27.4.17

Amor e Força

     A força do amor que dimana de Deus vitaliza o Universo e movimenta a vida.
     Estabeleceu as leis que equilibram o Cosmo e regem os destinos.
     Predestinou o homem para a glória estelar e programou todos os critérios da evolução.
     Aglutina as moléculas através da coesão e espalha os elementos mediante a repulsão.
     No caos aparente, organiza novas estruturas e impõe ordem, graças ao fatalismo que a tudo comanda.
     Essa força do amor é responsável pelo primeiro movimento e surgimento de tudo.
     Sendo o amor a manifestação da sabedoria divina, a sua é a força para o progresso e a felicidade.
     Há muitos homens que acreditam apenas na força.
     Constroem impérios que o tempo consome e fomentam  guerras que deixam escombros e cinzas.
     À medida que a sua força se expande e atemoriza, mais necessidade têm da força para preservar os domínios, que depois lhes escapam, frustrando-os e levando-os ao desespero, à alucinação, de certo modo alienados que são.
     A força vence; jamais convence.
     A força domina; nunca felicita.
     A força se impõe; não é recebida.
     A força se gasta; permanece a vida.
     O amor à arte conquista beleza.
     O amor ao trabalho favorece o progresso.
     O amor ao bem ilumina o mundo.
     O amor ao próximo dignifica a vida.
     A força que se instala, dominadora, não logra tanger a cítara da emoção de quem se lhe submete, para um poema de ternura.
     O amor inspira a sinfonia.
     O amor transforma o húmus em perfume.
     A força esmaga a violeta que se esvai em aroma.
     A força tiranizante subleva quem lhe sofre o guante.
     O amor que reina, desenvolve o júbilo de quem lhe experimenta a governança.
     Quanto mais grandioso é o ser, mais eloqüente é a sua capacidade de amar. O inverso é também real:  quanto mais primitivo o indivíduo, mais dominador através da força.
     O amor à força brutaliza, asselvaja.
     A força do amor dulcifica, aprimora.
     A força das hostes de Átila passou.
     O amor do Cristo permaneceu.
     Foi, portanto, com muita propriedade, que o evangelista João anotou, no capítulo quatro, versículo
oito da sua primeira Epístola: "Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor."


Livro: Esperança - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis

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