28.2.13


Mudanças
À Deus e ao Nosso Senhor Jesus Cristo, eu escrevo estas palavras.
Ninguém, em sã consciência, gostaria de aceitar o prelado papal. É tanta responsabilidade, é tanto desprendimento, que impõe uma disciplina e uma fé intransponíveis para exercer este papel.
Um papa, em sua figura, se concentra uma enormidade de deveres que ele deve dar conta da melhor maneira possível. É um rebanho de mais de um bilhão de pessoas cuja ação se dá no mundo inteiro.
Ver o que está errado e querer acertar é desafio dos grandes. Será que um papa possui tamanha possibilidade de desafiar a tudo e a todos e impor a sua vontade? Ou será que ele deve se acomodar diante das pressões e fazer aquilo que lhe seja possível.
Conheci um papa grandioso, João Paulo II.
Ele teve coragem de impor determinadas regras em seu papado, regras estas que discordo algumas delas e que me atingiu profundamente, mas foi leal aos seus princípios e teve coragem de impor mudanças. A coragem para mudar o que deve ser mudado é o requisito que se espera do novo papa.
Há um conserto geral entre os participantes, pelo que vejo, que mudanças devem ser feitas, mas que elas não sejam, para alguns, a ponto de desestabilizar o status quo.
O que vejo do lado de cá da vida é intensa movimentação para que todos sejam ungidos pelo Espírito Santo e cumpra com seus deveres e o que isso quer dizer?
Meus amigos, necessitamos, os homens, que nossas decisões sejam inspiradas, que sejam abençoadas, que possam ir ao encontro da verdade e das aspirações de todos. Pois bem, é o Espírito Santo que deve permear tais decisões e esta é gravíssima para serem tomadas açodadamente.
Creio que as mudanças virão, talvez não no impacto que desejamos, mas virão. Virão porque o mundo respira outros ares e a pressão internacional por posições mais coerentes e firmes da Igreja se faz presente em muitos flancos.
Quando absorvo as tendências mais conformistas em minhas palavras é porque sei do incrível embate que se dá no lado de cá da vida. Forças poderosíssimas, não mais logicamente que a de Deus, conspiram em favor de certa desestabilização, mas nós estamos vigilantes.
A fé, meus amigos, ainda é elemento de barganha em muitos conclaves pelos asseclas espirituais como mecanismo de dominar o mundo. Eles incitam mudanças destemperadas para destruir alguns pontos fundamentais que se assentam a nossa Igreja, por isso, todo cuidado é pouco.
Despeço-me nesta manhã de domingo com a esperança redobrada. Daqui a uma semana teremos um trono vacante e o mundo inteiro de olhos em nossas decisões.
Queira o Pai Celestial que tenhamos sabedoria para tomar as decisões acertadas e que o trono de Pedro seja, na realidade, o local onde reflita a vontade Dele sob a coordenação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Que eles inspirem a todos nós.
Um abraço,
Helder Camara

27.2.13


Questão 196 do Livro dos Espíritos
    É NECESSÁRIO
    É necessário que o espírito passe por todos os tipos de tribulações, por serem elas escolas onde se aprende a viver melhor; tirar as tribulações dos espíritos é o mesmo que tirar as crianças de junto dos pais, e a juventude das escolas. São indispensáveis os problemas e as dores nos caminhos da humanidade, pelo menos na faixa evolutiva em que ela se encontra.
     Eis porque são necessárias várias reencarnações para a alma, como sendo oportunidades de aprimoramento espiritual e educandários de elevado poder disciplinando e prometendo um porvir cheio de luz e de paz.
    O espírito é a luz divina recebendo inúmeras oportunidades de crescer ante a vida. No entanto, esse crescimento requer muitos esforços e incontáveis problemas, de modo a levar a alma ao verdadeiro discernimento, compreendendo que, sem amor, não existe solução para todos os desempenhos.
    Deus processou meios pelos quais os espíritos recebessem assistência de compreensão em muitas atividades, sendo que em uma existência terrena não daria para que o espírito conhecesse de onde veio e para onde vai. As vidas são sucessivas, quantas forem necessárias, objetivando o aperfeiçoamento do espírito. Não se desperta por simples querer, por xaropes ou pílulas. Isso é processo do tempo, que amadurece os sentimentos em todas as vias do saber.
    Quando se vê um espírito encarnado ou desencarnado que já atingiu a libertação, é bom que se lembre da sua jornada, o que ele já percorreu pela vidas múltiplas. Ninguém compra a tranqüilidade, assim como não se vende felicidade, que é conquista. O preço é esforço, dor, sacrifícios e tempo, e nestes meios surgem as bênçãos de Deus, computando todas as qualidades e convertendo-as em luz para o viajor honesto e trabalhador, que percorreu todos os caminhos de aprendizado. É necessário que isso aconteça, para nascer no coração o sol da esperança.
    O corpo é um depurador, que vai modelando a alma passo a passo, de vida em vida. E a alegria de viver é a felicidade recebida como prêmio de jornadas avançadas. Que Deus nos abençoe, para que tenhamos sempre coragem de lutar dentro de nós e vencer todas as dificuldades. Conhecendo a nós mesmos, tornaremos a vida mais fácil e mais alegre de ser vivida.
    Nunca pensemos que alguém vai nos trazer a felicidade; ela deve ser descoberta por nossos próprios esforços. Poderemos encontrar quem nos dará toques, para compreensão dos meios de adquiri-la. Essa é a misericórdia e a bondade de Deus: sempre encontramos um cireneu. Até o Mestre aceitou sua cooperação, e nós, sempre os procuramos. Eles valem muito, principalmente quando chegam para nos ajudar na subida do Calvário, com a nossa cruz que sempre pesa. O que devemos aprender, é tirar de todas as tribulações as lições que elas nos trazem, evitando repetições das dores.
    A natureza é cheia de lições elevadas, é um livro de Deus aberto a quem já quer lê-lo. Comecemos a estudá-lo agora, porque em torno de nós as suas páginas estão nos convidando ao grande entendimento. Notemos bem que as suas letras são mais vivas que o comum dos livros, e elas falam mais perfeito que as bocas dos homens, porque falam a verdade.
 
Livro: Filosofia Espírita III - João Nunes Maia - Miramez

26.2.13


POSIÇÕES RETRÓGRADAS

Do ponto de vista religioso, o avanço da Ciência é incompatível com as posições retrógradas que muitos adeptos do Espiritismo vêm adotando – posições excessivamente conservadoras que, em face da Razão, cerceiam a evolução do pensamento.
Estas atitudes que não se coadunam com as características da Doutrina e o seu natural dinamismo, se manifestam, por exemplo, quanto às pesquisas que vêm sendo realizadas com as células-tronco, na questão da inseminação artificial e suas implicações, no que diz respeito ao aborto terapêutico, nas experiências genéticas de natureza reprodutiva...
Aos que, em nome do Espiritismo, levantam semelhantes “bandeiras”, como se fossem os seus equivocados porta-vozes oficiais, bastaria que dessem uma olhada na resposta que os Espíritos Superiores forneceram à questão de número 692, de “O Livro dos Espíritos”, para que passassem a pensar de maneira diferente.
Vejamo-las: - O aperfeiçoamento das raças animais e vegetais pela ciência é contrário à lei natural? Seria mais conforme a essa lei deixar as coisas seguirem o seu curso normal? – Tudo se deve fazer para chegar à perfeição, e o próprio homem é um instrumento de que Deus se serve para atingir os seus fins. Sendo a perfeição o alvo para que tende a Natureza, favorecer a sua conquista é corresponder àqueles fins.
Evidentemente que nem tudo o que a Ciência faz, a princípio, é acertado e bom, porém não se pode negar que ela sempre está se empenhando no sentido de proporcionar maior bem estar à Humanidade.
Nós, os espíritas, não podemos esquecer de que foi a própria ortodoxia religiosa que, no passado, provocou a cisão existente entre Religião e Ciência, dando ensejo ao materialismo.
Em vão, a pretexto de salvaguardar duvidosa ética, os extremistas se oporão ao progresso da Ciência, que simplesmente continuará a ignorá-los em seu fanatismo.
Na questão 782, de “O Livro dos Espíritos”, Kardec interrogou: - Não há homens que entravam o progresso de boa fé, acreditando favorece-lo, porque o veem segundo o seu ponto de vista, e frequentemente onde ele não existe? Resposta: – Pequena pedra posta sob a roda de um grande carro e que não a impede de avançar.
Convém, portanto, que os espíritas em geral, em vez de organizarem passeatas contra o progresso inexorável, inclusive no delicado campo do relacionamento entre dois seres, como no caso da chamada união homoafetiva, esmerem-se no sentido de fazer com que a Ciência se aproxime da Fé, porque, se a Fé sem a Ciência é mero fanatismo, a Ciência sem Fé é perversão dos valores da inteligência.
O Espiritismo, através de suas mentes arejadas, precisa começar a pensar grande, entendendo que, no mundo atual, não há espaço para o moralista espírita, que, substituindo a Bíblia pelo “O Livro dos Espíritos”, esbraveja colérico, de boca espumante, erguendo-o como se fosse uma pedra a ser atirada contra os infiéis...
São novos, extremamente novos, os tempos que se anunciam, e se o Espiritismo deseja manter-se atual em sua Mensagem, que acreditamos seja de Vida Eterna, não cometa a asneira que, ao se oporem à força avassaladora do avanço da Ciência, praticamente, todas as religiões cometeram, e, justamente por isto, se encontram agora agonizantes em seu leito de morte.

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 25 de fevereiro de 2013. 

25.2.13


Esclarecimentos
Amigos que acompanham estas mensagens.

Meu bom dia!
Esta é a primeira vez que ouso escrever no blog que não me pertence, mas a Dom Helder Camara. Faço isto por dever de consciência para fazer alguns esclarecimentos.
Desde o primeiro momento que comecei a receber textos do nosso irmão Helder Camara sabia da posição contrária de várias pessoas. Vieram dois livros, outro a ser publicado em breve, e mais um já pronto aguardando dia bom.
As críticas vieram de todos os lados. Estava consciente que não seria fácil e prossegui. Certo dia, depois de uma brincadeira, o Dom aceitou escrever para o seu blog. Atualmente, já supera a mais de 270 textos do nosso querido irmão.
Desta vez, porém, com a sua autorização, outros colaboradores do Cristo estão utilizando seu espaço para darem suas opiniões. Todos trazidos pelo próprio Dom. Figuras da Igreja Católica chegam para dar seus depoimentos sobre o momento de renúncia de Bento 16 e preparativos para a sua sucessão.
Alguns destes visitantes assinam como ex-papas.
Tanto quanto vocês, fico surpreso. Aprendi, no entanto, com Allan Kardec que o nome é secundário e que o teor das comunicações é que deve prevalecer. Aprendi também que o texto não me pertence e sendo mediúnico devemos mesmo é criticá-lo, até mesmo desmerecendo-o quando for o caso.
As razões destes textos chegarem desta forma, creio eu, não é diferente do mesmo propósito do Dom: deixar claro da imortalidade da alma e que eles continuam participando ativamente do mundo dos vivos, até porque nunca deixaram de sê-lo.
Estas personalidades católicas falam a todos, mas falam especialmente aos católicos. Gostariam, dizem eles, de se expressarem pelas mãos da Igreja, mas o medo da retaliação fazem-los prudentes em não permitir estes escritos.
Minha antiga ligação com a Igreja Católica Apostólica Romana em outras vidas e a minha disponibilidade em trazer estes textos a lume seriam as razões deles me procurarem. Não há méritos de minha parte. Vejo-me até como médium menor na sensibilidade, mas na falta de outro melhor...
Examinem os conteúdos. Aceitem ou não a sua veracidade em relação aos autores. Apenas garanto que eles não são de minha autoria.
Aos meus irmãos espíritas, peço a compreensão já que a mediunidade é patrimônio do ser humano e deve servir a todos eles e não apenas àqueles que já a aceitaram como mecanismo de diálogo interexistencial.

Paz e esperança em nossos corações,
Carlos Pereira
 
Curtas - 7
CARGO
Papa todo mundo pode ser, papa de verdade somente aquele que sabe que o cargo não lhe pertence, mas ao Nosso Senhor Jesus Cristo.

APOSTAS
É incrível como se torna algo vendável uma eleição papal, em tudo dar-se um jeito de querer ganhar dinheiro. Na bolsa de apostas quanto mais imprevisível melhor. Será que vai dar azarão?

DESAFIO
Como manter todos os cardeais intactos à pressão internacional por este ou aquele candidato? O poder de veto, mesmo abolido, ainda é grande e prejudica a muitos homens santos.

COBERTURA
A Praça da Sé vai se transformar novamente no grande centro mundial da notícia. O Vaticano dá Ibope internacional, mas deve-se aproveitar este momento grandioso para lembrar sobre os compromissos do bom cristão.

CONCLAVE
Nem todos podem entrar, no mundo espiritual, para assistir ao Conclave lá dentro. Nem eu sei se terei permissão. Aqui também se guarda o local a sete chaves e ainda assim gente indesejada entra.

REPERCUSSÃO
Quero ver a repercussão que teria um papa negro ou mesmo um ocidental latino-americano. Nós, do chamado Terceiro Mundo, precisamos colocar a nossa pauta na mesa do Primeiro Mundo.

SIMPATIAS
Possuo simpatias, sim, por este ou aquele possível candidato, é inevitável, mas queremos, acima de nomes, honestidade, coragem e capacidade de liderança. Aquele que siga fielmente os passos do Cristo.

Helder Camara

24.2.13


O Semeador de Estrelas
Com base em depoimentos e relatos de Divaldo P. Franco, a Autora comenta marcantes fatos mediúnicos da vida do biografado, contribuindo para a compreensão do intercâmbio espiritual e do valor da mediunidade a serviço do bem.

Suely Caldas Schubert(autora)
Biográfico - 368 págs. - 14x21 cm
LEAL - Livro Espírita

23.2.13

ORAÇÃO DE SEMPRE

Mestre Amado, eis-nos aqui,
Na tarefa retomada,
Que nos concedes a todos
Nesta casa abençoada.

Que  não nos falte coragem,
Nem a força necessária,
Para seguirmos adiante
Na caminhada diária.

Não nos deixes à mercê
Das terrenas ilusões,
Que nos surgem na existência
Em forma de tentações.

Ante a iminência de queda
Perigo de toda hora,
Mantendo o próprio equilíbrio,
Que a cruz nos sirva de escora.

Mesmo que seja de rastros,
Na luta seja qual for,
Que possamos prosseguir
Buscando por Teu amor!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 9 de fevereiro de 2012, em Uberaba – MG).

22.2.13


Convergência na Fé

Hoje inauguro uma nova fase na minha vida sacerdotal. Hoje passo a fazer parte daqueles que renovam a sua fé por meio da psicografia dizendo-se mais vivo que antes, mesmo estando no lar dos “mortos”. É experiência nova para mim, reveladora, estimuladora, inusitada, de incrível descoberta.
Junto-me àqueles que buscam dar uma contribuição ao momento atual da Igreja. Sou padre também do lado de cá da vida. Continuo a pregar diante das fileiras católicas dos que aqui ainda professam sua fé à Igreja liderada por Roma.
Hoje é dia especial porque posso reafirmar a minha fé que transcende a vida da matéria como prometida por Jesus na fala apropriada de que quem Nele cresse teria vida em abundância.
Meus irmãos, é esta fé que nos une que me faz agora dizer-me vivo, mas também comprometido com os destinos da Igreja que abracei.
Somos todos responsáveis, os irmãos católicos, pelo destino da nossa Igreja e não apenas os padres e demais representantes eclesiásticos. Somos responsáveis em criar uma Igreja libertadora, ungida de esperança para todos os povos de Deus.
Quando peço permissão para escrever é para dizer que movimento grande existe do lado de cá da vida. Há um trabalho intenso, meus irmãos. Não imaginam que burburinho se faz para que nomes possam se sobrepujar a outros para comandar os destinos da Igreja de Roma.
Todos sabem deste momento jubiloso porque são oportunidades únicas de inferir nos postulados que nos guia, elegendo alguém que represente esperança de novos dias, mas também que possua moral irretocável, liderança inquestionável e coragem para impor mudanças.
Quando estamos no lado de cá da vida é que enxergamos com olhos mais dilatados a realidade da Terra. Não imaginam o quanto temos que trabalhar por um mundo melhor, o quanto temos que lutar para que as ideias cristãs libertadoras vençam diante da escuridão.
Peço a todos orações. Necessitamos vibrar intensamente para que este embate seja tranquilo, convergente de ideais e que, qualquer que seja o sucessor do Papa Bento 16, tenha lucidez para conduzir o barco que Jesus nos confiou na Terra.
Trabalhemos pela paz entre os povos.
Trabalhemos por dias melhores para a nossa gente de Deus.
Trabalhemos pela fé e pela esperança.
Trabalhemos para que o amor prevaleça entre os filhos de Deus.

Um abraço renovado,
Aloísio Lorscheider

21.2.13


Questão 195 do Livro dos Espíritos
    ANTES AGORA
    Se desejarmos melhorar, tomemos essa providência logo; não deixemos para amanhã, pois será um dia a mais a retardar a nossa libertação. Nunca se deve pensar que, se a vida é eterna, tem-se muito tempo para o aperfeiçoamento. Na verdade, a evolução é demorada, contudo, é progressiva, e temos uma função importante no nosso despertamento espiritual.
    Deus certamente não tem pressa, por saber e conhecer as leis que criou, no sentido de que a harmonia se estabelece como ordem divina. Porém, Ele é onisciente; o presente, o passado e o futuro para Ele não existem, por sentir o todo, não havendo dimensionamento para o tempo e o espaço, do Seu entendimento sublimado. Não nos é possível falar de Deus na sua total realidade, por nos faltar perfeição para tal. Somente o perfeito pode falar da perfeição na sua grandiosidade absoluta; tudo o que falarmos de Deus, ainda O estaremos diminuindo.
    A alma, encarnada ou fora da carne, que pensa em ludibriar as leis de Deus, se engana. Esse fato é inspirado pela ignorância. Tudo que fazemos e falamos, pensamos e sentimos, fica gravado primeiramente em nossa consciência, depois, no éter cósmico, que pulsa no universo como se estivesse presente em todos os lugares na mesma hora. Com o hálito de Deus, desaparecem as distâncias e deixa de existir o amanhã, fazendo-se no coração do Criador um eterno presente e uma felicidade sem mácula.
    As limitações são para os homens, e elas vão desaparecendo com o seu crescimento. Se queremos compreender um pouco da nossa vida e da vida que nos rodeia, estudemos, meditemos e oremos, trabalhando. Esses são os caminhos que a sabedoria nos indica para que possamos compreender o amor e passar a amar a tudo e a todos. Quem não deseja melhorar?
     Até os próprios animais, pelo poder do instinto, procuram sempre o melhor, e a razão confirma esse posicionamento das almas. Por que deixar para depois, se podemos fazer agora alguma coisa em nosso próprio benefício? Esforcemo-nos, mesmo que nos custe suor e sacrifícios. Se erramos hoje, trabalhemos para não errarmos de novo amanhã, porque a luz se ascende no aperfeiçoamento espiritual, dia a dia, passo a passo..
    Não esperamos somente por Deus, acreditando que Ele, sendo o Pai, faz tudo por nós. Ele mesmo deixou uma parte para cada criatura. O que Ele já fez em nosso favor já é grandioso. Usemos de todas as nossas forças, aproveitemos as oportunidades que surgem em nosso caminho, e avancemos. O que pudermos fazer hoje, façamo-lo, porque no amanhã faremos mais, se já começamos.
    Quando alguém deseja deixar para outra oportunidade, ou para depois do desencarne, o seu aperfeiçoamento moral, isso mostra falta de maturidade. Essa pessoa ainda dorme e não quer acordar, porém, o Senhor tem os recursos para fazê-lo despertar, que, geralmente, são dolorosos. Todavia, essa é a vida, e Quem a criou sabia de todos esses detalhes de aprimoramento dos espíritos. A alegria de todos é que há sempre uma esperança para todas as criaturas de Deus. E que o Senhor nos abençoe sempre!
 
Livro: Filosofia Espírita III - João Nunes Maia - Miramez

20.2.13


Igreja e Fé
Depois da morte de João Paulo II tivemos um ambiente de confusão na Igreja Católica. O que fazer? Que rumos tomar? Afinal, com o papado de Woityla inauguramos a era da fraternidade pública, um pastor que ia atrás de suas ovelhas viajando mundo afora. Um carisma ímpar que atraía multidões e atenção à Igreja. Um papa, porém, profundamente conservador nas práticas e costumes. Assim foi João Paulo II que tanto bem trouxe a humanidade. Depois veio o Cardeal Ratzinger. Uma interrogação. Um homem que se destacara pelo seu vigor teológico e não pela sua prática sacerdotal.
O homem se sobrepôs ao papa. É certo que ele mudou algumas posturas que se esperava mais radical, mas nada de novo se fez numa Igreja cambaleante a procura de luz. Ratzinger fez o que pode dentro de suas limitações. É um soldado da Igreja e procurou cumprir o que lhe cabia e fez até onde pode. Até onde as suas forças intelectuais e físicas permitiram. Até onde a política de Roma permitiu. Um gesto nobre o fez transferir a responsabilidade de condução da Igreja para outro irmão em Cristo, não mais ele. Ele desistiu porque não encontrou mais meios para prosseguir na sua luta pastoral. Foi digno de sua parte e inaugurou, depois de algum tempo, uma era nova para a Igreja, uma era de renúncia papal.
Mas o que se espera para a Igreja do Cristo?
Há muito tempo me junto ao coro daqueles que desejam mudanças, mudanças graves no seio da Igreja. A Igreja não pode mais tomar decisões como se estivesse isolada no mundo. Não mais. Os tempos medievais se foram. A sociedade que vivemos é plural, mais intelectualizada, com novos anseios, sobretudo de liberdade, e há temas complexos, uma agenda nova, que a Igreja necessita se posicionar e até liderar comportamentos.
O que vejo atualmente é uma Igreja triste. Uma Igreja paralisada, amarrada, sem forças para agir. Quando o faz é para coibir práticas, proibir ações libertadoras e por aí adiante. A Igreja precisa renovar-se. Pena que o atual papa não conseguiu liderar este movimento de mudanças tal como fez oportunamente o nosso querido João XXIII. Ele sim entendeu seu tempo e além dele. Ao promover o Concílio Vaticano II abriu a Igreja para o mundo e é exatamente isto que precisamos hoje: abrir a Igreja para o mundo.
Para este tentame, o diálogo é fundamental. Não há como se inserir num mundo novo sem conhecê-lo melhor, sem sentir o pulsar do povo, suas angústias e receios. O que pretendemos do lado de cá da vida é novamente conspirar para o bem. Vamos influenciar sim neste processo decisório. É fundamental, vital, para o futuro da Igreja.
Como fazer isso?
Vamos conversar com os “papáveis”. Vamos sugerir mudanças. Vamos procurar aqueles mais sintonizados com os tempos novos e os anseios populares. Há bons homens e com o compromisso com o Cristo em seus corações, então vamos conversar com eles durante o sono. Vamos intuí-los. Vamos sensibilizá-los.
Este jogo de bastidores, meus irmãos, é intenso nas duas esferas da vida. Não pensem que do lado de cá é diferente. Aqui, então, há outras forças que atuam decisivamente para o empobrecimento da Igreja como veículo de transformação moral dos povos. Há gente transvestida em pele de cordeiro, mas que são verdadeiros lobos da maldade. E dentro da Igreja.
Não podemos ficar de braços cruzados neste momento grave que vive o mundo. A Igreja tem sua contribuição a dar e nós, os espíritos-católicos não vamos esmorecer na tentativa de eleger um papa confiável, de moral equilibrada, de visão antecipada das coisas e que tenha coragem de conduzir a Igreja neste período de mudanças planetárias que se avizinha.
Não importa qual a sua origem geográfica, a sua raça, os seus princípios teológicos, nada disso importa, o que importa é a sua fé inquebrantável, é o seu vigor em liderar parte do povo de Deus na Terra, um homem comprometido com o Cristo, enfim.
Deixo-os com a paz de Jesus e na esperança que vamos construir tempos novos para a Igreja de Roma.
Deus ampara a todos.
Maria nos guarda com seu imenso amor.
Jesus nos guia em direção ao reino de Deus na Terra.
Um abraço,
Helder Camara

19.2.13


ESPIRITISMO NA INGLATERRA E PORTUGAL
(Conversando com o médium)

- Meu filho, quais as suas impressões pessoais sobre o Espiritismo na Inglaterra e Portugal? Muitos de nossos irmãos gostariam de ouvi-lo a respeito.
- Dr. Inácio, o Espiritismo, como Doutrina, é sempre o mesmo em toda parte – a obra de Kardec é magistral, embora, de minha parte, creia que a linguagem espírita esteja carecendo de se modernizar.
- Na Inglaterra e em Portugal, como você pode sentir os espíritas?
- São duas realidades diferentes. Na Inglaterra, os poucos centros espíritas existentes, com raras exceções, são frequentados por brasileiros. Em Portugal, sem dúvida, o Movimento Espírita é mais pujante, muito parecido com o do Brasil – aliás, antes de chegar ao Brasil, o Espiritismo passou por Portugal!
- O que mais o agradou?
- Os frequentadores comuns dos centros espíritas – gente simples, humilde, interessada em Jesus, Kardec e Chico. Gente que, principalmente em Portugal, tem ficado exposta à palavra personalista de muitos espíritas brasileiros que lá vão.
- E o chamado Movimento de Unificação? Como é por lá?...
- Em minha opinião, a partir do Movimento de Unificação no Brasil, já está contaminado. A este respeito, eu tenho a opinião do senhor: o Movimento de Unificação, talvez, tem feito mais mal do que bem à Doutrina!
- A Federação Espírita Portuguesa o recebeu?
- Não, absolutamente. A Federação Espírita Portuguesa nada faz sem a bênção da Federação Espírita Brasileira, que, infelizmente, é dirigida por um médium extremamente vaidoso e personalista – é somente ele e mais ninguém!
- E na Inglaterra? Como é a situação?...
- Na Inglaterra, a denominada BUSS, através de uma brasileira que a coordena, é que deseja comandar o Espiritismo – ela chegou a entrar em contato com os centros espíritas de Londres para que não nos recebesse.
- Também, você é tão bocudo quanto eu...
- Tenho tido um bom mestre, não?!
- Adiantou alguma coisa ela tentar bloquear a sua programação doutrinária?
- Não, não adiantou, porque ela faz de conta que manda, e o pessoal faz de conta que obedece. Coitados! Como estão iludidos estes nossos irmãos que se acham dentro da Doutrina!...
- E as reuniões públicas de psicografia?
- Foram maravilhosas... Doutor, um dirigente espírita nos chamou e disse: - Vocês precisam vender os livros um pouco mais caro, porque vocês os estão vendendo a preços abaixo dos nossos... Fiquei feliz, mas perguntei a ele: - A quanto costumam vender por aqui? Ele respondeu: - Muitas vezes, pelo dobro... O senhor acredita que chegam a leiloar telas pintadas mediunicamente?!...
- No lombo dos modernos vendilhões, o chicote de Jesus anda fazendo falta...
- Doutor, tem médium brasileiro que só faz amizade com gente milionária em Portugal, mas, quando eles se arruínam financeiramente, não são mais amigos... Certa vez, um recebeu um cheque de 22.000 contos!
- Eu nem sei que dinheiro é este...
- Nem eu. Todavia, perguntei a quem mo contou o fato quanto isto valeria nos tempos do euro... Resposta: - É dinheiro para nunca mais ter que se trabalhar com uma picareta nas mãos!...
- Que picareta!...

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 18 de fevereiro de 2013.

18.2.13


Renovação da Fé

As minhas preces foram atendidas. Posso escrever neste momento e transmitir as minhas ideias livremente. Sou Católico Apostólico Romano de formação e guardo no mundo espiritual as mesmas tradições de fé.
Venho nesta manhã de domingo dizer da minha imensa satisfação de escrever aos povos, mas também para expressar a minha preocupação e esperança diante do momento que vive a Igreja Católica na perspectiva da sucessão do Papa Bento 16.
Eu tive experiências na Igreja Católica que muito me fizeram feliz. Experiências que um mortal jamais imaginou tê-las, mas a oportunidade de vivenciá-las me fez novo homem diante dos desafios que enfrentei.
Nunca me considerei um ser privilegiado, alguém escolhido por Deus para uma determinada missão, mas me coloquei à Sua disposição desde o primeiro dia que decidi servir à Igreja do Cristo na Terra.
Pouco a pouco, fui ascendendo em desafios e prosseguindo na minha jornada. Um dia cheguei à Roma como Cardeal sem qualquer outro compromisso, repito, do que aquele de apenas servir.
Fiz este papel com o maior esmero que pude. Não fui amigo de ninguém em especial, procurei ser amigo e irmão de todos, este foi meu compromisso. Imaginei como seria a postura do Cristo na Terra, sem deter privilégios a quem quer que seja, mas auxiliando a todos que o procurasse.
Minha jornada como Papa foi breve. Alguns anos apenas, sobretudo num momento turbulento da primeira guerra mundial. Fiz-me papa dos povos com o compromisso de ser, o mais que possível, leal ao lema do Cristo de amar a todos os seus irmãos.
Pois bem, eis-me aqui mesmo depois de “morto” a dizer de nossas imensas expectativas na renovação papal.
Jesus nos ampare novamente em saber escolher o homem certo para a cadeira de Pedro. Os desafios são grandes, irmãos, e todos devemos orar para que esta escolha seja sábia, bem-aventurosa.
Sei dos enormes desafios a enfrentar, a começar dentro da própria Igreja. Necessitamos de uma espécie de freio de arrumação na condução interna. É preciso dizer a alguns que Roma tem comando e que ninguém ou grupo algum vai se sobrepor aos interesses nobres que é a sua missão.
Depois, temos que dizer ao mundo que somos úteis para dar a nossa contribuição às gentes. Que cabe à Igreja Católica um papel decisivo, não único, nos destinos da Terra. Somos responsáveis pela orientação moral e espiritual de mais de um bilhão de irmãos, então temos responsabilidades importantes neste processo de renovação que a Terra já passa.
Meus irmãos, a Igreja que pertenci já começava a se inquietar com as mudanças do mundo, agora elas chegaram, se estabeleceram e se processam numa velocidade que não conseguimos como Igreja dar respostas a tempo.
Uma Igreja mais ágil, mais contemporânea, mais atual e atuante, mais moderna, se faz urgente nos dias de hoje.
Queremos uma Igreja renovada. Há muitos que assim trabalham nesta direção aqui no lado espiritual da existência.
Vamos contribuir para estas mudanças, seguido e amparado pelo Cristo que a tudo vê e conduz, não tenhamos qualquer dúvida sobre isso.
Despeço-me com um gesto de agradecimento.
Agradecimento pela fala reveladora da psicografia. Outra mudança que precisamos estudar como introduzi-la nas nossas hostes, o aperfeiçoamento da fé e da espiritualidade.
Vamos juntos com Jesus e estaremos todos bem amparados.

Um abraço em Cristo,
Giacomo della Chiesa

17.2.13


Em Favor de Você Mesmo

Aprenda a ceder em favor de muitos, para que alguns intercedam em seu benefício nas situações desagradáveis.
 *
Ajude sem exigência para que outro o auxilie, sem reclamações.
 *
Não encarcere o vizinho no seu modo de pensar; dê ao companheiro oportunidade de conceber a vida tão livremente quanto você.
*
Guarde cuidado no modo de exprimir-se; em várias ocasiões, as maneiras dizem mais que as palavras.
*
Refira-se a você o menos possível; colabore fraternalmente nas alegrias do próximo.
*
Evite a verbosidade avassalante; quem conversa sem intermitências, cansa ao que ouve.
*
Deixe ao irmão a autoria das boas idéias e não se preocupe se for esquecido, convicto de que as iniciativas elevadas não pertencem efetivamente a você, de vez que todo bem procede originariamente de Deus.
*
Interprete o adversário como portador de equilíbrio; se precisamos de amigos que nos estimulem, necessitamos igualmente de alguém que indique os nossos erros.
*
Discuta com serenidade; o opositor tem direitos iguais aos seus.
*
Se você considerar excessivamente as críticas do inferior, suporte sem mágoa as injunções do plano a que se precipitou.
*
Seja útil em qualquer lugar, mas não guarde a pretensão de agradar a todos; não intente o que o próprio Cristo ainda não conseguiu.
*
Defrontado pelo erro, corrija-o primeiramente em você e, em seguida, nos outros, sem violência e sem ódio.
*
Se a perfídia cruzar seu caminho, recuse-lhe a honra da indignação examine-a, com um sorriso silencioso, estude-lhe o processo calmamente e, logo após, transforme-a em material digno da vida.
*
Ampare fraternalmente o invejoso; o despeito é indisfarçável homenagem ao mérito e, pagando semelhante tributo, o homem comum atormenta-se e sofre.
*
Habitue-se à serenidade e à fortaleza, nos círculos da luta humana; sem essas conquistas, dificilmente sairá você do vaivém das reencarnações inferiores.
Livro: Agenda Cristã - Francisco C Xavier - André Luiz

16.2.13

Perante os Amigos

O amigo é uma bênção que nos cabe cultivar no clima da gratidão.
Quem diz que ama e não procura compreender e nem auxiliar, nem amparar e nem servir, não saiu de si mesmo ao encontro do amor em alguém.
A amizade verdadeira não é cega, mas se enxerga defeitos nos corações amigos, sabe amá-los e entendê-los mesmo assim.
Teremos vencido o egoísmo em nós quando nos decidirmos a ajudar aos entes amados a realizarem a felicidade própria, tal qual entendem eles, deva ser a felicidade que procuram, sem cogitar de nossa própria felicidade.
Em geral, pensamos que os nossos amigos pensam como pensamos, no entanto, precisamos reconhecer que os pensamentos deles são criações originais deles próprios.
A ventura real da amizade é o bem dos entes queridos.
Assim como espero que os amigos me aceitem como sou, devo, de minha parte, aceitá-los como são.
Toda vez que buscamos desacreditar esse ou aquele amigo, depois de havermos trocado convivência e intimidade, estaremos desmoralizando a nós mesmos.
Em qualquer dificuldade com as relações afetivas é preciso lembrar que toda criatura humana é um ser inteligente em transformação incessante, e, por vezes, a mudança das pessoas que amamos não se verifica na direção de nossas próprias escolhas.
Quanto mais amizade você der, mais amizade receberá.
Se Jesus nos recomendou amar os inimigos, imaginemos com que imenso amor nos compete amar aqueles que nos oferecem o coração.

Livro: Sinal Verde - Francisco C Xavier - André Luiz

15.2.13


O PROGRESSO...SEM DEUS
 
[...]    Os conflitos raciais, cada vez mais aguerridos, tornam o homem incapaz de discernir para acertar, enquanto as guerras de religião repontam, assustadoras, repetindo as negras e decadentes paisagens da Idade Medieval...
         A mulher, sobre cuja organização se estabelecem os liames da estrutura social, na família, sai às ruas buscando direitos igualitários aos dos homens e, não obstante, se entrega a expressões de decadência moral, que os próprios homens, desde Jesus, vêm lutando denodadamente por abandonar.
         Legaliza-se o aborto, não por obediência a qualquer princípio ético, e o infanticídio culposo, torna-se perfeitamente aceito, amparado pelas leis indignas das novas Babilônias, para repetir a expressão evangélica do passado.
         Aí estão, todavia, para incômodo de legisladores e governantes, especialistas da cultura e sociólogos, portadores de super-cultura, em desafio doloroso, a infância abandonada e a velhice desrespeitada, o expressivo índice de criminalidade em crescimento incontrolável, o abuso de barbitúricos e estupefacientes, a juventude desenfreada e o totalitarismo do poder, respondendo ao progresso com as armas do cinismo, do sarcasmo, do descrédito, e as providências tomadas de afogadilho, em nome da paz, continuamente sacrificada aos interesses subalternos da vã e chã política, não conseguem deter a guerra no Extremo ou Médio Oriente, na Ásia, na África, os seqüestros na América Latina ou as lutas de classes que explodem em toda parte, o desemprego e a miséria minando as estruturas da atualidade e provocando sucessivas crises de ódio, que crispam os oceanos sociais destes dias de agitação e inquietude...
         As doutrinas sociais que objetivavam, nas suas bases filosóficas e econômicas, restabelecer a ordem e favorecer o homem com deveres e direitos em regime de comunidade fundamentada em estruturas de dignidade, ao serem aplicadas derrubam as classes dominantes e levantam outras dominadoras em mãos de governos cruéis e arbitrários, sem qualquer solução objetiva e nobre para as imensas massas do proletariado do mundo, que continua sofredor e atormentado como sempre esteve.
         As doutrinas capitalistas, ensoberbecidas e frias, desenvolvem as fontes de riquezas e dominação e esmagam os competidores, através de mecanismos criminosos nos quais a sobrevivência do mais fraco é mantida a peso de esmolas esporádicas, enquanto a superabundância permanecem em poucas mãos, que se transformam em garras de poder nefando e criminoso, em detrimento dos restantes...
         E proliferam, abundantes, outros males...
         Esses são os tributos pagos ao progresso sem Deus. [...]
 
Livro: “Sol de Esperança” - Divaldo P. Franco – Diversos Espíritos

14.2.13


Aos Irmãos de Fé

As Escrituras Sagradas proclamam que Pedro representa o eixo básico da Igreja do Cristo. A alusão a Pedro é uma referência bíblica, tão somente, mas simboliza a linhagem do papado romano. Não se deve esperar que esta linhagem, nos tempos atuais, seja diferente no requisito que diz que o papa é, antes de tudo, um grande pastor, pastor das ovelhas católicas.
A ele se debruçam esperanças. A ele se espera um desempenho de tamanha ordem que seja visto pelo mundo como alguém capaz de contribuir para o bem da Terra, haja vista que lidera uma facção expressiva da fé entre os povos. Não se deve esperar um santo, mas a tradição tem mostrado que os escolhidos, geralmente, são homens especiais e daí a santidade é um pulo.
Não se busca um santo ou um estadista, mas um homem de bem, um homem sintonizado com o seu tempo e que seja capaz, também, de liderar uma nação de católicos para este século de incertezas e de moral cambaleante. Os “papáveis” são homens comprometidos com a Igreja, mas, acima de tudo, devem ser comprometidos com a palavra do Cristo em sua vida. Um exemplo. É neste ponto que pauto esta minha escrita, o exemplo.
Nos dias hodiernos em que tudo está em situação de quase desequilíbrio, onde uma névoa parece que passeia sobre o céu do mundo, devemos ter um papa que simbolize a reforma moral das criaturas de Deus. Um papa possui uma visibilidade que vai além do seu cerco de crença, então passa a ser alguém que será observado e seguido em suas pregações e atos.
O papa João Paulo II foi um destes homens admiráveis. Soube encarnar muito bem esta personalidade de líder de uma facção da fé transpondo as fronteiras de seu território. Necessitamos na Igreja Romana de outro homem com iguais qualidades e que agregue o sentimento do mundo em seu coração.
João Paulo II guardou a fé católica, mas também se arvorou em ser um representante do Cristo na Terra, não como um homem infalível, mas um discípulo da fé, da moral, do bem. Sua personalidade carismática, é verdade, ajudou neste sentido, mas sua postura moral inquebrantável fê-lo exemplo entre os homens. É isto que procuramos.
Nós que fazemos as lides católicas no mundo maior estamos esperançosos. Queremos mais porque o mundo necessita de mais. Lutamos pela fé e pela esperança. Lutamos pelo exemplo com determinação. Para isso, não é suficiente apenas a vocação de pastor, que muitos possuem, mas a determinação de fazer e ser diferente diante dos desafios que o mundo aponta.
Conclamamos aos irmãos de fé católica que se junte a nós em oração. A oração é fundamental para que tenhamos a eleição de um líder sintonizado com os tempos novos, mas que seja, em tudo que puder, um leal representante do Cristo na Terra.
Sou católico no mundo espiritual, continuo sendo, não como na Terra que nos fechamos mais em nossos quadros de fé, mas mantenho a minha identidade de seguidor dos passos do Cordeiro de Deus pelos caminhos romanos. Somos, neste lado da vida, para aqueles que não enxergam unicamente os seus objetivos, irmãos uns com os outros e dividimos pelejas e conquistas de mãos dadas, nisto também o próximo representante dos católicos precisa se mirar, um articulador da fé universal, reconhecendo e convivendo em harmonia com as demais crenças terrenas em prol de um mesmo rebanho, pertencente a Deus, Pai Universal.
Aos cardeais, o nosso desejo de sucesso na escolha, amparados pelo Cristo Jesus e sob a égide da influência do Espírito Santo.
Ao mundo, compartilhem estas palavras como alguém que se sente comprometido com os destinos do planeta nesta hora derradeira de uma fase de mudanças.
Ao Pai, a nossa adoração.
À Cristo, a nossa veneração e respeito.
Ao futuro Papa, a nossa indicação e emanação de sabedoria e compromisso com a paz entre os povos.
Que Deus nos abençoe!
Albino Luciani

13.2.13


Questão 194 do Livro dos Espíritos
    NUNCA DEGENERAR
    O espírito de um homem de bem, jamais volta à Terra animando o corpo de um celerado. Não há condições de um espírito retroceder em seus sentimentos; ele sempre avança, esta é a lei do progresso, que é força de Deus. No entanto, a alma de um celerado em uma reencarnação, pode, em outra, voltar animando o corpo de um homem regenarado; basta arrepender-se e continuar se esforçando, para não cair em faltas novamente.
    A própria matéria em si não degenera, não muda para pior, a não ser na forma. Tudo cresce nos caminhos de Deus e a nossa maior alegria é essa, a esperança que acode nossas venturas na aquisição das qualidades nobres que conhecemos, bem como de outras que desabrocham na criatura renovada.
     A marcha da evolução da própria civilização nos mostra o progresso em tudo, e em todos os lugares, nos homens e mesmo na natureza. Analisando as religiões, notaremos o quanto elas progrediram desde seus nascimentos. Isso nos prova que tudo melhora, a fim de alcançar novos dias de glória. A imortalidade é sempre a esperança de todas as criaturas.
    A Doutrina dos Espíritos tem a missão de colocar o homem mais de perto com o mundo espiritual, treinando-o para uma constante comunicação, de sorte a trocar experiência e abrir campo de trabalho em favor do bem-estar da sociedade; para isso, usa a mediunidade como porta aberta para o diálogo entre vivos e mortos. E, acima de todas as coisas, vem trazer novas notícias da grandeza e do valor de Jesus Cristo sobre as nossas vidas, como sendo Ele um sol que aquece as nossas almas em todas as jornadas empreendidas. Ele faz-nos crer no valor da prece e do trabaho honrado, na sublimidade da caridade e no respeito às leis naturais da vida. Quem disse que o Evangelho de Jesus degenerou, esqueceu-se da misericórdia do Mestre, que aceitou que a Boa Nova do reino fosse envolvida na letra , um vez que os homens, depois do quarto século, não tinham capacidade de viver esse Evangelho verdadeiro, na condição em que ele foi escrito. Jesus, por isso, prometeu, ainda em sua estada na Terra, que enviaria outro consolador, para fazer os homens crerem na grande esperança, relembrando tudo que Ele tinha dito em espírito e verdade. Se não fosse assim, se houvesse degeneração, o Mestre não falaria da vinda do consolador. Não houve, tornamos a dizer, degeneração. O que houve foi uma espera, para que essa humanidade criasse maturidade para entender o que foi dito pelo Mestre há dois mil anos. O progresso se encarregaria de aprontar, de educar os homens para esse grande evento, onde a felicidade pudesse não mais figurar como uma utopia. Agora conhecemos o Evangelho na sua plenitude, porém, não basta somente conhecer; é preciso vivenciar os seus ensinamentos ou, pelo menos, se esforçar para essa vivência, para então passarmos de espiritos endurecidos, para seres conhecedores da verdade e libertos da ignorância.
 
Livro: Filosofia Espírita III - João Nunes Maia - Miramez

12.2.13


CONVITE À CALMA

"Não resistais ao mal que vos queiram fazer."(Mateus: capítulo 5º, versículo 39.)
O espinho do ciúme vence-a; 
O estilete da ira dilacera-a; 
O ácido da inveja corroe-a, 
Os vapores do ódio enlouquecem-na; 
A agressão da calúnia despedaça-a; 
O tóxico da maledicência perturba-a; 
A rama da suspeita inquieta-a; 
O petardo da censura fere-a; 
As carregadas tintas do pessimismo tisnam-na se o cristão decidido não se resolve mantê-la a qualquer preço.
Não importa que exsudes, agoniado, em quase colapso periférico, ou estejas com a pulsação alterada, ou, ainda, sofras o travo do amargor nos lábios. Imprescindível não precipitares atitudes, nem conclusões aligeiradas, nem desesperações injustificáveis.
Não nos reportamos à posição inerme, à aparência, pois o pântano que parece tranquilo é abismo, reduto de miasmas e morte traiçoeira.
Aludimos a um espírito confiante, fixado nas diretrizes do Cristo, sem receios íntimos, sem ambições externas. Equilibrado pela reflexão, possuidor de probidade pela ponderação.
Calma significa segurança de fé, traduzindo certeza sobre a Justiça Divina.
Ante o dominador tíbio que lavava as mãos, em referência à Sua vida, Jesus se fez o símbolo da calma integral e da absoluta certeza da vitória da verdade.
Cultiva, portanto, os sentimentos e mantém os propósitos edificantes. Perceberás, surpreso, que as atitudes dos maus não te atingirão, facultando-te através da calma não resistir ao mal que te queiram fazer, conforme lecionou o Senhor, porquanto a integridade da fé em exteriorização de calma dar-te-á forças para vencer as próprias limitações e prosseguir resolutamente, em qualquer circunstância.
Livro: Convites da Vida - Divaldo P. Franco - Joanna de Ângelis

11.2.13


PERGUNTA E RESPOSTA – Depois das “férias”...

Depois de longas “férias”, com os nossos cumprimentos aos leitores habituais deste Blog, voltamos ao trabalho – se bem que, a rigor, não estivéssemos de papo para o ar...
O “nosso” périplo doutrinário pelo Velho Mundo, felizmente, coroou-se de pleno êxito, com os objetivos propostos integralmente alcançados – foi uma alegria rever antigos amigos, agora, tanto quanto nós, movendo-se à procura da Mensagem Rediviva de Jesus Cristo!
Por onde tivemos oportunidade de passar, casa cheia de irmãos e irmãs interessados em ouvir algo verdadeiramente substancioso sobre a Doutrina...
Aos poucos, iremos, aqui mesmo, dando notícias de nossas andanças pela Europa, aturdida por uma crise espiritual sem precedentes, pois, no fundo, a crise não é de ordem econômica.
Retomaremos as nossas reflexões nesta página, respondendo a um amigo que nos escreveu dizendo que no livro “Diário dos Invisíveis” há uma mensagem psicografada por Zilda Gama – mensagem de Allan Kardec, datada de 1924! Ele nos pergunta, assim, como é possível, estando Kardec encarnado como Chico Xavier – tese que defendemos –, ter-se comunicado pela médium que se notabilizou pelos romances ditados por Victor Hugo...
A questão, embora relevante, não é tão complexa quanto parece.
A mediunidade possui nuances que nós próprios, os desencarnados, desconhecemos.
Zilda Gama, sem dúvida, foi extraordinário instrumento mediúnico, porém, não podemos lhe atribuir o dom da infalibilidade, do qual, em suma, nenhum médium é portador.
Um espírito de elevado gabarito, como o de Kardec, mesmo estando encarnado, pode sim, quando fora do corpo, transmitir o seu pensamento a esse ou àquele medianeiro com o qual mais se afine – o que não significa que o logre fazer com 100% de fidelidade!
Vejamos a resposta que, no capítulo XIX – “Papel do Médium nas Comunicações Espíritas” –, de “O Livro dos Médiuns”, os Espíritos Superiores forneceram à seguinte questão: 7. O espírito encarnado no médium exerce uma influência nas comunicações que deve transmitir e que provêm de espíritos estranhos?
- Sim, porque se ele não lhes é simpático, pode alterar suas respostas e assimilá-las a suas próprias ideias e a seus pendores, porém ele mesmo não influencia os espíritos: é apenas um mau intérprete.
Quase sempre, atravessar a “selva” dos pensamentos humanos, a fim de se expressar sem distorções, é tão difícil para o pensamento do espírito comunicante quanto vararem os raios do Sol a barreira de nuvens espessas que pairam na atmosfera, impedindo a claridade...
Sendo assim, sinceramente, de minha parte, não vejo qualquer obstáculo de vulto na dúvida que foi levantada pelo estudioso confrade, impedindo que, repetimos, estando encarnado desde 1910, Kardec se comunicasse no ano de 1924 – ou mesmo que, em seu nome, outro espírito de escol o fizesse!
Posteriormente, espero que tenhamos oportunidade de voltar ao tema.
Feliz 2013 para todos, com muita vassoura nas mãos, de preferência sem dar vassourada em quem seja! Assim espero. Amém!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 4 de fevereiro de 2013.

9.2.13

TROVAS PARA PENSAR

Luta, trabalha e prossegue...
Aproveita o tempo agora.
Quem perde a oportunidade,
Mais tarde lamenta e chora.
*
Lembrete sempre oportuno
Aqui deixo registrado:
Ninguém caminha ao futuro,
Vivendo preso ao passado.
*
Nunca dês tanta importância
À opinião adversa:
Muita critica que escutas
É restolho de conversa.
*
Silencie ante as pedradas
Que alguém te lance constante,
Pois, em meio a tantas delas,
Pode haver um diamante...
*
Não lamentes a quem vejas
Sob rude provação...
O espinho que te fere,
Para a rosa é proteção!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de 19 de março de 2011, em Uberaba – MG).

8.2.13


Celebração da Vida

Onde estaria neste dia de fevereiro? Provavelmente na minha Igreja das Fronteiras a receber meus amigos. Viriam me dizer da sua alegria pelo meu aniversário. Agradeceria com eles a dádiva do Pai pela vida e estaria dividindo o momento da Santa Missa em comemoração a esta data.
Meus queridos amigos, por que eu não posso estar no mesmo lugar e receber os mesmos cumprimentos? Aliás, sempre estive lá, nos últimos anos, na celebração da missa em meu nome.
Os espíritos, que somos todos nós, não deixam de estar presente nos compromissos sociais que lhes dizem respeito. Vou e me sinto muito à vontade com tudo aquilo. É uma beleza rever tanta gente boa, gente do povo, meus amigos, que ainda se lembram deste pobre velho. A alegria faz parte da vida espiritual tanto quanto da vida entre vocês.
Estarei presente hoje nas Fronteiras novamente e por que não? Gostaria mesmo era de rezar a missa em meu nome. Sei que posso influenciar ao celebrante, mas não vou fazer isso, mas gostaria de dizer algumas palavras, como gostaria...
Dizer que a vida continua. Dizer que ficamos do mesmo jeito de quando saímos do corpo físico, não perdemos a consciência do que somos e nem do que queremos fazer.
O Pai é generoso com todos nós, não implica com ninguém, nem mesmo com aquele que deixou de cumprir os seus afazeres na Terra. Pede contas sim daquilo que você fez na vida física, como aproveitou antes de fazer a grande viagem.
Eu estou aqui agora a dizer da plenitude da vida para lembrar a todos vocês que a vida se faz plena em todos os lugares e em todos os momentos. Celebrem a vida sempre, meus irmãos, não precisa morrer para celebrar a vida. É na morte que a vida se mostra mais viva, por sinal.
Um abraço a todos e o meu desejo de um bom carnaval que se aproxima, mas brincar com tranquilidade e respeito, nada de exagero.
Fiquem com Deus,
Hélder Câmara

7.2.13


Questão 193 do Livro dos Espíritos
    SUBIR E DESCER
    As leis, criadas por Deus não permitem que o homem, em uma reencarnação, desça, espiritualmente, mais baixo do que na reencarnação anterior. Isso seria dizer, e mesmo acreditar, que acontece a regressão.
     O espírito não regride; ele sempre avança para frente e para o alto. O que pode acontecer é a alma descer socialmente; regressão material é escola para o espírito; no entanto, o que aprendemos nunca mais esquecemos, pois, significa despertamento. Os valores espirituais adquiridos irradiam sempre em todas as reencarnações.
    O que por vezes acontece, é que o espírito em boas condições intelectuais pode voltar à Terra em outra vida física, sem condições de se expressar, o que, contudo, não significa regressão. O que ele sabe, está registrado para a eternidade. Ser-nos-á de grande valor conhecermos o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, e mediante o conhecimento, esforçarmo-nos para praticá-lo, mesmo que seja na gradação que a vida nos apresenta, porque nesse esforço constante nascerá em nós uma luz que nunca se apagará, capaz de nos trazer para o coração momentos de paz e de alegria, a nos dizer que existe a felicidade.
    A lei soberana é subir espiritualmente; descer, somente para as formas que são transitórias e educativas. Recebemos condições de estudos pelas nossas necessidades. Deus está presente em toda a criação, e mais visível no centro da alma. Temos valores enormes que desconhecemos dentro da consciência, e eles são nossa segurança nos caminhos da eternidade. Compete a nós outros buscá-los, encontrá-los e absorvê-los. Essa é a nossa parte, a parte do filho cujo Pai Se empenha para que ele a conheça.
    O homem pode descer na posição social até o zero, se essa for a vontade do Pai, se essa descida servir-lhe de educação para o aprimoramento. É por esse motivo que a alma passa de país para país, de família para família, sempre trocando de posições sociais. É, pois, um movimento constante, e é esse exercício que lhe faculta as reencamações, que o espirito imortal conhece a verdade.
    Quando encontramos homens que nascem mutilados nos seus sentidos, não quer dizer que esses homens regrediram espiritualmente. A regressão é aparente, pois a alma conserva no seu reservatório de vida as lições assimiladas na grande escola de Deus: a vida, a natureza. Subir é uma realidade, descer uma ilusão.
     Apeguemo-nos ao Evangelho de Nosso Senhor, da forma que Ele revive no Espiriitismo, que as lições de reformas, de entendimentos e de amor clareiam os pensamentos e dão forças para a vida que devemos levar em busca da libertação.
    Conhecemos o valor da Ciência, da filosofia ou outras direções que podem expressar as leis da Ciência; no entanto, não devemos nos esquecer do amor que, em forma da Divindade, traz em si todas as nuances de vida e de paz para os corações.
     Fora dele, não haverá estabilidade para os espíritos. Assim falamos, porque a Ciência e a Filosofia precisam, para viver, desse mesmo Amor.
Livro: Filosofia Espírita IV João Nunes Maia - Miramez

6.2.13


ARGUMENTANDO SOBRE A REENCARNAÇÃO
    III. ARGUMENTOS RELIGIOSOS
    Nas tradições e na literatura religiosa de muitos povos e épocas,  encontraremos o registro da idéia da reencarnação e ensinos a respeito. Mas como, aqui no Brasil, nosso povo está mais ligado as idéias religiosas da Bíblia, a ela recorreremos.
    No Velho como no Novo Testamento, há passagens sobre reencarnação.
    Citaremos, do Novo Testamento, uma passagem em que Jesus a ensina teoricamente, outra em que indica estar reencarnado entre eles naquela época, alguém que no passado fora muito conhecido e respeitado, e uma terceira em que reafirma essa reencarnação.
    1. O diálogo de Jesus com Nicodemos
    "Ora, entre os fariseus, havia um homem chamado Nicodemos, principal dos Judeus, que veio à noite ter com Jesus e lhe disse:
    "- Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus, porque ninguém poderia fizer os sinais que tu fazes, se Deus não estivesse com ele.
    "- Em verdade, em verdade te digo: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.
     "- Como pode nascer um homem já velho? Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, para nascer pela segunda vez?
    "- Em verdade, em verdade te digo: Se um homem não nasce da água e do espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito.
     "Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo. O vento sopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes de onde ele vem, nem para onde ele vai; o mesmo se dá com todo aquele que é nascido do espírito.
    "- Como pode isto fazer-se?
    "- Pois que! és mestre em Israel e ignoras estas coisas?
    "Digo-te em verdade que não dizemos senão o que sabemos, e que não damos testemunho senão do que temos visto, entretanto, não aceitais o nosso testemunho. Mas, se não me credes, quando vos falo das coisas da Terra, como me crereis, quando vos fale das coisas do Céu?" (João, cap. 3 vs. I a I 2. )
     Neste diálogo, Jesus ensina teoricamente a reencarnação. Nicodemos pensou no mesmo corpo nascendo de novo (o que  não é possível). Jesus corrigiu esse erro: "o que é nascido da carne é carne", o corpo segue a lei natural da decomposição da matéria; reafirmou que para "entrar no reino de Deus" (alcançar planos espirituais elevados) há necessidade de renascer tanto da água (símbolo da matéria) como do espírito; ou seja, reencarnar no mundo material mas também renovar-se intimamente, progredir. Usou o ar (pneuma, símbolo do elemento espiritual) como comparação para explicar que sentimos a presença e manifestação do espírito reencarnado, através do seu novo corpo, mas não podemos identificar de onde veio (o passado é providencialmente esquecido) nem apontar-lhe um futuro (vai depender do seu livre-arbítrio).
    2. Jesus afirma duas vezes que  João Batista era Elias reencarnado
    a) Após dar seu testemunho sobre João Batista.
    - Desde o tempo de João Batista até o presente, o reino dos céus é tomado pela força e são os que se esforçam que se apoderam dele; porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.
    E se quereis reconhecer, ele mesmo é Elias que estava para vir. Ouça-o aquele que tiver ouvidos de ouvir. (Mateus, 11 vs. 12/15.)
    b) Na transfiguração.
    Quando Jesus se transfigurou, apareceram ao seu lado, conversando com ele, Moisés e Elias, ambos espíritos há muito desencarnados.
    As profecias diziam que Elias tinha de vir antes do Cristo...
    Se Jesus era o Cristo, como é que Elias ainda estava no plano espiritual?
    Para esclarecerem essa dúvida, os discípulos perguntaram a Jesus:
    - Não dizem os escribas ser preciso que antes volte Elias?
     - É verdade que Elias há de vir e restabelecer todas as coisas; mas eu vos declaro que Elias já veio e eles não o reconheceram e o trataram como lhes aprouve. É assim que farão sofrer o Filho do Homem.
    Então, os discípulos compreenderam que fora de João Batista que ele falara. (Mateus, 17 vs. 10/13; Marcos, 9 vs. 11/13.)
    Reencarnando como João Batista, Elias voltara à Terra e fizera o seu papel de precursor do Cristo. Depois, fora decapitado e retornara ao mundo espiritual de onde agora se apresentava de novo, ao lado de Jesus e à vista dos seus discípulos, num fenômeno de materialização.
    IV. CONCLUSÕES
    Estudando racionalmente a teoria da reencarnação:
    - encontramos argumentos filosóficos, científicos e religiosos a embasá­-la;
    - reconhecemos ser ela uma lei divina a nos ensejar o progresso incessante (pois é porta sempre aberta aos nossos esforços evolutivos);
    - verificamos que nela se evidenciam de modo sublime o poder, a justiça e a bondade de Deus.
    "Nascer, Morrer, Renascer, ainda e progredir sempre, tal é a lei". (Frase que se encontra no dólmen do túmulo de Allan Kardec, em Paris.)
 
 Livros consultados:
 De Allan Kardec:
 - "O Evangelho Segundo o Espiritismo", cap. IV.
 - "O Livro dos Espíritos", 2ª parte, cap. IV.
 Da Bíblia:
 - "Novo Testamento".
 De Gabriel Delanne:
 - "A Reencarnação".
 De Torres Pastorino:
 - "A Sabedoria do Evangelho", 3° e 4° volumes.
Fonte: "Iniciação ao Espiritismo" - Therezinha Oliveira

5.2.13


ARGUMENTANDO SOBRE A REENCARNAÇÃO
    II. ARGUMENTOS CIENTÍFICOS
    Conquanto em todos os lugares e povos, e em todos os tempos, haja evidências sobre a reencarnação, ainda não podemos dizer que ela esteja comprovada, segundo os atuais cânones da Ciência, que tudo reporta ao plano da matéria e precisa que os fenômenos se repitam de urna forma que possa provocar e controlar para então observá-­los, entendê-los e explicá-los.
     A reencarnação, porém, é um processo que transcende a vida física (embora parte dela se dê no mundo material). E é, também, um processo de vida que não está nas mãos do homem fazer parar ou repetir, para observá-lo.
    Porém pesquisas modernas vêm dando uma abertura neste campo e já se tem conseguido dados significativos a respeito, através de:
    a) Lembranças espontâneas.
    Há pessoas que, conscientemente ou em sonhos, se lembram de algumas de suas existências passadas.
    O Dr. Banerjee, da índia, e o Dr. Yan Stevenson dos EUA, pesquisaram a respeito; o Dr. Yan Stevenson escreveu "20 Casos que Sugerem Reencarnação".
    b) Regressão da memória pela hipnose.
    Hipnotizada, a pessoa passa a lembrar e relatar seu passado nesta encarnação e, em certos casos, chega a recordar uma ou mais existências anteriores, descrevendo fatos, acontecimentos dessas encarnações passadas. Livros têm sido escritos a respeito dessas pesquisas, como o da psicóloga americana Helen Wanbach, intitulado "Life Before Life".
    Mais recentemente, surgiu nos EUA, uma técnica psicológica, lançada pelo Dr. Morris Netherton, para a regressão da memória a vivências passadas (desta ou de outras encarnações) feita em estado de lucidez (não é por hipnose) e com finalidade terapêutica. É a Terapia de Vidas Passadas (TVP), que está sendo chamada de Terapia Regressiva a Vivências Passadas (TRVP), porque nem sempre o que se detecta no paciente é da vida passada, mas desta existência.
    c) Anúncios de Reencarnação futura.
    Por revelações mediúnicas ou por via anímica (percepção do próprio encarnado), às vezes são feitos anúncios de que um determinado espírito vai reencarnar e são dados sinais precisos para a sua identificação, quando do nascimento, o que se cumpre depois, conforme fora anunciado.
Livro: "Iniciação ao Espiritismo" - Therezinha Oliveira

4.2.13


ARGUMENTANDO SOBRE A REENCARNAÇÃO
    I. ARGUMENTOS FILOSÓFICOS
    Sem a reencarnação, cada pessoa que nasce seria um espírito novo, criado por Deus para, numa única existência terrena, alcançar a perfeição e a felicidade espiritual, indo gozar para sempre o céu, ou, em caso contrário penar eternamente no inferno. Nesse caso:
    - por que não somos hoje como os homens das cavernas? Nosso progresso significaria que, ao longo dos séculos, Deus se aperfeiçoou na arte de criar? E seria justo os criados por último estarem gozando de melhores condições de corpo e de meio ambiente que os primitivos?;
    - por que uns nascem saudáveis e outros enfermos? Uns inteligentes e outros débeis mentais? Uns ricos e outros miseráveis? Não sendo iguais as situações de vida, como exigir que todos alcancem os mesmos resultados?;
    - quem mesmo se aplicando muito, consegue numa só vida a perfeição (o desenvolvimento de todas as suas potencialidades e o pleno conhecimento do mundo material e espiritual) e a felicidade (por saber usar de tudo com acerto e equilíbrio, retirando os melhores efeitos)? A obra de Deus ficaria incompleta ou condenada para sempre? Não tem Ele poder para completá-la ou dirigi-la? Ou já nos criou sabendo disso, que não conseguiríamos a perfeição nessa vida única?
    Então, não seria bondoso.
    Com a reencarnação que se conjuga à idéia de evolução, temos conclusões inteiramente outras:
    1) Deus é justo. Cria todos os seres iguais e a todos dá as mesmas oportunidades.
    As diferenças entre os indivíduos explicam-se pelo grau de evolução em que cada ser se encontra. Uns viveram mais e por isso ostentam maior desenvolvimento intelectual e moral. Outros ou não aproveitaram bem as oportunidades de progresso ou ainda não tiveram muitas existências, por isso se apresentam em menor evolução. Diferentes são as dificuldades e problemas enfrentados pelas pessoas, porque cada qual tem uma necessidade diferente de experiências para o seu progresso atual. Mas não há acaso ou injustiça divina, nem mesmo nas diferenças devidas à:
    a) Hereditariedade: dependem da ligação que o espírito tenha com a família em que renasce e das condições que tenha em seu perispírito para aproveitar, sofrer ou superar os fatores hereditários.
    b) Meio ambiente: se o espírito renasce nesse meio é porque tem ligações com ele ou precisa das experiências que ele enseja, para valer-se das boas influências e superar as más.
    2) Deus é bondoso. Nunca nos condena e, embora cada um receba segundo suas obras, todos terão tantas oportunidades quantas necessárias para resgatarem seus erros e evoluírem.
     3) Deus é poderoso. Criou-nos para a perfeição e a felicidade e seu desígnio se cumprirá, pois todos nós as alcançaremos, através das vidas sucessivas.
Livro: "Iniciação ao Espiritismo" - Therezinha Oliveira

2.2.13


O Remédio Salutar
 "Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros para que sareis."  (TIAGO, 5:16.)

    A doença sempre constitui fantasma temível no campo humano, qual se a carne fosse tocada de maldição; entretanto, podemos afiançar que o número de enfermidades, essencialmente orgânicas, sem interferências psíquicas, é positivamente diminuto.
    A maioria das moléstias procede da alma, das profundezas do ser. Não nos reportando à imensa caudal de provas expiatórias que invade inúmeras existências, em suas expressões fisiológicas, referimo-nos tão-somente às moléstias que surgem, de inesperado, com raízes no coração.
    Quantas enfermidades pomposamente batizadas pela ciência médica não passam de estados vibratórios da mente em desequilíbrio?
    Qualquer desarmonia interior atacará naturalmente o organismo em sua zona vulnerável. Um experimentar-lhe-á os efeitos no fígado, outro, nos rins e, ainda outro, no próprio sangue.
    Em tese, todas as manifestações mórbidas se reduzem a desequilíbrio, desequilíbrio esse cuja causa repousa no mundo mental.
    O grande apóstolo do Cristianismo nascente foi médico sábio, quando aconselhou a aproximação recíproca e a assistência mútua como remédio salutares. O ofensor que revela as próprias culpas, ante o ofendido, lança fora detritos psíquicos, aliviando o plano interno; quando oramos uns pelos outros, nossas mentes se unem, no círculo da intercessão espiritual, e, embora não se verifique o registro imediato em nossa consciência comum, há conversações silenciosas pelo "sem-fio" do pensamento.
    A cura jamais chegará sem o reajustamento íntimo necessário, e quem deseje melhoras positivas, na senda de elevação, aplique o conselho de Tiago; nele, possuímos remédio salutar para que saremos na qualidade de enfermos encarnados ou desencarnados.
Livro: Vinha de Luz - Francisco C Xavier - Emmanuel

1.2.13


O PODER
 
    O impulso do poder se torna, às vezes, tão irresistível que, mesmo no hercúleo esforço da transformação moral da pessoa para melhor, reponta em forma de exibicionismo, quando a sua ainda não é uma humildade verdadeira, ou de pressão sobre os outros, em conflito de transferência doentia do que gostaria de fazer e não se encoraja a realizá-lo, o que não ocorre por virtude, mas sim, por frustração.
    Nas experiências primeiras, o espécime mais forte sempre venceu o menos equipado, o que permitiu ao homem mais tarde usar a astúcia e a inteligência para dominar os animais de grande porte, assim como controlar as forças do planeta que lhe ameaçavam a existência.
    Ao alcançar o patamar da razão lúcida, permaneceu-lhe o conceito de sobrepor-se aos demais como forma de auto-realização, mesmo que inconscientemente, o que o tem conduzido a lutas tão desgastantes quão desnecessárias.
    O poder funciona como instrumento de intimidação, de projeção, de vaidade, despertando inveja nos fracos e interesses apaixonados nos inseguros.
    Não são poucos aqueles que tudo empenham para a conquista do poder, a fim de receberem a bajulação doentia dos que se locupletam com os sobejos das suas extravagâncias. E o fazem, perdendo os melhores momentos da existência, no afã de se tornarem temidos, face à certeza que têm de não conseguirem ser amados.
    Mas o poder defrauda todos aqueles que nele confiam.
    O poder da juventude cede lugar ao da maturidade e essa à velhice com os seus desajustes e demências.
    O poder do dinheiro não compra tudo do quanto se faz necessário para a plenitude, embora auxilie a avidez diminuindo algumas dores e desconfortos, que podem ressurgir em forma de angústias morais e frustrações profundas por falta de amor verdadeiro.
    O poder público e o religioso se transferem de mãos a cada momento, quando outros mais ousados derrubam os sistemas ou alteram as Constituições que lhes ofereciam base.
    O poder da força física diminui de acordo com a natural decadência do organismo.
    O poder da cultura, decorrente da inteligência brilhante e da memória privilegiada, decresce e desaparece com o envelhecimento, as enfermidades degenerativas, os golpes inesperados que produzem traumatismos crânioencafálicos...
    Qualquer tipo de poder terreno, a morte, por mais demorada de chegar, termina por diluir.
    Fama e poder - eis os dois pilotis feitos de fantasia razão da precariedade da sua duração!
    Somente o poder do amor se transfere para além do túmulo, acompanhando o ser na sua escalada ascencional no rumo da Vida.
    Quando Jesus se encontrava diante de Pilatos, esse lhe disse que representava o poder, ao que o Mestre, imperturbável, lhe respondeu, que ele o tinha porque houvera sido concedido, mas que não era dele próprio.
    A sua força transitória entregou-O aos inimigos, que eram crucificá-lo porque estava nos desígnios de Deus, mas não impediu que Ele retornasse vivo e exuberante, dando prosseguimento dando prosseguimento ao ministério que viera realizar na Terra.
    Posteriormente, o poder de Pilatos passou, como o de todo o Império romano, desaparecendo a falsa glória e a opulência ilusória, enquanto Ele permaneceu real, vibrando nas mentes e nos corações que O amam e anelam por encontrá-lo.
    O poder real é aquele que decorre dos valores intelecto-morais, adquiridos a esforço e perseverança, que facultam o crescimento interior projetando o Espírito para Deus.Esse poder, porém, quando se instala na mente e no coração, ao invés de perturbar, libera das paixões, dulcifica e harmoniza, tornando aquele que o possui um centro de irradiação de amor e paz que a todos mimetiza. Esforçar-se por conquistar esse poder iluminativo, deve ser a meta do indivíduo inteligente enquanto jornadeia na Terra, o que não o impede de adquirir outros poderes, a fim de que bem os possa utilizar, servindo a si e à Humanidade.
 
Joanna de Angelis
 Londres (Inglaterra), 18 de junho de 1.998.