31.10.23

O CRISTO EM NÓS Livro evangélico espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

O DIVINO SERVIDOR

          Quando Jesus nasceu, uma estrela mais brilhante que as outras luzia, a pleno céu, indicando a manjedoura.
          A princípio, pouca gente lhe conhecia a missão sublime.
          Em verdade, porém, assumindo a forma duma criança, vinha Ele, da parte de Deus, nosso Pai Celestial, a fim de santificar os homens e iluminar os caminhos do mundo.
          O Supremo Senhor que no-lo enviou é o Deus de Todas as Coisas. Milhões de mundos estão governados por suas mãos. Seu poder tudo abrange, desde o Sol distante até o verme que se arrasta sob nossos pés; e Jesus, emissário d´Ele na Terra, modificou o mundo inteiro. Ensinando e amando, aproximou as criaturas entre si, espalhou as sementes da compaixão fraternal, dando ensejo à fundação de hospitais e escolas, templos e instituições, consagrados à elevação da Humanidade. Influenciou, com seus exemplos e lições, nos grandes impérios, obrigando príncipes e administradores, egoístas e maus, a modificarem programas de governo. Depois de sua vinda, as prisões infernais, a escravidão do homem pelo homem, a sentença de morte indiscriminada a quanto não pensassem de acordo com os mais poderosos, deram lugar à bondade salvadora, ao respeito pela dignidade humana e pela redenção da vida, pouco a pouco.
          Além dessas gigantescas obras, nos domínios da experiência material, Jesus, convertendo-se em Mestre Divino das almas, fez ainda muito mais.
          Provou ao homem a possibilidade de construir o Reino da Paz, dentro do próprio coração, abrindo a estrada celeste à felicidade de cada um de nós.
          Entretanto, o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
          Viveu num lar humilde e pobre, tanto quanto ocorre a milhões de meninos, mas não passou a infância despreocupadamente. Possuiu companheiros carinhosos e brincou junto deles. No entanto, era visto diariamente a trabalhar numa carpintaria modesta. Viva com disciplina. Tinha deveres para com o serrote, o martelo e os livros. Por representar o Supremo Poder, na Terra, não se movia à vontade, sem ocupações definidas. Nunca se sentiu superior aos pequenos que o cercavam e jamais se dedicou à humilhação dos semelhantes.
          Eis porque o jovem mantido à solta, sem obrigações de servir, atender e respeitar, permanece em grande perigo.
          Filho de pais ricos ou pobres, o menino desocupado é invariavelmente um vagabundo. E o vagabundo aspira ao título de malfeitor, em todas as circunstâncias. Ainda que não possua orientadores esclarecidos no ambiente em que respira, o jovem deve procurar o trabalho edificante, em que possa ser útil ao bem geral, pois se o próprio Jesus, que não precisava de qualquer amparo humano, exemplificou o serviço ao próximo, desde os anos mais tenros, que não devemos fazer a fim de aproveitar o tempo que nos é concedido na Terra?
 
Livro Alvorada Cristã - Francisco C. Xavier - Neio Lúcio

30.10.23

O Sermão da Montanha


 

Chico Xavier e a Guerra na Judeia – II

Dias atrás, publicamos nesta página do Blog a explicação que, certa feita, foi dada por Chico Xavier para as guerras que, desde muito, assolam a região da Judeia, qual a que agora, infelizmente, está ocorrendo entre Israel e os grupos terroristas, a partir da chamada “Faixa de Gaza”.
À época, Chico se referiu ao episódio da crucificação de Jesus, quando os Judeus, indagados por Pilatos à respeito da responsabilidade do ato, responderam que o sangue do Justo viesse a cair sobre eles e sobre a sua descendência.
Alguns amigos, leitores do Blog, questionaram – alguns até com certa falta de elegância – a explicação de Chico para a guerra que parece não ter fim, chegando, um e outro, a tecer críticas ao médium, com o visível intuito, porém, absolutamente inútil, de atingir as suas possibilidades mediúnicas.
Eles não entenderam, ou não quiseram entender, que, em essência, Chico estava se referindo à escolha feita pelo povo judeu entre o jugo leve e o pesado...
Preferindo à soltura de Barrabás, e, em consequência, a condenação do Cristo, o povo optou pelo jugo pesado, ou seja, escolheu a história de vida de um malfeitor, e não a de um Homem com a sua Mensagem de Vida Eterna.
Ora, o resultado não poderia, de fato, ser outro do que aquele que se vê sempre que se prefere escolher o mal ao Bem, as trevas à Luz.
Erradicando ou, pelo menos, tentando erradicar a Ideia de Cristo da Judeia – a percentagem de cristãos hoje por lá é muito pequena –, o mundo árabe, se assim podemos nos expressar, simplesmente, escolheu não viver o paz, o que teria acontecido caso tivesse escolhido o jugo leve, e não o pesado, cujas consequências, no mundo inteiro, sabemos quais são.
Chico não quis dizer, óbvio, que aqueles espíritos de há dois mil anos atrás são os mesmos que agora, reencarnados, estão lidando com o problema que criaram, embora, de nossa parte, creiamos que sim – boa parte deles, vida após vida, vem reencarnado por lá, sustentando um conflito que começou há séculos e séculos, envolvendo Abraão, Sara, Isaque e Ismael, e os seus descendentes.
Seria interessante que os nossos irmãos e irmãs internautas não olvidassem, com tanta facilidade, que a fé espírita é raciocinada, e não interpretassem tudo ipsis literis – a menos, repetimos, que, no caso, tenham a nítida intenção de menoscabar a missão do médium Chico Xavier.
E depois, o direito de discordar, sim, é de todos, mesmo de um sábio e um ser iluminado como Chico, mas, para tanto, seria interessante que os discordantes pelo menos tivessem um nome para apresentar.
 
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 29 de Outubro de 2023.

29.10.23

NOÇÕES PRÁTICAS DE ESPIRITISMO OS ESPÍRITOS Palestra de Toninho Barana

 



XIV – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO” – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER

Gúbio, prosseguindo a discorrer sobre o processo da Evolução, considera:
“Educação para a eternidade não se circunscreve à ilustração superficial de que um homem comum se reveste, sentando-se, por alguns anos, num banco de universidade – é obra de paciência nos séculos.”
Realmente, a Evolução do espírito, com a fixação definitiva de valores ético-intelectuais, é trabalho para os séculos, e não realizado apenas sobre a Terra. Não podemos nos iludir com conquistas espirituais aparentemente efetuadas. O espírito há de ser testado de todas as maneiras – assim como, ao ser levado ao cadinho esfogueante, o aço deve sofrer sob o capricho do martelo, que, a pouco e pouco, lhe confere forma e consistência.
Muitas vezes – e muitas vezes –, o espírito reencarna em meio completamente inóspito, a fim de que tenha oportunidade de desenvolver certas qualidades, que, de outra maneira, não desenvolveria.
Muitos espíritos – é bom que se saiba – reencarnam de maneira completamente aleatória, ou seja, “aproveitando” o primeiro corpo ao qual consigam se ajustar – nada, porém, que não seja referendado pela Lei de Causa e Efeito, porque semelhante Lei, sobretudo, é de educação, e o espírito, onde estiver, caso o queira, consegue aprender sempre.
Poucos são os espíritos que podem “escolher” onde reencarnar, como reencarnar e junto a quem reencarnar – não é assim que funciona.
Daí a necessidade de angariarmos méritos, para que tais méritos, quanto possível, nos “advoguem” a causa, mesmo quando estejamos nós outros em estado de inconsciência.
Alguns espíritos, ou muitos, ou centenas, ou milhares, assim que deixam o corpo carnal, permanecem na orbita das mentes encarnadas, volitando na psicosfera do planeta, e, sem que se deem conta, são “atraídos” para um novo corpo em formação – e, não raro, pode ser corpo masculino, ou feminino, descendendo dessa ou daquela raça.
*
Gúbio, continuando a preciosa peroração, acrescenta:
“Para quem anestesiou as faculdades no prazer fugitivo, a separação da carne geralmente constitui acesso a doloroso estágio na incompreensão.”
Na incompreensão de tudo, mas, principalmente, da Vida que continua...
Para milhares de espíritos, o único ponto de referência é, e, durante muito tempo, continuará sendo a Terra.
Gúbio ainda fala do perigo que pode representar viver no Mundo Espiritual sem qualquer respaldo de lucidez e/ou de ordem moral, pois, os que não os possuem, podem cair nas mãos de “loucos perigosos” – quantas crianças e adolescentes caem, na Terra, nas mãos de “loucos perigosos”, que os viciam, corrompem, escravizam, etc?!
“Loucos perigosos, por voluntários, dirigidos por inteligências soberanas, especializadas em dominação, constituem hordas terríveis que, a bem dizer, vigiam as saídas das esferas inferiores em todas as direções.”
E, ante o espanto de André Luiz, elucida:
“... o Senhor do Universo aperfeiçoa o caráter dos filhos transviados de Sua Casa, usando corações endurecidos, temporariamente, afastados de Sua Obra. Nem sempre o melhor juiz pode ser o homem mais doce.”
*
Reencarnar, portanto, para milhares de espíritos continua sendo quase uma “aventura”, na qual o espírito, com a finalidade de acordar, se arrisca na carne.
Dentro, porém, da situação a que se veja conduzido, o espírito deve procurar fazer o melhor, pois, é com base nesse melhor realizado que, a pouco e pouco, ele logrará a posse de si mesmo – posse que, infelizmente, poucos espíritos já conquistaram.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito toda terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
Capítulo 13 -
https://youtu.be/bOwJhWaays4 

28.10.23

Seara do Médiuns


 

Em Nome dos Velhinhos

Que Deus vos recompense, meus irmãos,
Pela alegria imensa que nos destes,
Nas dádivas de amor que nos fizestes,
Estendendo a quem sofre as vossas mãos...
 
Que Deus vos pague em nome dos velhinhos
Que vivem sob o teto desta Casa,
Lugar onde a bondade não se atrasa
Juntos aos que choram, tristes e sozinhos...
 
Que Deus vos fortaleça no ideal
De prosseguir nos passos do Senhor,
Combatendo no bem, seja onde for,
Nesta sem tréguas contra o mal...
 
Que Deus vos retribua ao coração
Tudo quanto trouxestes com esmero,
Não deixando, inclusive, que o tempero
Faltasse na panela de feijão...
 
Sobretudo, porque nos ajudais
Com um sorriso nos lábios generosos,
Rogo em meus versos despretensiosos
Que Deus vos abençoe sempre mais!...
 
Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso.

27.10.23

ALGUNS ÂNGULOS DOS ENSINOS DO MESTRE Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Serviço no Bem

As palavras são quietas, os sons são mudos, quando agimos em dissonância com a vontade de Deus.
Tudo ao nosso redor desarruma-se, despedaça-se, endurece. Nada dá certo.
Quando agimos com Deus é tudo diferente, tudo se ajeita, se encaixa, se harmoniza.
O grande desafio nas nossas vidas é fazer tudo em consonância com a vontade de Deus. Quando assim fazemos, trazemos para nós a alegria, a concordância, a perfeição.
Este ajustamento de conduta é difícil, fazer o bem, no entanto, representa sempre a vontade de Deus. Basta que façamos o bem, o bem, nada mais que o bem.
Ajudar ao outro, cooperar num momento de dificuldade, solidarizar-se diante da dor, isto é fazer o bem.
Há formas e formas de fazer o bem quando queremos, de fato, ajudar ao outro e meios não hão de faltar.
Eu sempre tive uns trocados no bolso para dar àquele que me procurava em busca de uma ajuda. Era pouco, eu sabia, mas era um consolo.
Tinha mais dentro de mim: o desejo de servir.
Quando estamos com a predisposição de servir torna-se tudo mais fácil. Conseguimos encontrar um jeito de ajudar. Às vezes, você dá um sorriso e uma tapa nas costas e o outro sai esfuziante de alegria.
Tem vezes que é só escutar, nada mais que escutar, mas escutar com o coração, mais que com os ouvidos. Quanta alegria estará no outro porque você emprestou a sua atenção devotadamente.
Eu penso que se todos tivessem esta predisposição para servir ao outro o mundo seria bem mais diferente, no mínimo, mais tolerante e viveríamos, com certeza, com mais paz.
Pense nisso, meu irmão, qual é a sua cota de serviço ao próximo? Qual é a sua predisposição natural para colaborar com seu irmão de caminho?
Jesus, o Nosso Senhor, sempre estava em posição de alerta para ajudar e olha o que Ele fez pela humanidade...
Sejamos cópias de Jesus, senão nos seus feitos extraordinários, mas na capacidade inigualável de servir a quem nos procura.
Que Deus nos abençoe!
 Helder Camara - Blog Novas Utopias

26.10.23

Vinha de Luz


 

O DESCUIDO IMPENSADO

No orfanato em que trabalhava, Irmã Clara era o ídolo de toda gente pelas virtudes que lhe adornavam o caráter.
Era meiga, devotada, diligente.
Daquela boca educada não saíam más palavras.
Se alguém comentava falhas alheias, vinha solícita, aconselhando:
- Tenhamos compaixão...
Inclinava a conversa em favor da benevolência e da paz.
Insuflava em quantos a ouviam o bom ânimo e o amor ao dever.
Além do mais, estimulava, acima de tudo, em todos os circunstantes a boa-vontade de trabalhar e servir para o bem.
- Irmã Clara – dizia uma educadora -, tenho necessidade do vestido para o sábado próximo.
Ela, que era a costureira dedicada de todos, respondia, contente:
- Trabalharemos até mais tarde. A peça ficará pronta.
- Irmã – intervinha uma das criadas -, e o avental?
- Amanhã será entregue – dizia Clara, sorrindo.
Em todas as atividades, mostrava-se a desvelada criatura qual anjo de bondade e paciência.
Invariavelmente rodeada de novelos de linha, respirava entre as agulha e a máquina de costurar.
Nas horas da prece, demorava-se longamente contrita na oração.
Com a passagem do tempo, tornava-se cada vez mais respeitada. Seus pareceres eram procurados com interesse.
Transformara-se em admirável autoridade da vida cristã.
Em verdade, porém, fazia por merecer as considerações de que era cercada.
Amparava sem alarde.
Auxiliava sem preocupação de recompensa.
Sabia ser bondosa, sem humilhar a ninguém com demonstrações de superioridade.
Rolaram os anos, como sempre, e chegou o dia em que a morte a conduziu para a vida espiritual.
Na Terra, o corpo da inesquecível benfeitora foi rodeado de flores e bênçãos, homenagens e cânticos e sua alma subiu, gloriosamente, para o Céu.
Um anjo recebe-a, carinhoso e alegre, à entrada.
Cumprimentou-a. Reportou-se aos bens que ela espalhara, todavia, sob impressão de assombro, Irmã Clara ouviu-o informar:
- Lastimo não posso demorar-se conosco senão três semanas.
- Oh! por quê? – interrogou a valorosa missionária.
- Será compelida a voltar, tomando novo corpo de carne no mundo – esclareceu o mensageiro.
- Como assim?
O anjo fitou-a, bondoso, e respondeu:
- A Irmã foi extremamente virtuosa; entretanto, na posição espiritual em que se encontrava não poderia cometer tão grande descuido. Desperdiçou uma enormidade de fios de linha, impensadamente. Os novelos que perdeu, davam para costurar alguns milhares de vestidos para crianças desamparadas.
- Oh! Oh! Deus me perdoe! – exclamou a santa desencarnada – e como resgatarei a dívida?
O anjo abraçou-a, carinhoso, e reconfortou-a dizendo:
- Não tema. Todos nós a ajudaremos, mas a querida irmã recomeçará sua tarefa no mundo, plantando um algodoal.
Livro Alvorada Cristã - Francisco C. Xavier - Neio Lúcio.

25.10.23

Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÃO Cap. 13


 

O QUE É NECESSÁRIO?

Comentário Questão 705 do Livro dos Espíritas
 
Necessário é o que sustenta o homem sem o desperdício; é quando não entra na aquisição das coisas o egoísmo; é quando os sentimentos são disciplinados pelo amor.
Cumpre notar-se que a natureza nada deixa faltar para a alimentação das criaturas. Ela é mãe, com o indispensável amor para todos os seus filhos e Deus enriqueceu o solo com as qualidades indispensáveis para a multiplicação daquilo que ela produz, em favor dos viventes que ela acolhe em seu seio de amor. E o Pai ama tanto a Seus filhos que, acima do necessário, a terra é doadora em abundância, sempre ultrapassando aquilo que bastaria aos homens e animais. Assim é que os habitantes do mar não reclamam mais alimentos, como os dos ares, e mesmo os da terra, a não ser os homens, que violam as leis, e desviam os seus celeiros.
Deus dotou os homens da inteligência, e eles devem usá-la para ajudar a terra na multiplicação dos alimentos. Hoje, notamos o quanto as máquinas ajudam as criaturas no aumento da produção e eles ainda usam inseticidas químicos que tisnam o magnetismo animal, torcendo certas leis que equilibram a circulação vital no organismo.
Não é preciso violentar a natureza; ela sabe o seu trabalho e o faz com presteza e exatidão. Ela sabe que os corpos são seus filhos e que precisam ser alimentados, para desempenhar o papel para o qual foram incumbidos, em ajudar a alma na sua jornada, em se despertando os dons espirituais que clareiam os caminhos para Deus, libertando as suas forças e conquistando a si mesma. O limite do necessário vai até onde começa o desperdício.
O que faz o homem passar necessidade das coisas, não é a falta de tais ou quais alimentos, nem de vestes; é a usura, é a ganância do ouro. Ele deseja ajuntar cada vez mais, esquecendo-se do que Jesus nos adverte:
Louco, esta noite pedirão a tua alma; e o que tens guardado, para quem será? (Lucas, 12:20)
O Espírito, ao passar para a vida espiritual, não leva nem o próprio corpo de carne que usou por misericórdia de Deus. E qual o resultado do que ajuntou? Deve-se comer para viver, e não viver para comer; deve-se vestir para viver com simplicidade, e não transformar as vestes em luxo, complicando-se a vida. Deve-se morar para se resguardar das intempéries da natureza, e não transformar a moradia em palácio, de maneira que o apego se lhe prenda a ela, mesmo depois do túmulo.
Em alguns países, mandam-se queimar alimentos e outros produtos para que o preço corresponda à ganância. Isto é um verdadeiro crime. A natureza , pela violência com que foi atingida, revolta-se contra os homens e eles se esquecem que violentaram a lei, se esquecem da justiça.
Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se, ou a causar dano a si mesmo? (Lucas, 9:25)
Aí temos a resposta para o assunto: para que ganhar o mundo inteiro com as riquezas e perder a si mesmo, perdendo-se nos labirintos da incompreensão, sofrendo as conseqüências dos atos que escaparam à vigilância? Deus nunca Se esqueceu dos alimentos dos Seus filhos.
Os pais na Terra não deixam seus filhos sem o sustento, quanto mais o Pai de todos nós. A natureza é rica daquilo que ela sabe dar com abundância. Somente os mares têm alimentos enriquecidos para manter toda a humanidade com fartura. As águas são vivas e sabem obedecer à vontade do Todo-Poderoso.
ê fala do próprio Mestre, que se fizermos a vontade de Deus e a Sua justiça, tudo mais vem por acréscimo de misericórdia. Se nada falta para os peixes, para os pássaros e animais, porque irá faltar para os homens? Confiemos, esperemos e trabalhemos, que a fartura virá.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

24.10.23

QUEM TEM MEDO DOS ESPÍRITOS? Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Quer dizer, o espírito que está encarnado em mim?!...

 Sim, meu caro, a pergunta que foi feita a você, quando você procurava falar da Reencarnação a uma amiga, sua colega de banco universitário, demonstra a orfandade espiritual que a Humanidade foi relegada pelas religiões tradicionais...
Embora a sua condição de universitária, vinculada, por laços familiares, à religião católica, ela, depois de todas as suas explicações, não foi capaz de compreender que o espírito a que você se referia era ela própria - 
... ela própria, encarnada em um corpo transitório, constituído de matéria grosseira, com o qual, infelizmente, se confundia, e, talvez, tenha continuado a se confundir, como acontece com tantos milhares, ou milhões de irmãos e irmãs, no mundo todo!...
Com certeza, ela não estava fazendo qualquer referência à obsessão, ou mesmo ao fenômeno mediúnico da chamada incorporação, porque o tema sobre o qual vocês estavam discorrendo era o da Reencarnação, ou seja, da volta do espírito a um novo corpo, especialmente formado para ser por ele ocupado...
A estranha dicotomia intelectual da jovem, às avessas, era semelhante a de Narciso, o jovem da mitologia grega, que estimava contemplar a sua bela imagem refletida nas límpidas águas de um poço... Conta-se que, certa vez, alguém perguntou às águas do poço se, de fato, Narciso era belo... Então, as águas simplesmente responderam que não saberiam dizer, porque, se Narciso procurava apenas contemplar a sua própria imagem, elas também somente miravam a si mesmas nas pupilas do referido personagem..
Parece, não é?!, que, tendo somente olhos para nós mesmos, não conseguimos transcender a imagem que de nós se reflete no espelho, em que, desde que nascemos, habituamos a nos espiar...
Não logramos, com facilidade, nos descobrir, em nossa própria essência, além de nossos contornos e enchimentos de carne e osso!...
Creio que, infelizmente, ainda haveremos de levar um bom tempo para tomarmos consciência de que o espírito que jaz encarnado em nós somos nós, e que o corpo carnal é apenas um aglomerado atômico de que nos valemos para nos tornarmos tangíveis quando mergulhamos nas Dimensões de matéria mais densa.
O assunto é tão sério, e tão grave, que, inclusive, há irmãos nossos que acreditam que, um dia, no chamado Juízo Final, eles haverão de ressurgir, ou ressuscitar, inteiramente, célula a célula, e, então, com o mesmo corpo de antanho, quais Lázaros em ressurreição ainda mais prodigiosa, para herdarem a Terra.
A confusão, ou indigência, é tão grande, que vou continuar me esforçando para não perder a consciência de que o espírito encarnado no Inácio é o próprio Inácio, e não o... Manoel Roberto!...
 
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 21 de Outubro de 2023.

23.10.23

DEUS ETERNIDADE ESPIRITISMO



Nova Terra

Tudo tem um fim!
Nada ocorre por acaso.
O fim de estarmos na Terra, segundo preconiza nosso senhor Jesus Cristo, é darmos a ela uma conotação de igualdade e fraternidade entre os povos.
Como ainda não conseguimos desenvolver um modelo econômico e social que aglutinasse os interesses de todas as partes.
Como ainda não conseguimos, efetivamente, modificar o panorama de violência e descasos, tememos que esse descuido geral gere mais violência e desequilíbrios.
É a mensagem de Jesus que esclarece e norteia para outro modelo de mundo.
Se prestarmos atenção na sua mensagem libertadora, encontraremos nela os pontos essenciais de reconstrução dessa humanidade.
Primeiramente, vamos desenvolver a ética grandiosa do amor nas relações sociais, nas relações governamentais, nas relações institucionais, em todas as relações necessárias para o engrandecimento humano.
Isto não é pouco, aliás, isto é o resumo do seu propósito quando esteve entre nós.
Com a instalação do amor nas relações gerais, os homens se inquietarão enquanto não conseguirem disseminar para todos os povos e em todos os recantos o que preconiza os princípios de uma sociedade amorosa.
Jesus colocou parâmetros para isso e disse, apropriadamente, quem deveria ser os privilegiados na construção dessa nova sociedade.
No seu discurso de estadista do império do amor e da fraternidade, ele assim se manifestou:
Serão felizes os que acolherem os pobres.
Serão felizes os que consolarem as lágrimas alheias.
Serão felizes os humildes.
Serão felizes os que tiverem como meta fazer a vontade de Deus.
Serão felizes os que agirem com misericórdia.
Serão felizes os que tiverem o coração puro.
Serão felizes os que trabalharem pela paz.
Serão felizes os justos. 
Acolhimento aos mais vulneráveis; consolação aos infelizes; tratamento igualitário e respeitoso; conexão com a Criação; empatia com as dores do outro; pureza de coração; ação pacificadora e justiça para todos.
Estes valores e posturas ganharão a Terra.
Esses postulados representam o dia novo que a humanidade inevitavelmente abraçará como justificativa, como fundamento, como princípio da instalação do Reino de Deus definitivamente na Terra.
Estas palavras têm poder.
Jesus expressou o corolário da mensagem divina entre nós. Ele sabia o que estava dizendo e fazendo. Ele sabia perfeitamente o que estava prometendo.
E isto ocorrerá, meus caros!
Estes são os desígnios divinos para todos os seus filhos na Terra.
Bem-aventurados os que tenham olhos para ver!
Bem-aventurados os que têm ouvidos para ouvir!
Bem-aventurados, sobretudo, os que tenham mente para entender e mãos para agir!
A construção da nova Terra já está em curso.
Façamos, o quanto antes, a parte que nos cabe neste lugar de Deus.
Assim seja!
Karol Wojtyla - Blog de Carlos Pereira.

22.10.23

As Cinco Alternativas da Humanidade O Espiritismo em seu tríplice aspecto palestra de Toninho Barana


 

XIII – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER

Gúbio, codinome de alto Instrutor da Vida Espiritual, ainda esclarece:
“Nossa mente é uma entidade colocada entre forças inferiores e superiores, com objetivos de aperfeiçoamento.
(...) O espírito encarnado sofre a influenciação inferior, através das regiões em que se situam o sexo e o estômago e recebe os estímulos superiores, ainda mesmo procedentes de almas não sublimadas, através do coração e do cérebro”.
Notemos que o ser encarnado, quanto o desencarnado, que ainda não alcançou patamares evolutivos mais altos, vive, no presente, entre o passado e o futuro – o hoje vive entre o ontem e o amanhã.
Através dos “chakras”, ou “centros de força”, considerados inferiores, o Básico e o Esplênico, e os superiores, o Coronário, o Frontal e o Cardíaco, o homem, ou seja, o espírito se divide entre apelos que o “puxam para baixo”, e outros que o “puxam para cima”...
Imaginemos uma árvore que, pela sua raiz fincada no solo, recebe influencias do centro da Terra, e pela sua copa, lançada às alturas, recebe influencias do Cosmos – do magma que é sinônimo de morte, e da claridade solar que se traduz em vida.
*
Afirma Gúbio, estendendo o seu raciocínio:
“Quando a criatura busca manejar a própria vontade, escolhe a companhia que prefere e lança-se no caminho que deseja.”
Eis a questão do livre arbítrio, que vai se acentuando quanto mais o espírito cresce, para, depois, anular-se completamente, com a sua vontade se submetendo à Vontade do Criador.
Jesus ensinava: “Não busco a minha vontade, mas a Vontade do Pai que me enviou”.
Sob a ação do Determinismo, acatado inconscientemente, o ser evolui, adquire o livre arbítrio, que vai se desenvolvendo, para, posteriormente, voltar a ser Determinismo, mas com lucidez.
*
Anotamos, assim, que, no uso de seu livre arbítrio, o ser pode levar indefinido tempo no processo de sua maturação psíquica. Metaforicamente, ele pode ficar vagando entre os seus “chakras” inferiores e superiores, por vezes, estacionando por séculos no “Laríngeo”, quando o homem costuma ser mais “garganta”, ou seja, mais palavra que ação – ou se refestelando no “Solar”, como alguém que vai a praia apenas para expor-se ao Sol, e não para refletir na transcendência do mar.
*
Gúbio, continuando a ponderar, elucida com sabedoria:
“Atitudes mentais enraizadas não se modificam facilmente”.
Para que elas se modifiquem, ou comecem a se modificar, muitas vezes, necessitam do concurso da dor...
Assim como a paisagem terrestre, que não se modifica sem que sofra a ação de fortes “sacudidas”, o espírito para se transformar carece de experimentar “terremotos” em seu mundo íntimo, no soterramento de seus egos...
É quando, então, o sofrimento surge para cumprir com a sua parte no processo da Criação Divina – somente o sofrimento pode “desalojar” o espírito do comodismo em que ele estaciona, com os seus equívocos e ilusões.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito toda terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
Capítulo 12 - https://youtu.be/6SM2tAkeVRg 

21.10.23

Libertação cap. 8


 

Somente Caridade

Tão somente a Caridade,
Pode, enfim, sintetizar,
Todo o mais alto saber
Que contém o verbo amar.
*
A Caridade é a escola
Que educa para o amor,
E se faz compreender
Seja em que idioma for.
*
Sem que aprenda o abc
Da Cartilha da Bondade,
Ninguém consegue saber
Do que precisa, a metade.
*
Todo gesto de bondade
Simples assim tal qual é,
Em meio à tanta descrença,
É um fenômeno de fé.
*
Se peregrinas à esmo
À procura de mais luz,
A Caridade é o caminho
Que te leva até Jesus.
*
Por sobre os campos de guerra,
Em que, às vezes, o perscruto,
O Anjo da Caridade
Vejo trajado de luto.
 
Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, na manhã de sábado do dia 14 de Outubro de 2023, em Uberaba – MG).

20.10.23

UM JARDIM DE ESPERANÇAS Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

"Tende bom ânimo, eu venci o mundo"

A mensagem de Jesus mais confortadora, no meu modo de entender, é quando Ele se dirige aos seus discípulos dizendo: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João, 16:33).
Estas palavras servem de verdadeira injeção de confiança para quem está sentindo desânimo ou perda do prazer na vida, em razão da morte de um ente querido, da separação conjugal, da perda de emprego ou de quaisquer outros tipos de perda. 
Na verdade, quem não sofre neste mundo, quem não passa por momentos difíceis na vida? Porém, para vencermos essas tribulações que nos levam a um estado depressivo, é preciso, segundo o Cristo, mantermos o bom ânimo.
E a primeira coisa a fazermos é orar a Deus com toda fé e sinceridade, pedindo forças e coragem para prosseguir vivendo com entusiasmo e esperança no futuro, pois o Pai Celestial nunca está pobre de misericórdia. 
Uma delas é aceitar resignadamente tudo quanto Deus nos dá para o nosso progresso espiritual, desde o corpo físico enfermo, uma família de convivência difícil, e tantas outras dificuldades. Isso não significa que devemos nos acomodar, mas sim trabalhar sempre para melhorar e progredir, mantendo resignação e fé, sem reclamar jamais. 
Outra sugestão para sermos felizes, é claro, em termos relativos, é aceitar as pessoas do nosso convívio como são, como vivem, sem exigir que elas se modifiquem à força de nossa vontade e querer, pois cada pessoa tem a sua própria individualidade.
O fato é que cada uma delas tem seu modo de ser, sua crença religiosa e seu próprio comportamento, diferente do nosso. Há muita gente infeliz, por não entender que cada criatura está situada num degrau evolutivo.
Enfim, recordemos mais uma vez a mensagem apresentada por Jesus no início deste texto: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo".
GERSON SIMÕES MONTEIRO 
gerson@radioriodejaneiro.am.br 

19.10.23

UMA CIDADE DO LADO DE LÁ


 

O CARNEIRO REVOLTADO

Certo carneiro muito inteligente, mas indisciplinado, reparou os benefícios que a lã espalhava em toda parte, e, desde então, julgou-se melhor que os outros seres da Criação, passando a revoltar-se contra a tosquia.
- Se era tão precioso – pensava -, por que aceitar a humilhação daquela tesoura enorme? Experimentava intenso frio, de tempos a tempos, e, despreocupado das ricas rações que recebia no redil, detinha-se apenas no exame dos prejuízos que supunha sofrer.
Muito amargurado, dirigiu-se ao Criador, exclamando:
- Meu Pai, não estou satisfeito com a minha pelagem. A tosquia é um tormento... Modifica-me, Senhor!...
O Todo-Poderoso indagou, com bondade:
- Que desejas que eu faça?
Vaidosamente, o carneiro respondeu:
- Quero que a minha lã seja toda de ouro.
A rogativa foi satisfeita. Contudo, assim que o orgulho ovino se mostrou cheio de pêlos preciosos, várias pessoas ambiciosas atacaram-no sem piedade. Arrancaram-lhe, violentamente, todos os fios, deixando-o em chagas.
O infeliz, a lastimar-se, correu para o Altíssimo e implorou:
- Meu Pai, muda-me novamente! não posso exibir lã dourada... encontraria salteadores sem compaixão.
O Sábio dos Sábios perguntou:
- Que queres que eu faça?
O animal, tocado pela mania de grandeza, suplicou:
- Quero que minha lã seja lavrada em porcelana primorosa.
Assim foi feito. Entretanto, logo tornou ao vale, apareceu no céu enorme ventania, que lhe quebrou todos os fios, dilacerando-lhe a carne.
Regressou, aflito, ao Todo-Misericordioso e queixou-se:
- Pai, renova-me!... A porcelana não resiste ao vento... estou exausto...
Disse-lhe o Senhor:
- Que queres que eu faça?
- A fim de na provocar os ladrões e nem ferir-me com porcelana quebrada, quero que a minha lã seja feita de mel.
O Criador satisfez o pedido. Todavia, logo que o pobre se achou no redil, bandos de moscas asquerosas cobriram-no em cheio e, por mais corresse campo a tora, não evitou que elas lhe sugassem os fios adocicados.
O mísero voltou ao Altíssimo e implorou:
- Pai, modifica-me... as moscas deixaram-me em sangue!
O Senhor indagou de novo, com inexaurível paciência:
- Que queres que eu faça?
Dessa vez, o carneiro pensou mais tempo e considerou:
- Suponho que seria mais feliz se tivesse minha lã semelhante às folhas de alface.
O Todo-Bondoso atendeu-lhe mais uma vez a vontade e o carneiro voltou a planície, na caprichosa alegria de parecer diferente. No entanto, quando alguns cavalos lhe puseram os olhos, não conseguiu melhor sorte. Os eqüinos prenderam-no com os dentes e, depois lhe comerem a lã, abocanharam-lhe o corpo.
O carneiro correu na direção do Juiz Supremo, gotejando sangue das chagas profundas, e, em lágrimas, gemeu humilde:
- Meu pai, não suporto mais!...
Como soluçasse longamente, o Todo-Compassivo, vendo que ele se arrependera com sinceridade, observou:
- Reanima-te, meu filho! Que pedes agora?
O infeliz replicou, em pranto:
- Pai, quero voltar a ser um carneiro comum, como sempre fui. Não pretendo a superioridade sobre meus irmãos. Hoje sei que os meus tosquiadores de outro tempo são meus verdadeiros amigos. Nunca me deixaram em feridas e sempre me deram de comer e beber, carinhosamente... Quero ser simples e útil, qual me fizeste, Senhor!...
O Pai sorriu, bondoso, abençoou-o com ternura e falou:
- Volta e segue teu caminho em paz. Compreendeste, enfim, que meus desígnios são justos. Cada criatura está colocada, por minha Lei, no lugar que lhe compete e, se pretendes receber, aprende a dar.
Então o carneiro, envergonhado, mas satisfeito, voltou para o vale, misturou-se com os outros e daí por diante foi muito feliz.
 
Livro: Alvorada Cristã - Francisco C. Xavier - Neio Lúcio.

18.10.23

Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÃO Capítulo 12 – MISSÃO DE AMOR

 


MEIOS DE VIVER

Comentários Questão 704 do Livro dos Espíritos
 
Os meios de sobreviver foram criados por Deus, para que a humanidade encontrasse o necessário para a conservação da espécie. Com pouca observação, podemos analisar como a terra é dadivosa e boa; as sementes entregues à sua intimidade produzem frutos sem que os homens disso participem, a não ser indiretamente. Vejamos que os pássaros não plantam e nem colhem, ajuntando em celeiros como os homens, entretanto, nunca passam fome. Assim é com todos os viventes que se espalham em todo o planeta, em se falando das águas e terras.
Os meios de sobrevivência são fartos por onde quer que se esteja. Isso quem faz é o Deus de amor, é o Foco de Luz, que dá vida e alimenta a todos. Se por vezes as criaturas não encontram alimentos, vestes e teto, não é por não existirem; que procurem e encontrarão o necessário com abundância, dentro da lei feita por Deus, para sustentar todos os Seus filhos.
Não seria Deus quem os fez, se Ele criasse os homens sem, contudo, provê-los dos meios para sua sobrevivência. A mãe Terra foi estruturada com a força divina para favorecer a reprodução. Ninguém consegue interromper a caridade dela, coadjuvada por outros elementos da natureza, para com os homens.
Resta saber se os homens estão compreendendo essas bênçãos em seu favor, cuidando das árvores, vigiando as águas e não poluindo a atmosfera. A parte que lhes toca deve ser feita, usando a inteligência sem esquecer os sentimentos. Para justificar o amor de Jesus para com todas as criaturas, podemos analisar o próprio Evangelho, que nos relata:
E, vendo todos isto, murmuravam, dizendo que entrava para ser hóspede de um homem pecador. (Lucas, 19:7)
Jesus recebia pecadores na verdade, e comia com eles, para os ensinar a não pecar mais contra a natureza, respeitando-a em todos os aspectos. Os pecadores comiam os frutos do seu próprio pecado sem o saber.
Quem desequilibra a natureza, serve de instrumento de escândalo e sofre as conseqüências da sua invigilância. Cumpre ao homem cuidar da vinha que Deus lhe entregou para a vida e pela vida. É necessário combater a ignorância amando, não somente aos semelhantes, mas amando a Deus em tudo, como amamos a nós mesmos, que o resto nos procurará por acréscimo de misericórdia.
Deus, além de dar os meios de conservação, dotou o homem do instinto para tal. Ele faz tudo, nos entregando o menor trabalho, que deveremos fazer com alegria e amor.
Aproveitemos as oportunidades, que elas nos levarão à paz de coração e à tranqüilidade de consciência.
     Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
     Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

17.10.23

O VOO MAIS ALTO Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Chico Xavier e a Guerra na Judeia

Certa vez, perguntaram a Chico Xavier sobre a razão de tantas guerras na Judeia, onde Jesus nascera e pregara o seu Evangelho de Amor.
Chico respondeu que quando Jesus, foi levado a fim de ser sentenciado à morte na cruz, Pilatos, após lavar as mãos, disse: “Estou inocente do sangue deste justo; fique o caso convosco.”
Então, segundo as anotações de Mateus, “o povo todo respondeu”: CAIA SOBRE NÓS O SEU SANGUE, E SOBRE NOSSOS FILHOS!”
Não é difícil, pois, entender que o povo da Judeia, envolvendo quase todos os países do chamado “mundo árabe”, chamou para si a grave responsabilidade espiritual de ter crucificado a Jesus, estando até os dias atuais sob o pesado carma que ele próprio solicitou.
 
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 15 de Outubro de 2023.

15.10.23

A Vida Escreve


 

XII – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER

A explanação de Gúbio, no segundo capítulo de “Libertação”, é repleta de informações as mais significativas.
Agora, daremos destaque ao poder da vontade, inclusive, sobre o mundo microscópico, ou seja, sobre o organismo físico, que abriga milhões de células, que não passam de seres sob o comando de quem o enverga.
Esclarece o Instrutor:
“Dirija um homem a sua vontade para a ideia de doença e a moléstia lhe responderá ao apelo, com todas as características dos moldes estruturados pelo pensamento enfermiço, porque a sugestão mental positiva determina a sintonia e receptividade da região orgânica, em conexão com o impulso havido, e as entidades microbianas, que vivem e se reproduzem no campo mental dos milhões de pessoas que as entretêm, acorrerão em massa, absorvidas pelas células que as atraem, em obediência às ordens interiores, reiteradamente idealizada”.
Notemos que a questão da “obsessão” é muito mais complexa do que, habitualmente, se imagina. A auto-obsessão quando o homem pensa sistematicamente em doença costuma ser avassaladora para a saúde. Notemos que até as células estão sujeitas a serem “vampirizadas” por “entidades microbianas”... Não apenas os seres inteligentes podem ser obsidiados pelos seres inteligentes, estando ou não no corpo físico. Segundo Gúbio: “Existem princípios, forças e leis no universo minúsculo, tanto quanto no universo macroscópico”.
Percebamos, assim, a importância do otimismo, do pensamento buscando sintonia com as ideias elevadas. O homem, igualmente, pode cometer suicídio indireto, acalentando emoções enfermiças, porque, então, fazendo cair a sua resistência, permite que o seu organismo físico seja invadido por seres microscópicos que lhe comprometem a integridade.
Adiante, acrescenta o Instrutor:
“... o doente que se compraz na aceitação e no elogio da própria decadência acaba na posição de excelente incubador de bactérias e sintomas mórbidos, enquanto que o espírito em reajustamento, quando reage, valoroso, contra o mal, ainda mesmo que benéfico e merecido, encontra imensos recursos de concentrar-se no bem, integrando-se na corrente da vida vitoriosa”.
*
O paralelo traçado por Gúbio é interessantíssimo e revelador, e continua valendo mesmo para o espírito desencarnado, de vez que também nós, os considerados mortos, ainda trajamos uma veste constituída por seres que prosseguem evoluindo em nosso próprio corpo espiritual – para tais seres, cada um de nós outros representa o “criador”, ou o “deus”, em cujo seio, no dizer de Paulo, o Apóstolo (“Atos”, 17:28), eles vivem, existem e se movem, estando a caminho da “individualização” e da “consciência”, assim como, há milênios, logramos alcançar a racionalidade.
*
Notemos, ainda, que a questão da “coexistência”, em todos os Planos de Vida, é Lei – a “coexistência” entre luz e sombra, de vez que a sombra, impulsionando a luz a ser mais luz, ela mesma termina por se transfigurar em luz.
A sombra, portanto, não passa de luz temporariamente eclipsada, pois que, na Criação Divina, tudo é luz.
A noite incentiva os dias a serem mais longos...
O mal induz o bem a ser o Bem em plenitude...
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito toda terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
Capítulo 11 - https://youtu.be/Z6EyHgUsOSA 

14.10.23

Curso de Esperanto Lição Final.


 

Trovas da Palavra

Nos domínios da palavra,
Observa a diferença
Entre quem pensa o que fala
E quem fala, mas não pensa.
*
Há muita palavra mansa
Posta a serviço do mal,
Que, agindo no anonimato,
É um traiçoeiro punhal.
*
A palavra quando boa
É um hábil cirurgião,
Lembrando em quem a profere
Um bisturi em ação.
*
Em muita gente, a palavra
É rica e bela moldura,
Disfarçando sobre o quadro
Os defeitos da pintura.
*
Na defesa da Verdade,
Ninguém precisa ser rude.
Toda palavra que agride
Não faz com que nada mude.
*
Quem crê em tudo o que ouve,
É como quem se alimenta
Do que lhe enche a barriga,
Mas as forças não sustenta.
*
A fofoca, onde aparece,
É semelhante ao capim...
Só uma enxada de corte
É que lhe pode dar fim.
*
A língua de quem critica
É um martelo inconsequente,
Aplica golpes à esmo
E arrasa com muita gente.
*
Um fato existe na Bíblia
Que intriga crentes e ateus:
Se Eva escutou a serpente,
Adão se fez surdo a Deus.
*
A Palavra de Jesus,
Amor e Sabedoria,
Acendeu em toda a Terra
O clarão de um Novo Dia!...
 
Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de domingo do dia 28 de Junho de 1992, em Uberaba – MG).

13.10.23

ELEMENTOS GERAIS DO UNIVERSO - REFORMA ÍNTIMA


 

ABENÇOA TAMBÉM

Diante das vozes dos braços que te amparam na enfermidade, coopera com os instrumentos da cura, abençoando a ti mesmo.
Em qualquer desajuste orgânico, não condenes o corpo. 
O operário há de amar enternecidamente a máquina que o ajuda a viver, lubrificando-lhe as peças e harmonizando-lhe os implementos, se não deseja relegá-la à inutilidade e à secura.
Abençoa teu coração. É o pêndulo infatigável, marcando-te as dores e alegrias.
Abençoa teu cérebro. É o gabinete sensível do pensamento.
Abençoa teus olhos. São companheiros devotados na execução dos compromissos que a existência te confiou.
Abençoa teu estômago. É o servo que te alimenta.
Abençoa tuas mãos. São antenas no serviço que consegues realizar.
Abençoa teus pés. São apoios preciosos em que te sustentas.
Abençoa tuas faculdades genésicas. São forças da vida pelas quais recebeste no mundo o aconchego do lar e o carinho de mãe.
Eis que Deus te abençoa, a cada instante, no ar que respiras, no pão que te nutre, no remédio que refaz, na palavra que anima, no socorro que alivia, na oração que consola...
Junto das células doentes ou fatigadas, não empregues o fogo da tensão, nem o corrosivo do desespero.
Abençoa Também...
Livro: Coragem - Francisco C. Xavier - Emmanuel

12.10.23

Herdeiros do Novo Mundo

 


A Melhor Solução

A vida é feita de mil desafios.
Não sabemos exatamente o que fazer diante de situações-limite e queremos urgentemente uma ajuda, uma luz, uma iluminação para resolver os nossos grandes problemas.
A pergunta a se fazer imediatamente é: o que é melhor para mim?
Esta pergunta, por si só, é desafiadora porque não sabemos ao certo o que seja melhor para a nossa vida. Temos uma noção, é verdade, mas não a exatidão do que seja imprescindível para viver.
Se, porém, colocarmos nas mãos do Pai o nosso destino fica tudo mais fácil. O problema é saber se faremos, de fato, isto.
A demora por resolver um problema não quer dizer que ele seja sem solução ou que o Pai não está nem aí para você, é que há coisas que necessitam de tempo para se encaixarem, não apenas externamente, mas, principalmente, dentro da gente.
A solução, muitas vezes, encontra-se a um palmo do nosso nariz e não conseguimos enxergar. Colocamos tanta coisa na nossa cabeça, nos fixamos tanto numa determinada solução que achamos ideal e deixamos de perceber o óbvio, o elementar, que se deixássemos fluir do nosso interior, sem censura, sem barreiras, sem preconceito, encontraríamos facilmente a solução desejada.
Os problemas da vida são assim mesmo. Está na razão direta, portanto, saber o que Deus Pai quer de nós naquela dada situação e não o que queremos fazer pela nossa visão míope das coisas.
A visão de Deus é larga. A visão dos homens, na maioria das vezes, é estreita, acanhada, limitadora, egoísta.
Pensar em Deus significa raciocinar com a amplidão das possibilidades, sem rejeitar qualquer possível solução.
Deixar nas mãos de Deus é fazer com que os caminhos de solução fluam naturalmente dos fatos que seguirão e ter o discernimento de ler as entrelinhas deles.
Na minha vida, pensei muito sobre a solução de muitos problemas. A minha solução, geralmente, era mais tímida do que aquela ofertada pelo Pai. Era inusitada, inesperada, mas, certamente, a mais sábia.
Deixar nas mãos de Deus sem interferir. Deixar que Ele faça o que é melhor para nós sem reservas, este é o grande segredo para a resolução de todos os problemas.
Não foi isso, meus irmãos, que o nosso mestre Jesus nos ensinou na belíssima oração do Pai Nosso? Disse Ele categoricamente: " Seja feita a Vossa vontade, assim na terra como nos céus".
A vontade de Deus Pai não a nossa.
Submetamos, portanto, as nossas vidas ao Pai Criador e esperemos agindo no bem o que seja melhor para nós.
Que Deus nos abençoe!
Helder Camara - Blog Novas Utopias

11.10.23

Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÃO - Capítulo 11 – VALIOSA EXPERIÊNCIA

 



FINALIDADE DO INSTINTO DE CONSERVAÇÃO

Comentários Questão 703 do Livro dos Espíritos
 
Dos desígnios mais profundos de Deus, somente Ele é consciente. Nós estamos trabalhando sob a Sua vontade, de modo que escapa ao nosso entendimento o porquê das Suas leis. Compete aos mais inteligentes obedecer-lhes sem murmuração, sem revolta.
A finalidade dos instintos é para concorrermos com alguma coisa para o grande ideal, na execução das leis do Criador. Ele sabe o que faz, e como cooperadores na obra universal, Ele nos faculta essa graça, pelas mãos de Jesus, nosso Governador e guia dos nossos destinos.
Se meditarmos sobre o assunto, constataremos que o instinto de conservação é necessário para a vida, para que ela cresça e prospere, e que essa força divina vá desabrochando e se modificando em novos aspectos da sua própria grandeza. Os animais, por exemplo, sentem os instintos, contudo, não percebem de onde vêm, mas a bondade divina sabe como ele deve operar, e é nesse labor interno dos animais que os rudimentos da consciência vão tomando novas formas e registrando novos métodos de vida consciente.
Todas as finalidades das leis de Deus são nobres, por tomarem sempre corpos diferentes, para a maior grandeza e glória da existência do Criador.
Quando os engenheiros elaboram uma planta para erguer um edifício, os trabalhadores, que são inúmeros, desconhecendo os objetivos da mesma obra, apenas obedecem às ordens para que se possa consumar a tarefa. Assim somos nós, os trabalhadores que devemos acatar com alegria as ordens do Divino Arquiteto, sem outros pensamentos a não ser o de obediência. O que Deus faz está tudo certo. Podemos desejar aprender o porquê das coisas, mas nunca querer mudar os desígnios do Criador e, ainda pior, querer combater o que desconhecemos.
Paulo de Tarso, quando se encontrava em certas dificuldades, pedia a Jesus, no segredo dos seus pensamentos, para ajudá-lo. Ele sempre foi feliz em todos os seus empreendimentos e ainda pedia para os seus companheiros. Ouçamo-lo falando aos romanos, conforme o capítulo dezesseis, versículo vinte e quatro:
A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós, amém.
Essa graça de Jesus nos mostra os caminhos para a vida mais pura, entretanto, não devemos pedir sem nos esforçarmos na melhoria de nós mesmos, trabalhando todos os dias no auto-aperfeiçoamento dos nossos sentimentos, para alcançarmos a graça de Jesus.
Ainda nos falta muita sabedoria para que possamos chegar ao ponto de compreender melhor as coisas de Deus. As nossas sensibilidades vão se aprimorando, vão despertando cada vez mais, pela força do progresso, se assim podemos dizer. Em muitos casos, nos falta o apoio da linguagem humana para expressar fielmente a verdade divina. O verbo é fraco, porém está caminhando para servir de melhor instrumento da verdade.
     Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
     Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

10.10.23

https://youtu.be/ScQs11sG8v8


 

O BURRO DE CARGA

No tempo em que não havia automóveis, na cocheira de famoso palácio real um burro de carga curtia imensa amargura, em vista das pilhérias e remoques dos companheiros de apartamento.

Reparando-lhe o pêlo mal tratado, as fundas cicatrizes do lombo e a cabeça tristonha e humilde, aproximou-se formoso cavalo árabe, que se fizera detentor de muitos prêmios, e disse, orgulhoso:
- Triste sina a que recebeste! Não invejas minha posição nas corridas? Sou acariciado por mãos de princesas e elogiado pela palavra dos reis!
- Pudera! – exclamou um potro de fina origem inglesa – como conseguirá um burro entender o brilho das apostas e o gosto da caça?
O infortunado animal recebia os sarcasmos, resignadamente.
Outro soberbo cavalo, de procedência húngara, entrou no assunto e comentou:
- Há dez anos, quando me ausentei de pastagem vizinha, vi esse miserável sofrendo rudemente nas mãos de bruto amansador. É tão covarde que não chegava a reagir, nem mesmo com um coice. Não nasceu se não para carga e pancadas. É vergonhoso suportar-lhe a companhia.
Nisto, admirável jumento espanhol acercou-se do grupo, e acentuou sem piedade:
- Lastimo reconhecer neste burro um parente próximo. É animal desonrado, fraco, inútil... Não sabe viver se não sob pesadas disciplinas. Ignora o aprumo da dignidade pessoal e desconhece o amor-próprio. Aceito os deveres que me competem até o justo limite; mas, se me constrangem a ultrapassar as obrigações, recuso-me à obediência, pinoteio e sou capaz de matar.
As observações insultuosas não haviam terminado, quando o rei penetrou o recinto, em companhia do chefe das cavalariças.
- Preciso de um animal para serviço de grande responsabilidade – informou o monarca -, animal dócil e educado, que mereça absoluta confiança.
O empregado perguntou:
- Não prefere o árabe, majestade?
- Não, não – falou o soberano -, é muito altivo e só serve para corridas em festejos oficiais sem maior importância.
- Não quer o potro inglês?
- De modo algum. É muito irrequieto e não vai além das extravagâncias da caça.
- Não deseja o húngaro?
- Não, não. É bravio, sem qualquer educação. É apenas um pastor de rebanho.
- O jumento serviria? – insistiu o servidor atencioso.
- De maneira nenhuma. É manhoso e não merece confiança.
Decorridos alguns instantes de silêncio, o soberano indagou:
- Onde está o meu burro de carga?
O chefe das cocheiras indicou-o, entre os demais.
O próprio rei puxou-o carinhosamente para fora, mandou ajaezá-lo com as armas resplandecentes de sua Casa e confiou-lhe o filho, ainda criança, para longa viagem.
Assim também acontece na vida. Em todas as ocasiões, temos sempre grande número de amigos, de conhecidos e companheiros, mas somente nos prestam serviços de utilidade real aqueles que já aprenderam a suportar, servir e sofrer, sem cogitar de si mesmos.
Livro: Alvorada Cristã - Francisco C. Xavier - Néio Lúcio.

9.10.23

LIBERTAÇÃO - Quadro Doloroso - Cap. 7


 

A Verdade

Enquanto, no Movimento Espírita, prevalecer a política de interesse pessoal, ou de grupo, a Verdade de Jesus Cristo há de ser adiada, indefinidamente.
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 8 de Outubro de 2023.

8.10.23

OS MIOSÓTIS VOLTAM A FLORIR Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

XI – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER

Os nossos estudos do livro “Libertação”, nesta semana, bem que poderiam ter por título: A Pergunta de André Luiz.
Continuando a dialogar com Gúbio, André lhe inquiriu: “Com que fim - perguntei – essas legiões retardadas se mancomunam, além da morte, se despidas da vestimenta grosseira de carne devem saber, mais que nunca, que se empenham em combates inúteis?”.
De fato, ao espírito encarnado, muito difícil compreender que, na Vida de além-túmulo, os homens fora do corpo não assimilem a realidade, capitulando diante de sua própria ignorância...
Não seria de se esperar que, pelo menos, deste Outro Lado da Vida, os espíritos lograssem tomar consciência de seus erros, inclusive de ordem dogmática, no campo da fé, em que, ao longo dos séculos, tanto temos errado?
Gúbio, o sábio Instrutor, sorriu, e a sua resposta, embora óbvia, não deixou de soar com o ineditismo que a Verdade sempre soa aos ouvidos de quem, voluntariamente, busca ignorá-la:
- “Reportamo-nos a espíritos perfeitamente humanos, não obstante desencarnados, e tais perguntas, André, poderiam ser formuladas, mesmo na Crosta da Terra. Por que razão, nós mesmos, antes de acordar a consciência para a revelação divina, nos precipitávamos nas linhas inferiores, todos os dias, contrariando espetacularmente a Lei? (...)”.
Sim, por que nós mesmos, quando no corpo carnal, não compreendemos a inutilidade do mal?! Como não considerarmos ilógico que o espírito, apenas por conta de seu desenlace do envoltório denso, possa renovar-se intimamente?!
E Gúbio questiona André:
“Ante as sugestões do Plano Divino que te povoam, agora, o pensamento, lembras-te de algum tempo passado em que tivesses cogitado sinceramente da própria sublimação?”.
*
A verdade é que o homem, moralmente, não se transforma mais além da morte do que possa se transformar na Terra, desde agora.
Por que ocorreria alguma mudança moral significativa no espírito, pelo fenômeno da desencarnação, e não lhe ocorreria, assim, alguma mudança de ordem intelectual?! Pode o espírito com inclinações inferiores, deixar de ser o que é de hora para outra?! Pode alguém de intelecto obtuso, transfigurar-se em espírito erudito, apenas por, supostamente, ir contemplar as estrelas mais de perto?!
*
Vejamos que André Luiz, após ouvir as considerações do Instrutor, ainda confessa o que, sem dúvida, nos é difícil de aceitar, quando não nos aprofundamos nos temas que não conhecemos se não superficialmente:
“A argumentação de Gúbio era bela e sugestiva; entretanto, eu sentia dificuldades para aceitar a ideia de purgatórios e infernos dirigidos.”.
Sobre a Terra, não os temos?! A criminalidade não é organizada e dirigida, muitas vezes, de dentro das penitenciárias, ou do interior dos palácios?!...
Quadrilhas de espíritos encarnados, no mundo inteiro, escravizam o poder, submetem os povos, incrementam a guerra, tramam tão somente em favor de seus próprios interesses... Tais legiões, sob o jugo de legiões outras, que as controlam do Invisível, mantém, em todos os aspectos, a Humanidade em longo cativeiro de ignorância, porquanto o seu objetivo é o da “conservação do primitivismo mental da criatura humana”.
Esta é uma das mais graves denúncias que o Moderno Espiritualismo já pode fazer ao homem em todas as épocas da Humanidade.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito toda terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
Capítulo 10 - https://youtu.be/Z6EyHgUsOSA 

7.10.23

A BOLA DE PANO Livro infantojuvenil espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria



Sabedoria e Bondade

Quem sabe, mas não é bom,
Pouco sabe na verdade...
Só sabe muito quem sabe
O que ensina a Caridade.
*
Livro alguém te ensinará
O que deves aprender
À custa do próprio esforço
Na cartilha do dever.
*
No homem, esta sentença
Não se desmente ou desdiz:
Quanto mais sábio, mais cala;
Quanto mais tolo, mais diz.
*
Teoria sem ação
É caminho que se indica,
Sem que se saiba mostrar
Onde exatamente fica.
*
Amor -  singela palavra
Tão diminuta, contudo,
Do que se deve saber,
Só ela resume tudo.
 
Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso

6.10.23

PRECE - EVANGELHO NO LAR Palestra de Toninho Barana


 

Abrindo a Alma para Deus

Quantos de vocês sabem o que seja rezar?
Rezar é coisa sagrada, de difícil solução, não porque se deve se preparar demasiadamente para fazê-la ou usar palavras de profundidade, mas porque exige transparência do coração, eis o desafio.
Quando cito transparência do coração refiro-me a necessidade de ser nu com o Pai, ser absolutamente verdadeiro, sem qualquer subterfúgio.
Meus queridos amigos, tenho repetido, vez por outra, este desafio, porque o Pai de tudo que se passa conosco e tudo que necessitamos, mas é importante que reconheçamos as nossas fraquezas e vontade de mudar.
Quando expressamos no "Pai Nosso" que seja feita a vontade de Deus na Terra e nos céus, entregamos completamente a Ele o destino das nossas vidas.
Ora, sabendo que reconhecemos as nossas faltas, o Pai há de considerar que queremos efetivamente nos transformar e nos dar as condições devidas de reparo e de seguir adiante.
Agora, meus irmãos, se queremos enganar a Deus ou mesmo omitir no que erramos, o que esperar que Ele nos faça?
Acho que neste caso o Pai não faz nada, deixa as coisas rolarem até reconhecermos que falhamos e que, de fato, queremos dar um jeito nas nossas vidas.
O Pai espera sempre pelo reconhecimento de nossos erros porque Ele quer que tomemos conhecimento das falhas cometidas e tomemos a decisão sincera de não errar mais.
O que temos que fazer, meus irmãos, é cumprir a nossa parte e continuar a vida com fé e esperança.
Meus irmãos, não há nada melhor do que conversar com o Pai. Abrirmos o nosso coração para Ele, confessarmos tudo que nos enche o Pai. Deixe com o Pai e Ele há de dar um jeito.
Façamos deste ato um hábito constante nas nossas vidas. O Pai não nos cansa de nos ouvir e de dar os seus recados, se estivemos atentos às Suas respostas.
Conversar com o Pai alivia-nos a alma. Enche-nos de ânimo e dá-nos a certeza íntima que o melhor já está a caminho.
E você, já conversou com o Pai hoje? Já abriu o seu coração para o Altíssimo?
Deus te abençoe!
Helder Camara - Blog Novas Utopias

5.10.23

Rumo Certo


 

A DESENCARNAÇÃO DE "INÁCIO", O GATO

Sei que ao lerem as palavras acima, muitos imaginarão, talvez, que eu esteja me referindo à minha "segunda morte"... Nada disto.
Para muitos outros, o equívoco que o título acima haverá de ensejar, será, com certeza, decorrente de mera questão de natureza gramatical, estabelecendo a confusão que liga o nome que me é próprio ao adjetivo que me é comum: "Inácio" e "gato"! Também não se trata disto.
Estou me referindo, ipsis literis, à desencarnação de "Inácio", o gato espírita que, durante muitos anos, frequentou as reuniões, inclusive mediúnicas, da Casa Espírita "Bittencourt Sampaio", em Uberaba.
Ele era um gato malhado, que, sinceramente, de vez que não era vegetariano, eu não saberia dizer quantos ratos já havia devorado ao longo de sua proveitosa encarnação - todavia, posso afirmar que, desde muito, ele já havia gasto todas as suas sete vidas, escapando das rodas de motos, carros e caminhões, que, como um tornado, costumam passar pela Rua Capitão Domingos, e, de resto, pelas movimentadas vias da cidade, quase que uma campeã de atropelamentos no Brasil.
Creio, de minha parte, que nenhum dos motoristas de veículos em nosso país tenha tido, em qualquer de suas vidas anteriores, alguma experiência como jainista, porque os fieis seguidores de Mahavira não cometeriam a maldade que esses delinquentes do trânsito cometem sob o beneplácito da lei.
Os jainistas respeitam tanto a vida dos seres vivos em geral que, até quando tomam água, costumam coá-la em um pano, a fim de não acontecer que, involuntariamente, venham a ingerir um deles... Mas, ah, nem jainistas se fazem mais como antigamente!...
Deixando, porém, de lado esta minha frustração com o mundo moderno, que, com o seu materialismo, parece ter o dom de esculhambar com as coisas que transcendem, preciso dizer aos amigos lá do "Bittencourt Sampaio" que eu não deixei o meu xará desamparado...
Não pude, claro - e por isto me penitencio -, chegar a tempo de fazer com que o motorista do carro desse uma pequena guinada na direção ou, então, pelo menos, acionasse os freios do veículo, evitando o atropelamento fatal do bichano, que, ao brilho dos faróis, feito um ancião repleto de artrose, ficou sem ação no meio da rua.
Com a velocidade que vinha, ele passou por cima do meu xará e o deixou estirado ao chão, de coluna partida, como se não fosse mais que desprezível massa de carne sanguinolenta. Duvido que ele sequer tenha ficado com algum drama de consciência!
Cheguei quando o "Inácio", em estado de agonia, se esforçava para deixar a carcaça, qual eu mesmo, tempos atrás, envidara esforços para deixar a minha, e respirar sem aquele excessivo peso em meus pulmões congestionados.
Peguei-o no colo e ele, virando a cabeça com dificuldade, ronronou para mim, ensaiando lamber-me as mãos, sem conseguir detectar, pela sua "vidência", de que Lado da Vida eu me situava naquele instante.
- Venha comigo, meu caro - disse-lhe eu, acariciando o seu pelo e auxiliando-o a se libertar dos últimos laços que ainda o prendiam ao corpo de felino.
Imagino que, sentindo o meu cheiro e ouvindo a minha voz, ele deve ter pensado assim: - Opa! Estou em casa! Este cheiro não me é totalmente desconhecido ao olfato apurado, e este miado se parece com o miado de um parente meu que há muito não vejo...
Eu sei dizer a vocês que, justamente quando outro carro se aproximava para, com as suas rodas impiedosas, lhe desferir o golpe de misericórdia, deixei que ele adormecesse em meus braços e parti, não sem antes lhe sussurrar:
- Como não sou muçulmano, não posso lhe prometer o Paraíso, com sete virgens a esperar por você... Todavia, na condição de espírita nada ortodoxo, posso lhe dizer que, numa gata angorá, tenho uma namorada linda, que vale por sete, à sua espera!...
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet.

3.10.23

SEXO E DESTINO Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

O BARRO DESOBEDIENTE

 Houve um oleiro que chegou ao pátrio de serviço e reparou com alegria um pequeno bloco de barro. Contemplou-o, enlevado, em face da cor viva com que se apresentava e falou:
- Vamos! Farei de ti delicado pote de laboratório. O analista alegrar-se-á com teu concurso valioso.
Imensamente surpreendido, porém, notou que o barro retrucava:
- Oh! Não, não quero! Eu, num laboratório, tolerando precipitações químicas? Por favor, não me toques para semelhante fim!
 
O oleiro, espantado, considerou:
- Desejo dar-te forma por amor, não por ódio. Sofrerás o calor do forno para que te faças belo e útil ... Entretanto, porque te recusas ao que proponho, transformar-te-ei numa caprichosa ânfora destinada a depósito de perfumes.
- Oh! Nunca! Nunca! ...  - exclamou o barro - isto não! Estaria exposto ao prazer dos inconscientes. Não estou inclinado a suportar essências, através de peregrinações pelos móveis de luxo.
O dono do serviço meditou muito na desobediência da lama orgulhosa, mas, entendendo que tudo devia fazer por não trair a confiança do Céu, ponderou:
 
- Bem, converter-te-ei, então, num prato honrado e robusto. Comparecerás à mesa de meu lar. Ficarás conosco e serás companheiro de meus filhinhos
- Jamais! - bradou o barro, na indisciplina - isto seria pesada humilhação ... Transportar arroz cozido e agüentar caldos gordurosos na face? Assistir, inerme, às cenas de glutonaria em tua casa? Não, não me submetas! ...
O trabalhador dedicado perdoou-lhe a ofensa e acrescentou
- Modificaremos o programa ainda uma vez. Serás um vaso amigo, em que a límpida água repouse. Ajudarás aos sedentos que se aproximarem de ti. Muita gente abençoar-te-á a cooperação. Despertarás o contentamento e a gratidão nas criaturas! ...
- não, não! - protestou a argila - não quero! Seria condenar-me a tempo indefinido nas cantoneiras poeirentas ou nas salas escuras de pessoas desclassificadas. Por favor, poupa-me! Poupa-me! ...
O oleiro cuidadoso considerou, preocupado:
- Que será de ti quando te conduzirem ao forno? Não passarás de matéria endurecida e informe, sem qualquer utilidade ou beleza. Sem sacrifício e sem disciplina, ninguém se eleva aos planos da vida superior.
O barro, todavia, recusou a advertência, bradando:
- Não aceito sacrifício, nem disciplina ...
Antes que pudesse prosseguir, passou o enfornador arrebanhando a argila pronta, e o barro desobediente foi também conduzido ao forno em brasa.
Decorrido algum tempo, a lama vaidosa foi retirada e - ó surpresa!  - não era pote de laboratório, nem ânfora de perfume, nem prato de refeição, nem vaso para água e, sim, feio pedaço de terra requeimada e morta, sem qualquer significação, sendo imediatamente atirada ao pântano.
Assim acontece a muitas criaturas no mundo. Revoltam-se contra a vontade soberana do Senhor que as convida ao trabalho de aperfeiçoamento, mas, depois de levadas pela experiência ao forno da morte, se transformam em verdadeiros fantasmas de desilusão e sofrimento, necessitando de longo tempo para retornarem às bênção da vida mais nobre.
 
Livro: Alvorada Cristã - Francisco C. Xavier - Néio Lúcio.