28.2.19

DROGAS


- SOLUÇÕES EM CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO

Um amigo me escreve, solicitando a minha opinião para a "pandemia" das drogas que, infelizmente, vem comprometendo o futuro de muitos jovens da nova geração.
O caso - reconheço - é muito sério, com repercussões inclusive no Mundo Espiritual, dado o número de companheiros que retornam da Terra, vitimados pela "overdose", quando não pelas sequelas de natureza mental, a requisitar demorado e complexo tratamento nos hospitais do Mais Além.
Sejamos práticos e objetivos. Em curto prazo, as drogas constituem problema de alçada policial. A questão da impunidade carece de ser, urgentemente, resolvida. Leis mais rígidas necessitam ser articuladas e postas para funcionarem, independente da classe social e do poder aquisitivo dos envolvidos no tráfico. Porque, ao contrário do que se imagina, o tráfico não se concentra apenas nas favelas.
Em médio prazo, a solução do problema, necessariamente, diz respeito à justiça social. O desemprego e/ou o subemprego fomentam a ociosidade. Cabeça e mãos desocupadas favorecem a sintonia com o mal, notadamente com a parte obscura de nossa própria personalidade. O espírito à mercê de suas inclinações e tendências tende a repetir os erros cometidos em pretéritas existências.
Em longo prazo, providência que, sendo muito otimista, talvez envolva uma ou duas gerações, a solução definitiva está na Educação. Estou me referindo, ó óbvio, à Educação abrangente e não à que cuida apenas do intelecto. Mais escolas e educadores competentes. Não se trata de alfabetizar, mas, sim, de iluminar!
Em "O Livro dos Espíritos", obra máxima da Codificação, os Espíritos Superiores disseram a Kardec que a educação é um conjunto de hábitos adquiridos. Convenhamos que tais hábitos são adquiridos nos Dois Lados da Vida! Pouco adianta o esclarecimento do espírito na vida de além-túmulo, se, ao reencarnar, ele volta para o mesmo meio e sucumbe às suas influências nocivas.
Leiam, por exemplo, do livro "Nosso Lar", o capítulo 47, intitulado "A Volta de Laura". D. Laura, um dos espíritos mais lúcidos da colônia espiritual, estando prestes a reencarnar, revela por um de seus maiores medos a influência das "zonas inferiores": "Aqui - diz ela ao Ministro Genésio -, contamos com as vibrações espirituais da maioria dos habitantes educados, quase todos, nas luzes do Evangelho Redentor; e ainda que velhas fraquezas subam à tona de nossos pensamentos, encontramos defesa natural no próprio ambiente. Na Terra, porém, nossa boa intenção é como se fora bruxuleante luz num mar imenso de forças agressivas".
Os nossos irmãos encarnados não podem, pois, confiar apenas na capacidade moral do espírito que regressa às lides materiais, a fim de se eximir das circunstâncias de um orbe de provas e expiações. Os jovens e mesmo os adultos que caem, sob a terrível influência das drogas, como se costuma generalizar, não são espíritos assim tão repletos de mazelas. E nem, por favor, se fale em carma, porque, como ensinava Chico Xavier, o carma é algo que pode estar sendo gerado no minuto que passa!
Aproveito o ensejo destas palavras, para paternal advertência a muitos pais espíritas que estão se "esquecendo" de conduzir os filhos às aulas de Evangelização nos centros espíritas. O Evangelho, administrado desde tenra idade, é remédio e vacina: remédio para os males já adquiridos e vacina contra aqueles passíveis de ainda serem contraídos!
Em linhas gerais, meu amigo, é o que penso, orando a Deus, no sentido de que a Humanidade, no intuito de combater a calamidade das drogas, não venha a necessitar, do ponto de vista coletivo, de medidas mais extremas - que, caso se façam indispensáveis, haverão de ser providenciadas pela Lei Divina!
Sobretudo, não nos esqueçamos: no combate às drogas, tenhamos ou não familiares envolvidos diretamente com elas, todos somos convocados pelas Milícias do Bem a fazer, ainda hoje, a parte que nos compete! Seja acionando a polícia, gerando empregos e/ou proporcionando a uma criança acesso ao banco escolar!

Carlos A. Baccelli - INÁCIO FERREIRA.

27.2.19

A VERDADEIRA AFEIÇÃO


Questão 485 do Livro dos Espíritos

A verdadeira afeição é totalmente espiritual e cabe ao afeiçoado distinguir o modo pelo qual encontra aqueles que lhe dedicam carinho. Ela se desprende de Espírito para Espírito, tomando a forma de amor, para alimentar os sentimentos de maior expressão no centro da alma.
Os apegos nascem de muitas fontes, dentre as quais muitas são perigosas ao coração. Existem afeições que têm suas marcas em paixões humanas de outras épocas, que ainda permanecem vivas, tomando o afeiçoado e enchendo-o de prazeres, quando esse se afiniza com as vibrações que os sentimentos imprimem. Existe também o carinho interesseiro, que sempre acaba, quando passa o interesse. Ele é transitório, como muitos outros que se pode deduzir.
As reminiscências das paixões humanas podem inspirar sintonia com a violência e podem causar distúrbios entre as pessoas, sendo quase sempre prejudiciais a outros do mesmo caminho.
Deves palmilhar a vida com alinho em tudo o que fazes e pensas, pelo menos te esforçares para tal desempenho, porque é trabalhando nesse sentido de aperfeiçoamento que alcançamos a liberdade espiritual. Convém a todos nós, encarnados e desencarnados, não deixarmos de nos esforçar todos os dias como bons combatentes e nunca abandonar nosso posto de vigilância e de oração. Todos os que se encontram nos planos resplandecentes da espiritualidade passaram por onde estamos e sabem nos tolerar, bem como ajudar-nos na longa e porfiada tarefa de melhorar.
Diz “O Livro dos Espíritos” que a verdadeira afeição nada tem de carnal, sendo ela amor puro que vibra na pureza do coração. Para atingir essa perfeição de sentimentos, porém, devemos passar antes por caminhos inúmeros que não há necessidade de enumerar. O Espírito, tornamos a dizer, é perfeito, por ter saído da Vontade Perfeita, todavia, todas as qualidades angelicais dormem na sua intimidade, esperando as mãos do tempo, em obediência a determinado espaço, para despertá-las. O Anjo é um Espírito despertado, por já ter trilhado os longos caminhos, que podemos chamar de calvários, edificando a própria vida, em se ajustando à vida de Deus.
Pelo que se nota, a evolução parte de muitos pontos dos sentimentos, mas converge para somente um: o amor que a tudo reúne como expressão de Deus. Não percas a oportunidade que te está sendo dada, de anunciares o que estás conhecendo, e viveres o que já sabes do Evangelho. Estamos todos a caminho da felicidade, e uma parte dela é conquistada pelos nossos esforços, juntamente com os que nos cercam, e a maior parte pertencendo a Deus. Jesus é o nosso guia, que nos mostra tudo para que possamos mover-nos na auto-educação espiritual, livrando-nos das paixões humanas e assegurando-nos as afeições espirituais que enriquecem o coração em Cristo e tranqüilizam a consciência em Deus.
Quem já experimentou a amizade sincera sabe o quanto vale um amigo. Quem já experimentou a afeição pura sabe o quanto vale o amor.
A família foi-nos dada para enriquecer nossas afeições, despertar o amor por aqueles que convivem conosco, sem esquecer a humanidade. Jesus dizia que deveríamos amar ao próximo como a nós mesmos, e o próximo não é somente o que está junto a nós. Haveremos de entender que ninguém se encontra longe um do outro; todos estamos juntos, na grandeza de Deus. Se Deus é amor, Ele é, também, afeição.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

26.2.19

MENSAGEIROS DIVINOS


Questão nº501

Ser-nos-á sempre fácil discernir a presença dos mensageiros divinos, ao nosso lado, pela rota do bem a que nos induzam.
Ainda mesmo que tragam consigo o fulgor solar da Vida Celeste, sabem acomodar-se ao nosso singelo degrau nas lides da evolução, ensinando-nos o caminho da Esfera Superior. E ainda mesmo se alteiem a culminâncias sublimes na ciência do Universo, ocultam a própria grandeza para guiar-nos no justo aproveitamento das possibilidades em nossas mãos.
Sem ferir-nos de leve, fazem luz em nossas almas, a fim de que vejamos as chagas de nossas deficiências, de modo a que venhamos saná-las na luta do esforço próprio.
Nunca se prevalecem da verdade para esmagar-nos em nossa condição de espíritos devedores, usando-a simplesmente como remédio dosado para enfermos, para que nos ergamos ao nível da redenção, e nem se valem da virtude que adquiriram para condenar as nossas fraquezas, empregando-a tão-só na paciência incomensurável em nosso favor, de modo a que a tolerância nos não desampare à frente daqueles que sofrem dificuldades de entendimento maiores que as nossas.
Se nos encontram batidos e lacerados, jamais nos aconselham qualquer desforço ou lamentação, e, sim, ajudam-nos a esquecer a crueldade e a violência, com força bastante para não cairmos na posição de quem nos insulta ou injuria, e, se nos surpreendem caluniados ou perseguidos, não nos inclinam à revolta ou ao desânimo, mas recompõem as nossas energias desconjuntadas, sustentando-nos na humildade e no serviço com que possamos reajustar o pensamento de quem nos apedreja ou difama.
Erigem-se na estrada por invisível apoio aos nossos desfalecimentos humanos, e aclaram-nos a fé na travessia das dores que fizemos por merecer.
São rosas no espinheiral de nossas imperfeições, perfumando-nos a agressividade com o bálsamo da indulgência, e estrelas que brilham na noite de nossas faltas, acenando-nos com a confiança no esplendor da alvorada nova, para que não chafurdemos o coração no lodo espesso do crime.
E, sobretudo, diante de toda ofensa, levantam-nos a fronte para o Justo dos justos que expirou no madeiro, por resistir ao mal em suprema renúncia, entre a glória do amor e a benção do perdão.

Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

25.2.19

MEMÓRIA DO ALÉM TÚMULO

Questão 220 de "O Livro dos Espíritos"
Automaticamente, por força da lógica, elege o homem na contabilidade uma das forças de base ao próximo caminho.
Contas maiores legalizam as relações do comércio, e contas menores regulamentam o equilíbrio do lar.
Débitos pagos melhoram as credenciais de qualquer cidadão, enquanto que os compromissos menosprezados desprestigiam a ficha de qualquer um.
Assim também, para lá do sepulcro, surge o registro contábil da memória como elemento de aferição do nosso próprio valor.
A faculdade de recordar é o agente que nos premia ou nos pune, ante os acertos e os desacertos da rota.
Dessa forma, se os atos louváveis são recursos da alma, as ações infelizes se erguem, além do túmulo, por fantasmas de remorso e aflição no mundo da consciência.
Crimes perpetrados, faltas cometidas, erros deliberados, palavras delituosas e omissões lamentáveis esperam-nos a lembrança, impondo-nos, em reflexos dolorosos, o efeito de nossas quedas e o resultado de nossos desregramentos, quando os sentidos da esfera física não mais nos acalentam as ilusões.
Não olvides, assim, que, além da morte, a vida nos aguarda em perpetuidade de grandeza e de luz, e que, nessas mesmas dimensões de glorificação e beleza, a memória imperecível é sempre o espelho que nos retrata o passado, a fim de que a sombra, reinante em nós, se dissolva, nas lições do presente, impelindo-nos a seguir, desenleados da treva, no encalço da perfeição com que nos acena o futuro.
  


Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

24.2.19

Portas do Coração


A porta que abre hoje é aquela que nos leva à esperança por novos dias.
Os tempos que vivemos são tumultuados, cheios de surpresas, amontoados de fragilidades humanas, muita guerra e muito ódio. Como aplacar tanta cegueira senão abrindo portas.
As portas que falo dizem respeito àquelas que podem ser feitas por intermédio do coração.
Quando abrimos portas, estamos convidando o outro a entrar, não ficar do lado de fora, mas compartilhar conosco com aquilo que está porta a dentro.
Queremos abrigar o outro de alguma maneira. Convidamos ele a fazer parte da nossa vida, do nosso convívio, do nosso dia a dia.
Esse convite é extensivo a todos aqueles que desejam igualmente abrir novas portas.
Ora, o mundo do jeito que está só tem solução se cada um de nós começarmos a abrir as nossas portas interiores.
- E como se faz isso, Dom Hélder?
Simples, meus caros! Estamos nos referindo as portas do coração. Estamos dizendo que permitimos ao outro compartilhar conosco das suas necessidades e desejos. E nós igualmente faremos o mesmo. É, portanto, um jogo de permissões.
Somente se abrem portas quando ambos os lados estão afetos em dividir e não em subtrair.
Eu abro as portas do meu coração há bastante tempo. Quando me dei conta, no meu tempo de padre com vocês, percebi que as portas do meu coração estavam completamente escancaradas. Depois disso, não consegui fecha-las jamais.
Essa abertura da porta interior é um convite à reflexão. Se abrirmos as portas do nosso interior, o outro se sentirá à vontade para também fazer o mesmo.
Quando abro as portas do meu coração, digo silenciosamente ao outro: “ de outra vez, não precisa nem bater, é só entrar”.
Pois bem, minha casa interior, desde então, vive repleta de amigos e irmãos. Jamais fiquei só por causa disso. Desconheço o que seja a solidão.
É um verdadeiro rebuliço de gente em profunda alegria dentro de mim, simplesmente porque permiti que minhas portas interiores estivessem abertas.
Meus caros irmãos e irmãs em Cristo Jesus, aproveitem a oportunidade que tiverem para abrir as portas do seu coração para o outro. Sem demora e sem queixumes. Sem reservas e sem expectativas.
Alguém poderia me dizer:
- Mas, Dom Hélder, e se alguém me decepcionar, trair a minha confiança?
Meus irmãos, que sejam os outros que fechem portas e não você. O segredo é estar sempre à disposição para abrir as suas portas e deixar que o outro penetre de mansinho.
Somente fazemos amigos quando abrimos as portas do nosso coração. Quando as fechamos, aí, inevitavelmente, só teremos a nossa própria companhia.
Que Jesus nos abençoe e até uma próxima oportunidade, se Deus quiser!

Helder Camara – Blog Novas Utopias

23.2.19

O AMOR


A Verdade é importante,
Não há quem possa negar
Que a excelsa luz da Verdade
Precisa se propagar.

Mas, a grandeza do Amor,
Com Deus em divino elo,
Qualquer que seja, coloca
A Verdade no chinelo.

Euricledes Formiga – Blog Espiritismo em Proza e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 9 de fevereiro de 2019, em Uberaba – MG).

22.2.19

DIVERGÊNCIAS


    Lembre-se de que as outras pessoas são diferentes e, por isso mesmo, guardam maneiras próprias de agir.
    Esclarecer à base de entendimento fraterno, sim, polemicar, não.
    Antagonizar sistematicamente é um processo exato de angariar aversões.
    Você pode claramente discordar sem ofender, desde que fale apreciando os direitos do opositor.
    Afaste as palavras agressivas do seu vocabulário.
    Tanto quanto nos acontece, os outros querem ser eles mesmos na desincumbência dos compromissos que assumem.
    Existem inúmeros meios de auxiliar sem ferir.
    Geralmente, nunca se discute com estranhos e sim com as pessoas queridas; visto isso, valeria a pena atormentar aqueles com quem nos cabe viver em paz?
    Aprendamos a ceder em qualquer problema secundário, para sermos fiéis às realidades essenciais.
    Se alguém diz que a pedra é madeira, é justo se lhe acate o modo de crer, mas se alguém toma a pedra ou a madeira para ferir a outrem, é importante argumentar quanto à impropriedade do gesto insano.

Livro: Sinal Verde - Francisco C Xavier - André Luiz

21.2.19

Distribuindo alimentos


Distribuindo alimentos às vítimas da penúria, abstém-te de azedar o pão com o vinagre da reprimenda, respeitando a condição dos que lhe batam à porta.

Livro: O Ligeirinho - Francisco C Xavier - Emmanuel

20.2.19

AFEIÇÕES

Questão 484 do Livro dos Espíritos

A afeição é filha da afinidade, forças compatíveis que se entrecruzam, vibrando na mesma faixa espiritual da vida. Esta é uma lei que mostra a justiça em todos os rumos da existência de todas as coisas e, certamente, comandando a humanidade inteira. Até o nome tem uma vibração agradável: afeição.
É de proveito comum que todos nós, encarnados e desencarnados, sustentemos as afeições, criando cada vez mais laços de amor com criaturas que têm ideias semelhantes às nossas.
A analogia dos sentimentos levar-nos-á a conhecer a nós mesmos. As pessoas que se afeiçoam conosco, e nós com elas, nos mostram em profundidade o que somos realmente. Se estamos ligados a almas que gostam de contendas, certamente que a contenda tem algumas raízes dentro de nós, o nosso dever é procurar arrancar essas raízes que não condizem com a fraternidade em Jesus, para melhorarmos a nós mesmos e aos que nos cercam.
Se os Espíritos bons se afeiçoam aos homens da mesma índole, os Espíritos maus se juntam às criaturas com as mesmas tendências. É novamente a lei de justiça se mostrando pela força da lei de amor. Entretanto, os Espíritos superiores nunca nos deixam sem assistência espiritual; eles sabem o de que precisamos e sempre nos assistem por misericórdia. Somente estão ligados pelo coração e se sentindo felizes com aqueles da mesma linha de idéias, mas, não se esquecem da caridade para conosco. Muitos homens fazem o mesmo: aos que eles se afeiçoam, estão ligados sem que haja barreiras, porém, não deixam de assistir aos que sofrem, aos encarcerados, aos famintos de todas as espécies. Nesse aspecto, o maior exemplo é o de Jesus, que veio atender a toda a humanidade enferma. E Ele diz que os sãos não precisam de médico. Mas, tinha Seu colégio apostolar mais ligado a Ele, pelos fios dos sentimentos.
Se queres conhecer-te a ti mesmo, olha os que estão ligados ao teu coração, que mais ou menos saberás quem és. Se com isso encontrares muitos defeitos a corrigir, não esmoreças; põe as mãos ao trabalho e prossegue para a frente, que Deus está com quem trabalha e se esforça para melhorar. Se tu tens momentos de amor ao próximo, se a caridade te guia de quando em vez, e em outras ocasiões o mal passa a te guiar, também terás assistência da luz e das trevas. Ainda vacilas no que concerne ao equilíbrio espiritual, mas prossegue e procura ganhar mais tempo no bem, que ele passará a te ofertar mais conforto em mais horas do dia.
Estes livros que estamos escrevendo, simples na sua linguagem, são escritos no momento em que os nossos sentimentos se ligam à luz, e a nossa boa vontade supre as nossas deficiências. Nós estamos, mesmo no mundo espiritual, esforçando-nos para que o Cristo de Deus não fique invisível em nosso coração. Somos Espíritos humanos, e damos graças a Deus pelas oportunidades de trabalhar rente ao chão com os nossos irmãos da Terra. Temos afeição por todos, pedindo à luz da vida, para nos dar mais vida para a luz que deveremos encontrar: a luz de Deus.
Que Jesus nos abençoe sempre!

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

19.2.19

MEMÓRIA DO ALÉM TÚMULO


Questão 220 de "O Livro dos Espíritos"

Automaticamente, por força da lógica, elege o homem na contabilidade uma das forças de base ao próximo caminho.
Contas maiores legalizam as relações do comércio, e contas menores regulamentam o equilíbrio do lar.
Débitos pagos melhoram as credenciais de qualquer cidadão, enquanto que os compromissos menosprezados desprestigiam a ficha de qualquer um.
Assim também, para lá do sepulcro, surge o registro contábil da memória como elemento de aferição do nosso próprio valor.
A faculdade de recordar é o agente que nos premia ou nos pune, ante os acertos e os desacertos da rota.
Dessa forma, se os atos louváveis são recursos da alma, as ações infelizes se erguem, além do túmulo, por fantasmas de remorso e aflição no mundo da consciência.
Crimes perpetrados, faltas cometidas, erros deliberados, palavras delituosas e omissões lamentáveis esperam-nos a lembrança, impondo-nos, em reflexos dolorosos, o efeito de nossas quedas e o resultado de nossos desregramentos, quando os sentidos da esfera física não mais nos acalentam as ilusões.
Não olvides, assim, que, além da morte, a vida nos aguarda em perpetuidade de grandeza e de luz, e que, nessas mesmas dimensões de glorificação e beleza, a memória imperecível é sempre o espelho que nos retrata o passado, a fim de que a sombra, reinante em nós, se dissolva, nas lições do presente, impelindo-nos a seguir, desenleados da treva, no encalço da perfeição com que nos acena o futuro.

Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

18.2.19

XXXV – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO”


XXXV – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO” – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER

O tema dos “ovóides”, que alguns espíritas relutam em aceitar, contestando a autoridade espiritual de André Luiz, e, porque não dizer, a idoneidade mediúnica de Chico Xavier, levou o autor de “Libertação” a efetuar questionamentos diversos a Gúbio.
André estava assustado, observando, através da grade da janela do aposento em que se encontrava com os amigos, que várias entidades “transportavam” essas “esferas vivas”, “como que imantadas às irradiações que lhes eram próprias”. Com certeza, André, para observá-las, estaria se servindo de sua clarividência espiritual, de vez que seria ilógico, irracional mesmo, que aqueles espíritos estivessem “andando” pela cidade arrastando “ovóides” materializados – presos à sua cabeça, aos seus ombros, enfim, ao seu corpo... Os “ovóides”, que haviam “perdido” o corpo espiritual grosseiro, assim se apresentavam transfigurados em corpo espiritual mais etéreo – sem significar, evidentemente, que pudessem estar num patamar evolutivo de ordem superior... Eles haviam “regredido” à sua condição de “mônada” – de “mônada” que, ainda em “Evolução em Dois Mundos”, André Luiz afirma  que “através do nascimento e morte da forma, sofre constantes modificações nos dois planos em que se manifesta...” (destacamos)
Repetimos: nascimento e morte nos dois planos, deixando evidente, uma vez mais, a questão da Reencarnação no Mundo Espiritual, cuja tese, até o presente momento, não houve quem pudesse rebater com argumentos lógicos e racionais.
*
A tese da Reencarnação no Mundo Espiritual, que sustentamos, tem sido simplesmente tratada com ignorância e ironia, porquanto a sua fonte espiritual e mediúnica não é do agrado de tais confrades e confreiras, que, em vez de defenderem a Verdade, defendem seus interesses pessoais, que vão se tornando cada vez mais claros, envolvendo questões ligadas ao poder e ao dinheiro.
*
O assunto dos “ovóides” possibilitou, ainda, que Gúbio e André Luiz enfocassem outra questão: a SEGUNDA MORTE.
Transcrevemos abaixo pequeno trecho:
- André – respondeu ele, circunspecto, evidenciando a gravidade do assunto –, compreendo-te o espanto. Vê-se, de pronto, que és novo em serviços de auxílio. Já ouviste falar, de certo, numa “segunda morte”...
- Sim – acentuei –, tenho acompanhado vários amigos à tarefa reencarnacionista, quando, atraídos por imperativos de evolução e redenção, tornam ao corpo de carne. De outras vezes, raras, aliás, tive notícias de amigos que perderam o veículo perispiritual (1), conquistando planos mais altos. A esses missionários, distinguidos por elevados títulos na vida superior, não me foi possível seguir de perto.
(1) O perispírito, mais tarde, será objeto de mais amplos estudos das escolas espiritistas cristãs. – Nota do Autor espiritual.
*
 “Mais tarde”, quando?! Se o livro “Libertação” está a completar, em 2019, neste mês de fevereiro, 70 anos de sua publicação, e, até agora, ninguém se dispôs a estudar o assunto com o interesse devido?!...

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 18 de fevereiro de 2019.

17.2.19

Aprendizagem Espiritual


O que aprender com a vida?
A pergunta é pertinente e eficaz e deve ser feita sempre, afinal, para que estamos na vida senão para aprender com ela.
Ao que me parece, a vida tem muitos sentidos, cada um importa para que possamos adentrar paulatinamente na grande verdade universal, porém, impotente por ora de detê-la, acostumemo-nos em angariar a nossa verdade possível.
A vida deixa constantemente pistas de aprendizado. Cada momento ela nos brinda com a oportunidade do aprender. O problema é que necessitamos estar abertos para a aprendizagem senão nada acontece.
Eu estive ensinando, certa vez, num colégio de freiras e elas me disseram que era o primeiro padre que colocava os pés naquele convento. Perguntei o porquê da restrição e me informaram que padre, mesmo sem querer, pode trazer o gérmen da ilusão, possivelmente no campo do sensualismo.
Entendi o que elas queriam dizer, mas fiquei pensando: e no dia que elas tiverem que se deparar com a situação de fato, já que entre nós reinava apenas o sentimento de fraternidade, o que iria acontecer? Como elas iriam reagir?
Esta história que contei serve para dizer que somente aprendemos de verdade quando nos deparamos com a situação real de fato. Sem a constatação, a aprendizagem se faz de maneira parcial. Portanto, evitar uma situação é desperdiçar, a qualquer momento, um instante de aprendizagem.
É claro que livros, conversas, aulas e outras situações no levam a aprendizagem, mas vivenciar a situação real é fundamental.
Os que não acreditam que a vida representa escola bendita de ensino de Deus às criaturas, digo que perde enorme tempo porque demorará a saber o que seja realmente a vida.
A busca da verdade representa um excelente caminho do aprendizado espiritual, no entanto, devemos relativizar sempre a verdade adquirida até aquele momento, haja vista que a verdade verdadeiríssima é ainda de domínio de poucos.
O espírito de aprendiz é enriquecedor. Que maravilha poder aprender sempre e sempre. Que se terá sempre algo a mais para conhecer, investigar, descobrir, reter.
Exercitem esta faculdade do eterno aprender. A vida se tornará mais rica, as situações serão melhor interpretadas e a possibilidade de erro começará a diminuir porque você aprendeu mais.

Helder Camara – Blog Nova utopias

16.2.19

Mais ou Menos Dia


Seja em mais ou menos dia,
Todo mal há de passar,
Ditaduras, tiranias,
O tempo vai sepultar.

De homens hoje poderosos
Ninguém há de se lembrar,
Seus orgulho e vaidade
Ao pó irão se juntar.

O ouro que acumularam
Alguém lhes irá tirar,
Como em suas mãos pararam,
Noutras mãos irão parar.

Quando menos esperarem,
Serão caveiras sem lar,
Mendigando piedade
Ante a morte a gargalhar.

Eurícledes Formiga – Blog Espiritismo em Proza e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 26 de janeiro de 2019, em Uberaba – MG).

15.2.19

DISCUSSÕES


"Contenda de homens corruptos de entendimento e privados de verdade,  cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais". Paulo - I Timótheo: 6:5

        No amontoado de problemas espirituais que integram o quadro de preocupações do discípulo, destacamos o fenômeno palavroso, como dos mais importantes ao seu bem-estar.
         A contenda verbal tem o seu lado útil ou o seu objetivo elevado, no entanto, é preciso considerar, antes do início, sua verdadeira finalidade.
         Discussões a esmo são ventanias destruidoras. Quando alguém delibere romper o silêncio é indispensável examinar o caráter dessa atitude. *
         Naturalmente, não estamos falando para o homem vulgar, empenhado em críticas a todas as criaturas e cousas do caminho comum, olvidando a si mesmo, mas para o discípulo de boa e sincera intenção. *
         A inferioridade com seus tentáculos numerosos convida insistentemente aos atritos, todavia, o aprendiz fiel deve conservar-se vigilante, em seu posto, sob pena de ser inscrito como servo relapso, indigno da tarefa. *
         Surgirão, como é justo, horas de esclarecimento, dilatando as luzes espirituais nas sendas retas, contudo, quando se verifique um desafio à discussão, convém meditar gravemente no assunto, antes de se atirar ao duelo das palavras. Não haverá recurso fora dos elementos de sensacionalismo? Não será falsa piedade, mascarando a causa do ganho? *
         Nem sempre esse ganho é o dinheiro; pode ser também prepotência de opinião, sectarismo, vaidade.
         Um homem na sua tarefa de realização com Deus, do trabalho mais simples ao mais complicado, pode estar certo de que está no lugar próprio, atendendo à Vontade do Senhor que ali o colocou sabiamente; mas quando se ponha em contendas, ninguém, nem ele mesmo, pode saber até onde irá e quanto carvão será depositado em sua alma, após o grande incêndio.

Livro: Sentinelas da Luz - Francisco C Xavier - Emmanuel

14.2.19

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM A TERRA


Existe uma energia poderosa realizando uma profunda transformação no planeta. A energia da Verdade. Vinda de fontes superiores, ela emana da aura dos Mestres Ascensionados em toda a nossa casa terrena.
Ela é
esterelizadora, cirúrgica e vitalizadora. Opera mudanças essenciais e necessárias na mente humana.
A função dessa força é tirar o mundo da mentira e da falsidade, revelar a AUTENTICIDADE por fora e por dentro da humanidade.
Essa energia, praticamente, vos “obriga”, vos “constrange” a rever crenças, a abrir mão da teimosia em querer a vida do jeito que achais que ela deve ser, e a renunciar à tentativa de posse sobre as pessoas que amam. Momento de completa revisão no conceito do amor, da justiça e da verdade.
Quem resiste o toque renovador dessa frequência da AUTENTICIDADE, paga um alto tributo interno. O efeito é uma dolorosa sensação de desamparo e desorientação mental que retira o sentido de viver. Essa dor abre a frequência da angustia, do medo, do desespero e da tristeza. Um pesado estado íntimo de desassossego interior e cansaço com tudo.
Há um fluxo imperativo que vos impõe urgente mudança de olhar na ACEITAÇÃO da forma como a vida acontece, e sobre como as pessoas se organizam para seguir seu destino, seu mapa pessoal.
O núcleo de tudo isso é simples e claro: ou você muda o que já sabe que precisa mudar, ou a vida vai desmoronar à sua volta, reciclando freneticamente as suas ilusões.
Seus pontos de vista e formas de entendimento já não te servem mais. Hora de decisão. Hora da Verdade sobre QUEM É VOCÊ.
DÓI MUITO MAIS RESISTIR, QUE MUDAR. A expressão da sua AUTENTICIDADE é curativa, apaziguadora e revitalizadora.
Essa Energia da Verdade solicita coragem para decidir, humildade para desapegar do que te sustentou até agora na forma de ver o mundo, e muito respeito com o que você não consegue compreender por enquanto.
A vida não vai ser como você quer. As pessoas não serão como você gostaria. Abra mais os seus olhos. Intensifique mais a sua audição.
EU SOU, Seraphys Bey
—————————————-
Psicografia por Wanderley Oliveira na madrugada de 13 de fevereiro de 2019

13.2.19

A CAUSA DA INSENSIBILIDADE


Questão 483 do Livro dos Espíritos

A causa da insensibilidade física mais profunda, observada em certos convulsionários, é a fé. Ela isola perfeitamente toda a dor, todo o constrangimento, todo o estado deprimente que nos faz consumir as oportunidades de vida na carne. A fé abre caminhos para as grandes esperanças na pátria espiritual. A fé, verdadeiramente, é mãe da esperança e filha da caridade.
Existem muitos meios pelos quais poderemos isolar a dor, tirando completamente a atenção do lugar enfermo. Os soldados em batalha, por exemplo, somente vão sentir a dor, quando feridos, depois de algum tempo, porque, no momento, no front, a sua atenção está voltada para o combate e a defesa. Nos circos romanos, na época de Jesus, a fé isolava totalmente a dor dos cristãos torturados. O importante é, pois, o ponto de apoio e força onde a criatura busca a serenidade no sacrifício.
Quando a fé faz parte da nossa vida, podemos canalizá-la para outrem, projetando e alimentando no seu íntimo a esperança e a alegria em qualquer estado em que se encontre sua alma. O próprio Jesus chegou a dizer muitas vezes: “A tua fé te curou”. Isso é grandioso para os que têm confiança em Deus e em si mesmo. Com a fé, são incontáveis os caminhos pelos quais podemos penetrar na insensibilidade perante a dor que nos castigue, nos momentos mais difíceis.
O magnetizador provoca a insensibilidade no sensitivo, mas só quando há sintonia, afinidade entre eles. Porém, tudo isso nasce da fé, porque o magnetizado tem fé no magnetizador e nas correntes da fé passa uma força que obedece ao que comanda, em conexão com o comandado, e o resultado, se esse for o caso, é a insensibilidade que se mostra em várias funções ou graus que o magnetizador queira levar.
Poderemos desenvolver esse assunto de muitos modos, para maior compreensão. As palavras que chegam aos nossos ouvidos são forças que passam a nos magnetizar e, conforme a fonte, pode mais ou menos nos influenciar. Primeiramente, influenciam-nos as palavras dos pais, dos professores e dos nossos amigos, dos que nós obedecemos, e dos próprios filhos, dos que nos tratam das enfermidades e, principalmente, dos Espíritos. As influências se estendem ao infinito, e as pessoas de maior autoridade moral nos sugestionam mais profundamente, como também aos nossos inimigos, encarnados e desencarnados. Vivemos em um mundo de influências, como também influenciamos em todos os rumos.
O próprio fanatismo exerce uma influência muito grande, mas perigosa. O fanático entrega a vida ao sacrifício pelas idéias que alimenta. Isto é comprovado em todos os setores da vida. O fanatismo nasce de onde? Da fé cega, que foge à razão em Jesus.
Há, ainda, a insensibilidade provocada pelos Espíritos, tanto superiores quanto inferiores; tudo depende da sintonia, das almas às quais estamos ligados por semelhança de ideias. Quando as criaturas conhecerem mais a verdade e ela passar a comandar a sua vida, dar-se-á o nascimento da libertação, de modo que a fé cega cederá lugar à fé raciocinada. Com a evolução espiritual, a própria fé raciocinada entregará o bastão à fé intuitiva, que nunca deixará errar o caminho para a felicidade da. alma, porque essa se encontrará na pureza da vida que desconhece mácula.
Deves ser insensível ao mal de todos os tipos, mas ser muito sensível ao bem que tem vida eterna, na eternidade de Deus. Estamos em um período de muito estudo, por nos faltarem conhecimentos espirituais sobre a ciência da vida. Ainda nos debatemos nas trevas da ignorância e a nossa sensibilidade está como radar espiritual que somente capta ondas negativas. Se fizermos uma soma de pensamentos e idéias que guardamos na consciência, certificar-nos-emos de que quase todas elas são de ordem inferior, mas com o poder de Deus, nas linhas de Jesus, canal divino do mesmo Senhor, começamos a mudar o nosso modo de pensar e sentir a vida, encontrando o céu mais perto do que julgávamos, na cidade do coração.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

12.2.19

MEDIUNIDADE E DEVER


Reunião pública de 2-3-59
    Questão nº 799

No campo da mediunidade, não ouvides que o dever retamente cumprido é a bússola que te propiciará rumo certo.
Deslumbrar-te-ás na contemplação de painéis assombrosos na esfera extrafísica, mas, se não enxergas o quadro das próprias obrigações a fim de atendê-las honestamente, a breve espaço sofrerás a espionagem das inteligências que pervagam nas trevas, a converterem-te as horas em pasto de vampirismo.
Escutarás sublimes revelações, inacessíveis ao sensório comum; todavia, se não estiveres atento para com as ordenações da consciência laboriosa e tranquila, em pouco tempo serás ouvido pelos agentes da sombra a enredarem-te os passos no fojo de perturbações aviltantes.
Assimilarás o influxo mental de Espíritos nobres, domiciliados além da Terra, e transmitir-lhes-ás a palavra construtiva em discursos admiráveis; contudo, se não demonstras reta conduta à frente dos outros, no exemplo vivo do trabalho e do entendimento, sem demora te encontrarás envolvido nas vibrações de criaturas retardadas e delinquentes, a chumbarem-te os pés na fossa da obsessão.
Psicografarás páginas brilhantes, nas quais a ciência e a fé se estampam, divinas; no entanto, se teus braços desertam do serviço santificante, transformar-te-ás facilmente no escriba da vaidade e da insensatez.
Fornecerás importantes notícias do mundo espiritual, utilizando recursos ainda ignorados pela percepção dos teus ouvintes; entretanto, se foges do estudo que te faculta discernimento, serás para logo detido no nevoeiro da ignorância.
Se a mediunidade evidente é tarefa que te assinala o roteiro, não te afastes dos compromissos que a vida te impõe.
Sobretudo, lembra-te sempre de que o talento mediúnico, encerrado nas tuas mãos, deve ser a tela digna em que os mensageiros da Espiritualidade Maior possam criar as obras-primas da caridade e da educação, porquanto, de outro modo, se buscas comprazimento na indisciplina, do pano roto de tuas energias descontroladas surgirá simplesmente a caricatura das bênçãos que te propunhas veicular, debuxada pelos artistas do escárnio, que se valem da fantasia, a detrimento da luz.

Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

11.2.19

XXXIV – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO”

– ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER

No capítulo VI, do livro em estudo, as informações prosseguem reveladoras, com Elói e André recebendo esclarecimentos de Gúbio, que se refere aos “corpos ovóides”, ou aos espíritos que regrediram no que tange à forma, pois, psiquicamente, não lograram sustentar a forma humana, que, no entanto, lhes permanece intrínseca.
O espírito, conforme ensina Kardec, não regride moralmente, mas, transitoriamente, pode, sim, não mais exercer controle mental sobre a sua forma humana.
André descreve: “... reparei, não longe de nós, como que ligadas às personalidades sob nosso exame, certas formas indecisas, obscuras. Semelhavam-se a pequenas esferas ovóides, cada uma das quais pouco maior que um crânio humano. Variavam profusamente nas particularidades. Algumas denunciavam movimento próprio, ao jeito de grandes amebas, respirando naquele clima espiritual; outras, contudo, pareciam em repouso, aparentemente inertes, ligadas ao halo vital das personalidades em movimento.”
Tais “corpo ovóides”, em sua forma “concentrada”, podem ser comparados às “mônadas” da evolução inicial dos seres. Imaginemos um ovo de qualquer ave que, essencialmente, encerra a forma da espécie a que pertence. Não nos esqueçamos, de outro lado, que, praticamente, todo espírito reencarnante se transfigura em “ovóide”, tendo suprimido em seu corpo espiritual os implementos característicos do corpo humano.
Avançando um pouco mais, podemos dizer que o espírito, ao transcender a sua humanidade, retorna ao estado de origem, ou seja, de mônada, porém completamente lúcido. Em “O Livro dos Espíritos”, quando discorrem sobre a forma dos espíritos, os Autores da Codificação afirmam que, em si, o espírito é “uma flama, um clarão ou uma centelha etérea”.
*
O “ovóide” nada mais que a expressão do “corpo mental”.
*
No livro “Evolução em Dois Mundos”, atestando, em passant, a tese da Reencarnação no Mundo Espiritual, André Luiz escreveu no capítulo II, da lavra mediúnica de Chico Xavier: “Esse corpo (perispírito) que evolve e se aprimora nas experiências de ação e reação, no plano terrestre e nas regiões espirituais que lhe são fronteiriças, é suscetível de sofrer alterações múltiplas, com alicerces na adinamia proveniente da nossa queda mental no remorso, ou na hiperdinamia imposta pelos delírios da imaginação, a se responsabilizarem por disfunções inúmeras da alma, nascidas do estado de hipo ou hipertensão no movimento circulatório das forças que lhe mantêm o organismo sutil, e pode também desgastar-se, na esfera imediata à esfera física, para nela se refazer, através do renascimento, segundo o molde mental preexistente, ou ainda restringir-se à fim de se reconstitruir de novo, no vaso uterino, para a recapitulação dos ensinamentos e experiências de que se mostre necessitado, de acordo com as falhas da consciência perante a Lei.”

No texto acima está clara a questão da Reencarnação no Mundo Espiritual.
Não raro, para se reconstituírem, em seus corpos perispirituais, os corpos “ovóides” carecem de renascer no Mundo Espiritual, antes que voltem a reencarnar na Esfera Física.
O assunto, sem dúvida, é intrigante e maravilhoso, não obstante apenas para aqueles que não se encontram presos a preconceitos, ou que insistem em seus velhos dogmas doutrinários – dogmas que a Doutrina, em absoluto, não possui, mas nos quais muitos ainda sentem necessidade de se apoiarem endossando interesses de ordem pessoal.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 11 de fevereiro de 2019.

10.2.19

Mãos


Duas mãos que se abrem num gesto de pedir.
Duas mãos que se fecham no ato de não mais permitir.
O que são as mãos senão o espelho da alma.
Mãos que agradecem.
Mãos que suplicam perdão.
Mãos que acariciam outras mãos.
Mãos que se elevam aos céus clamando justiça e paz.
Mãos que abraçam e que não queremos deixá-las jamais.
Mãos que apontam caminhos.
Mãos que fazem a vida ter sentido na oração.
Mãos que acenam adeuses e choram a partida alheia.
Mãos que dizem não.
Mãos que protegem a face da vergonha.
Mãos que se embaraçam lavando as próprias mãos.
Mãos que indicam surrupião.
Mãos que enxugam lágrimas.
Mãos que demonstram que estamos a pensar.
Todos os gestos das mãos têm o seu significado próprio e original. É uma forma de se encontrar com o mundo.
Usem as mãos.
Falem com as mãos.
Gritem com as mãos.
Mas que elas sejam, o máximo que você puder, uma possibilidade de levar amor e carinho a quem elas encontrar.
Que tuas mãos sejam, de verdade, o reflexo da tua alma.

Hélder Câmara – Blog Novas Utopias

8.2.19

LUZ e CARIDADE


Prece Luz e Caridade escrita pelo saudoso Gelindo Bassetto.

Oh! poderoso Pai, vós que sois o puro e verdadeiro amor, grande manancial de Luz, que ilumina os mundos!
Fazei, Senhor, que um raio de vossa divina luz ilumine as trevas da nossa ignorância, que é a causa principal de tantos desvarios, dores e lágrimas.
Auxiliai-nos, Senhor, por intermédio dos vossos anjos tutelares, a fim de que possamos alcançar o entendimento e carregarmos a cruz por nós preparada com o peso das nossas imperfeições e subirmos o gólgota, expiando nossos erros tendo, como exemplo, o nosso amado mestre Jesus.
E, com as lágrimas de um arrependimento sincero, possamos lavar o lodo que ainda obscurece nossa alma para que, um dia, ela possa humildemente prostra-se perante vós, pura e santificada espargindo o perfume da caridade e o amor fraternal entre todos os seres da vossa criação.
Misericórdia, conforto e esperança em todos os corações, para que a paz reine sobre a face da terra.

7.2.19

discurso do Sr. Prévost

Trecho do discurso do Sr. Prévost, membro da Sociedade Espírita de Paris, na inauguração da Casa de Retiro de Cempuis em 19/07/1863

"Deus do Céu e da Terra, soberano senhor de todas as coisas, tem piedade de nossa fraqueza; eleva nossos corações para ti, a fim de que aprendamos a cumprir os nossos deveres segundo a tua vontade, e para que todas as nossas ações estejam de acordo com a tua lei universal. Senhor, faça que nossa alma esteja cheia de teu amor; que se apaixone do fogo sagrado da convicção, e que ela prove a sua fé por atos de uma verdadeira caridade. Todas as Palavras, por boas que sejam, se não são seguidas dos efeitos da benevolência para com as tuas criaturas, se assemelham a uma bela árvore que não produz frutos.
Ajuda-nos pois, Poder infinito, a superar os obstáculos que poderiam se elevar sobre nossos passos, e entravar nosso desejo de nos tornarmos úteis na missão para a qual nos escolheste; dá-nos a força necessária para cumpri-la com amor e sinceridade

Revista Espírita - sexto ano - 1863
Allan Kardec  

6.2.19

EFEITO MAGNÉTICO POR SIMPATIA


Questão 482 do Livro dos Espíritos

Para compreender um fato de o estado anormal dos convulsionários estender-se subitamente a toda uma população, necessário se faz que busquemos exemplos como os realizados pelos magnetizadores e magnetizados. Em um espetáculo onde os artistas são magnetizadores e magnetizados, a plateia, em se afinando com os dois personagens, sente a sua influência.
Os convulsionários entram em transe, por si ou provocado, usando todos os seus poderes, e como sempre se encontram sensitivos em variadas escalas, muitos deles caem igualmente em transe magnético. Esses são os simpáticos aos trabalhos que se realizam, mas, no fundo, o agente é somente um: o magnetismo dos provocadores do fenômeno. Os casos de sensibilidade aguçada ou insensibilidade dependem da vontade do sensitivo e daquele que provocou o estado de transe. O ideal é, pois, o ponto de força onde busca a criatura o prazer em se sacrificar.
São muito comuns os espetáculos dos faquires, que na Índia existem em profusão. Eles se isolam perfeitamente pela vontade, se autohipnotizando, podendo ficar meses sem se alimentarem, e mesmo serem crucificados em praça pública. Deus permite esses fatos para mostrar à humanidade o quanto se pode fazer pela força do pensamento. Muitos usam suas forças em proveito próprio ou por vaidade, mas, isso é o começo do desabrochar dos seus dons espirituais, que mais tarde tomarão outros caminhos, aqueles ensinados e trilhados por Jesus Cristo, nosso Mestre.
Usando desses assuntos, chamamos a atenção para outra dinâmica de vida, mais útil à alma, que é isolar-se da enfermidade moral, isolar-se das más influências .e dos maus pensamentos, aplicando a atenção somente no bem, na grande e maior de todas as batalhas, aquela que se processa dentro de nós. Os fenômenos exteriores estão se arrefecendo, porque eles despertam a alma, mas o que leva o espírita a interessar-se mais pelas belezas da vida espiritual é a consciência da vida imortal, é saber de onde veio e para onde deve ir, é o prazer de viver onde quer que seja, compreendendo que se encontra dentro do eterno, desaparecendo presente, passado e futuro. E o que sucede com este esforço de iluminar-se? Surge a esperança, e da esperança passamos para a felicidade, que nos espera para a vida eterna com Jesus, sob as bênçãos do Criador.
O efeito das sugestões se processa todos os dias sob a nossa vista. Basta prestar atenção no correr dos fatos: aquele que tem simpatia por nós, por exemplo, estabelece uma corrente de influências entre os dois corações, e a verdade é que ninguém influencia sem ser influenciado; mesmo entre a humanidade de que fazemos parte, encarnados e desencarnados, existe uma corrente de influências que se interligam a todos os nossos pensamentos: são mescla de todas as criaturas. A clareza de ideias depende do esforço de todos, mas enquanto muitos dormem, desconhecendo esta verdade, façamos a nossa parte, purificando o que vem ao nosso encontro, por lei de sintonia.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

5.2.19

MEDITEMOS


Reunião pública de 14-9-59 Questão nº. 4

Revelando avançada paranóia, pela hipertrofia do orgulho ante as conquistas da civilização atual, há quem pretenda banir a ideia de Deus do pensamento humano, encastelando-se na demência disfarçada de grandeza.
No torvo cometimento, situam-se todos os mentores do ateísmo histórico e prático, notadamente entre os povos-polvos, sequiosos de hegemonia e influência.
Todavia, quantos se consagram a semelhante monstruosidade do raciocínio esquecem-se de que apenas há quatro lustros as nações mais cultas do Globo se empenharam em pavorosa carnificina.
No prélio terrível, salientavam-se os países superalfabetizados do mundo... Bastaram, porém, simplesmente alguns meses de luta para que se rebaixassem à condição de feras, fazendo renhir as garras sanguissedentas e fulminando as aquisições do espírito, com o objetivo de aniquilar a soberania da razão.
Quanto acontece agora, dispunham todos eles de tratados que lhes salvaguardavam as instituições livres...
Isso, no entanto, não impediu esquecessem os compromissos internacionais, arrasando cidades abertas e incendiando vilarejos pacíficos.
Enfileiravam largas bibliotecas de ciências sociais, em louvor da dignidade humana, mas caíram como chacais sobre mulheres e crianças indefesas, cruentando populações inermes.
Contavam com alevantado progresso da navegação marítima e com elevados princípios a lhes nortearem os movimentos, mas converteram os oceanos em teatros de pirataria e de sangue.
Possuíam as mais nobres invenções, quais o avião e o rádio, o cinema e a grande imprensa, inclusive o domínio iniciante da energia nuclear ; contudo, mobilizaram todos esses recursos no assalto a lares e hospitais, escolas e templos.
Nos campos reservados à concentração de prisioneiros, o envenenamento e o suplício da fome, a bestialidade e o assassínio foram considerados atos legais.
Do sinistro balanço constaram milhões de cadáveres, milhões de mutilados, milhões de órfãos, milhões de feridos, milhões de desajustados...
Não valeram descobertas da indústria, avanços da ciência, alturas filosóficas, ajustes políticos ou exaltações das letras.
Tudo desceu às trevas da carnagem.
.R que, quando a ambição se desregra entre os homens, cresce a força da injustiça, e, quando a injustiça se erige como poder supremo na face da Terra, habitualmente aparece o esquecimento de Deus, no âmago das elites. E, com o esquecimento do Criador, desentendem-se as criaturas, gerando conflito e destruição.
Entregue ao livre-arbítrio, nos recessos da própria alma, pode o homem olvidar a Paternidade Divina e escarnecer a ideia religiosa que lhe traça roteiro moral, mas tomba nos arrastamentos da irresponsabilidade e da delinquência ; pode, com ingratidão e crueldade, pregar à vida o desrespeito a Deus, mas a vida lhe responde com as trevas do caos.

Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

4.2.19

XXXIII – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO” – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER


Continuando as suas elucidações no capítulo VI – “Observações e Novidades”, Gúbio faz importante revelação a respeito das “inteligências sub-humanas”:

“Aqui mesmo, nesta cidade, tínhamos, a princípio, autêntico império de vidas primitivas que, pouco a pouco, se fez ocupado por extensas coletividades de almas vaidosas e cruéis. Entrincheiravam-se nestes sítios, guardando o louco propósito de hostilizar a Bondade Excelsa, e exercem funções úteis junto a enorme agrupamento de criaturas, ainda sub-humanas...”
Destacamos os ensinamentos:
1 – A cidade, ou o espaço correspondente a ela, era ocupado por vidas primitivas, que, evidentemente, careciam de evolver, ou seja, de ser “impulsionadas” a sair da mesmice evolutiva em que se encontravam.
2 – Tais vidas primitivas, então, foram “dominadas” por “extensas coletividades de almas vaidosas e cruéis”, que, certamente, embora as escravizando, induziram-nas a trabalhar, e, de alguma sorte, desenvolver a sua capacidade intelectual. Vejamos que o “processo” é semelhante ao que ocorreu, e tem ocorrido, ao longo da história da Humanidade, em que alguns povos são submetidos a outros, que terminam por lhes ensejar algum bem.
3 – Essas “almas vaidosas e cruéis”, segundo Gúbio, entrincheiravam-se, e entrincheiram-se, com “o louco propósito de hostilizar a Bondade Excelsa”, opondo-se às Leis Divinas – fugindo à Lei do Carma, ansiando por perpetuarem-se no poder, enfim, amotinarem-se contra o Criador – almas insanas, quais, sobre a Terra, deparamo-nos com tantas, que imaginam que lograrão enganar a Eterna Justiça.
4 – “... funções úteis junto a enorme agrupamento de criaturas, ainda sub-humanas...” Na sequência, esclarece o Instrutor: “Usam a violência em largas doses, todavia, no curso dos anos, a influenciação intelectual delas trará grandes benefícios aos oprimidos de agora e estejamos convictos de que, apesar de blasonarem inteligência e poder, permanecerão nos postos que ocupam apenas enquanto perdurar o consentimento da Divina Direção...” – o mal a serviço do Bem. Como ensinou Jesus sobre a necessidade do escândalo... Essa situação de opressão – ela mesma – termina por “fermentar” e, assim, possibilitar o surgimento de lideranças libertárias e progressistas, que levam ao povo escravizado a novas concepções existenciais. Tal fenômeno pode ser apreciado na história política, social, religiosa, etc, de todos os povos.
*
Que “inteligências sub-humanas” serão as referidas por Gúbio?! Certamente, seres racionais, ou completamente racionais, ainda não são – são “sub-humanos”! Sem dúvida, o Instrutor se refere aos espíritos denominados, genericamente, de “elementais”, que, aliás, se fazem presentes em literatura de ficção de muitos autores encarnados. No livro “Roteiro”, de Emmanuel, no capítulo 9, “O Grande Educandário”, o Benfeitor Espiritual, igualmente, se refere a “bilhões de inteligências sub-humanas que são aproveitadas nos múltiplos serviços do progresso planetário”...
*
Essas “criaturas” – Gúbio não as denomina de “espíritos”, posto não terem ainda atingido a razão plena – constituem um elo de transição entre a animalidade e a racionalidade, entre o instinto e a inteligência, uma espécie que, digamos, se situaria entre o macacóide e o homem propriamente dito.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 3 de fevereiro de 2019. 

3.2.19

Prazer de Amar


É preciso querer amar e não simplesmente esperar que o amor aconteça nas nossas vidas.
É preciso procurar as razões para aprender a amar, pois, pelo que se sabe, amar é algo que dá prazer na vida.
Eu já amei muito e bem pouco daquilo que o amor pode me proporcionar e posso assegurar que não há nada mais especial do que amar.
O amor a Deus é o primeiro deles. Porque imaginar-se só, produto do acaso, é muito pobre para o ser humano. Quando se admite a hipótese de ser um ente divino na Terra à medida que fomos criados por Ele isso nos agiganta a existência. Ele responde do seu jeito porque o amor de Deus literalmente cobre uma multidão de nossos pecados.
O outro amor, igualmente necessário, é o de amar aos outros, o próximo, o seu irmão de caminho. Aquele que está ao seu lado, mas também aquele distante, o que foi vítima de alguma má sorte, mas que seu coração se queda de amor por ele. Próximo, neste caso, nada tem a ver com proximidade física, mas com aquele que é igual a você em humanidade. Este amor é que é a antítese do egoísmo, beira ao que se convencionou chamar de altruísmo. Sair-se de si e ir ao encontro do outro.
Amar a si mesmo, porém, é questão fundamental. Como podemos pensar em amar o Divino e o nosso irmão se nem conseguimos amar a nós mesmos?
Sei da dificuldade disso, por incrível que possa parecer, mas muita gente não consegue se amar. Está sempre achando um defeito em si e na vida. Não se gosta o suficiente e, deste modo, é extremamente infeliz. Pobre criatura que ainda não descobriu a essência divina em si mesma.
Pois bem, o prazer de amar está naturalmente na ascensão que ele nos proporciona diante das dificuldades momentâneas, das intempéries da vida, das frustrações que o outro pode lhe proporcionar, por desgosto de viver e um sem número de outros malefícios.
Amar dulcifica a vida. Põe mais gosto em tudo, ou seja, funciona como sal da vida também. É o tempero indispensável para se viver bem.
Pergunte a alguém que ama, que tem a oportunidade de amar alguém de verdade ou se ama, se ela não é profundamente feliz?
Amar, porém, não pede consequência pelo ato de amar. Quem ama não cria exigência nem expectativa do outro. Ele ama pelo simples prazer de amar.
Amar é divino porque representa o próprio reflexo de Deus em nós, haja vista que Ele é somente amor.
Amem, desesperadamente amem! Amem com consciência do que é amar, porque quem ama de verdade nunca sofre.
Eu amo todos os dias a oportunidade de viver. Cada pingo de vida me faz feliz e agradeço ao Pai da vida por esta possibilidade inenarrável de viver e ser feliz.
Helder Camara – Blog Novas Utopias

2.2.19

AO OBREIRO DO SENHOR


Não desistas, continua,
Prossegue devagarinho,
Não te permitas deter
Pelas pedras do caminho.

Não deixes que o desalento
Arrefeça-te o Ideal,
Persistindo vigilante
Contra a influência do mal.

Não escutes quem te fale
Que é tempo de pausar,
Que o obreiro de Jesus
Nunca pensa em descansar.

Se já não podes correr
Como corrias outrora,
Natural que seja outro
O teu ritmo de agora.

Entretanto, para frente,
A tua cruz sustentando,
Não pares de caminhar
Nem que seja manquejando.

Eurícledes Formiga – Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 19 de janeiro de 2019, em Uberaba – MG).

1.2.19

DIFERENTES MUNDOS - 2


    Kardec [Evangelho Segundo o Espiritismo-cap III] apresenta uma classificação didática dos diferentes mundos:
    __ Mundos Primitivos:
    São aqueles onde se verificam as primeiras encarnações da alma humana. São ainda inferiores a Terra, tanto moral quanto intelectualmente.
    __ Mundos de Expiação e Prova:
    Correspondem a mundos em que ainda predomina o mal. A superioridade da inteligência, num grande número de seus habitantes, indica que eles não são um mundo primitivo. Suas qualidades inatas são a prova de que os Espíritos ali encarnados já realizaram um certo progresso, mas também os numerosos vícios a que se inclinam são o indício de uma grande imperfeição moral.
    A Terra nos oferece um dos tipos de mundos expiatórios, em que as variedades são infinitas, mas têm por caráter comum servir como meio de expiação aos erros do passado e apresentar provas para o futuro, onde, através das dificuldades, da luta, enfim, contra as más inclinações os Espíritos ali vinculados poderão alçar-se a globos menos materializados.
     __ Mundos de Regeneração:
    Os mundos de regeneração servem de transição entre os mundos de  expiação e os felizes. A alma que busca uma evolução consciente, neles encontram a paz, o descanso, e os elementos para avançarem.
    Nesses mundos o homem ainda está sujeito às leis que regem a matéria. A humanidade ainda experimenta as nossas sensações e os nossos desejos, mas está isenta das paixões desordenadas que nos escravizam; Neles não há mais orgulho que emudece o coração, inveja que o tortura e ódio que o asfixia.
    Nesses mundos, contudo, ainda não existe a perfeita felicidade, mas a aurora da felicidade. Os Espíritos vinculados a eles necessitam muito evoluir, em bondade e em inteligência.
     __ Mundos Felizes:
    São aquele onde o bem supera o mal. Kardec mostra-nos algumas características desses mundos: a matéria é menos densa, o homem já não se arrasta penosamente pelo solo, suas necessidade físicas são menos grosseiras, e os seres vivos não mais se matam para se alimentarem; o Espírito é mais livre, tem percepções que desconhecemos, e a mediunidade intuitiva é bem mais evidente do que entre nós; a intuição do futuro e a segurança que lhes dá uma consciência tranqüila e isenta de remorsos fazem que a morte não lhes cause nenhuma apreensão; a duração da vida é bem  maior, pois o corpo está menos sujeito às vicissitudes da matéria grosseira; a infância existe, mas é mais curta e menos ingênua; a autoridade é sempre respeitada, porque decorre unicamente do mérito e se exerce sempre com justiça; a reencarnação é quase imediata, pois a matéria corpórea sendo menos grosseira, o Espírito encarnado goza de quase todas as faculdades do Espírito; a lembrança das existências corpóreas é mais precisa; as plantas e os animais são mais perfeitos, sendo os animais mais adiantados do que na Terra.
    __ Mundos Celestes ou Divinos:
    Morada dos Espíritos purificados, onde o bem reina sem mistura.

Apostila: Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora - MG.