado, o mais lúcido discípulo de Jesus que pisou o solo da nossa querida França, com a missão de acender a luz para todo o mundo. O grande valor da Doutrina dos Espíritos é não ser estática; ela avança com o progresso em todas as necessidades de caminhar, subindo para planos que o homem ainda não percebe. É de posse da filosofia espírita que vamos limpando nossa vida de todas as antipatias que sintamos. Caminhos limpos, felicidade à vista.
A repulsão instintiva vem de vibrações antagônicas, ao passo que o amor é luz atrativa que se acende nos Espíritos que se amam. Os Espíritos inimigos que se reconhecem sem se falarem, captam as vibrações uns dos outros, servindo-lhes de instrumento o corpo físico.
Jesus Cristo foi a mensagem do amor para a humanidade e foi usando Seu amor mais puro que Ele curou os enfermos, levantando paralíticos e refazendo corpos danificados. Foi com esse amor que Ele, o Mestre dos mestres, mostrou para todos nós o caminho, a verdade e a vida.
Devemos limpar da mente alguma antipatia que por acaso tenhamos de alguém, para não atravessarmos o túmulo alimentando o ódio e a vingança. Esse estado de alma nos leva à perturbação constante, até que reconheçamos o valor do perdão, aquele que tudo esquece, para dar lugar ao amor.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

5.4.17

REVELAÇÃO – RELIGIÕES – X

         310 –A transfiguração do Senhor é também um  símbolo para a Humanidade?
         -Todas as expressões do Evangelho possuem uma significação divina e, no Tabor, contemplamos a grande lição de que o homem deve viver a sua existência, no mundo, sabendo que pertence ao Céu, por sua sagrada origem, sendo indispensável, desse modo, que se desmaterialize, a todos os instantes, para que se desenvolva em amor e sabedoria, na sagrada exteriorização da virtude celeste, cujos germes lhe dormitam no coração.
          311-Qual o sentido da afirmativa do texto sagrado, acerca de Jesus: - “Não tendo Deus querido sacrifício, nem oblata, lhe formou um corpo?”.
          -Para Deus, o mundo não mais deveria persistir no velho costume de sacrificar nos altares materiais, em seu nome, razão por que enviou aos homens a palavra do Cristo, a fim de que a Humanidade aprendesse a sacrificar no altar do coração, na ascensão divina dos sentimentos para o seu amor.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

4.4.17

NEM NOS TEMPLOS, NEM NOS MONTES

“Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me, que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai.” – João, 4:21

Estou convicto de que chegará o tempo em que Deus, realmente, será adorado em espírito e verdade.
Não mais necessitaremos de religiões para tanto.
Não mais construções de natureza material.
Não mais qualquer tipo de sacerdócio organizado.
Não mais hierarquia e formalidade.
Não mais patrulhamento ideológico.
Não mais ortodoxia.
Não mais fanatismo.
Não mais adeptos dessa ou daquela crença.
Não mais propósito de unificação de ideias.
Não mais perseguição declarada ou sob disfarce.
Não mais cruzadas e inquisições.
Não mais poder espiritual em disputa.
Não mais vendilhões nos templos.
Não mais preconceito na fé.
Não mais exploração da ingenuidade.
Não mais falsos cristos e profetas.
Não mais imagens ou símbolos.
Não mais velas e incensos.
Não mais bandeiras hasteadas.
Não mais vaidade e personalismo.
Não mais Inferno, nem Céu.
Não mais povos eleitos.
Não mais supostos privilégios concedidos.
Não mais personalismo.
Não mais vaidade nas pregações.
Não mais idólatras e idolatrados.
Não mais judeus e samaritanos, hindus e muçulmanos, católicos e protestantes, espíritas e umbandistas.
Não mais templos e sinagogas, igrejas e terreiros.
Não mais nenhum “ismo”.
Não mais disputas pela primazia da Verdade.
Somente FÉ e RAZÃO, e acima delas, o AMOR, em qualquer canto da Terra, sob a cúpula, estrelada ou ensolarada, do firmamento.


INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet