30.9.16

Sei que dói, mas é preciso falar...

Sai cabisbaixo, não me conformando com o descaso do povo brasileiro, referente à matança dos fetos, embriões divinos que precisam voltar ao mundo físico para completar o ciclo da vida. Por que tamanha indiferença, quando tanto se fala em preservação da Natureza? Defendem a ecologia, os direitos humanos, os direitos sindicais, os direitos do consumidor, mas poucos levantam a voz em defesa do feto, da criança do amanhã. As aborteiras quase não existem mais. Hoje os abortos estão sendo efetuados em clínicas bem instaladas e por médicos que um dia juraram salvar vidas. Não me conformo com a ganância do homem e com a decadência da mulher, quando elas nasceram com a responsabilidade de fazer dos seus filhos homens de bem e não o que estamos presenciando. Fatos tristes, muito tristes: a mulher mata sem piedade quem dela tanto precisa. Quando Deus lhe ofertou o mérito da maternidade, foi por desejar uma cooperadora, por isso ela conta com o auxílio divino. As mães tem a missão de gravar na alma humana a bondade de Deus. A mulher que aborta está fracassando em sua tarefa divina. Assassinando o próprio filho, ela está matando as esperanças de Deus.

Livro: Deixe-me Viver – Irene P. Machado – Luiz Sérgio

29.9.16

Questão 364 do Livro dos Espíritos
O MESMO ESPÍRITO

Certamente que tem o homem muita coisa a conhecer em relação à sua própria vida espiritual e física, no entanto, não se deve com isso aceitar tudo que não deve ser aceito. É justo que acompanhemos o Evangelho, que nos diz: - “em tudo dai graças”, porque mesmo o erro em nossos caminhos nos mostra o certo. Ele tem um trabalho a fazer em nosso beneficio.
A teologia se encontra presa nas mãos de certas religiões que esquecem o progresso com Jesus, e não abrem as portas para que se conheça mais um pouco dos segredos da natureza humana e mesmo divina. O Espírito é um mundo, onde há de tudo; é uma profusão de dons a serem despertados, de modo que o tempo nos mostrará o quanto vale amar.
Quando o homem se encontra na plenitude do amor, essa manifestação não é da carne: é provinda do celeiro da alma, e quando se manifesta nele o enorme tributo da inteligência, é o mesmo Espírito mostrando talentos amadurecidos, aflorando essa qualidade grandiosa que fala de Deus.
A criatura encarnada não tem dois Espíritos, como pensam alguns, por nela se manifestar muitas qualidades. É somente um que, com o tempo, mostrar-nos-á muito mais do que conhecemos, porque tudo o que conhecemos de beleza, de qualidades variadas, em todos os povos, existe dentro de cada um, faltando somente que sejam despertadas, mostrando a excelsitude de Deus.
Todos os Espíritos são perfeitos, e não poderia ser de outro modo: tudo que sai de mãos perfeitas não pode mostrar imperfeição.
As qualidades se encontram intrínsecas, em estado de sono, no imo d’alma. A alma, quando atinge certa classe espiritual, é produto de valores que se mostram pela sua elevação. O Espírito é dotado de todas as qualidades do próprio Pai que o criou, porém, esses atributos se encontram embrionários, e irão crescer em valores intermináveis: nunca, entretanto, se igualarão ao seu Criador, assim como os aparelhos criados no mundo pelos homens não podem ultrapassar seus inventores; são inferiores a esses, certamente, comandados por eles.
A mente continua a ser uma incógnita para a ciência humana, e é nela que estão todos os segredos, onde a felicidade mora e onde está o céu que tanto se procura. A literatura mesmo a espiritualista, está cheia de ensinamentos sobre os pensamentos, não obstante, há muita teoria derivando para as sombras. A mente em Cristo pode fazer muito em favor da coletividade, desde quando a maturidade no amor alcançou a legitima fraternidade. E é o mesmo Espírito que opera em tudo; é a unicidade que vem do Criador se manifestando na criatura.
Jesus, quando disse que o céu está dentro de nós, falou conscientemente, como Mestre dos mestres, a despertar os discípulos para a luz dos conhecimentos, entregando a cada um o seu quinhão de trabalho no seu mundo interno. O “conhece-te a ti mesmo”, muito lembrado por todos os povos, é profundo para quem deseja realmente libertar-se.
Os teólogos, em muitas circunstâncias, são inventivos: sem recurso de buscar a verdade, geralmente combatem o espiritismo e, concomitantemente, a mediunidade, que tem caráter de revelação dos poderes de Deus na criatura. São, muitas vezes, homens com malas cheias de diplomas, que cursaram famosas faculdades do mundo, mas, pouco atingiram a simplicidade e o amor, de modo a abrir a intuição humana ao encontro da intuição divina, em recebendo as revelações do mundo espiritual.
Por outro lado, os médiuns, que muitas vezes não conheceram as letras, no sentido da intelectualidade, são instrumentos valiosos nas mãos dos benfeitores espirituais para os esclarecimentos da verdade. A revivescência do Cristianismo está chegando a Terra graças ao Espiritismo, servindo-se do canal da mediunidade com Jesus.
As camadas da atmosfera são muitas, como as da Terra, para filtrarem as radiações cósmicas. Assim são as do corpo físico e do Espírito; a seleção é feita pela inteligência, em fortes conexões com a fé.


Livro Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

28.9.16

Virtude - III

257 –A esperança e a Fé devem ser interpretadas como uma só virtude?
-A Esperança é a filha dileta da Fé. Ambas estão uma para outra, como a luz reflexa dos planetas está para a luz central e positiva do Sol.
A Esperança é como o luar que se constitui dos bálsamos da crença. A Fé é a divina claridade da certeza.
258 –No caminho da virtude, o pobre e o rico da Terra podem ser identificados como discípulos de Jesus?
-O título de discípulo é conferido pelo Divino Mestre a todos os homens de boa-vontade, sem distinção de situações, de classes ou de qualquer expressão sectária.
Com responsabilidade dos bens materiais ou sem ela, o homem é sempre rico pela sua posição de usufrutuário das graças divinas e, além do mais, temos de ponderar que, em toda situação, a criatura encontrará responsabilidade na existência, razão por que os sinceros discípulos do Senhor são iguais aos seus olhos, sem preferência de qualquer natureza.

Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz

27.9.16

NÃO AS PALAVRAS


    "Mas em breve irei ter convosco, se o Senhor quiser, e então conhecerei, não as palavras dos que andam inchados, mas a virtude." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 4:19.)
    Cristo e os seus cooperadores não virão ao encontro dos aprendizes para conhecerem as palavras dos que vivem na falsa concepção do destino, mas sim dos que se identificaram com o espírito imperecível da construção evangélica.
    É indubitável que o Senhor se interessará pelas obras; contudo, toda vez que nos reportamos a obras, geralmente os ouvintes somente se lembram das instituições materiais, visíveis no mundo, ricas ou singelas, simples ou suntuosas.
    Muita vez, as criaturas menos favorecidas de faculdades orgânicas, qual o cego ou o aleijado, acreditam-se aniquiladas ou inúteis, ante conceituação dessa natureza.
    É que, comumente, se esquece o homem das obras de santificação que lhe compete efetuar no próprio espírito.
    Raros entendem que é necessário manobrar pesados instrumentos da vontade a fim de conquistar terreno ao egoísmo; usar enxada de esforço pessoal para o estabelecimento definitivo da harmonia no coração. Poucos se recordam de que possuem ideias frágeis e pequeninas acerca do bem e que é imprescindível manter recursos íntimos de proteção a esses germens para que frutifiquem mais tarde.
    É lógico que as palavras dos que não vivem inchados de personalismo serão objeto das atenções do Mestre, em todos os tempos, mesmo porque o verbo é também força sagrada que esclarece e edifica. Urge, todavia, fugir aos abusos do palavrório improdutivo que menospreza o tempo na "vaidade das vaidades".
    Não olvides, pois, que, antes das obras externas de qualquer natureza, sempre fáceis e transitórias, tens por fazer a construção íntima da sabedoria e do amor, muito difícil de ser realizada, na verdade, mas, por isto mesmo, sublimada e eterna.


Livro: Vinha de Luz – Francisco C Xavier - Emmanuel

26.9.16

PERSONALISMO ESPÍRITA

Infelizmente, o personalismo espírita, e mediúnico, vem se tornando, cada vez mais, uma realidade dentro da Doutrina, com dirigentes, oradores e médiuns procurando os ilusórios holofotes da fama.
Tal personalismo, porém, estende-se, ainda, aos espíritos, que, assistindo determinados médiuns, transmitem, por seu intermédio, as mais esdrúxulas orientações, fazendo com que o Espiritismo, a pouco e pouco, se afaste de sua prática mais simples.
Os adeptos do Espiritismo, em geral, necessitam deixar de achar que o espírito, pelo fato de estar desencarnado, comunicando-se por esse ou aquele médium, detém autoridade para propor inovações de ordem doutrinária, chegando, por exemplo, a efetuar reformas nas tarefas de um Centro que o descaracterizam completamente.
Passados não mais que 14 anos dos exemplos que Chico Xavier nos legou, muitos adeptos da Doutrina, instigados pela vaidade, carentes de assumirem posição de uma suposta liderança, estão extrapolando, ao proporem, por exemplo, inovações em seu campo mediúnico, chegando a “incorporar” práticas de outros seguimentos espiritualistas, não comprometidos com o Cristo, em sua proposta de renovação íntima para o espírito humano.
Assim é que, de algum tempo a esta parte, temos visto companheiros combaterem, inclusive, as atividades assistenciais mantidas pelos Centros Espíritas, chegando ao cúmulo de, quase ditatorialmente, abolirem a confecção da sopa que é distribuída com os mais carentes.
Todas essas ações – é bom que se diga – derivam da praga do elitismo, contra o qual, sistematicamente, temos alertado os companheiros fieis à Causa.
Necessário se torna que os confrades verdadeiramente idealistas não recuem, defendendo a Doutrina desses “modismos” com que as trevas pretendem transformar os Centros Espíritas em templos de práticas esotéricas, reeditando, no Brasil, o que foi feito ao Espiritismo em França, logo após a desencarnação do Codificador.
Se Allan Kardec reencarnou no Brasil, segundo Chico Xavier, aquele que se apropriou de seu espólio, usurpando-o de Amélie Boudet, Pierre-Gatën Leymarie, também estava reencarnado em terras brasileiras. Todos nós sabemos que, Leymarie, após a desencarnação de Kardec, arvorando-se em líder da Terceira Revelação, vendeu-se à Teosofia, sendo, ainda de acordo com as palavras de Chico, “o coveiro do Espiritismo na França”.
Portanto, infelizmente, a aplicação da Doutrina que o médium e apóstolo Chico Xavier procurou nos ensinar durante 75 anos, jaz quase completamente esquecida, por ser, por parte de alguns seguidores do Espiritismo, considerada simplória demais, ou evangélica demais.
Tudo começou com o advento dos Congressos pagos, nos quais um orador, dependendo de sua expressão, por imposição da venda de suas obras “doutrinárias” no ato da inscrição, chega a faturar, por uma única participação sua, de 20.000 a 30.000 mil reais!...
O “dai de graça o que de graça recebestes”, lamentavelmente, tornou-se obsoleto para a grande maioria, que, através dos veículos de comunicação, já começa a rivalizar com os pastores evangélicos nas campanhas por obtenção de dinheiro.
Tempos difíceis, não há dúvida. Não obstante, os fiéis seguidores da Doutrina são chamados a perseverar, recordando as palavras que, em referência ao final dos tempos, o Senhor pronunciou em advertência: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos...” Tais iniquidades não se circunscrevem apenas à maldade humana, através da violência e da guerra, da injustiça e da corrupção, mas também àquelas que, sutilmente, são praticadas em nome da fé.
Se não vigiarmos as nossas Casas Espíritas, dentro de muito pouco tempo, não haveremos de encontrar um único exemplar de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” sobre a sua mesa de reuniões, porque tal dirigente ou médium passou a considerar o Cristo coisa do passado.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 26 de setembro de 2016.

25.9.16

“Não sou médium”.

Procuro elucidar aqueles que muitas vezes se encontram perdidos, achando que não são médiuns e que não servem para coisa alguma.
Procuro dizer a todos os que chegam a uma Casa Espírita: a mediunidade é linda, mas o mais belo dom é o dom de servir e todos nós podemos fazer algo pelo nosso próximo.
Feliz hoje em dia daquele que tem fé.
Quem procura uma Casa Espírita está buscando espiritualizar-se e queira Deus seja bem orientado.
Temo, irmão, pelas pessoas que sentem uma vontade louca de incorporar espíritos; elas podem jogar a rede da mediunidade e pescar tristeza e ridículo em vez de peixes.
Certas pessoas, abusando da boa-fé dos que as consultam, não hesitado em profanar nomes respeitados e tornarem suspeitas uma ciência e uma doutrina que vieram para salvar e regenerar o homem.
Mediunidades desequilibradas têm afastado muitas pessoas do estudo sério do Espiritismo.
Por isso, todos nós, que assumimos uma obrigação com os livros espíritas, recebemos a incumbência de falar aos espíritas: "cuidado, não brinquem com as dores alheias, querendo passar-se, a troco de pequenas gentilezas, por quem precisa ser respeitado: o desencarnado”.


Livro: Deixe-me Viver – Irene P. Machado – Luiz Sérgio

24.9.16

EU QUERIA, SENHOR!...

Eu queria, Senhor, escutar-Te, de novo,
A voz suave mansa,
Falando do Evangelho para o povo,
Enchendo as nossas almas de esperança...

Queria que voltasses dos Espaços
Sobre os mesmos caminhos,
Em que deixaste, outrora, nos Teus passos,
Tantas flores nascendo entre os espinhos...

Eu queria que aos homens repetisses
As palavras de luz,
Que foram, em quase tudo o que dissesses,
Esquecidas no dia após a cruz...

Queria ver o Teu sorriso eleito
Ao feliz pequenino,
Que, em Teu colo, apertaste junto ao peito,
Contando histórias sobre o Rei Divino...

Eu queria, Senhor, ouvir-Te ainda
Dizer suspenso ao lenho que abençoas,
Com o Teu imenso amor que não se finda,
Que outra vez nos perdoas!...

EURÍCLEDES FORMIGA (*)
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do “Grupo Espírita da Prece”, na noite de 7 de outubro de 1989, em Uberaba – MG).

(*) Nota do médium: Contam-se às dezenas as páginas de Eurícledes Formiga, e outros autores espirituais, que, inéditas, desde a década de 80, permanecem em nosso arquivo, aguardando publicação.

23.9.16

NA PROPAGANDA EFICAZ

     "É necessário que ele cresça e que eu diminua." - João Batista. (JOÃO, 3:30.)

    Há sempre um desejo forte de propaganda construtiva no coração dos crentes sinceros.
    Confortados pelo pão espiritual de Jesus, esforçam-se os discípulos novos por estendê-lo aos outros.     Mas, nem sempre acertam na tarefa. Muitas vezes, movidos de impulsos fortes, tornam-se exigentes ou precipitados, reclamando colheitas prematuras.
    O Evangelho, porém, está repleto de ensinamentos nesse sentido.
    A assertiva de João Batista, nesta passagem, é significativa. Traça um programa a todos os que pretendam funcionar em serviço de precursores do Mestre, nos corações humanos.
    Não vale impor os princípios da fé.
    A exigência, ainda que indireta, apenas revela seus autores. As polêmicas destacam os polemistas... As discussões intempestivas acentuam a colaboração pessoal dos discutidores. Puras pregações de palavras fazem belos oradores, com fraseologia preciosa e deslumbrantes ornatos da forma.
    Claro que a orientação, o esclarecimento e o ensino são tarefas indispensáveis na extensão do Cristianismo, entretanto, é de importância fundamental para os discípulos que o Espírito de Jesus cresça em suas vidas. Revelar o Senhor na própria experiência diária é a propaganda mais elevada e eficiente dos aprendizes fiéis.
    Se realmente desejas estender as claridades de tua fé, lembra-te de que o Mestre precisa crescer em teus atos, palavras e pensamentos, no convívio com todos os que te cercam o coração. Somente nessa diretriz é possível atender ao Divino Administrador e servir aos semelhantes, curando-se a hipertrofia congenial do "eu".


Livro: Vinha de Luz – Francisco C Xavier - Emmanuel

22.9.16

EXTENSÃO DO SERVIÇO

    Que seria do Espiritismo se não guardasse finalidades de aperfeiçoamento da própria Terra, onde se expressa por movimento libertador das consciências?
    Seria louvável subtrair o homem do campo à função laboriosa da sementeira, distraindo-o com narrativas brilhantes e induzindo-o à inércia?
    Seria aconselhável a imposição do êxtase ao esforço ativo, congelando-se preciosas oportunidades de realização para o bem?
    Mas, se nos abeirarmos do trabalhador, com o intuito de estimulá-lo ao serviço, auxiliando-lhe o entendimento, para que a tarefa se lhe faça menos sacrificial, e favorecendo-o a fim de que descubra, por si mesmo, os degraus da própria elevação, estaremos edificando o bem legítimo, no aprimoramento da vida e da coletividade.
    De que valeria a intimidade do homem com os Espíritos domiciliados em outras esferas, sem proveito para a existência que lhe é peculiar? Não será deplorável perda de tempo informarmo-nos, sem propósito honesto, quanto aos regulamentos que regem a casa alheia? Se a criatura humana ainda não pode dispensar o suprimento de proteínas e carboidratos, de oxigênio e vitaminas, se não pode prescindir do banho e da leitura, porque induzi-la ao ocioso prazer das indagações sem elevação de vistas?
    Atendamos, acima de tudo, ao essencial.
    É curioso notar que o próprio Cristo, em sua imersão nos fluidos terrestres, não cogitou de qualquer problema inoportuno ou inadequado.
    Não se sentou na praça pública para explicar a natureza de Deus e, sim, chamou-lhe simplesmente "Nosso Pai", indicando os deveres do amor e reverência com que nos cabe contribuir na extensão e no aperfeiçoamento da Obra divina.
    Embora asseverasse que "na casa do Senhor há muitas moradas", não se deteve a destacar pormenores quanto aos habitantes que os povoam.
    Não obstante exaltar o Reino Celeste, nele situando a glória do futuro, não olvidou o Reino da Terra, que procurou ajudar com todas as possibilidade de que dispunha.
    Curando cegos e leprosos, loucos e paralíticos, deu a entender que vinha não somente regenerar as almas e sim também socorrer os corpos enfermos, na recuperação do homem integral.
    Não se contentou, porém, com  isso.
    Em todas as ocasiões, exaltou nossos deveres de amor para com a vida comum.
    Recorre à semente de mostarda e à dracma perdida para alinhar preciosos ensinamentos.
    Compara o mundo a vinha imensa, onde cada servidor recebe determinada quota de obrigações.
    Consagra especial atenção às criancinhas, salientando o amparo que devemos às gerações renascentes.
    Nessa mesma esfera de realizações, os princípios do Espiritismo Evangélico se estenderão em favor da Humanidade.
    Os desencarnados testemunham a sobrevivência individual, depois da morte, provam que a alma se transfere de habitação sem alterar-se, de imediato, mas, preconizando o estudo e a fraternidade, a cultura e a santificação, o trabalho e a análise, em  obediência a ditames superiores, objetivam, acima de tudo, a melhoria da vida na Terra, a fim de que os homens se façam, efetivamente, irmãos uns dos outros no mundo porvindouro que será, indiscutivelmente, iluminada secção do Reino Infinito de Deus.

Livro: Roteiro - Francisco C Xavier - Emmanuel

21.9.16

PAIXÕES DIFERENTES

Questão 363 do Livro dos Espíritos

As paixões que têm os Espíritos que moram na Terra e que viajam com ela na sua órbita, como sendo o seu mundo espiritual, não são diferentes das dos homens; elas são as mesmas, porque eles se sucedem pelos processos das reencarnações. Os Espíritos são os mesmos homens, e os homens são os mesmos Espíritos, que se entregam às mutações como força da lei do progresso espiritual.
Convém que todas as criaturas estudem mais as leis de Deus, que passem a conhecer na sua profundidade, os ensinamentos de Jesus Cristo, porque a verdade, no dizer do Mestre, nos coloca em liberdade. Os homens, quando enraizados nas paixões inferiores, levam-nas para além-túmulo e, por vezes, ainda mais fortes, que se encontram em estado de Espírito, sem o entrave do corpo.
O Espírito, quando passa para a carne pelos processos das vidas sucessivas, igualmente traz as suas paixões, se as tem, de modo a educá-las ao passar por variados abrolhos dos caminhos. Não nos percamos nos emaranhados das ilusões. Onde quer que estivermos, os métodos educativos se encontram a nos espreitar de maneiras diversas, e para entendermos as lições, a vida nos aplica muitos meios que correspondem às nossas necessidades.
As paixões da alma devem desaparecer. Certamente que é difícil essa limpeza, por estarem entranhadas em muitos corpos que o Espírito usa para a sua jornada na Terra. Contudo, não devemos esmorecer. Todo aquele que venceu na vida começou algum dia a dar os primeiros passos no aprendizado, na autoiluminação. Para começar basta buscar os caminhos de Jesus, como Mestre dos mestres, que não se errará o ideal da felicidade.
Verifiquemos hoje mesmo quais as paixões que vibram em nossa alma e não deixemos para amanhã o combate a elas. Comecemos agora, que o Senhor nunca deixa Seus filhos sozinhos nos combates internos. A Doutrina dos Espíritos é um manancial de ensinamentos capazes de nos levar à vitória. As guerras existem por toda a parte, no entanto, os homens esqueceram que a verdadeira luta proveitosa é a que travamos no nosso interior, no combate com nossos inimigos do coração, e os piores são o orgulho e o egoísmo, fonte de onde dimanam todos os outros, contrários ao bem estar da alma. As paixões inferiores envenenam a atmosfera do planeta, a água que se bebe e os alimentos. Elas deturpam a natureza no seu laboratório divino, de modo que seus frutos entram em decadência o organismo humano e mesmo o dos animais. Para combater as paixões, é necessário ter fé em Deus, e procurar outra vez o Cristo, sem contar o tempo que se gastará para limpar a veste espiritual e tranquilizar a consciência. Que se use a oração, mas que não fique somente nisso: é necessário vigiar todos os segundos da vida e, ainda sim, não ficar somente nisso; é preciso trabalhar como Jesus nos ensinou a operar.
Paixões e virtudes travaram lutas no reino do Espírito imortal.
Necessário se faz que continuem a lutar, porque o mal nunca vence o bem, e é nessa caridade para conosco, da iluminação interior, que Jesus nos garante a vitória, de modo que a consciência receba o premio da tranquilidade imperturbável. Que queremos mais? Isso basta, por ser o céu na profundidade do ser.


Livro Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

20.9.16

Virtude – II

255 –Devemos nós, os espiritistas, praticar somente a caridade espiritual, ou também a material?
-A divisa fundamental da codificação kardequiana, formulada no “fora da caridade não há salvação” , é bastante expressiva para que nos percamos em minuciosas considerações.
Todo serviço da caridade desinteressada é um reforço divino na obra da fraternidade humana e da redenção universal.
Urge, contudo, que os espiritistas sinceros, esclarecidos no Evangelho, procurem compreender a feição educativa dos postulados doutrinários, reconhecendo que o trabalho imediato dos tempos modernos é o da iluminação interior do homem, melhorando-se-lhe os valores do coração e da consciência.
Dentro desses imperativos, é lícito encarecermos a excelência dos planos educativos da evangelização, de modo a formar uma mentalidade espírita-cristã, com vistas ao porvir.
Não podemos desprezar a caridade material que faz do Espiritismo evangélico um pouso de consolação para todos os infortunados; mas não podemos esquecer que as expressões religiosas sectárias também organizaram as edificações materiais para a caridade no mundo, sem olvidar os templos, asilos, orfanatos e monumentos. Todavia, quase todas as suas obras se desvirtuaram, em vista do esquecimento da iluminação dos Espíritos encarnados.
A Igreja Romana é um exemplo típico.
Senhora de uma fortuna considerável e havendo construído numerosas obras tangíveis, de assistência social, sente hoje que as suas edificações são apenas de pedra, porquanto, em seus estabelecimentos suntuosos, o homem contemporâneo experimenta os mais dolorosos desenganos.
As obras da caridade material somente alcançam a sua feição divina quando colimam a espiritualização do homem, renovando-lhe os valores íntimos, porque, reformada a criatura humana em Jesus-Cristo, teremos na Terra uma sociedade transformada, onde o lar genuinamente cristão será naturalmente o asilo de todos os que sofrem.
Depreende-se, pois, que o serviço de cristianização sincera das consciências constitui a edificação definitiva, para a qual os espiritistas devem voltar os olhos, antes de tudo, entendendo a vastidão e a complexidade da obra educativa que lhes compete efetuar, junto de qualquer realização humana, nas lutas de cada dia, na tarefa do amor e da verdade.
256 –Como interpretar a esmola material?
-No mecanismo de relações comuns, o pedido de uma providência material tem o seu sentido e a sua utilidade oportuna, como resultante da lei de equilíbrio que preside o movimento das trocas no organismo da vida.
A esmola material, porém, é índice da ausência de espiritualização nas características sociais que a fomentam.
Ninguém, decerto, poderá reprovar o ato de pedir e, muito menos, deixará de louvar a iniciativa de quem dá a esmola material; todavia, é oportuno considerar que, à medida que o homem se cristianiza, iluminando as suas energias interiores, mais se afasta da condição de pedinte para alcançar a condição elevada do mérito, pelas expressões sadias do seu trabalho.
Quem se esforça, nos bastidores da consciência retilínea, dignifica-se e enriquece o quadro de seus valores individuais.
E o cristão sincero, depois de conquistar os elementos da educação evangélica, não necessita materializar a idéia da rogativa da esmola material, compreendendo que, esperando ou sofrendo, agindo ou lutando, nos esforços da ação e do bem, há de receber, sempre, de acordo com as suas obras e de conformidade com a promessa do Cristo.

Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz

19.9.16

"JOÃO" E O “APOCALIPSE”

Dias atrás, encontrei aqui, em uma de nossas ruas mais movimentadas, com uma das folclóricas figuras de nossa cidade espiritual – ou, porventura, acham vocês que, deste Outro Lado, elas, igualmente, não existem?!
- Dr. Inácio?! – cumprimentou-me de semblante preocupado.
- Como vai, “Apocalipse”?! – perguntei apertando-lhe a mão, que estendera para mim, e chamando-o como ele faz questão de ser chamado.
- Vamos indo, Doutor.
- Muito trabalho?! – inquiri no diálogo breve que mantivemos.
- O senhor nem imagina...
E ajeitando, no corpo, as roupas, um tanto andrajosas, que fazem jus ao seu codinome, acrescentou:
- Se eu fosse Deus, ainda que por um minuto, eu acabava com o mundo...
- Mas assim, sem mais ou menos?! – insisti.
- Ah, Doutor, a Humanidade está dando muito trabalho para o João... Do jeito que a coisa está não pode continuar! Eu acabaria com tudo – transformaria tudo em poeira cósmica!...
- “Dando trabalho para o João”?!... – interroguei curioso.
- Ora, Doutor – esclareceu, com uma ponta de indignação –, para o João Capeta, meu amigo?!...
- João Capeta?! De quem se trata?!...
- Do próprio!...
- Do “Chifrudo”?!...
- Ele mesmo, Doutor! É muito meu amigo...
- Não me diga, “Apocalipse”! Eu sempre soube que você tem muitas amizades nas altas esferas, mas...
- Dr. Inácio, o senhor é um homem inteligente – ponderou, segurando-me, afavelmente, no antebraço. – O senhor quer me dizer que o João, meu amigo, não está tendo mais trabalho que Jesus Cristo no mundo?!...
- Aí eu sou obrigado a concordar com você! – exclamei, dando um passo atrás, devido ao forte cheiro de cebola que emanava de sua boca desencarnada.
- Então?!...
- De fato, devo reconhecer que, em nosso país, lá pelas bandas da Capital Federal, o João anda tendo muito trabalho – chega a ser de desanimar quem, ao que sei, até hoje, desde quando apareceu a Adão e Eva, em forma de uma serpente, ainda não havia desanimado!...
- Doutor, coitado de Jesus Cristo! Aquele povo que, um dia, ele expulsou do templo... Lembra-se?! Expulsou com um chicote na mão...
- Claro que me lembro – redargui. – Ainda trago nas minhas costas a marca da lambada que levei...
- O senhor estava lá?!...
- Penso que sim, “Apocalipse”, pois eu não tenho outra explicação para a dor que, até hoje, está doendo em mim.
- Então, Doutor, com exceção do senhor, aquele povo voltou tudinho – a coisa está pior do que antes!...
- Realmente – concordei com a figura conhecidíssima de nós outros e que, quando encarnada, vivia anunciando o fim do mundo.
- É por isto que digo, Doutor: eu não posso ser Deus, porque se eu fosse Deus por um minutinho só...
- Melhor, “Apocalipse”, que você não seja – nem você e nem eu!...
- O quê?! O senhor também?!...
E antes que o assunto desandasse e ele cismasse em me emprestar o seu megafone colorido, despedi-me do amigo, mas não sem antes lhe pedir, encarecidamente:
- Recomende-me ao João, “Apocalipse”!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 12 de setembro de 2016.

18.9.16

Motivos para desculpar

        "Eu vos digo, porém, amai a vossos inimigos, bendizei os que maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem" Mateus, 5:44

          Em muitas ocasiões, quem imaginas que haja ferido, não tem disso a mínima ideia, de vez que terá agido sob a ação compulsiva de obsessão ou enfermidade.
          Se recebeste comprovadamente uma ofensa de alguém, esse alguém terá dilapidado a tranquilidade própria, passando a carregar arrependimento e remorso, em posição de sofrimento que desconheces.
          Perante os ofensores, dispões da oportunidade de revelar compreensão e proveito, em matéria de aperfeiçoamento espiritual.
          Aquele, a quem desculpas hoje uma falta cometida contra ti, será talvez, amanhã, o teu melhor defensor, se caíres em falta contra os outros.
          Diante da desilusão recolhida do comportamento de alguém, coloca-te no lugar desse alguém, observando se conseguirias agir de outra forma, nas mesmas circunstâncias.
          Capacitemo-nos de que condenar o companheiro que erra é agravar a infelicidade de quem já se vê suficientemente infeliz.
          Revide de qualquer procedência, mesmo quando se conquiste unicamente na mágoa individual imanifesta, não resolve problema algum.
          Quem fere o próximo efetivamente não sabe o que faz, porquanto ignora as responsabilidades que assume na Lei de Causa e Efeito.
          Ressentimento não adianta, de vez que todos somos espíritos eternos destinados a confraternizar-nos todos, algum dia, à frente da Bondade de Deus.
          Desculpar ofensas e esquecê-las é livrar-se da perturbação e doença, permanecendo acima de qualquer sombra que se nos enderece na vida, razão por que, em nosso próprio benefício, advertiu-nos Jesus de que se deve perdoar qualquer falta, não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.


Livro: "Mais Perto" - Francisco C Xavier - Emmanuel

17.9.16

SURRA

Dizes que a morte é bizarra,
Que a cova tanto te aterra
Escolhendo, no que encerra,
Levar a vida na farra.

Por isso, nada te barra
No prazer que se descerra,
Sem escutar a quem berra
Falando em virtude e garra.

Entretanto, embora a birra
Ante a luta que se acirra,
Hás de deixar capa e gorro...

Porque, na morte que urra,
Levarás tremenda surra,
Em vão, pedindo socorro!...

Alfredo Nora
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 11 de setembro de 2016, em Uberaba – MG).

Nota: Em nosso espaço semanal neste Blog, sempre que possível, cederemos vez à publicação de páginas de autoria de outros poetas. Grato. – Formiga.

16.9.16

MOMENTOS DE AFLIÇÃO E PROVA

    Momentos de aflição e prova surgem pelo caminho, inesperados, concitando à disciplina espiritual indispensável ao processo evolutivo do ser.
    Águas serenas que são açoitadas por fortes vendavais; paisagens tranquilas que se modificam ao império de tempestades violentas; climas de paz que se convertem em campos de lutas rudes; viagem segura, que se torna perigosa, objetivos próximos de conquistados, que se perdem de repente; saúde que cede à enfermidade; amigos dedicados, que vão adiante; adversários vigorosos, que surgem ameaçadores; problemas econômicos, que aparecem, constringentes, tantos são os motivos de aflição e prova, que ninguém avança, na Terra, sem os experimentar.
    Enquanto domiciliado no corpo, espírito algum se encontra em segurança, vitorioso, isento de experiências difíceis, de possíveis insucessos.
    Os momentos de prova e aflição constituem recursos de aferição dos valores morais de cada um, mediante os quais o homem deve adquirir mais valiosas expressões iluminativas como suportes para futuros investimentos evolutivos. Por isso, todos somos atingidos por tais métodos de purificação.
    Vigia-te. no momento de aflição e prova, a fim de que não compliques, por precipitação, o teu estado íntimo.
    Suporta o vendaval do testemunho com serenidade; recebe a adaga da acusação indébita com humildade; aceita o ácido da reprimenda injusta com nobreza; medita diante do sofrimento com elevação de sentimentos.
    Todos os momentos difíceis cedem lugar a outros; os de paz e compreensão.
    Não te desalentes, exatamente quando deves fortalecer-te para a luta.
    São os instantes difíceis que as resistências morais devem estar temperadas, suportando as constrições que ameaçam derruir as fortalezas íntimas.
    Quando estiveres a ponto de desfalecer, procura refúgio na oração.
    Orando, renovar-se-ão tuas paisagens mentais e morais, elevando-te o ânimo e reconfortando-te espiritualmente.
    Jesus, que não tinha qualquer dívida a resgatar e que é o Sublime Construtor da Terra, enquanto conosco não esteve isento dos momentos de aflição, demonstrando, amoroso, como vencê-los a todos, e, ao mesmo tempo, ensinando a técnica de como retirar do aparente mal as proveitosas lições da felicidade.
    Considera-Lhe os testemunhos, e, em qualquer momento em que sejas defrontado pela aflição ou prova, enfrenta as circunstâncias e extrai do amor a parte melhor da tua tarefa de santificação.

Livro: Oferenda - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis

15.9.16

ESPÍRITOS LEVIANOS

Questão 362 do Livros dos Espíritos

As classes dos Espíritos são em grande variedade e podemos observá-las pelo comportamento dos Espíritos, tanto encarnados quanto desencarnados.
Os Espíritos levianos nem sempre são maus Espíritos que se aproximam dos homens inspirando maldade, o ódio e a vingança. Eles são mais brincalhões, iguais aos muitos que se pode ver dentre os encarnados. Eles têm uma grande sutileza em usar o humorismo, introduzindo nas brincadeiras assuntos de gozação sem, contudo, avaliar o tempo que gastam em coisas fúteis, mormente quando se encontram muitos deles juntos. Alguns são viciados contumazes.
É uma classe de Espíritos muito grande e eles não toleram os Espíritos sérios. Acham que são fanáticos, somente porque resguardam os pensamentos das leviandades, que podem levar o desapreço às coisas nobres. São realmente maliciosos; instigam as intrigas, e sempre desejam fugir quando vêem a coisa tomar outro caráter, que por vezes não era a sua intenção.
Aqueles que se encontram nessa faixa de Espíritos levianos devem procurar companhias melhores e vigiar seus pensamentos, para que não venham a atrair Espíritos igualmente levianos. O semelhante sempre se encontra, por lei, com seus iguais. Há diversos meios que podemos usar para trilhamos o caminho do aprendizado de Jesus.
Procuremos obliterar as conversações que não condizem com o equilíbrio do Evangelho, mesmo que venhamos a sentir alguma rejeição íntima. Ela é o sinal de que existe algo de leviandade dentro de nós. Observemos todos os dias os nossos pensamentos, o que eles procuram dentro da sua dinâmica de formar idéias, e ajudemo-nos na modificação sem violência, porque a violência, mesmo no combate ao mal, não é forma inteligente.
A leviandade desmerece os acertos da vida, no que se refere à vida reta e desvaloriza o próprio homem ante a sociedade a que pertence. Alguns podem até achar interessante o seu humorismo picante, mas esses mesmos não lhe depositarão maior confiança, por lhe conhecerem as atitudes levianas que podem derivar dos seus gracejos.
No mundo, estamos entre um grande número de Espíritos levianos, mesmo na classe chamada alta, e é por isso que a própria política se encontra em decadência. Já falamos alhures que enquanto os homens não colocarem o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo como carta magna na direção de todas as nações do mundo, os caminhos da humanidade se encontrarão cheios de perigos, sem darem aos mesmos homens estabilidade de vida e segurança de viver. Só não conhece quem não quer; na Terra já se encontram todas as diretrizes para auto-aperfeiçoamento das criaturas que desejam melhorar.
As enfermidades que pululam na Terra e que fazem sofrer a humanidade levam à busca da melhoria espiritual; quando a humanidade passar para um grau mais elevado na escala dos mundos habitados, as enfermidades irão desaparecendo do planeta, e ele irá se tornando um mundo semelhante a um paraíso, onde o amor será o ar que se respira, a fé, a água que se bebe e a fraternidade, o alimento que se ingere. Mas, para tanto, é preciso trabalhar dentro de si diariamente, para que o diamante que Deus depositou no coração seja lapidado pelo esforço próprio, fazendo-se brilhante na eternidade da vida.
Abolir a leviandade da vida é entender o chamado do Cristo em direção ao céu, na intimidade da alma.


Livro Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

14.9.16

VIRTUDE - II

253 –A virtude é concessão de Deus, ou é aquisição da criatura?
-A dor, a luta e a experiência constituem uma oportunidade sagrada concedida por Deus às suas criaturas, em todos os tempos; todavia, a virtude é sempre sublime e imorredoura aquisição do espírito nas estradas da vida, incorporada eternamente aos seus valores, conquistados pelo trabalho no esforço próprio.
254 –Que é paciência e como adquiri-la?
-A verdadeira paciência é sempre uma exteriorização da alma que realizou muito amor em si mesma, para dá-lo a outrem, na exemplificação.
Esse amor é a expressão fraternal que considera todas as criaturas como irmãos, em quaisquer circunstâncias, sem desdenhar a energia para esclarecer a incompreensão, quando isso se torne indispensável.
É com a iluminação espiritual do nosso íntimo que adquirimos esses valores sagrados da tolerância esclarecida. E, para que nos edifiquemos nessa claridade divina, faz-se mister educar a vontade, curando enfermidades psíquicas seculares que nos acompanham através das vidas sucessivas, quais sejam as de abandonarmos o esforço próprio, de adotarmos a indiferença e de nos queixarmos das forças exteriores, quando o mal reside em nós mesmos.
Para levarmos a efeito uma edificação tão sublime, necessitamos começar pela disciplina de nós mesmos e pela continência dos nossos impulsos, considerando a liberdade do mundo interior, de onde o homem deve dominar as correntes da sua vida.
O adágio popular considera que “o hábito faz a segunda natureza” e nós devemos aprender que a disciplina antecede a espontaneidade, dentro da qual pode a alma atingir, mais facilmente, o desiderato da sua redenção.

Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

13.9.16

Verdade e Mentira

A mentira tem pernas curtas.
Quem já não ouviu falar desta máxima popular?
Uma mentira bem contada pode até gerar risos momentâneos, mas ela jamais se sustentará o tempo todo. Existem dois tipos de mentira: a mentira boazinha e a mentira maledicente. A mentira boazinha é aquela que todos sabem de antemão que aquilo que se conta não é verdade. É uma brincadeira para entreter. Pior é a mentira maledicente que é aquela que quer ferir, quer denegrir, quer espuriar a outra pessoa. Ela é destrutiva porque é feita para fazer o mal.
- Mas Dom Hélder, todo mundo mente, por que eu não posso usar uma mentirinha?
Até onde vai a sua consciência com esta “mentirinha”? Até onde vai a consequência desta “mentirinha”? Se vai prejudicar alguém, então ela já é abominável por natureza.
Mentira é mentira e ponto final. Faz mal. É querer enganar a verdade, escondê-la, ludibriar os outros.
Quando Jesus afirmou que deveríamos ser honestos com a nossa palavra, dizendo “sim, sim” e “não, não”, não quis apenas se referir em não titubearmos com algo, queria dizer igualmente para não abrirmos mão da verdade.
Verdade é grande valor humano. Quem possui compromisso com a verdade pode até se dar mal em dada situação, mas terá a sua consciência tranquila que falou o que deveria ter falado. Não fugiu da verdade.
Já pensou alguém que conta uma mentira deliberadamente e depois se descobre que era uma farsa? Ninguém mais vai acreditar naquela pessoa, não é verdade?
As pessoas que possuem compromisso com a verdade são levadas à sério pelos outros. Quando elas falam todos prestam atenção. Elas têm credibilidade.
Por que você e todos nós não adotemos este compromisso total com a verdade?
Você pode até estar errado em algum assunto, mas falou aquilo que era considerada a sua verdade e é isto que importa.
Meus queridos irmãos, fico muito descontente quando pego alguém querendo me enganar. Compreendo as limitações temporárias do irmão, tento entender os motivos daquele gesto infeliz, dou outra chance, mas fico chateado, confesso, quando alguém mente descaradamente.
Sinto-me assim porque antecipadamente creio no ser humano. Claro. Imagine o que é você andar por aí desconfiando de toda gente. Não tem cabimento, não é? A vida seria extremamente chata.
Faça a sua parte e fale a verdade.
A verdade é sempre o maior refúgio dos fortes.
Um abraço,

Helder Camara – Blog Novas Utopias

12.9.16

Verdade e Mentira

A mentira tem pernas curtas.
Quem já não ouviu falar desta máxima popular?
Uma mentira bem contada pode até gerar risos momentâneos, mas ela jamais se sustentará o tempo todo. Existem dois tipos de mentira: a mentira boazinha e a mentira maledicente. A mentira boazinha é aquela que todos sabem de antemão que aquilo que se conta não é verdade. É uma brincadeira para entreter. Pior é a mentira maledicente que é aquela que quer ferir, quer denegrir, quer espuriar a outra pessoa. Ela é destrutiva porque é feita para fazer o mal.
- Mas Dom Hélder, todo mundo mente, por que eu não posso usar uma mentirinha?
Até onde vai a sua consciência com esta “mentirinha”? Até onde vai a consequência desta “mentirinha”? Se vai prejudicar alguém, então ela já é abominável por natureza.
Mentira é mentira e ponto final. Faz mal. É querer enganar a verdade, escondê-la, ludibriar os outros.
Quando Jesus afirmou que deveríamos ser honestos com a nossa palavra, dizendo “sim, sim” e “não, não”, não quis apenas se referir em não titubearmos com algo, queria dizer igualmente para não abrirmos mão da verdade.
Verdade é grande valor humano. Quem possui compromisso com a verdade pode até se dar mal em dada situação, mas terá a sua consciência tranquila que falou o que deveria ter falado. Não fugiu da verdade.
Já pensou alguém que conta uma mentira deliberadamente e depois se descobre que era uma farsa? Ninguém mais vai acreditar naquela pessoa, não é verdade?
As pessoas que possuem compromisso com a verdade são levadas à sério pelos outros. Quando elas falam todos prestam atenção. Elas têm credibilidade.
Por que você e todos nós não adotemos este compromisso total com a verdade?
Você pode até estar errado em algum assunto, mas falou aquilo que era considerada a sua verdade e é isto que importa.
Meus queridos irmãos, fico muito descontente quando pego alguém querendo me enganar. Compreendo as limitações temporárias do irmão, tento entender os motivos daquele gesto infeliz, dou outra chance, mas fico chateado, confesso, quando alguém mente descaradamente.
Sinto-me assim porque antecipadamente creio no ser humano. Claro. Imagine o que é você andar por aí desconfiando de toda gente. Não tem cabimento, não é? A vida seria extremamente chata.
Faça a sua parte e fale a verdade.
A verdade é sempre o maior refúgio dos fortes.
Um abraço,

Helder Camara – Blog Novas Utopias

11.9.16

O Futuro do Brasil

A trajetória democrática no Brasil sofre outro deslize.
Não se pode afirmar, a priori, que não há legitimidade no processo de destituição da presidente eleita. Os caminhos democráticos foram adotados e naturalmente sujeito a críticas dos oposicionistas. Não é isto que desejo tratar nestas linhas, a história, por si só, haverá de dar razão a um dos lados nesta questão. O meu desejo é mostrar a nossa inanição política diante do conserto das nações do planeta.
O Brasil possui tudo para ser uma grande nação. Recursos de diversas ordens não lhe falta. Somos poderosos economicamente, temos uma bacia hidrográfica rica, uma natureza abundante e um povo expressivamente inteligente e criativo. O que nos falta, talvez, seja um projeto de nação. Sem foco para onde devemos ir, pouco progresso ocorrerá e os avanços serão meramente pontuais, haja vista que funcionam como se cada um promovesse o seu próprio destino e não porque há um direcionamento único das ações.
Este projeto maior, Senhores, deve ser fruto de ampla discussão na sociedade. Quem quer que o inicie, sem se preocupar com os rendimentos políticos desta iniciativa, terá dado contribuição enorme para o progresso social e econômico do País. Agirá como estadista e não como um populista. Definirá regras atemporais e não interesses casuais. É certo que o momento presente exige ajustes de diversas frentes, dada a situação calamitosa que chegamos, mas não podemos, jamais, deixar de ter um foco mais distante quando se refere ao destino do País.
Alguns presidentes, ao longo do período republicano, tiveram esta preocupação. Não cabe aqui analisar se as diretrizes apresentadas eram positivas ou não, não é esta a questão, o que se coloca em jogo é o tirocínio de se deixar um efetivo legado para o País.
Getúlio Vargas, Juscelino Kubistchek de Oliveira e o período militar desenharam, cada um a seu modo, este desenho de nação. Alguns pontos tiveram continuidade, outros foram abandonados sem qualquer análise mais séria.
O que está em jogo, Senhores, é o futuro da nação. Iniciativas pontuais podem ter alguma repercussão, mas se não forem devidamente ampliadas e aceitas como políticas de Estado terão vida curta por mais interessantes que possam ser.
Este é o motivo do nosso atraso, em última análise. O progresso espiritual não é realizado por improviso. Temos, pelo que sei, notória preocupação com planejamento de longo prazo. Os passos dados pelos maiores da humanidade e por aqueles que se preocupam com nosso País seguem um norteamento maior e são pautados dentro de critérios rígidos. Todos nós, espíritos comprometidos com a nação brasileira, somos chamados, de algum modo, a dar a nossa contribuição. Trabalho não nos falta.
Neste quadrante da vida pública brasileira, enxergamos mais oportunidades do que dissabores. Estamos numa crise, é verdade, mas ela mesma nos traz possibilidades de avanço inestimáveis.
Quem sabe uma nova legislação para abrir os caminhos políticos e restituirmos de vez a confiança dos brasileiros em seus representantes?
Por que não pensar numa reforma econômica “globativa”, não apenas de integração mundial para sermos mais competitivos, mas de aprendizagem geral para aumentar a capacidade produtiva de nosso povo, gerando mais renda e riqueza para todos?
Que tal priorizarmos definitivamente a educação como patrimônio maior da nossa nação em direção a termos cidadãos livres de verdade e conscientes de suas potencialidades e direitos?
Por que não pensar num governo mais competente na gestão e menos corrupto na sua concepção?
Há muitas frentes a serem definidas as suas prioridades e aquilo que mais interessa ao conjunto da nação.
Não importa necessariamente quem faça, mas que faça e como faça.
Estaremos ombro a ombro com todos aqueles que se dispuserem a trabalhar por um País melhor e com futuro.
Um abraço,

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

10.9.16

ESPALHA A MENSAGEM

Não te iludas, amigo, não te iludas,
Que a existência na Terra é passageira,
Igual à luz do dia que se esgueira
Na escuridão da noite em horas mudas.

Arrima-te na fé em que te escudas
E segue sempre, de alma sobranceira,
Espalhando a mensagem alvissareira
Nas bênçãos do Evangelho que desnudas.

Fala de amor a quem se desconsola,
Na solidão da prova em que se isola,
Sem mais ter esperança ou ideal...

Levanta a tua voz anunciando,
A quem segue na estrada soluçando,
Que Jesus Cristo vence todo o mal!...

Eurícledes Formiga

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 3 de setembro de 2016, em Uberaba – MG).

9.9.16

Passarinho pronto a voar

“...Marialva cerrou os olhos, mas as lágrimas foram mais fortes banhando-lhe o rosto. Ia retirar-me, porém me detive observando os irmãos do Departamento do Desencarne. Esperei que completassem o trabalho, porque eu desejava estreitar um abraço amigo na sofrida e abandonada Marialva, que se assemelhava a um passarinho pronto a voar. À medida que o laço fluídico se afrouxava, ela foi adormecendo o seu duplo pairou sobre o corpo físico. Preparava-se para renascer no mundo espiritual. Sua veste física foi esfriando – era a separação dos corpos materiais e fluídicos. Ainda tentou acordar, mas o estado de sonolência foi mais profundo e ela, ao adormecer viu-se projetada no mundo dos espíritos. Sorriu para nós e alegrou-se quando Paulinho, seu velho pai, a abraçou com amor. Marialva teve um desencarne tranquilo, mas mesmo assim os trabalhadores do Senhor ali permaneceram dando ao seu espírito a merecida assistência. Quando a sua colega percebeu o desenlace e deu o alarme, os espíritos já a haviam levado para um outro hospital...”.


Pequeno trecho do livro: “Lírios Colhidos” de Irene P. Machado, espírito Luiz Sergio

8.9.16

QUALIDADES MORAIS

Questão 361 do Livro dos Espíritos

Certamente que a matéria tem vida, mas, em outra dimensão espiritual, de modo a não raciocinar como fazem os homens. A qualidade moral do homem, não pode, pois, advir da matéria; ela provém do Espírito. É nesse sentido que o homem consciente do seu mandato na Terra deve se esforçar para crescer ante seus compromissos e mediante a sua consciência, onde se encontram gravadas todas as leis morais que passam a governá-lo.
A matéria é instrumento humano, mas também divino, nas mãos do ser encarnado, como o cavalo de montaria o é do cavaleiro. As rédeas regulam seus passos e, no caso do Espírito, as rédeas são o esclarecimento para refrear os instintos materiais, correspondentes à ignorância da alma.
Jesus desceu ao mundo por misericórdia de Deus e grandeza do Seu amor, no sentido de nos ensinar a excedermos os dons morais na qualidade de luzes no auto-entendimento da pureza espiritual. Cada criatura tem seu dever de se esforçar para seu próprio bem-estar.
Se um Espírito ignorante reencarna, certamente que ele, ao crescer, está predisposto às paixões inferiores do mundo; contudo, a bondade de Deus é tão grande, que sempre deposita essa alma aos cuidados de alguém, que passa a ensiná-lo a mudar seu modo de vida, por vezes com o exemplo. Analisemos e observemos a evidência do que falamos. Eis aí nos primeiros passos na reforma moral, e mesmo se sentindo desajustado no seio da família, depois o Espírito irá reconhecer as bênçãos que recebeu de Deus, passando a agir de forma mais equilibrada, onde for chamado a viver.
Todos passamos por esses caminhos. O “não julgueis para não serdes julgados”, é nesse sentido, porque aquele que hoje se encontra livre já foi escravo das paixões inferiores. A escalada da vida que leva no seio da humanidade; em tudo que faz, norteiam seus sentimentos para o bem-estar da humanidade e, ainda mais, os seus exemplos de amor fazem notar a sua grandeza de coração. Entretanto, entre ele e o Espírito primitivo há uma grande distância e a escala é imensurável. Só pela análise notaremos onde a alma se encontra vivendo, qual a sua faixa de vida e o que precisa para melhorar. Trabalhemos todos para a melhoria desses Espíritos, se possível em silêncio, dando com uma mão sem que a outra perceba.
A verdadeira caridade é silenciosa, porque, no fundo, quem a faz é nosso Pai Celestial. A Doutrina dos Espíritos vem nos ensinar a desabrochar as qualidades morais que temos, como talentos divinos, com o nosso esforço de todos os dias. A consciência em Cristo vem nos aventar o prosseguimento na caridade e no amor, forças de Deus que moram em nós, esperando a nossa vontade de praticá-las.
Há muitas classes de Espíritos encarnados na Terra, e na erraticidade, conforme já falamos. Eles vão melhorando gradativamente, entendendo assim que somente o tempo, sob as bênçãos de Deus, pode ajudar a purificar a alma ou, mais acertadamente, desperta nela todas as qualidades que Deus depositou no cofre do seu coração.

Livro Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz