30.4.19

NÓS MESMO

Reunião pública de 12-6-59
Questão nº 930

Que é preciso trabalhar na conquista honesta do pão, todos sabemos.
Obrigação para cada um, no edifício social, é problema pacífico.
Não ignoramos, porém, que muitos companheiros do caminho permanecem à margem, esquecidos na carência, mergulhados na provação, chafurdados na delinquência, agoniados no desespero e penitentes na enfermidade...
Quem são, no mundo, os chamados para lhes prestarem socorro, em nome do Cristo?
Dizes que são os administradores; contudo, os administradores, via de regra, jazem inquietos, criando verbas e leis.
Dizes que são os políticos; entretanto, frequentemente, os políticos andam apreensíveis na arregimentação partidária, estudando interesses e decisões.
Dizes que são os cientistas; todavia, os cientistas quase sempre estão concentrados em suas pesquisas, multiplicando indagações e dúvidas infindáveis.
Dizes que são os filósofos; mas os filósofos, na maioria das vezes, respiram encarcerados em suas doutrinas, alentando tribunas e discussões.
Dizes que são os milionários; todavia, os milionários comumente sofrem responsabilidades sem conta, fiscalizando posses e haveres.
Dizes que são os comerciantes; contudo, os comerciantes muitas vezes, caminham absorvidos em suas transações, conjugando assuntos de compra e venda.
Tão pejados de compromissos vivem na Terra os governantes e os legisladores, os matemáticos e os intelectuais, os abastados e os negociantes, que serão todos eles categorizados sempre à conta de filantropos e heróis, benfeitores e apóstolos, toda vez que forem vistos nas faixas mais simples da caridade.
Lembra-te de Jesus, quando passou entre os homens cumprindo a Lei de Deus.
Em circunstância alguma formulou exigências e apelos aos titulados da Terra.
Em todos os lugares e em todos os serviços, irmanavam-se, Ele e o povo, na execução da solidariedade em nome do amor Divino.
Assim, pois, se lembramos Jesus com fidelidade, quem deve alimentar os famintos e agasalhar os nus, sossegar os aflitos e consolar os que choram, instruir os ignorantes e apoiar os desfalecentes, antes de qualquer cristão desmemoriado ou inibido, somos sempre nós mesmos.

Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

29.4.19

XLV – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO”


– ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER

O diálogo de Gúbio com Gregório desdobra-se no capítulo VIII, com o elevado Instrutor, em nome de Matilde, tentando sensibilizar o chefe dos “Dragões”, solicitando auxílio para libertar Margarida de insidioso processo obsessivo que a estava aniquilando.
Gúbio argumenta:
- Se ainda não consegues ouvir os recursos interpostos pela Lei do Cordeiro Divino que nos recomenda o amor recíproco e santificante, não te ensurdeças aos apelos do coração materno. Ajuda-nos a liberar Margarida, salvando-a da destrutiva perseguição. Não se faz imperioso o teu concurso pessoal. Bastar-nos-á tua indiferença, a fim de que nos orientemos com a precisa liberdade.
Meditemos sobre o grave pedido de intercessão... Como veremos adiante, Margarida estava sob o domínio de obsessores cruéis, que pretendiam fazer justiça pelas próprias mãos. Indispensável obter-se o perdão, ou, pelo menos, uma trégua de suas vítimas de outrora, para que ela pudesse se reerguer em espírito, colocando ponto final naquele drama de ódio que, sem dúvida, poderia arrastar-se por muito tempo.
*
Gúbio, em suas palavras, ousa dizer a Gregório:
- (...) Auxilia-nos a conservar aquela existência valiosa e frutífera. Ajudando-nos, quem sabe? Talvez pelos braços carinhosos da vítima de hoje poderias, tu mesmo, voltar ao banho lustral da experiência humana, renovando caminhos para glorioso futuro.
Ao que Gregório responde:
- Qualquer ideia de volta à carne me é intolerável!
*
Indispensável muita sensibilidade de espírito para compreender a narrativa de André Luiz, que, há muitos, é possível que soe algo fantasiosa...
Margarida, por certo, em termos psicológicos, e mesmo genéticos, talvez representasse, com o aval de Matilde, que lhe fora mãe no pretérito, uma das poucas possibilidades de renascimento para Gregório, que vinha relutando em cuidar da própria redenção, conservando-se na Dimensão Espiritual em que se aquartelara.
Notemos como, não raro, se torna complexa a tentativa de se desfazer determinados “nós cármicos”, notadamente quando os envolvidos não se mostram dispostos a perdoar...
*
Gúbio, porém, não desanima:
- Sabemos, grande sacerdote – continuou Gúbio, muito calmo –, que sem a tua permissão, em vista dos laços que Margarida criou com a tua mente, poderosa e ativa, ser-nos-ia difícil qualquer atividade libertadora. Promete-nos independência de ação! Não te pedimos sustar a sentença, nem pretendemos inocentar Margarida. Quem assume compromissos diante das Leis Eternas é obrigado a encará-los, de frente, agora ou mais tarde, para resgate justo. Rogar-te-íamos, contudo, adiamento na execução de teus propósitos. Concede à tua devedora um intervalo benéfico, em homenagem aos desvelos de tua mãe e, possivelmente, os dias se encarregarão de modificar este processo doloroso.
Emocionante, confesso!...
Volto a dizer que, sem o mínimo de sensibilidade e de compreensão da transcendência da Vida, difícil admitir-se a autenticidade de tão doloroso caso de obsessão...
Os espíritos, desde os que se situam nas faixas primárias da evolução aos que atingiram a sua plenitude, são os “agentes” das Leis Divinas – alguns se fazem duros executores da Justiça, e outros os ternos intérpretes do Amor!...
JESUS, sobre a Terra, foi o INTÉRPRETE DO AMOR DIVINO!...
Nisto se constitui o Bem e o mal, a luta milenar travada entre os Cordeiros e os Dragões!...
Você, querido/a internauta, consegue APREENDER isto?!...

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 29 de abril de 2019.

28.4.19

FUTURO DO ESPIRITISMO


O Espiritismo está chamado a desempenhar papel intenso sobre a Terra; será ele que reformará a legislação tão frequentemente contrária às leis divinas; será ele que retificará os erros da história; será ele que reconduzirá a religião do Cristo que, nas mãos dos líderes religiosos, se tornou um comércio e um vil tráfico; instituirá a verdadeira religião, a religião natural, a que parte do coração e vai direto a Deus, sem se deter nos cultos e rituais. Extinguirá para sempre o ateísmo e o materialismo, aos quais certos homens foram levados pelos abusos daqueles que se dizem os ministros de Deus, pregam a caridade com uma espada na mão, sacrificam à sua ambição, e ao espírito de dominação, os direitos mais sagrados da Humanidade.

Um Espírito
Recebida 15/04/1860 méd. Georges Genouillat

27.4.19

DIÁLOGO NO TEMPO


A Morte disse ao homem pensativo:
- Eu sou o teu futuro e nada mais,
Pois que, de mim, não fugirás jamais...
Inútil esse teu pranto convulsivo...

A cova é o teu destino inexpressivo...
Em vão, cultivas tolos ideais,
Que morrerão contigo nos umbrais,
Do nada a que ninguém escapa ao crivo...

Mas, a Vida responde ao homem triste:
- Companheiro, a morte não existe,
Haverás de viver eternamente...

Esquece essa falácia que retumba,
Serve e confia, que, além da tumba,
A noite é claro dia reluzente!...

Antero de Quental – Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 20 de abril de 2019).

26.4.19

Fonte de Vida


Quando todo o aprendizado que buscou for colocado em prática, serás fonte de vida.
Pois não há saber sem colocar as mãos na massa do Amor, da Paz, da Caridade, principalmente em favor dos menos favorecidos.
Leve a frente a tua vontade e determinação.
O teu saber não ocupa espaço, mas a tua vontade de mudar fará a diferença no mundo.
O amor está entre nós, utilize-o para te comunicar, mas acima de tudo para auxiliar.
Que Deus te ilumine.

Mensagem recebida pelo Grupo de Estudos de Psicografia da Fraternidade
Francisco de Assis

25.4.19

Frase


    Toda frase, no mundo da alma,  é semelhante a engenho de projeção suscitando imagens na câmara oculta do pensamento.
    Temos assim, frases e frases: duras como aço; violentas como fogo; suaves como brisa; reconfortantes como sol; mordentes quais lâminas; providenciais como bálsamos.
    Saibamos, desse modo, compor as nossas frases com as nossas melhores palavras, nascidas de nossos melhores sentimentos, porque toda peça verbal rende luz ou sombra, felicidade ou sofrimento, bem ou mal para aquele que lhe faz o lançamento na Criação.

Livro: O Ligeirinho - Francisco C Xavier - Emmanuel


24.4.19

Formas de ver


    Cada qual enxerga uma paisagem conforme os seus recursos ópticos.
    O daltônico vê as cores dentro de um prisma especial.
    O míope tem a visão deformada em torno da realidade.
    O presbitismo produz uma observação incorreta.
    Qualquer deficiência ou anomalia na aparelhagem ocular responde pela dificuldade visual.
    Não obstante, se o homem desconhece as formas, e desde o início adquiriu a capacidade de observar dentro das deficiências, não logra imaginar a riqueza de detalhes, os contornos, a abundância das cores que maravilham a vida.
    Uma partícula de dejeto sob a lente de um microscópio, faculta descobrir-se uma paisagem estelar.
*
    Uma gota de orvalho na corola de uma flor, faz-se delicado diamante sem engaste, a tremeluzir.
*
    Na área das observações morais, cada criatura tem a dimensão do fato de acordo com a óptica emocional e mental de que se utiliza.
    Não é estranhável, portanto, que se defrontem pessoas que somente enxergam imperfeições, erros e mazelas...
    Outras há que se capacitam a descobrir em qualquer fato, apenas o seu ponto negativo e infeliz...
    Algumas se caracterizam pela dúvida sistemática a respeito do caráter do próximo...
    São inúmeras as conotações feitas em torno das criaturas, como decorrência da projeção pessoal, emersão do eu interior que se torna a lente pela qual se fitam todos os acontecimentos.
*
    Consulta a consciência em todas as circunstâncias da tua vida.
    Não ajas sob os impactos da emoção, confundindo capricho com raciocínio correto.
*
    Passa os teus planos e projetos pelo crivo da autocrítica e informa-te de como gostarias que o outro agisse em relação a ti, caso fosses o agressor, o infeliz perturbador...
    Do mesmo modo, atua de consciência reta; no entanto, não te conturbes sob pontos de vista doentios, arrogantes, que te trarão dramas íntimos, agora ou mais tarde.
*
    Sejam os teus atos um reflexo da tua paz, que deves cultivar com os esforços de todo dia e os investimentos de toda hora.
*
    À frente de qualquer realização, conquista os que te buscam, pela bondade para com eles.
*
    Não deixes marcas negativas nos caminhos transitados ou nas pessoas que encontres, porquanto voltarás a defrontá-los.
*
    Luta contra as tuas más inclinações, para o teu próprio bem.
*
    Cada dia é um investimento novo da vida, de que terás que dar contas.
*
    Quem empreende uma tarefa deve escolher a meta e avançar por conquistá-la.
    Não para, não recua, não maldiz, não queixa.
    Consciente do que deve e se propõe fazer, sem tergiversações prossegue.
*
    Coloca as lentes do amor sobre as tuas deficiências e observarás a vida, as pessoas e as coisas sob angulação feliz, num prisma rico de belezas, que te ensejará mais produzir, quanto mais te devotares ao compromisso.

Livro: "Viver e amar" - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis

23.4.19

ESCOLHA DOS PROTEGIDOS


Questão 493 do Livro dos Espíritos

O Espírito protetor tem a liberdade de escolher seu protegido, entretanto, depois de tê-lo escolhido, tem o dever de o proteger dentro do padrão mencionado pela lei. Todos somos escravos da lei, pois ela nos assiste e nos dirige. As leis foram criadas por Deus, para que se estabeleça a harmonia no universo.
Alguns dos benfeitores espirituais dão preferência a assistir ao Espírito encarnado com o qual simpatizam; outros, que são poucos, não escolhem e deixam a cargo dos mestres siderais e, como Espíritos de luz, trabalham sem reclamar em todas as áreas aonde foram chamados a servir.
Se olhássemos com os olhos espirituais a vida que vivemos, ficaríamos espantados de ver tanta proteção em nosso favor, por variados Espíritos que nos assistem por amor á causa do bem comum.
O protetor com a incumbência de proteger alguém pode assistir outras pessoas; no entanto, o seu maior dever é com aquele a quem se entregou no compromisso de amparar. Eles têm a liberdade de optar, mas têm também de escolher o trabalho a ser realizado, e Deus, pelas mãos de Jesus, assiste todos na Terra e tudo que existe, na mais perfeita ordem. Quando somos conscientes dessa verdade, passamos a operar com mais consciência e boa vontade no sentido de tudo fazer certo.
O anjo-guardião, por ser um Espírito de formação moral superior, nos ama profundamente, mas tem todos os meios lícitos de nos educar sem violência, usando a lei de justiça que é, igualmente, o mesmo amor em outra faixa de vida.
Nós também, como Espíritos, já com certo conhecimento da verdade, temos nossos protetores. Essa é uma escala muito grande, de maneira que, ao apurarmos nossos sentimentos na pureza lirial do Mestre, tornamo-nos livres, de modo a saber como andar por nós mesmos, tendo como guia somente as leis que devemos respeitar, na dimensão em que vivemos. É nesse sentido que Jesus falou: - “Conhecereis a verdade e ela tornar-vos-á livres.” Estamos a caminho de conquistarmos essa liberdade espiritual.
Deves ter o maior respeito pelo teu protetor, que pode ter renunciado a certos direitos para empregar quase todo o seu tempo em te auxiliar, em te dar conselhos, direcionando-te para o bem universal, amparando-te mesmo antes de renasceres, acompanhando teu crescimento. Procurando ajudar à família, reúne os protetores do lar, trocando ideias sobre a harmonia da casa e sobre como consegui-la pelos seus moradores; e quando a família entende essa ajuda, abrem-se as portas para maior assistência espiritual. Eis porque insistimos na abertura do Culto do Evangelho no lar, de maneira a dar ambiente para os guias espirituais da casa aconselharem a todos mais diretamente. Muitos resultados têm sido registrados através do Evangelho em casa, com a colaboração da Doutrina dos Espíritos, ondeando luzes em todos os sentimentos e formando palpos em torno da casa, bem como em volta de todas as criaturas que começam a praticá-lo.
Mesmo que o Espírito protetor escolha uma missão engenhosa para desempenhar, ele tem momentos de alegrias, quando depara com seu tutelado pensando na melhoria interna e esforçando-se por modificar. Isso é motivo de festas espirituais para os anjos que protegem o lar. O Espiritismo vem mostrar o que se passa no mundo espiritual, de modo que os encarnados fiquem conscientes dessas verdades e tenham maior esperança, esforçando-se para melhorar moralmente.
Trabalhemos, pois, em todos os sentidos do bem comum, que esse bem, como sendo a caridade, nos salvará de muitos infortúnios que poderiam nos fazer sofrer.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

22.4.19

XLIV – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO”


– ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER

No capítulo ora em análise, Gregório prossegue em seu debate com Gúbio, tentando justificar a sua equivocada postura como necessária:
- Os filhos do Cordeiro poderão ajudar e resgatar a muitos. No entanto, milhões de criaturas, como sucede a mim mesmo, não pedem auxílio nem liberação. Afirma-se que não passamos de transviados morais. Seja. Seremos, então, criminosos, vigiando-nos uns aos outros.
A argumentação de Gregório pertence a um espírito astuto, e, semelhante a ele, e ainda em nível intelectual mais alto, existem muitos no Universo – espíritos que anseiam por tomar a justiça em suas mãos, alegando que os maus carecem de quem os punam sem complacência.
- Se é nosso destino joeirar o trigo do mundo, nossa peneira não se fará complacente.
Quando tem oportunidade de falar, Gúbio considera, com humildade:
- Grande sacerdote, eu sei que o Senhor Supremo nos aproveita em sua obra divina, segundo as nossas tendências e possibilidades de satisfazer-lhe os desígnios. (...) Respeito, assim, o teu poder, porque se a Sabedoria Celeste conhece a existência das folhas tenras das árvores, sabe também a razão de teu extenso domínio...
Que espírito será Gúbio que, anonimamente, desce às Trevas, para opor-se, em seu próprio terreno, a um de seus maiores líderes?!
Que cena maravilhosa de ver-se na tela cinematográfica, caso Hollywood pudesse reproduzi-la em todos os seus detalhes, tão bem retratados por André Luiz!
A impressão que nos fica é quase a mesma do Cristo diante de Pôncio Pilatos, ou de Paulo perante Agripa.
Agripa, magnetizado pela palavra do Campeão do Evangelho, escuta o rei a lhe dizer: “Por pouco me persuades a me fazer cristão”.
Gregório, envolvido pelas inspiradas palavra de Gúbio, sentencia: - Como pude escutar-te, calado, tanto tempo? (...) Os Dragões são os gênios conservadores do mundo físico e se esmeram em preservar a aglutinação dos elementos planetários.
Gúbio, com simplicidade, tornou a considerar:
- Ouso lembrar, todavia, que, se nos lançássemos todos a socorrer os miseráveis, a miséria se extinguiria; se educássemos os ignorantes, a treva não teria razão de ser; se amparássemos os delinquentes, oferecendo-lhes estímulos à luta regenerativa, o crime seria varrido da face da Terra.
Neste instante, praticamente vencido pelos lógicos argumentos de Gúbio, Gregório, fazendo vibrar uma campainha, gritou colérico:
- Cala-te! Insolente! Sabes que te posso punir!...
Impressionante a resposta de Gúbio:
- Sim (...), suponho conhecer a extensão de tuas possibilidades. Eu e meus companheiros, à leve ordem de tua boca, podemos receber prisão e tortura...
E aqui estacamos, a fim de indagar de nossos irmãos e irmãs internautas:
- Que tipo de prisão e tortura, Gúbio, André e Elói poderiam sofrer?! Não estavam eles em seu corpo espiritual?! Não permaneciam ali, naquela região trevosa, à feição de “agêneres”?! (Vide “Revista Espírita”, Fevereiro de 1859, e, igualmente, “Por Amor ao Ideal”, de Inácio Ferreira – indicamos ainda aos nossos leitores o livro “O Rosário de Coral”, de Dr. A. Wylm, este último editado pela FEB)
- Afinal, um espírito materializado, ou em estado de desdobramento, pode ser ferido?! Pode ser preso?! Torturado?!...
A discussão está lançada.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 22 de abril de 2019.

21.4.19

Renascimento de Jesus


Neste instante, onde se relembra a ressurreição do Cristo Jesus, pergunto a todos sem demora: Cristo nasceu, de fato, em você ou é apenas uma mensagem de retórica?
Eu sei que os prazeres do mundo são diversos. Eu sei que você trabalha a semana inteira e tem muitas preocupações. Eu sei que o aluguel está atrasado, a conta de luz por vencer e muito para se fazer no dia a dia, mas hoje é Sábado de Aleluia.
O que fazer para se preparar diante do renascimento do Cristo em nossas vidas?
A sua ressurreição, o seu retorno, meu irmão, não deve simplesmente ser da boca para fora numa exclamação mecânica, sem coração, de “Feliz Páscoa!”, cumprindo apenas uma exigência social.
Jesus veio para nos libertar de nós mesmos, da prisão em que estamos encarcerados há milênios e que não nos damos conta.
Jesus renasce para nos dizer que está conosco até o último dos dias porque acredita em todos nós.
Jesus pede licença para participar da sua vida, em ser alguém que você possa confiar as suas dores mais profundas e aliviá-las para sempre.
Ele não veio para te cobrar nada. Ele veio para te dar tudo.
Dar esperança.
Dar amor.
Dar fé e destemor.
Dar salvação.
Dar a si mesmo.
Em vão encontrarás Jesus pregado à cruz nos dias de hoje. Ele não está mais lá. Ele está a trabalhar, dia e noite, para ver esse mundo melhor e mais justo.
Jesus desceu da cruz e abre os braços para todos os pobres do corpo, mas principalmente no espírito.
Nesse sábado que anuncia o dia glorioso da ressurreição, permita que Jesus adentre o seu lar e, sobretudo, o seu coração.
Se não for por esta razão, se não for por esta finalidade, por que abraçar a Jesus?
Jesus quer você agora ao seu lado para junto com ele poder fazer as transformações que a humanidade anseia.
Seja você artífice da Boa Nova entre os homens.
Glória, glória, aleluia!
Juntemos as nossas forças por dias melhores.
Estejamos unidos para varrer do mundo toda incompreensão e injustiça.
Desejemos a boa sorte de uma vida melhor uns com os outros e repartamos urgentemente o nosso pão.
Jesus chegou, saiu da cruz e pede que com ele façamos valer as boas-aventuranças pregadas por ele há dois mil anos e esquecidas nos versos bíblicos.
Jesus está aqui e agora ao nosso lado. Ele vive! Ele ressurgiu dos mortos para que possamos também termos vida em abundância, vida eterna.
Vem! Abraça Jesus e constrói, a partir de ti, o Reino de Deus.
Esta é a Páscoa libertadora de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amém!

Helder Camara – Blog Novas Utopias

20.4.19

BREVE PASSA


A Vida continua não somente
Para quem deixa o corpo e segue além,
Em busca de outro norte, que sustém
A luz da Vida acesa eternamente...

Ela também prossegue para quem
Enfrenta qualquer luta, consequente
Dessa ou daquela prova, que, inclemente,
Contra ele, na Terra, sobrevém...

Assim, não desanimes no caminho,
Que ao juncar-se, por vez, de tanto espinho,
Os teus pés dilaceram na jornada...

Não olvides na cruz que ora te abraça,
Que toda dor que surge breve passa,
Como a noite ao chegar a madrugada!...

Eurícledes Formiga

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 13 de abril de 2019, em Uberaba – MG).

19.4.19

Mediunidade / Espiritismo


Retomamos a via publica.
Mal recomeçávamos a avançar, quando passou por nós uma ambulância, em marcha vagarosa, sirenando forte para abrir caminho.
À frente, ao lado do condutor, sentava-se um homem de grisalhos cabelos a lhe emoldurarem a fisionomia simpática e preocupada. Junto dele, porém, abraçando-o com naturalidade e doçura, uma entidade em roupagem lirial lhe envolvia a cabeça em suaves e calmantes irradiações de prateada luz.
- Oh! - inquiriu Hilário, curioso - quem será aquele homem tão bem acompanhado?
Áulus sorriu e esclareceu:
- Nem tudo é energia viciada no caminho comum. Deve ser um médico em alguma tarefa salvacionista.
- Mas, é espírita?
- Com todo o respeito que devemos ao Espiritismo, é imperioso lembrar que a Bênção do Senhor pode descer sobre qualquer expressão religiosa - afirmou o orientador com expressivo olhar de tolerância. - Deve ser, antes de tudo, um profissional humanitário e generoso que por seus hábitos de ajudar ao próximo se fez credor do auxílio que recebe. Não lhe bastariam os títulos de espírita e de médico para reter a influência benéfica de que se faz acompanhar. Para acomodar-se tão harmoniosamente com a entidade que o assiste, precisa possuir uma boa consciência e um coração que irradie paz e fraternidade.
- Contudo, podemos qualifica-lo como médium? - perguntou meu companheiro algo desapontado.
- Como não? - respondeu Áulus, convicto.
- É médium de abençoados valores humanos, mormente no socorro aos enfermos, no qual incorpora as correntes mentais dos gênios do bem, consagrados ao amor pelos sofredores da Terra.
E, com significativa inflexão de voz, acrescentou:
- Como vemos, influências do bem ou do mal, na esfera evolutiva em que nos achamos, se estendem por todos os lados e por todos os lados registramos a presença de faculdades medianímicas, que as assimilam, segundo a direção feliz ou infeliz, correta ou indigna em que cada mente se localiza. Estudando, assim, a mediunidade, nos santuários do Espiritismo com Jesus, observamos uma força realmente peculiar a todos os seres, de utilidade geral, se sob uma orientação capaz de discipliná-la e conduzi-la para o máximo aproveitamento no bem. Recordemos a eletricidade que, pouco a pouco, vai transformando a face do mundo. Não basta ser dono de poderosa cachoeira, com o potencial de milhões de cavalos-vapor. É preciso instalar, junto dela, a inteligência da usina para controlar-lhe os recursos, dinamizá-los e distribuí-los, conforme as necessidades de cada um... Sem isso, a queda dágua será sempre um quadro vivo de beleza fenomênica, com irremediável desperdício.
O tempo, contudo, não nos permitia maior delonga na conversação e rumamos, desse modo, para um agrupamento em que os nossos estudos da véspera encontrariam o necessário prosseguimento.

  Livro: "Nos Domínios da Mediunidade"   Psicografia: Francisco Candido Xavier.  Pelo espírito: André Luiz.

FORÇAS VICIADAS

Caía a noite...
Após o dia quente, a multidão desfilava na via pública, evidentemente buscando o ar fresco.
Dirigimo-nos a outro templo espírita, em companhia de Áulus, segundo o nosso plano de trabalho, quando tivemos nossa atenção voltada para enorme gritaria.
Dois guardas arrastavam, de restaurante barato, um homem maduro em deploráveis condições de embriaguez.
O mísero esperneava e proferia palavras rudes, protestando, protestando...
- Observem o nosso infeliz irmão! - determinou o orientador.
E porque não havia muito tempo entre a porta ruidosa e o carro policial, pusemo-nos em observação.
Achava-se o pobre amigo abraçado por uma entidade da sombra, qual se um polvo estranho o absorvesse.
Num átino, reparamos que a bebedeira alcançava os dois, porquanto se justapunham completamente um ao outro, exibindo as mesmas perturbações.
Em breves instantes, o veículo buzinou com pressa e não nos foi possível dilatar anotações.
- O quadro daria ensejo a valiosos apontamentos...
Ante a alegação de Hilário, o Assistente considerou que dispúnhamos de tempo bastante para a colheita de alguns registros interessantes e convidou-nos a entrar.
A casa de pasto regurgitava...
Muita alegria, muita gente.
Lá dentro, certo recolheríamos material adequado a expressivas lições.
Transpusemos a entrada.
As emanações do ambiente produziam em nós indefinível mal-estar.
Junto de fumantes e bebedores inveterados, criaturas desencarnadas de triste feição se demoravam expectantes.
Algumas sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos pulmões que as expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento. Outras aspiravam o hálito de alcoólatras impenitentes.
Indicando-nos, informou o orientador:
- Muitos de nossos irmãos, que já se desvencilharam do vaso carnal, se apegam com tamanho desvario às sensações da experiência física, que se cosem àqueles nossos amigos terrestres temporariamente desequilibrados nos desagradáveis costumes por que se deixam influenciar.
- Mas por que mergulhar, dessa forma, em prazeres dessa espécie?
- Hilário - disse o Assistente, bondoso -, o que a vida começou, a morte continua... Esses nossos companheiros situaram a mente nos apetites mais baixos do mundo, alimentando-se com um tipo de emoções que os localiza na vizinhança da animalidade. Não obstante haverem frequentado santuários religiosos, não se preocuparam em atender aos princípios da fé que abraçaram, acreditando que a existência devia ser para eles o culto de satisfações menos dignas, com a exaltação dos mais astuciosos e dos mais fortes. O chamamento da morte encontrou-os na esfera de impressões delituosas e escuras e, como é da Lei que cada alma receba da vida de conformidade com aquilo que dá, não encontram interesse se não nos lugares onde podem nutrir as ilusões que lhes são peculiares, porquanto, na posição em que se veem, temem a verdade e abominam-na, procedendo como a coruja que foge à luz.
Meu colega fez um gesto de piedade e indagou:
-          Entretanto, como se transformarão?
-          Chegará o dia em que a própria Natureza lhes esvaziará o cálice - respondeu Áulus, convicto. - Há mil processos de reajuste, no Universo Infinito em que se cumprem os Desígnios do Senhor, chamam-se eles aflição, desencanto, cansaço, tédio, sofrimento, cárcere...
-Contudo - ponderei -, tudo indica que esses Espíritos infortunados não se enfastiarão tão cedo da loucura em que se comprazem...
- Concordo plenamente - redarguiu o instrutor -, todavia, quando não se fatiguem, a Lei poderá conduzi-los a prisão regeneradora.
- Como?
A pergunta de Hilário ecoou, cristalina, e o Assistente deu-se pressa em explicar:
- Há dolorosas reencarnações que significam tremenda luta expiatória para as almas necrosadas no vício. Temos, por exemplo, o mongolismo, a hidrocefalia, a paralisia, a cegueira, a epilepsia secundária, o idiotismo, o aleijão de nascença e muitos outros recursos, angustiosos embora, mas necessários, e que podem funcionar, em benefício da mente desequilibrada, desde o berço, em plena fase infantil. Na maioria das vezes, semelhantes processos de cura prodigalizam bons resultados pelas provações obrigatórias que oferecem...
- No entanto - comentei -, e se os nossos irmãos encarnados, visivelmente confiados à devassidão, resolvessem reconsiderar o próprio caminho?!... se voltassem à regularidade, através da renovação mental com alicerces no bem?!...
- Ah! Isso seria ganhar tempo, recuperando a si mesmos e amparando com segurança os amigos desencarnados... Usando a alavanca da vontade, atingimos a realização de verdadeiros milagres... Entretanto, para isso, precisariam despender esforço heróico.
Observando os beberrões, cujas taças eram partilhadas pelos sócios que lhes eram invisíveis, Hilário recordou:
- Ontem, visitamos um templo, em que desencarnados sofredores se exprimiam por intermédio de criaturas necessitadas de auxílio, e ali estudamos algo sobre mediunidade... Aqui, vemos entidades viciosas valendo-se de pessoas que com elas se afinam numa perfeita comunhão de forças inferiores... Aqui, tanto quanto lá, seria lícito ver a mediunidade em ação?
- Sem qualquer dúvida - confirmou o orientador -; recursos psíquicos, nesse ou naquele grau de desenvolvimento, são peculiares a todos, tanto quanto o poder de locomoção ou a faculdade de respirar, constituindo forças que o Espírito encarnado ou desencarnado pode empregar no bem ou no mal de si mesmo. Ser médium não quer dizer que a alma esteja agraciada por privilégios ou conquistas feitas. Muitas vezes, é possível encontrar pessoas altamente favorecidas com o dom da mediunidade, mas dominadas, subjugadas por entidades sombrias ou delinquentes, com a s quais se afinam de modo perfeito, servindo ao escândalo e à perturbação, em vez de cooperarem na extensão do bem. Por isso é que não basta a mediunidade para a concretização dos serviços que nos competem. Precisamos da Doutrina do Espiritismo, do Cristianismo Puro, a fim de controlar a energia medianímica, de maneira a mobilizá-la em favor da sublimação espiritual na fé religiosa, tanto quanto disciplinamos a eletricidade, a benefício do conforto na Civilização.
Nisso, Áulus relanceou o olhar pelos aposentos reservados mais próximos, qual se já os conhecesse, e, fixando certa porta, convidou-nos a atravessá-la.
Seguimo-lo, ombro a ombro.
Em mesa lautamente provida com fino conhaque, um rapaz, fumando com volúpia e sob o domínio de uma entidade digna de compaixão pelo aspecto repelente em que se mostrava, escrevia, escrevia, escrevia...
- Estudemos - recomendou o orientador.
O cérebro do moço embebia-se em substância escura e pastosa eu escorria das mãos do triste companheiro que o enlaçava.
A dupla em trabalho não nos registrou a presença.
- Neste instante - anunciou Áulus, atencioso -, nosso irmão desconhecido é hábil médium psicógrafo. Tem as células do pensamento integralmente controladas pelo infeliz cultivador de crueldade sob a nossa vista. Imanta-se-lhe à imaginação e lhe assimila as ideias, atendendo-lhe aos propósitos escusos, através dos princípios da indução magnética, de vez que o rapaz, desejando produzir páginas escabrosas, encontrou quem lhe fortaleça a mente e o ajude nesse mister.
Imprimindo à voz significativa expressão, ajuntou:
- Encontramos sempre o que procuramos ser.
Finda a breve pausa que nos compeliu à reflexão, Hilário recomeçou:
- Todavia, será ele um médium na acepção real do termo? Será pela ativa em agrupamento espírita comum?
- Não. Não está sob qualquer disciplina espiritualizante. É um moço de inteligência vivaz, sem maior experiência da vida, manejado por entidades perturbadoras.
Após inclinar-se alguns momentos sobre os dois, o instrutor elucidou com benevolência:
- Entre as excitações do álcool e do fumo que saboreiam juntos, pretendem provocar uma reportagem perniciosa, envolvendo uma família em duras aflições. Houve um homicídio, a cuja margem aparece a influência de certa jovem, aliada às múltiplas causas em que se formou o deplorável acontecimento. O rapaz que observamos, amigo de operoso lidador da imprensa, é de si mesmo dado à malícia e, com a antena mental ligada para os ângulos mais desagradáveis do problema, ao atender um pedido de colaboração do cronista que lhe é companheiro, encontrou, no caso de que hoje se encarrega, o concurso de ferrenho e viciado perseguidor da menina em foco, interessado em exagerar-lhe a participação na ocorrência, com o fim de martelar-lhe a mente apreensiva e arrojá-la aos abusos da mocidade...
- Mas como? - indagou Hilário, espantadiço.
- O jornalista, de pose do comentário calunioso, será o veículo de informações tendenciosas ao público. A moça ver-se-á, de um instante para outro, exposta às mais desapiedadas apreciações, e decerto se perturbará, sobremaneira, de vez que não se acumpliciou com o mal, na forma em que se lhe define a colaboração no crime. O obsessor, usando calculadamente o rapaz com quem se afina, pretende alcançar o noticiário de sensação, para deprimir a vida moral dela e, com isso, amolecer-lhe o caráter, trazendo-a, se possível, ao charco vicioso em que ele jaz.
- E conseguirá? - insistiu meu colega, assombrado.
- Quem sabe?
E, algo triste, o orientador acrescentou:
- Naturalmente a jovem teria escolhido o gênero de provações que atravessa, dispondo-se a lutar, com valor, contra as tentações.
- E se não puder combater com força precisa?
- Será mais justo dizer "se não quiser" porque a Lei não nos confia problemas de trabalho superiores à nossa capacidade de solução. Assim, pois, caso não delibere guerrear a influência destrutiva, demorar-se-á por muito tempo nas perturbações a que já se encontra ligada em princípio.
- Tudo isso por quê?
A pergunta de Hilário pairou no ar por aflitiva interrogação, todavia, Áulus asserenou-nos o ânimo, elucidando:
- Indubitavelmente, a jovem e o infeliz que a persegue estão unidos um ao outro, desde muito tempo... Terão estado juntos nas regiões inferiores da vida espiritual, antes da reencarnação com que a menina presentemente vem sendo beneficiada. Reencontrando-a na experiência física, de cujas vantagens ainda não partilha, o desventurado companheiro tenta incliná-la, de novo, à desordem emotiva, com o objetivo de explorá-la em atuação vampirizante.
Áulus fez ligeiro intervalo, sorriu melancólico e acentuou:
- Entretanto, falar nisso seria abrir as páginas comoventes de enorme romance, desviando-nos do fim que nos propomos atingir. Detenhamo-nos na mediunidade.
Buscando aliviar a atmosfera de indagações que Hilário sempre condensava em torno de si mesmo, ponderei:
- O quadro sob nossa análise induz à meditação nos fenômenos gerais de intercâmbio em que a Humanidade total se envolve sem perceber...
- Ah! Sim! - concordou o orientador - faculdades medianímicas e cooperação do mundo espiritual surgem por toda parte. Onde há correntes mentais existe associação. E toda associação é interdependência e influenciação recíproca. Daí concluímos quanto à necessidade de vida nobre, a fim de atrairmos pensamentos que nos enobreçam. Trabalho digno, bondade, compreensão fraterna, serviço aos semelhantes, respeito à Natureza e oração constituem os meios mais puros de assimilar os princípios superiores da vida, porque damos e recebemos, em espírito, no plano das ideias, segundo leis universais que não conseguiremos iludir.
Em silencioso gesto com que nos recordava o dever a cumprir, o Assistente convidou-nos à retirada.

  Livro: "Nos Domínios da Mediunidade"   Psicografia: Francisco Candido Xavier.  Pelo espírito: André Luiz.

17.4.19

DEDICAÇÃO


Questão 492 do Livro dos Espíritos

O Espírito protetor, ou anjo-guardião, tem uma dedicação extremosa para com aquele que é seu protegido. Conhece-lhe as dificuldades e sabe muito bem das suas fraquezas; sente como pai as suas necessidades, mesmo as físicas, e sabe, como protetor, tolerar suas deficiências; no entanto, ele não perde oportunidade de o aconselhar, como se fosse a consciência, para melhorar cada vez mais sua conduta espiritual ante a vida.
Dedicação não quer dizer apoio em tudo. A paternidade espiritual é porta para a escola, onde o aprendiz é envolvido na fraternidade, mas, quando preciso, recebe a energia que educa. O protetor está mais ocupado com o seu protegido em educá-lo, porque a instrução vem como conseqüência espiritual, O educado sempre procura a instrução, como sendo o conforto e a luz do seu caminho.
O Espírito protetor acompanha seu tutelado desde o nascimento até a desencarnação e, em muitos casos, continua acompanhando-o no mundo dos Espíritos. Há muitos casos em que o Espírito guardião serve de amparo ao seu protegido por muitas reencarnações, e sente no coração a glória das suas vitórias. Ele abraça seu protegido e lhe infunde energias que o amor fornece, como sendo a vitória de Jesus reunindo ovelhas para o grande rebanho da fraternidade.
Há casos, ainda que raros, em que o anjo-guardião toma um corpo físico para ser mãe ou pai do seu tutelado, para lhe levantar o ânimo nas lutas indispensáveis e nas provas por que deve passar, colocando outro em seu lugar, no mundo espiritual, trabalhando em conjunto para a salvação do seu filho do coração. É a renúncia que salva, é a caridade verdadeira vestindo-se de carne, no sentido de ambientar seu tutelado no bem que nunca morre, em nome d’Aquele que é a Luz do mundo.
Quando o tutelado reconhece o esforço grandioso do seu protetor para o encaminhar no bem, chora no seu calor de pai, e faz todos os esforços para corresponder ao amor que recebe do coração que o ama sem exigir. Quando o apóstolo João fala que Deus é amor, compreendemos de imediato a essência dessa virtude sem par, e se nós já sentimos alguma coisa dessa virtude, devemos trabalhar para purificá-la cada vez mais, em todos os sentidos.
A vida, sendo lei de Deus, que verte d’Ele, não exige que despertemos de imediato para o amor na pureza total que somente os Espíritos puros podem viver, mas, nos mostra que podemos nos esforçar todos os dias para melhorar, elevando o nosso amor em direção às culminâncias da própria vida em Cristo.
Se alguém dedica o tempo para nos ajudar, porque não fazermos o mesmo, ajudando aos que se encontram na nossa retaguarda? Façamos o mesmo; doemos o que recebemos por amor, ajudemos a alguém a compreender melhor a paternidade universal, a amar a Jesus, a procurar entender a caridade, sem esquecer o perdão. Se somos rodeados por vários Espíritos de luz, eles ficarão alegres com esse trabalho, e são testemunhas de que estamos nos esforçando em procura da luz. Dá o primeiro passo na descoberta de ti mesmo, que a ajuda não tardará, vinda de todos os lados. Dedica-te ao bem, que a dedicação do Bem Maior virá em tua procura; tal é a lei.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

16.4.19

NO GRANDE MINUTO


Questão 646 de "O Livro dos Espíritos"

No grande minuto da experiência, disseste, desapontado:
-  Só vejo o mal pelo bem.
-  Não posso mais.
-  Fracassei.
  Agora é parar com tudo.
-    Fiz o possível.
-    Não me fales mais nisso.
-    Estou farto.
-  Muito difícil.
-  Em tudo é desilusão.
-  Sofri que chega.
-  Continue quem quiser.
-  Ninguém me ajuda.
-  Deixa-  me em paz.
-  Estou vencido.
-  Não quero complicações.
-  É problema dos outros.
-  Não sou santo.
-  Desisti.
-  Basta de lutas.
Entretanto, sombra vencida é porta de luz maior.
Se os amigos fugiram, continua fiel ao bem.
Se tudo é aflição em torno, não desanimes.
Se alguém te calunia, responde sempre fazendo o melhor que possas.
Se caíste, levanta- te renovado e corrige a ti mesmo.
Não existe merecimento naquilo que nada custa.
Todos nós aprendemos e trabalhamos, dias e dias, e, às vezes, por muitos anos, para vencer nesse ou naquele grande momento chamado "crise".
É a vitória na crise que nos confere mais ampla capacidade.
Se pedes roteiro para mirar, recorda o Cristo, na derrota aparente.
Humilhado e batido, supliciado e crucificado, torna ao mundo, em Espírito, sem que ninguém lhe requeira a volta.
E, materializando-  se, divino, entre os mesmos companheiros que o haviam abandonado, longe de referir-  se aos remoques e tormentos da véspera, recomeça o trabalho, dizendo simplesmente:
-  "A paz seja convosco."

Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

NO GRANDE MINUTO


Questão 646 de "O Livro dos Espíritos"

No grande minuto da experiência, disseste, desapontado:
-  Só vejo o mal pelo bem.
-  Não posso mais.
-  Fracassei.
  Agora é parar com tudo.
-    Fiz o possível.
-    Não me fales mais nisso.
-    Estou farto.
-  Muito difícil.
-  Em tudo é desilusão.
-  Sofri que chega.
-  Continue quem quiser.
-  Ninguém me ajuda.
-  Deixa-  me em paz.
-  Estou vencido.
-  Não quero complicações.
-  É problema dos outros.
-  Não sou santo.
-  Desisti.
-  Basta de lutas.
Entretanto, sombra vencida é porta de luz maior.
Se os amigos fugiram, continua fiel ao bem.
Se tudo é aflição em torno, não desanimes.
Se alguém te calunia, responde sempre fazendo o melhor que possas.
Se caíste, levanta- te renovado e corrige a ti mesmo.
Não existe merecimento naquilo que nada custa.
Todos nós aprendemos e trabalhamos, dias e dias, e, às vezes, por muitos anos, para vencer nesse ou naquele grande momento chamado "crise".
É a vitória na crise que nos confere mais ampla capacidade.
Se pedes roteiro para mirar, recorda o Cristo, na derrota aparente.
Humilhado e batido, supliciado e crucificado, torna ao mundo, em Espírito, sem que ninguém lhe requeira a volta.
E, materializando-  se, divino, entre os mesmos companheiros que o haviam abandonado, longe de referir-  se aos remoques e tormentos da véspera, recomeça o trabalho, dizendo simplesmente:
-  "A paz seja convosco."

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NO GRANDE MINUTO


Questão 646 de "O Livro dos Espíritos"

No grande minuto da experiência, disseste, desapontado:
-  Só vejo o mal pelo bem.
-  Não posso mais.
-  Fracassei.
  Agora é parar com tudo.
-    Fiz o possível.
-    Não me fales mais nisso.
-    Estou farto.
-  Muito difícil.
-  Em tudo é desilusão.
-  Sofri que chega.
-  Continue quem quiser.
-  Ninguém me ajuda.
-  Deixa-  me em paz.
-  Estou vencido.
-  Não quero complicações.
-  É problema dos outros.
-  Não sou santo.
-  Desisti.
-  Basta de lutas.
Entretanto, sombra vencida é porta de luz maior.
Se os amigos fugiram, continua fiel ao bem.
Se tudo é aflição em torno, não desanimes.
Se alguém te calunia, responde sempre fazendo o melhor que possas.
Se caíste, levanta- te renovado e corrige a ti mesmo.
Não existe merecimento naquilo que nada custa.
Todos nós aprendemos e trabalhamos, dias e dias, e, às vezes, por muitos anos, para vencer nesse ou naquele grande momento chamado "crise".
É a vitória na crise que nos confere mais ampla capacidade.
Se pedes roteiro para mirar, recorda o Cristo, na derrota aparente.
Humilhado e batido, supliciado e crucificado, torna ao mundo, em Espírito, sem que ninguém lhe requeira a volta.
E, materializando-  se, divino, entre os mesmos companheiros que o haviam abandonado, longe de referir-  se aos remoques e tormentos da véspera, recomeça o trabalho, dizendo simplesmente:
-  "A paz seja convosco."

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NO GRANDE MINUTO


Questão 646 de "O Livro dos Espíritos"

No grande minuto da experiência, disseste, desapontado:
-  Só vejo o mal pelo bem.
-  Não posso mais.
-  Fracassei.
  Agora é parar com tudo.
-    Fiz o possível.
-    Não me fales mais nisso.
-    Estou farto.
-  Muito difícil.
-  Em tudo é desilusão.
-  Sofri que chega.
-  Continue quem quiser.
-  Ninguém me ajuda.
-  Deixa-  me em paz.
-  Estou vencido.
-  Não quero complicações.
-  É problema dos outros.
-  Não sou santo.
-  Desisti.
-  Basta de lutas.
Entretanto, sombra vencida é porta de luz maior.
Se os amigos fugiram, continua fiel ao bem.
Se tudo é aflição em torno, não desanimes.
Se alguém te calunia, responde sempre fazendo o melhor que possas.
Se caíste, levanta- te renovado e corrige a ti mesmo.
Não existe merecimento naquilo que nada custa.
Todos nós aprendemos e trabalhamos, dias e dias, e, às vezes, por muitos anos, para vencer nesse ou naquele grande momento chamado "crise".
É a vitória na crise que nos confere mais ampla capacidade.
Se pedes roteiro para mirar, recorda o Cristo, na derrota aparente.
Humilhado e batido, supliciado e crucificado, torna ao mundo, em Espírito, sem que ninguém lhe requeira a volta.
E, materializando-  se, divino, entre os mesmos companheiros que o haviam abandonado, longe de referir-  se aos remoques e tormentos da véspera, recomeça o trabalho, dizendo simplesmente:
-  "A paz seja convosco."

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