27.4.24

Cruz e Arado

O servidor de Jesus,
No chão a ser cultivado,
Aos ombros levando a cruz,
Faz da cruz o seu arado.

Formiga/Baccelli - Blog Espiritismo em Prsa e Verso
Uberaba MG, 19-4-24

26.4.24

MEDIUNIDADE Livro de estudo Espírita a venda na LER livros Revistas Papelaria


 

OBSESSÃO ENTRE ENCARNADOS

Falando a respeito da obsessão entre encarnados, que, na minha modesta opinião, é a pior das obsessões, não estou querendo me referir à opressão de natureza física e mental que, de maneira impiedosa, certas pessoas exercem sobre outras.
Muito comum, por exemplo, nos depararmos com quadros de pais que subjugam filhos, e vice-versa, quanto de cônjuges que escravizam cônjuges no relacionamento que estabelecem...
Quando na Terra, tive oportunidade de me deparar com muitas situações assim, em que um espírito encarnado, praticamente, anulava o outro, impedindo o seu crescimento diante da Vida.
Uma mãe vampirizava tanto a pobre da filha, que, ao vê-las adentrando o meu consultório, eu tinha a impressão de que a dementada genitora sugava todas as energias da pobre menina, pela qual ela a todo instante chamava, impedindo que a garota saísse de seu raio de influência, ou que sequer respirasse sem a sua permissão...
Fiz o que pude para libertar a jovem daquela possessão afetiva, que, a cada dia, tornava-a mais debilitada, inclusive fisicamente, e que terminou por levá-la à pneumonia, vindo a desencarnar primeiro que sua perturbada mãe.
E o pior é que, então, criou-se tal dependência psíquica entre as duas, que, mesmo após ter desencarnado, a filha não conseguia se libertar da mãe que, poucos anos depois, igualmente veio a deixar o corpo ainda chamando, com insistência, por ela.
Quero, no entanto, através deste pequeno registro, alertar para outro tipo de obsessão que, com frequência, impera entre os que se encontram encarnados - obsessão, talvez, menos agressiva, porém não menos nociva do que aquela que mencionei entre uma senhora e sua filha única.
Trata-se de uma obsessão exercida à distância, apenas e tão somente pela força do pensamento que dispara na direção do alvo que pretende atingir...
Nesta espécie de obsessão entre encarnados, não raro, o obsessor age com plena consciência do que pretende na emissão de vibrações agressivas que, constantemente, emite na direção da vítima de sua inveja, de sua mágoa, de seu ódio...
Tais vibrações enfermiças, se não rechaçadas por quem, direta ou indiretamente, as esteja motivando, podem ir minando a sua resistência, fazendo com que, por exemplo, ele se veja dominado pelo desânimo na tarefa que cumpre.
De repente, sem explicação alguma, a vítima começa a se sentir tomado pela falta de disposição física, exteriorizando vários sintomas de doenças que, na realidade, não existem.
Então, procurando vários médicos, toma medicamentos sem necessidade de tomá-los, e, caso não venha a reagir contra tal estado de abatimento, de tanto somatizar as vibrações que recebe, pode, de fato, acabar dentro de um quadro patológico real.
Daí a necessidade de todos os que costumam despertar tais reações ao seu derredor - a alguns metros, ou alguns quilômetros de si - criarem, em nível de pensamento, defesas capazes de repelir as vibrações que desejam a sua queda e o seu fracasso.
A primeira providência para isto, evidentemente, é a de se tomar consciência de que os adversários estão sempre à espreita e dardejam vibrações negativas que mentalizam, sem pausa, contra quem querem prejudicar... A segunda providência é a de se esforçar no sentido de, sob qualquer hipótese, não lhes oferecer sintonia, criando, com base na prece e na prática do bem aos semelhantes, um escudo magnético de proteção em volta de si...
No mais, é deixar que as vibrações infelizes não encontrando receptividade da parte do destinatário, tornem ao seu anônimo remetente, cujo endereço elas conhecem, e, pela Lei de Causa e Efeito, ensinem a lição que lhe cabe aprender.
INÁCIO FERREIRA - blog Mediunidade na Internet.

25.4.24

Univeros de Amor


 

REFLEXÕES EM TORNO DA LEI DE CAUSA E EFEITO

Amigos vários nos têm escrito solicitando que teçamos algumas considerações em torno da Lei de Causa e Efeito, e isto porque, segundo alegam, não entendem a ação de espíritos que, em desencarnando, continuam vinculados ao mal, agindo em desfavor da Humanidade.
- Não estariam eles, após a morte do corpo, colhendo o que semearam?! - indagam com certa incompreensão, na expectativa de que todos, assim que deixam o corpo, venham a sofrer a consequência imediata dos desmandos praticados.
A questão dessa aparente impunidade pós-morte, evidentemente, ainda se prende às nossas antigas concepções religiosas de Céu, Inferno e Purgatório, que determinariam o destino dos espíritos mal tivessem eles fechado os olhos para o cenário da Vida Física.
Porém, não acontece exatamente assim conforme, durante séculos e séculos, devido a informações equivocadas, os homens se habituaram a crer.
No livro "E a Vida Continua...", de André Luiz, psicografado, em 1968, por Chico Xavier, Evelina Serpa, um dos personagens da obra, de formação católica, conversando com o Irmão Cláudio, endereça a ele a seguinte pergunta: - Então, morrer?!... qual a novidade em torno disso? qual o maior interesse em nos reconhecermos redivivos? Sem rodeios, o mencionado Instrutor lhe respondeu: - As incógnitas da vida exterior, com os desafios delas resultantes, são as mesmas; entretanto, se a criatura aspira efetivamente a realizar uma tomada de contas encontra neste novo mundo surpresas, muitos fascinantes, no estudo e redescoberta de si mesma. Somos, cada um de nós, um astro de inteligência a perquirir... e a aperfeiçoar por nós próprios.
O que se pode depreender do texto acima?!
Por mais que isto nos possa surpreender, ou melhor, surpreender os nossos irmãos encarnados, algumas deduções interessantes podem dele ser extraídas. Senão vejamos:
1 - De fato, após a desencarnação, nem todos os espíritos experimentam de imediato as consequências da Lei de Causa e Efeito.
2 - Sendo assim, em deixando o corpo carnal, não poucos são aqueles que continuam com a ideia fixa no mal que se lhes cristalizou na mente.
3 - Delinquentes desencarnados podem, não raro, no agravamento de seus débitos, prosseguir delinquindo por tempo indeterminado - inclusive, podem desencarnar e tornar a reencarnar na condição de delinquentes...
4 - Para que a criatura, efetivamente, possa, diante do tribunal da própria consciência, realizar uma "tomada de contas", é indispensável que ela aspire, ou, ainda que timidamente, deseje que isto venha a suceder.
5 - A condição espiritual que induz qualquer infrator da Lei Divina ao remorso, já representa, para ele, uma "luz no fim do túnel"...
6 - A Lei, evidentemente, em benefício de seu próprio infrator, possui mecanismos de constrangimento, que, não obstante, nunca agem de maneira a lhe anular o livre arbítrio por completo... Isto foi elucidado por Allan Kardec nas páginas de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", capítulo 5, parágrafo 8: "As tribulações podem ser impostas a espíritos endurecidos, ou extremamente ignorantes, para levá-los a fazer uma escolha com conhecimento de causa."
7 - Nenhuma infração cometida contra a Lei ficará sem justa reparação, mas para esta reparação a vontade do espírito infrator deve concorrer, pois, caso contrário, a mudança lhe haveria de ser uma imposição - e, tendo sido criado livre, o espírito não é obrigado à prática do bem ou do mal. 
Claro que, à pequena lista de deduções apresentadas acima, outras poderão ser acrescentadas pelos irmãos e irmãs que convidamos a refletirem conosco sobre a transcendente questão em pauta.
Resumindo: mais cedo ou tarde, todos haveremos de colher o que plantamos, mas como, onde e quando tal se verificará não é da competência da vontade dos que não estejam envolvidos no processo, porque diz respeito apenas à ação da Lei e a consciência de cada um.
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

23.4.24

Vibrações


 

SIGAMOS COM JESUS

Maomé foi valoroso condutor de homens.
Milhões de pessoas curvaram-se-lhe às ordens.
Todavia, deixou o corpo como qualquer mortal e seus restos foram encerrados numa urna, que é visitada, anualmente, por milhares de curiosos e seguidores.
Carlos V, poderoso imperador da Espanha, sonhou com o domínio de toda a Terra, dispôs de riquezas imensas, governou muitas regiões; entretanto, entregou, um dia, a coroa e o manto ao asilo de pó.
Napoleão era um grande homem.
Fez muitas guerras.
Dominou milhões de criaturas.
Deixou o nome inesquecível no livro das nações.
Hoje, porém, seu túmulo é venerado em Paris...
Muita gente faz peregrinação até lá, para visitar-lhe os ossos...
Como acontece a Maomé, a Carlos V e a Napoleão, os maiores heróis do mundo são lembrados em monumentos que lhes guardam os despojos.
Com Jesus, todavia, é diferente.
No túmulo de Nosso Senhor, não há sinal de cinzas humanas.
Nem pedrarias, nem mármores de preço, com frases que indiquem, ali, a presença da carne e do sangue.
Quando os apóstolos visitaram o sepulcro, na gloriosa manhã da Ressurreição, não havia aí nem luto, nem tristeza.
Lá encontraram um mensageiro do reino espiritual que lhes afirmou: “Não está aqui”.
E o túmulo está aberto e vazio, há quase dois mil anos.
Seguindo, pois, com Jesus, através da luta de cada dia, jamais encontraremos a angústia da morte e, sim, a vida incessante.
No caminho de notáveis orientadores do mundo poderemos encontrar formosos espetáculos da glória passageira; contudo, é muito difícil não terminarmos a experiência em desilusão e poeira.
Somente Jesus oferece estrada invariável para a Ressurreição Divina.
Quem se desenvolve, portanto, com o exemplo e com a palavra do Mestre, trabalhando por revelar bondade e luz, em si mesmo, desde as lutas e ensinamentos do mundo, pode ser considerado cidadão celeste. 
 
Livro: Alvorada Cristã - Francisco C. Xavier - Neio Lúcio.

22.4.24

Busca e Acharas

 


Orando Pelos Companheiros

Senhor, nunca fomos muito de recorrer à oração, mormente com a frequência cotidiana de quantos sabem dirigirem-se a Ti através de palavras bem postas e de sentimentos que se elevam da Terra ao Mais Alto...

Contudo, Mestre, hoje viemos Te rogar pelos companheiros de Doutrina, anônimos servos da Vontade de nosso Pai, que, esquecidos no mundo, perseveram em suas humildes tarefas, nos templos que se levantam na periferia mais pobre das cidades em que mourejam em Teu nome...

Que eles se sintam encorajados nas atividades que desenvolvem junto aos ainda chamados “filhos do Calvário”, não somente lhes mitigando a fome, como também lhe dando esperanças em dias melhores...

Que esses nossos irmãos e irmãs que sobrepujam as dificuldades de toda ordem para sustentarem, tremulando, o estandarte da Fé, em meio ao cepticismo de tantos, sejam fortalecidos e não recuem ao fragor da luta que, em torno, parece cada vez mais se acirrar...

Que os Teus mensageiros possam continuar a auxiliá-los a multiplicar os pães e os peixes que, um dia, multiplicaste em favor da multidão, que, praticamente, Senhor, é a mesma multidão faminta de há dois mil anos atrás...

A verdade é que as coisas, conforme sabes, não mudarem muito desde então, e, não raro, os Teus leais servidores ainda faceiam a ironia e a quase total solidão de quem, no deserto dos ideais mais nobres da Vida, não podem contar senão com poucos amigos lhes secundam os esforços no Bem...

Por este motivo, Senhor, ousamos endereçar-Te esta singela rogativa, pensando naqueles que quase nada tendo para si, não duvidam de que sempre os suprirás do mínimo para que o máximo se faça em benefício dos necessitados...

E eles, os necessitados, hoje são tantos em todos os idiomas, amargando provações mais complexas e difíceis, segundo cremos, do que aquela legião de sofredores que buscavam pela Tua presença, a fim de que, como fizeste com Lázaro, o irmão de Marta e Maria, os ressuscitasses para a Vida além da vida que se tem no corpo, que, inevitavelmente, um dia há de perecer...

Socorre, assim, os teus servos imperfeitos que todos somos, e não os deixes fraquejar no testemunho que a mundana estima desconhece, ignorando-lhes a apagada existência em que se consomem para que a luz não deixe de resplandecer entre as trevas...

Rogando perdão por Te incomodarmos nesta prece que nos atrevemos a formular, sem nenhuma capacidade espiritual para tanto, agradecemos pelas bênçãos que puderes dispensar aos nossos confrades e confreiras que, com o Teu Evangelho nas mãos e no coração, prosseguem trabalhando nos alicerces da construção do Reino Divino sobre a face da Terra!...

 

INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

Uberaba – MG, 21 de Abril de 2024.

21.4.24

ATRAVÉS DO TEMPO Livro espírita a Venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

XXIX – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER

Alhures, já tivemos oportunidade de dizer que a Obra de André Luiz realiza, sob a coordenação do Mundo Espiritual Superior, a transição do pensamento católico para o pensamento espírita – tal transição, evidentemente, não poderia ser brusca, sem promover uma violência mental no campo da fé das almas que ainda não sabem se valer da razão.
*
Continuando com a sua descrição sobre o “julgamento”, além da morte, naquela “cidade estranha”, André Luiz descreve a presença dos espíritos considerados “magistrados”, que tomavam a Justiça Divina em suas mãos – a cena descrita pelo Autor espiritual é a expressão da realidade para milhares de espíritos que, todos os dias, deixam o corpo na Terra.
*
- Os magistrados! os magistrados! Lugar! lugar para os sacerdotes da justiça!
André diz que notou os referidos “magistrados”, precedidos por serviçais, “trajados à moda dos lictores (servidor público civil romano) da Roma antiga”, adentraram ao recinto, carregados em andores – era uma espécie de solenidade religiosa, um tribunal armado no Mundo Espiritual para proceder ao julgamento das almas desenfaixadas do corpo físico.
*
- Os julgadores, por sua vez, desceram, pomposos, dos tronos içados e tomaram assento numa espécie de nicho a salientar-se de cima, inspirando silêncio e temor, porque a turba inconsciente, em redor, calou-se de súbito.
Tudo lembra, sem dúvida, o que, por vezes, continua acontecendo em alguns atos religiosos e nas aparições de certas autoridades católicas – bispos, cardeais, Papa –, embora, semelhante costume, nos tempos atuais, venha sendo abolido pela Igreja.
*
As palavras de um dos “julgadores” aos espíritos que ali se concentravam foram estarrecedoras – impressionante o domínio mental que exerciam sobre eles! Aquelas entidades estavam “criando” um tribunal para o julgamento das almas – com o intuito de que a sua teologia não fosse desmentida pelas realidades de além-túmulo.
*
- Nem lágrimas, nem lamentos.
Nem sentença condenatória, nem absolvição gratuita.
Esta casa não pune, nem recompensa.
A morte é caminho para a justiça.
Escusado qualquer recurso à compaixão, entre criminosos.
Não somos distribuidores de sofrimento, e, sim, mordomos do Governo do Mundo. (...)
*
Gúbio esclareceu:
- O julgador conhece à saciedade as leis magnéticas, nas esferas inferiores, e procura hipnotizar as vítimas em sentido destrutivo, não obstante usar, como vemos, a verdade contundente.
*
Os nossos irmãos e irmãs internautas poderão imaginar a cena, que, infelizmente, é real, retratando o que ainda ocorre com aqueles que deixam a Terra de mente infantilizada, presa ao fanatismo religioso, na expectativa de Céu, Inferno ou Purgatório.
Depois da morte do corpo, a mente mergulha no mundo de suas convicções mais íntimas, sustentando ilusões nas quais, durante séculos vem acreditando.
Vejamos, assim, a importância do Espiritismo, que, no dizer de Emmanuel, por Chico Xavier, “é processo libertador de consciências”!...

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito toda terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
https://youtu.be/zdKQ55-equQ?list=PLJUZisvOqWSPrzDjdw6f9NSTmILB0O3rp

19.4.24

AS SETE VIDAS DE FÉNELON Livro psicanalista espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

SOBRE O LIVRO "CARTA DE UMA MORTA", DE MARIA JOÃO DE DEUS, E O PROJETO CHICO XAVIER

O livro "Cartas de Uma Morta", de Maria João de Deus, contém, por assim dizer, o projeto que a Espiritualidade Superior haveria de colocar em prática através da mediunidade de Chico Xavier.
Ele foi psicografado em 1935, logo após "Parnaso de Além-Túmulo", publicado pela FEB em 1932, que foi o primeiro título dos hoje quase quinhentos devidos ao trabalho do médium ao longo de 75 anos - de 1927 a 2002, quando desencarnou no dia 30 de junho!
"Cartas de Uma Morta", não obstante, é fruto das experiências pós-morte de Maria João de Deus, que desencarnou em 1915, quando se encontrava deflagrado o confronto da Primeira Guerra Mundial. Este esclarecimento pode ser colhido no capítulo 98 da referida obra, intitulado "Um Adeus": "Minhas páginas refletem justamente o panorama dos planos da erraticidade no desenrolar da última catástrofe mundial, que enlutou milhares de corações, quando se verificou o meu afastamento da vida material".
A genitora de Chico Xavier, que, à época, contava apenas 25 de idade, dá a entender, no capítulo 95 do referido volume, que, então, Emmanuel, Espírito Protetor do médium, reunira no Espaço verdadeira assembleia de servidores desencarnados, exortando-os à promissora tarefa que, em nome do Cristo, seria levada avante. Vejamos a descrição que a autora faz do espírito que, provindo das Esferas Mais Altas, se materializa a fim de lhes dirigir a palavra: "Uma túnica delicada e leve, à maneira romana, caía-lhe dos ombros, mas o que sobremaneira nos encantava era o extraordinário poder atrativo que se irradiava de toda a sua personalidade".
No capítulo seguinte, o de número 96, Maria João de Deus transcreve, em síntese, o que "um dos mais lúcidos mensageiros do Senhor", diz àquela assembleia, que Chico, mais tarde, denominaria de "Irmãos do Arco-Íris": "Cabe-nos operar o movimento grandioso de restauração das crenças puras. Voltemo-nos para o solo ingrato daquele mundo de experiências e provas, onde o pão, que nutre o corpo, se mistura com os prantos amargosos das almas".
Notemos que o projeto Chico Xavier - chamemo-lo assim - estava apenas começando, mas sob a inteira confiança do Mundo Espiritual Superior - somente duas obras haviam sido produzidas, porém, a visão de Dona Carmem Perácio, a respeito da "chuva de livros", haveria de se concretizar.
Conclamados por Emmanuel, espírito pertencente à Falange do Espírito da Verdade, aquelas entidades reunidas numa determinada região do Espaço - certamente nas proximidades de Pedro Leopoldo -, assumiram o compromisso que, há dois mil anos, diante da figura do Cristo Redivivo, os 500 da Galileia igualmente assumiram na divulgação da Boa Nova...
"Desde esse instante - escreveu Maria João de Deus -  integramos às fileiras dos que pugnam pelo aparecimento de uma nova era para a Humanidade e, laborando ao lado de todos quantos se experimentam sob o aguilhão da carne, esclarecendo-os e confortando-os, de forma indireta, sem que sintam de maneira tangível a influencia de nossa ação, nós queremos dizer a todos os homens como nos foi dito, naquele inenarrável momento:
- Sigamos a Jesus!... Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida!..."
Nos parágrafos finais da mensagem que, particularmente, a genitora dirige ao médium, no capítulo 98, as suas palavras soam proféticas, em torno das lutas que, a existência inteira, ele haveria de enfrentar no cumprimento do dever: "Exerce o teu ministério, confiando na Providência Divina."
Seja a tua mediunidade como harpa melodiosa; porém, no dia em que receberes os favores do mundo como se estivesses vendendo os seus acordes, ela se enferrujará para sempre. O dinheiro e o interesse seriam azinhavres nas suas cordas.
Sê pobre, pensando n'Aquele que não tinha uma pedra onde repousar a cabeça dolorida e, quando à vaidade, não guardes a sua peçonha no coração. Na sua taça envenenada muito têm perdido a existência feliz no Plano Espiritual como se estivessem embriagados com um vinho sinistro."
Portanto, de uma leitura atenta de "Cartas de Uma Morta", o que se depreende é que o projeto Chico Xavier, que, nos primeiros anos da década de 30 apenas se desenhava, realmente transcende a análise daqueles que, por examinarem superficialmente o assunto, se mostram incapazes de compreendê-lo em sua grande transcendência.
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

18.4.24

Antologia dos Imortais



Diante dos revides

Expressando-se com paciência  diante dos revides  do adversário, trabalha pelo seu bem mediante os mais diferenciados métodos que lhe estejam ao alcance.

A perseverança nos propósitos dignos consegue demonstrar que os sentimentos íntimos já não são os mesmos do momento perverso,


Livro: No Rumo da Felicidade - Divaldo P. Franco - Joanna de Ângelis 

17.4.24

Gravação do Estudo Detalhado do livro ENTRE A TERRA E O CÉU Cap. 32 - RECAPITULAÇÃO


 

DESTRUIÇÃO NECESSÁRIA

Comentário Questão 728 do Livro dos Espíritos

O que chamamos de destruição são processos que Deus usa sob a forma de progresso para tudo que existe. Nada no mundo se faz sem a permissão de Deus, e Ele somente permite o que é necessário para o progresso dos seres viventes. Se assim não fora, sendo o Senhor a Inteligência Suprema, não iria Ele permitir que as coisas e os seres fossem destruídos.
O que se vê com mais evidência, são as matanças dos animais com o objetivo de alimentação das criaturas. Criam-se estes para matar e, se não fosse o comércio, o interesse se desfaria e atrasaria o progresso dos animais. Os homens servem de instrumento para esse comportamento, homens esses na escala mais baixa da evolução humana. Os Espíritos de alta estrutura espiritual têm outras missões mais apuradas para cumprir. A vida não poderia colocar um santo como açougueiro, nem um místico chefiando um matadouro. Cada alma no lugar que lhe diz respeito.
Se Deus é onisciente, quando Ele fez a humanidade, desde o seu princípio, já sabia de tudo o que deveria ocorrer na sua marcha evolutiva. Ele mesmo traçou todos esses pormenores de vida para as criaturas. O Senhor Todo Poderoso não se arrepende de nada, nem fica triste com acontecimento algum; não chora, nem dá gargalhada. A sua serenidade em todos os acontecimentos é a sua postura perene.
Por que os seres vivos se destroem reciprocamente? Há uma finalidade, e quem sabe mais do que nós todos reunidos, é Deus, que nos criou para passarmos por esses caminhos. Tudo deve se transformar; as mudanças são constantes no palco da vida.
O invólucro da alma é como que uma veste, que pode e deve ser usado para outras necessidades, além de ajudar a força divina que o comanda. As próprias guerras, Deus as permite entre os homens ignorantes, pois têm muitas finalidades entre as criaturas, mas, o Espírito continua vivo para a eternidade de Deus.
Certas criaturas se assombram com os processos de destruição, as pestes, a fome, e as guerras, mas se esquecem que morrem muito mais seres humanos pelos vícios, que muitas vezes são mantidos sorrindo. Esse é o suicídio lento, porém, é usado para, igualmente, educar as almas e despertá-las para a vida maior.
A humanidade, agora que já passou por diversas refregas pelos processos de reencarnações, precisa crer em Jesus para não errar o caminho para Deus.
Respondeu-lhes Jesus:
A obra de Deus é esta, que creiais naquele que por Ele foi enviado. (João, 6:29)
Toda a perturbação, antes de Jesus, foi por falta de conhecimento espiritual sobre a vida. Agora, depois do Mestre, que já sabemos o que deveremos fazer, não temos desculpas. No entanto, mesmo assim a misericórdia foi tanta, que o Mestre prometeu que enviaria outro consolador, para ficar nos ensinando eternamente, andando conosco para enriquecer a nossa consciência, e ele chegou para nós em forma de uma doutrina, trazendo conceitos que nos fazem lembrar a mesma doutrina de Jesus.
A vida grosseira dos seres vivos só se justifica antes do despertamento espiritual; com o Cristo no coração, tudo muda, tudo se transforma, tudo cresce. Pensemos bem: se Deus é Justiça, como Ele consentiria na morte em massa, como sucede aos animais que Ele mesmo criou, para satisfação e regalo dos homens, sem um objetivo maior para a vida que comanda a matéria? O Senhor está vendo tudo que se passa e somente deixa acontecer o que é necessário para a vida.
Morrer é nascer para outra dimensão que é melhor do que a anterior, principalmente quando se morre para uma finalidade maior.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria.

16.4.24

De Kardec ao Espiritsmo


 

REBELDIA

O pequeno rebelde amava a Mãezinha viúva com entranhado amor; entretanto, iludido pela indisciplina, dava ouvido aos conselhos perversos.
Estimava a leitura de episódios sensacionais, em que homens revoltados formam quadrilhas de malfeitores, nas cidades grandes, e, a qualquer página edificante, preferia o folhetim com aventuras desagradáveis ou criminosas. Engolfou-se em tantas histórias de gente má que, embora a palavra materna o convidasse ao trabalho digno, trazia sempre respostas negativas e rudes na ponta da língua.
-          Filho – exclamava a senhora paciente -, o homem de bem acomoda-se no serviço.
-          Eu não! – replicava, zombeteiro.
-          Vamos à oficina. O chefe prometeu ceder-te um lugar.
-          Não vou! Não vou!...
-          Mas já deixas-te a escola, meu filho. É tempo de crescer e progredir nos deveres bem cumpridos.
-          Não fui à escola, a fim de escravizar-me. Tenho inteligência. Ganharei com menor esforço.
E enquanto a genitora costurava, até tarde, de modo a manter a modesta casa, o filho, já rapaz, vivia habitualmente na rua movimentada. Tomava alcoólicos em excesso e entregava-se a companhias perigosas que, pouco a pouco, lhe degradaram o caráter.
Chegava à casa, embriagado, altas horas da noite, muita vez conduzido por guardas policiais.
Vinha a devotada Mãe com o socorro de todos os instantes e rogava-lhe, no outro dia:
-          Filho, trabalhemos dignamente. Todo o tempo é adequado à retificação dos nossos erros.
Atrevido e ingrato, resmungava:
-          A senhora não me entende. Cale-se. Só me fala em dever, dever, dever...
A pobre costureira pedia-lhe calma, juízo e chorava, depois, em preces.
Avançando no vício, o rapaz começou a roubar às escondidas. Assaltava instituições comerciais, onde sabia fácil o acesso ao dinheiro; e quando a Mãezinha, adivinhando-lhe as faltas, tentou aconselhá-lo, gritou:
-          Mãe, não preciso de suas observações! Deixá-la-ei em paz e voltarei, mais tarde, com grande fortuna. Dar-lhe-ei casa, roupa e bem-estar com fartura. A senhora tem o pensamento preso a obrigações porque, desde cedo, vem atravessando vida miserável.
Assim dizendo, fugiu para a via pública e não regressou ao lar.
Ninguém mais soube dele. Ausentara-se, definitivamente, em direção a importante metrópole, alimentando o propósito de furtar recursos alheios, de maneira a voltar muito rico ao convívio maternal.
Passou o tempo.
UM, dois, três, quatro, cinco anos...
A Mãezinha, contudo, não perdeu a esperança de reencontrá-lo.
Certo dia, a imprensa estampou nos jornais o retrato de um ladrão que se tornava famoso pela audácia e inteligência.
A costureira reconheceu nele o filho e tocou para a cidade que o abrigava.
A polícia não lhe conhecia o endereço e, porque fosse difícil localizá-lo rapidamente, a senhora tomou quarto num hotel, a fim de esperar.
Na terceira noite em que aí se encontrava, notou que um homem embuçado lhe penetrava o aposento às escuras. Aproximou-se apressado para surrupiar-lhe a bolsa. Ela tossiu e ia gritar por socorro, quando o ladrão, temendo as conseqüências, lhe agarrou a garganta e estrangulou-a.
Nos estertores da morte, a costureira reconheceu a presença do filho e murmurou, debilmente:
-          Meu...meu...filho...
Alucinado, o rapaz fez luz, identificou a Mãezinha já morta e caiu de joelhos, gritando de dor selvagem.
A desobediência conduzira-o, progressivamente, ao crime a à loucura.
 
Livro: Alvorada Cristã - Francisco C. Xavier - Neio Lúcio.

15.4.24

Ensina-me a falar de Amor


 

Quando Será?

“Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai.” – Mateus, cap. 24 – v 36
 
Anunciam, desde muito, acontecimentos para a transformação da Humanidade, quando, então, a Terra deixará de ser Mundo de Provas e Expiações passando a Mundo de Regeneração.
Todos, sem dúvida, anelamos por este momento, e aqui, deste Outro Lado da Vida, igualmente, permanecemos na expectativa de que assim aconteça.
Todavia, quando nos fala sobre A Parábola da Figueira, Jesus esclarece, metaforicamente, que o “dia do dilúvio” não é conhecido pelos anjos dos céus e nem por Ele, mas somente pelo Pai...
Realmente, os acontecimentos que todos aguardamos para que a Terra venha a ser um mundo melhor, acontecimentos de ordem interior e exterior, patrocinados por um sofrimento de ordem coletiva, hão de ser desencadeados pelo livre arbítrio dos próprios homens.
As Leis Divinas, sensíveis às ações humanas, agem, ou reagem, segundo sejam motivadas, no espaço e no tempo.
A Natureza, por exemplo, vem reagindo de acordo com o tratamento que recebe dos que se encontram encarnados, que, em essência, são diretamente responsáveis pelo chamado “aquecimento global” e suas mais diversas consequências.
A guerra que, por vezes assola os países, é decidida por aqueles que a decretam, empunhando as armas.
Todos os dias, os homens, encarnados e desencarnados, em íntima associação psíquica, em seu favor ou desfavor, influenciam na aplicação das Leis Divinas – obviamente, tudo acontece pela Vontade do Criador, que do mal sempre faz nascer o bem, pois que somos predestinados à Luz.
O homem jamais logrará confrontar as Leis da Criação, opondo-se de maneira absoluta ao seu cumprimento.
O grande rio, no que pesem os obstáculos com os quais se defronta em sua trajetória, termina por se despejar no mar, fertilizando as glebas por onde, muitas vezes, é constrangido a correr.
Com os homens, sem homens e apesar dos homens, a Lei de Deus sempre se cumprirá, fazendo de seus próprios infratores os agentes de sua Justiça.
Assim, o tão aguardado Mundo de Regeneração dependerá das ações humanas, que poderão apressá-lo ou adiá-lo, sem que, podendo interferir diretamente para tanto, os anjos dos céus e o Filho não saibam dizer quando há de chegar.
Preferimos, pessoalmente, acreditar que, de uma maneira ou outra, todos estamos “trabalhando” para que o “dilúvio” moral que se espera venha a sanear a Humanidade, fazendo com que a Terra se eleve na hierarquia dos mundos, embora sem data marcada para ocorrer, um dia, se torne realidade.
Os vaticínios que são feitos a respeito concorrem para tanto, mas apenas no sentido de que alguns espíritos despertem para a responsabilidade que lhes cabe nesta hora de transição, tomando consciência da influência que, inegavelmente, pode ser exercida para que a transformação se antecipe quanto possível.
Neste aspecto, vejamos o quanto o livre arbítrio da criatura é respeitado pelo Criador, que a tendo criado para a perfeição, deseja, no entanto, que ela mesma venha a se fazer o seu artífice.
Em “O Livro dos Espíritos”, eles, os Espíritos da Codificação, nos esclarecem que somos, em conjunto, os “agentes” das Leis que agem, ou reagem, tanto sobre o mundo físico quanto sobre o mundo moral.
Não é o homem que poluindo os rios e os mares, destruindo as florestas e envenenando o ar, que se tem feito o responsável direto pelo desequilíbrio do ecossistema que se percebe ocorrer em todas as regiões do planeta?!
Esse desequilíbrio não vem trazendo consequências na atmosfera e no clima, desertificando terras antes férteis, e promovendo o degelo da Antártida, a ponto de lá, no imenso território gelado, já estarem nascendo flores?!
As ações humanas, somadas, é que determinarão quando, por fim, a Terra há de ser um mundo melhor, ou não, porque, pela sua livre escolha, pode também ocorrer que uma generalizada guerra de destruição a venha mergulhar no caos, com o trabalho da evolução tendo que ser recomeçado.
Disse Einstein, quando indagado, que não sabia dizer como seria uma Terceira Guerra Mundial, mas que, com certeza, a Quarta haveria de ser com paus e pedras.
 
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet

13.4.24

Conversação edificante.


 

Versos Soltos

Às vezes, é necessário
Ponhas fim ao começado
Para, então, recomeçar
O que começou errado.
*
Não insistas em seguir
De maneira inconsequente,
Não raro, voltar atrás
É dar mais um passo à frente.
*
Assim como na roseira
O espinho antecede a flor,
Também existe alegria
Precedida pela dor.
*
Quem indaga o que fazer
Tendo uma enxada na mão,
Pode querer trabalhar,
Mas eu não acredito, não.
*
Orientação do Além,
Quase sempre contraria
O que se deseja ouvir
E receber quereria.
*
Seja qual for o negócio,
Segundo penso e analiso,
Quando prejudica alguém,
Qualquer lucro é prejuízo.
*
Melhor cair num buraco
E enterrar-se no chão,
Que seguir estrada afora
Espalhando obsessão.
 
Formiga/Baccelli - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”
Sábado, 6 de Abril de 2024.

12.4.24

INICIAÇÃO AO ESPIRITISMO Livro de estudo espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

IDEIA OBSESSIVA PERSISTENTE

Acautele-se contra a ideia obsessiva persistente, que, volta e meia, esteja a influenciá-lo.
Pode ser, por exemplo, que ela se manifeste em forma de sugestão de que está doente, ou, então, de que você esteja cansado.
Todos os dias, de maneira discreta, ela o visita, fazendo com que experimente sintomas de doenças que não existem, ou de sinais de cansaço que não se justifica.
Claro que, a princípio, você a rechaça, afugentando da cabeça os pensamentos que a veiculam, e, que, no fundo, desejam inutilizá-lo para o trabalho.
Contudo, se não tomar providências mais sérias para vencê-la, ela terminará por somatizar-se, utilizando o seu próprio psiquismo para vampirizar-lhe o corpo.
De repente, então, os sintomas e sinais que experimenta se mostrarão mais intensos, fazendo com que você comece a peregrinar de médico em médico, ou permanecer a maior parte do tempo deitado.
Assim, se ela conseguir subjugá-lo, a doença que não existe passará a existir, e o seu cansaço imaginário se tornará real.
Quando menos esperar, você estará tomando um número enorme de medicamentos, que, de fato, através de suas reações adversas, poderão fazer com que um quadro patológico se instale...
Noutra hipótese, a sua prostração moral, transfigurando-se em abatimento físico, ao conduzi-lo à imobilidade, impedirá que tenha ânimo para despender o mínimo esforço que lhe requisite os braços...
Acautele-se, porque, nem sempre, os espíritos obsessores que tencionam prejudicá-lo, manifestam-se às claras, facilitando o diagnóstico da influência nociva que lhes esteja a sofrer.
Não raro, a fim de interferir em seu aproveitamento na atual experiência reencarnatória, eles pelejam para, simplesmente, anulá-lo em sua capacidade de trabalho e realização.
Fazendo com que você, ao se transformar em doente crônico, cruze os braços, eles se darão por satisfeitos, e deixarão que o resto corra por conta de seus medos e queixas sistemáticas, com os quais, infelizmente, muitos passam a ocupar a maior parte do tempo nos dias que, inutilmente, se lhes sucederão.
Portanto, mesmo que, em face de suas lutas e provas, esteja, possivelmente, se sentindo algo doente ou cansado, não se permita no interromper de suas atividades materiais, e muito menos de suas tarefas de natureza espiritual.
Não se entregue à ideia obsessiva de que, por exemplo, na atualidade, você esteja morando num corpo excessivamente desgastado, ou mesmo prestes a desencarnar, empreendendo viagem de volta à Pátria Espiritual...
Quase todas as maiores vitórias que o espírito é capaz de alcançar contra as imperfeições em si mesmo, acontecem justamente quando ele se veja arrastando para cumprir com o dever, e não quando exatamente ele possa dispor de movimentos livres para caminhar por onde os seus pés possam levá-lo.
E, depois, é melhor que você, realmente doente ou cansado, tombe em serviço, do que venha a expirar em cima de uma cama.
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet 

11.4.24

Bem Aventurados os Simples


 

Cultivo do bem

É sempre fácil observar o mal e identificá-lo. Entretanto, o que o Cristo espera de nós outros é a descoberta e o cultivo do bem para que o Divino Amor seja glorificado. 
Livro: Agenda Cristã - Francisco C Xavier - André Luiz  

10.4.24

ENTRE A TERRA E O CÉU Capítulos 30 e 31 LUTA POR RENASCER e NOVA LUTA


 

SOFRIMENTOS VOLUNTÁRIOS

Comentário Questão 727 do Livro dos Espíritos

Mesmo os sofrimentos naturais que vêm ao encontro da alma devem ser cuidados para se amenizarem. Foi para tal que Deus nos dotou do instinto de conservação.
Por que não usar a inteligência para o bem-estar? Esse é o trabalho em que o ser humano deve se empenhar com circunspeção, nunca perdendo a serenidade e vendo em tudo isso meios de elevação, compreendendo que se encontra em uma escola de luz, onde Jesus é o comandante dos nossos destinos, por vontade de Deus.
Os sofrimentos voluntários criam em nossos caminhos espinhos que nos inquietam no futuro. Se já sabemos desta verdade, é bom que não caiamos em novas tentações. No passado distante, eram muito usados esses métodos de castigar o corpo para elevação da alma, porém compreendendo a Doutrina dos Espíritos, que é a mesma Doutrina de Jesus, não tem mais sentido mantermos esse erro que a ignorância sustentou por muito tempo.
O homem precisa muito de saúde para trabalhar com mais alegria; se busca a doença, o que pode produzir? A busca de sofrimentos voluntários é uma decadência moral que desaparece com a chegada da nova geração, que desponta com outra modalidade de procedimento recém-trazida dos planos espirituais.
O sofrimento que devemos impor à alma para a elevação moral, é o sacrifício que se pode fazer esquecendo ofensas, eliminando a vaidade, combatendo o orgulho e o egoísmo. Esse sacrifício é abençoado por Deus e cria na cidade da consciência um clima de luz que ilumina o céu do coração. Todavia, no que se refere ao corpo, deves cuidar dele com todo o amor, pois ele é instrumento da alma para a grandeza da vida.
Os rigores que o homem infligia ao seu corpo por inspiração das sombras tornar-se-ão em distâncias imensuráveis que se estendem entre a consciência e a luz. Nós somos famintos do alimento da vida, e para nos saciarmos devemos buscar a fonte verdadeira que vem de Deus, e que é o Cristo.
João nos fala, no capítulo seis, versículo trinta e cinco:
Declarou-lhes, pois, Jesus:Eu sou o pão da vida; o que vem a mim, jamais terá fome; e o que crer em mim, jamais terá sede.
Crer em Jesus não é sacrificar o corpo, mas, sacrificar as paixões inferiores. Passar fome e ser crucificado por simples vaidade são atos exteriores que de nada valem para a elevação da alma.
Busquemos em Jesus o alimento verdadeiro e a água divina que nos sustenta o Espírito, e busquemos no esforço, no trabalho, o sustento para o corpo. Com os dois, e em plena saúde, poderemos sentir a vida na dimensão do amor, de modo a ver e sentir a esperança de vida eterna que pode nos dar a natureza.
Atendamos, pois, ao instinto de conservação, estudando-o na sua função divina e humana, que aos poucos conheceremos a verdade que rasga o véu, nos mostrando outra vida, cuja conquista se faz por nossas próprias mãos, acionadas pela vontade de Deus, à qual serve de canal o amor de Jesus.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria.

9.4.24

Alcyone



PRÊMIO AO SACRIFÍCIO

Três irmãos dedicados a Jesus leram no Evangelho que cada homem receberá sempre, de acordo com as próprias obras, e prometeram cumprir as lições do Mestre.
O primeiro colocou-se na indústria do fio de algodão e, de tal modo se aplicou ao serviço que, em breve, passou à condição de interessado nos lucros administrativos. Dentro de vinte e cinco anos, era o chefe da organização e adquiriu títulos de verdadeiro benfeitor do povo. Ganhava dinheiro com imensa facilidade e socorria infortunados e sofredores. Dividia o trabalho eqüitativamente e distribuía os lucros com justiça e bondade.
O segundo estudou muito tempo e tornou-se juiz famoso. Embora gozasse do respeito e da estima dos contemporâneos, jamais olvidou os compromissos que assumira à frente do Evangelho. Defendeu os humildes, auxiliou os pobres e libertou muitos prisioneiros perseguidos pela maldade. De juiz tornou-se legislador e cooperou na confecção de leis benéficas e edificantes. Viveu sempre honrado, rico, feliz, correto e digno.
O terceiro, porém, era paralítico. Não podia usar a inteligência com facilidade. Não poderia comandar uma fábrica, nem dominar um tribunal. Tinha as pernas mirradas. O leito era a sua residência. Lembrou, contudo, que poderia fazer um serviço de oração e começou a tarefa pela humilde mulher que lhe fazia a limpeza doméstica.
Viu-a triste e lacrimosa e procurou conhecer-lhes as mágoas com discrição e fraternidade. Confortou-a com ternura de irmão. Convidou-a a orar e pediu para ela as bênçãos divinas.
Bastou isto e, em breve, trazidos pela servidora reconhecida, outros sofredores vinham rogar-lhe o concurso da prece. O aposento singelo encheu-se de necessitados. Orava em companhia de todos, oferecia-lhes o sorriso de confiança na bondade celeste. Comentava os benefícios da dor, expunha suas esperanças no Reino Divino. Dava de si mesmo, gastando emoções e energias no santo serviço do bem. Escrevia cartas inúmeras, consolando viúvas e órfãos, doentes e infortunadas, insuflando-lhes paz e coragem. Comia pouco e repousava menos. Tanto sofreu com as dores alheias que chegou a esquecer-se de si mesmo e tanto trabalhou que perdeu o dom da vista. Cego, contudo, não ficou sozinho. Prosseguiu colaborando com os sofredores, através da oração, ajudando-os, cada vez mais.
Morreram os três irmãos, em idade avançada, com pequenas diferenças de tempo.
Quando se reuniram, na vida espiritual, veio um Anjo examinar-lhes as obras com uma balança.
O industrial e o juiz traziam grande bagagem, que se constituía de várias bolsas, recheadas com o dinheiro e com as sentenças que haviam distribuído em benefício de muitos. O servidor da prece trazia apenas pequeno livro, onde costumava escrever suas rogativas.
O primeiro foi abençoado pelo conforto que espalhou com os necessitados e o segundo foi também louvado pela justiça que semeara sabiamente. Quando o Anjo, porém, abriu o livro do ex-paralítico, dele saiu uma grande luz, que tudo envolveu numa coroa  resplandecente. A balança foi incapaz de medir-lhe a grandeza.
Então, o Mensageiro falou-lhe feliz:
-          Teus irmãos são benditos na Casa do Pai pelos recursos que distribuíram, em favor do próximo, mas, em verdade, não é muito difícil ajudar com o dinheiro e com a fama que se multiplicam facilmente no mundo. Sê, porém, bem-aventurado, porque deste de ti mesmo, no amor santificante. Gastaste as mãos, os olhos, o coração, as forças, os sentimentos e o tempo a benefício dos semelhantes e a Lei do Sacrifício determina que a tua moradia seja mais alta. Não transmitiste apenas os bens da vida: irradiaste os dons de Deus.
E o servidor humilde do povo foi conduzido a um céu mais elevado, de onde passou a exercer autoridade sobre muita gente.
Livro Alvorada Cristã - Francisco C. Xavier - Neio Lúcio.

8.4.24

Amor & Luz


 

Do Que o Mundo Precisa

Do que o mundo mais precisa,
Além de muita oração?!...
Sinceramente, acredito
Que seja de homens de ação!...
 
Inácio Ferreira - Blog Mediunidade ne Internet
Uberaba - MG, 7 de Abril de 2024

7.4.24

AUTISMO - UMA LEITURA ESPIRITUAL Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

XXVII – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER

Encerrando o capítulo IV – “Numa Cidade Estranha” –, André Luiz relata que, caminhando pela cidade, subiram por uma rua íngreme e, de repente, avistaram palácios estranhos que surgiam, imponentes...
Embora estivessem numa cidade semelhante àquelas da Idade Média, os três amigos haviam alcançado “praças bem cuidadas, cheias e povo”, que ostentavam “carros soberbos, puxados por escravos e animais.”
Notemos que descrição impressionante é digna dos enredos de filmes que Hollywood produz, tentando retratar a vida dos homens há séculos...
“Liteiras e carruagens transportavam personalidades humanas, trajadas de modo surpreendente, em que o escarlate exercia domínio, acentuando a dureza dos rostos que emergiam dos singulares indumentos.”
Seria tudo aquilo mera criação mental daquelas entidades que viviam na Dimensão subcrostal?! Com certeza, não. Tais espíritos, assim como distintos portugueses desencarnados, haviam edificado, no século XVI, a cidade de “Nosso Lar”, edificaram aquela cidade lúgubre, em cujo centro se concentravam os “senhores” que ali haviam estabelecido o seu feudo espiritual...
Segundo André, era um reino de misérias, favorecendo a poucos “privilegiados”!
De repente, com certeza sendo notados em seu porte diferente, e até mesmo em suas vestes, os três foram interpelados por alguém que a eles se dirigiu descortês.
- Que fazem?
Era um homem alto, de nariz adunco e olhos felinos, com todas as maneiras do policial desrespeitoso, a identificar-nos.
- Procuramos o sacerdote Gregório, a quem estamos recomendados – esclareceu Gúbio, humilde.
Sintetizando, André informa que a sentinela os conduziu à presença de Gregório, que não os recebeu com hospitalidade. Possivelmente, com as suas percepções aguçadas, o sacerdote, que ali dominava, vivia à espera de adversários de seus planos – convém, novamente, informar que Gregório era o Papa Gregório IX, desencarnado em 1241, em Roma, Itália. Ora, há quantos séculos, em espírito, Gregório permanecia naquela situação espiritual?!...
Tendo André Luiz, o Dr. Carlos Chagas, desencarnado na década de 30, no século XX, podemos dizer que Gregório estacionara naquela condição, no mínimo, há quase sete séculos, ou seja, 700 anos!...
Que pensam os nossos internautas a respeito?! Gregório, com a sua força mental – espírito altamente intelectualizado, sem dúvida –, poderia sustentar-se por tanto tempo em seu corpo espiritual?!...
O diálogo a seguir nos demonstra que ele, Gregório, tinha perfeita noção de sua desencarnação – sabia que não mais estava na Crosta.
- Vieram da Crosta, há muito tempo?
- Sim – respondeu nosso Instrutor –, e temos necessidade de auxílio.
- Já foram examinados?
- Não.
- E quem os enviou? – inquiriu o sacerdote, sob visível perturbação.
- Certa mensageira de nome Matilde.
O anfitrião estremeceu, mas observou, implacável:
- Não sei quem seja (...).
*
Antes de concluirmos os estudos da semana, necessitamos dizer que, igualmente, nas Esferas Espirituais, o perispírito está sujeito à menor ou menor capacidade longeva. Sobre a Terra, se alguns vivem apenas alguns minutos, ou não mais que poucos dias, outros alcançam idade quase centenária, não é assim?!...
Este tema, sem dúvida, é um desafio aos estudiosos do Espiritismo, que, infelizmente, sobre ele têm se calado.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito toda terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
https://youtu.be/zdKQ55-equQ?list=PLJUZisvOqWSPrzDjdw6f9NSTmILB0O3rp

6.4.24

Dor e Surpresa ENTRE A TERRA E O CÉU Cap. 19

 


Cruz aos Ombros

Cruz aos ombros, meu amigo...
Ao longo do itinerário,
Continua, passo a passo,
Escalando o teu Calvário...
 
Embora as pedras na estrada
Que te façam tropeçar,
Nas percas de vista os Cimos
Que te propões alcançar...
 
Olvida o escárnio de quantos
Sorriem por onde passas,
Sem perceberem que choras
Sob o madeiro que enlaças...
 
Coração descompassado,
Nas grades do peito aflito,
Avança caminho à frente
Na direção do Infinito...
 
Sorve a taça que transborda
Do fel amargo da prova,
Aceitando o sofrimento
Com que a vida te renova...
 
Ao cume do Monte Excelso,
Que excelsa luz banha e doura,
Encontrarás com Jesus
A paz que o Mestre entesoura!...
 
Formiga/Baccelli - blog Espiritismo em Prosa e Verso
Lar Espírita “Pedro e Paulo” Uberaba – MG.

5.4.24

CINCO LETRAS QUE MUDARAM O MUNDO Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria



A ORAÇÃO DO HORTO

Depois do ato de humildade extrema, de lavar os pés a todos os discípulos, Jesus retomou o lugar que ocupava à mesa do banquete singelo e, antes de se retirarem, elevou os olhos ao céu e orou assim, fervorosamente, conforme relata o Evangelho de João:
Pai, santo, eis que é chegada a minha hora! Acolhe-me em teu amor, eleva o teu filho, para que ele possa elevar-te, entre os homens, no sacrifício supremo. Glorifiquei-te na Terra, testemunhei tua magnanimidade e sabedoria e consumo agora a obra que me confiaste. Neste instante, pois, meu Pai, ampara-me com a luz que me deste, muito antes que este mundo existisse!...
E fixando o olhar amoroso sobre a comunidade dos discípulos, que silenciosos lhe acompanhavam a rogativa, continuou:
Manifestei o teu nome aos amigos que me deste; eram teu e tu mos confiaste, para que recebessem a tua palavra de sabedoria e de amor. Todos eles sabem agora que tudo quanto lhes dei provém de ti! Neste instante supremo, Pai, não rogo pelo mundo, que é obra tua e cuja perfeição se verificará algum dia, porque está nos teus desígnios insondáveis; mas, peço-te particularmente por eles, pelos que me confiaste, tendo em vista o esforço a que os obrigará o Evangelho, que ficará no mundo sobre os seus ombros generosos. Eu já não sou da Terra; mas rogo-te que os meus discípulos amados sejam unidos uns aos outros, como eu sou um contigo! Dei-lhes a tua palavra para o trabalho santo da redenção das criaturas; que, pois, eles compreendam que, nessa tarefa grandiosa, o maior testemunho é o do nosso próprio sacrifício pela tua casa, compreendendo que estão neste mundo, sem pertencerem às suas ilusórias convenções, por pertencerem só a ti, de cujo amor viemos todos para regressar à tua magnanimidade e sabedoria, quando houvermos edificado o bom trabalho e vencido na luta proveitosa. Que os meus discípulos, Pai, não façam da minha presença pessoal o motivo de sua alegria imediata; que me sintam sinceramente em suas aspirações, a fim de experimentarem o meu júbilo completo em si mesmos. Junto deles, outros trabalhadores do Evangelho despertarão para a tua verdade. O futuro está cheios desses operários dignos do salário celeste. Será de algum modo, a posteridade do Evangelho do Reino que se perpetuará na Terra, para glorificar a tua revelação! Protege-os a todos, Pai! Que todos recebam a tua benção, abrindo seus corações às claridades renovadoras! Pai justo, o mundo ainda não te conheceu; eu porém, te conheci e lhes fiz conhecer o teu nome e a tua bondade infinita, para que o amor com que me tens amado esteja neles e eu neles esteja ! ...
***
Terminada a oração, acompanhada em religioso silêncio por parte dos discípulos, Jesus se retirou em companhia de Simão Pedro e dos dois filhos de Zebedeu para o Monte das Oliveiras, onde costumava meditar. Os demais companheiros se dispersaram, impressionados, enquanto Judas, afastando-se com passos vacilantes, não conseguia aplacar a tempestade de sentimentos que lhe devastava o coração.
O Crepúsculo Começava a cair sobre o céu claro. Apesar do sol radioso da tarde a iluminar a paisagem soprava o vento em rajadas muito frias.
Dai a alguns instantes, O Mestre e os três companheiros alcançavam o monte, povoado de árvores frondosas, que convidavam ao pensamento contemplativo.
Acomodando os discípulos em bancos naturais que as ervas do caminho se incumbiam de adornar, falou-lhes o Mestre, em tom sereno e resoluto:
- Esta é a minha derradeira hora convosco! Orai e vigiai comigo, para que eu tenha a glorificação de Deus no supremo testemunho!
Assim dizendo, afastou-se à pequena distância onde permaneceu em prece, cuja sublimidade os apóstolos não podiam observar. Pedro, João e Tiago estavam profundamente tocados pelo que viam e ouviam. Nunca o Mestre lhes parecera tão solene, tão convicto, como naquele instante de penosas recomendações. Rompendo o silêncio que se fizera, João ponderou :
Oremos e vigiemos, de acordo com a recomendação do Mestre, pois, se ele aqui nos trouxe, apenas nós três, em sua companhia, isso deve significar para o nosso espírito a grandeza da sua confiança em nosso auxílio.
Puseram-se a meditar silenciosamente. Entretanto, sem que lograssem explicar o motivo, adormeceram no recurso da oração.
Passados alguns minutos, acordavam, ouvindo o Mestre que lhe observava:
- Despertai! Não vos recomendei que vigiásseis? Não podereis velar comigo, um minuto?
João e os companheiros esfregaram os olhos, reconhecendo a própria falta. Então, Jesus, cujo olhar parecia iluminado por estranho fulgor, lhes contou que fora visitado, por um anjo de Deus que o confortara para o martírio supremo. Mais uma vez lhes pediu que orassem com o coração e novamente se afastou. Contudo, os discípulos, insensivelmente, cedendo aos imperativos do corpo e olvidando as necessidades do espírito, de novo adormeceram era meio da meditação. Despertaram com o Mestre a lhes repetir :
- Não conseguistes, então, orar comigo?
Os três discípulos acordaram estremunhados. A paisagem desolada de Jerusalém mergulhava na sombra.
Antes, porém, que pudessem justificar de novo a sua falta, um grupo de soldados e populares aproximou-se, vindo Judas à frente.
O filho de Iscariote avançou e depôs na fronte do Mestre o beijo combinado, ao passo que Jesus, sem denotar nenhuma fraqueza e deixando a lição de sua coragem e de seu afeto aos companheiros, perguntou :
- Amigo, a que vieste?
Sua interrogação, todavia, não recebeu qualquer resposta. Os mensageiros dos sacerdotes prenderam-no e lhe manietara as mãos, como se o fizessem a um salteador vulgar.
***
Depois das cenas descritas com fidelidade nos Evangelhos, observamos as disposições psicológicas dos discípulos, no momento doloroso. Pedro e João foram os últimos a se separarem do Mestre bem-amado, depois de tentarem fracos esforços pela sua libertação.
No dia seguinte, os movimentos criminosos da turba arrefeceram o entusiasmo e o devotamento dos companheiros mais enérgicos e decididos na fé. As penas impostas a Jesus eram excessivamente severas para que fossem tentados a segui-lo. Da Corte Provincial ao palácio de Antipas, viu-se o condenado exposto ao insulto e à zombaria. Com exceção do filho de Zebedeu, que se conservou ao lado de Maria, até ao instante derradeiro, todos os que integravam O reduzido colégio do Senhor debandaram. Receosos da perseguição, alguns se ocultaram nos sítios próximos, enquanto outros, trocando as túnicas habituais, seguiam, de longe, o inesquecível cortejo, vacilando entre a dedicação e o temor.
O Messias, no entanto, coroando a sua obra com o sacrifício máximo, tomou a cruz sem uma queixa, deixando-se imolar, sem qualquer reprovação aos que o haviam abandonado, na hora ultima. Conhecendo que cada criatura tem o seu instante de testemunho, no caminho de redenção da existência, observou às piedosas mulheres que o cercavam banhadas em lágrimas: - "Filhas de Jerusalém, não choreis por mim, chorai por vós mesmas e por vossos filhos!..."
Exemplificando a sua fidelidade a Deus, aceitou serenamente os desígnios do céu, sem que uma expressão menos branda contradissesse a sua tarefa purificadora.
Apesar da demonstração de heroísmo e de inexcedível amor, que ofereceu do cimo do madeiro, os discípulos continuaram subjugados pela dúvida e pelo temor, até que a ressurreição lhes trouxesse incomparáveis hinos de alegria,
João, todavia, em suas meditações acerca do Messias entrou a refletir maduramente sobre a oração do Horto das Oliveiras, perguntando a si próprio a razão daquele sono inesperado, quando desejava atender ao desejo de Jesus, orando em seu espírito até o fim das provas ríspidas. Por que dormira ele, que tanto o amava, no momento em que o seu coração amoroso mais necessitava de assistência e de afeto? Por que não acompanhara a Jesus naquela prece derradeira, onde sua alma parecia apunhalada por intraduzível angustia, nas mais dolorosas expectativas? A visão do Cristo ressuscitado veio encontrá-lo absorto nesses amargurados pensamentos. Em oração silenciosa, João se dirigia muitas vezes ao Mestre adorado, quase em lágrimas, implorando-lhe perdoasse o seu descuido da hora extrema.
***
Algum tempo passou, sem que o filho de Zebedeu conseguisse esquecer a falta de vigilância da véspera do martírio.
Certa noite, após as reflexões costumeiras, sentiu ele que um sono brando lhe anestesiava os centros vitais. Como numa atmosfera de sonho, verificou que o Mestre se aproximava. Toda a sua figura se destacava na sombra,, com divino resplendor. Precedendo suas palavras o sereno sorriso dos tempos idos, disse-lhe Jesus :
- João, a minha soledade no horto é também um ensinamento do Evangelho e uma exemplificação! Ela significará, para quantos vierem em nossos passos, que cada espírito na Terra tem de ascender sozinho ao calvário de sua redenção, muitas vezes com a despreocupação dos entes mais amados do mundo. Em face dessa lição, o discípulo do futuro compreenderá que a sua marcha tem que ser solitária, estando seus familiares e companheiros de confiança a dormir o sono da indiferença!
Doravante, pois, aprendendo a necessidade do valor individual no testemunho, nunca deixes de orar e vigiar!...
Livro: "Boa Nova" - Francisco C. Xavier - Irmão X 

4.4.24

O Cristão Moderno



PEQUENA HISTÓRIA

Um dia, a Gota D’Água, o Raio de Luz, a Abelha e o Homem Preguiçoso chegaram ao trono de Deus.
O Todo-Poderoso recebeu-os, com bondade, e perguntou pelo que faziam.
A Gota D’Água avançou e disse:
-          Senhor, eu estive num terreno quase deserto, auxiliando a raiz de uma laranjeira. Vi muitas árvores sofrendo sede e diversos animais que passavam, aflitos, procurando mananciais. Fiz o que pude, mas venho pedir-te outras Gotas D’Água que me ajudem a socorrer quantos necessitam de nós.   
O Pai sorriu, satisfeito, e exclamou:
-          Bem-aventurada sejas pelo entendimento de minhas obras. Dar-te-ei os recursos das chuvas e das fontes.
Logo após, o Raio de Luz adiantou-se e falou:
-          Senhor, eu desci... desci... e encontrei o fundo de um abismo. Nesse antro, combati a sombra, quanto me foi possível, mas notei a presença de muitas criaturas suplicando claridade. Venho ao Céu rogar-te outros Raios de Luz que comigo cooperem na libertação de todos aqueles que, no mundo, ainda sofrem a pressão das trevas.
O Pai contente respondeu:
-          Bem-aventurado sejas pelo serviço à Criação.Dar-te-ei o concurso do Sol, das lâmpadas, dos livros iluminados e das boas palavras que se encontram na Terra.
Depois disso a Abelha explicou-se:
-          Senhor, tenho fabricado todo o mel, ao alcance de minhas possibilidades. Mas vejo tantas crianças fracas e doentes que te venho implorar mais flores e mais Abelhas, a fim de aumentar a produção...
  O Pai, muito feliz, abençoou-a e replicou:
-          Bem-aventurada sejas pelos benefícios que prestastes. Conceder-te-ei novos jardins e novas companheiras.
 Em seguida o Homem Preguiçoso foi chamado a falar.
Fez uma cara desagradável e informou:
-          Senhor, nada consegui fazer. Por todos os lados, encontrei a inveja e a perseguição, o ódio e a maldade. Tive os braços atados pela ingratidão dos meus semelhantes. Tanta gente má permanecia em meu caminho que, em verdade, nada pude fazer.  
O Pai bondoso, com expressão de descontentamento, exclamou:
-          Infeliz de ti, que desprezaste os dons que te dei. Adormeceste na preguiça e nada fizeste. Os seres pequeninos e humildes alegraram o meu Trono com o relatório de seus trabalhos, mas tua boca sabe apenas queixar, como se a inteligência e as mãos que te confiei para nada valessem. Retira-te! Os filhos inúteis e ingratos não devem buscar-me a presença. Regressa ao mundo e não voltes a procurar-me enquanto não  aprenderes a servir.
A Gota D’Água regressou, cristalina e bela.
O Raio de Luz tornou aos abismos, brilhando cada vez mais.
A Abelha desceu zumbindo feliz.
O Homem Preguiçoso, porém, retirou-se muito triste.
 
Livro Alvorada Cristã - Fancisco C. Xavier - Neio Lúcio.

3.4.24

Gravação do Estudo Detalhado do livro ENTRE A TERRA E O CÉU Capítulos 29 e 30


 

SOFRIMENTOS NATURAIS

Comentário Questão 726 do Livro dos Espíritos

Todos os sofrimentos naturais representam oportunidade de elevação da alma, desde que os recebamos com paciência, sem que a revolta nos tome os sentimentos. Os sacrifícios impostos por vaidade e egoísmo, como que mostrando aos outros que estamos nos elevando espiritualmente, sem nenhum benefício para os que nos cercam, nada vale. Gastar esse tempo precioso buscando a dor com interesses apenas pessoais, é falta de conhecimento, que mais tarde se transforma em padecimentos difíceis de serem removidos.
Todos nós, encarnados e desencarnados, devemos seguir Jesus em todos os Seus preceitos, na moderação que nos é própria, aliviando sobremodo o nosso carma. Procurar sofrimento conscientemente é mostrar a ignorância dominando as nossas possibilidades espirituais. Muitos dos que palmilham esse caminho encontram inspiração em velhas filosofias carcomidas pelo tempo, como seja o exemplo dos bonzos e dos faquires, que estudam muitos meios de fazer o corpo sofrer em busca de glória terrena, e mesmo com interesse em ganhos passageiros, de modo a gozar de falsa posição que o mundo possa lhes reconhecer. Muitos deles retornaram à carne com grandes compromissos ante o sofrimento que não desejam, mas que construíram, contrariando a natureza divina. Falam muito no carma, e por vezes conhecem a sua ação, porém, se esqueceram de que eles, igualmente, se encontram sob a custódia da lei. Claro que estamos sob a influência do progresso e da justiça, mas que o sofrimento não seja forjado pelas mãos dos homens.
Somente os sofrimentos naturais que vêm de Deus são úteis às almas, porque o Senhor sabe amoldá-los a cada criatura, de acordo com as suas necessidades espirituais. Cumpre a cada um estudar essa filosofia de vida para ser assistido pela bênção do amor, na feição de equilíbrio.
É bom lermos Marcos, no capítulo três, versículo três, quando ele descreve esta ação do Mestre:
E disse Jesus ao homem de mão ressequida: Vem para o meio.
Aqueles que Jesus curava traziam enfermidades naturais, que a lei impunha para as devidas disciplinas aos corações. Desde quando a alma sofredora já se encontrava disciplinada, o Mestre a chamava para a cura, como o fez com esse homem mencionado pelo Evangelho. Entretanto, os caçadores de sofrimentos por vaidade, esses, somente o tempo e a própria dor são capazes de discipliná-los.
Se falamos aos espíritas, nós os advertimos que aproveitem seu tempo para o bem coletivo, que trabalhem em favor dos que sofrem, e assim serão assistidos pela Luz. Cuidemos de nossos corpos, como sendo vestes sagradas, estudemos suas necessidades e quando compreendermos as leis naturais, procuremos passar o conhecimento para os outros.
A mente humana precisa, e muito, de harmonia, para que essa harmonia possa vibrar em todos os corpos que servem à alma para a sua elevação moral. Aquele que não respeita as leis naturais pratica o suicídio lento, acabando por responder pelos seus desvios.
Devemos ter prudência em tudo que fazemos, sem que essa cautela se transforme em lerdeza nos trabalhos que Deus nos confiou. Não sejamos influenciados por livros e pessoas, que queiram nos tirar dos caminhos do Cristo, porque Ele é a vida, andando pelos caminhos de Deus, na sustentação da verdade.
A Doutrina dos Espíritos apareceu no mundo por misericórdia de Deus, sob a direção de Jesus, para nos mostrar como encontrar a nós mesmos, de sorte a compreendermos que somente nós próprios nos salvamos. O que Deus tinha de fazer em favor dos Seus filhos, Ele já o fez. Jesus, apenas por amor, nos mostra o caminho e nos dá forças para caminharmos com Ele. Acionemos, pois, a nossa vontade, que o Mestre se encontra sempre de braços abertos, para nos receber na glória da consciência pura
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria.

2.4.24

Evolução do Espírito


 

A Grande Noite Escura

Eu venci os dias de arbítrio que o nosso País passou por mais de duas décadas.
Sob o pretexto de coibir o avanço do comunismo no Brasil foram fechadas as portas da democracia plena.
O Brasil ficou sem respirar a verdadeira democracia por longo tempo.
Um inimigo pairava no ar. Que tristeza ouvir tantas mentiras. Trocava-se uma suposta ditadura do proletariado por uma ditadura militar. Como se as ditaduras fossem salutares para o povo.
As verdades eram escondidas.
Na prática, o que a ditadura guardava em segredo era dissimular um levante político para preservar o interesse de poderosos.
Nunca a nossa elite econômica quis se ver desafiada em um ceitil que fosse das suas riquezas. Ela é gulosa e predadora por natureza.
Está sempre se rearrumando, se reinventando, se armando para tirar do ar todo aquele que ameace a sua volúpia por mais e mais dinheiro.
Foi ela que bancou o levante militar de 1964 com o beneplácito dos estadunidenses.
Ficamos chocados com tanta mentira acumulada, com tanto descalabro, com tanta hipocrisia em nome de uma ficção.
Pensávamos, inicialmente, que tudo seria apenas uma noite mal dormida e que, em breve tempo, tudo retornaria a calmaria como eles mesmos, os militares de plantão, prometeram. Ledo engano!
Acostumaram-se com a boa vida no poder e ali quiseram se encastelar.
A noite, então, se tornou mais tenebrosa e cumprida.
Perdemos a liberdade de errar com as nossas próprias mãos. Sim, porque democracia não é regime das certezas, é produto da coletividade humana e, como os homens são imperfeitos e frágeis, vagueiam na tentativa de acertar o seu destino.
Somente após muita luta nas frentes da verdade e da combatividade democrática, vencemos a grande noite escura.
Quando aportamos em ver, finalmente, o progresso da nossa nação, nos deparamos com um presidente vil.
Embebecido pelo poder inconsequente, ele encabeça, sob a revelia constitucional, outro golpe de Estado.
Fantasmas de quase sessenta anos ainda pairavam na cabeça daqueles que viveram aquelas priscas eras e neófitos desavisados se sentiram encorajados em seguir um pária sem escrúpulo.
Graças a Deus e as forças do bem que prevalecem na governança da Terra do Cruzeiro, espantamos nova onda de escuridão que teimava em novamente querer se instalar em nossa pátria juvenil.
Somos cuidadores desses novos dias.
Somos zelosos de novas esperanças.
Desejamos que nosso povo decida livremente pelos seus caminhos. Acreditamos que não há acertos ou erros, mas, acima de tudo, aprendizagem.
Que não repitamos mais este apagar de luzes da democracia. Estejamos em alerta e atentos aos oportunistas do poder que sempre existirão. Tiranos contumazes.
Sejamos patriotas, mas jamais inconsequentes.
Sejamos partidários, mas jamais guerrilheiros.
Sejamos amorosos nas nossas diferenças e jamais odientos.
A democracia respira pelo respeito aos contrários e é pelo embate sadio na diversidade que avançamos na senda do progresso.
Cuidemos juntos de aparar as arestas para que nossa democracia se torne mais forte e desejada.
Afastando de vez as injustiças sociais.
Diminuindo, de uma vez por todas, a violência.
A democracia sobrevive de resultados, de obras vivas em benefício do povo.
Se assim não fizermos, reserva-nos um nefasto simulacro de democracia que, na prática, não passa de ditadura disfarçada.
Noites escuras, nunca mais!
Avante por um País melhor e alvissareiro de esperanças e de bem-estar para sua gente.
Ulysses Guimaraes - Blog de Carlos Pereira.

1.4.24

Ação Vida e Luz


 

Espíritas em Prova

A hora de transição que o orbe terrestre vem atravessando, alcança a todos os espíritos que nele se encontram encarnados, e também desencarnados.
Não pensem que somente vocês, nossos irmãos encarnados, estejam sendo postos à prova em seus valores espirituais, a fim de ver se a casa está sendo construída alicerçada na rocha, ou sobre terreno movediço...
Temos constatado, com certo pesar, a queda de muitos companheiros de Doutrina que, infelizmente, vêm cedendo ao dinheiro fácil, à vaidade, ao personalismo, com muitos, inclusive, se considerando ex-espíritas, ou ex-médiuns.
São muitos, amigos queridos de nossa fé, que estão, sim, deixando a sua condição de médiuns, sucumbindo, talvez, pela necessidade de angariar o pão de cada dia.
Outros, conforme referido por nós em diversas oportunidades, transfiguraram-se, ou estão se transfigurando, em oradores motivacionais, fugindo da ribalta dos Centros Espíritas, com as suas preciosas preleções doutrinárias, para o palco dos Congressos pagos, nos quais muitos se apresentam quase na condição de showman’s, sendo os mais requisitados os que mais conseguem arrancar sorrisos e aplausos da plateia.
Compreendemos a luta pela sobrevivência de muitos de nossos irmãos na Terra, mormente daqueles que abraçaram, igualmente, enormes responsabilidades familiares.
Contudo, seria de bom alvitre que muitos repensassem as suas decisões, não olvidando que, de fato, logo haverão de estar deste Outro Lado da Vida, chorando, amargamente, a deserção aos deveres para com a Doutrina que prometeram servir.
 
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 29 de Março de 2024.

31.3.24

CARTAS E CRÔNICAS Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

XXVI – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER

O Instrutor Gúbio, desdobrando esclarecimentos a André Luiz e Elói, refere-se à condição de simbiose psíquica que muitos espíritos de evolução primária mantêm com os encarnados, muitas vezes, sem exata noção de seu procedimento – vampirizam mentes assim como o corpo físico é vampirizado por microorganismos patogênicos.
“Quase todas as almas humanas, situadas nestas furnas sugam as energias dos encarnados e lhes vampirizam a vida qual se fossem lampreias insaciáveis no oceano do oxigênio terrestre. Suspiram pelo retorno ao corpo físico, de vez que não aperfeiçoaram a mente para a ascensão, e perseguem as emoções do campo carnal com o desvario dos sedentos no deserto.”
Novamente André Luiz menciona a necessidade de aperfeiçoamento mental para que o espírito se adapte às realidades da vida fora do corpo físico... Logo no primeiro capítulo de “Nosso Lar”, o esclarecido autor, falando de suas próprias experiências, após a morte, escreve: “Não adestrara órgãos para a vida nova.”
Os espíritos que não tomam consciência de si mesmos no Mais Além, compreendendo a nova realidade em que passaram a viver, não a “suportam” e, assim, fazem da reencarnação imediata o seu único objetivo.
*
As revelações de André Luiz, em suas obras, se sucedem de maneira impressionante.
A obsessão para muitos desencarnados passa a ser quase uma “necessidade” – aliás, Kardec, em “O Livro dos Médiuns”, no capítulo XXIII, quando fala das causa da obsessão, anotou o depoimento de um espírito: “Tenho grande necessidade de atormentar alguém...”
Essa “necessidade”, até de certo ponto, não deixa de ser de “sobrevivência psíquica” – claro que não estamos dizendo que o espírito possa vir a “morrer”, mas fica claro que ele, a fim de se alimentar, carece da vitalidade de alguém, pois, caso contrário, entrará em complexa fase de inanição. O pensamento é um “fluido alimentar”, através do qual o espírito pode autonutrir-se nutrir e ser nutrido.
Com a palavra os nossos irmãos e as nossas irmãs internautas, que esperamos venham a opinar sobre o tema.
Com o auxiliá-los em suas reflexões, reproduzimos o que Gúbio diz em seguida: “No fundo, as bases econômicas de toda essa gente residem, ainda, na esfera dos homens comuns e, por isto, preservam, apaixonadamente, o sistema de furto psíquico, dentro do qual se sustentam, junto às comunidades da Terra.”
O psiquismo humano, para tais entidades, funciona como “pasto”, o que nos leva a inferir que, quando os homens não mais lhes oferecerem alimento natural, eles terão que imigrar – assim como o homem dos tempos primitivos, antes do período agrícola, sempre imigrava, de região em região, à procura de alimento abundante.
*
Talvez, então, a esta altura de nossas reflexões e estudos, junto aos nossos irmãos encarnados, possamos falar em “obsessão natural”, processo no qual, do ponto de vista mental, todos pesamos sobre a economia psíquica uns dos outros. Ou não?! O que teriam os nossos irmãos e irmãs a dizerem sobre o assunto?! Porventura, os “seres” do mundo microscópico que parasitam o corpo físico fazem-no por maldade, ou por instinto de sobrevivência, e, ainda, compelidos pela própria necessidade de evolução?!...
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito toda terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
https://youtu.be/zdKQ55-equQ?list=PLJUZisvOqWSPrzDjdw6f9NSTmILB0O3rp