A força do amor que dimana de Deus
vitaliza o Universo e movimenta a vida.
Estabeleceu as leis que equilibram o Cosmo
e regem os destinos.
Predestinou o homem para a glória estelar
e programou todos os critérios da evolução.
Aglutina as moléculas através da coesão e
espalha os elementos mediante a repulsão.
No caos aparente, organiza novas
estruturas e impõe ordem, graças ao fatalismo que a tudo comanda.
Essa força do amor é responsável pelo
primeiro movimento e surgimento de tudo.
Sendo o amor a manifestação da sabedoria
divina, a sua é a força para o progresso e a felicidade.
Há muitos homens que acreditam apenas na
força.
Constroem impérios que o tempo consome e
fomentam guerras que deixam escombros e
cinzas.
À medida que a sua força se expande e
atemoriza, mais necessidade têm da força para preservar os domínios, que depois
lhes escapam, frustrando-os e levando-os ao desespero, à alucinação, de certo
modo alienados que são.
A força vence; jamais convence.
A força domina; nunca felicita.
A força se impõe; não é recebida.
A
força se gasta; permanece a vida.
O amor à arte conquista beleza.
O amor ao trabalho favorece o progresso.
O amor ao bem ilumina o mundo.
O amor ao próximo dignifica a vida.
A força que se instala, dominadora, não
logra tanger a cítara da emoção de quem se lhe submete, para um poema de
ternura.
O amor inspira a sinfonia.
O amor transforma o húmus em perfume.
A força esmaga a violeta que se esvai em
aroma.
A força tiranizante subleva quem lhe sofre
o guante.
O amor que reina, desenvolve o júbilo de
quem lhe experimenta a governança.
Quanto mais grandioso é o ser, mais
eloqüente é a sua capacidade de amar. O inverso é também real: quanto mais primitivo o indivíduo, mais
dominador através da força.
O
amor à força brutaliza, asselvaja.
A força do amor dulcifica, aprimora.
A força das hostes de Átila passou.
O amor do Cristo permaneceu.
Foi, portanto, com muita propriedade, que
o evangelista João anotou, no capítulo quatro, versículo
oito da sua primeira
Epístola: "Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor."
Livro: Esperança - Divaldo P
Franco - Joanna de Ângelis
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