4.2.19

XXXIII – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO” – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER


Continuando as suas elucidações no capítulo VI – “Observações e Novidades”, Gúbio faz importante revelação a respeito das “inteligências sub-humanas”:

“Aqui mesmo, nesta cidade, tínhamos, a princípio, autêntico império de vidas primitivas que, pouco a pouco, se fez ocupado por extensas coletividades de almas vaidosas e cruéis. Entrincheiravam-se nestes sítios, guardando o louco propósito de hostilizar a Bondade Excelsa, e exercem funções úteis junto a enorme agrupamento de criaturas, ainda sub-humanas...”
Destacamos os ensinamentos:
1 – A cidade, ou o espaço correspondente a ela, era ocupado por vidas primitivas, que, evidentemente, careciam de evolver, ou seja, de ser “impulsionadas” a sair da mesmice evolutiva em que se encontravam.
2 – Tais vidas primitivas, então, foram “dominadas” por “extensas coletividades de almas vaidosas e cruéis”, que, certamente, embora as escravizando, induziram-nas a trabalhar, e, de alguma sorte, desenvolver a sua capacidade intelectual. Vejamos que o “processo” é semelhante ao que ocorreu, e tem ocorrido, ao longo da história da Humanidade, em que alguns povos são submetidos a outros, que terminam por lhes ensejar algum bem.
3 – Essas “almas vaidosas e cruéis”, segundo Gúbio, entrincheiravam-se, e entrincheiram-se, com “o louco propósito de hostilizar a Bondade Excelsa”, opondo-se às Leis Divinas – fugindo à Lei do Carma, ansiando por perpetuarem-se no poder, enfim, amotinarem-se contra o Criador – almas insanas, quais, sobre a Terra, deparamo-nos com tantas, que imaginam que lograrão enganar a Eterna Justiça.
4 – “... funções úteis junto a enorme agrupamento de criaturas, ainda sub-humanas...” Na sequência, esclarece o Instrutor: “Usam a violência em largas doses, todavia, no curso dos anos, a influenciação intelectual delas trará grandes benefícios aos oprimidos de agora e estejamos convictos de que, apesar de blasonarem inteligência e poder, permanecerão nos postos que ocupam apenas enquanto perdurar o consentimento da Divina Direção...” – o mal a serviço do Bem. Como ensinou Jesus sobre a necessidade do escândalo... Essa situação de opressão – ela mesma – termina por “fermentar” e, assim, possibilitar o surgimento de lideranças libertárias e progressistas, que levam ao povo escravizado a novas concepções existenciais. Tal fenômeno pode ser apreciado na história política, social, religiosa, etc, de todos os povos.
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Que “inteligências sub-humanas” serão as referidas por Gúbio?! Certamente, seres racionais, ou completamente racionais, ainda não são – são “sub-humanos”! Sem dúvida, o Instrutor se refere aos espíritos denominados, genericamente, de “elementais”, que, aliás, se fazem presentes em literatura de ficção de muitos autores encarnados. No livro “Roteiro”, de Emmanuel, no capítulo 9, “O Grande Educandário”, o Benfeitor Espiritual, igualmente, se refere a “bilhões de inteligências sub-humanas que são aproveitadas nos múltiplos serviços do progresso planetário”...
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Essas “criaturas” – Gúbio não as denomina de “espíritos”, posto não terem ainda atingido a razão plena – constituem um elo de transição entre a animalidade e a racionalidade, entre o instinto e a inteligência, uma espécie que, digamos, se situaria entre o macacóide e o homem propriamente dito.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 3 de fevereiro de 2019. 

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