30.11.15

JESUS NO MUNDO ATUAL

A proximidade do Natal, evidentemente, enseja-nos inúmeras reflexões a respeito da presença de Jesus no mundo atual.
Particularmente, diante do fanatismo religioso, que parece extrapolar de maneira incontrolável, fico a me perguntar se será possível que, um dia, os nossos irmãos muçulmanos, seguidores de Maomé, venham a aceitar Jesus na condição de Caminho, Verdade e Vida.
Neste sentido, por mais otimista que eu procure ser, não consigo enxergar luz no fim do túnel...
E, sendo assim, intriga-me o fato de Jesus ter escolhido nascer na Judéia, descendendo de uma nação que, motivada ou desmotivadamente – não me cabe aqui entrar no mérito da questão - inspira tanto ódio racial a tantas outras, quase no mundo todo.
Sim, porquanto, principalmente no Oriente, Israel não conta com a simpatia dos países que lhe são fronteiriços, sustentando, com alguns deles, uma paz quase insustentável.
Tenho a impressão de que, tendo nascido judeu, Jesus não quer ser pouco amado pelos homens – Ele não quer um amor aos pedaços – Ele quer um amor que seja capaz de chegar ao extremo de nossa capacidade de amar!...
Seria, por exemplo, fácil que os árabes amassem um Jesus que tivesse sangue árabe correndo nas veias – se Ele fosse palestino ou sírio ou iraquiano...
Talvez, se Ele tivesse nascido na China, ou na Rússia, não Lhe fosse tão difícil contar com o amor e o respeito dos descendentes dos Khans, ou dos Czares...
Ou, ainda, escolhesse nascer na Índia, de há muito, com certeza, estaria, em posição proeminente, figurando entre os deuses da Trindade do Hinduísmo – Bhrama, Vishnu e Shiva...
E se, em vez do aramaico, Ele se expressasse no idioma grego, com Sócrates lhe fazendo o papel de João Batista, o Precursor, ou em inglês, na condição de Profeta do considerado país, politicamente, mais influente do mundo – EEUU –, não viesse a ser tão espinhosa a missão que Lhe cabe em se fazer ouvido, pela Humanidade, em Suas palavras de Vida Eterna...
No que tange, porém, ao mundo islâmico, é provável que algum estudioso venha a considerar que, tanto quanto pelo Judaísmo, Jesus Cristo, é respeitado pelo Islamismo, que, apenas e tão somente, não O coloca à altura espiritual de Maomé! – o Judaísmo, igualmente, não considera o Cristo superior aos seus grandes patriarcas, nem tampouco a Moisés, que liderou os judeus em sua fuga do Egito...
(Abrindo um parêntese, a Igreja Católica santificou a tantos que, em seus milhares de altares, Jesus passou a contar com inúmeros concorrentes de Sua grandeza e poder espiritual! – não obstante, se Ele, em vez de ter nascido no país dominado, nascesse no país dominante – se fosse romano e se expressasse em latim –, a simples condição de europeu lhe daria a credibilidade cultural que Ele ainda não possui junto aos preconceituosos – a um preconceituoso como Hitler, por exemplo, que pretendendo extinguir com os judeus, anelava, sob o comando das trevas, arrasar o Cristianismo!)
Ah, se o Cristo tivesse falado em alemão, ou em francês?! Não faria grande diferença se ele falasse em português, ou castelhano – embora tais idiomas pertençam ao chamado “ramo itálico” – perdoem-me, eu não sou um linguista! No máximo, sou um linguarudo...
Eu não tenho culpa, se a chegada do Natal me torna assim de espírito tão nostálgico que me leva tão longe em meus devaneios.
Creio que Jesus, ao nascer entre os judeus, não pretendia se valer apenas da crença monoteísta do povo hebreu, a fim de consolidar a idéia de um Deus único. Ele sabia que não seria fácil ser amado como judeu pelos próprios judeus! – Ele sabia e, mesmo assim, quis nascer sob o pálio de todas as humilhações possíveis e imagináveis – inclusive a de ter nascido em meio ao excremento de animais, numa singela estrebaria!
O Cristo não é brincadeira, e, se eu não Lhe entendo a cabeça, muito menos o coração, pois que Ele quer ser amado pelo ódio mais açulado que possa existir contra o que Ele representa!...
Feliz Natal, meu povo!...
INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 30 de novembro de 2015

29.11.15

Temos Jesus


Desaba o Velho Mundo em treva densa
E a guerra, como lobo carniceiro,
Ameaça a verdade e humilha a crença,
Nas torturas de um novo cativeiro.
Mas vós, no turbilhão da sombra imensa,
Tendes convosco o Excelso Companheiro,
Que ama o trabalho e esquece a recompensa
No serviço do bem ao mundo inteiro.
Eis que a Terra tem crimes e tiranos,
Ambições, desvarios, desenganos,
Asperezas dos homens da caverna;
Mas vós tendes Jesus em cada dia.
Trabalhemos na dor ou na alegria,
Na conquista de luz da Vida Eterna.
Livro: Parnaso de Além Túmulo - Francisco C. Xavier - Abel Gomes ESCRITOR, poeta e professor, nascido em Minas Gerais a 30 de dezembro de 1877 e falecido a 16 de agosto de 1934. Espírito dinâmico, posto que fisicamente inválido, deixou alguns livros inéditos, dos quais dois já editados pela Federação, além de copiosa obra esparsa. - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

28.11.15

DEUS E O HOMEM

Ante a Grandeza de Deus,
O mar que brame e se espraia,
Alteia as ondas em fúria
E se ajoelha na praia...
O Sol desce das alturas,
Esplende ao topo do monte,
Fita os céus em reverência
E se inclina no horizonte...
No espaço imenso em conflito,
Causando temor à alma,
Entre trovões que emudecem
A tempestade se acalma...
Sem que se possa saber
Que mão logrou acendê-las,
Glorificando o Senhor
A noite é um altar de estrelas...
Não raro, somente o homem,
De sentimentos plebeus,
Ignorando a Verdade,
Não é reverente a Deus!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de domingo do dia 19-5-1996, em Uberaba – MG).

27.11.15

Bens Externos

A palavra do MESTRE está cheia de oportunidade para quaisquer círculos da atividade humana, em todos os tempos.
Um homem poderá reter vasta porção de dinheiro. Porém, que fará dele?
Poderá exercer extensa autoridade.
Entretanto, como se comportará diante dela?
Poderá guardar inúmeros ideais de perfeição. Mas estará atendendo aos nobres princípios de que é portador?
Contará muitos anos de existência no corpo. No entanto, que fez do tempo?
Poderá contar com numerosos amigos. Como se conduz perante as afeições que o cercam?
Nossa vida não consiste da riqueza numérica de coisas e graças, aquisições nominais e títulos exteriores. Nossa paz e felicidade depende do uso que fizermos, onde nos encontramos hoje, aqui e agora, das oportunidades e dons, situações e favores, recebidos do Altíssimo.
Não procures amontoar levianamente o que deténs por empréstimo. Mobiliza, com critério, os recursos depositados em tuas mãos.
O SENHOR não te identificará pelos tesouros que ajuntaste, pelas bençãos que retiveste, pelos anos que viveste no corpo físico. Reconhecer-te-á pelo emprego dos teus dons, pelo valor de tuas realizações e pelas obras que deixaste, em torno dos próprios pés.
                                                                          

Livro: Caminho, Verdade e Vida - Francisco C Xavier – Emmanuel - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

26.11.15

VISITAS AOS TÚMULOS

Questão 323 do Livro dos Espíritos

As visitas aos túmulos são manifestações exteriores, herdadas do primitivismo religioso das raças e culturas, para a veneração a ancestrais e entes queridos que, à medida que a conscientização da imortalidade do Espírito e a reencarnação se consolidam, pelo impositivo da razão, vão caindo em desuso. Velhos credos continuarão a sofrer modificações, e até mesmo caindo no esquecimento, pela força da lógica e do progresso, ainda que nos dias atuais muitos sintam necessidade de se postarem diante das edificações de mármore e alvenaria, para se sentirem mais próximos daqueles que já partiram para a Pátria Verdadeira. É o estágio em que se posicionam.
A natureza é excelente selecionadora, reunindo as pessoas do mesmo quilate espiritual e, guardadas as exceções nos casos de Espíritos mais esclarecidos, os choros e apegos sempre levam lembranças e sofrimentos à alma que regressou.
Na verdade, as lembranças proveitosas e úteis aos que se foram serão melhores cultivadas através das boas ações; a visita a enfermos e a encarcerados, a distribuição de alimentos e roupas aos necessitados, em nome dos que partiram, os mantê-los-ão envolvidos em vibrações benfazejas, favorecendo-os de alguma maneira, na condição em que se encontrarem. Já dizia o Mestre: “deixai os mortos enterrarem seus mortos”.
Neste assunto, destacamos a importância do Culto do Evangelho no Lar. A sua prática muda o clima espiritual do lar, de modo que os benfeitores passam a visitar com constância o ambiente evangelizado, e nele agrupar Espíritos necessitados ou esclarecidos, sofredores ou colaboradores e, entre eles, por que não os familiares e entes queridos que, “passando” pelo túmulo, regressaram à Vida Maior?
Orações são feitas para os mortos em templos, casas “santificadas”, muitas vezes como “ato santo”. Não obstante, elas não salvam qualquer pessoa. O que salva, realmente, nos ensina com lógica o Evangelho Segundo O Espiritismo, é a prática da Caridade. Porém, a oração nos encaminha para essa dama de luz que nos mostra o rumo da felicidade interna.
Quem ora com Jesus sente o dever espiritual para com Deus e o próximo. Muitos dizem que não devemos mudar o ato de levar flores aos túmulos, porque muitas famílias vivem disso. Isso é uma desculpa nascida igualmente da ignorância. Quantas famílias vivem de roubos, de assaltos e mesmo da morte de muitos? Devemos igualmente concordar, porque os fora-da-lei usam o produto do erro para alimentar seus filhos?
Para clarificar a alma devemos lutar, e mesmo sofrer de todas as formas possíveis, mas sempre no dever, na honra e na honestidade. As coisas externas não servem para acender luzes nos Espíritos. Os rituais, os cultos exteriores e mesmos as reuniões espíritas, pouco valerão, se as criaturas não mudarem interiormente.
Somente se salva da ignorância quem procurar viver os preceitos do Evangelho, deixando nascer o Cristo no coração, na santificação da caridade.
Jesus, ao deixar vazio o túmulo, visitando os companheiros de apostolado e os estimulando nas várias tarefas, definiu qual deve ser a nossa postura no que se refere a homenagens aos que já partiram: onde estivermos buscando estender a mão àqueles que sofrem, eles estarão conosco, sob a assistência amorosa do Mestre.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

25.11.15

DEVER

185 –Quais as características de uma boa ação?
-A boa ação é sempre aquela que visa o bem de outrem e de quantos lhe cercam o esforço na vida.
Nesse problema, o critério do bem geral deve ser a essência de qualquer atitude. A melhor ação pode, às vezes, padecer a incompreensão alheia, no instante em que é exteriorizada, mas será sempre vitoriosa, a qualquer tempo, pelo benefício prestado ao indivíduo ou à coletividade.
186 –O “acaso” deve entrar nas cogitações da vida de um espiritista cristão?
-O acaso, propriamente considerado, não pode entrar nas cogitações do sincero discípulo da verdade evangélica.
No capítulo do trabalho e do sofrimento, a sua alma esclarecida conhece a necessidade da própria redenção, com vistas ao passado delituoso e, no que se refere aos desvios e erros do presente, melhor que ninguém a sua consciência deve saber da intervenção indébita levada a efeito sobre a lei de amor, estabelecida por Deus, cumprindo-lhe aguardar, conscientemente, sem qualquer noção de acaso, os resgates e reparações dolorosas do futuro.

Livro “O Consolador” – Francisco C. Xavier – Emmanuel - Os livros espíritas como este, vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

24.11.15

TERRORISMO EM PARIS

Os atos terroristas cometidos na pátria de Allan Kardec, no último dia 13, deixando dezenas de mortos e feridos, não devem, evidentemente, serem analisados superficialmente.
Qual lhes seria a causa?! Simples questão de extremismo religioso?! Não! Sinceramente, não cremos que seja a religião a motivadora da violência que, infelizmente, parece vir tomando conta do mundo. A religião, ao longo da História, vem sendo utilizada pelo homem como pretexto para a sua falta de espiritualidade, a se exteriorizar nas mais diversas formas de atentado da Humanidade contra si mesma.
No recente atentado em Paris, centralizado numa casa de shows, mais de uma centena de pessoas, que lá, despreocupadamente, se encontravam, vieram a desencarnar – de fato, o disparo das armas automáticas e o som das bombas puderam ser ouvidos a quilômetros de distância, ganhando, de imediato, espaço na mídia internacional.
A verdade, porém, é que no Brasil, por exemplo, todos os dias, silenciosamente, crimes semelhantes são cometidos, com centenas e centenas de vítimas, sem que sequer a Imprensa local abra manchetes para denunciá-los de maneira conveniente.
Sim, aqui também, na tão propalada Pátria do Evangelho, os terroristas, que não são muçulmanos, mas, por vezes, bons cristãos, agem em prejuízo de uma geração, ou duas, ou mais, praticando atos de corrupção que negam ao espírito reencarnado as oportunidades de elevação de que ele carece e, ao tomar o corpo, encontrava-se esperançoso.
Crianças crescendo nas ruas...
Jovens dominados pelas drogas...
Adultos desempregados...
Idosos sobrevivendo sem dignidade...
Os piores terroristas, nem sempre, são aqueles que se apresentam de turbante na cabeça – muitos deles vestem terno e gravata, confeccionados pelos estilistas de maior renome, e andam de carros importados.
A opinião pública é passional – comove-se ante um massacre cometido em uma só noite fria, mas ignora dezenas de outros, praticados, diuturnamente, à luz do Sol mais abrasador!
Claro que não estamos a justificar o que houve no Bataclan, em Paris, que é o desdobrar do que houve no World Trade Center, em Nova York, e, talvez, venha a ser o desdobrar do que pode vir ocorrer em outras capitais do mundo.
Qualquer forma de violência, por menor seja, precisa ser imediatamente coibida, à semelhança do combate que se dispensa a uma célula cancerígena no organismo – no entanto, mais que lhe combater os efeitos, é indispensável que se lhe estude as causas e, sobretudo, tenha-se coragem de admiti-las.
O que, recentemente, aconteceu em Paris, além de uma ação policial presta, está a merecer uma análise sociológica em profundidade – análise que, a nosso ver, irá culminar com a constatação da grande miséria espiritual em que a Humanidade vem escolhendo viver.
A culpa, uma vez mais, não pode recair sobre o Criador, mas, sim, sobre a criatura, porque a fé que se aponta por réu nesse processo não é mais do que vítima.
Um jovem pai francês, de descendência asiática, emocionou o mundo ao explicar ao filho pequeno que, se os terroristas, que são homens maus, possuem armas, nós, com a finalidade de enfrentá-los, possuímos flores...
Sim, concordo. Possuímos flores, que são sempre mais eficazes que quaisquer armas, no entanto, está nos faltando bondade! – mas bondade que, não se limitando a simples retórica, se demonstre na prática, com o homem verdadeiramente considerando o outro na condição de irmão.
Até lá, sem rodeios, eu vou dizer a vocês: os homens prosseguirão enganando a si mesmos, improvisando, com velas, flores e cartazes, monumentos públicos em homenagem a dezenas e dezenas de vivos-mortos, esquecidos do cinturão de miséria constituído pelos milhares e milhares de mortos-vivos, que se formou ao redor de suas luzentes e belas capitais!...
INÁCIO FERREIRA - Blog: Mediunidade na internet

23.11.15

Deus em Você

As mudanças chegam e elas são inevitáveis. O que vem de Deus força alguma pode aplacar. Esta é a verdade verdadeiríssima nas nossas vidas. Compreender, portanto, os desígnios de Deus é sinal de grande sabedoria. Como, porém, escutar Deus em nós?
Este desafio de cada ser humano está na exata proporção que ele tem de desprendimento de si mesmo e ir em busca do outro. Quando saímos do nosso ego e nos voltamos para o que o exterior tem para nos ensinar ficaremos abertos a novidades mil que nem poderíamos imaginar que elas existiriam.
Quando nos deixamos ser envolvidos pela natureza, a qual pertencemos, possibilitaremos encontrar surpresas que estavam a um palmo de nosso nariz, absolutamente evidentes, e sequer desconfiávamos da sua existência. Misturar-se, portanto, à natureza é o caminho mais fácil de chegarmos a Deus. As lições que ela irá nos fornecer nos fará outra pessoa, creia nisso.
Eu mesmo desde o momento que passei a observar com mais carinho a criação comecei a ficar contagiado com tanta beleza e emoção. Percebam, por exemplo, a beleza inesgotável que as flores possuem. Já parou para perceber como é intrincado o desenvolvimento de uma flor? Ela nasce como tudo vindo da terra e absorve na sua seiva o elemento primordial que lhe dá vida. Quando deixa o caule e começa a se enroscar para tomar forma, a flor vai desenvolvendo processos interessantíssimos até ganhar a forma que tem. Já viu as reentrâncias que ela faz em si mesma? Como conseguir aquela textura tão firme e ao mesmo tempo tão suave? E a cor, a força da cor é impressionante. Somente Deus estando ali, na sua engenhosidade divina, para produzir tanta beleza aos nossos olhos. E o que aprender com isso?
A flor se permite trocar com a natureza e seguindo o seu instinto de flor ela vai tomando a forma pela qual foi preconcebida. Nós somos iguais a flor. Se deixarmos nos nutrir pela seiva da bondade divina, o nosso coração transbordará de bondade. Se permitirmos que a natureza divina desenvolva-se em nós passaremos a ser alguém muito belo. Basta que deixemos o nosso íntimo mostrar as qualidades que possuímos adormecidas. É neste movimento natural que deixaremos Deus transparecer-Se em nós.
A natureza nos ensina diariamente, mas é imprescindível esta permissão. Se, porém, ficamos absorvidos com estímulos artificiais então não aprenderemos nada. Deus em nós significa permitir que sua presença se faça em nosso atos diários. Somente isso. Ele se mostrará no primeiro impulso, no impulso do bem. Será assim que caminhará a humanidade para novos dias.
Deus não está nas armas. Está na flor.
Deus não está no ódio. Está no amor.
Deus não está no conflito. Está na solução.
Deus representa o outro lado de tudo que proporciona a humanidade o encontro consigo mesma em tom de harmonia e paz. Se não existe harmonia e paz consequentemente lá não existe a presença de Deus.
Quando nos deixarmos também escutar o nosso íntimo, como demonstrei, passaremos igualmente a descobrir Deus em nós.
O que está por fora tem que entrar em contato com o que está por dentro e gerar uma ação de harmonia e encanto. A sensação de bem-estar chegará naturalmente e nos sentiremos, finalmente, conectados com a Criação.
Passe, portanto, a reservar minutos para estabelecer esta conexão e aí tudo passará a fazer mais sentido e suas pegadas na terra serão mais firmes e produtivas.
Escute Deus em você. Não haverá sensação melhor de paz que você desfrutará.
Paz,

Helder Câmara – Blog Novas Utopias
Adriano Correa Lima - Eis a Mensagem do Mentor, dia 22 de novembro:
 Filhos e Filhas neste Plano Físico, Quero saudar a cada um, pois estou consciente da responsabilidade em ter a nossa Mensagem propagada neste país abençoado na qual entregamos um dos membros da nossa egrégora, atualmente sendo o médium encarnado. O Brasil é um lugar prodigioso, mas infelizmente, vive uma crise que abate amplos segmentos da população. Sou portador de boas notícias, pois a Nação resolverá seus problemas e terá uma renovação em todos os setores da vida social e política. Dizem que a transição irá alterar mapas, desfazer nações e reagrupar outras, o que será realidade. Só não concordamos com as teses de divisão territorial do Brasil, pois tenho falado o contrário, vejo parte África como sendo federado a este belo país. Dito isso, quero falar sobre a ofensiva das trevas e a magnetização das massas. Os poderes trevosos estão arraigados nas principais potências nacionais, empresas, bancos e mídias de comunicação social que buscam hipnotizar as pessoas para que brote um sentimento de indiferença pelo semelhante aonde tudo é permitido! Os poderes da escuridão estão desesperados, pois eles nem lutam mais pra vencer a batalha que já está perdida para os Servidores de Jesus, mas querem lhes levar para o abismo junto com eles, então, podem se preparar para "os gritos e ranger de dentes". O mal é como um vírus, uma vez inoculado, vai crescendo aos poucos, já que muitos de vocês se concedem pequenas loucuras como válvulas de escape de uma Vida rotineira e vazia. Esse é o ponto: Grande parte dos encarnados perderam o sentido da existência, se permitindo ao abuso de alcool, drogas e outras viciações comportamentais! Meus amigos e amigas, quantos de vocês continuam a política de seprulcos caiados, bonitos por fora, carcomidos por dentro, vivendo de aparências! A Sociedade atual através dos mecanismos trevosos de controle da mente, tem sido uma fábrica de transtornos psíquicos. Numa de nossas mensagens, apontei o crescimento de pensamentos depressivos e suicidas, pois as trevas encarnadas e desencarnadas precisam submeter as pessoas ao se jugo para se fortalecerem. Chegou a Hora de "Combater o Bom Combate" aonde a Vitória é a soberania das suas almas. Então, o que fazer? Vou passar as seguintes tarefas:
1-Não alimentem ressentimentos, ódios ou rancores, pois isso vale ouro para a espiritualidade inferior sugarem as suas energias.
2-Afastem ideias doentias ou clichês mentais do tipo: meus relaciomentos não dão certo, sou magoado por todos e a minha vida não tem sentido.
3-Cultive o hábito mental da gratidão para limpar o lixo psíquico, ou seja, reconheça as dádivas diárias.
4-Tenha a cultura da vida em vez de valorizar acidentes, desastres ou coisas mórbidas para aliviar a sua infelicidade pessoal, vendo pessoas ou situações piores que a sua.
Eu quero te convidar para uma limpeza psíquica plena por meio de muita persistência em pequenas atitudes positivas. Também já disse aqui que é preciso abrir um campo magnético favorável a influência da espiritualidade fraterna. Com preguiça, lamentação e vitimização, nós não conseguiremos ajudá-los, ou seja, precisamos da sua parceria e decisão individual. Também quero agradecer aos que compartilham as nossas mensagens, pois sabemos que cada pessoa obterá a sua dádiva pelo seu compromisso. Ame a Vida, meus amores, o Mar Vermelho está aberto para vocês passarem, porém comecem a caminhada sem vacilar! Abraços afetuosos de Paz e Luz,

Alfred Schutz

22.11.15

Progresso Maior

A Nação brasileira é feita de restos do passado. Ela foi construída, como todas as demais nações, como produto da força de seu povo ao longo do tempo. Neste contexto, convém afirmar, o Brasil possui na sua matriz racial três grandes troncos: a branca, a negra e a índia. Das três, aquela que mais sofreu para se manter livre no exercício de seus direitos foi, sem dúvida alguma, a raça negra.
Quando os portugueses perceberam no início da colonização que não poderiam contar com o apoio do braço indígena para a produção correu logo para se juntar a outras tantas nações que procuravam na escravização negra a fonte para a obtenção do trabalho e de geração de suas riquezas.
Este comportamento atroz, destituído de qualquer humanidade, durou cerca de três séculos no nosso País. Os negros eram deportados da África em direção ao Brasil com a promessa de ganhos financeiros, quando não eram usurpados já na sua origem. Aqui chegando, percebiam a cilada que haviam catapultado ou que seu destino já estava traçado, ou seja, trabalhar exaustivamente até a última gota de seu suor e de seu sangue.
Foram deportados para cá milhares de negros. Negros que sustentaram todo o nosso progresso econômico de então. Fomos os algozes de toda uma raça e achávamos, pasmem senhores, que tudo aquilo era muito certo. Os negros existiam, pensavam muitos, para servir aos brancos, e evocando até a suprema divindade colocavam-no como uma raça menor, pois nem alma detiam.
Foi assim que forjamos o progresso desse País durante muito tempo, sob o jugo do chicote feroz e da arbitrariedade sem medida.
Colocamos o negro diante de uma situação de ridicularização completa, de subtração total de sua dignidade, de menosprezo a sua condição humana.
Dos barões do café aos senhores de engenho, todos usurparam a liberdade de uma raça inteira como supremacia de outra.
Aliás, até hoje, muitos ainda pensam desta maneira. Só que avançaram no campo da discriminação e suas arrogâncias são tais que junto ao negro somaram todos aqueles despossuídos do capital, isto é, os pobres de toda sorte.
Muita luta, aqui e no astral, foram travadas para que a Terra do Cruzeiro não manchasse seu destino com letras de terror e crueldade que não pudesse mais se soerguer e comandar uma reação de direitos civis e sociais como exemplo para o mundo.
Os negros que não entendiam a loucura reinante, que viam a separação autoritária de suas famílias, que viam seus amores sendo usados pelos senhores na alimentação de sua ganância sexual, ou em outros distúrbios de comportamento, faziam de um tudo para acabar com a vida material destes e inflamavam o ódio em todas as suas formas de manifestação.
Muitos espíritos chegaram para reencarnar como negros para acalmar, um pouco que seja, esta febre de ressentimento e dor que parecia não ter mais fim. Eram os sábios de sua tribo ou de seu clã e ganhavam o respeito geral pela sua altivez e sabedoria, sem se declinarem se mostravam gigantes. Foram muitos deles denominados na época e até hoje como Pais-Velhos. Representavam, em muitos casos, o símbolo da própria raça.
Não podemos nos esquecer do exemplo materno. As matronas que davam o seu próprio seio para soerguer o branco raquítico.
O que ocorreu, ao longo do tempo, é que a mistura racial foi inevitável. O que estava em jogo, meus senhores, não era a preservação de uma raça, mas o aparecimento de uma nova era, a era da fraternidade. Este era o desafio maior a ser vencido.
Com o advento da libertação definitiva dos escravos em 1888 em ato assinado pela Princesa Isabel, o destino do País estava assegurado, mas haveria que reconstruir todo o legado destes três séculos de dominação e manipulação de uma classe a outra.
Este desafio de construir uma Nação fraterna vivemo-la  até hoje, pois as sequelas daquele tempo ainda encontram-se presentes.
O que ocorreu, meus senhores, é que nos desviamos deliberadamente do que nos foi traçado inicialmente e perdemos bom tempo na reorganização de nossa agenda espiritual para que pudéssemos continuar no progresso das metas que esperavam os espíritos altaneiros para o nosso Brasil.
No campo espiritual, tivemos atrasos. Mesmo no momento que deveria desabrochar toda a carga de espiritualidade entre as culturas espirituais negras e brancas, em todas as suas matizes, tivemos, meus senhores, foi o desgraçamento de uma oportunidade ímpar de progresso espiritual. Foi assim que surgiu, não da noite para o dia, mas que poderia ter sido bem diferente, as crenças umbandistas no nosso País.
Elas viriam ocupar um espaço que estava perdido, sem lugar para se manifestar. Foi então que um grupo de espíritos de alto quilate espiritual se colocou, sob a égide do Cristo Jesus, a por pedra sobre pedra no edifício da nova realidade espiritual entre os homens.
A Umbanda segue os mesmos passos do Espiritismo, mas com o atenuante de não criar barreiras, qualquer que seja a forma, de progresso espiritual na direção do bem.
Neste contexto, senhores, venho aqui dizer aqui da minha alegria em ver que diversos ambientes espíritas, finalmente, começam a descerrar as cortinas do preconceito e colocar em seu lugar as relações abertas e fraternas com todas as culturas espirituais convergentes aos ditames do Evangelho do Cristo.
Neste momento de comemoração daquilo que se convencionou denominar de “Dia da Consciência Negra”, aporto o meu desejo sincero que tenhamos um avanço cada vez maior e significativo para que possamos ver mais rapidamente os objetivos de união de toda uma gente.
A cultura espiritual negra não é diferente de nenhuma outra, apenas guarda em si elementos de sua etnia que se somam aos que desejam efetivamente o progresso espiritual mais amplo.
Estou aqui como homem que defendeu, como pode, os membros de uma raça que, naquela época, se mostrava como uma distorção do direito social, mas que representava, na realidade, a distorção da conduta humana na terra.
Neste tempo todo, conheci os meandros da espiritualidade em que eles, meus irmãos em pele negra, participam como comunidade cósmica. Há todo um emaranhado de causas e ações que ainda teremos a oportunidade, se Deus quiser, de revelar a tantos quantos desejem saber.
O progresso segue, mas as lutas continuam.
O progresso nos diz que devemos manter a guarda contra as injustiças sociais.
O progresso nos ensina que se não nos mantivermos em alerta crescerá bem mais o quadro de pobreza e miséria social, sem lados quaisquer de raça. No fundo, somos todos humanos, integrantes de uma só raça, de um só povo de Deus.
Ao querido Zumbi, hoje reencarnado, o nosso agradecimento pela força e luta.
Aos inconformados com a condição humana servil, o nosso apoio para que não baixem a cabeça jamais.
Aos “tementes” em Deus que possamos continuar a lutar pela igualdade de todos na criação de um mundo melhor que seja, sobretudo, mais humano.

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um imortal

21.11.15

É NATAL! AMANHECE ...

Eis que, outra vez, é Natal...
Ante a estrela que aparece,
A longa noite se vai,
Um novo Dia amanhece...
Vencendo imensa secura,
Toda a terra reverdece,
Flores brotando do chão
Anunciam farta messe...
Anjos cantam nas Alturas,
Pastores unem-se em prece,
Na manjedoura singela,
Uma Criança adormece...
A paz nos campos de guerra
É milagre que acontece,
A Humanidade se abraça
E do egoísmo se esquece...
Há ternura em toda parte
Na bondade que se acresce,
É Jesus que está de volta
No amor que nunca envelhece!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 14 de novembro de 2015, em Uberaba – MG).

20.11.15

Bem-aventurados os que consolam os aflitos

     Jesus disse: "bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados". Nós vivemos com o conhecimento de tudo aquilo que o evangelho nos ensina. Bem-aventurados aqueles que consolam os aflitos, porque serão abençoados. É necessário, cada vez mais, o homem entender a necessidade do seu semelhante.
    Embora todas as conquistas de uma nova era de progresso, o homem está e estará a mercê de todas as enfermidades do início do século, às portas do terceiro milênio ele se arrastará enfermo e solitário.
    A fome aí está trazendo a tuberculose, o desespero aí está aumentando a fileira dos suicidas.
    O desespero se faz presente onde o vício se instala, como a maldição prevista no apocalipse.
    Vemos, jovens encaminhando para destinos incertos, crianças crescendo já sem esperança, lares se destroçando como se borrasca terrível descesse sobre as criaturas.
    Vemos, então, que falta, realmente, para unir as almas, uma crença maior, uma fé sólida. Aquilo que o Mestre falou já está ocorrendo, a seleção do joio e do trigo. Porque aquele que perseverar no bem, realmente, será senhor do futuro. Aquele que perseverar na sua fé será um orientador, será um consolador, será o esteio de uma nova era.
    Mas não devemos pensar que o destino do mundo é só tristeza. A tristeza está exatamente, para exaltar a alegria, a violência está para vocês aprenderem a valorizar a paz, as lutas interiores permanentes aí estão para vocês buscarem a harmonia. Existe o mal para o homem buscar o bem, existe a dor para o homem buscar o lenitivo, existe a caridade para o homem aprender a ser solidário com aqueles que sofrem, porque irmãos, todos somos, filhos de um mesmo Pai, também.
    Nossos destinos poderiam ser bem melhores se melhores coisas nós buscássemos com as nossas vidas. Mas Deus paira, com a Sua misericórdia, sobre todas as criaturas.
    Lembrem-se de que sem o evangelho, sem a mudança de valores interiores, sem a preocupação de estruturar bem os lares e vigiar os passos, o mundo estará sendo composto de pessoas que buscam um caminho que, cada vez, torna-se mais difícil de ser encontrado.
    O bem é esse caminho seguro, o amor é a força que governa o mundo. Se a pessoa buscar o bem com amor, realmente encontrará a grande paz interior.


        Skanay por Shyrlene Soares Campos 

19.11.15

OS ESQUECIDOS

Questão 322 do Livro dos Espíritos

No Dia de Finados existem os esquecidos, aqueles cujos parentes não têm condições nem mesmo de se alimentar convenientemente, quanto mais de comprar flores, como lembranças para os que já se foram, e sentem vergonha de ir ao cemitério com as mãos limpas, visto que lá encontram multidão de outras pessoas com buquês e mesmo coroas caríssimas.
Os que chamamos de desvalidos da sorte não comparecem na mesma situação dos seus ex-familiares, a não ser os Espíritos que já se libertaram das ilusões. Esses se aproximam dos que ali choram para os consolar e alegrar nas suas tarefas de cada dia. Os ricos que ali se postam, derramando lágrimas e doando flores, também são visitados quase sempre pelos seus entes queridos, que já se foram para o além. Muitos não atendem aos pensamentos das famílias, tendo uma espécie de alergia espiritual por cemitérios, procurando esquecer os restos mortais que ali deixaram.
É, pois, uma profusão de entidades movimentando esse dia, são encontros e mais encontros, choros e mais choros, que pouco significam para o adiantamento dos Espíritos. Esperemos que, no futuro, todo o dinheiro gasto em coroas e ramalhetes de duração efêmera seja mais bem utilizado, deixando-se as flores em suas hastes, fincadas na terra, em sua beleza natural.
Nesse dia, infelizmente, poucos trabalham, ficando a descansar sem necessidade e a chorar inconvenientemente. Esse procedimento demonstra ignorância das leis divinas, sendo um erro que se despede do século vinte, mais um laço inferior que se desamarra dos corações em trevas.
Talvez os esquecidos estejam em melhores condições que os bem-lembrados. Velas e mais velas são acesas nos túmulos vazios que pouco significam para o Espírito. Não será o fogo brando de uma vela que irá melhorar suas condições espirituais. A melhor vela para os que se foram é a prece sentida ao Senhor, a transformação interna dos que ficaram. Essa luz tem o poder de atingir todos os corações dos familiares de um lado e de outro da vida, porque inspira aos que não realizaram sua renovação íntima para fazê-la nos caminhos que percorre, mesmo no mundo espiritual.
Quem não deseja se adentrar na área do Cristo para alcançar Deus na consciência? Todos foram feitos iguais, com o mesmo interesse de liberdade e de amor, e para esse despertar veio Jesus, enviado diretamente da Luz Maior, para que os homens e os Espíritos humanos acordem do sono milenar das paixões e vivam as virtudes que se enraízam nas leis divinas do divino amor.
Todos nós precisamos nos conscientizar de que não existe alguém esquecido da Bondade Superior; todos nós recebemos o que merecemos, onde estivermos. O homem deste século está sendo chamado e escolhido para a luz da compreensão em Cristo. O Evangelho está divulgado por todos os países e dialogado por todos os povos, para que o interesse impulsione os corações e as criaturas passem a vivê-lo, ou, pelo menos, se esforcem para tal.
Não existem esquecidos, repetimos, todos estamos e continuamos vivendo no seio do Criador. Se sofremos, é porque o sofrimento tem o poder de nos acordar para a luz, que nos mostra os caminhos da felicidade.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

18.11.15

Afeição

183 –Como se interpreta o ciúme no plano espiritual?
-O ciúme, propriamente considerado nas suas expressões de escândalo e de violência, é um indício de atraso moral ou de estacionamento no egoísmo, dolorosa situação que o homem somente vencerá a golpes de muito esforço, na oração e na vigilância, de modo a enriquecer o seu íntimo com a luz do amor universal, começando pela piedade para com todos os que sofrem e erram, guardando também a disposição sadia para cooperar na elevação de cada um.
Só a compreensão da vida, colocando-nos na situação de quem errou ou de quem sofre, a fim de iluminarmos o raciocínio para a análise serena dos acontecimentos , poderá aniquilar o ciúme no coração, de modo a cerrar-se a porta ao perigo, pela qual toda alma pode atirar-se a terríveis tentações, com largos reflexos nos dias do futuro.
184 –Como devemos efetuar nossa auto-educação, esclarecida pela luz do Evangelho, nos problemas das atrações sexuais, cujas tendências egoístas tantas vezes nos levam a atitudes antifraternais?
-Não devemos esquecer que o amor sexual deve ser entendido como o impulso da vida que conduz o homem às grandes realizações do amor divino, através da progressividade de sua espiritualização no devotamento e no sacrifício.
Toda vez que experimentardes disposições antifraternais em seu círculo, isso significa que preponderam em vossa organização psíquica as recordações prejudiciais, tendentes ao estacionamento na marcha evolutiva.
É aí que urge o esforço da auto-educação, porquanto toda criatura necessita resolver o problema da renovação de seus próprios valores.
Haveis de observar que Deus não extermina as paixões dos homens, mas fá-las evoluir, convertendo-as pela dor em sagrados patrimônios da alma, competindo às criaturas dominar o coração, guiar os impulsos, orientar as tendências, na evolução sublime dos seus sentimentos.
Examinando-se, ainda, o elevado coeficiente de viciação do amor sexual, que os homens criaram para os seus destinos, somos obrigados a ponderar que, se muitos contraem débitos penosos, entre os excessos da fortuna, da inteligência e do poder, outros o fazem pelo sexo, abusando de um dos mais sagrados pontos de referência de sua vida.
É por esse motivo que observamos, muitas vezes, almas numerosas aprendendo, entre as angústias sexuais do mundo, a renúncia e o sacrifício, em marcha para as  mais puras aquisições do amor divino.
Depreende-se, pois, que ao invés da educação sexual pela satisfação dos instintos, é imprescindível que os homens eduquem sua alma para a compreensão sagrada do sexo.
Livro: “O Consolador” – Francisco C. Xavier – Emmanuel - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira

17.11.15

VAPT  VUPT!

 - Doutor, na condição de espíritas, o que o senhor acha que mais nos falta?
- Humildade.
- E depois?...
- Atualmente, vivência na caridade.
- E Conhecimento?...
- Não tanto conhecimento da Doutrina, quanto de nós mesmos.
- Nosso maior defeito?...
- Vários... Difícil apontar um só.
- No entanto, o que carece de urgente corrigenda?...
- Arrogância.
- O senhor acha-nos arrogantes?...
- E vaidosos – de uma vaidade intelectual que não se justifica.
- Estaríamos preparados para sermos maioria?...
- Nem para sermos minoria...
- Os nossos Centros Espíritas?...
- Sobrevivem pelo idealismo de alguns poucos.
- Mediunidade?...
- Há muito delírio nela...
- Mesmo?...
- Muita alucinação...
- O Movimento Espírita?...
- Palco para muita gente...
- Os seus livros de autor encarnado?...
- Fracos...
- E os de natureza mediúnica?...
- Arremedo de literatura...
- A literatura espírita em geral?...
- Escrita para autopromoção...
- Do espírito?...
- Do médium...
- Não está sendo rigoroso demais?...
- Talvez...
- Então, o que sobra?...
- Jesus, Kardec e Chico Xavier! Como vê, sobra tudo...
- Médiuns novatos?...
- Apressados demais – querem colher sem plantar...
- E os mais velhos?...
- Acreditam-se os donos do “terreiro”...
- “Terreiro” de Umbanda?...
- Não! Com significado de quintal mesmo... Galos velhos, esporando os galos novos...
- O que mais admira no Espiritismo?...
- Ah! O Espiritismo de fazer sopa, de costurar para os necessitados, de visitar os doentes, de dar passes nos acamados – este Espiritismo é que mantém o Espiritismo ainda vivo!...
- O Espiritismo pode morrer?...
- Claro que não, mas que, em seus seguidores, está sofrendo de anemia, está...
- O senhor generaliza, quando fala em “seguidores”?...
- Não, tem uma meia dúzia de três que fica de fora – e nós dois não estamos nela!...
- Quem está?...
- Aquela senhora, aquele senhor e aquele jovenzinho...
- No fundo, no fundo?...
- Falta de fé! Muitos, por observarem excessivamente os homens, e nada ao Cristo, estão perdendo a fé!...


INÁCIO FERREIRA – Blog do Dr. Inácio Ferreira

16.11.15

Um Mundo Novo

Que tristeza tremenda se abateu sobre toda a França e de resto em todo o mundo. Assassinos cruéis e frios, em nome de uma causa qualquer, avança com o terror e deixam mortos mais de uma centena de pessoas.
Toda esta perplexidade faz-nos perguntar: até onde irá esta insanidade do homem?
Não foi para isso que o Criador Deus Pai nos proporcionou a vida, para nos destruir cruelmente. Ele certamente esperava mais de nós e não a nossa autodestruição.
O que fazer senão orar por todos os envolvidos depois que tudo aconteceu, mas também refletir o que está passando com a humanidade.
Na verdade, não soubemos traduzir em realidade o nosso objetivo maior, intrinsecamente contido nas nossas mentes e corações, que é ter um mundo melhor e viver em paz.
Conseguimos alargar os horizontes da produção com invenções tecnológicas de grande proporção.
Conseguimos inundar o mercado com produtos variados que muitas vezes nem sabemos para que serve tudo aquilo.
Conseguimos criar estradas, viadutos, ferrovias que passam trens sofisticados e rapidíssimos. Aviões super velozes. Fomos até a lua e queremos conquistar o universo.
Conseguimos edificar cidades estonteantes, cheias de belezas, convidativas para a contemplação dada a engenhosidade humana.
Conseguimos tanta coisa do lado de fora e pouco conseguimos dentro de nós mesmos.
Não conseguimos eliminar a ira que nos faz querer destruir outro irmão de caminho.
Não conseguimos sequer eliminar as desigualdades. É tanta disparidade entre irmãos. Pobres mais pobres e ricos mais ricos.
Não conseguimos olhar para o olho de outro irmão sem vergonha na cara porque ainda somos objetos de falcatruas, de corrupção, de ladroagem.
Não conseguimos vencer o medo. Vivemos acuados em nossas casas com receio que bandidos nos ataquem nas ruas. Medo agora que ganhou proporções estratosféricas com o atentado, mais uma vez, em Paris.
Não conseguimos, na realidade, é sermos humanos, simplesmente isto. Amáveis, carinhosos, solidários, benevolentes...
Somos vítimas de nós mesmos. Criamos ilhas para viver nos isolando dos outros irmãos.
Quanto temos que mudar para termos um mundo melhor.
Será possível que necessitamos chegar perto do caos para dar um basta a este modelo desigual de geração de riquezas?
Será possível que teremos que deixar que mais gente morra em atentados mil por causa da nossa prepotência em sermos melhores que os outros?
Será possível que vamos continuar nos matando com a poluição que destrói rios, matas, lagoas e chega até os oceanos?
É tudo isso que está em jogo e muito mais.
Os atentados são apenas um ponto de demonstração da nossa incapacidade de criação de um mundo novo e mais humano.
Muita coisa ainda deve ocorrer para que despertemos finalmente da nossa letargia existencial como seres humanos que povoam um planeta.
O grande objetivo, pasmem, é nos descobrirmos como seres humanos.
Ser humano é outra coisa.
Ser humano é descobrir Deus em nós. E quando fazemos esta incrível descoberta passamos a nos comportar de maneira completamente diferente.
Passamos a ser mais compreensíveis.
Fazemos mais caridade.
Olhamos mais para a dor do nosso próximo.
Inquietamo-nos com as injustiças.
Preocupamo-nos com o desequilíbrio ambiental.
Ficamos mais sensíveis, afinal.
Descobrir Deus em nós representa espelhar a vontade do Criador em nossos pensamentos e atos.
É isto que queremos que aconteça com a humanidade inteira. Infelizmente, porém, ainda nos destruiremos bastante, nos violentaremos enormemente, nos prejudicaremos grandemente, para nos tocar de que estamos seguindo no caminho errado.
Tenho esperança de que aprendamos mais rapidamente com nossos equívocos e possamos logo nos encaminhar na construção de mundo novo.
Isto só depende de cada um de nós.
Paz ao mundo!

Helder Câmara – domdapaz.blogspot.com

15.11.15

PRECEITOS DE SAÚDE

1 - Guarde o coração em paz, à frente de todas as situações e de todas as coisas. Todos os patrimônios da vida pertencem a Deus.
2 - Apóie-se no dever rigorosamente cumprido. Não há equilíbrio físico sem harmonia espiritual.
3 - Cultive o hábito da oração. A prece é Luz na defesa do corpo e da alma.
4 - Ocupe o seu tempo disponível com o trabalho proveitoso, sem esquecer o descanso imprescindível ao justo refazimento. A sugestão das trevas chega até nos pela hora vazia.
5 - Estude sempre. A renovação das idéias favorece a sábia renovação das células orgânicas.
6 - Evite a cólera. Enraivecer-se é animalizar-se caindo nas sombras de baixo nível.
7 - Fuja a maledicência. O lodo agitado atinge a quem o revolve.
8 - Sempre que possível, respire a longos haustos e não olvide o banho diário, ainda que ligeiro. O ar puro é precioso alimento e a limpeza é simples obrigação.
9 - Coma pouco. A criatura sensata come para viver, enquanto a criatura imprudente vive para comer.
10 - Use a paciência e o perdão infatigavelmente. Todos nós temos sido caridosamente tolerados pela Bondade Divina milhões de vezes e conservar o coração no vinagre da intolerância é provocar a própria queda na morte inútil.

Livro de Estudos Espírita: “Aulas da Vida” - Francisco C. Xavier - André Luiz - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

14.11.15

DEPOIS DA MORTE

Não te rendas jamais às tentações
Dos prazeres efêmeros do mundo,
Passageiras e inúteis ambições
Que te tornam de espírito infecundo...

Caminhando na estrada que transpões,
Deixa ficar, no abismo mais profundo,
Tantos anseios vãos, tantos senões,
Que te apartam da luz de onde oriundo...

Nada leves contigo que não seja
A paz de consciência que se almeja
Ao reto cumprimento do dever...

Pois quem somente morre sobre a Terra,
Sepultando ilusões a que se aferra,
Depois da própria morte irá viver!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 7 de novembro de 2015, em Uberaba – MG).

13.11.15

Bem-aventurados os pobres de espírito

    As diferentes ações meritórias do Espírito depois da morte são, sobretudo, as do coração mais do que as da inteligência. Bem-aventurados os pobres de espírito não quer dizer unicamente bem-aventurados os imbecis, mas bem-aventurados aqueles que, cheios dos dons da inteligência, deles não fazem uso para o mal, porque é uma arma muito poderosa para arrebatar as massas. Entretanto, como dizia Gérard de Nerval, recentemente, a inteligência desconhecida sobre a Terra será um grande mérito diante de Deus. Com efeito, o homem poderoso em inteligência, e lutando contra todas as circunstâncias infelizes que vem assaltá-lo, deve regozijar destas palavras; "Os primeiros serão os últimos, e os últimos serão os primeiros", o que não deve se entender na ordem unicamente material, mas também para as manifestações do Espírito e das obras da inteligência humana. As qualidades do coração são meritórias, porque as circunstâncias que podem impedí-las, são bem pequenas, bem raras, bem fúteis. A Caridade deve brilhar por toda a parte, apesar de tudo, para todos, como o Sol está para todo o mundo. O homem pode impedir a inteligência de seu próximo de se manifestar, mas nada pode sobre o coração. As lutas contra a adversidade, as angústias da dor, podem paralisar os impulsos do gênio, mas não podem parar as da caridade.


Livro: “Revista Espírita” - tomo V - 1862 -  Allan Kardec – Lamennais - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

12.11.15

DIA DE FINADOS

Questão 321 do Livro dos Espíritos

À comemoração do dia dos chamados mortos, sempre se encontram presentes os Espíritos vivos, mais vivos do que os encamados que presenciam as comemorações a eles oferecidas.
Os pensamentos dos familiares e amigos cortam o espaço em busca dos seus queridos, e eles os atendem. As ondas mentais são como que chamados, são buscas da forma, conforme se encontra registrado no próprio Evangelho de Jesus: Buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á. Os Espíritos superiores os atendem sempre com o objetivo de ajudá-los, transmitindo para seus familiares idéias de renovação, pensamentos superiores de trabalho e de caridade.
Quantas vezes presenciamos famílias que antes gastavam altas somas, levando flores caríssimas em forma de coroas bem cuidadas, e depois passaram a ajudar os pobres com alimentos e roupas com o dinheiro que iriam gastar no Dia de Finados! Isso aconteceu, certamente, por inspiração dos Espíritos elevados. Acreditamos que a colocação de flores nos túmulos é uma manifestação de carinho e de amor para com os que partiram; no entanto, como se vive em um mundo onde a fome e a nudez, a falta de teto e de instrução está generalizada, esse dinheiro gasto sem maior importância, pode ser transformado em ajuda para os que se encontram na carne.
Verdadeira fortuna é gasta no mundo todo, em flores que, no outro dia, não existem mais. O próprio tempo, os ventos e o sol não aprovam os atos dos homens, destruindo com rapidez as variadas flores que ornamentaram as sepulturas.
A maioria dos homens não sabe usar a economia da vida. Quando o Evangelho for vivido em todas as nações, desaparecerão da face da Terra a miséria, a peste, a fome, a falta de teto e de roupa. A humanidade começara a viver no paraíso tão decantado pelos profetas de todas as épocas da humanidade.
Os Espíritos elevados não rendem culto aos restos mortais; quando os deixam, agradecem a natureza e partem para outras etapas da vida, onde podem ser mais úteis às belezas imortais da própria existência. Somente os inferiores permanecem junto aos familiares, semi-inconscientes, às vezes prejudicando seus ex-companheiros.
Para orar pelos que partiram, para executar esse gesto de amor, podemos estar onde quer que seja, pois os fios dos pensamentos viajam sem impedimento pelo espaço, indo em busca daqueles que merecem o seu amor. A súplica não deve ser feita somente no Dia de Finados; façamo-la todos os dias, que a prece com o coração em Jesus é alimento para todas as almas, tanto aquela que ora, quanto a que recebe essas bênçãos de luz.
No Dia de Finados, certamente que se reúne um maior numero de Espíritos, pelo maior número de encarnados buscando-os pelos pensamentos, e os Espíritos esclarecidos os atendem, como já falamos, para ajudá-los no que diz respeito aos seus ideais de amor.
Se os homens tivessem olhos para ver e ouvidos para ouvir a multidão de desencarnados que acompanham os encarnados todos os dias, nos lares, nas ruas, nos serviços, no lazer, em toda parte, ficariam desajustados emocionalmente. A quantidade é muito maior do que se pensa ser e não precisaríamos ir aos cemitérios adorar ou lembrar dos nossos mortos, que estão mais vivos que nunca.
Mas, os tempos estão chegando e a realidade se apresentando como o sol, de maneira que o intercâmbio entre os dois mundos passará a ser fato comum entre todas as criaturas, Os Espíritos se encontram todos os dias nos lares, ajudando os familiares a pensar, a sentir a vida, dentro das leis de Deus. Falta somente os homens fazerem a sua parte, criando o ambiente para que tais comunicações fiquem mais visíveis, sem sofrerem a influência da ignorância. E a Doutrina dos Espíritos vem ajudar os seres humanos a compreenderem essa verdade, que cada vez mais se encontra visível no mundo.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

11.11.15

Afeição V

181 –Como entender o sentimento da cólera nos trâmites da vida humana?
-A cólera não resolve os problemas evolutivos e nada mais significa que um traço de recordação dos primórdios da vida humana em suas expressões mais grosseiras.
A energia serena edifica sempre, na construção dos sentimentos purificadores; mas a cólera impulsiva, nos seus movimentos atrabiliários, é um vinho  envenenado de cuja embriaguez a alma desperta sempre com o coração tocado de amargosos ressaibos.
182 –O remorso é uma punição?
-O remorso é a força que prepara o arrependimento, como este é a energia que precede o esforço regenerador. Choque espiritual nas suas características profundas, o remorso é o interstício para a luz, através do qual recebe o homem a cooperação indireta de seus amigos do Invisível, a fim de retificar seus desvios e renovar seus valores morais, na jornada para Deus.


Livro: “O Consolador” – Francisco C. Xavier - Emmanuel - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.