31.1.17

EXPRESSÕES E PALAVRAS DESFIGURADAS NA BÍBLIA

             Estamos vivendo uma fase de intensa reformulação dos textos bíblicos. A "Palavra de Deus" vem sendo alterada, modificada e muitas vezes arranjada, de acordo com os interesses dos homens. Já existe mesmo uma tradução da Bíblia que é aceitável pelos materialistas. A velha discussão sobre a Vulgata Latina levou os novos tradutores a recorrerem ao texto hebraico. A tradução clássica do padre Figueiredo, segundo a Vulgata, é acusada de suspeitas, preferindo-se a do padre Almeida, que como vimos, também já foi modificada. O religioso esclarecido sabe muito bem que as versões antigas da Bíblia estão superadas. Mas há os que nada entendem e consideram o velho livro como intocável e imutável. Esses acreditam cegamente nas pretensas condenações ao Espiritismo. Para eles, só podemos repetir as palavras de Jerônimo de Praga, quando uma velhinha beata levou mais uma acha de lenha para a fogueira em que o queimaram: Sancta Simplicitas".
            A tradução dinamarquesa da Bíblia não trata dos dons espirituais. O teólogo Haraldur Nielsson explica-nos a razão dessa aparente discrepância. Pasmem os defensores do dogma da graça, que consideram Deus como chefe do partido a que pertencem! O tradutor categorizado da Bíblia para o islandês, o ver. Nielsson, que fez a tradução a serviço da Sociedade Bíblica Inglesa, declara: "No texto grego está a palavra Espíritos e não a expressão Dons Espirituais". E acrescenta: "Em muitas traduções da Bíblia, esta passagem foi verificada de maneira confusa apesar de não haver a menor dúvida quanto à verdadeira significação dos termos gregos do texto original: "epei zelotai este pneumaten."
            Nielsson adverte ainda que os traduores e revisores da Bíblia nem sempre tiveram a coragem de traduzir com exatidão os textos originais que se referem claramente à comunicação dos Espíritos. E faz, corretamente, uma grave denúncia: "Os teólogos prenderam os seus sistemas em pesadas e estreitas cadeias". A Bíblia, estudada segundo o espírito que vivifica, sem os prejuízos da letra que mata, revela a sua face espirítica e portanto mediúnica, como o demonstra o ver. Nielsson e como afirmou Kardec. Trataremos mais amplamente dos Dons Espirituais.

            EPÍSTOLAS TESTEMUNHAM MEDIUNIDADE APOSTÓLICA
            A expressão Dons Espirituais, como a expressão Espírito Santo, não aparece nos textos bíblicos originais. O ver. Nielsson declara, com sua autoridade de teólogo e tradutor da Bíblia: "Os termos da Vulgata Latina, spiritu bonum, correspondem exatamente aos dos originais gregos. A Vulgata não fala absolutamente em Espírito e Espírito Santo". Isso, no tocante ao Novo Testamento, pois no Velho só se fala em Espírito e Espírito de Deus. Quando aos Dons Espirituais, a situação é a mesma. Essa expressão aparece apenas nos textos paulinos, com a palavra grega charismata, que significa literalmente mediunidade, ou seja, a graça de ser intermediário entre os Espíritos e os Homens.
            Os estudos do Ver. Haraldur Nielsson, enfeixados no livrinho O Espiritismo e a Igreja, recentemente lançado, esclarecem bem este assunto. Nielsson nos mostra, com sua imensa autoridade, que a palavra transe vem da Bíblia, derivando diretamente de êxtase. Eis uma das suas afirmações: "O próprio Paulo nos diz que estava frequentemente em transe. O apóstolo Pedro conta-nos a mesma coisa". E a propósito de João e sua advertência para examinarmos "se os Espíritos são de Deus", lembra que Paulo também adverte que: "... ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz anátemas contra Jesus..." (I Cor. XII:3). A mediunidade era usada entre os judeus e entre os cristãos primitivos, e Nielsson acentua textualmente: "Segundo a concepção dos tempos apostólicos, os Espíritos podiam ser bons ou maus, muito evoluídos ou inferiores e atrasados". Isto explica as advertências apostólicas, pois nas assembleias cristãs manifestavam-se também os maus Espíritos, amaldiçoando o Cristo para defenderem o Judaísmo ortodoxo ou mesmo para defenderem as religiões politeístas, que também usavam a mediunidade.
            Vemos assim como são inúteis os ataques ao Espiritismo em nome da Bíblia, que é um livro mediúnico. E como os espiritistas e o Espiritismo nada têm a temer da Bíblia, separar o que há nela de humano e divino, não aceitá-la de olhos fechados, dogmaticamente, como "a palavra de Deus", o que é simples absurdo proveniente de épocas de fanatismo. A Bíblia é muito valiosa para os espiritistas estudiosos, porque é o maior e mais vigoroso testemunho da verdade espírita na Antiguidade.


Livro: VISÃO ESPÍRITA DA BÍBLIA - J. Herculano Pires

30.1.17

Seu jeito de ser Feliz

Qual é o propósito da vida?
É ser feliz e isto eu não tenho dúvida alguma.
A felicidade, porém, acontece quando o ser humano fica em harmonia consigo mesmo e com os demais irmãos. É um estado interior de contentamento e paz.
Diante desta perspectiva de definição de felicidade, eu lhe devolvo a pergunta: você é feliz?
Tenho a impressão que muita gente pensa que é feliz e não é e outras já são e nem percebem isto.
A felicidade está em nossas mãos e na forma como encaramos a própria vida. As demasiadas expectativas que possuímos pode atrapalhar a conquista da felicidade enquanto estarmos ajustados com o que temos e sentimos pode nos levar a este estado interior de harmonia.
Contentar-se é arte das mais nobres porque representa estar alegre por dentro, alegre por viver. 
Alguém poderia dizer que é fácil falar, mas que na prática, diante de todas as agruras da vida, é difícil sentir-se dessa maneira.
Não há a menor dúvida que as dificuldades da vida nos trazem impressões difíceis, mas o que está em jogo não é isso, é que apesar do ambiente externo estar em desespero e dor, intimamente você esteja consciente e em seu esplendor. Ora, se você pensa que felicidade é estar imune à dor comece a modificar completamente o seu jeito de pensar.
Conheço muita gente que é feliz mesmo estando doente, por exemplo, e muita gente sã que é profundamente infeliz.
Enquanto uma sabe que o risco da dor lhe trará lições a serem aprendidas que costurarão os tecidos da sua alma para a eternidade e, por isso mesmo, sentem-se felizes, o outro simplesmente não sabe o que fazer ou para onde ir e imenso vazio lhe invade a alma.
Assim é a vida e de um jeito ou de outro devemos encontrar as verdadeiras razões para viver bem e encontrar o nosso jeito próprio de ser feliz.
Nesta concepção, desejo a sua felicidade, ou seja, o seu modo de encontrar o equilíbrio na vida, mesmo na turbulência, e a beleza de sentir a essência de cada coisa e de cada momento.
Seja o amor que conduza as nossas vidas!
Helder Camara – Blog Novas Utopias

29.1.17

Benvinda a Nova Era

Os auspícios aos quais nos identificamos nesta obra redentora do Cristo faz-nos pensar, sobremaneira, no nosso papel particular nesta construção.
Possuímos, de um lado, ainda, as nossas fraquezas interiores que teimam em nos puxar para baixo diante dos desafios que nos são apresentados no dia a dia.
Também dispomos de elementos fundamentais para a renovação do planeta, haja vista que já obtemos um grau maior de compreensão sobre tudo que nos acontece e, portanto, não estamos às cegas neste processo de evolução que o planeta passa.
O nosso convite nestas linhas semanais tem sido sempre para que possamos analisar, no contexto individual e coletivo, que rumos podemos dar em direção a esta obra redentora.
Os tempos atuais, de amplíssima confusão, tendem a piorar cada vez mais o seu cenário. Esta visão, longe de ser catastrófica, vem ao encontro das mudanças deliberadas em plano maior, representam, tão-somente, ajustes focais que devem prevalecer na nova face da humanidade que já se desenha.
Nós, espíritos que atuamos no lado de cá da vida, somos igualmente convidados para dar a nossa cota de contribuição. Ora, em apelos para que “ouçam as vozes dos céus”, ora no sentido de fazer valer o nosso próprio depoimento pessoal.
Num e noutro lado da vida desemboca um emaranhado de interesses que devem se conjugar a esta nova ordem. O embaraço a que me refiro é porque o conflito entre o novo e o velho é por demais desafiante, haja vista que somos todos convidados a abandonar práticas retrógradas e, em seu lugar, depositar novas esperanças no amanhã, pautado em ações concretas de renovação íntima e social.
Do lado de cá, é verdade, possuímos mais condições de ver o torvelinho dos acontecimentos, mas vocês aí possuem analistas criteriosos e lúcidos que podem fazer o mesmo relato.
A descoberta do homem novo a que nos referimos sempre que possível passa, obrigatoriamente, pela reanálise de seus próprios atos cotidianos, uma vez que pensar da mesma maneira que fazemos hoje com poucas ou mínimas mudanças não cabe mais.
No seu ambiente de trabalho e familiar, em todas as áreas de atuação e influência que você participa, deve haver uma justa colocação de seus argumentos, logicamente sem ferir ao pensamento de quem quer que seja, mas nem por isso você deve recuar na sua maneira de postar-se no mundo.
A posição espírita que muitos fazem, no sentido de revelar o outro lado da vida, elucida um sem número de perguntas que procuram respostas convincentes ou, no mínimo, mais abrangentes do que simplesmente as explicações em voga.
A política, a economia, a vida social, todos os aspectos do desenvolvimento humano, devem, em pouco tempo, redimensionarem-se em seus valores haja vista que a lógica de subtração, de mais valia, de egoísmo e materialismo mostra-se, cada vez mais, na sua exaustão de raciocínio. Ganhará vez, isto sim, o pensamento lúcido que transcende o aqui e o agora e lança luz a novos paradigmas do ser.
No fundo, creio, há grande anseio das gentes neste sentido, isto é, em receber outra resposta aos questionamentos mundanos porque a lógica capitalista, por mais que possua sua beleza por enaltecer a liberdade, não confiou até o momento a ventura de felicidade a maioria dos habitantes do planeta.
Esta minha “pregação” que para muitos pode parecer com lance religioso não se separa do que sempre preguei quando estava fisicamente entre vocês, no entanto, depois de mais de um século vivendo no “mundo dos mortos” e com a lucidez que possuo hoje, não posso, aliás não devo, ficar agarrado a modelos mentais que não se justificam mais.
Abramos as nossas consciências diante dos novos desafios que a humanidade abraça e sejamos nós os artífices da nova era.
Era de amor e paz.
Era de tolerância e união.
Era de tranquilidade para o espírito e progresso constante.
Esta era já se iniciou, senhores.
Um abraço,

Joaquim Nabuco – Blog reflexões de um Imortal

28.1.17

Tristeza Perturbadora

        Conquanto brilhe o sol da oportunidade feliz, abrindo campo para a ação  e para a paz, a sombra teimosa da tristeza envolve-te em injustificável depressão.
        Gostarias de arrancar das carnes da alma este espinho cravado que te faz sofrer, e, por não o conseguires, deixas-te abater.
        Conjecturas a respeito da alegria, do corpo jovem, dos prazeres convidativos, e lamentas não poder fruir tudo quanto anelas.
        A tristeza, porém, é doença que, agasalhada, piora o quadro de qualquer aflição.
        A sua sombra densa altera o contorno dos fatos e das coisas, apresentando fantasmas onde existe vida e desencanto no lugar em que está a esperança.
        Ela responde pela instalação de males sutis que terminam por desequilibrar o organismo físico e a maquinaria emocional.
        Luta contra a tristeza, reeducando-te mentalmente.
        Não dês guarida emocional as suas insinuações.
        Ninguém é tão ditoso quanto supões ou te fazem crer.
        A Terra é o planeta-escola de aprendizes incompletos, inseguros.
        A cada um falta algo, que não conseguirá conquistar.
        Resultado do próprio passado espiritual, o homem sente sempre a ausência do que malbaratou.
        A escassez de agora é consequência do desperdício de outrora.
        A aspiração tormentosa é prova a que todos estão submetidos, a fim de que valorizem melhor aquilo de que dispõem e a outra falta.
        Lamentas não ter algo que vês noutrem, todavia, alguém ambiciona o que possuis e não dás valor.
        Resigna-te, pois, e alegra-te com tudo quanto te enriquece a existência neste momento.
        Aprende a ser grato à vida e àqueles que te envolvem em ternura, saindo da tristeza pertinaz para o portal de luz, avançando pelo rumo novo.
        Jesus, que é o "Espírito mais perfeito" que veio à Terra, sem qualquer culpa, foi incompreendido, embora amando; traído, apesar de amar, e crucificado, não obstante amasse.
        Desse modo, sorri e conquista o teu espaço, esquecendo o teu espinho e arrancando aquele que está ferindo o teu próximo.
        Oportunamente, descobrirás que, enquanto te esqueceste da própria dor, lenindo a dos outros, superaste-a em ti, conseguindo a plenitude da felicidade, que agora te rareia.


Livro: Momentos de Coragem - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis

27.1.17

TREINAMENTO PARA O PERDÃO

    A fim de colimares a excelência do perdão aos que te ofendem, mister te adestres mediante antecipados critérios e exercícios contínuos.
    Habitua-te a iniciar o dia com a mente ligada ao Senhor, através dos fios invisíveis e poderosos da oração.
    Não te descuides de ler uma página mensageira de otimismo, capaz de produzir júbilo no teu mundo íntimo.
    Reprime as observações menos dignas, as apreciações fúteis, as referências deprimentes e maliciosas.
    Estimula a conversação edificante e quando não possas faze-lo, reserva-te silêncio discreto, propiciatório a reflexões salutares.
    Todo labor para alcançar êxito impõe a necessidade de uma técnica própria, de uma diretriz segura.
    Indispensável exercitar-te mentalmente para o cometimento do perdão, a que estás chamado a cada instante.
    Treina, então, a paciência, disciplinando a vontade e aprimorando a indulgência.
    Não te permitas autocomiseração ou personalismo prejudicial.
    Cada ser é o que constrói interiormente.
    A vida sempre devolve o que recebe. Tem cuidado.
    O acusador gratuito e o perseguidor sistemático podem converter-se, sem que o saibam, em benfeitores valiosos. Aproveita-os.
    Temperamentos e caracteres humanos há que produzem mais e melhor, quando fiscalizados ou submetidos a rigoroso controle.
    Quem conhece a verdade, sempre consegue lograr benefícios em todas as situações, se desejar agir com acerto.
    Olha em derredor:
    . a primavera perfumada pode ser considerada como o perdão da Natureza ao rigor hibernal;
    . o grão perdoa a terra que o esmaga, arrebentando-se em flor e fruto;
    . o trigo agradece à mó que o tritura, transformando-se em pão. . .
    Apura os sentidos e perceberás as respostas de Nosso Pai, através de convites ao amor, à beleza, à harmonia.
    Integra-te no concerto de Suas bênçãos e quando fores visitado pelo sofrimento que alguém te imponha por qualquer razão, com facilidade perdoarás.


Livro: Celeiro de Bênçãos - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis  

26.1.17

A CRIANÇA DEPOIS DA MORTE

Questão 381 do Livro dos Espíritos

A criança depois da morte, em se desligando do corpo físico, readquire o vigor que antes tinha, notadamente quando é o Espírito mais ou menos evoluído; no entanto, a alma em estado de atraso espiritual, onde as paixões inferiores invadem por completo seus sentimentos, tolhendo suas faculdades espirituais, essa, depois do desenlace, volta ao seu estado primitivo que, por vezes, era de inconsciência.
Tudo depende da evolução do Espírito. É falando da grandeza da alma que já despertou para a vida espiritual, que nos curvamos ante Jesus, que pelo seu amor à humanidade desceu de planos que desconhecemos para traçar para todos nós roteiros onde sentimos a esperança e adquirimos a certeza da felicidade.
O Evangelho veio nos acordar do sono milenar e à consciência nos fazer viver na plenitude do amor. A criança, quando ligada ao fardo que lhe serve de instrumento no mundo material, apaga de certa forma sua consciência, de modo a não poder manifestar no corpo as suas qualidades espirituais. Somente com o crescimento do corpo, os outros corpos espirituais vão filtrando seus impulsos e a mente expressando o que o Espírito é, mostrando sua brandura, se a possui, ou a inquietação que ele traz dos próprios desequilíbrios.
A Doutrina dos Espíritos, revivendo Jesus na sua amplitude de amor, convida os pais das crianças a se comportarem com dignidade frente aos filhos, para que eles recebam dos seus genitores o exemplo da serenidade e de amor. A criancinha com dias de existência, ou ainda mesmo no ventre da mãe, já absorve o comportamento dos pais, por via de impulsos espirituais, e guarda nos departamentos da razão, a desabrocharem, esses laços do bem ou do mal que se recebeu dos pais e do ambiente que se encontra.
Eis porque a grande responsabilidade de um lar. Dessa forma devemos sublimar a atmosfera onde habitamos, com pensamentos e conduta na sintonia do Evangelho, porque onde o Cristo se encontra somente a luz vive. O homem do futuro, ao sugar do seio da mãe o alimento renovador, está absorvendo os próprios sentimentos da sua genitora, e se houver descuido da mãe, entregando-se ao ciúme e ao ódio, estará matando seus filhos aos poucos com cargas magnéticas que insufla no seu próprio leite. Quantas crianças morrem por ignorância dos pais?
Os pais devem se dedicar ao Culto do Evangelho no Lar, mas, não ficar somente no culto exterior; que procurem assimilar o seu conteúdo, esforçando-se para aplicar os ensinamentos na vida diária, mesmo que haja alguma resistência do corpo físico ou espiritual. Não podemos fugir às lutas, aquelas mais difíceis da vida – a batalha interior – capazes de renovar o homem, iluminando-lhe a mente. Nós todos devemos investir nas crianças até o ponto em que elas suportem, fazendo nossa obrigação mediante as necessidades dos que chegam à Terra pelos processos da reencarnação. Estaremos, assim, cooperando com a vida, na certeza de que acenderá a luz nas trevas, aparecendo o paraíso prometido, dando felicidade para todas as criaturas.
Quem desleixa as crianças certamente receberá o plantio da indiferença. Não deixemos desgovernar nossos pensamentos, principalmente no que se refere ao lar. Não deixemos que o nosso verbo tome outra direção que não seja a da palavra de Jesus, e que nossos passos não se esqueçam de seguir os passos do Mestre do mestres, porque nessa comunhão com o bem, seremos uma semente permanente do Amor com Deus e de paz com o Cristo. Não esqueçamos a criança, quando essa estiver em nossos braços.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

25.1.17

REVELAÇÃO – RELIGIÕES - I

         292 – Em que sentido deveremos tomar o conceito de religiões?
         -Religiões, para todos os homens, deveria compreender-se como sentimento divino que clarifica o caminho das almas e que cada espírito apreenderá na pauta do seu nível evolutivo.
         Neste sentido, a Religião é sempre a face augusta e soberana da Verdade; porém, na inquietação que lhes caracteriza a existência na Terra, os homens se dividiram em numerosas religiões, como se a fé também pudesse ter fronteira, à semelhança das pátrias materiais; tantas vezes mergulhadas no egoísmo e na ambição de seus filhos.
         Dessa falsa interpretação tem nascido no mundo as lutas antifraternais e as dissensões religiosas de todos os tempos.

            293 –As religiões que surgiram no mundo, antes do Cristo, tinham também por missão principal a preparação da mentalidade humana para a sua vinda?
         -Todas as ideias religiosas, que as criaturas humanas traziam consigo do pretérito milenário, destinavam-se a preparar o homem para receber e aceitar o Cordeiro de Deus, com a sua mensagem de amor perene e reforma espiritual definitiva.
         O Cristianismo é a síntese, em simplicidade e luz, de todos os sistemas religiosos mais antigos, expressões fragmentárias das verdades sublimes trazidas ao mundo na palavra imorredoura de Jesus.
        Os homens, contudo, não obstante todos os elementos de preparação, continuaram divididos e, e dentro das suas características de rebeldia, procrastinaram a sua edificação nas lições renovadoras do Evangelho.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

24.1.17

Texto antidepressivo

    Quando você se observar, à beira do desânimo, acelere o passo para frente, proibindo-se parar.
    Ore, pedindo a Deus mais luz para vencer as sombras.
    Faça algo de bom, além do cansaço em que se veja.
    Leia uma página edificante, que lhe auxilie o raciocínio na mudança construtiva de ideias.
    Tente contato de pessoas, cuja conversação lhe melhore o clima espiritual.
    Procure um ambiente, no qual lhe seja possível ouvir palavras e instruções que lhe enobreçam os pensamentos.
    Preste um favor, especialmente aquele favor que você esteja adiando.
    Visite um enfermo, buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as suas.
    Atenda às tarefas imediatas que esperam por você e que lhe impeçam qualquer demora nas nuvens do desalento.
    Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência, e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.


Livro: Busca e Acharás - Francisco C Xavier - André Luiz

23.1.17

Valores Trocados

A mentira corre o mundo. Como a mentira é rápida e eloquente. A mentira tem pernas curtas? Tem sim, mas é veloz. Ela chega primeiro do que a verdade. Quando a verdade chega a mentira já tem feito a sua festa. E é assim que muitas vezes a mentira se passa como verdade. A história é cheia dessas artimanhas da mentira em forma de verdade.
Uma que se configura neste momento no planeta diz respeito ao Sr. Trump. Vemos com olhos atentos no lado de cá da vida os passos deste senhor. Não é necessário que nos aterrorizemos, isto não, mas também não podemos ficar quietos diante das fanfarronices que ele é capaz de produzir.
Há algum tempo atrás, neste blog, referi-me à esperança que nascia no povo estadunidense com a posse do Sr. Obama. Pois bem, o sentimento hoje que corre o mundo e não apenas lá é de tremendo medo. Simplesmente não se sabe o que pode acontecer depois que o homem dos negócios bilionários está no poder da maior nação do mundo. Isto é deverasmente preocupante.
Se fala uma coisa e diz outra é preocupante porque não se saberá se está falando a verdade – e o levamos a sério – ou se tudo não passa de um episódio de estroinice. O que pensar, portanto, do destino daquela nação que tanto impacta no destino de tantas outras?
O que nos chama a atenção é que determinados valores parecem estar em moda em todo o mundo novamente em grandes parcelas da população e o discurso bisonho de figuras como esta, em vez de ganhar somente oposição, também encontra muitos aderentes e entusiastas.
Não há o que se preocupar – dizem uns – isto é coisa apenas dos americanos. Não é, infelizmente, meu povo, não é.
Os articuladores da maldade no planeta nunca estiveram tão entusiasmados com a posse do Sr. Trump. Eles dizem claramente:
- Ele é um dos nossos e fará tudo que quisermos.
Por isso, acreditamos ser bastante preocupante os passos que ele estiver dando, numa direção ou em outra, porque já trabalhamos diuturnamente, no lado de cá da vida, para amenizar ou atrapalhar determinadas ações pensadas e ainda não implantadas.
O mundo está à deriva? Não, é claro que não, mas a vigilância constante e a ação no bem nunca se fizeram tão necessárias ultimamente para que não se repita – e em proporções bem maiores – uma história que já conhecemos o seu desenlace como aquela contada nos idos do início dos anos 40 do século passado.
Calma!
Calma e ação no bem. Desta forma, haveremos de dar ao mundo o destino que ele inevitavelmente terá porque tudo há de conspirar para o bem, meu povo, é assim que deseja e trabalha o Nosso Senhor Jesus Cristo.

Helder Camara – Blog Novas Utopias

22.1.17

Lavagem da Alma

Deus meu! Onde está a raiz de tudo isso que o Brasil vive?
A avalanche de notícias que dão conta do apodrecimento moral da política e dos políticos nos faz ruborar a face de vergonha diante de outros povos mais desenvolvidos.
De um lado, vemos uma classe política que se mantém no poder cada vez mais fazendo as mesmas coisas, ou seja, utilizando mecanismos de trocas imorais para se preservar onde está. De outro, o povo que agora reclama moralidade, vai às ruas, fala sobre seus direitos nas mídias sociais, mas sequer é ouvido pela classe dirigente e representada. É como se não houvesse nenhuma ligação entre ambas, quando uma é essencialmente derivada da outra.
Neste intermédio, vemos políticos astutos conseguindo se livrar das suas falcatruas, mas, graças a Deus e a Justiça brasileira, há outros que começam a pagar as contas pelas subtrações que fizeram ao erário público. Isto é novo na história de nosso País.
Neste caso em específico que se denominou de “Operação Lava (à) Jato” tem-se uma verdadeira lição de moralidade pública patrocinada por um conjunto de profissionais que dão todo o seu empenho numa causa que é secular, a da usurpação do que é público pelo privado. Esta Operação, a que os brasileiros veneram como uma espécie de lavagem da própria alma, representa um alento do que se pode construir no Brasil quando o livrarmos dos salteadores disfarçados de homens públicos e tivermos entronado no poder uma nova geração de políticos honestos e comprometidos, de verdade, com o bem público.
Neste interim, teremos que conviver com idas e vindas, críticas e sabotagens, especulações e demoras. Nesta última semana, vimos a partida para o mundo espiritual do insigne jurista Teori Zavascki. Ele cumpria o seu desiderato com carinho e afinco, mas era chegado o seu momento de retorno e eis que a sociedade brasileira se sente como órfã, mas que garantimos ser por pouco tempo, pois a Justiça já entendeu o seu significado histórico nesta quadra da vida brasileira e haverá de dar respostas rápidas e producentes diante dos desafios que se impõem.
O retorno de Zavascki representa tão-somente uma oportunidade de se refletir sobre a continuidade de um processo sem que haja a diminuição da justiça, representando que ela está acima dos homens, pois que é valor puro em si mesma, independentemente de quem a representa temporariamente.
A isto tudo, vemos como um processo natural de depuração das coisas morais e tudo, em breve, se assentará no seu lugar e todos haveremos de participar de uma nova ordem de coisas que faço questão de rememorar constantemente nestas linhas.
Diante do aparente acaso, há todo um planejamento em voga e somos, mesmo sem percebermos, atores desta grande peça de renovação social.
Aos meus compatriotas da carne, venho novamente alerta-vos que tudo está sob controle porque obedece às ordens expressas superiores que nos garante que o barco da vida possui um timoneiro maior e que na nossa abençoada Terra tem como seu prior capitão a figura exímia de Jesus de Nazaré.
Na fé de dias melhores.

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

21.1.17

TERAPÊUTICA ESPÍRITA

    Para, no turbilhão que te desequilibra, e medita.
    Meditação é combustível precioso que mantém o vigor moral.
    Emerge das areias movediças e sedutoras das atrações fáceis e medita nas responsabilidades morais que enfeixas nas mãos.
    Meditação é dínamo poderoso que movimenta a máquina da ação.
    Estaciona, no caminho de inquietudes por onde seguem os teus pés, e faze um exame dos teus atos, demorando-te um pouco em meditação.
    Meditação é terapia que oferece paz.
    Esquece sombras e pesadelos e, antes de reiniciares as tarefas que acalentas, deixa-te ficar algum tempo em meditação.
    Meditação é amiga fiel que corrige com bondade e esclarece com humildade.
    Se desejas, realmente, um método eficiente para ser mantido o alto índice de produtividade, evitando insucessos continuados ou erros constantes, elege a meditação como hábito salutar em tua vida.
    O cristão, e em particular o espírita, tem necessidade de meditar como de orar, porquanto se a vigilância decorre da meditação, esta é consequência dela.
    Acreditas-te em soledade e por isso sofres. Medita e verificarás outros corações mais solitários ao teu lado. Levanta-te, visita-os e apresenta-lhes a Mensagem Espírita.
    Consideras-te enfermo e alquebrado, caminhando sem arrimo. Medita e encontrarás, próximos de ti, sofredores mais atormentados, contemplando em ti a felicidade que dizes não possuir. Dirige-te a eles e oferece a fraternidade que podes haurir nas Lições Espíritas.
    Aceitas como fato consumado a tua falta de sorte, no que diz respeito às atividades comuns a todos os homens. Medita e enxergarás corações vencidos, que te invejam o sorriso e a fortuna que afirmas não ter. Alonga até eles a compreensão espírita.
    Descobrirás, se meditares, que a Terra é um imenso hospital de almas mais sofredoras do que a tua e que, com os recursos de terapêutica espírita, poderás operar valiosas contribuições em favor delas, constatando a exatidão da máxima evangélica: "Mais se dará àquele que mais der", porque, ao ajudares, sentir-te-ás também ajudado.
    Faze pequeno curso de Espiritismo em casa para ti próprio, estudando a Codificação; aplica passes; oferece água magnetizada; concede palavras de alento; frequenta serviços de desobsessão; desperta para a vida espírita dentro de ti mesmo e, meditando para agir com acerto, desfrutarás a felicidade perfeita que ambicionas, porque meditar no bem é começar a fruir o bem desde agora mesmo.


Livro: Dimensões de Verdade - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis

20.1.17

TENTA O AMOR

    Ninguém sintetizou com igual sabedoria a regra áurea da felicidade como Ele o fez.
    Todos quantos lideraram as massas agarraram-se ao poder a à dominação arbitrária.
    Desfilaram guindados ao êxito transitório, carregados pela falácia e ricos de presunção.
    Ergueram-se como construtores de impérios e governaram, discriminatoriamente, mais temidos que amados.
    Filósofos que O anteciparam, trazendo ardentes na lama as flamas do bem e do ideal, inscreveram em estelas de pedra, em pergaminhos e peles de animais, tijolos de barro cozido e papiros, as instruções para a libertação das consciências e dos corações.
    No entanto, os seus mais excelentes excertos não lograram penetrar fundo no imo das criaturas.
    Ele, não!
    Viveu ensinando pelo exemplo, pacífico e pacificador, amando sempre.
    Estatuiu o amor como sendo o zênite e o nadir da Vida e, ao fazê-lo, mudou as estruturas da ética, da cultura e da civilização.
    Jesus dividiu a história e fez, marco limítrofe de todos os tempos, o amor, que é a origem, o meio e o fim de todas as realidades, de todas as vidas.
    O homem, na sua faina de crescer e de conquistar, vem dilatando os espaços e preenchendo-os com guerras e desolações, lutas e ambições.
    Fascinado pelo poder, venceu as distâncias, acumulou ouropéis e caminha, por isso mesmo, vitimado pelo tormento da egoesclerose que o enlouquece.
    Só o amor é-lhe a terapêutica ideal, que até agora tem recusado com espírito de sistema e de presunção.
    Combalido e triste nas lutas do teu cotidiano entre dissabores e amarguras, tenta o amor.
    Sobrecarregado de dores e anátemas, a sós na multidão, e vergastado pela sandice, sem uma saída aparentemente feliz, tenta o amor.
    A um passo do desespero, sentindo-te estiolado e perdido, pára e tenta o amor.
    Em qualquer circunstância e ocorrência por mais sombrias se te apresentem, tenta o amor, espargindo-o como pólen de luz e o amor te responderá em paz e beleza tudo quanto ensementares nos outros corações.
    Haja, portanto, o que houver, não revides mal por mal, desejando e fazendo ao teu próximo todo o bem que desejares que ele te faça.
    Descobrirás que o amor ao próximo, efeito imediato e mais urgente do amor a Deus e a si próprio, é a regra de ouro, a solução para todos os quesitos do pensamento universal.
    Faze, portanto, como Jesus, e jamais te cansarás de tentar o amor até que ele domine soberano em teu coração.


Livro: Viver e Amar - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis .

19.1.17

SUSPEITA

    Suspeita é a "crença desfavorável, acompanhada de desconfiança", referente a alguma coisa ou a alguém. Mau juízo decorrente de ideia vaga, sem apoio legítimo, que, no entanto, se transforma em urze calamitosa, espraiando-se no campo mental e culminando por asfixiar os nobres ideais em que se devem sustentar as aspirações humanas.
    De maleável contextura, a suspeita, semelhante ao miasma sutil, se adensa e se avoluma, logrando vencer quem a cultiva.
    Normalmente, reflete o estado espiritual daquele que a agasalha.
    A consciência reta não lhe dá guarida, enquanto o sentimento atormentado padece-lhe a constrição, o estigma.
    Necessário cercear-lhe o avanço, porquanto, de fácil aceitação corrói as melhores estruturas, conseguindo exteriorizar-se em maledicência vinagrosa, que numa frase decepa uma existência digna e, num sorriso de mofa, ceifa as mais elevadas expressões de jovialidade e de progresso.
    A suspeita é a genitora do ciúme, que dela se nutre, passando de simples ideia leviana a obsessão tormentosa, geradora de alucinação e impulsionadora de crimes.
   Ninguém está imune à suspeita do próximo.
    Cada um vê uma paisagem conforme a cor das lentes que tem sobre os olhos. Assim, muitos fatos parecem o que melhor convém aos espectadores ou às suas personagens.
    Coarctado pela insidiosa suspeita dos levianos e maliciosos, não sintonizes os teus com os seus pensamentos enfermos.
    Insiste na perseverança das realizações a que te vinculas, sem permitir-te diminuir a intensidade que lhe conferes.
    Muitas vezes o que parece ser, verdadeiramente tem outra significação, que não pode ser apreendida de relance. Mesmo em acurada observação, fatos e coisas se expressam mais de acordo com o observador do que com a sua própria estrutura.
    Abre, assim, o espírito à tranquilidade e não estaciones nos degraus da mágoa que a suspeita dos outros coloca à tua frente, nem te facultes a leviandade de suspeitar de ninguém.
    Quem erra, faz-se escravo do gravame que comete.
    O culpado, embora se disfarce, conhece a face do engano ou do crime perpetrado.
    Ninguém se evade da província da consciência culpada, antes de conseguiu o ônus da autorecuperação.
    Não poucas vezes, no Colégio Galileu, quando medravam suspeitas e maledicências, o Mestre Irrepreensível conclamou ao amor integral e à confiança ilimitada.
    Por essa razão, toda a mensagem da Boa Nova está estruturada no perdão e na humildade, com que o cristão deve pavimentar o caminho da sua ascensão espiritual.
    E apesar de seguir sob a perniciosa suspeita de quase todos que O cercavam, Jesus permaneceu integérrimo, edificando o Reino de Deus, até mesmo quando traído e sacrificado, atestando do alto da Cruz ser o símbolo perene da suprema vitória do Espírito ilibado, como estímulo para os caminhantes da retaguarda, que somos todos nós.
    Guarda-te, portanto, na paz, sem suspeitar de ninguém.

Livro: Celeiro de Bênçãos - Divaldo P. Franco - Joanna de Ângelis

18.1.17

O PENSAMENTO DA CRIANÇA

Questão 380 do Livro dos Espíritos

O raciocínio nos diz que o Espírito envolvido em um corpo de criança não pode pensar qual o adulto. Os órgãos não oferecem campo de ação para sua manifestação mais livre. As suas faculdades são tolhidas pelos órgãos em desenvolvimento e somente com o tempo eles vão se afirmando, de modo que os canais de comunicações estejam sem impedimentos para as mensagens que o Espírito veio trazer ao mundo. É qual a massa em fermentação.
O cérebro da criança não oferece mais do que as próprias criancinhas, no entanto, como em todos os casos, existe exceção, e de vez em quando aparecem crianças-prodígios que, com pouca idade, já operam como adultos e até como sábios. Existem crianças médiuns, que transmitem para os homens as ideias dos benfeitores que controlam suas faculdades em serviço do fenômeno, de modo que a ciência possa estudar os fatos.
É a mesma coisa que perguntar porque uma árvore, antes do seu crescimento adequado à profusão de frutos, não dá antes esses frutos, ou porque um animal de poucos meses não faz o trabalho de um animal adulto. Tudo há de se esperar certo tempo para que surja a maturidade. Antes que asse o pão, é preciso que fermente a massa, descansando os ingredientes. A lei é a mesma em toda a criação. A criança, enquanto na formação do seu corpo, descansa por um grande período, para depois manifestar seus pendores, cumprindo a sua missão na Terra.
Como já foi dito, essa criança pode, em muitos casos, ser muito mais elevada de que muitos adultos, porém, o seu instrumento de manifestação da inteligência ainda se encontra em preparo pelas mãos do tempo e com as bênçãos de Deus. A responsabilidade dos pais, dos professores e governo é muita, porque os canais de comunicação que levam a criança à verdade, como estímulos, pode gravar nas telas da sua consciência o que se fala, o que se escreve e o que se vive, com responsabilidade do que fala, escreve e vive. O Espírito no estado infantil não pensa qual adulto, mas tem o poder de registrar tal qual esse, ou, ainda melhor, de acordo com as suas sensibilidades espirituais.
Nossa responsabilidade diante das crianças que cruzam os nossos caminho é imensa e não podemos desdenhar os compromissos mediante as necessidades dos pequeninos em corpos, que, às vezes, são grandes em Espírito.
Quando o tempo está nublado, isso impede que a luz do sol chegue à Terra na sua pureza; entretanto, tão logo desaparecem as brumas, o sol volta a brilhar.
A criança pode não raciocinar igual aos adultos, não falar qual esses, porem ela tem poderes, de forma a plasmar tudo com mais nitidez que os próprios homens amadurecidos. A criança não é libertada da confusão de uma vez; isso acontece gradativamente, pois a lei nos ensina que a natureza não é violenta. A sua marcha se move na ponderação, para dar mais segurança aos dons espirituais.
A criança, certamente, é o homem de amanhã, se esperarmos com paciência o seu crescimento. Eis porque devemos investir com os nossos recursos na infância, se queremos um mundo melhor.
Vejamos o que disse o Senhor: -“Vinde a mim as criancinhas”. Se trabalhamos com amor para as crianças de hoje, receberemos o mesmo, porque no amanhã seremos certamente crianças outra vez. Tudo que semeamos, colhemos.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

17.1.17

REVELAÇÃO – EVANGELHO – V

            290 –Poder-se-á reconhecer nas parábolas de Jesus a expressão fenomênica das palavras, guardando a eterna vibração de seu sentimento nos ensinos?
         -Sim. As parábolas do Evangelho são como as sementes divinas que desabrochariam, mais tarde, em árvores de misericórdia e de sabedoria para a Humanidade.
            291 –Como interpretar o Anticristo?
         -Podemos simbolizar como Anticristo o conjunto das forças que operam contra o Evangelho, na Terra e nas esferas vizinhas do homem, mas, não devemos figurar nesse Anticristo um poder absoluto e definitivo que pudesse neutralizar a ação de Jesus, porquanto, com tal suposição, negaríamos a previdência e a bondade infinita de Deus.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

16.1.17

SOB SOMBRAS E DORES

    Nestes dias penumbrosos, quando sem adensam as sombras, na Terra, e as perspectivas se fazem mais tensas sob a óptica do desespero e da anarquia; quando se acumpliciam, a agressão injustificável e o crime em desenfreada correria; quando se dão as mãos, a injustiça e o opróbrio, ceifando vidas; quando se destacam, a criminalidade e o erro, ocupando espaços, o cristão decidido deve voltar-se para dentro, procurando reabastecimento na fé.
    Já são grossos os rolos de fumaça, que sobem da Terra em chamas.
    Muitas são as vozes que estão silenciadas no fragor das batalhas rudes.
    Os cadáveres enxameiam, formando pântanos de matéria humana.
    ... E uma noite, que se apresenta pavorosa, ameaça tomar conta do mundo.
    No entanto, Jesus é Sol, e os Seus discípulos, chamados à glória do momento grave, devem desempenhar a tarefa com alegria, embora sob estertores ou caminhando com dificuldades no meio do cipoal.
    Nunca, como hoje, se viveram dias de tanta angústia!
    O século das glórias tecnológicas, são os dias de horror da própria desenfreada ambição humana.
    Eis porque, a Doutrina Espírita veio, prenunciando as mudanças sociais e humanas e esclarecendo sobre a visão do Apocalipse que ora se cumpre na atual Civilização.
    Permaneçamos fiéis ao labor, insistindo mais em nosso trabalho de solidariedade, ampliando os nossos recursos de fraternidade e amando com destemor, a fim de que definhem as fileiras da agressão e do ódio.
    De forma alguma nos deixemos contaminar pelos vírus que se encontram no ar que se respira no mundo.
    De maneira nenhuma dos deixemos mimetizar pela violência, estando vigilantes, para que, a qualquer preço, a cordura e a paz não se afastem do nossos corações.
    Nestes momentos, avaliam-se os recursos de cada um.
    Ante os testemunhos surgem os heróis e revelam-se os desertores.
    É imprescindível porfiar, espalhando a luz da esperança e disseminado o exemplo da bondade.
    Em contrapartida, serão carreadas mais forças e vigores para os obreiros fiéis, a fim de que as metas sejam alcançadas no campo do bem.
    Levantemo-nos, portanto, conscientes dos deveres que nos dizem respeito e porfiemos sem desânimo na luta da nossa redenção.


Livro: Otimismo - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis

15.1.17

Sinais

    Sua conversação dirá que das diretrizes que você escolheu na vida.
    Suas decisões, nas horas graves, identificam a posição real de seu espírito.
    Seus gestos, na luta comum, falam de seu clima interior.
    Seus impulsos definem a zona mental em que você prefere movimentar-se.
    Seus pensamentos revelam sua companhias espirituais.
    Suas leituras definen os seus sentimentos.
    Suas solicitações lançam luz sobre os seus objetivos.
    Seus dias são marcas no caminho evolutivo. Não se esqueça de que compactas assembléias de companheiros encarnados e desencarnados conhecem-lhe a personalidade e seguem-lhe a trajetória pelos sinais que você está fazendo.


Livro: Agenda Cristã - Francisco C Xavier - André Luiz

14.1.17

SEM DESFALECIMENTOS

    "E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido." - Paulo. (GÁLATAS, 6:9.)

    Há pessoas de singulares disposições em matéria de serviço espiritual.
    Hoje crêem, amanhã descrêem.
    Entregaram-se, ontem, às manifestações da fé; entretanto, porque alguém não se curou de uma enxaqueca, perdem hoje a confiança, penetrando o caminho largo da negação.
    Iniciam a prática do bem, mas, se aparece um espinho de ingratidão dos semelhantes, proclamam a falência dos propósitos de bem-fazer.
    São crianças que ensaiam aprendizado na escola da vida, distantes ainda da posição de discípulos do Mestre.
    O exercício do amor verdadeiro não pode cansar o coração.
    Quem ama em Cristo Jesus, guarda confiança em Deus, é feliz na renúncia e sabe alimentar-se de esperança.
    O mal extenua o espírito, mas o bem revigora sempre.
    O aprendiz sincero do Evangelho, portanto, não se irrita nem conhece a derrota nas lutas edificantes, porque compreende o desânimo por perda de oportunidade.
    Problemas da alma não se circunscrevem a questões de dias e semanas terrestres, nem podem viver condicionados a deficiências físicas. São problemas de vida, renovação e eternidade.
    Não te canses, pois, de fazer o bem, convencido, todavia, de que a colheita, por tuas próprias mãos, depende de prosseguires no sacerdócio do amor, sem desfalecimentos.

Livro: Vinha de Luz – Francisco C. Xavier  - Emmanuel

13.1.17

CRISE

(É a espiritualidade usando todos os meios de comunicação para se fazer ouvir)
"Filhos amados. A palavra crise vem sendo pronunciada constantemente por meus irmãos na Terra. De fato, o momento é de crise inegável nos mais variados campos da atividade humana. Mas nada se encontra fora do controle do Pai que nos ama, e se Ele permite a existência de turbulências é para que possamos extrair as lições para o nosso amadurecimento.
Na crise econômica, aprendamos a viver com mais simplicidade.
Na crise da solidão, aprendamos a ser mais solidários.
Na crise ética, tenhamos posturas mais justas.
Na crise do preconceito, aprendamos a respeitar mais os irmãos que pensam diferente de nós.
Na crise espiritual, fiquemos mais pertos de Deus pela fé e oração.
Na crise do ressentimento, perdoemos um pouco mais.
Na crise da saúde, guardemos mais equilíbrio em nossa atitudes
Na crise do amor, deixemos o nosso coração falar mais alto do que o egoísmo.
Momento de crise é momento de um passo adiante.
Retroceder, rebelar ou estacionar, nunca.
A crise pede avanço. E se a crise chegou para cada um de nós, é hora de levantar, mudar e seguir em frente na construção de um novo tempo de amor e paz."
BEZERRA DE MENEZES

Mensagem que o Espírito Bezerra de Menezes transmitiu ao médium José Carlos de Lucca, pedindo que fosse compartilhada com os irmãos da internet.

12.1.17

A INFÂNCIA

Questão 379 do Livro dos Espíritos

A infância não é sinônimo de primitivismo; o Espírito não se manifesta com mais desembaraço devido as funções orgânicas não se encontrarem funcionando em plenitude. Os órgãos estão se formando como verdadeiros instrumentos para a alma que ali já se encontra presa por laços espirituais e o Espírito é tolhido pelo ambiente e pelo campo de carne em reajuste.
Em tudo temos de esperar; essa é a lei. No caso da criança esperemos que ela cresça, dando ao Espírito condições de se manifestar mais livremente. Essa liberdade começa aos sete anos, expande-se aos quatorze e consolida-se aos vinte e um. Aí o homem está em condições de responder por ele mesmo, com todos os encantos e desencantos que trouxe consigo.
Quanto à evolução da criança, ela pode até ser mais evoluída do que o adulto, como, igualmente, pode ser bem mais atrasada do que os próprios pais com quem se encontra estagiando como filho, dependendo do grau a que pertence. Não importa o tamanho ou a idade; ali se encontra um Espírito evoluído ou atrasado.
O dever dos pais, do mestre e das autoridades constituídas é investir nas crianças de todas as idades, primeiramente na educação das mesmas e depois nas instruções desses pequeninos que muito prometem para o porvir. A infância apresenta grande sensibilidade, de modo a receber as impressões dos homens e do mundo, de todos os sistemas de comunicações com mais intensidade. Eles, de certo modo, vão ser no futuro de acordo com o que lhes for oferecido pela sociedade.
Os seus órgãos ainda imperfeitos impede-os de manifestar o que realmente são e que manifestarão quando adultos. Nesse intervalo de descanso, é bom que chegue aos seus sentidos toda a mensagem de segurança e educação, para que o saber na sua maturidade não os desvie do sentimento de amor.
A criança pode ser muito mais evoluída do que o adulto se mais progrediu. Podemos levar Jesus na sua infância. Ele passou pela fase, e é o governador do planeta.
Os futuros dirigentes das nações são as crianças de hoje. Se queremos as nações ordeiras, necessário se faz que cuidemos bem das crianças que nos cercam. Elas, certamente, nascem destinadas ao trabalho de direção pelos quais se empenharão nesta espinhosa missão, mas, precisam encontrar nos lares o ambiente nascido do amor, do perdão e da tolerância que corresponda às suas necessidades mais urgentes.
O maior investimento para as crianças dos nossos caminhos é o exemplo de vida reta para eles. O exemplo é o alimento para que os que andam conosco e, quando usarmos a boda para alguma instrução, é bom que antes do verbo venha a vivência.
Quem fala e não vive desconhece na sua estrutura mais íntima o amor. O sopro do vento é muito agradável, mas somente renova o ar quando não traz consigo a poluição. A água mata a sede, mas somente quando não conduz elementos corrosivos.
Disse o Cristo a Paulo: -“Fala e não te cales”, por ser a palavra de Paulo um sopro divino e um repasto harmonioso para as criaturas. Façamos com o nosso verbo o mesmo que fizeram os discípulos de Jesus, transformando-o em força de esperança e fonte eterna do amor.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

11.1.17

REVELAÇÃO – EVANGELHO – IV

         288 –“Meu Pai e eu somos Um” – Poderemos receber mais alguns esclarecimento sobre essa afirmativa do Cristo?
         -A afirmativa evidenciava a sua perfeita identidade com Deus, na direção de todos os processos atinentes à marcha evolutiva do planeta terrestre.
            289 –São muitos os Espíritos em evolução na Terra, ou nas esferas mais próximas, que já viram o Cristo, experimentando a glória da sua presença divina?
         -Toda a comunidade dos Espíritos encarnados na Terra, ou localizados em suas esferas de labor espiritual mais ligadas ao planeta, sentem a sagrada influência do Cristo, através da assistência de seus prepostos; todavia, pouquíssimos alcançarão a pureza indispensável para a contemplação do Mestre no seu plano divino.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

10.1.17

REVELAÇÃO – EVANGELHO - III

         286 –O sacrifício de Jesus deve ser apreciado tão-somente pela dolorosa expressão do Calvário?
         -O Calvário representou o coroamento da obra do Senhor, mas o sacrifício na sua exemplificação se verificou em todos os dias da sua passagem pelo planeta. E o cristão deve buscar, antes de tudo, o modelo nos exemplos do Mestre, porque o Cristo ensinou com amor e humildade o segredo da felicidade espiritual, sendo imprescindível que todos os discípulos edifiquem no íntimo essas virtudes, com as quais saberão demonstrar ao calvário de suas dores, no momento oportuno.
            287 –Numerosos discípulos do Evangelho consideram que o sacrifício do Gólgota não teria sido completo sem o máximo de dor material para o Mestre Divino. Como conceituar essa suposição em face da intensidade do sofrimento moral que a cruz lhe terá oferecido?
       -A dor material é um fenômeno como os dos fogos de artifícios, em face dos legítimos valores espirituais.
         Homens do mundo, que morreram por uma ideia, muitas vezes não chegaram a experimentar a dor física, sentindo apenas a amargura da incompreensão do seu ideal.
         Imaginai, pois, o Cristo, que se sacrificou pela Humanidade inteira, e chegareis a contempla-Lo na imensidão da sua dor espiritual, augusta e indefinível para a nossa apreciação restrita e singela.
         De modo algum poderíamos fazer um estudo psicológico de Jesus, estabelecendo dados comparativos entre o Senhor e o homem.
         Em sua exemplificação divina, faz-se mister considerar, antes de tudo, o seu amor, a sua humildade, a sua renúncia por toda a Humanidade.
         Examinados esses fatores, a dor material teria significação especial para que a obra cristã ficasse consagrada? A dor espiritual, grande demais para ser compreendida, não constitui o ponto essencial da sai perfeita renúncia pelos homens?
         Nesse particular, contudo, as criaturas humanas prosseguirão discutindo, como as crianças que somente admitem as realidades da vida de um adulto, quando se lhe fornece o conhecimento tomando por imagens o cabedal imediato dos seus brinquedos.


        Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

9.1.17

Transição

Em 1873, precisamente em Lisboa, tivemos uma conversa entre pares intelectuais. Na ocasião, debatíamos sobre a liberdade dos povos. Eu fui muito inquirido como a sociedade brasileira, de então, ainda sustentava a instituição da escravatura negra. Dizia, na ocasião, que a oligarquia reinante na política segurava qualquer avanço mais significativo, que as leis que foram aprovadas não encontravam eco na sociedade rural que via na escravidão negra uma forma de manutenção de seus privilégios. Argumentei, também, que a elite não gostaria de ser confrontada e que ter serviçais era mais cômodo para seus interesses.
Encerrada a estada na capital lusitana, fui para a Inglaterra e lá continuei o meu périplo de novidades sobre o direito da liberdade irrestrita para todo ser humano. As ideias liberais, naquela época, casavam como uma luva na liberdade também do trabalho, mas via-se com certa precaução o que seria de uma sociedade altamente industrializada. Naquele momento, quebrava-se, pouco a pouco, o paradigma de preocupação rural e se implantava um novo modelo de se ver a economia. A indústria de escala, as “máquinas modernas” e muitas outras inovações traziam medo para uma sociedade que se acostumou com outros valores.
Agora, neste pedaço de início do século, nos deparamos com uma análise semelhante àquela daqueles dias. Hoje, a indústria perde lugar para a completa automação e todos, inquietos e incertos, não sabem direito o que fazer ou onde tudo isso vai dar.
A máquina, agora ultramoderna em relação aos primeiros teares mecânicos, nos surpreende a cada dia e nos possibilita voos imaginativos extraordinários. Uma economia morre aos poucos, como que asfixiada, e outra surge repleta de novidades e surpresas. Como ontem, o medo ao novo permanece como sendo o grande vilão porque as pessoas não desejam perder seus empregos e privilégios, mas a mudança tem que acontecer, aliás, já está acontecendo aceleradamente em muitas partes do mundo. A mudança é inadiável, como já anteriormente defendi.
O medo será substituído por novas certezas, agora defendidas por uma geração nova de profissionais, bastante antenada com tais transformações. É lógico que neste período de transição as pessoas correrão em busca de um lugar ao sol ou de uma proteção aos seus direitos, afinal de contas, “trabalhei arduamente e acredito merecer o que conquistei a duras penas”, pensam muitos.
Tudo isso já está definido no plano divino para o nosso bem e cabe a cada um se encaixar nesta nova ordem de coisas.
Estes alertas que tenho feito neste espaço tem o fim útil de preparar mentalidades mais sadias e menos rancorosas com as mudanças tecnológicas. A mudança vai se instalar e pronto, não há como lutar contra elas.
As bênçãos do Senhor convergem para todos e não haveremos de ficar desabrigados de Sua Presença em nossas vidas. Tenhamos calma e tudo vai se estabelecer a contento. É só esperar, mas fazendo a sua parte.
Deus com todos!

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

8.1.17

Outra Lei

As questões teológicas, muitas vezes, não conseguem justificar certos acontecimentos da vida diária, pois a realidade nos surpreende com tanta força que não encontramos explicações para o que ocorre.
Nesta semana, início de um novo ano, nos deparamos com um fato tenebroso: o assassinato em série de irmãos que viviam num mesmo teto de presídio.
Todos acordaram com a notícia e, finda a explicação do que ocorreu, eis que nos deparamos com mais um presídio, agora em Roraima, onde novamente outro contingente de irmãos foi assassinado fria e cruelmente.
Vi as repercussões em muitas praças do Brasil.
Alguns diziam solenemente: “Bem feito, foi dá para ser bandido, era isso que merecia”.
Outros afirmavam que: “É melhor assim mesmo, pelo menos era menos gente para receber as benesses do Estado que paga um valor muito alto para sustentar estes vagabundos”.
Alguns se preocupavam até onde iria dar esta “eliminação” sumária, porque “se o Estado não consegue frear o que acontece dentro da prisão, como será se os bandidos quiserem fazer o mesmo do lado de fora?”.
Tudo isso me preocupa deverasmente porque mostra a insatisfação popular com o sistema de segurança que temos no nosso País; temo por uma desordem civil para arrumar este estado de coisas, mas, sobretudo, vejo com preocupação a indiferença de uma boa parte da população com o caso. Mexem com os ombros e perguntam: “E eu com isso?”
Insensíveis a tudo que ocorre, uns defendem que “a justiça seja feita da maneira como foi, mesmo que do modo deles, o importante é a vida prosseguir e eu me dar bem”.
Outros reagem com a indiferença com a vida de um irmão que errou. É verdade, mas nem por isso ele deixou de ser seu irmão. Você pensaria a mesma coisa se fosse um irmão consanguíneo seu?
Como estaria a cabeça e o coração das mães daqueles que foram duramente assassinados?
Alguns disseram que se eles estivessem livres estariam fazendo o mesmo. Pode até ser, mas nós devemos nos juntar ao mesmo nível de indiferença ou no mesmo nível de justiça pelas próprias mãos como muitos defendem?
Irmão é irmão, é incondicionalmente irmão. Se fez algo contra o próximo ou a sociedade deve, a pretexto de se fazer a justiça oficial, ser preso e pagar pelo que fez nos ditames da lei, por pior que tenham sido os seus crimes. Mas não deixa de ser irmão, esta é a verdade.
Ao que tudo indica, o Estado sabia e nada fez. Lavou as mãos. Preferiu ser acusado de incompetente a ter que se explicar depois na condição conivente com o assassinato.
Aa leis que vigoram atrás das grades, claro que não têm o teor das leis cristãs, pois lá não reina o Evangelho de Jesus, mas não é por isso que devemos nos contentar com a quantidade menor de criminosos no mundo.
A teia do mal, irmãos, é mais ampla do que muitos podem imaginar. Esta parte demonstrada é apenas uma forma de manifestação do estado de desorganização que eles promovem, no Brasil e no mundo.
O que ocorreu foi ajuste de contas entre eles, mas a Providência Divina, atenta para tudo que acontece, encarregou um grupo de irmãos em auxílio para aqueles que acordavam no mundo espiritual sem saber direito o que estava acontecendo e, por Misericórdia Divina, acolhia alguns deles que, minimamente, poderia despertar para o bem. Outros, porém, foram resgatados pelas ordens do mal e se perderam por si mesmos. Paciência.
O bem tem que imperar no planeta e isso um dia vai acontecer, mas, definitivamente, não será pela eliminação de irmãos perdidos no equívoco, tampouco pelas mãos de tiranos do poder.
Fiquemos em calma! Oremos por todos e sejamos ativistas da paz. É isso que o mundo tanto precisa nos dias de hoje.
Amém!

Helder Camara – Blog Novas Utopias