Que perguntar a Zé, aquele
que vende batatinha frita ali na esquina, ou a Mané, o homem do cachorro
quente, um transeunte qualquer, o que ele mais deseja na vida, você vai ver que
a resposta dele é ser feliz.
Este é o desejo de todos,
ricos e pobres, brancos e negros, todo mundo quer ser feliz. Logicamente que
felicidade para o pobre, inicialmente, não é a mesma coisa que deseja os mais
empoderados financeiramente.
Pobre vai querer
primeiramente uma casa boa pra morar. Um carro pra passear. Um emprego bom. Que
a comida não falte dentro de casa. Umas roupas boas para andar por aí. Mas
antes disso, provavelmente, vai pedir saúde. Porque o pobre sabe que sem saúde
não adianta ter estas coisas que dá um certo conforto se não puder usufruir
delas.
Pobre tem outra diferença em
relação a rico. Pobre quer dividir a sua felicidade. É! Pobre quer ser feliz,
mas quer que o vizinho também seja. Se tem alguma coisa a mais e o outro pobre
precisa, ele não faz cara feia em compartilhar o que tem. Esta característica
faz o pobre ter um tipo de riqueza diferenciado, a riqueza da distribuição.
A lógica da felicidade da
maioria é a da obtenção material, é adquirir coisas, adquirir e reter.
Conjuga-se mais o “meu” do que o “nosso”. E quando se fala mais em ter do que
em ser estaremos indo para um caminho de felicidade vazio e perecível. Isto
definitivamente não será felicidade.
A verdadeira felicidade, a
felicidade do espírito, dizia Jesus, não era deste mundo. Ora, como é que
queremos ter felicidade juntando coisas? Felicidade se conquista distribuindo
coisas. É esta a lógica da verdadeira felicidade.
Quem não pensar desta maneira
vai dar com os burros n’ água. Um dia vai olhar para o lado, cheio de bens e
vazio por dentro. Rico por fora e pobre interiormente.
Comece agora a conjugar a
felicidade com os bens do espírito. Esta felicidade, assegurou o Nazareno, as
traças não roem e você poderá levá-la para a eternidade.
Helder Camara – Blog Novas
Utopias
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