1.11.23

BENS DA TERRA

COMENTÁRIO QUESTÃO 706 do Livro dos Espíritos
 
O solo é fonte grandiosa do que necessita o homem, no entanto, existem leis que operam nas transformações, cujos produtos as criaturas usam para o seu bem-estar.
Não podemos esquecer o valor grandioso do solo, que se enriquece pelas chuvas, os raios solares e os ventos. Tudo isto enxerta a Terra de bens imperecíveis, de modo a fazer que ela produza com maior facilidade no campo dos valores nutritivos e confortáveis.
De onde se tiram a casa, os alimentos, os agasalhos e demais necessidades que a civilização nos mostra? É da mãe natureza, é da velha terra, cujo nome pronunciamos com carinho e gratidão. Essa casa de Deus muito nos serve, mesmo aos desencarnados, corno oficina de trabalho e lazer. Ela é uma escola que nos educa e instrui em variados favores de aprendizado.
Tudo o que usamos no mundo das forças, é ela que nos fornece; para tudo o de que precisamos no mundo espiritual para evolução e conhecimento, a Terra é a base acolhedora, que nos fornece sem exigências. O que queremos mais? Tudo o que vemos, sentimos e vivemos, saiu de Deus; tudo é sagrado, pela sua própria existência. Cumpre a nós outros respeitar e trabalhar, ajudando-a naquilo que Deus nos propõe.
Os elementos que compõem a Terra igualmente evoluem pelo empuxo evolutivo dos homens. A matéria se intelectualiza, pela intelectualidade dos homens. Se tudo veio de Deus, tudo se irmana na irmandade dos homens e dos Espíritos. Não devemos querer ser o maior de todos, ser o rei da criação como homem; é sempre bom ter humildade.
Estudemos Lucas, no capítulo nove, versículo quarenta e oito, que diz:
E lhes disse: Quem receber esta criança em meu nome, a mim me recebe, e quem receber a mim, recebe aquele que me enviou; porque aquele que entre vós for o menor de todos, esse é que é grande.
É necessário que o homem compreenda, que por criança o Evangelho entende tudo que se encontra abaixo do homem, precisando do seu apoio, da sua ajuda. Por que querer ser o maior, se todos somos iguais e se tudo saiu d'Aquele que criou todas as coisas?
Usemos os bens da Terra para granjear os bens dos céus, que são eternos, e os bens dos céus são o amor e a caridade, a paz de consciência e o perdão aos que nos ofendem e caluniam. Ajustemos os nossos sentimentos, na pauta do amor que o Cristo nos ensinou e viveu entre os homens.
Se queremos progredir, libertemo-nos das coisas inferiores; não nos esqueçamos de nos educar porque, pela educação, abrimos canais para o saber. No entanto, quando de posse dessa qualidade, que possamos pedir a Deus que nos ajude a usar os bens imperecíveis do Espírito.
Se não devemos nos apegar aos bens da Terra, certamente que não devemos nos apegar egoisticamente aos bens do Espírito, usando todos eles para a fraternidade universal, como sendo tudo de Deus, por amor à grande causa da Luz
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia
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