30.11.23

Libertação



O ENSINAMENTO VIVO

Em observando qualquer edificação ou serviço, Maria Cármen não faltava à crítica.
Ante um vestido das amigas, exclamava sem-cerimônia:
- O conjunto é tolerável, mas as particularidades deixam muito a desejar. A gola foi extremamente malfeita e as mangas estão defeituosas.
Perante um móvel qualquer, rematava as observações irônicas com a frase:
- Não poderiam fazer coisa melhor?
E, à frente de qualquer obra de arte, encontrava traços e ângulos para condenar.
A Mãezinha, preocupada, estudou recursos de dar-lhe proveitoso ensinamento.
Foi assim que, certa manhã, convidou a filha a visitar, em sua companhia, a construção de um edifício de vastas linhas. A jovem, que não podia adivinhar-lhe o plano, seguiu-a, surpreendida.
Percorreram algumas ruas e pararam diante do arranha-céu a levantar-se.
A senhora pediu a colaboração do engenheiro-chefe e passou a mostrar à filha os vários departamentos. Enquanto muitos servidores abriam acomodações para os alicerces, no chão duro, manobrando picaretas, veículos pesados transportavam terra daqui para ali, com rapidez e segurança. Pedreiros começavam a erguer paredes, suarentos e ágeis, sob a atenciosa vigilância dos técnicos que orientavam os trabalhos. Caminhões e carroças traziam material de mais longe. Carregadores corriam na execução do dever.
O diretor das obras, convidado pela matrona a pronunciar-se sobre a edificação, esclareceu gentil:
- Seremos obrigados a inverter volumoso capital para resgatar as despesas. Requisitaremos, ainda, a colaboração de centenas de trabalhadores especializados. Carpinteiros, estucadores, vidraceiros, pintores, bombeiros e eletricistas virão completar-nos o serviço. Qualquer construção reclama toda uma falange de servos dedicados.
A menina, revelando-se impressionada, respondeu:
- Quanta gente a pensar, a cooperar e servir!...
- Sim – considerou o chefe, sorrindo expressivamente -, edificar é sempre muito difícil.
Logo após, mãe e filha apresentaram as despedidas, encaminhando-se, agora, para velho bairro.
Vararam algumas travessas e praças menores agradáveis e chegaram
à frente de antiga casa em demolição. Viam-se-he as linhas nobres, no estilo colonial, através das alas que ainda se achavam de pé. Um homem, apenas ali se encontrava, usando martelo de tamanho gigantesco, abatendo alvenaria e madeirante. Ante a queda das paredes a ruírem com estrondo, de minuto a minuto, a jovem observou:
- Como é terrível arruinar, deste modo, o esforço de tantos!
A Mãezinha serena interveio, então, e falou, conselheiralmente:
Chegamos, filha, ao fim do ensinamento vivo que buscamos. Toda a realização útil na Terra exige a paciência e o suor, o trabalho e o sacrifício de muita gente.Edificar é muito difícil. Mas destruir e eliminar é sempre muito fácil. Bastará uma pessoa de martelo à mão para prejudicar a obra de milhares. A critica destrutiva é um martelo que usamos criminosamente, ante o respeitável esforço alheio. Compreendeu?
A jovem fez um sinal afirmativo com a cabeça e, daí em diante, procurou ajudar a todos ao invés de macular, desencorajar e ferir.
 
Livro: Alvorada Cristã - Francisco C. Xavier - Neio Lúcio.

29.11.23

ALIMENTAÇÃO

Comentário Questão 710 do Livro dos Espíritos
 
A necessidade de alimentar-se existe em todos os mundos, no entanto, cada mundo habitado tem a sua alimentação específica; tudo é de acordo com a evolução já alcançada.
A Terra é um mundo de provas e expiações, onde se misturam Espíritos encarnados de várias classes. A alimentação desses Espíritos é grosseira, e das mais grosseiras, mas, depois da seleção que há de vir, pela força do progresso, o planeta passará, a ser um mundo melhor. Melhorando, tudo muda, e necessariamente a alimentação haverá de ser mais leve, visto que o organismo modificará o seu sistema de assimilação.
Em mundos superiores, o organismo já obedece a um sistema de assimilação mais espiritualizada, de modo que o corpo ingere uma comida mais fluídica, o que não acontece na Terra, onde se enche o estômago de vísceras de animais, peles torradas, e mesmo o sangue dos seus irmãos menores. A alimentação perdeu a sua naturalidade, a lei foi violada e as conseqüências expressas em duros sofrimentos.
A inteligência nos mostra as mudanças que se processam na alimentação dos homens, como está surgindo interesse maior pelas frutas, pelas sementes e pelo verde. E são mudanças rápidas! Isso é o progresso. Matar o animal nos dias atuais já se encontra no plano do condicionamento e não mais por necessidade insuperável de se alimentar. Hoje o homem já pode viver sem as vísceras dos animais à mesa, porque o milho e a soja as substituem, havendo também a abundância de vegetais comestíveis em toda a Terra. Ainda existe o veneno dos tóxicos nas lavouras, utilizado por ganância ou ignorância; no entanto, o tempo vai conscientizando os filhos da Terra, mostrando-lhes que somente a natureza pode alegrar ao homem, pela sua pureza, na maturidade da sua vida.
Lucas, no capítulo doze, versículo doze, nos fala o seguinte, para compreendermos melhor o que devemos falar e buscar para a nossa paz:
Porque o Espírito Santo vos ensinará naquela hora as cousas que deveis dizer.
O Espírito Santo são os Espíritos de luz, que movimentam as bocas dos homens para ensinar-lhes a dizer as coisas certas; e ensinar-lhes a buscar essas coisas, como no caso da alimentação, das vestes etc., como estão fazendo agora. A alimentação está mudando; alguns missionários de Jesus até mesmo sem religião definida, empregam seu tempo para ensinar os homens a comer, a beber, enfim, as regras do princípio único do universo, de modo que traga harmonia a todas as criaturas que tiverem ouvidos para ouvir.
O homem vive fisicamente porque come, e se comer bem, viverá bem. O pecado, no dizer dos próprios homens, entra igualmente pela boca, contrariando a natureza. A Terra está caminhando para a harmonia, porque as criaturas estão modificando seus próprios conceitos de vida.
O médico de amanhã, primeiramente irá perguntar ao doente de que ele se alimenta, depois o que ele pensa e o que ele faz. Por último, é que virá o remédio, para ajudar a reação reformadora.
A felicidade está na harmonia mental.
A Doutrina dos Espíritos foi uma bênção de Deus, para ensinar as pessoas a conhecerem a si mesmas e vencerem suas próprias deficiências. A luta é difícil, mas nunca impossível, e é passo a passo que se pode ganhar a estabilidade espiritual.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

28.11.23

CONSOLAÇÃO DIANTE DA MORTE DE UM SER QUERIDO. Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

 


Impulsos Agressivos

O espírito humano, com raras exceções, ainda é dominado pelos impulsos agressivos, oriundos de seu primitivismo espiritual.
Quase todos os homens, e mulheres, se levados ao limite de sua capacidade de resistência – e ele é bem estreito! – reage com ferocidade.
Acontece dentro de casa...
Na via pública...
No ambiente de trabalho...
No templo religioso...
Até mesmo nos resorts...
Essa belicosidade do espírito faz com que ele seja truculento, insensível, quase desumano, desmentindo, na ação, a teoria de que pertença ao gênero humano, tendo, em definitivo, deixado a animalidade.
No recente conflito entre Israel e um grupo terrorista, vemos, de parte a parte, o descaso pela vida do próximo – dos civis de todas as idades que estão sendo vitimados.
Igualmente, na guerra entre Rússia e Ucrânia...
No que ainda está acontecendo na Síria, e do que a mídia terrestre parece já ter esquecido...
Na guerrilha urbana no Brasil...
O que há pouco houve no “Maracanã”, entre torcedores brasileiros e argentinos aparentemente civilizados...
Enfim, tudo o que vem ocorrendo na Terra, em termos de violência, revela que o ser humano, inclusive nós outros, os desencarnados, que também somos homens, não está longe da “linha” do primitivismo do qual se gaba de ter saído para a da civilização.
A verdade é que temos muito chão pela frente para que os princípios éticos e morais, mormente os preconizados por Jesus Cristo, façam da Terra um mundo melhor,
Crimes chocantes, quase todos os dias, ocorrem nas favelas e nos bairros abastados, demonstrando que o homem, se diferente na aparência, por dentro, saiba ou não saiba escrever, é absolutamente igual.
Cremos não haver exagero de nossa parte, observando, inclusive, o que sucede nos considerados “altos escalões”, envolvendo gente de todo naipe que consegue galgar o poder.
A questão é de base familiar sim, mas, principalmente, de base espiritual, nas conquistas adquiridas pelo espírito ao longo das vidas sucessivas.
Uma existência no corpo carnal é quase nada para que o espírito comece a compreender a necessidade de superar-se, concentrando esforços neste sentido.
No que tange à evolução, alguns séculos não passam de alguns dias, muita e muita vez, não convenientemente aproveitados pelo espírito no processo de autoeducação.
Continuemos, porém.
A fera humana, um dia, haverá de surgir domesticada pelo chicote da dor, falando o único idioma que todos parecem entender sem que tenham necessidade de ser alfabetizados.
 
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet 
Uberaba – MG, 26 de Novembro de 2023.

27.11.23

Sinal Verde


 

Jesus na Terra

 A nossa experiência terrena deve ser direcionada ao encontro da nossa espiritualidade maior e a aproximação com o Divino que em nós existe. 
Aliás, esta é a própria condição humana na Terra e no Universo: sermos reconhecidos como realmente somos. 
Esta identidade individual e universal corresponde a encontrar em nós mesmos a razão da felicidade eterna. 
Quando nos identificamos com o que realmente somos passamos a viver a vida de outro modo, porque a enxergamos com olhos muito mais amplos a realidade que nos circunvizinha. 
Jesus, o divino mestre, dizia costumeiramente que nós éramos deuses à medida que poderíamos fazer tudo aquilo que ele fazia e bem mais. 
Ora, se Jesus é representante de Deus Pai na terra e nos ensinou esta verdade verdadeiríssima é porque deuses também somos. 
Este é o princípio maior que deve governar as nossas vidas: a identificação própria com o Criador. 
Ora, mas sendo Deus Pai espírito, é de se chegar rapidamente a conclusão de que a nossa natureza real é de ordem espiritual. 
É assim que pregamos na Igreja e é assim que encontramos em diversas ocasiões no Evangelho de Jesus. 
Isto pode parecer simples e óbvio - e de fato o é - mas por que, então, não nos aventuramos em nos apropriarmos dela? 
A pergunta que não quer se calar é saber a razão pela qual nos acovardamos de assumir a nossa verdadeira identidade espiritual e divina. 
Agora, no novo momento que atravessa a terra, onde afloram “tempestades”; onde a confusão arrebenta os relacionamentos humanos; onde há sofrer e ranger de dentes; a descoberta e a apropriação desta verdade se tornam cada vez mais imprescindível. 
Jesus, que governa este planeta com sua mão divina, apruma a nau planetária para o alvorecer de um novo dia. 
Neste novo dia haverá de ser habitado apenas por aqueles que já despertaram, minimamente que seja, para esta verdade maior. 
É a transformação em curso o fim dos tempos proclamado pelo nosso senhor Jesus Cristo. 
Nada de se apavorar. 
Nada de dizer que tudo está perdido. 
Nada de se revoltar com a realidade posta. 
Tudo a construir. 
Tudo a se dar novo rumo. 
Tudo a mudar de paisagem. 
Os novos tempos serão daqueles que souberam interpretar em suas almas o Evangelho vivo de Jesus. 
Isso é fácil de fazer, o difícil pode ser aplicar, mas para este tentame teremos a eternidade em espírito. 
Você é capaz de mudar o rumo da sua vida definitivamente. 
Você possui no seu intelecto as ferramentas necessárias para acessar a engrenagem divina na sua vida. 
Você pode e deve mudar o seu comportamento. 
O mundo precisa de todos nós fazendo a sua parte para recriar, aqui e agora, o novo tempo proclamado por Jesus de Nazaré. 
Façamos já a parte que nos cabe no imenso sistema universal, porque a nossa contribuição é insubstituível, haja vista que a Criação não nos fez duplos, mas únicos. 
Sejamos cartas vivas do Evangelho de Jesus. 
Sejamos o próprio Jesus na terra. 
Hélder Câmara – Blog Novas Utopias

26.11.23

NECESSIDADE DA CARIDADE SEGUNDO PAULO


 

XVIII – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER

No capítulo III, de “Libertação”, após descrever a materialização de Matilde, espírito domiciliado em Dimensões de transcendência, André descreve o diálogo que travado entre ela e Gúbio, que haveriam de se empenhar no resgate de Gregório.
Gregório, habitando uma Dimensão Subcrostal, denominada “Trevas”, despencara de grande altura, pois que, de Papa que houvera sido, segundo Matilde, passara a desempenhar “a detestável função de grande sacerdote em mistérios ocultos”, e chefiava “condenável falange de centenas de outros espíritos desditosos, cristalizados no mal...”.
Matilde ainda afirma que, por séculos, esperava pela renovação de Gregório.
Veja-se como, nas sendas da evolução, os espíritos, em certas circunstâncias, podem se afastar uns dos outros – alguns continuam “ganhando altura”, enquanto muitos se lançam a profundos desfiladeiros...
Não obstante, os espíritos que avançam prosseguem se sentindo no dever de estender as mãos àqueles da retaguarda, qual a Divina Exemplificação do Senhor, que não hesitou em tomar corpo na Terra para socorrer as desgarradas ovelhas de Seu rebanho.
*
Matilde, em conversa com Gúbio, esclarece a respeito de Gregório: “Há cinquenta anos, porém, já consigo aproximar-me dele, mentalmente. Recalcitrante e duro, a princípio, Gregório agora experimenta algum tédio, o que constitui uma bênção nos corações infiéis ao Senhor.”.
É da Lei Divina que os espíritos, por mais empedernidos, se “cansem” do mal, porque contrário à sua natureza... À espera desse “momento psicológico”, os Espíritos Benfeitores que os espreitam à distância, agem com presteza. Em respeito ao seu livre arbítrio, deixam-nos com as suas decisões e escolhas, mas, ao seu mais leve desejo de renovação, eles se apresentam, e, então, organizam missões de resgate como as que André Luiz descreve em “Libertação”.
*
Lindas e profundas estas palavras de Matilde: “Irmão Gúbio, perdoa-me o pranto que não significa mágoa ou esmorecimento... Na pauta do julgamento humano comum, meu filho espiritual será talvez um monstro... Para mim, contudo, é a joia primorosa do coração ansioso e enternecido. Penso nele qual se houvera perdido a pérola mais linda num mar de lama e tremo de alegria ao considerar que vou reencontrá-lo... Não é paixão doentia que vibra em minhas palavras. É o amor que o Senhor acendeu em nós, desde o princípio. Estamos presos, diante de Deus, pelo magnetismo divino, tanto quanto as estrelas que se imantam umas às outras, no império universal.”.
Não olvidemos, nas palavras de Matilde, que até os “monstros” têm mães... Sim, o que seria de nós outros, espíritos recalcitrantes no mal, sem o amor de nossas mães, que a tudo renunciam para aconchegar-nos ao seu peito?!...
*
Gúbio, simplesmente responde: “Nobre Matilde! estamos prontos. Dita ordens! Por mais que fizéssemos por tua alegria, nosso esforço seria pobre e pequenino, diante dos sacrifícios em que te empenhas por nós todos.”.
Matilde se fizera Benfeitora de muitos, e, agora, solicitava a alguns deles que a auxiliassem na libertação do espírito pelo qual se sentia responsável – Gregório!
Para obtermos intercessão em favor dos que amamos, carecemos de interceder em benefício daqueles que são amados por outros.
*
Em seguida, Matilde anuncia a sua volta ao corpo para breve, principalmente com o intuito de receber Gregório na condição de filho... Ela ainda esclarece que Gregório, com o passar do tempo, haveria de receber muitos daqueles que integravam as falanges do mal sob o seu comando. Certamente, haveria de permanecer à frente de alguma Instituição assistencial de amparo aos mais desvalidos.
Notemos assim que, na maioria das vezes, fazer o Bem não é uma missão, mas um resgate.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito toda terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
Capítulo 17 - https://youtu.be/qaExV7RCgu0 

25.11.23

Os Miosótis voltam a Florir


 

JESUS VOLTANDO...

Se Jesus voltasse à Terra,
Atualizando a data,
A estrebaria teria
O nome de casamata.
 
A estrela de Belém,
Luzindo na escuridão,
Seria uma míssil no espaço
Em uma grande explosão.
 
Os pastores portariam
Metralhas, e não cajados,
Caminhando pelos campos
Entre corpos espalhados.
 
Os três sábios do Oriente,
Agora homens insanos,
Do povo sempre a sofrer
Seriam cruéis tiranos.
 
O Coral do Firmamento,
Na noite que resplendia,
Dos anjos hinos cantando,
Por certo, emudeceria.
 
E em vez de fugir ao Egito,
Em meio a tanto escarcéu,
O Cristo recém-nascido,
Voltaria para o Céu.
 
Formiga/Baccelli - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”
Uberaba, 18 de Novembro de 2023.

24.11.23

O AMIGO JESUS Livro espírita de autoajuda a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

NAS PEGADAS DE JESUS

 "Tenho-vos dito estas coisas estando ainda convosco; mas o Paracleto, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito." (João, XIV, 25-26.)
 A religião de Jesus é a eterna religião da luz e da verdade. Ela não se limita à prática de simples virtudes, tal como os homens a julgam.
 Abrangendo os amplos horizontes da vida espiritual, ensina-nos os meios indispensáveis para a aquisição da imortalidade.
 A religião de Jesus não desaparece no túmulo, mas ergue-se como um Sol majestoso além da campa; onde tudo parece mergulhar em trevas, no nada, a verdade, a vida se manifesta com todo o fulgor!
 A religião de Jesus não é a religião da cruz, mas a religião da luz! Não é a religião da morte, mas a da vida! Não é a religião do desespero, mas a da esperança! Não é a religião da vingança, mas a da caridade! Não é a religião dos sofrimentos, mas a da felicidade!
 A morte, o desespero, o martírio, os sofrimentos, são oriundos das religiões humanas, assim como a cruz é o instrumento de suplício inventado pelos carrascos da velha Babilônia, da Roma Primitiva, cujos senhores massacravam corpos e almas, infringindo os preceitos do Decálogo.
 A religião de Jesus não é a religião da força, mas sim a religião do direito.
 Quando as multidões absortas se aproximavam do Mestre querido, para ouvirem suas prédicas ungidas de fé, perfumadas de caridade e cintilantes de esperança, nunca o moço nazareno lhes acenou com uma cruz; nunca pretendeu colocar sobre os ombros de seus infelizes irmãos o peso do madeiro infamante.
 Ao contrário, atraía-os com olhares de piedade e em suas sublimes exortações, em seus amorosos conselhos, para todos tinha palavras de perdão, de afeição, de consolação.
 Aos aflitos e desanimados dizia: "Vinde a mim vós que vos achais sobrecarregados; aprendei de mim, que sou humilde e manso de coração; tomai sobre vós meu jugo, que é suave, meu fardo, que éleve, e achareis descanso para as vossas almas."
 A grande missão de Jesus foi abater todas as cruzes que o mundo tinha levantado; foi arrasar todos os calvários. Ele foi o portador do bálsamo para todas as feridas, do consolo para todas as aflições, da luz para todas as trevas.
 Só aquele que tiver a ventura de percorrer as páginas do Novo Testamento e acompanhar os passos de Jesus desde o seu nascimento até a sua morte e gloriosa ressurreição, bem poderá avaliar no que consiste a doutrina do ressuscitado.
 É admirável ver o grande evangelizador no meio da plebe maltrapilha, repartindo com todos, os tesouros do seu amor! Falava-lhes a linguagem do Céu; convidava-os à regeneração, à perfeição; fazia-lhes entrever o futuro cheio de promessas salutares; animava-os a buscarem as coisas de Deus; finalmente, procurava gravar naquelas almas, turbadas pelo sofrimento, o benévolo reflexo da vida eterna, que ele tinha por missão oferecer a todas as almas.
 Jesus não foi o emissário da espada, o gladiador que leva o luto e a morte à família e à sociedade; mas sim o médico das almas, o príncipe da paz, o mensageiro da concórdia; o grande expoente da fraternidade e do amor a Deus.
 Ao longo das estradas pedregosas por onde passou, pelas cidades e aldeias, o Mestre concitava os seus ouvintes a serem bons, apontava-lhes os tesouros do Céu e a todos garantia o auxílio desse Deus invisível, cujo amparo se estende aos pássaros do céu, aos lírios dos campos.
 Após o seu admirável Sermão do Monte, e para demonstrar a ação de suas palavras, cura um leproso que, prostrado a seus pés, o adora, dizendo: "Senhor, se quiseres, bem me podes tornar limpo!"
 Na sua viagem para Cafarnaum, um centurião aproxima-se dele, pede-lhe a cura de um seu criado: a milícia celestial se agita e o doente se restabelece.
 Chegando à cidade de Cafarnaum, entra em casa de Pedro e encontra de cama, presa duma febre maligna, a sogra deste. Imediatamente, ao toque de suas mãos compassivas, a pobre velha se ergue.
 Acompanhado de seus discípulos, numa barca no Mar da Galiléia, a tempestade se desencadeia, o vento sopra rijo e as ondas se encapelam. Os discípulos, tomados de pavor, apelam para o Mestre, e a uma palavra sua os ventos cessam, o mar se acalma.
 Chegados à outra banda, ele expele uma legião de Espíritos malignos que obsediavam um pobre homem.
 Ao sair novamente da terra dos gadarenos e de volta a Cafamaum, uns homens se aproximam do nazareno e levam-lhe um paralítico que jazia em um leito. O doente recebe o perdão de suas faltas e o homem, curado, rende graças a Deus.
 Jairo, um chefe de sinagoga, sabendo os grandes prodígios operados por Jesus, corre ao seu encontro, pede-lhe libertar sua filha da morte. Enquanto Jesus caminha para a casa de Jairo, uma mulher que sofria, havia doze anos, moléstia incurável, toca-lhe na túnica e sara. Chegado o Mestre à casa do fariseu, livra a mocinha das garras da morte!
 Eis que Jesus sai da casa de Jairo, dois cegos correm após o Mestre, clamando: "Filho de Davi, tem misericórdia de nós!" Seus olhos se abrem e eles saem a divulgar na Galiléia, as grandes coisas que o Senhor lhes fez.
 No mesmo instante um grupo de homens traz ao Filho de Deus um mudo endemoninhado; Jesus expulsa o Espírito maligno e o mudo recupera a fala!
 E à proporção que as graças eram dadas, a multidão crescia, porque nelas crescia a palavra de Deus; e Jesus andava por toda parte anunciando a todos o Reino de Deus: contava parábolas, fazia comparações e, sob a forma de alegoria, transfundia nas almas a vontade suprema para que todos, removendo obstáculos, pudessem com o auxílio divino, libertar-se dos sofrimentos acabrunhadores por que passavam.
 Durante um longo período de três anos consecutivos, Jesus, todo dedicado à alta missão que tão bem desempenhou, não perdeu um só momento para deixar bem esclarecida a sua tarefa libertadora.
 Grande reformador religioso, aboliu todos os cultos, todos os ritos, todos os sacramentos de invenção humana, que só têm servido para dividir a Humanidade, formar seitas, constituir partidos, em prejuízo da unificação dos povos, da fraternidade que soube proclamar bem alto.
 E foi por isso que fariseus e escribas, sacerdotes, doutores da lei e pontífices congregados em conciliábulo maléfico, concitaram a turba bestializada contra o meigo Rabino, e unidos aos Herodes, aos Caifases, aos Pilatos e Tartufos; uns por malevolência sanguinária, outros por ambição e orgulho, outros por avareza, vil mercancia, covardia e subserviência, levaram o meigo evangelizador ao patíbulo infamante, torturando-o com morte acintosa.
 Mas o triunfo da verdade não se fez demorar; quando todos julgavam morto o redentor do mundo, quando julgavam haver abafado a sua doutrina de amor, eis que a pedra do sepulcro, onde haviam depositado o corpo do moço galileu, estremece ao toque de dois luminosos Espíritos; a cavidade da rocha se mostra vazia; Jesus aparece a Maria Madalena, ressoa por toda parte o eco da ressurreição!
 Triunfante das calúnias, das injúrias, dos tormentos, dos suplícios, da morte, o filho amado de Deus reenceta suas substanciosas lições, embalsamando seus amorosos discípulos com os eflúvios da imortalidade, únicos que nos garantem fé viva, esperança sincera e caridade eterna!
 Não valeu a prevenção dos sacerdotes, a ordem de Pilatos; não valeram os selos que lacravam o sepulcro e os soldados que o guardavam; no alvorecer do primeiro dia da semana tudo foi derribado, e o Cristo, ressuscitado, voltou à arena mundial, vitorioso na luta contra os seus terríveis algozes!
 E em sua narrativa cheia de simplicidade, diz o Evangelho, por todos os evangelistas, que o Cristo Jesus apareceu depois de morto, comunicou-se com os onze apóstolos, apareceu aos demais discípulos, e, depois, a mais de quinhentas pessoas das cercanias de Jerusalém; explicou-lhes novamente as Escrituras, repetiu-lhes a sua doutrina, que não pode ficar encerrada num túmulo, nem numa igreja: produziu diante deles fenômenos estupendos, como a pesca maravilhosa, anunciou-lhes todas as coisas que deviam acontecer, garantiu-lhes a vinda do Consolador, prometeu-lhes, além disso, a sua assistência até a consumação dos séculos, não só a eles, mas a todos os que lhe seguissem os passos e alou-se às altas regiões do espaço, donde velaria por todos.
 A religião de Jesus não consiste em dogmas e promessas falazes; é a religião da realidade.
 Religião sem manifestações e comunicações de Espíritos, é a mesma coisa que cidade sem habitantes ou casa sem moradores.
 A religião consiste justamente nessa comunhão de Espíritos, nesse auxílio recíproco, nessa afeição mútua.
 Por que é o Cristo a nossa esperança e a nossa fé? Por que lhe dedicamos amor, respeito, veneração? Por que nele confiamos nas nossas aflições? Por que lhe fazemos preces? Por que lhe devotamos admiração e lhe rendemos graças?
 Porque sabemos que ele pode e vem iluminar-nos a vida, robustecer-nos a crença, proteger-nos e amparar, auxiliar-nos e acariciar, como um pai devotado proporcionaria a felicidade e o bem-estar a seus filhos. Pois, sendo Cristo as primícias do Espírito, como afirma o apóstolo Paulo; estando certos de que ele ressuscitou, apareceu, comunicou-se, porque não podem fazer o mesmo aqueles Espíritos que nos foram amigos, parentes, aqueles que viviam conosco, mantendo mútua afeição?
 Na Epístola aos Coríntios diz o apóstolo da luz: "Se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou e é vã a nossa fé."
 A ressurreição do Cristo implica a ressurreição dos mortos; e se fosse contrária à lei de Deus, a manifestação, a aparição, a comunicação dos mortos, Jesus teria infringido essa lei; teria ido de encontro ao seu primeiro mandamento, que diz termos obrigação de obedecer ao nosso Pai celestial, amá-Lo de todo nosso coração, entendimento e alma e com todas as nossas forças!
 Mas já que o Cristo apareceu e se comunicou, é sinal certo de que a lei de Deus consiste na comunicação dos Espíritos. Jesus não invocou, no Tabor, os Espíritos de Moisés e Elias? Esta é a religião de Jesus, pois se baseia em fatos irrefutáveis; esta é a religião da fraternidade, porque tem por base a afeição verdadeira, que não termina no túmulo; seguir as pegadas de Jesus é o bastante para que sejamos por ele guiados e vençamos também como ele venceu a morte com o triunfo da ressurreição.
Livro: Parábolas e Ensinos de Jesus - Cairbar Schutel  

22.11.23

LIBERTAÇÃO Cap. 17



RESPEITO AOS SEMELHANTES

Comentário Questão 709 do Livro dos Espíritos
 
Ninguém pode matar os seus semelhantes, desculpando-se por necessidades forjadas para tirar alguém do seu caminho. Só quem pode tirar a vida física é Aquele que deu a vida. Necessário se faz que tenhamos respeito pelos semelhantes, para que eles tenham respeito por nós.
Se a vida é amor, como violentar essa lei?
O criminoso pagará duplamente essa falta, por meios variados, no sentido de aprender a respeitar a vida. Se a carência alimentar faz alguém sofrer, este deve sofrer com resignação e paciência, mas não violentar a lei que diz: "não matarás". Deve compreender que somente o amor nos defende de todas as investidas do mal, nos ajudando a compreender o sofrimento.
O auto-comando espiritual orienta que os homens devem sofrer todas as agressões, todas as provações, com coragem e abnegação, porque o exemplo de fidelidade às leis divinas se irradia e tem o poder de educar corações ainda endurecidos no mal. Observemos o quanto o Evangelho de Jesus tem instruído e educado as criaturas! Devemos mostrar a nossa gratidão a Deus pelo que recebemos das mãos de Jesus, pelos agentes do Seu coração.
Estamos sentindo a chegada do fim dos tempos maus, e é nessa época que o que está limpo se limpa mais, e o que está sujo, se suja mais. Estamos rodeados por grandes testemunhos, as trevas estão na atmosfera da Terra, e os homens envolvidos nela. Precisamos do Cristo mais que nunca; que Ele possa nos envolver com a Sua luz e não nos deixar esquecer dos Seus preceitos, para que possamos manter a vigilância e a oração.
O apóstolo Mateus nos faz lembrar, quando fala no capítulo vinte e quatro, versículo dez, desta forma:
Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros.
Jesus não deixou de falar que iria acontecer a separação de pais dos filhos, filhos contra os pais, irmãos contra irmãos e parentes contra parentes. Eis o fim dos tempos, dos tempos maus.
Não podemos dizer que somente os espíritas estão livres dessa guerra; podemos falar com segurança, que os que estão livres das sombras são os que conhecem o amor e amam, sigam eles qualquer religião ou filosofia. Somente o amor salva.
Matar não é somente tirar a vida física das criaturas; há muitas maneiras de matar, e os homens têm esse conhecimento. Todos estão sendo chamados e escolhidos pela consciência para a grande renovação, para acender a luz interior porque, com Jesus, são os caminhos internos que levam a Deus.
Quem conhece a Jesus não tem o direito de tirar a vida de ninguém, dizendo-se inocente, ignorante ou necessitado, pois sabe que Ele sacrificou a Si mesmo, para deixar que os outros vivessem. Ainda no lenho em forma de cruz, pediu por Seus algozes rogando a Deus: "Perdoai-lhes, Pai, eles não sabem o que fazem".
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

21.11.23

CONSCIÊNCIA Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria



O ENSINO DA SEMENTEIRA

Certo fazendeiro, muito rico, chamou o filho de quinze anos e disse-lhe:
- Filho meu, todo homem apenas colherá daquilo que plante. Cuida de fazer bem a todos, para que sejas feliz.
O rapaz ouviu o conselho e, no dia imediato, muito carinhosamente alojou minúsculo cajueiro em local não distante da estrada que ligava o vilarejo próximo à propriedade paternal.
Decorrida uma semana, tendo recebido das mãos paternas um presente em dinheiro, foi à vila e protegeu pequena fonte natural, construindo-lhe conveniente abrigo com a cooperação de alguns poucos trabalhadores, aos quais recompensou generosamente.
Reparando que vários mendigos por ali passavam, ao relento, acumulou as dádivas que recebia dos familiares e, quando completou vinte anos, edificou reconfortante albergue para asilar viajores sem recursos.
Logo após, a vida lhe impôs amargurosas surpresas.
Sua Mãezinha morreu num desastre e o Pai, em virtude das perseguições de poderosos inimigos na luta comercial, empobreceu rapidamente, falecendo em seguida. Duas irmãs mais velhas casaram-se e tomaram diferentes rumos.
O rapaz, agora sozinho, embora jamais esquecesse os conselhos paternos, revoltou-se contra as idéias nobres e partiu mundo a fora.
Trabalhou, ganhou enorme fortuna e gastou-a, gozando os prazeres inúteis.
Nunca mais cogitou de semear o bem.
Os anos se desdobraram uns sobre os outros.
Entregue à idade madura, dera-se ao vício de jogar e beber.
Muita vez, o Espírito de seu pai se aproximava, rogando-lhe cuidado e arrependimento. O filho registrava-lhe os apelos em forma de pensamentos, mas negava-se a atender. Queria somente comer à vontade e beber nas casas ruidosas, até à madrugada.
Acontece, porém, que o equilíbrio do corpo tem limites e sua saúde se alterou de maneira lamentável. Apareceram-lhe feridas por todo o corpo. Não podia alimentar-se regularmente. Perdeu a fortuna que possuía, através de viagens e tratamentos caros. Como não fizera afeições, foi relegado ao abandono. Branquejaram-se-lhe os cabelos. Os amigos das noitadas alegres fugiram dele; envergonhado, ausentou-se da cidade a que se acolhera e transformou-se em mendigo.
Peregrinou por muitos lugares e por muitos climas, até que, um dia, sentiu imensas saudades do antigo lar e voltou ao pequeno burgo que o vira crescer.
Fez longa excursão a pé. Transcorridos muitos dias, chegou, extenuado, ao sítio de outro tempo.
O cajueiro que plantara convertera-se em árvore dadivosa. Encantado, viu-lhe os frutos tentadores. Aproveitou-os para matar a própria fome e seguiu para a vila. Tinha sede e buscou a fonte. A corrente cristalina, bem protegida, afagou-lhe a boca ressequida.
Ninguém o reconheceu, tão abatido estava.
Em breve, desceu a noite e sentiu frio. Dois homens caridosos ofereceram-lhe os braços e conduziram-no ao velho asilo que ele mesmo construíra. Quando entrou no recinto, derramou muitas lágrimas, porque seu nome estava gravado na parede com palavras de louvor e bênção.
Deitou-se, constrangido, e dormiu.
Em sonho, viu o Espírito do pai, junto a ele, exclamando:
- Aprendeste a lição, meu filho? Sentiste fome e o cajueiro te alimentou; tiveste sede e a fonte te saciou; necessitavas de asilo e te acolheste ao lar que edificaste em favor dos que passam com destino incerto...
Abraçando-o, com ternura, acrescentou:
- Por que deixaste de semear o bem?
O interpelado nada pôde responder. As lágrimas embargavam-lhe a voz, na garganta.
Acordou, muito tempo depois, com o rosto lavado em pranto, e, quando o encarregado do abrigo lhe perguntou o que desejava, informou simplesmente:
- Preciso tão-somente de uma enxada... Preciso recomeçar a ser útil, de qualquer modo.
Livro Alvorada Cristã - Francisco C. Xavier - Neio Lúcio.

20.11.23

Cap. 10 LIBERTAÇÃO


 

Terra Abençoada

Embora seja um mundo de provas e expiações, conservando ainda muitos traços de primitivismo, a Terra é um abençoado planeta que o Senhor nos concede por valiosa escola, na qual temos oportunidade de colher as mais profícuas experiências.
Na condição de orbe, pertencente ao Sistema Solar, a Terra, igualmente, vem sofrendo com os filhos que recebe por determinação da Misericórdia Divina, com fito de tutelá-los nos caminhos da evolução.
Sem cessar, o homem vem promovendo a sua devastação, desde a destruição de sua flora e fauna à poluição criminosa de suas águas, nos fontes, nos rios e até nos oceanos.
Em consequência, o clima luta por se equilibrar, alterando-se em todas as regiões, reagindo às agressões feitas ao meio ambiente, que, caso não se detenham, hão de se mostrar irreversíveis.
Em sua insanidade mental, que, infelizmente, parece acentuar-se, o homem cede aos interesses de ordem imediata, asfixiando o espírito e relegando os interesses espirituais a plano inferior.
A devastação moral que assola o planeta não vem poupando sequer a religião, porquanto os seus representantes, sacerdotes e pastores de todas as patentes, concentram-se, em grande maioria, no ganho de ordem material, atrelado aos vícios do personalismo e da vaidade, que os fazem, cada vez mais, se distanciarem, pela sua vivência, do discurso levado a efeito em suas tribunas.
Não demorará, contudo, para que o “estômago” do organismo planetário, regurgite, lançando fora o que, gradativamente, o vem intoxicando, sob o risco de lhe decretar a morte precoce.
No entanto, não podemos deixar de destacar as imensas, e inúmeras, oportunidades de aprendizado que, na atualidade, o espírito encarnado no orbe tem à sua disposição.
Para aquele que deseja ascender, sem dúvida, não há melhor campo de trabalho do que este que a Terra lhe oferece, ou nos oferece, já que, em maioria, os que orbitamos ao seu derredor somos candidatos a novo renascer de suas entranhas benditas.
A cada dia, em cada passo, eis que despontam lições que nos exortam à aquisição de virtudes e de Conhecimento, para que, a pouco e pouco, venhamos a nos libertar da tremenda ignorância que nos aprisiona.
Em seus mais diversificados cursos, primários e secundários, poderemos, sem dúvida, nos habilitar aos de nível superior, ombreando com os espíritos que já lograram obter significativas promoções, mestreando-se e doutorando-se através das aquisições realizadas.
Assim não nos queixemos tanto dos exames aos quais, na Terra, estamos sendo submetidos para que a nossa capacidade espiritual seja devidamente analisada pelas Leis Divinas, que a ninguém promove sem mérito.
 
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 19 de Novembro de 2023.

18.11.23

Sexo e Destino

 


Louvor

Senhor Jesus, nesta oração singela
Em que Te busco de alma reverente,
Deposito aos Teus pés, humildemente,
O meu louvor à Vida, sábia e bela...
 
Em tudo, Mestre Amado, se revela
A grandeza de Deus Onipotente,
Na flor que jaz oculta na semente,
Na fonte que desliza junto à ela...
 
Pelos caminhos que prossigo além,
A superar o mal, viceja o Bem,
Há vibrações e cantos de alegria...
 
Que eu sabia obedecer Tua vontade,
Servindo aos meus irmãos da Humanidade,
Na luz de Teu amor, a cada dia!...
 
Eurícledes Formiga (*) - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião do dia 26 de Junho de 1986, em Uberaba – MG).

17.11.23

TRAMAS DO DESTINO Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Ectoplasma

Dr. Ricardo Di Bernardi
SUBSTÂNCIA ainda pouco conhecida, que flui para fora do corpo humano do médium ectoplasta (médium de efeitos físicos), através da sua manipulação , seja pelo inconsciente ou por inteligências externas encarnadas ou desencarnadas , ocorrem fenômenos de ordem superfísica, incluindo a materialização ou ectoplasmia que pode ser parcial ou completa.
Sinonimia: (fontes diversas) atmoplasma, éter vitalizado , hylê, ideoplasma, paquiplasma , primeira matéria, psicoplasma, teleplasma.
Etmologia : Grego : Ektós, por fora, plasma : molde ou substancia.
ligação do Ectoplasma projetado com o emissor:
o Ectoplasma expelido apresenta-se ligado ao médium emissor ou ao indivíduo projetado fora do corpo físico como um canal de alimentação. Há impulsos vitais bidirecionais, dando a aparência de um cordão umbilical.
Interação corpo físico / corpo astral
o Ectoplasma ao se evidenciar demonstra uma interação constante entre os dois corpos ou veículos da consciência, o corpo biológico mais denso e o corpo astral ou extrafisico menos denso
Forma
Ao exteriorizar-se por aplicação de passes magnéticos sobre o médium (Experiência de Raoul Montandan) tende a reproduzir a forma humana (antropomórfica) Vide "Formé materialise' do autor. Há a duplicação do rosto e das demais formas , seguindo a ação dos campos vitais das células do organismo humano ou modelo organizador biológico (perispírito=corpo astral)
Instabilidade
costuma ocorrer uma condição de equilíbrio instável da forma física humana com a forma humanóide (lembrando o gasparzinho ou fantasminha puff !!!)
Subordinação a Consciência
As manifestações do ectoplasma são condicionadas a fatores psicológicos derivados da vontade e da emotividade do comando inteligente direcionador do fenômeno.Inconsciente do médium , inteligência desencarnada ou encarnada)
Aspecto similar a cordão
É comum a forma de fios ou cordões.
Raio de ação
ao contrario do corpo astral que se projeta a longas distancias o ectoplasma tem raio de ação mais ou menos definido , a partir e em torno do corpo humano do médium.
Reabsorção
De natureza muito sensível demonstra tendência automática (programação pelos computadores do corpo astral ?) de retornar e ser reabsorvido pelas estruturas donde emanou.
Impacto de retorno
Em condições adversas pode retornar abruptamente ou recolher-se repentinamente.
Fenômenos de efeitos físicos
O ectoplasma do médium está relacionado a mediunidade de efeitos físicos sendo manipulado pelos espíritos desencarnados
Pseudo-consciência efêmera e dupla
médiuns relatam sentirem uma espécie de consciência dupla de curta duração durante os fenômenos.
Projeção astral:
A exteriorização de ectoplasma pode ocorrer também quando o médium está em desprendimento embora tal fato não seja o mais freqüente
Vias de eliminação
A literatura tradicional considera os orifícios de saída do ectoplasma como os naturais do organismo. (boca, anus, nariz,genitais etc) no entanto é possível que o mesmo saia por todos os poros do corpo.
Coloração
Esbranquiçada variando de tons mais claros a escuros. Já foi descrita até a cor preta o que não se observa comumente.
Elasticidade
Relativa a algumas dezenas de metros
Reação Térmica
Abaixa a temperatura do ambiente humano de contato imediato.
Sensibilidade ao olhar
Descreve-se a influencia do olhar dos circunstantes sobre o ectoplasma (ação mental ?)
Subordinação aos corpos físico e etérico
Parece haver menor subordinação ao corpo astral (perispírito) do que ao corpo etérico (corpo vital) e corpo físico.
Docilidade
Ao contrario do cordão de prata que não atende sempre ao comando mental do espírito o ectoplasma apresenta-se extremamente domesticável
Adesão de partículas
O ectoplasma pode retornar ao emissor com partículas estranhas que aderem a sua estrutura, podendo causar reações no médium
Fotossensibilidade
O ectoplasma é sensível à luz branca comum podendo ser por ela modificado.
Densidade flutuante
Em função dos fenômenos decorrentes de sua exteriorização, (efeitos físicos) pode se apresentar de forma sólida, liquida ou gasosa
Aspecto à observação
Frio, Gelatinoso, grudento, úmido, untuosos e viscoso modificando-se para floculoso, difuso, leitoso, ,liquido, gasoso, plasmático e assemelhados.
Desagradável ao toque
Alguns pesquisadores referem certa repulsividade ao tocar o ectoplasma
Odor
Pode exalar odor lembrando o gás ozônio.
Composição Química
Controvertida conforme cada pesquisador. Já foram descritas, substancias albuminoides, glóbulos brancos sanguíneos, células epiteliais, muco, lipídios etc.
Combinações
O ectoplasma apresenta-se como um combinação de elementos do corpo etérico do médium (fluido vital) , elementos do corpo humano, elementos provindos de vegetais provavelmente direcionados por mentes extrafisicas, e até fragmentos moleculares de tecidos da roupa do medium
Seccionável
Podem ocorrer rompimentos do ectoplasma expelido para análise laboratorial.
Corporificação
Corporifica veículos ou aparências e desenvolve manifestações orientadas pelas mentes do emissor ou de outrem
Escala de materialidade
corpo biológico
ectoplasma
cordão de prata e corpo etérico
corpo astral
corpo mental
espírito (inconsciente). 

16.11.23

Para Rir e Refletir


 

Ectoplasma / Espiritismo

Para não dizerem "Estão querendo inventar coisas no Espiritismo" leiam no livro: "Nos Domínios da Mediunidade" - Francisco C. Xavier - André Luiz
Capítulo: EFEITOS  FÍSICOS, para só então comentarem. 
Vinte horas haviam soado no relógio terrestre, quando entramos em acanhado apartamento, no qual se realizariam trabalhos de materialização.
Tanto Hilário quanto eu não desejávamos encerrar a semana de estudos sem observar algum serviço dessa natureza, em companhia do Assistente.
De outra feita, acompanháramos experiência dessa ordem, assinalando-a em registro de nossas impressões; contudo, os ensinamentos de Áulus eram sempre expressivos e valiosos pelos fundamentos morais de que se revestiam, e suspirei pelo instante de ouvi-lo discorrer sobre os fenômenos físicos que nos propúnhamos analisar.
O recinto destinado aos trabalhos constituía-se de duas peças, uma sala de estar ligada a estreita câmara de dormir.
O aposento íntimo, transformado em gabinete, albergava o médium, um homem ainda moço, e na sala espalhavam-se catorze pessoas, aparentemente bem-intencionadas,  das quais se destacavam duas senhoras doente, que representavam o motivo essencial da reunião, de vez que pretendiam recolher a assistência amiga dos Espíritos materializados.
Indicando-as, falou o orientador, com grave entonação de voz:
- Venho com vocês até aqui, considerando as finalidades do socorro aos enfermos, porque, embora sejam muitas as tentativas de materialização de forças do nosso plano, na Terra, com raras exceções quase todas se desenvolvem sobre lastimáveis alicerces que primam por infelizes atitudes dos irmãos encarnados. Só os doentes, por enquanto, no mundo, justificam a nosso ver o esforço dessa espécie, junto das raras experiências, essencialmente respeitáveis e dignas, realizadas pelo mundo cientifico, em benefício da Humanidade.
Quiséramos alongar o entendimento, no entanto, renteando conosco, diversos obreiros iam e vinham, dando a perceber o início dos  trabalhos daquela noite.
A higienização processava-se ativa.
O serviço reclama cuidado.
Segundo apontamentos recolhidos por nós, em outras ocasiões, aqui surgiam aparelhos delicados para a emissão de raios curativos, acolá se efetuava a ionização do ambiente com efeitos bactericidas.
Alguns encarnados, como habitualmente acontece, não tomavam a sério as responsabilidades do assunto e traziam consigo emanações tóxicas, oriundas do abuso de nicotina, carne de aperitivos, além das formas-pensamentos menos adequadas à tarefa que o grupo devia realizar.
Atento ao estudo, Áulus recomendou-nos centralizar a atenção no gabinete do médium.
Obedecemos.
Ao redor, laboriosa atividade seguia adiante.
Dezenas de entidades bem comandadas e evidenciando as melhores noções de disciplina, articulavam-se no esforço preparatório.
O instrumento medianímico já havia recebido eficiente amparo no campo orgânico.
A digestão e a circulação, tanto quanto o socorro às vísceras já eram problemas solucionados.
Dispensar-nos-emos de maior rigor descritivo, porquanto, em outras páginas, a materialização, de acordo com as nossas possibilidades de expressão, mereceu-nos meticuloso exame, no que respeita às substâncias, associações, recursos e movimentos do plano espiritual.
Agora interessava-nos a mediunidade em si.
Intentávamos analisar-lhe o comportamento, em suas relações com o ambiente e as pessoas.
E, para isso, a nosso parecer, nenhuma ocasião, melhor que aquela, em que dispúnhamos da colaboração segura de um amigo competente e devotado qual o instrutor que nos acompanhava, solícito.
Apagada a luz elétrica e pronunciada a oração de inicio, o agrupamento, como de praxe, passou a entoar hinos evangélicos, para equilibrar as vibrações do recinto.
Colaboradores desencarnados extraiam forças de pessoas e coisas da sala, inclusive da Natureza em derredor, que casadas aos elementos de nossa esfera da câmara mediúnica precioso e complicados laboratório
Correspondendo à atuação a magnática dos mentores responsáveis, desdobrou-se o médium, afastando-se  do veículo físico, de modo tão perfeito que o ato em si mais se afigurava a própria desencarnação, porque o corpo jazia no leitos, como se fora um casulo, largado e inerte.
O veículo físico, assim prostrado, sob o domínio dos técnicos do nosso plano, começou a expelir o ectoplasma, qual pasta flexível, à maneira de uma geléia viscosa e semilíquida, através de todos os poros e, com mais abundância, pelos orifícios naturais, particularmente da boca, das narinas e dos ouvidos, com elevada percentagem a exteriorizar-se igualmente do tórax e das extremidades dos dedos. A substância, caracteriza por um cheiro especialíssimo, que não conseguimos descrever, escorria em movimentos reptilianos, acumulando-se na parte inferior do organismo medianímicos, onde apresentava o aspecto de grande massa protoplásmica, viva e tremulante... 

15.11.23

LIBERTAÇÃO - Capítulo 16 – ENCANTAMENTO PERNICIOSO


 

OS SOFRIMENTOS

Comentário Questão 708 do Livro dos Espíritos
 
Existem em toda a criação processos de despertamentos espirituais, dos quais o progresso é o instrumento. Se se passa por grandes vexames, por privações, quando em torno tudo é abundância, é pela ignorância, cujo entrave impede que se possa conhecer os meios de se libertar, que é conhecendo a verdade. No entanto, depois do Cristo, as portas se abriram ao conhecimento das leis espirituais que existem dentro de todos os seres.
Falamos em muitas mensagens que o homem deve conhecer a verdade; é certo que deve, mas essa verdade vem ao seu encontro, no silêncio que lhe compete chegar. Ela nunca usa a violência.
Se os sofrimentos não fossem necessários, não existiriam. Eles são capazes de libertar as criaturas da ignorância. Os infortúnios se alojam no seio dos que desconhecem as leis de Deus. Jesus é o ponto alto do saber e do amor; depois d'Ele, não se pode reclamar ignorância. Mesmo assim, o Senhor, como representante direto de Deus na Terra, espera que os homens assimilem Seus ensinamentos, para depois os chamar à ordem.
Estamos em um período de começo de maturidade. O Evangelho circula no mundo servindo-se de muitos instrumentos para ser conhecido, e depois de conhecido, vivido. Ainda existem muitos fariseus espalhados por toda a Terra, contestando conceitos e querendo destruir a luz, porque ela os incomoda. Existem, também, muitos escribas espalhados por todas as nações, escrevendo e interpretando a seu modo as coisas santas, porque a verdade está mudando pela sua feição mais pura, e eles desejam que nada mude. A eles, nós dizemos que ninguém engana a Deus, e os que estiverem com a verdade é que ficarão de pé.
É fácil reconhecer os contraditores da luz: são aqueles que somente vêem o defeito nos outros e se esquecem dos seus, aqueles que nunca fazem nada em benefício comum. A caridade, para eles, é interpretada como alimento para quem não deseja se esforçar. São mestres na escola do desculpismo.
Para os trabalhadores do Cristo operante, Lucas lembra, no capítulo doze, versículo trinta e cinco, as palavras de Jesus insuflando-nos novo ânimo no sentido de não esquecermos a caridade:
Cingidos estejam os vossos corpos, e acesas as vossas candeias.
Não é preciso explicações para o entendimento; o cristão deve estar preparado para todas as investidas dos mesmos fariseus que se multiplicaram no mundo e dos escribas que se espalham por toda a Terra. É preciso ter resignação em todos os caminhos espinhosos e prosseguir amando e trabalhando em favor do bem de todas as criaturas. Chegamos à época do despertar das luzes. Mesmo que a humanidade, ou parte dela, se enverede pelas coisas transitórias, Deus não muda Seu programa, nem Jesus o Seu roteiro, delineado há milhões de séculos. Ele sabe o que faz. Os homens, em seu despertamento, é que não sabem o que fazer. As sementes que estão semeando, marcam os frutos que deverão colher.
Vamos lembrar desta frase luminar do "Evangelho Segundo o Espiritismo": "Fora da caridade não há salvação." Apegando-nos a essa caridade em todas as direções do entendimento, passaremos a conhecer a nós mesmos e a entender o programa de Deus que Cristo encontra executando no mundo, para salvar os homens.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

13.11.23

Lírios de Esperança


 

XVI – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER

No capítulo III – “Entendimento” –, André Luiz manifesta surpresa com as expedições socorristas que, muitas vezes, os espíritos mais esclarecidos organizam para atender aos encarnados, como também aos desencarnados que vibram noutra faixa mental.
Em suas palavras elucidativas, Gúbio explica:
“Somos todos, eles e nós, corações imantados uns aos outros, na forja de benditas experiências. No romance evolutivo e redentor da Humanidade, cada espírito possui capítulo especial.”
As ponderações do Instrutor nos levam a deduzir que o amparo mútuo é imprescindível à Evolução, e isto porque, simplesmente, ninguém prescinde do outro para evoluir – o outro, ou o próximo, é o nosso caminho para Deus!
Vivendo em regime de interdependência, não cuidar das necessidades alheias é expor-nos aos desastres que podem arrasar a vida dos semelhantes – quem não apaga o incêndio na casa do vizinho terá a sua casa consumida pelo fogo. Não é assim?!
Estamos empenhados num processo de evolução coletiva... Jesus Cristo, ao se corporificar na Terra, veio trabalhar pela condução das ovelhas tresmalhadas, mas também, certamente, para reafirmar-se, cada vez mais, na condição de Pastor do rebanho que o Criador Lhe confiou à tutela.
Amparar aos semelhantes, pois, é uma questão de inteligência, e de necessidade mútua.
As células, a fim de combaterem uma infecção que lhes ameaça a sobrevivência, saem de uma extremidade a outra do corpo, pois que têm interesse em preservar a integridade do organismo.
Não estamos, certamente, desconsiderando o Amor, que os espíritos lograrão em superior estágio evolutivo, mas, enquanto não nos deixamos mover pelo sentimento de Amor pelo próximo, pelo menos, devemos nos deixar levar pela inteligência.
*
Gúbio pondera:
“Os perigos que nos ameaçam os entes amados de agora ou de épocas que o tempo consumiu, desde muito, não nos deixam impassíveis. Os homens não se acham sozinhos na estreita senda de provas salutares em que se confinam. A responsabilidade pelo aperfeiçoamento do mundo compete-nos a todos.”
Infelizmente, é isto que o homem ainda não compreendeu... A melhor maneira de se preservar a espécie não é através da reprodução, mas, sim, dos cuidados àqueles que nascem, favorecendo-os com melhor qualidade de vida.
As nações egoístas estão navegando numa embarcação sujeita a naufrágio... Assim como se enfatiza a questão do equilíbrio ecológico, sem harmonia moral, com os povos vivendo em regime de solidariedade, um conflito é sempre arrasador, inclusive, para quem nele supostamente triunfa.
*
Reflitamos nos apontamentos do Instrutor:
“Em virtude do enigma de obsessão que nos propomos resolver, somos levados a buscar todas as personalidades que compõem o quadro de serviço. Perseguidores e perseguidos entrelaçam-se, em cada processo de auxílio, em grande expressão numérica. Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana.”
E como veremos no decorrer de nossas reflexões sobre o livro “Libertação”, quase sempre, para atender às carências de quem nos é caro, necessitamos de atender às necessidades de outros que, praticamente, nos são desconhecidos, e com os quais não temos maior afinidade.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Veja também a Gravação do Estudo Detalhado do livro LIBERTAÇÂO
feito toda terça feira às 20h. pelo Skype
Francisco Cândido Xavier (autor)
André Luiz (espírito)
Capítulo 15 - https://youtu.be/oFHLiQLunpY

12.11.23

INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO CORPÓREO Palestra de Toninho Barana


 

A Defesa de Abraão

" Então partiram dali aqueles homens, e foram para Sodoma; porém Abraão permanecendo ainda na presença do SENHOR.

E, aproximando-se a ele, disse: Destruirás o justo com o ímpio?
Se houver, porventura, cinquenta justo na cidade, destruirás ainda assim, e não pouparás o lugar por amor dos cinquenta justo que nela se encontram?
Longe de ti o fazeres tal cousa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?
Então, disse o SENHOR: Se eu achar em Sodoma cinquenta justos dentro da cidade, pouparei a cidade toda por amor deles.
Disse mais Abraão: Eis que me atrevo a falar ao SENHOR, eu que sou pó e cinza.
Na hipótese de faltarem cinco para cinquenta justos, destruirás por isso toda a cidade? Ele respondeu: Não a destruirei se eu achar ali quarenta e cinco.
Disse-lhe ainda mais Abraão: E se, porventura, houve ali quarenta? Respondeu: Não o farei por amor dos quarenta.
Insistiu: Não se ire o SENHOR, falarei ainda: Se houver, porventura, ali trinta? Respondeu o SENHOR: Não o farei se eu encontrar ali trinta.
Continuou Abraão: Eis que me atrevi a falar ao SENHOR: Se, porventura, houver ali vinte? Respondeu o SENHOR: Não a destruirei por amor dos vinte.
Disse ainda Abraão: Não se ire o SENHOR, se lhe falo somente mais esta vez: Se, porventura, houver ali dez? Respondeu o SENHOR: Não a destruirei por amor dos dez.
Tendo cessado de falar a Abraão, retirou-se o SENHOR; e Abraão voltou para o seu lugar.” – Gênesis, cap. 19 – vv 22 a 33
Desnecessário dizer o quanto Abraão se esforçou, junto ao SENHOR, para que Sodoma, junto a Gomorra, não fosse destruída, com o SENHOR fazendo chover enxofre e fogo sobre ambas as cidades.
A verdade, ao que nos parece, é que tão somente Ló houvera sido considerado justo em toda a cidade de Sodoma – nem mesmo a sua mulher, que estava saindo ilesa por méritos dele, ao olhar para trás, escapou de se converter em estátua de sal, ou seja, de ser calcinada...
Com certeza, Sodoma e Gomorra, juntas, deveriam possuir centenas de habitantes, talvez, milhares – estudiosos calculam em mais de 60 mil!...
Notemos, porém, que, embora a defesa enfática de Abraão, advogando-lhes a causa perante o SENHOR, a cidade de Sodoma não pode ser poupada por não contar nem mesmo com dez homens considerados justos...
Conforme costuma dizer um de nossos confrades internautas, o episódio, narrado em o Antigo Testamento, nos induz a pensar, pensar, pensar...
Quantos justos hoje haveriam no mundo, para que a Humanidade fosse poupada do mesmo destino de Sodoma e Gomorra?!... (*)
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

11.11.23

Temas de Hoje, Problemas de Sempre


 

Caim e Abel

Novamente, Caim matando Abel,
De novo, se repete a mesma história,
A Humanidade em triste trajetória,
Indiferente as súplicas do Céu...
 
Em vão, fala Jesus ao homem incréu,
Pregando a paz por luta meritória,
A paz real por única vitória,
Que se deve buscar sem escarcéu...
 
Não contente com a cruz foi alçada,
Quer ele agora a cruz despedaçada,
Do Cristo, ignorando o Excelso Amor...
 
Mas, um ponto final há de ser posto,
E a Humanidade inteira a contragosto,
Há de prostrar-se ao látego da dor!...
 
Cruz e Souza - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, na manhã de sábado do dia 4 de Novembro de 2023, em Uberaba – MG).

10.11.23

MÃOS ESTENDIDAS Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

DEUS PRIMEIRO

Caminharás, muitas vezes, no mundo, à maneira de barco no oceano revolto, sob a ameaça de soçobro, a cada momento; entretanto, pensa em Deus primeiro e encontrarás o equilíbrio que reina, inviolável, no seio dos elementos.
Se a natureza parece descer à desordem, prenunciando catástrofe, não permitas que a tua palavra se converta em agente da morte. Fala em Deus primeiro.
Antes das destruições que hoje atribulam a Humanidade, outras destruições ocorreram ontem, mas Deus plantou, em silêncio, novas cidades e novos campos onde a ventania da transformação instalara o deserto.
Se os profetas da calamidade e da negação anunciarem o fim do mundo, traçando quadros de aflição e terror, crê em Deus primeiro, recordando que ainda mesmo da cova pequenina, em que a semente minúscula é sepultada, o Senhor faz nascer a graja do perfume e a beleza da cor, a abastança da seiva e a alegria do pão.
Se a dor te constringe o peito, em forma de angústia ou abandono, tristeza ou enfermidade, recorre a Deus primeiro.
Ele será teu refúgio na tempestade, companheiro na solidão, esperança nas lágrimas, remédio no sofrimento.
Diante de toda provação e à frente dos próprios erros, busca Deus primeiro.
Ele, que mantém as estrelas no Espaço e alimenta os vermes no abismo, ser-nos-á sustento e consolo.
Nesse ou naquele problema, quanto nessa ou naquela dificuldade, confia em Deus primeiro e sentirás que a nossa própria vida é uma bênção de luz, para sempre guardada nos braços do Amor Eterno.
Livro: Caminho Espírita - Francisco C. Xavier - Emmanuel. 

9.11.23

Libertação


 

RESSURREIÇÃO

Recobre-se de terra uma semente
Na cova escura em que se desconforta,
Agonizando sem que esteja morta,
No chão abandonada tristemente.

Mas caindo do Céu, justo e clemente,
A chuva que a socorre e reconforta,
Vencendo a rude prova que suporta
Germina ao Sol, florindo novamente.

Também na campa que supõe o fim,
Do corpo em pó a desfazer-se assim,
Desponta uma semente, humilde e forte...

E a erguer-se, então, de seu berço de estrume,
Renasce a alma em vagas de perfume
Na Vida que floresce além a morte!...

Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso

7.11.23

O CRISTO EM NÓS Livro espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

O ELOGIO DA ABELHA

Grande mosca verde-azul, mostrando envaidecida as asas douradas pelo Sol, penetrou uma sala e encontrou uma abelha humilde a carregar pequena provisão de recursos para elaborar o mel.
A mosca arrogante aproximou-se e falou, vaidosa:
- Onde surges, todos fogem. Não te sentes indesejável? Teu aguilhão é terrível.
- Sim – disse a abelha com desapontamento -, creia que sofro muitíssimo quando sou obrigada a interferir. Minha defesa é, quase sempre, também a minha morte.
- Mas não podes viver com mais distinção e delicadeza? – tornou a mosca – por que ferretoar, a torto e a direito?
- Não minha amiga – esclareceu a interlocutora -, não é bem assim. Não sinto prazer em perturbar. Vivo tão-somente para o trabalho que Deus me confiou, que representa benefício geral. E, quando alguém me impede a execução do dever, inquieto-me e sofro, perdendo, por vezes, a própria vida.
-Creio, porém, que se tivesses modos diferentes... se polisses as asas para que brilhassem à claridade solar, se te vestisses em cores iguais às minhas, talvez não precisasses alarmar a ninguém. Pessoa alguma te recearia a intromissão.
- Ah! Não posso despender muito tempo em tal assunto – alegou a abelha criteriosa. – O serviço não me permite a apresentação exterior muito primorosa, em todas as ocasiões. A produção de mel indispensável ao sustento da nossa colméia, e necessária a muita gente, não me ofereces ensejo a excessivos cuidados comigo mesma.
- Repara! – disse-lhe a mosca, desdenhosa – tuas patas estão em lastimável estado...
- Encontro-me em serviço – explicou-se a operária humildemente.
- Não! não! – protestou a outra – isto é monturo e relaxamento.
E limpando caprichosamente as asas, a mosca recuou e aquietou-se, qual se estivesse em observação.
Nesse instante, duas senhoras e uma criança penetraram o recinto e, notando a presença da abelha que buscava sair ao encontro de companheiras distantes, uma das matronas gritou, nervosa:
- Cuidado! cuidado com a abelha! Fere sem piedade!...
A pequeninha trabalhadora alada dirigiu-se para o campo e a mosca soberba a exibir-se, voando despreocupada.
- Que maravilha! – exclamou uma das senhoras.
- Parece uma jóia! – disse a outra.
A mosca preguiçosa planou... planou... e, encaminhando-se para a copa, penetrou o guarda-comida, deitando varejeiras na massa dos pastéis e em pratos diversos que se preparavam para o dia seguinte. Acompanhou a criança, de maneira imperceptível, e pousou-lhe na cabeça, infeccionando certa região que se achava ligeiramente ferida.
Decorridas algumas horas, sobravam preocupações para toda a família. A encantadora mosca verde-azul deixara imundície e enfermidade por onde passara.
Quantas vezes sucede isto mesmo, em plena vida?
Há criaturas simples, operosas e leais, de trato menos agradável, à primeira vista, que, à maneira da abelha, sofrem sarcasmos e desapontamentos por bem cumprir a obrigação que lhes cabe, em favor de todas; e há muita gente de apresentação brilhante, quanto a mosca, e que, depois de seduzir-nos a atenção pela beleza da forma, nos deixa apenas larvas da calúnia, da intriga, da maldade, da revolta e do desespero no pensamento.
 
Livro Alvorada Cristã - Francisco C. Xavier - Neio Lúcio.