A mão que escreve agora estas
palavras um dia certamente cometeram pecados, hoje, porém, tenta aliviá-los com
palavras de encorajamento e fé.
Eu tive oportunidades de
errar – e errar muito – quando estava entre vocês na última vivência na carne.
Errei muitas vezes na tentativa de acertar, é verdade, mas errar
conscientemente do erro que estou cometendo, isto jamais poderei fazer porque
me entreguei, corpo e alma, a causa de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ele me ensinou, entre tantas
coisas, que ainda seria perfeito, como é o nosso Pai Celestial, mas que ainda
trilho no caminho da imperfeição e isto acontece, maioria das vezes, na
tentativa de aprender o caminho correto que chegue ao Pai.
Esta confissão é importante
que seja expressa porque muitos me têm hoje como uma espécie de santo – e santo
definitivamente não sou.
Sou ainda um pecador na
expressão das minhas falhas contínuas, mas desprovidas de intenção. Falho,
entretanto, e como erro ainda mesmo no lado de cá da existência humana.
Não posso com isso me candidatar,
por mais que seja uma homenagem sincera dos meus amigos e admiradores, a uma
vaga no panteão da santidade na Terra entre meus irmãos católicos.
Neste “Sábado de Aleluia”,
reidentifico-me publicamente com a minha ainda grande imperfeição humana e não
posso considerar que seja justo dizer-se "Santo Hélder” quando eu mesmo
não consigo caminhar retamente com as minhas próprias pernas.
Quem por acaso ler estas
linhas, em nome de alguma consideração que me tem, e puder fazê-las chegar aos
destinatários da Igreja Católica que servi e ainda sirvo, mostre este meu
depoimento sincero, vindo do fundo de meu coração e da minha absoluta
consciência.
Já me expressei outras vezes
sobre o assunto. Fui firme, mas infelizmente poucos deram ouvidos. Entendo a
razão. Não posso, porém, deixar de tentar outra vez e realizar este apelo pelo
amor de Deus.
É um pedido que acredito
justo, que sai das catacumbas, que se transforma em luz, que se põe como algo
concreto e veraz da minha alma.
Por favor, em nome de Deus,
faça cumprir este meu pedido.
De coração,
Helder Camara – Blog Novas
Utopias
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