Continuando as suas
elucidações no capítulo VI – “Observações e Novidades”, Gúbio faz importante
revelação a respeito das “inteligências sub-humanas”:
“Aqui mesmo, nesta cidade,
tínhamos, a princípio, autêntico império de vidas primitivas que, pouco a pouco,
se fez ocupado por extensas coletividades de almas vaidosas e cruéis.
Entrincheiravam-se nestes sítios, guardando o louco propósito de hostilizar a
Bondade Excelsa, e exercem funções úteis junto a enorme agrupamento de
criaturas, ainda sub-humanas...”
Destacamos os ensinamentos:
1 – A cidade, ou o espaço
correspondente a ela, era ocupado por vidas primitivas, que, evidentemente,
careciam de evolver, ou seja, de ser “impulsionadas” a sair da mesmice
evolutiva em que se encontravam.
2 – Tais vidas primitivas,
então, foram “dominadas” por “extensas coletividades de almas vaidosas e
cruéis”, que, certamente, embora as escravizando, induziram-nas a trabalhar, e,
de alguma sorte, desenvolver a sua capacidade intelectual. Vejamos que o
“processo” é semelhante ao que ocorreu, e tem ocorrido, ao longo da história da
Humanidade, em que alguns povos são submetidos a outros, que terminam por lhes
ensejar algum bem.
3 – Essas “almas vaidosas e
cruéis”, segundo Gúbio, entrincheiravam-se, e entrincheiram-se, com “o louco
propósito de hostilizar a Bondade Excelsa”, opondo-se às Leis Divinas – fugindo
à Lei do Carma, ansiando por perpetuarem-se no poder, enfim, amotinarem-se
contra o Criador – almas insanas, quais, sobre a Terra, deparamo-nos com
tantas, que imaginam que lograrão enganar a Eterna Justiça.
4 – “... funções úteis junto
a enorme agrupamento de criaturas, ainda sub-humanas...” Na sequência,
esclarece o Instrutor: “Usam a violência em largas doses, todavia, no curso dos
anos, a influenciação intelectual delas trará grandes benefícios aos oprimidos
de agora e estejamos convictos de que, apesar de blasonarem inteligência e
poder, permanecerão nos postos que ocupam apenas enquanto perdurar o
consentimento da Divina Direção...” – o mal a serviço do Bem. Como ensinou Jesus
sobre a necessidade do escândalo... Essa situação de opressão – ela mesma –
termina por “fermentar” e, assim, possibilitar o surgimento de lideranças
libertárias e progressistas, que levam ao povo escravizado a novas concepções
existenciais. Tal fenômeno pode ser apreciado na história política, social,
religiosa, etc, de todos os povos.
*
Que “inteligências
sub-humanas” serão as referidas por Gúbio?! Certamente, seres racionais, ou
completamente racionais, ainda não são – são “sub-humanos”! Sem dúvida, o
Instrutor se refere aos espíritos denominados, genericamente, de “elementais”,
que, aliás, se fazem presentes em literatura de ficção de muitos autores
encarnados. No livro “Roteiro”, de Emmanuel, no capítulo 9, “O Grande
Educandário”, o Benfeitor Espiritual, igualmente, se refere a “bilhões de
inteligências sub-humanas que são aproveitadas nos múltiplos serviços do
progresso planetário”...
*
Essas “criaturas” – Gúbio não
as denomina de “espíritos”, posto não terem ainda atingido a razão plena –
constituem um elo de transição entre a animalidade e a racionalidade, entre o
instinto e a inteligência, uma espécie que, digamos, se situaria entre o
macacóide e o homem propriamente dito.
INÁCIO FERREIRA – Blog
Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 3 de fevereiro de 2019.
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