Questão 363 do Livro dos
Espíritos
As paixões que têm os
Espíritos que moram na Terra e que viajam com ela na sua órbita, como sendo o
seu mundo espiritual, não são diferentes das dos homens; elas são as mesmas,
porque eles se sucedem pelos processos das reencarnações. Os Espíritos são os mesmos
homens, e os homens são os mesmos Espíritos, que se entregam às mutações como
força da lei do progresso espiritual.
Convém que todas as criaturas
estudem mais as leis de Deus, que passem a conhecer na sua profundidade, os
ensinamentos de Jesus Cristo, porque a verdade, no dizer do Mestre, nos coloca
em liberdade. Os homens, quando enraizados nas paixões inferiores, levam-nas
para além-túmulo e, por vezes, ainda mais fortes, que se encontram em estado de
Espírito, sem o entrave do corpo.
O Espírito, quando passa para
a carne pelos processos das vidas sucessivas, igualmente traz as suas paixões,
se as tem, de modo a educá-las ao passar por variados abrolhos dos caminhos.
Não nos percamos nos emaranhados das ilusões. Onde quer que estivermos, os
métodos educativos se encontram a nos espreitar de maneiras diversas, e para
entendermos as lições, a vida nos aplica muitos meios que correspondem às
nossas necessidades.
As paixões da alma devem
desaparecer. Certamente que é difícil essa limpeza, por estarem entranhadas em
muitos corpos que o Espírito usa para a sua jornada na Terra. Contudo, não
devemos esmorecer. Todo aquele que venceu na vida começou algum dia a dar os
primeiros passos no aprendizado, na autoiluminação. Para começar basta buscar
os caminhos de Jesus, como Mestre dos mestres, que não se errará o ideal da
felicidade.
Verifiquemos hoje mesmo quais
as paixões que vibram em nossa alma e não deixemos para amanhã o combate a
elas. Comecemos agora, que o Senhor nunca deixa Seus filhos sozinhos nos combates
internos. A Doutrina dos Espíritos é um manancial de ensinamentos capazes de
nos levar à vitória. As guerras existem por toda a parte, no entanto, os homens
esqueceram que a verdadeira luta proveitosa é a que travamos no nosso interior,
no combate com nossos inimigos do coração, e os piores são o orgulho e o
egoísmo, fonte de onde dimanam todos os outros, contrários ao bem estar da
alma. As paixões inferiores envenenam a atmosfera do planeta, a água que se
bebe e os alimentos. Elas deturpam a natureza no seu laboratório divino, de
modo que seus frutos entram em decadência o organismo humano e mesmo o dos
animais. Para combater as paixões, é necessário ter fé em Deus, e procurar
outra vez o Cristo, sem contar o tempo que se gastará para limpar a veste espiritual
e tranquilizar a consciência. Que se use a oração, mas que não fique somente
nisso: é necessário vigiar todos os segundos da vida e, ainda sim, não ficar
somente nisso; é preciso trabalhar como Jesus nos ensinou a operar.
Paixões e virtudes travaram
lutas no reino do Espírito imortal.
Necessário se faz que
continuem a lutar, porque o mal nunca vence o bem, e é nessa caridade para
conosco, da iluminação interior, que Jesus nos garante a vitória, de modo que a
consciência receba o premio da tranquilidade imperturbável. Que queremos mais?
Isso basta, por ser o céu na profundidade do ser.
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