As pétalas caem, uma sobre a
outra, e não mais vejo os seus olhos.
Choro, as lágrimas também
caem, uma após a outra, pois não vejo mais o seu sorriso.
Quem me dera o tempo, Branca
minha, quando te via a sorrir por aí, despreocupada com as coisas do mundo, só
interessava a você viver, mas bem-viver.
Tudo escorre na estrada do
tempo, tudo leva e não volta mais. Nos meus pensamentos, porém, você está lá
viva, vivíssima, Branca minha, a dizer-me “te amo, te amo, te amo”.
Essas coisas do coração não
esquecemos jamais. Tudo passa, tudo se renova, outros entram e saem das nossas vidas,
mas aqueles momentos inesquecíveis povoam sempre a nossa mente.
Volto atrás, vivo
intensamente aquele instante lindo e digo mais uma vez para mim: “como sou
feliz, como sou feliz, como sou feliz”.
As pessoas passam
ligeiramente no nosso viver. Aquelas que pareciam fazer todo sentido, hoje nem
se lembram de nós em seus pensamentos mais distantes. Fomos embora para sempre
de seus corações? Não importa, Branca minha, o que vale de verdade é o que eu
tenho em mim.
Deus, meu Deus, como Você é
sábio e maravilhosamente bom. Você sabe, Pai, o que faz. Já imaginou se nos
prendêssemos apenas àqueles que temos demasiada devoção? E outros, igualmente
filhos seus, como ficariam? Qual oportunidade daríamos, mínima que fosse, para
deixá-los adentrar em nós?
Sabiamente, chegamos e
passamos uns pelos outros, mas as marcas, sobretudo as marcas da alegria, da
paixão, do bem-estar, do companheirismo, do carinho e tantas outras mais, ficam
cravadas no nosso peito e gravadas na nossa mente.
Passam os dias, passam as
pessoas, passa o tempo, somente não passam os bons momentos.
Que bom, Branca minha, que
passaste grandiosamente na minha vida para hoje, tempos distantes, dizer-te:
“és minha, és minha, és minha”, Branca minha!
Helder Camara – Blog Novas Utopias
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