30.6.17

COLONIALISMO CULTURAL

     "Aqui no Brasil, por exemplo, os colonizadores, por certo, não tiveram o menor remorso de sufocar as línguas  indígenas.
     Convencidos da própria superioridade, podiam praticar o etnocídio livremente. Mas as coisas mudaram e  hoje em dia, pelo menos em tese, acredita-se na igualdade.
     O processo da colonização moderna é em geral bem mais sutil. A língua do dominador vai-se infiltrando, insidiosa e poderosamente, pelo cinema, pelo rádio, pela TV, vídeo-clips, vídeo-games, etc ..."
     "O que é o Esperanto", Página 16, Editora Brasiliense, publicado em 1986, Izabel Cristina Oliveira Santiago.

ALTERNATIVA AO IMPERIALISMO
     Esperanto é um instrumento que não representa o imperialismo político, econômico e cultural de um país sobre outro, nem privilegia um determinado povo em prejuízo do resto do mundo. O propósito dos que falam a Língua Internacional - os esperantistas - é buscar a comunicação fácil, dinâmica, inteligível, preservando a cultura e soberania de cada país, de modo a unir as pessoas em direção a uma sociedade mais democrática, livre das barreiras linguísticas que isolam os povos.
     Anualmente, é realizado um Congresso Mundial onde cerca de 3 mil pessoas, todas falando o Esperanto, se reúnem para tratar dos mais variados assuntos.

     Cada língua étnica está ligada a uma cultura e a uma nação definida. Por exemplo, aquele que estuda o inglês  aprende a respeito da cultura, da geografia e da política  dos países de língua inglesa, principalmente os Estados  Unidos e a Inglaterra. Aquele que estuda Esperanto aprende a respeito de um mundo sem fronteiras, em que cada país se apresenta como se fosse o seu próprio. As viagens internacionais tornam-se mais proveitosas para aqueles que falam o Esperanto. Quem fala o Esperanto não se vê limitado a conversar somente com guias. Se, antecipadamente escrever a um esperantista da cidade que vai visitar, pode estar certo de que receberá toda a ajuda possível. Encontrará pessoas que não são estrangeiras porque a língua delas é a sua língua: o Esperanto.

29.6.17

DURANTE O SONO

Questão 401 do Livro dos Espíritos

Durante o sono do corpo, o Espírito fica mais livre. Com o corpo em descanso, afrouxam-se os laços e a alma sai para o espaço. A Terra é apenas o duplo das coisas espirituais. Convém pensar nisso e procurar entender as coisas do Espírito. O Espírito não fica inativo; ele busca a liberdade parcial, pelo sono, pois é nessas saídas que encontramos com mais facilidade os nossos companheiros fora da carne e travamos conversações com eles acerca dos assuntos que nos convém falar e ouvir.
O corpo precisa de descanso, e os seus órgãos se recompõem com as energias auridas pelo Espírito no mundo espiritual, de forma que no dia seguinte está com mais alegria e ânimo para a labuta que corresponde ao seu dever. Para os espíritas, o sono mostra muitas revelações, como também esconde algumas, mas para os leigos no assunto, encontramos o “véu de Isis” empanando a verdade. Sonhar é sair do corpo por instantes, onde a alma vai, aqui e ali, buscando os fluidos divinos para manutenção do seu aparelho físico.
Enquanto o corpo descansa, a alma trabalha; enquanto o corpo trabalha, a alma trabalha. O Espírito é ativo onde quer que seja. Ele descansa trocando de labor, não obstante, quando o Espírito se encontra desencarnado, e não tem certa evolução moral, ele precisa, igualmente, de descanso, em um estado semelhante ao sono dos homens, e também sonham, buscando novas energias para os seus vários corpos espirituais.
A vida é cheia de mistérios, que vão se desvendando de acordo com o crescimento da alma. Ela é cheia de encantos, que somente o amor pode alcançar, porque o amor puro é ciência e sabedoria. O Espírito, durante o sono, fica preso por um cordão fluídico, pelo qual as energias superiores descem para reabastecer o campo fisiológico. Nada fica inativo no mundo; Deus é movimento e a Sua criação divina não pára. A alma pode repousar durante o sono, mas é em outra dimensão que possivelmente ainda não se compreende. A faixa de vida é outra. Mesmo na Terra, o Espírito encarnado, com certa elevação espiritual, pode descansar sem dormir. É o que fazem certos mestres, que aprimoraram o sistema de descanso, ou relax espiritual. Quem não se libertou do ódio, do orgulho, do egoísmo e de outras inferioridades na faixa das paixões humanas, mesmo dormindo por oito horas não consegue o devido descanso. As energias são queimadas pelas inferioridades do Espírito.
Procuremos não deixar crescer na mente as sementes do mal, se não queremos sofrer duras conseqüências. O atavismo não é mais para os espíritas. O Evangelho já os chamou para outra vida, a vida de fraternidade, e Jesus nos mostra o caminho da paz interna, aquela em que o coração brilha com a luz do bem, na feição da caridade bem conduzida.
Que cada um aprimore seus sonhos, com leituras edificantes, com pensamentos sadios e com conversações elevadas, porque somente nesse esforço operante é que aparece a nossa libertação espiritual, visto que, durante o sono, podemos sentir e ver a grande esperança.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

28.6.17

AMOR - Perdão II

         334 –Antes de perdoarmos a alguém, é conveniente o esclarecimento do erro?
         -Quem perdoa sinceramente, fá-lo sem condições e olvida a falta no mais íntimo do coração; todavia, a boa palavra é sempre útil e a ponderação fraterna é sempre um elemento de luz, clarificando o caminho das almas.
         335 –Quando alguém perdoa, deverá mostrar a superioridade de seus sentimentos para que o culpado seja levado a arrepender-se da falta cometida?
         -O perdão sincero é filho espontâneo do amor e, como tal, não exige reconhecimento de qualquer natureza.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

27.6.17

COMO VOCÊ INTERPRETA – XIV

No capítulo 26 – Novas Perspectivas –, de “Nosso Lar”, André relata o seu encontro com o Ministro Genésio, ao qual, em estudos anteriores, tivemos oportunidade de nos referir. Vocês estão lembrados, daquele “velhinho simpático, cujo semblante revelava, entretanto, singular energia”?! Cremos que sim, não é?! Foi quando, na oportunidade, fizemos menção à idade com que o espírito se apresenta depois da morte do corpo físico – à sua fisionomia, altura, cor de pele, etc.
O capítulo 26 da referida obra marca a determinação do grande cientista Dr. Carlos Chagas, que adotou o pseudônimo de André Luiz, em homenagem ao irmão de Chico Xavier.
Contemos, rapidamente, o caso.
O Dr. Carlos Chagas, conduzido por Emmanuel, foi levada até à cidade de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, para ser apresentado ao Médium Chico Xavier, através do qual, se possível, ele passaria a escrever.
Amigos de Chico contam que, ao ser apresentado ao Médium, que, à época, estava com um pouco mais de 30 de idade, o Dr. Carlos Chagas, não contendo a sua emoção, postou-se de joelhos diante dele – o fato foi relatado pelo próprio Chico, que, em relação à própria mediunidade, sempre foi muito reservado. Se quiserem conferir, consultem o livro “Nossos Momentos com Chico Xavier”, de autoria de Osvaldo Godoy Bueno, um dos diretores-fundadores do IDEAL, em São Paulo – SP.
A reação do Dr. Carlos Chagas, diante da grandeza espiritual de Chico, que ele, certamente, enxergou, fora espontânea, e, assim, o Médium não tivera tempo para evitar a sua ação – porquanto, Chico jamais aceitaria que alguém se lhe prostrasse aos pés.
A apresentação do Dr. Carlos Chagas a Chico deu-se no início da década de 40, mais propriamente em 1943, porém os rumores de um processo que seria movido, em 1944, pela viúva do escritor Humberto de Campos já frequentava as páginas dos jornais e circulavam de boca em boca. Desde 1937, Humberto de Campos, espírito, vinha escrevendo pela lavra mediúnica do Médium de Pedro Leopoldo.
Então, com o intuito de salvaguardar a Causa Espírita, e, evidentemente, o Médium, de mais um possível processo judicial, Emmanuel explicou a Chico que o Dr. Carlos Chagas adotaria um pseudônimo – inclusive com o qual não pudesse ser facilmente identificado, nem mesmo através de seus relatos mediúnicos. Realmente, lendo-se cruamente as páginas iniciais de “Nosso Lar”, não se pode concluir que André Luiz seja o Dr. Carlos Chagas, já que ele, orientado pela Equipe Espiritual que tutelou o trabalho mediúnico de Chico Xavier, recomendou que, neste sentido, poucas pistas fossem deixadas. Por este motivo, o próprio Emmanuel, no prefácio da obra, datado de 3 de Outubro de 1943 (significativa a data, não?!), escreveu:
“Embalde os companheiros encarnados procurariam o médico André Luiz nos catálogos da convenção.
“Por vezes, o anonimato é filho do legítimo entendimento e do verdadeiro amor. (...)
“André Luiz precisou, igualmente, cerrar a cortina sobre si mesmo.
“É por isso que não podemos apresentar o médico terrestre e autor humano, mas sim o novo amigo e irmão na eternidade.”
Bem, para não nos estendermos neste arrazoado, Chico perguntou ao Dr. Carlos Chagas com que nome ele pretenderia assinar o que, porventura, viesse a escrever por seu intermédio. Vendo que um dos irmãos de Chico, do segundo casamento de seu pai, ressonava numa cama próxima, o ilustre cientista perguntou-lhe: - Qual é o nome de seu irmão?... O Médium respondeu-lhe de pronto: - André Luiz!... – Então – disse-lhe o Dr. Chagas –, será esse o nome que adotarei, porque eu também sou seu irmão!...
Simples assim.
Agora, evidentemente, as controvérsias, tão a gosto dos espíritas, existem. Mas este é outro assunto com o qual, sinceramente, não pretendemos perder tempo.
E os comentários que havíamos planejado para o capítulo 26 de “Nosso Lar”, ficarão para a próxima semana. Claro, se até lá o médium não desencarnar por aí, e eu, por minha vez, não desencarnar por aqui.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 26 de junho de 2017.

26.6.17

Nova Política

A triste realidade que vivemos no nosso País é consequência direta da degeneração dos costumes morais na política. O que se infiltrou no tecido político brasileiro, há alguns séculos, foi a apropriação indevida do Estado. Inicialmente isto ocorreu pelas mãos de portugueses exploradores e infiéis à Pátria. Tal costume foi aprendido entre nós, brasileiros de primeira hora, e quando nos tornamos uma República, ao invés de destruirmos este câncer moral chamado corrupção, demos a ele a notoriedade que não deveria e ele se implantou completamente nas nossas práticas políticas e governamentais.
É triste afirmar isso, mas não podemos nos afastar da verdade dos fatos. O que isso nos trouxe? Um completo desrespeito à coisa pública e a multiplicação de desmandos como se este procedimento fosse algo absolutamente natural. Não é.
O que dizer dos “homens ilustres da República” sendo pegos pelas mãos invisíveis da Polícia Federal e da Justiça?
Tudo isso é uma tentativa inequívoca do Estado em dizer claramente: não é possível mais suportar tanta vergonha com aquilo que nos pertence, é hora de dizer um basta definitivo.
Hoje, estes tais “homens ilustres” reproduzem o que falaram mal de outros supostos “homens ilustres”. É uma réplica de depoimentos às avessas. São todos, infelizmente, iguais. Transmuda-se a sigla partidária, mas mantém-se a mesma prática cruel e corrosiva do Estado.
Os entes públicos se alinham aos empresários inescrupulosos para se debandarem em roubar – perdoem-me, mas esta é a palavra mais crua e real – o que pertence ao conjunto dos brasileiros.
É certo que há aí um ar de decepção. É certo, também, meus caros, que tudo isso precisa acontecer para que tenhamos o desenvolvimento de uma consciência mais pura diante dos fenômenos políticos e eleitorais, não se deixando levar por promessas vazias e demagógicas arquitetadas por profissionais bem pagos de marketing. Nós somos o produto de uma farsa que eles protagonizaram como se o nosso papel fosse de salvador de um País ao elegerem eles para comandar os nossos destinos.
O homem cruel e inescrupuloso não tem bandeira partidária. Não tem princípios elevados. Não tem compromisso com ninguém. Tem apenas um só objetivo: locupletar-se do dinheiro público.
Toda esta aparente tragédia é oportunidade bendita de renovação política e institucional. Novos atores do bem-estar social precisam ter espaço para repartir as suas ideias e trazer a lúmen uma nova experiência de vida.  Eles estão prontos e nascerão com esta finalidade, basta deixá-los agir.
O que aí está não tem mais vez. Está carcomido. Provou-se ineficaz. Os discursos são vazios. As soluções são tolas. Isto vai morrer e o que vai nascer trará uma nova arquitetura de pensamento e uma nova práxis política.
Serão rechaçados de início. Dirão que são sonhadores, falta a eles os pés no chão. Acusarão de inexperientes. Falarão que isso não vai funcionar. Tentarão agitar as massas. O que eles não percebem é que já se faz presente uma camada diferenciada da população que deseja menos ideologia barata e mais ação prática e eficaz.
Novos ares chegarão à política brasileira. Claro, como sempre, que é necessário separar o joio do trigo, mas isto faz parte do aperfeiçoamento democrático de um País.
Avante, brasileiros!
As mudanças estão nas suas mãos e não deixe que outros façam aquilo que é a sua responsabilidade fazer.
Estaremos juntos nesta caminhada.
Estaremos juntos como sempre estivemos.

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

25.6.17

Passeio na Roça

Fumaça de fogueira em noite de São João...
No meu Nordeste, reza a tradição, devemos acender uma fogueira em homenagem a São João. A fogueira lembra, lá em tempos idos, o sinal que Isabel fez para anunciar o nascimento do profeta. A fogueira que representa uma notícia alvissareira é lembrada até hoje nas  festividades juninas.
Esta festa maravilhosa une toda a gente do meu querido Nordeste. Aquele que reverencia a São João não pode deixar de construir a sua fogueira como também caprichar nos quitutes da época. Quem me dera poder novamente comer uma canjica das boas ou um milho cozido, sem falar na pamonha gostosa e outras tantas delícias desta época de muito forró e outras danças típicas.
A festa de São João é a festa mais popular do Nordeste brasileiro. Brinquei muito quando menino, isto porque pobre e rico se igualam no São João, ambos são convidados a fazer o mesmo passeio na roça.
É este ponto que quero destacar de agora em diante: pobre e rico fazerem o mesmo caminho na vida.
Por que é que rico deve ter a melhor escola e o pobre não?
Por que é que rico deve ter o melhor médico e pobre nem isso?
Onde está escrito que rico deve ter sempre o melhor e o pobre tenha que viver a penar?
A natureza é a mesma para todos. Deus deu a todos o mesmo ar, as mesmas árvores, a mesma praia, o mesmo céu. Nada distinguiu a seus filhos. Por uma questão puramente humana, os seus filhos criaram distinções e privilégios. Uns podem, outros não. Esta separação é dos homens e não de Deus.
Deus proporcionou a todos as mesmas oportunidades, os homens excluíram alguns de seus irmãos em usufruírem plenamente o banquete da vida. A luta de classes, o embate social, a disputa econômica tem nome, chama-se egoísmo.
O egoísmo humano foi que criou as separações, os apartheids, as distinções, os privilégios.
Se o homem soubesse dividir melhor o que Deus ofereceu não haveria as grandes disparidades que enxergamos. Falta Jesus na relação humana, como falta...
Jesus veio lembrar que não adianta concentrar os bens deste mundo, que o verdadeiro tesouro não está aqui, mas nos céus. Ele mesmo deu este depoimento de vida. Teve uma vida simples e não menos feliz por causa disso. Sabia usufruir das coisas boas da vida quando tinha acesso a elas, mas em nenhum momento se tornou prisioneiro delas.
Separar é coisa menor. Partilhar é coisa maior.
Proporcionar o acesso aos bens da terra para todos, eis o desafio a ser encarado e vencido.
Aprendamos com as festas juninas a dividir o mesmo espaço, a comer da mesma comida, a dançar da mesma música, a compartilhar da mesma alegria, a viver feliz na mesma roça.
Que Deus nos abençoe!

Helder Camara – Blog Novas Utopias

24.6.17

GRÃO DE AREIA

Ergo a fronte e comtemplo a vastidão,
Astros e sóis brilhando no Infinito,
Coexistindo sem nenhum conflito,
Celestes lumes no sidéreo chão...

Quanta beleza e paz na Criação,
Que admiro de espírito contrito,
Sem que consiga emudecer o grito,
Que me escapa do peito, em oração...

Todo o Universo é um mar de estrelas,
Que se derrama em luz, ao acendê-las,
Por sobre a Terra, a obscura aldeia...

Porém, na praia cósmica que vejo,
Perante tantos orbes em cortejo,
O Sol é tão somente um grão de areia!...

TOBIAS BARRETO

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 16 de junho de 2017, em Uberaba – MG).

23.6.17

CIGARRA MORTA

Chamam-me agora aí
Cigarra morta,
E não podia haver melhor definição,
Porque caí estonteada à porta
Do castelo em ruínas,
Do desencanto e da desilusão!...

Minhas futilidades pequeninas...
Meus grandes desenganos...
Eu mesma inda não sei
Se é ventura morrer na flor dos anos...
Sei apenas que choro
O tempo que perdi,
Cantando em demasia a carne inutilmente;
E vivo aqui, somente,
De quanto idealizei
De belo, de perfeito, grande e santo,
Que inda hei de realizar
Com a rima do meu verso e a gota do meu pranto.

Dá-me força, Senhor,
Para concretizar meu anseio de amor:
Evita-me a saudade
Da minha improdutiva mocidade!

Eu não quero sentir,
Como cigarra que era,
A falta das canículas doiradas
Sob a luz de ridente primavera.
Já que tombei cansada de cantar,
Calando amargamente,
Perdoa, Deus de Amor, o meu pecado:
Que eu olvide a cigarra do passado,
Para ser uma abelha previdente.


Livro: Parnaso de Além-Túmulo - Francisco C Xavier - CARMEN  CINIRA

22.6.17

DRUÍDAS

Hipolite Leon Denizard Rivail, codificador da doutrina Espírita, assinou os livros espíritas com o nome de Allan Kardec, após ser informado pelos Espíritos ter sido ele um Druida numa de suas vidas passadas.
     
    Embora os Druidas somente neste milênio haja se apresentado publicamente, contudo a atuação deles é muitíssimo mais antigo do que se pensa. Antes de a Atlântida ser tragada pelo oceano muito das pessoas que lá viviam migraram, e que uma das correntes migratórias foi habitar no oeste da Europa. Com certeza os desse grupo foram os Druidas, mas que por milênios viveram sem desenvolverem uma civilização, mesmo assim conservando a ciência trazida do Continente submerso.
    Os Druidas tinham grandes conhecimentos astronômicos como se pode ver pelos círculos de pedra. Aquelas construções tinham dupla finalidade, a de servir como centros de força telúricas e siderais para a realização dos rituais e, ao mesmo tempo, também, funcionavam como observatórios, especialmente dedicados à marcação das efemérides anuais, ou seja, eram calendários por meio do que o povo pudesse evidenciar a posição do Sol e de algumas estrelas em relação com determinados monumentos e assim pudesse saber das datas festivas, do início dos períodos próprios para início do plantio, etc.
    Contudo, este se constituía um uso secundário e popular, pois na realidade aquelas construções diziam respeito à utilização das forças telúricas e siderais, e em especial aquelas forças ligadas as ciências dos cristais, trazidas para a Europa pelos emigrantes da Atlântida.
    Os Druidas foram considerados magos, feiticeiros, especialmente em decorrência dos conhecimentos que eles tinham de medicina, do uso das plantas medicinais, do controle do clima, etc. Eram capaz de provocar manifestações telúricas e siderais, provocar ou fazer cessar chuvas, isto, é, controlar o ritmo das chuvas, de desviar furacões e ciclones, controlar as marés, atenuar os tremores de terra e as erupções vulcânicas, além de outros fenômenos climatológicos. Isto eles dominavam bem e procediam em parte com o uso de cristais e em parte pela ação da mente, evidentemente com um poder muito ampliado graças aos rituais procedidos em lugares de força, como Stonehenge e outros círculos de pedra.
Apesar de ter um contato muito forte com a Mãe natureza, os druidas acreditam em Deus como força criadora, ou seja, não existe a mesma dualidade que existe na wicca.
    A ciência dos Druidas encerrava muitos mistérios e durante séculos tem se comentado a respeito de Avalon, uma maravilhosa "ilha encantada", lugar de grandes mistérios.
    Não se pode dizer que Stonehenge, Glastonbury e outros sítios megalíticos hajam sido construídos pelos Druidas deste milênio, eles apenas usaram o que os seus antepassados construíram. A datação pelo carbono-14 mostra que aquelas construções são anteriores à fase clássica do Druidismo. Isto é verdade, pois foram construídos logo depois da chegada dos atlantes àquelas plagas. Na realidade foram construídos, e ainda existem centenas de círculos de pedra especialmente na Bretanha e na Escócia.
    Embora os Celtas e Druidas não fizessem uso intenso da linguagem escrita, especialmente para transmitir seus conhecimentos, mesmo assim eles tinham uma escrita expressa sob a forma de um alfabeto conhecido por alfabeto rúnico. As runas são símbolos gráficos com os quais podem ser gravados sons, palavras, mas o principal uso dos desenhos, as runas, é de natureza mágico.
    Bem mais que o alfabeto hebraico as runas são símbolos evocativos de poderes e representam para o druidismo o que o alfabeto hebraico representa para a Cabala.
    As runas têm o poder de canalizar as forças mentais, de projetar a mente da pessoa a um nível ampliado de consciência e daí a captação de conhecimentos ocultos, de conhecimentos velados, de situações afastadas no espaço e no tempo.
    As propriedades mágicas das runas eram usadas por Celtas e Druidas como forma de saber o passado e o futuro. Essa arte ainda hoje é muito praticada, mas tenhamos em mente que a quase totalidade daqueles que se anunciam como adivinhos rúnicos na verdade são enganadores, que vivem comercializando uma arte sagrada. Trata-se de um sistema milenar cujos conhecimentos são secretos, cujo domínio é reservado somente aos iniciados.

    Na Inglaterra e países nórdicos existem diversas organizações druídicas sérias, mas somente uma delas é devidamente credenciada para conferir graus iniciáticos.

21.6.17

O ESPÍRITO ENCARNADO

Questão 400 do Livro dos Espíritos

 O Espírito encarnado é como se fosse um encarcerado: está preso na carne por laços fluídicos que o fazem prisioneiro por determinado tempo. Ele aspira constantemente à liberdade, no entanto, a sua consciência lhe avisa que ele tem um dever a cumprir, que abandonar o corpo antes do tempo poderá ser bem pior.
O medo de morrer, que quase todo mundo tem, vem das pequenas lembranças dos compromissos assumidos no mundo espiritual. Não fora isso, e seria muito grande o número de suicídios por pequenos aborrecimentos. Os poucos casos que acontecem são por falta do entendimento bastante para certa análise. Não é tirando a própria vida que acontece a libertação. Isso só piora a situação espiritual de quem o faz. O Espiritismo nos esclarece acerca da vida, nos informando as leis que regem o universo, contando-nos casos verídicos de quem tirou a própria vida física e dobrou seus padecimentos, tendo de voltar à carne com cargas mais pesadas do que antes.
Se o encarcerado preocupa todos os dias com a sua liberdade, a alma que toma um corpo tem mais preocupação em se libertar, porque se encontra mais presa que o condenado no cárcere. No entanto, isso depende de quem se encontra na cadeia e no corpo físico; se é um Espírito mais elevado, ele suporta as suas provações com paciência e resgata suas dívidas com mais ou menos bom ânimo.
A reencarnação é, como já falamos em muitas mensagens, um processo criado por Deus para o nosso despertamento espiritual, cujos meios não podemos discutir por ter sido o Senhor de todos os mundos quem a planejou para o bem de todas as criaturas.
Existem vários tipos de cárcere, e a dor é um deles, e dos mais pesados. Se perguntarmos a um sofredor se ele quer ficar livre dos seus padecimentos, dos seus infortúnios, certamente que a resposta será afirmativa. Assim é a dor da carne, que segura a alma por muitos anos, como sendo lição valiosa, no sentido da libertação espiritual. Quanto mais grosseiro é o corpo, mais depressa a alma deseja voar para a sua liberdade. Quando o fardo é pesado e o jugo sofrível, o carregador deseja largá-lo, entrementes, os guias espirituais sempre estão ativos, aconselhando os encarcerados na carne para suportarem com paciência até ao fim, para serem salvos do passado, e sentirem no coração a esperança do futuro.
É preciso que aqueles que se encontram na carne façam mais força para ficar o mais que puderem nela. As lições são duras, mas compensadoras, e a repetição desta oportunidade é bem mais difícil para o coração ansioso de luz. O Espírito encarcerado pode permanecer de bom grado na carne. Se tem evolução espiritual, ele faz esforço todos os dias na caridade verdadeira, de modo que ela lhe dá forças novas em todos os rumos do entendimento; ele usa, na hora de esmorecimento, a oração e a vigilância. E Jesus não o deixa sozinho no caminho das provas.
Em comparação com o Espírito livre, a reencarnação se compara com o sono da alma, mas depende muito do estado de despertamento da mesma. Existem irmãos no plano espiritual, livres do corpo de carne, em piores situações que os próprios encarnados, mesmo os mais endurecidos. Isso depende muito de cada criatura. A Doutrina Espírita nos mostra os caminhos mais acertados para ganharmos a paz de consciência.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

20.6.17

PERDÃO

332 – Perdoar e não perdoar significa absolver e condenar?
         -Nas mais expressivas lições de Jesus, não existem, propriamente as condenações implícitas ao sofrimento eterno, como quiseram os inventores de um inferno mitológico.
         Os ensinos evangélicos referem-se ao perdão ou à sua ausência.
         Que se faz ao mal devedor a quem já se tolerou muitas vezes? Não havendo mais solução para as dívidas que se multiplicam, esse homem é obrigado a pagar.
         É que se verifica com as almas humanas, cujos débitos, no tribunal da justiça divina, são resgatados nas reencarnações, de cujo círculo vicioso poderão afastar-se, cedo ou tarde, pelo esforço no trabalho e boa-vontade no pagamento.
                                                               
         333 –Na lei divina, há perdão sem arrependimento?
         -A lei divina é uma só, isto é, a do amor que abrange todas as coisas e todas as criaturas do Universo ilimitado.
         A concessão paternal de Deus, no que se refere à reencarnação para a sagrada oportunidade de uma nova experiência, já significa, em si, o perdão ou a magnanimidade da Lei. Todavia, essa oportunidade só é concedida quando o Espírito deseja regenerar-se e renovar seus valores íntimos pelo esforço nos trabalhos santificantes.
         Eis por que a boa-vontade de cada um é sempre o arrependimento que a Providência Divina aproveita em favor do aperfeiçoamento individual e coletivo, na marcha dos seres para as culminâncias da evolução espiritual.
                                                                                    

Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

18.6.17

CAUSAS DAS ENFERMIDADES

    Se observarmos a nós mesmos constataremos alguma enfermidade, mesmo que seja insignificante.
    Se buscarmos recordar aos nossos familiares, amigos, colegas de estudo ou trabalho, veremos a muitos deles com enfermidades, e algumas até graves.
    Logo, a doença existe e atinge a todos, tanto ricos como pobres, intelectuais ou pessoas simples.
    A ciência atual, apesar de todo seu avanço, ainda está muito limitada.
    Hoje se conhece muito bem o corpo físico, mas os médicos ignoram completamente o funcionalismo de outras estruturas internas das pessoas.
    Sobre isto, destacamos as palavras do Dr. Samael Aun Weor, insigne filósofo, antropólogo, terapêuta, escritor de mais de 80 obras, retiradas de seu livro "MEDICINA OCULTA".
    Capítulo I
    Esses corpos energéticos internos do homem são organismos materiais que o médico tem que conhecer a fundo para diagnosticar as enfermidades sem talhar, sem cometer torpezas.
    Para nada serve conhecer a química laboratorial: seria em vão conhecer somente a anatomia física e desconhecer a anatomia interior, como seria em vão o estudo teórico da bacteriologia sem um microscópio de laboratório.
    Estudar medicina sem haver desenvolvido a clarividência positiva, que permite ver e apalpar os sete corpos do homem, é absurdo".
     A CRISE DA MEDICINA ORTODOXA
     Infelizmente, a MEDICINA  ORTODOXA está em crise.
    Grande parte da população não tem mais confiança total nos médicos.
    O Dr. Jayme Landmann, catedrático de clínica médica da Universidade do Rio de Janeiro, opina que tal fato ocorre porque a Medicina Científica está dando seu lugar a um novo sistema capitalista em termos científicos.
    Desta forma, todos os prestadores de serviços médicos passaram a ser empregados.
    A medicina transformou-se numa das maiores indústrias multinacionais, com investimentos astronômicos e lucros crescentes.
    A Medicina oficial, ortodoxa ou científica, utilizada no mundo ocidental, passou a sofrer uma pavorosa crise  de confiança.
    Uma crise que se espalha, por incrível que pareça, no próprio meio médico.
    Os médicos evitam torná-la pública para não abalar a estrutura emocional, intelectual e, é claro, econômica, da própria classe.
    A crise de confiança na Medicina está em franca expansão e cada vez ganha mais adeptos.
    O médico, que a pouco tempo atrás era respeitado como amigo ou conselheiro, passou a ser visto como comerciante da saúde.
    Nos Estados Unidos, a questão é alarmante, devido ao grande poder econômico.
    A relação entre o médico e o paciente passou a ser um desafio, resumindo-se na frase:
    "CURA-ME OU TE PROCESSO".
    Segundo as estastísticas, um em cada cinco médicos americanos já foi processado por "ERRO MÉDICO", o que destaca o descrédito na classe médica, infelizmente.
     CRESCIMENTO DA MEDICINA ALTERNATIVA
    A questão da saúde é um ponto muito delicado.
    Para Hipócrates, Pai da Medicina, saúde significava a harmonia entre o homem e a natureza, ou seja, o equilíbrio dinâmico das diversas estruturas orgânicas e o meio ambiente.
    Todo médico ou terapêuta deve buscar a harmonia rompida no equilíbrio dinâmico do indivíduo.
    Seria absurdo negar que, para muitos doentes, as terapias alternativas representam uma excelente saída.
    Curar nem sempre significa prescrever substâncias químicas, cuja atividade farmacêutica foi cientificamente demonstrada.
    Muitos fatores podem intervir no sucesso de uma terapia, entre os quais a evolução natural da doença, a crença e a fé do paciente, e o carisma e a habilidade de quem cuida dele.
    O que se exige, é claro, é que as terapias alternativas sejam usadas conscientemente após terem sido objeto de reflexão, estudo e comprovação de resultados práticos.
    Devemos saber usar as terapias alternativas para não cairmos em curandeirismos absurdos ou métodos destituídos de fundamentos práticos ou científicos.
     A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE APROVA
     Há vários anos atrás , a ORGANIZAÇÁO MUNDIAL DE SAÚDE, em Assembleia Geral, alertou seus países membros sobre a importância, para o ser humano, das terapias tradicionais ou alternativas.
    Em 1977, estimulou os Estados membros a utilizá-las a favor do bem-estar da população.
    Em 1978, através da Resolução 30.49, ressaltou, em muitos países, a importância das plantas medicinais no tratamento de saúde.
    Vemos que as terapias alternativas vêm ganhando cada vez mais espaço nos meios oficiais, como sistema confiável de tratamento.
    Um plano piloto extraordinário vem sendo desenvolvido na Universidade Federal e Estadual do Ceará.
    A Universidade vem ministrando um treinamento especial para parteiras práticas, raizeiros, rezadeiras, a fim de que eles aperfeiçoem o seu método de trabalho, sob o ponto de vista mais realista no campo técnico e científico.
    A Índia é um país muito pobre e com uma população com cerca de 500 milhões de pessoas.
    Lá, a Medicina Homeopática tem grande destaque.
    Além da medicina oficial, há muitos sistemas terapêuticos alternativos, dentre eles destacamos a MAGNETOTERAPIA ou, A CURA ATRAVÉS DOS MAGNETOS OU ÍMÃS.
     PARACELSO
    Aureolus Philippus Theophrastus Bombastus von Hohenheim (1593-1541) foi chamado de PARACELSO, tendo nascido em Zurique, Suiça.
    Foi filósofo, alquimista, astrólogo, pensador, homem de ciência que revolucionou a medicina em sua época, além de modificar completamente os métodos de diagnósticos então vigentes.
    Antecipou a utilização de processos antissépticos, intuiu sobre a psicanálise atual, chegando mesmo a formular conceitos que até hoje são válidos.
    Escreveu numerosas obras, algumas delas perdidas para sempre; todavia, as que chegaram até os nossos dias estão repletas de ensinamentos profundos. Sob o ponto de vista esotérico, Paracelso é considerado um autêntico Mestre da Sagrada Loja Branca.
    Esta lição foi desenvolvida sobre os postulados fundamentais deste insigne Mestre da Medicina Universal, que versam sobre a saúde e as causas das enfermidades.


    (Estudo preparado por Dourado-SP)

17.6.17

À JOANA D’ARC

(Mártir da Mediunidade)

Amarrada à fogueira, a Donzela agoniza,
Condenada sem culpa a exemplo do Senhor,
De que ela fora outrora o amigo traidor,
Que ao Sinédrio O vendeu por quantia precisa...

De olhos postos no Céu o pranto lhe desliza
No rosto juvenil da mocidade em flor,
Ante as chamas cruéis do fogo abrasador,
Que a Inquisição acende e mantém por divisa...

Ao sucumbir, porém, a heroína da França,
Em meio ao fogaréu, enquanto a morte avança,
Vislumbrou um clarão mais brilhante que o Sol...

Um Homem de olhar terno a estender-lhe a mão,
Diz ao beijar-lhe a face, em doce entonação:
- Joana, vem a mim... És uma alma de escol!...

Olavo Bilac – Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 10 de junho de 2017, em Uberaba – MG).

16.6.17

AMOR - UNIÃO

         330 –Somente pela prece a alma encarnada pode auxiliar um Espírito bem-amado que a antecedeu na jornada do túmulo?
         -A oração coopera eficazmente em favor do que partiu, muitas vezes com o espírito emaranhado na rede das ilusões da existência material. Todavia, o coração amigo que ficou aí no mundo, pela vibração silenciosa e pelo desejo perseverante de ser útil ao companheiro que o precedeu na sepultura, para os movimentos da vida, nos momentos de repouso do corpo, em que a alma evoluída pode gozar de relativa liberdade, pode encontrar o Espírito sofredor ou errante do amigo desencarnado, despertar-lhe à vontade no cumprimento do dever, bem como orienta-lo sobre a sua realidade nova, sem que a sua memória corporal registre o acontecimento na vigília comum.
         Daí nasce à afirmativa de que somente o amor pode atravessar o abismo da morte.
         331 – Como devemos interpretar a sentença – “Há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus”?
         -Almas existem que, para obterem as sagradas realizações de Deus em si próprias, entrega-se a labores de renúncia, em existência de santificada abnegação.
         Nesse mister, é comum abdicarem transitoriamente as ligações humanas, de modo a acrisolarem os sés afetos e sentimentos em vidas de ascetismo e de longas disciplinas materiais.
         Quase sempre, os que na Terra se fazem eunucos para os reinos do céu, agem de acordo com os dispositivos sagrados de missões redentoras, nas quais, pelo sacrifício e pela dedicação, se redimem entes amados ou a alma gêmea da sua, exilados nos caminhos expiatórios. Numerosos Espíritos recebem de Jesus permissão para esse gênero de esforços santificantes, porquanto, nessa tarefa, os que se fazem eunucos, pelos reinos do céu, precipitam os processos de redenção do ser ou dos seres amados, submersos nas provas e, simultaneamente, pela sua condição de envolvidos, podem ser mais facilmente transformados, na Terra, em instrumentos da verdade e do bem, redundando o seu trabalho em benefícios inestimáveis para os entes queridos, para a coletividade e para si próprios.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

15.6.17

VICISSITUDES DA VIDA

Questão 399 do Livro dos Espíritos

As vicissitudes da vida podem nos dar uma ideia do que fomos no passado. Os acontecimentos naturais nos nossos caminhos vêm, por força da lei divina, nos mostrar, pela força da justiça, o que haveremos de reparar. Sendo que o nosso maior interesse não é recordar o passado; é sentir que Deus é amor e justiça, e nunca exigirá que Seus filhos paguem o que não devem na contabilidade divina. Tudo é um processo espiritual, para educação dos nossos sentimentos ou despertamento das nossas qualidades espirituais.
A natureza é sábia e não erra o caminho por onde deve trilhar. Quando ocorre algum acontecimento conosco, basta meditarmos um pouco e logo atingiremos a procedência do fato. A Doutrina dos Espíritos, ser-nos-á de grande valia em todas as atividades espirituais. Ela é conselheira firme em nossos passos, e nos dá forças novas para a devida correção na nossa personalidade. O que se chama de azar na vida, está sendo impulsionado por forças invisíveis capazes de nos levar à felicidade.
Se não nos lembramos do passado, é por força da lei que nos protege. As lembranças vivas na nossa consciência, pela evolução que atingimos, nos prejudicará. Somente mais adiante alcançaremos a consciência de todos os fatos na gradação do tempo que nos aprimora.
Segue-se daí, que todos temos os mesmos direitos, ressalvando-se os deveres nos quais somos obrigados a pensar. Nada existe na vida como regra absoluta, em se tirando Deus, porque Ele é, pela sua condição, verdadeiramente Absoluto e Único.
O Espírito, em muitos casos, escolhe as provas por que deve passar no plano da Terra e, ao ingressar nela, torna-se inconsciente do passado, porém, não perde a consciência realmente: ela adormece por um pouco, para dar condições melhores à alma, de preparo e de coragem, para as lutas que deve travar consigo mesma. Se nos caminhos da alma tudo estivesse prontinho para ela, o mundo não seria escola. Temos todos de estudar, passar por provas e tornar a passar quantas vezes forem necessárias para o devido despertamento espiritual. Esse processo sublima a vida, e dá condições aos Espíritos de se sentirem felizes, porque trabalharam para a sua felicidade. É qual o trabalhador que se faz digno do seu salário.
O esquecimento das faltas passadas não constitui obstáculo na vida da alma quando encarnada na Terra, e sim meios de esforçar mais, enriquecendo seus valores. Em tudo se mostra a conquista. Certamente que existem as bênçãos de Deus; nesse meio de luz, aparece a Luz Maior, que não Se esquece de Seus filhos do coração. Se as criaturas encarnadas e desencarnadas soubessem do valor do Evangelho de Jesus, não o soltariam das mãos, e sempre o deixariam vibrar em seu coração, de modo que a consciência pudesse guardá-lo com todos os conceitos de vida que ele nos mostra na realidade de Deus.
O homem não reconhece na sua totalidade os atos que praticou no passado, mas tem uma noção desses feitos e, baseado neles, deve lutar para a sua auto-educação espiritual. As vicissitudes da vida corporal são provações que a alma deve passar. É o tribunal da consciência em trabalho de cobrança e, em muitos casos, ou em quase todos, são processos de despertamento espiritual.
Convém aos Espíritos que busquem sempre a luz onde ela estiver, pelos meios compatíveis com as suas forças, que a ajuda do céu não se fará esperar. Mãos invisíveis estão sempre prontas para ajudar os homens a levar suas cruzes ao calvário de todas as provações.
Quem infringe as leis, responde pelo que fez, e as consequências são lições que o obriga a procurar o próprio bem, no mal que praticou.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro 

14.6.17

Felicidade de Pobre

Que perguntar a Zé, aquele que vende batatinha frita ali na esquina, ou a Mané, o homem do cachorro quente, um transeunte qualquer, o que ele mais deseja na vida, você vai ver que a resposta dele é ser feliz.
Este é o desejo de todos, ricos e pobres, brancos e negros, todo mundo quer ser feliz. Logicamente que felicidade para o pobre, inicialmente, não é a mesma coisa que deseja os mais empoderados financeiramente.
Pobre vai querer primeiramente uma casa boa pra morar. Um carro pra passear. Um emprego bom. Que a comida não falte dentro de casa. Umas roupas boas para andar por aí. Mas antes disso, provavelmente, vai pedir saúde. Porque o pobre sabe que sem saúde não adianta ter estas coisas que dá um certo conforto se não puder usufruir delas.
Pobre tem outra diferença em relação a rico. Pobre quer dividir a sua felicidade. É! Pobre quer ser feliz, mas quer que o vizinho também seja. Se tem alguma coisa a mais e o outro pobre precisa, ele não faz cara feia em compartilhar o que tem. Esta característica faz o pobre ter um tipo de riqueza diferenciado, a riqueza da distribuição.
A lógica da felicidade da maioria é a da obtenção material, é adquirir coisas, adquirir e reter. Conjuga-se mais o “meu” do que o “nosso”. E quando se fala mais em ter do que em ser estaremos indo para um caminho de felicidade vazio e perecível. Isto definitivamente não será felicidade.
A verdadeira felicidade, a felicidade do espírito, dizia Jesus, não era deste mundo. Ora, como é que queremos ter felicidade juntando coisas? Felicidade se conquista distribuindo coisas. É esta a lógica da verdadeira felicidade.
Quem não pensar desta maneira vai dar com os burros n’ água. Um dia vai olhar para o lado, cheio de bens e vazio por dentro. Rico por fora e pobre interiormente.
Comece agora a conjugar a felicidade com os bens do espírito. Esta felicidade, assegurou o Nazareno, as traças não roem e você poderá levá-la para a eternidade.

Helder Camara – Blog Novas Utopias

13.6.17

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – XII

O livro “Nosso Lar”, de André Luiz, foi escrito em 1943, em pleno clima da Segunda Grande Guerra Mundial (1939-1945), porém os relatos do autor espiritual são datados de agosto de 1939. Na pacata cidade de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, enquanto, principalmente, a Europa se conflitava, com a França, o berço do Espiritismo, sendo bombardeado, Chico Xavier, então com 33 de idade, trabalhava anonimamente, dando sequência ao plano da Espiritualidade Superior de desdobrar a Codificação Kardeciana.
*
No capítulo 24 de “Nosso Lar” – “O Impressionante Apelo” –, André Luiz noticia a preocupação dos habitantes da cidade, mormente de suas autoridades, com as consequências drásticas da guerra. Atentemos para o trecho: “Ligado o receptor, suave melodia derramou-se no ambiente, embalando-nos em harmoniosa sonoridade, vendo-se no espelho de televisão a figura do locutor, no gabinete de trabalho.”
Aparelho de TV, serviço de jornalismo, emissora, transmissão ao vivo, palavra de um locutor, ou apresentador... Inventada, praticamente, em 1927, somente em 1939, em Nova York, houve a primeira transmissão ao vivo – a Televisão na Terra, por assim dizer, ainda não passava de um experimento. A Televisão, no Brasil, só chegou em 1950, graças a Assis Chateaubriand! E André Luiz, em 1943, já falando de transmissões televisas no Mundo Espiritual...
*
“Emissora do Posto Dois, de Moradia” – eis o nome da Emissora de TV, e o nome de outra cidade existente no Mundo Espiritual, certamente, nas vizinhanças de “Nosso Lar, embora, segundo Lísias, “velha colônia de serviços muito ligada às zonas inferiores.”
O apelo do locutor, feito numa “entonação de verdadeiro S.O.S”, era vazado no “idioma português, claro e correto.” Não se tratava, portanto, de uma comunicação telepática, mas sim verbalizada, captada pelo sentido auditivo de quantos se encontravam em sintonia com a Emissora, que, à época, já possuía relativo alcance. Admirado do fenômeno, André comenta em sua obra: “Julgava que todas as colônias espirituais se intercomunicassem pelas vibrações do pensamento.” Lísias esclareceu: “Estamos ainda muito longe das regiões ideais da mente pura. Tal como na Terra, os que se afinam perfeitamente entre si podem permutar pensamentos, sem as barreiras idiomáticas; mas, de modo geral, não podemos prescindir da forma, no lato sentido da expressão.”
Mais tarde, no livro “Evolução em Dois Mundos”, no capítulo II, da Segunda Parte, o mesmo André Luiz escreveria: “... não obstante reconhecermos que a imagem está na base de todo intercâmbio entre as criaturas encarnadas ou não, é forçoso observar que a linguagem articulada, no chamado espaço das nações, ainda possui fundamental importância nas regiões a que o homem comum será transferido imediatamente após desligar-se do corpo físico.” Então, não será por ter desencarnado, que você, meu caro internauta, logrará comunicar-se por via telepática com os demais habitantes do Mundo Espiritual – o que nos leva a concluir que aprender a falar noutro idioma continua sendo muito útil além da morte, principalmente se você desejar no “espaço das nações”, entrar em comunicação com habitantes de outros países. Não confie apenas na possibilidade do “conhecimento adormecido”, ou seja, que, por ter desencarnado, você começará a falar noutras línguas que jazam aprendidas em seu subconsciente.
*
Para quem imagina que os espíritos assistam, sem maior preocupação, o que, em termos de conflitos, acontece entre os homens, o locutor de “Moradia” elucida: “Há muito benfeitores devotados, lutando com sacrifícios em favor da concórdia internacional, nos gabinetes políticos. Alguns governos, no entanto, se encontram excessivamente centralizados, oferecendo escassas possibilidades (o destaque aqui é nosso) à colaboração de natureza espiritual.”
O único instrumento que possuímos para tentar, em todos os sentidos, influenciar os encarnados, é o do pensamento, através da inspiração! Não havendo sintonia e boa vontade em acolher as nossas sugestões positivas, infelizmente, de nossa parte, nada mais a ser feito a não ser lamentar.


INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet - 12 de junho de 2017.

12.6.17

Pedra sobre Pedra (2)

Tudo que sabemos a respeito dos próximos passos de Jesus na Terra é que Ele mesmo vem comandando, à distância, os processos de mudança que já haviam sido previstos.
As mudanças previstas são consequências naturais do processo de desenvolvimento do planeta. Não há nada demais que será feito, apenas o recrudescimento do mal e a alavancagem definitiva da prática do bem.
Ora, tudo isso representa uma série de ações concretas e firmes para que tudo se modifique a contento e dentro dos prazos previstos.
A Terra não está isolada no Cosmos, pelo contrário, ela faz parte de um grande conserto universal e atravessa, como outras mais, pela mudança de uma fase para outra.
Os arbítrios, as injunções maléficas, as tiranias em voga, os absurdos separatistas, a discriminação e outras atrocidades sociais, políticas e econômicas fazem parte deste contexto.
Nada, portanto, a se admirar, o que há de concreto mesmo é que tudo que destoe da Ordem Maior ruirá. Como asseverou Jesus de Nazaré “não ficará pedra sobre pedra” do edifício então vigente.
Logicamente que para muitos este processo poderá parecer traumático – e não deixa de ter o seu enorme impacto -, mas, visto ao longe e com a compreensão dilatada, verá que tudo é harmonioso, faz parte do incrível encaixe que se prepara em tudo que aí existe.
A mudança que se avizinha, senhores, é primeiramente de ordem interior, não outra. É do conjunto das transformações individuais que haveremos de harmonizar o todo.
No campo da política, da religião, dos costumes, em tudo, há mudança. Ninguém mais fica a pregar os mesmos princípios de antes, pois simplesmente não encontra mais eco.
O que há hoje, infelizmente, são os últimos traços de egoísmo vigente que grita, desesperadamente, para não ir embora. Como se mostra deverasmente tresloucado, rapidamente os postulados hoje defendidos haverão de cair por terra.
Este processo é global, meus senhores. Uns o fazem com maior consciência, enquanto outros não sabem absolutamente nada do que está acontecendo.
Nesta repartição do bem contra o mal, todos serão convidados – como já estão – para reconhecer a grandeza do Criador, sobretudo, e modificar a epopeia da sua própria existência.
Tudo ao seu tempo, mas sem demora.
O convite já está feito, não se demore em aceitá-lo.
Na paz de Jesus!

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

11.6.17

CASAMENTO E DIFERENÇAS RELIGIOSAS

                                                                  Paulo Sérgio Perri de Carvalho

    O Espírita e o Cônjuge não espírita ou na família não Espírita.
    O aspecto religioso da família constitui-se em um dos pilares mais potentes para a sustentação do casamento, no entanto, não raro, acontecem situações em que a religião é um ponto discordante entre os cônjuges e, às vezes, entre estes e a família. Antes de abordar o assunto, é interessante colocar algumas afirmações importantes: Emmanuel (2) afirma que "o casamento implica o regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no campo de assistência mútua", e... "atendendo aos vínculos do afeto, surge o lar, garantindo os alicerces da civilização".
    Allan Kardec (4) comenta as duas  espécies de família:  as famílias ligadas pelos laços espirituais e, as ligadas pelos laços corporais, demonstrando que as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos espíritos, enquanto que as segundas, se extinguem com o tempo e, muitas vezes, se dissolvem moralmente, já na existência atual.
     No livro "O Consolador", Emmanuel (1) esclarece que a melhor escola ainda é o lar e que os pais espíritas cristãos não podem esquecer de seus deveres de orientação aos filhos.
     A estas afirmações poderíamos acrescentar o princípio da reencarnação que a Doutrina Espírita nos oferece para facilitar o nosso entendimento sobre as dificuldades de relacionamento na nossa vida.
    Com bases nestas afirmações podemos deduzir que as diferenças existentes entre os cônjuges ou entre eles e a família, no tocante à religião, é uma aresta a ser trabalhada com muito carinho, compreensão e bom senso, porque a influência religiosa dá o equilíbrio e o alicerce ao lar. Partimos da premissa que situações como estas devem ser devidamente esclarecidas na fase pré-casamento para que não ocorram ressentimentos, e isso se faz de maneira bastante simples quando se entende que somos espíritos em diferentes graus de evolução, espiritualmente comprometidos, unidos por um vínculo afetivo e com a responsabilidade de desempenhar uma função educadora e regenerativa.
    Se não houve o devido esclarecimento na fase pré-casamento e há a instalação do problema, é necessário que se defina alguns pontos importantes: a função da religião no lar e como introduzí-la.
    Quando existe a divergência entre os cônjuges, o exercício do amor, da compreensão e da fé será de grande valia para despertar entre ambos a confiança e, isto pode ser  realizado na convivência diária e na realização do Evangelho no lar onde se faz a prece, a leitura e o comentário evangélico, com a possibilidade de ambos externarem suas opiniões.
    Na eventualidade do espírita conviver com a família não espírita, devemos partir do princípio que nem todas as pessoas nutrem os mesmos sentimentos e que, não podemos esperar que elas tenham as reações que nós esperamos que tenham. Cada ser apresenta a sua individualidade, cada um tem a sua experiência, e nestes casos, em se tratando de família, há necessidade de compreendermos que, como espíritas, não devemos estimular o proselitismo, e sim praticarmos os conceitos que a Doutrina Espírita nos oferece e, de maneira oportuna (não oportunista) esclarecermos as dúvidas com bom senso, demonstrando que o respeito mútuo também é um importante fator quando se quer conviver bem e evoluir.
    Os Cônjuges e o Relacionamento Familiar
    A família, considerada a menor célula da sociedade, reflete exatamente o estado interior de seus constituintes na convivência íntima do lar. Não podemos perder de vista a função educadora e regenerativa da família que é formada, segundo Emmanuel (2) por agentes diversos, reencontrando-se, comumente, afetos e desafetos, amigos e inimigos, para os ajustes e reajustes indispensáveis ante as leis do destino. E não há maneira mais apropriada do que o bom relacionamento familiar para atingir os objetivos da família.
     Estudos realizados nos Estados Unidos e Inglaterra mostram que os casais têm interesse muito maior na comunicação e diálogo, do que em viver um amor romântico. Isso significa que o companheirismo, a solidariedade, interesses comuns e participação nas atividades do outro, passaram a ser prioritários no casamento(5).
     Vance Packard, jornalista americano, após quatro anos de pesquisa sobre o casamento, observou sete causas básicas de sucesso matrimonial:
 1 - Intensa capacidade de afeto, envolvida por grande consideração pelo outro;
 2 - Maturidade emocional;
 3 - Habilidade em comunicar;
 4 - Disposição constante de se alegrar com o outro e participar de acontecimentos com ele;
 5 - Habilidade em lidar com tensões e diferenças, de forma construtiva;
 6 - Disposição e bom humor em relação ao sexo;
 7 - Conhecimento e aceitação dos limites do outro (5)
       Continua o pesquisador, " é preciso ser generoso, receptivo e afetuoso, além de tolerante para com o outro e seus limites".
    Desta maneira, quando existe o entendimento das finalidades espirituais da família, quando existe o amor no sentido mais nobre da palavra e quando há o interesse em se educar e vencer animosidades sem preconceitos de sexo, o relacionamento familiar torna-se mais fácil e, como resultado, teremos a felicidade.
    Outras pessoas no lar - Heranças familiares
    Em muitas oportunidades, a família passa a ter a presença, no lar, de pessoas ou familiares que se constituem nas "heranças familiares".
    São situações que devem ser analisadas pelo casal, valorizando-se não somente o aspecto de sustentação financeira do lar, mas também a ligação espiritual do fato como uma oportunidade de trabalho para uns e aprendizado para outros.
    Kardec (4) nos fala da parentela espiritual, onde demonstra as possibilidades de  termos numa mesma família espíritos que sejam estranhos uns para os outros a fim de lhes servir de prova. Quando este fato ocorre por uma agregação de familiares, torna-se importante  a lembrança da necessidade do auxílio mútuo entre familiares, porque se hoje temos a condição de auxiliar, muito provavelmente tivemos semelhante ajuda em outras oportunidades.
    Mais uma vez, para superarmos as dificuldades como estas, devemos compreender os objetivos da vida e da universalidade do amor, demonstrada por Jesus quando disse a sua mãe, Maria, e a João: "Mãe, eis aí teu filho. Filho, eis aí a tua mãe".


    Bibliografia:
 1 - Emmanuel (F.C.Xavier)- O Consolador
 2 - Emmanuel (F.C.Xavier)- Vida e Sexo., FEB
 3 - Irmão X (F.C.Xavier) Boa Nova, FEB
 4 - Kardec. A. - O Evangelho Segundo o Espiritismo, FEB

 5 - Vida a Dois.- Editora Três.  

10.6.17

LONGE DE TI, SENHOR!...

Longe de Ti, Senhor, são ermos os caminhos...
Embora brilhe o Sol, os dias não têm lume,
Não existe alegria e a Vida se resume
A um barco à deriva em meio a torvelinhos...

Longe de Ti, Senhor, por tantos descaminhos,
O mais suave vinho é taça de azedume,
A semente fenece, a flor não tem perfume,
A fonte não desliza, emudecem-se os ninhos...

Longe de Ti, Senhor, a paz é uma quimera,
E, ante a cruz que carrega, o homem se exaspera,
Sangrando os próprios pés ao pisar sobre espinhos...

Escuta, mas não ouve; enxerga, mas não vê...
E tudo isto, afinal, acontece por que –
Longe de Ti, Senhor, são ermos os caminhos!...

Eurícledes Formiga – Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do “Grupo Espírito da Prece”, na noite de 27 de abril de 1991, em Uberaba – MG).

9.6.17

CARIDADE

Anima os festivais das crianças felizes em que bebês alegres e formosos conquistam prêmios de robustez; todavia, sempre que as circunstâncias te favoreçam, visita os recintos da provação, onde meninos desfigurados e tristes te aguardam a fatia de pão ou a maçã que te sobrou à mesa, como retratos da verdadeira felicidade.


Extraído do livro Caridade - Francisco C. Xavier - Emmanuel

8.6.17

CADINHO

    Muitas vezes, na Terra, na posição de cultores da delinquência, conseguimos escapar das sentinelas da punição.
    Faltas não previstas na legislação terrestre, como sejam certos atos de crueldade e muitos crimes da ingratidão, muros a dentro de nossa vida particular, quase sempre acarretam a queda e a perturbação, a enfermidade e a morte de criaturas que a Divina Bondade nos põe no caminho.
    De outra feita, quando positivamente enodoados com o ferrete da culpa, conseguimos aligeirar nossas penas ou delas nos exonerar, subornando consciências dolosas, no recinto dos tribunais.
    Todavia, a reta justiça nos espera, infalível, e além da morte, ainda mesmo quando tenhamos legado ao mundo vastas parcelas de cultura e benemerência, eis que as marcas de ignomínia se nos destacam no ser, então expostas à Grande Luz.
    Nessa crise inesperada, imploramos nós mesmos retorno e readmissão nos cursos de trabalho em que se nos desmandaram a deserção e a falência, a fim da ressarcirmos os débitos que os homens não conheceram, mas que vibram, obcecantes, no imo de nossas almas.
    É assim que voltamos ao cadinho fervente da purgação, retomando nos fios da consanguinidade a presença daqueles que mais ferimos, para devolver-lhes em ternura e devotamento os patrimônios dilapidados, rearticulando os elos da harmonia que nos ligam a todos, na universalidade da vida, perante a Lei.
    Reverenciemos, desse modo, no lar humano, não apenas o templo de carinho em que se nos reabastecem as forças, no exercício do bem eterno, mas igualmente a rude escola da regeneração, em que retomamos o convívio dos velhos adversários que nós mesmos criamos, a ressurgirem na forma de aversões instintivas e desafetos ocultos, que nos constrangem cada hora à lição da renúncia e à mensagem do sacrifício.
    E por mais inquietante se nos afigure a experiência no educandário doméstico, guardemos, dentro dele, extrema devoção ao dever, perdoando e ajudando, compreendendo e amparando sem descansar, pois somente aquele que se engrandeceu, entre as próprias paredes da própria casa, é que pode, em verdade, servir à obra de Deus no campo vasto do mundo.


Livro: Religião dos Espíritos - Francisco C. Xavier - Emmanuel