31.3.21

SENSIBILIDADE DAS PLANTAS

Comentários Questão 587 do Livro dos Espíritos

Em se falando das plantas, devemos dizer como "O Livro dos Espíritos": "recebem impressões físicas", pois elas têm vida. É um princípio de emoção que ocupa seu rudimentar "psiquismo". Como a vida, sob a ação do tempo e a força do progresso, tudo cresce, tudo melhora, dentro dos estímulos de Deus.
Quando as plantas são mutiladas, não sentem dor como os homens, claro que não; no entanto, a "dor" é sentida em outra dimensão. Como podemos dizer que os extremos se parecem; no caso de Jesus, não podemos comparar a dor dos homens com a dor do Mestre, em se submetendo aos castigos dos velhos sacerdotes judeus, subindo o Calvário com a cruz . A dor de Jesus estava em outra dimensão, que os homens não podem ainda compreender, como não podem entender a dor da planta.
O progresso na área vegetal é maravilhoso! Quem não nota? O simples observador não deixa escapar as diferenças: as plantas silvestres são mais grosseiras, as domésticas mais suaves. Como comparar uma rosa de um jardim, onde o amor lhe serve de alimento, a uma flor dos campos? É que as plantas e os animais recebem dos homens que deles cuidam algo que desconheces, rumo à intelectualização da matéria. Assim, tudo que rodeia os homens, que se encontra lado a lado com eles, está recebendo destes e doando energias sublimadas que os fazem crescer e se expressar como melhora na escala do seu reino.
Se os homens fossem conscientes de determinadas verdades, no que tange ao beneficio que recebem do ambiente em que vivem, eles, os dotados de razão, iriam cuidar mais dos minerais, das plantas e dos animais domésticos. Sem eles, talvez seria muito pior para se viver na Terra.
Troca amor e carinho com esses reinos, com toda a natureza, que teu porte de vida mudará para os rumos da felicidade e, ainda mais, farás amizade com os Espíritos que vigiam e protegem todos esses reinos da natureza. Olha para cima e ama o Sol, doador incomparável; ama as estrelas. Tudo que circula nesse espaço de Deus está cheio dos agentes de vida, irradiando-se para todos os lados.
Mesmo nos reinos mineral e vegetal existem variações incontáveis de estado evolutivo. Podes perceber com facilidade: compara a pedra bruta ao cristal de rocha, que verás o trabalho do progresso; compara o suíno ao elefante, o cavalo, o macaco e mesmo alguns peixes. O despertamento deles é diversificado na escala da vida, mas todos vivem e são filhos do Foco Divino, nascidos do Divino Amor. Existem árvores que, por incrível que pareça, mudam de lugar em alguns metros durante sua existência; é uma força que lhes impõe isso, em busca da condição de animal.
Se as plantas pensassem como os homens, ou mesmo como os mais primitivos, se defenderiam quando mutiladas pelos inconscientes e soltariam um galho em direção aos agressores, para se defenderem, como acontece com certos animais, que têm o instinto de defesa mais aguçado.
Ama todos os reinos da natureza e experimenta esse amor, que somente essa virtude singular pode te dar paz no coração e felicidade na consciência.
Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
a venda na LER Livros Revistas Papelaria

30.3.21

PRIVAÇÕES DO CORPO E PROVAÇÕES NA ALMA

O homem, não raro, na horas difíceis, lança mão de recursos extremos e, por vezes, ilógicos, para diminuir o sofrimento próprio ou alheio, qual acontece nas provas desesperadoras, no sentido de suprimir agonias morais ou curar doenças insidiosas.
Daí nasce o contrasenso dos ofícios religiosos remunerados de que se alastram antigos e piedosos enganos, como sejam:    a recitação mecânica de fórmulas cabalísticas;
         os sacrifícios inúteis visando prioridade e concessões;
         as promessas exdrúxulas;
         os votos inoportunos;
         as penitências estranhas;
         os auto-castigos em que a vaidade leva o rótulo da fé;
         os jejuns e as mortificações a expressarem suicídios parciais;
         o uso de amuletos;
         o apego a talismãs;
         o culto improdutivo do remorso sem qualquer esforço de corrigenda na restauração do caminho errado...
  Contudo, ao espírita cristão compete despojar-se de semelhantes conceitos acerca do Criador e da Criação, cristalizados na mente humana através de numerosas reencarnações.
Para nós não mais existe a crença cega.
Em razão disso, não mais nos acomodamos à idéia do milagre como sendo prerrogativa em favor de alguém sem merecimento qualquer.
De igual modo, urge compreender os mecanismos das Leis Divinas, dispensando-se, ante os lances atormentados da existência terrestre, toda a atitude ilusória ou espetacular.
Omissão não resolve.
E em matéria de comportamento moral na renovação da vida, abstenção do serviço no bem de todos, é deserção vestida de alegações simplesmente acomodatícias, dentro da qual o crente não apenas foge das responsabilidades que lhe cabem, como também ainda exige presunçosamente que Deus se transforme em escravo de suas extravagâncias.
Situa-nos a Doutrina Espírita diante de nós mesmos.
Estamos espiritualmente hoje onde nos colocamos ontem.
Respiraremos amanhã no lugar para onde nos dirigimos.
Usemos a oração para compreender as nossas necessidades, solucionando-as à luz do trabalho sem o propósito de ilaquear os poderes divinos.
A Lei é equânime, justa, insubornável.
A criatura - gota igual às demais no oceano imenso da Humanidade Universal, - não é cliente de privilégios.
Eis porque, ao invés de procurar, espontaneamente, penitências improdutivas para nós, é imperioso buscar voluntariamente o auxílio eficiente aos semelhantes.
Espiritismo é sublime manancial de energia espiritual.
Haurindo forças, acatemos sem revolta aquilo que a Vida nos oferece, trazendo paz na consciência e entendimento no coração.
O mundo atual prescinde de quantos se transformam em ascetas e eremitas de qualquer condição.
Até a penalogia moderna procura imprimir utilidade às horas dos presidiários, valorizando-lhes a reeducação em colônias agrículas e em outras organizações coletivas, à busca de regeneração moral e social.
E a própria psiquiatria, presentemente, institui a laborterapia para que os enfermos da alma se recuperem, pela atividade edificante.
Para o espírita, portanto, a Vida e o Universo surgem ajustados à lógica e esclarecidos na verdade.
Apelemos para os recursos da prece, a fim de que sejamos sustentados em nosso próprios deveres, reconhecendo, porém, que Deus não é vendedor de graças ou doador de obséquios, em regime de exceção, e sim o Criador Incriado, perfeito em todos os seus atributos de justiça e de amor.
Livro: “Opinião Espírita”, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz ()
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

29.3.21

PROLEGÔMERO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Paulo, o Pedinte - I

Um dos “pioneiros” do Covid, em Uberaba, foi Paulo, o pedinte meu amigo.
Não o conheci quando eu ainda estava na carcaça, mas, quase toda terça-feira, à noite, ao término das reuniões de estudos na Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, tínhamos oportunidade de nos encontrar à porta da Instituição.
Não raro, igualmente, nos víamos, quando, então, ao dormir em qualquer pedaço de chão, ele conseguia colocar a ponta do nariz deste Outro Lado, antes de voltar correndo para o corpo...
Paulo, em vidas anteriores, fora um boêmio inveterado, e possuía, sim, alma de artista – gostava de escultura, de modelagem, etc. Em consequência de seus desregramentos, tinha a barriga toda costurada – quase desencarnara antes, em três ou quatro cirurgias que lhe extirparam pedaços do estômago e de outros órgãos...
Ele vivia nas ruas e costumava fazer “ponto” na praça da Igreja da Abadia, sendo conhecido de muitos – educado, conversa boa, apenas tendo ciúme quando um outro pedinte invadia a sua “área”, e a ele se adiantava nos adjutórios...
Ano passado, vitimado pelo Covid, foi levado para o Hospital das Clínicas, quase sem respirar – eu não sou da época do Covid, ou do “Sars 2”, mas sou do tempo do enfisema, e sei o que é desencarnar sufocado...
Quando Paulo, na condição de indigente, fechou os olhos para as ilusões do mundo, fui vê-lo, sendo que, ao avistar-me, foi logo puxando prosa:
- Parece que eu conheço o senhor...
- Não sei... Tenho uma cara comum...
- Não, eu conheço o senhor... Esse seu jaleco branco é famoso... O senhor, por acaso, é o Dr. Inácio Ferreira, o médico lá do Sanatório Espírita?!...
- Dizem que sou...
- Ah, eu já o vi de longe, lá na porta do Sanatório... Fiz um busto do senhor, em argila, para um amigo...
- Eu vi esse tal busto...
- O senhor gostou?!...
- Não, não gostei – respondi.
Ele sorriu meio sem graça e perguntou:
- Uai, por quê?!...
- Por causa do nariz – você me botou com o nariz do Manoel Roberto... Eu nunca tive um nariz daquele tamanho, mais parecido com a tromba de um elefante...
Paulo sorriu e... tossiu.
- Tenha calma – disse-lhe –, não faça grandes esforços...
- A culpa é do senhor, que me fez sorrir...
- Sempre me culpam de alguma coisa – aliás, em matéria de culpa, creio que só tenho perdido para um político brasileiro...
- Ah, já sei...
- Pois é, Paulo – falei, mudando de assunto. – Você tanto fez que... deixou a carcaça!...
- Desencarnei?!...
- Sim...
- Tão fácil assim?!...
Houve pequeno silêncio que não quebrei.
- E agora?! – indagou-me.
- ?!...
- Eu não sei fazer nada... Estou sem gás de cozinha na minha casa, precisava de uns trocados...
- Ficou sem gás em sua casa e... em seus pulmões...
- Pneumonia, Doutor?!...
- Também...
- E agora?! – repetiu a pergunta. – Eu não tenho ninguém...
- Você tem uma multidão...
- O que vou fazer?!...
- Se quiser, posso empregá-lo, a troco de casa, comida e roupa lavada e passada...
- E não sei fazer nada...
- Sabe varrer o chão?!...
- Varrer o chão é simples, mas eu nem vassoura tenho...
- Com vassoura, meu irmão, você não se preocupe, pois temos um enorme estoque – a bem da verdade, temos uma fábrica de vassouras...
Paulo ficou pensativo – não estava mesmo, desde muito, acostumado a trabalhar.
- Paulo, esqueça o mendigo, que já era, ou já foi, sei lá... Comece a varrer por fora o que você precisa varrer por dentro – todos carecemos de varrer por dentro!...
Silêncio.
- É pegar, ou largar!...
 
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

28.3.21

A Nova Era do Espírito

Os dias são de desfazimentos e reconstruções.
Dia após dia se constrói uma nova era, embora muitos, objetivamente, não consigam perceber.
Esta nova era se faz em atos de amor e de renovação das consciências.
Um ato de amor é desejar o bem do próximo, mas também em fazê-lo enxergar a verdade das coisas e orientá-lo para o bem proceder.
E a renovação das consciências se dá no momento que se deseja ir para outro patamar existencial, onde reine a tranquilidade e a paz, a harmonia e o bem-estar, numa construção coletiva, onde todos possam usufruir dessas bem-aventuranças.
Ela não se dá em um só homem ou num conjunto específico de pessoas, ela se forja num movimento agregador de forças, em que cada um contribui para que outro possa promover este despertamento.
O despertar, portanto, de uma nova forma de pensar e agir tem a ver com o modelo de vida que se defende e acredita.
Se eu acredito na limitação da matéria, em tudo vou agir como se devesse satisfazer aos seus anseios.
Se, de outro modo, eu acredito que a matéria é pobre, que algo maior existe além dela, eu passo a viver em consonância com este novo patamar da existência.
Nisso, o mundo atual se divide: nos que pensam aquém e nos que pensam além da matéria.
Esta concepção nova de vida se fará aos poucos, mas progressivamente, sem hiatos, a partir de agora. Esta é a ordem dos Céus.
Quem não se acordou diante do novo alvorecer do espírito ficará à reboque das transformações que já se iniciaram e que serão cada vez mais intensas daqui por diante.
Viver a transformação no seu íntimo é bem mais importante do que apenas compreendê-la na mente, embora seja um bom começo.
São as atitudes, vivas de entusiasmo e compreensão pelo outro, que transformarão a Terra. Boas intenções, apenas, não mais. Ação. Ação no bem.
Todos somos convidados a sermos participantes desta transformação, há lugar para todos, mas sejamos solícitos e empenhados em procurar fazer a nossa parte e não reclamar se alguém, eventualmente, não faz a dele.
Transformar é agir no bem, no seu próprio e na coletividade que vive.
Esta é a nova era que se inicia, sem arremedos e sem recuos.
Atores da transformação mundial, ajamos sem temor, apesar das críticas que surgirão.
Uma nova consciência exige coragem e coerência.
Coragem no enfrentamento da realidade.
Coerência em conjugar seus atos com o que fala e pensa.
Bem-vindo à nova era do espírito – e olha que ela está apenas começando.
Venha logo, Deus espera por você. Jesus ampara seus passos.
Adolfo - Espírito - Blog de Carlos Pereira

27.3.21

CONCLUSÕES LÓGICAS

Serve no bem e não temas.
Toda luta surge e passa...
O fogaréu por mais alto,
Termina em cinza e fumaça.
*
Ante a dor que te apavora,
Guarda a fé por talismã...
A semente triturada
Será o pão de amanhã.
*
Não desesperes jamais...
Mantém a serenidade.
O Sol brilhará de novo
Ao findar a tempestade.
*
Prossegue em tua jornada.
Nada te faça parar...
O rio vence obstáculos
E se derrama no mar.
*
Não percas a paciência,
Sob a prova que te arrocha...
Além da haste de espinhos
É que a rosa desabrocha.
*
Do que Jesus nos ensina,
Põe-se em destaque a lição:
Sem martírio e sem calvário,
Não se tem ressurreição!...
EURÍCLEDES FORMIGA - Bolg Espiritismo em Prosa e Verso

26.3.21

TRANSIÇÃO

A POLÍTICA EM "NOSSO LAR"

Lendo e estudando capítulo 9 do livro "Nosso Lar" - "Problemas de Alimentação" -, de André Luiz, psicografado em 1943, o adepto do Espiritismo terá acesso a importantes e, porque não dizer, a inusitadas revelações.
Em conversa com Lísias, André fica sabendo que a Colônia, aproximadamente cem anos atrás de sua, havia passado por graves problemas administrativos - subentende-se que o antigo Governador perdera o controle da situação e o caos administrativo se estabelecera!
Então, assumindo o poder, o novo Governador teve que tomar duras medidas disciplinares a fim de que a ordem fosse restabelecida e, mais, que cessasse, inclusive, o tráfico de alimentos que ali estava sendo realizado - sim, não se espante, está lá textualmente: "... grande número de colaboradores entretinha certo intercâmbio clandestino, em virtude dos vícios de alimentação."
Com o propósito de coibir a corrupção reinante, o Governador decretou uma série de providências, inclusive que funcionassem todos os calabouços do Ministério da Regeneração!
Não se espante, que é isto mesmo que você está lendo - confira lá na obra (aposto vintém contra dobrado que, possivelmente, você nunca tenha ouvido falar de semelhante assunto numa palestra espírita - eu não sei sobre o que os oradores andam falando por ai... Está faltando estudo, minha gente!)
Os embates políticos em "Nosso Lar", com os Ministérios divididos entre si (à época, eram Departamentos), chegaram a comprometer a segurança da comunidade, "dando ensejo a perigoso assalto das multidões obscuras do Umbral, que tentaram invadir a cidade..."
Lísias ainda conta que, após intensa luta, que se estendeu por aproximadamente trinta anos, a cidade conseguiu retomar o ritmo normal e o novo Governador, que agiu com pulso forte, chorou de emoção.
Estamos nos referindo ao tema para deixar claro como a questão do livre arbítrio dos homens, na condução dos destinos da Humanidade, é de importância fundamental.
Não se pode negar, por exemplo, que um dos maiores problemas que a sociedade enfrenta, no mundo todo, está relacionado àcorrupção - chaga moral de enormes proporções que, infelizmente, vem retardando o progresso das instituições sociais e comprometendo o futuro!
A corrupção, que gera a injustiça, a desigualdade e a submissão dos espíritos mais frágeis, corporificados no planeta, é um entrave à evolução... Por sua culpa, ou seja, dos que se tornam seus agentes, o espírito não tem acesso à saúde, à educação e ao trabalho digno, chegando a ter a própria reencarnação anulada no que tange a crescimento mais rápido.
Evidente que, não comparecemos nestas linhas para concitar a quem seja a qualquer manifestação de violência no sentido de mudar o que precisa ser mudado - do que está passando da hora de ser mudado na Terra, mormente no Brasil! Mas, igualmente, a pretexto de caridade e tolerância, não podemos contemporizar com o erro e, equivocadamente, imaginar que as Leis de Deus haverão de se sobreporem à nossa omissão e indiferença - isto poderá demorar 1000 anos, ou mais!
Não é assim que as coisas funcionam, ou devem funcionar.
Muitos, mantendo os braços cruzados, permanecem na expectativa inútil de que catástrofes, provocadas ou não pelo homem, venham a promover o que é de sua inteira e total responsabilidade.
A Terra não se transformará em Orbe de Regeneração sem a efetiva participação de cada um de seus habitantes.
Geraldo Vandré, que foi perseguido pela ditadura militar, inspiradamente escreveu em uma de suas canções que "quem sabe faz a hora, não espera acontecer"...
É preciso, pois, que cada cidadão e, principalmente, cada cidadão espírita, tome consciência de sua responsabilidade e passe a mais bem os seus governantes e, a exemplo de Gandhi, o apóstolo do ahimsa - "não violência" -, reivindique e lute, sim, pelos seus direitos.
A subserviência nunca foi virtude.
O Cristo foi levado à cruz justamente por não contemporizar com os escribas e os fariseus!
Vejamos: se em "Nosso Lar" a corrupção corria solta, ocasionando a deposição de seu antigo Governador, durante quanto tempo os homens que vivem na Terra haverão de se submeter aos caprichos e às ambições de ditadores e tiranos, bem como de políticos que não estão nem um pouco preocupados com o bem estar daqueles que os elegeram?!...
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Inetrnet  

25.3.21

AS PLANTAS PENSAM?

Comentários Questão 586 do Livro dos Espíritos

Certamente que as plantas não pensam; a vida delas é orgânica, movida pela vitalidade que se encontra em tudo, como agente de Deus. A energia divina é que alimenta a tudo na criação. Entretanto, não podemos esquecer que as plantas de todas as espécies são assistidas pelos Espíritos superiores, Entidades que conhecem profundamente a vida delas, e que usam para o seu engenhoso trabalho os Espíritos da natureza, que consideram seus superiores como deuses, dada a sua característica de iluminação, onde os cambiantes fazem crer como são Entidades de grande valor moral e espiritual.
Também existem falanges de Espíritos que estudam a natureza, cooperando sob a supervisão destas Entidades mencionadas, almas essas que depois reencarnam na Terra no campo da medicina, para fazer uso dos seus conhecimentos em favor dos homens. Os mais experimentados conhecem a terapêutica mais profunda, por isso não deixam de usar o amor em todas as suas atividades no seu mundo curativo. Não se deve destruir a flora, a não ser quando necessário para fabricação de remédios, casas, enfim, por coisas úteis em benefício da humanidade. A flora tem quem vele por ela, por ordem de Deus; assim as águas, assim o ar, assim a terra, os minerais...
Nada se encontra sem assistência da Divindade. Em tudo que se toca, alguém já tocou; tudo que se olha, alguém já olhou; em tudo que se planta, há alguém ajudando e inspirando. Os Espíritos de todas as ordens estão espalhados por toda a criação, ajudando em tudo que Deus ordenar, muito mais do que se pensa. Se estás lendo, inteligências inferiores e superiores estão em teu derredor, uns ajudando, outros aprendendo, e por vezes, outros tentando atrapalhar. Estás em uma grande escola, que te envolve por todos os lados, e tudo que ocorre são forças úteis para que o encarnado possa retirar desses fatos lições proveitosas, na seriedade que a vida possa lhe entregar.
As plantas não pensam, mas estão evoluindo. O progresso as fará pensar, no amanhã, com as devidas transformações que lhes cabe aceitar. Elas têm alguma coisa do mineral, por já terem pertencido a este reino. O reino das plantas é que faz ambiente para que o animal possa viver, mas elas, com a força do progresso, estão criando o ambiente para a sua estadia futura como animal. O animal alimenta o homem por diversas maneiras e o ajuda em modalidades diversas, porque o amanhã o espera como homem, para viver no ambiente que ajudou a construir. Essa é a justiça de Deus, é o amor devolvendo os frutos das sementes plantadas por quem agora se alimenta.
A natureza é divina, por obedecer as leis de Deus. Ela é força renovadora que transforma todos os reinos e faz com que eles mudem sempre, alcançando mais um degrau da evolução espiritual. E quando chega no homem, já dotado da razão, Deus deixa algo para que ele possa fazer por si mesmo, por já conhecer a função da lei.
Desta forma é que podemos nos lembrar de Paulo, quando falava aos Efésios:
E vos renoveis, no Espírito do vosso entendimento. (Efésios, 4:23)
O homem, principalmente o espírita, já conhecedor de muitas verdades espirituais, tem o direito de renovar seus pensamentos, buscando idéias nobres e vivendo os ensinamentos de Jesus, para que a paz se instale em seu coração. Se as plantas não pensam, os homens pensam; por isso, devem crescer mais rápido, usando o esforço próprio para acender a luz na consciência.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
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24.3.21

AUTO CRÍTICA

E - Cap. XVII - item 3
O milagre é invenção da gramática para efeito lingüístico, pois na realidade somos arquitetos do próprio destino.
Se algum erro de cálculo existe na construção de nossas existências, o culpado somos nós mesmos.
Todos caminhamos suscetíveis de errar, todos já erramos bastante e todos ainda erraremos necessariamente para aprender a acertar; contudo, nenhum de nós deve persistir no erro, porquanto incorreríamos na abolição do raciocínio que nos constitui a maior conquista espiritual.
No reconhecimento da falibilidade que nos caracteriza, se não é lícito reprovar a ninguém, não será justo cultivar a indulgência para conosco; e se nos cabe perdoar incondicionalmente aos outros, não se deve adiar a severidade para com as próprias faltas.
 
Portanto, para acertar, não devemos fugir ao "conhece-te a ti mesmo", que principia na intimidade da alma, com o esforço da vigilância interior.
Esse trabalho analítico de dentro e para dentro nasce da humildade e da intenção de acertar com o bem, demonstrando para nós próprios o exato valor de nossas possibilidades em qualquer manifestação.
Autocrítica sim e sempre...
Podão da sensatez - apara os supérfluos da fantasia.
Balança do comportamento - sopesa todos os nossos atos.
Lima da verdade - dissipa a ilusão.
Metro moral - define o tamanho de nosso discernimento.
Espelho da consciência - reflete a fisionomia da alma.
Em todas as expressões pessoais, é possível errarmos para mais ou para menos.
Quem não avança na estrada do equilíbrio que somente a autocrítica delimita com segurança, resvala facilmente na impropriedade ou no excesso, perdendo a linha das proporções.
Com a autocrítica, lisonja e censura, elogio e sarcasmo deixam de ser perigos destruidores, de vez que a mente provida de semelhante luz, acolhe-se ao bom senso e à conformidade, evitando a audácia exagerada de quem tenta galgar as nuvens sem asas e o receio enfermiço de quem não dá um passo, temendo anular-se, ao mesmo tempo que amplia as correntes de cooperação e simpatia, em derredor de si mesma, por usar os recursos de que dispõe na medida certa do bem, sob a qual, a compaixão não piora o necessitado e a caridade não humilha quem sofre.
Sê fiscal de ti mesmo para que não te levantes por verdugo dos outros e, reparando os próprios atos, vive hoje a posição do juiz de ti próprio, a fim de que amanhã, não amargues a tortura do réu.
Livro “Opinião Espírita”, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz (cap 15)
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

23.3.21

Momento de Dor

A humanidade chora. 
Os seus filhos, mães, pais, irmãos estão indo embora. 
É uma partida solitária e cheia de dor. 
Partir já faz chorar naturalmente e quando se parte sem se ver ninguém que se conhece a dor aumenta em proporções gigantescas. 
A dor da partida representa seu sinal que passou pela Terra e se pergunta o que fez para merecer esta desdita. 
Todos, minimamente, nos hospitais que recebem os nossos irmãos em morbidade pela doença do vírus que reina, sentem este vazio do partir sem os seus e pergunta-se: por que? O que eu fiz para ter este destino? Por que tanto sofrimento? 
A vida, meus caros, e feita do ir e vir, mas a dor da partida é sempre uma dor sofrida. É o momento de estar só consigo mesmo e todas as perguntas chegam juntas e intensas. 
Quando se entuba alguém, então, parece que se está dando a notícia da partida definitiva. 
Meu Pai, eu sei que temos que passar por experiências mil para um dia, finalmente, encontrarmo-nos em Teus braços celestiais, mas ajuda-nos a amparar nossos irmãos de caminho na sua partida derradeira nestes tempos difíceis que passa a humanidade. 
A dor de quem parte se junta à dor de quem fica. É como se fosse uma só. Sem começo nem fim. 
Por que partir ou por que ficar? 
Cada um possui o seu desiderato, sua história própria, sua necessidade de melhoria. 
Contar o caso de um não revela o que se sucede no caso de outro. 
Tudo, porém, tem a mão de Deus, então, confiemos, está tudo certo. 
Compartilhar a dor da partida faz com que ela diminua um pouquinho que seja, embora vá se viver com o outro para sempre nas retinas da alma.
Queda-se de medo, neste momento, todos os seres da Terra. Brancos e negros, altos e baixos, ricos e pobres. É a mesmíssima destinação para todos – sem distinção. 
O Pai iguala a todos na morte e, nesta, se faz de maneira mais aguda. 
Um sentido existe em tudo isso e precisamos aprender como humanidade para que esta história não se repita mais. 
É um convite de Deus para a temperança no afastar da dor. 
É um advertência do Pai diante do desamor. 
É uma súplica do Altíssimo em função do rancor. 
É preciso aprender pela dor porque não tivemos a consciência de aprender pelo amor. 
Um preço alto? Talvez. Como, porém, fazer avançar a humanidade – ou parte dela – que não consegue enxergar o seu lugar no altar divino? 
A materialidade ainda junta mais gente do que exercícios de espiritualidade. 
O egoísmo ainda predomina na maioria das criaturas que apenas vê o que lhe interessa. 
Basta! Este é o recado dos céus para que um dia não exista mais dor. 
Enquanto não soubermos, de fato, esta lição, a divindade terá que recorrer a estes expedientes. E não pense numa espécie de sadismo divino. Coisa alguma isso. É um choque para aqueles que não acordaram naturalmente da sua cegueira material. 
Isto vai passar, claro que vai passar.
Escutai, porém, o aviso dos Céus e trate de colocar em prática imediatamente o mandamento maior daquele que nos ensinou que é somente o amor que poderá redimir a multidão dos seus pecados. 
Amemos! 
Este é o único remédio que poderá salvar a humanidade. 
Hélder Câmara - Blog Novas Utopias

22.3.21

JESUS DEUS

VISITANDO UMA IRMÃ

QUE DESENCARNOU PELO “CORONA”
Por solicitação de um amigo de um amigo, amigo de um amigo meu, fui visitar, em São Paulo, uma irmã que, com a filha, desencarnou vitimada pela ação do “Corona”.
Entre nós desdobrou-se, então, na UTI, o seguinte diálogo:
- Licinha, minha irmã, como você está passando?! Vejo que melhor, não é?!...
- Graças a Deus! – respondeu com voz pausada. – Imaginei que fosse desencarnar... Os médicos aqui do hospital são muito competentes e educados... Sinto que, a cada dia, estou melhorando...
- E os enfermeiros também – acrescentei. – São muito solícitos... Ainda há pouco tive oportunidade de vê-los em ação – são uns heróis e umas heroínas...
- Sim, eu não me posso esquecer deles – trabalham tanto! A toda hora estão aqui, medindo a minha temperatura, a pressão... O hospital é muito grande...
- Logo você terá alta – disse-lhe. – Andei dando uma olhada em seu prontuário... Você já está ótima...
- Tive uma falta de ar muito grande... Realmente, pensei que fosse desencarnar... Cheguei até a ver o Carlos Alberto...
- O Carlos Alberto?!...
- Sim, o meu esposo... Eu vi na beirada da cama – vi a ele e a uma jovem que desconfio ser a minha mãe... Não sei se foi a D. Rosa, que desencarnou com quase cem de idade – ela estava diferente...
- Ah, os espíritos, muitos, rejuvenescem quando deixam o corpo – depois de algum tempo...
- Ela era muito parecida com a minha mãe... Não disse nada, não! – apenas ficou me olhando, sorrindo, e o sorriso dela me transmitia calma... Talvez, num momento de febre, eu estivesse delirando...
- Talvez – respondi. – Febre alta, muitos medicamentos, o oxigênio...
- Não sei... Quando eu a via – a jovem apareceu para mim duas vezes –, a minha respiração normalizava, e eu me acalmava... Nossa, esses dias aqui têm sido muito difíceis – deve fazer parte da prova que tenho que passar...
- Sem dúvida...
- Ainda não sei da Lívia, minha filha – ela também estava com “Corona”... O irmão dela, que é médico, pediu a um amigo dele que me dissesse que ela já estava de alta e que me esperaria em casa...
- Você é de Uberaba, não é, Licinha?!...
- Sim, sou de Uberaba, a terra de Chico Xavier...
- A cidade em que ele viveu por quase cinquenta anos... O Chico nasceu em Pedro Leopoldo, perto de Belo Horizonte...
- Isso mesmo – concordou. – Ele é de Pedro Leopoldo, mas eu me lembro de quando o Chico foi morar em Uberaba... Estive lá muitas vezes... A minha mãe era espírita...
- Que bom que você está bem...
- O senhor não tem medo do contágio do vírus, não?! – indagou-me. – Está sem máscara...
- Não, não tenho – redargui. – Esse vírus não pode mais me pegar – estou imunizado...
- O senhor já tomou vacina?! Dizem que a vacina ainda não saiu, ou já?! Nem sei... Faz muitos dias que estou aqui...
- Não, não tomei vacina – respondi. – Mas, desde algum tempo, eu estou imune – esse vírus não me contamina... Outros, talvez, mas não o “Corona”...
- Eu, se fosse o senhor, tomaria cuidado, porque aqui neste hospital dizem que muita gente já desencarnou...
- Eu sei... Aqui e em muitos outros hospitais do Brasil inteiro, e do mundo...
- Mas, estamos conversando, o senhor me chamou pelo nome, e eu não sei o nome do senhor... Desculpe a minha grosseria. Quem é o senhor?!...
- Um irmão...
- Sim, mas... o seu nome?! Gostaria de dizer ao meu filho e às meninas que o senhor me visitou...
- Inácio... O meu nome é Inácio Ferreira...
- Inácio Ferreira?! – questionou, intrigada. – O médico psiquiatra, do Sanatório Espírita de Uberaba?!...
- Eu mesmo...
- Mas, que estranho... O Dr. Inácio Ferreira já desencarnou faz um tempão...
- Precisamente, minha irmã, no dia 27 de setembro de 1988...
- Espera aí... Estamos em 2020, não?!...
- Até o próximo dia 31 de dezembro, sim...
- Então?!...
- Você está de alta, Licinha, livre do “Corona”!...
 
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 21 de Março de 2021.

21.3.21

Brasil Livre

Busca honrar o Brasil pelos teus filhos,
Não traias do teu povo a confiança,
Ainda há tempo, resta uma esperança,
Do país colocar em novos trilhos...

Faze ecoar teu grito no Planalto,
Qual no Ipiranga o “Independência ou Morte”,
Sem vacilar, mostrando pulso forte
Em defesa da Pátria em sobressalto...

Não te curves às forças de opressão
Que querem escravizar nossa nação,
Com falsa ideologia que a degrade...

Se necessário for, embora exangue,
Deixa verter de novo o próprio sangue,
Em favor do Brasil em liberdade!...

Pedro de Alcântara - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião no Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 18 de Março de 2021, em Uberaba – MG).

20.3.21

Escola de Luz

Da Vida Espiritual,
Seja a quem crê ou não crê,
A Terra é a escola bendita
Que nos ensina o abc.

Nas lutas que se desdobram,
Estudamos a lição
Que nos compete aprender
Na busca da perfeição.

Aqui, surge um obstáculo
Que é necessário transpor...
Além, é um teste de fé,
Ante a visita da dor...

Acolá, é um companheiro
Que nos pede paciência...
Alhures, é um compromisso
Que nos reclama assistência...

É uma prova inesperada
Que devemos suportar,
Uma ofensa recebida
Que é preciso perdoar...

Contratempos e reveses
Que enxameiam no caminho,
Na cruz que necessitamos
Carregar devagarinho...

E neste estágio de luz,
Conquista a sabedoria
Quem, diante do que sabe,
Não fica na teoria.

O nosso aproveitamento,
Em tudo, é proporcional,
Ao esforço que fazemos
Para que o Bem vença o mal.

Ninguém, em sã consciência,
Aprova ou reprova a esmo...
Cada qual, no dia a dia,
É que dá nota a si mesmo.

Aprendizes uns dos outros,
Somos na escola terrestre,
Entretanto, dentro dela,
Só Jesus é nosso Mestre!...
 
Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do “Grupo Espírita da Prece”, na noite de 11 de Agosto de 1990, em Uberaba – MG).

19.3.21

PORTA ESTREITA

DIVISÃO DA NATUREZA

Comentários Questãi 585 do Livros dos Espíritos

Do ponto de vista material, a natureza se divide em duas classes: a dos seres orgânicos e a dos seres inorgânicos. Do ponto de vista moral, ela se divide em quatro. É bom que estudemos isso, para termos uma idéia de onde viemos, subindo de degrau a degrau na escala evolutiva da vida. Esses quatro degraus, que são os reinos da natureza, são apenas o respaldo para o despertamento da alma, que vem de muito longe ainda. A sua evolução, desde a saída do foco da sua criação, constitui segredo da natureza, em plena expansão.
Quando a alma sai de um reino para outro, os extremos sempre se confundem e escapam à nossa pesquisa. A saída de um reino para entrar em outro, com sua sutileza, perde-se no invisível dos instrumentos humanos e mesmo na intuição dos sábios. Entretanto, o tempo vai nos aproximando da realidade.
Os minerais buscam as plantas, essas, os animais e esses, o homem; é a subida da alma, tomando variadas formas, para se conscientizar da sua vida, em busca da fonte de onde veio.
A matéria aparentemente inerte é dotada de vida, mesmo que seja em dimensão diferente. Nada existe sem vida, na criação de Deus. Tudo saiu d'Ele, e Ele, sendo a vida maior, não poderia criar algo sem vida. Há uma força mecânica buscando a evolução da vitalidade e os vegetais, com impulsos irresistíveis, procuram movimentos para alcançar uma inteligência, mesmo que seja instintiva e limitada como nos animais; estes, pela força do progresso, aspiram a ser o homem dotado de razão, que trabalha consciente e inconscientemente para despertar suas qualidades angélicas, adquirindo por evolução o que chamamos intuição.
A vida sabe sempre em todos os rumos do existir, e todos nós ainda somos carentes de sabedoria. Há muitos aspectos da verdade guardados para o futuro que nos espera. A verdade absoluta somente há em Deus, que sempre desconhecemos.
Quem disser que nada desconhece no universo, está evidenciando sua ignorância. Não existe algo feito pelos homens em que não haja cochilos. Somente o Perfeito cria coisas perfeitas. Somente a Luz pode falar dos efeitos da luz e do seu cortejo para o amor.
A natureza tem muitas divisões, no tocante aos agentes espirituais. Esses Espíritos do Senhor comandam todos os movimentos da água e do ar, da agricultura e da pecuária, das religiões e das ciências, dos animais e dos vegetais, do fogo e das revoluções geológicas, da paz e da guerra, para depois chegarem a um ponto de estabelecer a harmonia na Terra, de modo que ela se transforme em paraíso, onde o amor será todo o necessário para se viver.
Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez - Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

18.3.21

APLICAÇÃO ESPÍRITA

E - Cap. I - Item 5

Tudo aquilo que podemos nomear, como sendo a grandeza da civilização, é conjunto de planos experimentados.
Educação, ciência, economia e indústria demonstram isso.
Diretrizes modernas do ensino nasceram no pensamento de orientadores que alentam a instrução na Terra; substancializadas pelos professores que lhes hipotecaram confiança, patrocinam agora a generalização da cultura.
Antibióticos eram projetos estanques nas cogitações das autoridades que se dedicam à saúde humana; fabricados pelos cientistas que lhes conferiram o crédito necessário, são hoje o amparo à existência de milhões de pessoas.
Aproveitamentos de áreas desérticas foi simples ideia na cabeça de estudiosos, preocupados em melhorar as condições do povo; utilizada pelos técnicos que lhe consagraram atenção, aumentou recursos e provisões, em benefício da Humanidade.
O automóvel, a princípio, reduzia-se a esboços traçados pelas inteligência, interessadas na solução ao problema das distâncias no mundo; executados por obreiros do progresso que lhes empenharam a própria ação, transfiguraram-se na máquina que atualmente promove a aproximação dos homens, em todas as direções.
Avaliam-se motores.
Praticam-se esportes.
Ensaiam-se bailados.
Testam-se receitas culinárias.
Experimenta-se a qualidade do sabão, aconselhado no programa radiofônico.
ººº
A Doutrina Espírita é código de princípios trazidos ao mundo pelos mensageiros do Cristo, objetivando a restauração do Evangelho, cuja vivência, no campo das atividades terrestres, o próprio Cristo demonstrou claramente possível.
Cabe, assim, a nós, os discípulos e seguidores da Nova Revelação, - o dever de não interromper-lhe a marcha, no enlevo improdutivo, diante dos fenômenos, e nem paralisar-lhe a força edificante nas conjecturas estéreis, reconhecendo que compete a nós todos a obrigação de incorporá-la à nossa própria vida, de modo a provar que o Espiritismo é a religião natural da verdade e do bem que renova e funciona.
 
Livro “Opinião Espírita”, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz (cap 14)
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

17.3.21

Ação no Bem

Onde me encontrar? 
Eu não estarei entre os anjos a esperar o dia santo da redenção. 
Eu não me encontrarei diante do altar apenas a rezar. 
Eu não serei encontrado bajulando os pés dos superiores por ordem mais alta. 
Eu estarei, de algum modo, no meio da gente que sofre e pede guarida para a sua dor. 
Eu estarei perto daquele que nada tem, que nada quer senão um pouco de carinho e de afago. 
Eu estarei perto, muito perto, dos errantes em Deus, dos que ainda não encontrar a sua própria divindade e erram ao matar o próximo, ao praticar um crime, ao maldizer a vida alheira. 
Onde quer que eu esteja, tentarei, no limite das minhas forças e possibilidades, ajudar a quem precisa de meu humilde apoio. 
No âmago, todos querem fazer o bem, mas acham-se incapazes, desprotegidos quais os outros, infeliz. 
Não, eu te asseguro que não. Você pode ajudar alguém. 
Quando estava entre vocês, não eram poucos que me procuravam. Um pobre pedindo ajuda para outro pobre. Mas pelo menos me ouviam, enquanto ao outro... 
Pois bem, agitava daqui, auxiliava dali, tudo para ajeitar um pouco a vida daqueles que me procuravam achando que eu era um mágico talvez que tudo pudesse resolver. 
Quando nada tinha, quando possibilidade alguma vinha a minha mente, apelava para o mais poderoso de todos. Este, sim, poderia resolver pelos seus caminhos insondáveis. 
Orava, como orava. Às vezes, pedia ao meu “pedinte” que se juntasse comigo naquela súplica. Quantos, muitos mesmo, ao concluir a prece rogativa já não sintam melhores, mais confortados, mais confiantes. 
Portanto, quando nada aparentemente tiver, ore. Suplique ao nosso Pai Eterno e Ele vai te responder, Ele vai te ajudar ou ajudar seu irmão de caminho. Somente Ele pode tudo e vai fazer por onde, do Seu magnânimo jeito, o bem que se espera e precisa. 
Ore! Fortaleça-se como possível nos braços do Senhor. Ele te responderá as angustias mais íntimas, as necessidades mais profundas. 
Deus te abençoe! 
Helder Camara - Blog Novas Utopias

16.3.21

Ordem Superior

Tudo começa em Deus. Tudo retorna a Deus. O ir e vir significa tão-somente o movimento contínuo de mudança interior em direção à Origem. 
A fase atual que vivemos no planeta expressa um forte desejo de transformação nas entranhas terrestres. Desse modo, o que está embaixo, em cadeia, força para cima numa ação de expulsa magnética e psíquica. Este expulsar representa o processo de purificação e envolve literalmente a todos os habitantes terrenos. 
O que se passa tem a ver com a necessidade de progresso e não há quem evite isto acontecer. A Terra expele, pouco a pouco, aqueles que não conseguem se manter no seu pulsar vibratório. 
De agora em diante, todos, sem exceção, são impulsionados a adentrar em novo ritmo. Isto não se dá automaticamente, de uma hora para outra, mas como reflexo da introspecção que cada um é levado a operar em si mesmo. 
A Ordem Superior que está sendo obedecida não tem recuo. Diante disso, forças antagônicas atuam em defesa de princípios abjetos aos valores de soerguimento espiritual do planeta. 
Contradizem as multidões com aspectos mentais distorcidos; enlouquecem os pensamentos menos nobres com sugestões de baixo teor mental; encapsulam criaturas perdidas no seu universo mental; destroem lares menos avisados aos compromissos assumidos; barateiam relações antes fraternais; em síntese, atuam na divisão de grupos e na desarmonização das relações de toda ordem. 
Isto passará! 
Todos aqueles, porém, que avisados não tomarem decisões de autocura, serão mais responsabilizados do que aqueles que ainda não bebem da consciência da imortalidade. 
Do jeito que está não vai mais ficar, esta é a ordem das alturas já em execução há algum tempo.
Outrora havia apenas avisos para que não se demorasse a reforma íntima, hoje não mais o compromisso assumido deve ser correspondido, enfim, não há mais tempo para tergiversações. 
De nossa parte, companheiros unidos na corrente do Cristo, todo tempo perdido será precioso. De caráter individual ou nos grêmios doutrinários, todos estão convocados para cumprirem os desígnios dos chamados trabalhadores da última hora. 
Nada de desculpas ou postergações. 
Tampouco justificativas de adiamento por motivos inesperados. 
Agora é a hora da reforma íntima, do compromisso interior, da mudança. 
Jesus espera seus operadores do bem para, junto a Ele, concretizar os ditames evangélicos e começar, definitivamente, a implantação gloriosa do Reino de Deus na Terra. 
É agora, sem demora! 
Emmanuel
OUTRA EXPLICAÇÃO
Este é o segundo texto que recebo recentemente cujo espírito assina como Emmanuel. O anterior já publicado neste blog foi "UM PASSO A MAIS". 
Como se sabe, ou se diz, Emmanuel estaria, há algum tempo, reencarnado. Em tese, portanto, não estaria dando comunicações espirituais, mas este fenômeno é passível de acontecer. O primeiro texto recebi em casa, este, porém, foi no nosso grupo espírita.
É ele ou não, tanto faz, não é isto que importa. Como nos ensinou o mestre Allan Kardec preocupe-se mais com o conteúdo do que com quem o assina. 
Neste sentido, vale a pena considerar aquilo que adverte a mensagem: não há mais tempo para desculpas, hora do trabalho interior sem demora na direção do bem.
Avancemos com Jesus!
Carlos Pereira - Blog de Carlos Pereira

Palestra da Casa de Oração de Toninho Barana no Youtube:

Editei e postei num canal que criei no Youtube uma boa série de palestras que fiz na Casa de Oração e umas poucas que fiz virtualmente aqui na livraria.
O Youtube me mostra quantas pessoas estão assistindo,e quantas estão curtindo essas palestras.
Pensei que seria um sucesso, que as pessoas usariam um fone de ouvido e as ouviriam numa caminhada, ou num afazer qualquer.
Não sei se elas não ficaram boas, quase ninguém me deu retorno, o que sei é que elas estão sendo muito pouco assistidas.
A última que postei sobre Mediunidade é um assunto que gera muitas dúvidas até entre os médiuns da Casa Espírita.
Por isso na segunda que vem 23/03/2021 vou postar uma última que estou editando e vou parar, pois sinto que estou sendo uma voz que clama no deserto.
O material que já esta no canal é muito vasto e variado e vai poder ser assistido por um tempo indefinido.
Estarei então aguardando sugestões de trabalho nessa área e esterei postando palestras editadas por mim de outros palestrantes famosos.

https://www.youtube.com/channel/UCEdK79RuC96pc7hHU8OYGkA?sub_confirmation=1 


15.3.21

Mediunidade Dai de Graça

O Que Sei

O que sei é que devo seguir adiante procurando me corrigir a cada dia, fazendo pelos semelhantes o melhor que esteja dentro de minhas possibilidades, e, se possível, neste sentido, indo além de minhas possibilidades...
O que sei é que preciso ser coerente comigo mesmo, não entrando em conflito com a minha consciência, e não consentindo que os interesses subalternos me corrompam o Ideal...
O que sei é que devo trabalhar, todos os dias, em minha renovação íntima, conquistando vitórias anônimas sobre o “homem velho” que ainda prevalece em mim...
O que sei é que careço de errar menos, e muito menos, nas lutas que continuo travando contra as mazelas que teimam em me subjugar o espírito...
O que sei é que necessito criar, urgentemente, novos hábitos, à luz do Evangelho, porque somente assim não continuarei cativo do egoísmo, essa “chaga da Humanidade” que tantos males vem provocando à sociedade, entravando o progresso da civilização...
O que sei é que devo me esforçar ao máximo para cumprir com o meu dever, sem esperar por aplausos ou encômios de qualquer natureza, que, certamente, me induziriam a crer nas ilusões que, durante muito tempo, acreditei...
O que sei é que, custe o que custar, preciso ser fiel aos princípios da fé que abracei, porque, caso contrário, ser espírita não fará o menor sentido para mim, como, até agora, cousa alguma tem feito...
O que sei é que, mesmo não deixando de errar, devido ao meu estrabismo secular, que me impede de ver os reflexos da Verdade com nitidez – o que sei é que, mesmo aí, eu devo ser sincero, porquanto a sinceridade de meus propósitos haverá de falar por mim diante do Tribunal da Divina Justiça...
O que sei é que, nem que seja a passos de tartaruga, careço de procurar sair do lugar comum, dando a minha humilde colaboração para que este mundo ao qual também ainda pertenço – a Terra – venha a ser melhor para os que nele se encontram, e, consequentemente, para aqueles que, um dia, nele se encontrarem, entre os quais, evidentemente, eu me incluo...
O que sei é que não posso parar para ouvir quem me critica ou quem me censura, ou ainda quem me condena, porque não posso continuar perdendo mais tempo com suscetibilidades tolas, ou com melindres que são próprios dos espíritos infantilizados...
O que sei é que tenho muito a fazer e, realmente, não posso perder tempo com quem dispõe de tempo para continuar nas esquinas da vida observando a quem passa, com o único intuito de julgá-lo...
O que sei é que sei que cada um há de responder pelos seus atos, e, sendo assim, nada há de ficar oculto sob as pedras da conveniência ou das ambições que levam os homens a se afastarem da honestidade...
O que sei é que sei o que sou – pelo menos isto, pela graça de Deus, eu já sei –, e por saber o que já sei, convém que persevere no afã que me leva a servir, ignorando tudo o que me impeça de vir a ser mais, procurando a ser menos...
O que sei, enfim, é que fora de Jesus Cristo, o Espiritismo não me interessa, e o que dizem certos espíritas menos ainda!...
INÁCIO FERREIRA - Blo Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 14 de Março de 2021.

14.3.21

Ordem Superior

Tudo começa em Deus. Tudo retorna a Deus. O ir e vir significa tão-somente o movimento contínuo de mudança interior em direção à Origem. 
A fase atual que vivemos no planeta expressa um forte desejo de transformação nas entranhas terrestres. Desse modo, o que está embaixo, em cadeia, força para cima numa ação de expulsa magnética e psíquica. Este expulsar representa o processo de purificação e envolve literalmente a todos os habitantes terrenos. 
O que se passa tem a ver com a necessidade de progresso e não há quem evite isto acontecer. A Terra expele, pouco a pouco, aqueles que não conseguem se manter no seu pulsar vibratório. 
De agora em diante, todos, sem exceção, são impulsionados a adentrar em novo ritmo. Isto não se dá automaticamente, de uma hora para outra, mas como reflexo da introspecção que cada um é levado a operar em si mesmo. 
A Ordem Superior que está sendo obedecida não tem recuo. Diante disso, forças antagônicas atuam em defesa de princípios abjetos aos valores de soerguimento espiritual do planeta. 
Contradizem as multidões com aspectos mentais distorcidos; enlouquecem os pensamentos menos nobres com sugestões de baixo teor mental; encapsulam criaturas perdidas no seu universo mental; destroem lares menos avisados aos compromissos assumidos; barateiam relações antes fraternais; em síntese, atuam na divisão de grupos e na desarmonização das relações de toda ordem. 
Isto passará! 
Todos aqueles, porém, que avisados não tomarem decisões de autocura, serão mais responsabilizados do que aqueles que ainda não bebem da consciência da imortalidade. 
Do jeito que está não vai mais ficar, esta é a ordem das alturas já em execução há algum tempo.
Outrora havia apenas avisos para que não se demorasse a reforma íntima, hoje não mais o compromisso assumido deve ser correspondido, enfim, não há mais tempo para tergiversações. 
De nossa parte, companheiros unidos na corrente do Cristo, todo tempo perdido será precioso. De caráter individual ou nos grêmios doutrinários, todos estão convocados para cumprirem os desígnios dos chamados trabalhadores da última hora. 
Nada de desculpas ou postergações. 
Tampouco justificativas de adiamento por motivos inesperados. 
Agora é a hora da reforma íntima, do compromisso interior, da mudança. 
Jesus espera seus operadores do bem para, junto a Ele, concretizar os ditames evangélicos e começar, definitivamente, a implantação gloriosa do Reino de Deus na Terra. 
É agora, sem demora! 
Emmanuel
OUTRA EXPLICAÇÃO
Este é o segundo texto que recebo recentemente cujo espírito assina como Emmanuel. O anterior já publicado neste blog foi "UM PASSO A MAIS". 
Como se sabe, ou se diz, Emmanuel estaria, há algum tempo, reencarnado. Em tese, portanto, não estaria dando comunicações espirituais, mas este fenômeno é passível de acontecer. O primeiro texto recebi em casa, este, porém, foi no nosso grupo espírita.
É ele ou não, tanto faz, não é isto que importa. Como nos ensinou o mestre Allan Kardec preocupe-se mais com o conteúdo do que com quem o assina. 
Neste sentido, vale a pena considerar aquilo que adverte a mensagem: não há mais tempo para desculpas, hora do trabalho interior sem demora na direção do bem.
Avancemos com Jesus!
Carlos Pereira - Blog de Carlos Pereira

13.3.21

Não ao Sofrimento

O Senhor Vela

Nunca te creias a sós
Nas provas da lida humana,
O Senhor vela por nós
Com bondade soberana.

Se te notas fraquejas
Em meio a lutas tamanhas,
Não te esqueças de lembrar
Que a fé remove montanhas.

Se encontras ingratidão,
Não te detenhas no bem,
A vida encerra a lição
Que a cada um de nós convém.

Se a palavra contundente
O teu animo arrefece,
Silencia e segue em frente,
Escorando-te na prece.

Quando te sintas sozinhos,
Qual folha solta aos espaços,
Reflete que em todo o caminho,
O Senhor te estende os braços!...

Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, na noite de 13 de Janeiro de 1988, em reunião íntima da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, em Uberaba – MG).

12.3.21

AÇÃO MENTAL SOBRE A MATÉRIA

Em 1935, um professor de neuroanatomia da Universidade de Yale, o Dr. Harold Burr, estabeleceu que toda matéria viva, desde uma semente até um ser humano, é cercada e controlada por campos eletrodinâmicos. Este envólucro de energia em volta do corpo seria uma espécie de molde eletrônico. À proporção que o organismo se renova pela multiplicidade mitótica celular pelo crescimento e envelhecimento, os campos de força orientam os novos tecidos a assumir a forma apropriada.
Mais adiante, outro pesquisador, o Dr. Leonard Ravitz, neuropsiquiatra de Yale, descobriu que esses mesmos campos de força poderiam ser influenciados pela mente. Ao medir a potência dos campos eletromagnéticos sobre a pele, Ravitz percebeu que eles variavam de acordo com o estado de espírto ou psiquico de uma pessoa.

Livro: Câncer Aspectos Históricos, Científicos e Espiritualistas - Paulo Cesar Fructuoso.
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

11.3.21

Ciência e Espiritismo

ANTE O PRÓXIMO MAIS PRÓXIMO

L - Questão 918

Aconselha, mas esquece o sarcasmo. Se a ironia carreia fugaz bom-humor, gera duradouro ressentimento...
Indaga, mas controla a própria curiosidade. Há venenos de que basta apenas o cheiro para empeçonhar quem os aspira...
Trabalha, mas não se incomode à sombra do anonimato. As raízes que sustentam as grandes árvores são vivas e poderosas na obscuridade do chão...
Prega, mas governa a própria língua. As pedras não se levantam e nem se arremessam por si mesmas...
Coopera, mas foge à crítica. Quem usa vergastas de lama acaba lambuzado por ela...
Chora, mas estuda a razão das próprias lágrimas. Há muito pranto formado pelos quistos da malquerença ao calor da discórdia...
Sê enérgico, mas brando ao mesmo tempo. Tanto a seca quanto a enchente trazem prejuízo e destruição...
Sofre, mas espera e confia. As provações, à maneira das nuvens, são nômades no caminho...
Busca orientação, mas poupa o benfeitor espiritual. O amigo encarnado ou desencarnado não é ponto a cochichar-te o dever diuturno, nas representações que te cabem no teatro da vida...
Ajuda, mas indistintamente. Os seguidores do Excelso Mestre são todos irmãos na consanguinidade sublime do amor...
Ante o próximo mais próximo, sintamo-nos sob as bênçãos do Criador, na certeza de que todas as criaturas existem e crescem interligadas no abraço universal da fraternidade.
No serviço desinteressado e espontâneo, movamos a trolha da fé viva e operante, elevando o prumo do discernimento e assentando o nível do bom ânimo para construir as obras do bem.
Para a frente e para o alto!
Rompendo as ondas adversas, no roldão do vendavais, que a nossa agulha de marear tenha sempre por mira o porto da caridade.
Partamos da semente à seara, através das folhas da esperança e das flores do trabalho para atingir os frutos opimos da evolução que o Senhor espera de nós.
Demandemos a vanguarda com os lábios borbulhantes de compreensão e alegria, entoando o hino triunfal da bondade constante, trazendo à memória a palavra de Jesus nas páginas contagiosas do Evangelho:
- "Vinde a mim, benditos de meu Pai, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me saciastes; estive nu e me vestistes; estive enfermo e prisioneiro e me visitastes."
Somente assim atendêramos ao divino chamado, comparecendo diante do Cristo para repetir com os servos fiéis:
- "Senhor, eis-nos aqui! Faça-se em nós, segundo a tua vontade."

Livro “Opinião Espírita”, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz (cap13)
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

10.3.21

MISSÃO DO CONQUISTADOR

Questão 584 do Livro dos Espíritos

Se tudo que acontece é pela permissão de Deus, o conquistador tem alguma coisa para fazer em favor dos que ainda não desejam andar pela força do progresso. Vamos tomar como modelo Napoleão Bonaparte, que libertou a França do jugo venenoso das linhas conservadoras, que tinham como deus o líder do conservadorismo que entravava o progresso do saber.
Napoleão foi um missionário para libertar o pensamento na França, como ocorreu com Joana D'Arc; os dois, em tempos diferentes, tiveram o mesmo objetivo. No entanto, a sua libertação depende dos sentimentos que os conduziram nos movimentos que encadearam contra determinados povos. As conquistas de Napoleão favoreceram até o Brasil, que teve um incentivo para sua liberdade.
Os povos chegam a certo ponto de ignorância sobre ás leis de Deus, que os Espíritos superiores provocam muitas tempestades sobre eles para acordarem, de modo a conhecerem Deus e a Sua justiça. A Historia Universal está repleta destes fatos, para que possamos compreender a vontade soberana.
Se queres aproximar-te mais da Divindade, e ter olhos para ver o que Ela faz por ti no silêncio, faze o que o apóstolo Mateus anotou no Evangelho, no capítulo vinte e cinco, versículo trinta e seis:
Estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me.
Vamos ser missionário em nosso mundo íntimo, conquistadores de nós mesmos, que seremos livres para sempre de todas as opressões da vida. O Evangelho salienta a caridade como sendo a tábua de salvação do Espírito. As guerras estão no mundo devassando os continentes e fazendo sofrer grande parte da humanidade, por falta do Evangelho no coração dos homens. Quando eles voltarem para Jesus com todo amor, passando a viver os Seus ensinamentos, começarão a conhecer a si mesmos, e procurarão gastar todo o tempo que lhes sobra em reformarem suas próprias condutas.
O fim dos tempos maus está próximo; devemos cooperar para que esse tempo venha logo, desta forma as guerras se tornarão em paz, os canhões se transformarão em ferramentas para a lavoura, e os aviões em motivo de lazer e comércio; o ódio em amor, a tristeza em alegria, tudo para o bem da coletividade. A Terra, de mundo de provas e expiações, se tornará um mundo de paz e de fertilidade espiritual, onde todos se entendem, onde países entrelaçam as mãos na verdadeira fraternidade universal, onde tudo é de todos, como filhos do mesmo Pai.
A missão dos espíritas é conquistar corações não somente com as palavras mas, igualmente, e até muito mais, com o exemplo de vida que deve levar. O conquistador que visa somente ao seu bem pessoal e ao dos seus amigos e parentes, certamente que irá responder pelo que fez de errado.
O conquistador missionário é o que se propõe a melhorar a sociedade e trabalhar para o bem coletivo, harmonizando-se com todos os povos. A palavra missão, devemos empregar somente para o bem, sem exigências, porque ela é alicerçada no amor.
Livro Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria.

9.3.21

Generosidade

As dádivas que a vida nos traz são a prova inequívoca da generosidade de Deus nas nossas vidas.
Ao nos defrontar com os problemas do dia a dia, que são inúmeros, nos sentimos fracos incialmente, mas pouco a pouco vamos descobrindo as potencialidades que detemos e da nossa incrível capacidade de superação.
Somos, Pai, inesgotavelmente melhor do que somos hoje, mas ainda não temos a dimensão disso e rastejamos diante da nossa miopia espiritual momentânea.
O que nos dás, o que nos destes e o que nos darás, é uma prova inequívoca do quão grande és ti em nossas vidas. Generosidade sempre e cada vez mais.
Ora, se o Pai é generoso conosco, por que não sermos os mesmos com os outros irmãos do caminho?
Às vezes nos queixamos com tão pouco.
Às vezes nos chateamos com quase nada.
Às vezes nos revoltamos com nenhum motivo.
Em vez disso, cuidemos de ser mais generosos conosco e com os outros. Vamos dar o nosso melhor a quem nos encontrarmos no caminho da vida. Podemos fazer isso.
Quando Deus nos dá algo, Ele pede tão-somente que passemos adiante. É a corrente bendita da generosidade.
Ser generoso é não querer guardar apenas para si as coisas da vida.
Ser generoso é estar a disposição do outro tantas vezes quantas forem necessárias.
Ser generoso é não se importar em dar tudo que tem e querer dar mais se tivesse.
Este estado de dedicação ao outro é fundamental para a vida ter sentido. Sem que saíssemos de nós e fossemos ao encontro do outro tudo ficaria vazio na vida.
Em contraposição à generosidade está o absoluto sentimento de querer exclusividade em tudo. Isto se chama, com todas as letras, de egoísmo. Puro egoísmo.
O generoso sai de si e vai ao encontro de quem mais precisa para lhe ofertar o seu melhor.
Ser generoso, portanto, é estar mais próximo de Deus à medida que fazemos a Sua vontade na Terra.
Sê generoso com todos em pensamos e atos; em comportamento e fé.

Helder Camara - Blog Novas Utopias

8.3.21

CARIDADE Segundo Paulo CPE 9

Gatos e Ratos

Foi no comecinho da década de 60...
Os gatos que residiam conosco, no Sanatório, haviam sido acometidos por uma epidemia – grave desarranjo intestinal – e, infelizmente, vieram todos, um a um, a desencarnar... Em vão, tentamos todos os recursos a fim de impedir que passassem para o Outro Lado, inclusive utilizando a terapêutica do passe e da água fluidificada.
Os fundos do Sanatório se transformou num pequeno cemitério, com várias cruzes, sobre as covas que eu e o Manoel Roberto fazíamos questão de cavar com um enxadão, na terra úmida.
Fiquei muito aborrecido e cheguei a dizer ao Manoel e à Modesta que não queria mais bichanos no Sanatório, porque a gente se apegava e depois...
O tempo passou, talvez uns quatro, cinco meses, e, de quando em vez, um dava um passeio lá pelo “cemitério”, murmurando algumas palavras com o propósito de prece, com alguns funcionários imaginando que, por conversar sozinho, eu logo seria candidato a uma das celas reforçadas no porão do hospital.
Um dia, estando no escritório, enrolando um cigarro de palha, recebi a visita da cozinheira que pedia permissão para dois dedos de prosa comigo.
- Licença, Doutor! – solicitou a simpática auxiliar, sempre com um pano muito alvo a lhe prender os cabelos.
- O que houve?! – perguntei. – Acabou o feijão?!...
- Não, Doutor – respondeu-me –, são os ratos...
- Que ratos?! O único que conheço por aqui, com trânsito livre por toda parte, é o Manoel... O que ele anda aprontando?!...
- Não, Doutor, não é o sr. Manoel, não – explicou-se, um tanto embaraçada. – São ratos, ratos mesmo – ratos e ratazanas, de todos os tamanhos... Estão dando na dispensa e atacando todo o estoque de alimentos... Tem um que, de tão grande, parece um gambá...
- Tem certeza de que não é o Manoel?! – indaguei, observando o amigo que chegava de uma de suas rondas pelos quartos.
- Eu o quê agora, Doutor?!... – questionou.
- Nada – redargui. – Estou recebendo uma denúncia de que os ratos, um do tamanho de um gambá, estão tomando conta do Sanatório...
- Desde que os bichanos morreram, Doutor – interveio a cozinheira. – Nem os ovos de galinha têm sido poupados... O que se parece com gambá mete medo na gente...
- Vamos providenciar ratoeiras (ops), jaulas, pois, pelo que você está dizendo... Bichanos, sinceramente, eu não quero mais aqui – desde que passamos por aquele gaticídio...
De fato, o Manoel deu um jeito de armar algumas ratoeiras, mas, a não ser um ou outro, nenhum dos maiores se interessava pelos nacos de queijo curado que, afinal, nenhum rato que se preza costuma rejeitar.
Os estragos na dispensa, e até na farmácia, continuaram acontecendo, até que, belo dia, ao chegar ao escritório, me deparei com um rato em cima de minha mesa, mexendo nas palhas de eu enrolar os meus cigarros...
- Agora – falei em voz alta –, o assunto muda de figura...
Chamei o Manoel e disse ao prestimoso colaborador:
- Sai aí pelas ruas, na vizinhança, e oferece serviço ao primeiro gato que encontrar... Compre umas latas de sardinha e leva um saco com você – quando ele estiver comendo, você captura o bichano, que, afinal, não deve pertencer a ninguém nas redondezas... Não me volte aqui sem um saco de gatos!...
Assim foi feito e, em breve, a paz voltou a reinar na dispensa do Sanatório e, também, sobre os maços de palha em minha mesa, no escritório.
Lembrei-me deste fato a propósito do aniversário de Chico Xavier que lá vem se aproximando, e que será comemorado no dia 2 de Abril – já quase 19 anos de sua desencarnação, ocorrida em 30 de junho de 2002!...
Foi só o Chico, esse “bichano” de Jesus Cristo, desencarnar, os ratos e as ratazanas, alguns do tamanho de um gambá, criados com tutu de feijão e vatapá, apareceram no dispensário da Doutrina Espírita e estão fazendo um verdadeiro estrago – roem o que podem e mijam por todo o lado, espalhando uma fedentina sem tamanho e ameaçando todo mundo com uma leptospirose federativa.
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 7 de Março de 2021.

7.3.21

Atuação Espiritual durante a Pandemia da Covid - 19 - 3

Os dias continuavam sendo incertos e temerosos. De repente tudo mudava abruptamente. As estatísticas somente aumentavam em casos de contaminação e morte. O governo central entrava em choque com os governos estaduais. Informação e contrainformação apareciam na mídia e nas redes sociais. A quem recorrer? O que fazer? Uma realidade inusitada que pegara a todos de surpresa e que exigia serenidade nos pensamentos, emoções e atos. 
A contraparte espiritual do planeta não deixava de agir. 
Os espíritos de ordem inferior tentavam aproveitar a balbúrdia instalada para tirar proveito, ao mesmo tempo que, de uma hora para outra, via os seus pontos de atuação desertos. Baladas, motéis, bares... todos fechados. Até as ruas vazias. Certamente não esperavam esta desarticulação geral.
Os espíritos inclinados ao bem tinham ainda mais trabalho. Os hospitais se encheram de gente à procura de exames e cuidados, também eles estariam lá reforçando a retaguarda inspirando o corpo médico e assistindo as partidas dos atingidos letalmente pela Covid-19. 
Apesar do desespero reinante em nível global não falta oportunidade de serviço no bem, mais que nunca. 
No Grupo Espírita Esperança a atividade de atendimento aos desencarnados pela Covid-19 começava a chegar ao fim. Poucos médiuns estavam aptos para o trabalho socorrista e a fadiga orgânica dava seus primeiros sinais. 
Num primeiro momento, os desencarnados viam majoritariamente da Itália, mas com o crescimento do número de vitimados pelo Vírus da Coroa em outras partes do mundo e do Brasil, os atendimentos abrangeram várias nacionalidades. 
A assistência espiritual foi impecável. Auxiliava em todos os detalhes do trabalho. Da recuperação energética dos médiuns às palavras de incentivo ao grupo; do acolhimento aos desencarnados às inspirações dos cuidados a serem executados. 
Caboclos, ciganas, pretos-velhos e freiras se juntavam à médicos, enfermeiras e assistentes num trabalho para o Cristo. 
No último dia da atividade, a nossa querida Maria Modesto Cravo, do mesmo jeito que nos convocou ao trabalho edificante veio ao nosso encontro para dar a sua palavra de conclusão dos atendimentos:
Quando Jesus insculpiu o amor como meta existencial na Terra sabia, de antemão, que se tratava de um processo educacional que envolveria muitos séculos.
Àquela altura, ao estabelecer este parâmetro de convivência humana, aportaram espíritos que se alinhariam a Ele para que esta proposta redentora viesse a se concretizar.
Não se tratava, tão-somente, de uma experiência na carne, mas de um conjunto delas para poder viger a determinação maior. Entre eles estava a figura de Francisco de Assis que vestiu a indumentária de João nos primeiros dias do Cristianismo nascente.
A figura de João/Francisco de Assis tem ressonância até hoje como alguém que teve absoluto compromisso em seguir, o máximo que podia, os passos de Jesus.
Este desafio percorre até hoje e ele, incansavelmente, vem atuando em diversas paragens do planeta, ora na pele do discípulo amado, ora na aparência do pobre de Assis.
Seu exemplo deve servir de inspiração a nós outros que desejamos alcançar a nossa redenção espiritual: copiar em nosso ser a tarefa de imitar o Cristo.
Nestes tempos de mudança planetária, este desafio se faz ainda mais presente à medida que somos chamados a assistir aos grandes doentes da alma.
Agora, por ocasião da peste do novo vírus, temos a obrigação cristã de colocar-nos à disposição do serviço no Cristo, não impondo condições ou lembrando eventuais empecilhos, apenas servir e servir com grande alegria d’alma.
Aos companheiros que assistem aos novos exilados da carne e debruçam-se no alvorecer da dimensão do espírito, pelo episódio da contaminação virótica, o nosso agradecimento em poder servir juntos e dividir com vocês a honra de estar, mais uma vez, no labor cristão.
Os episódios seguintes a esta turba envolve mais discernimento e disponibilidade.
Não enxerguem com os olhos da matéria, mas vislumbrem cada fato com a argúcia do espírito imortal. Desta forma, tudo terá força e sentido.
Estejamos juntos nos demais desafios que advirão.
Cabeça erguida, fé inquebrantável e esperança renovada nos novos dias que acorrerão.
Sempre com o Cristo!
E assim concluímos a tarefa socorrista – que nos pedia mais -, agradecendo a oportunidade de mais uma vez trabalhar na seara do mestre Jesus. 
Outros desafios seriam trazidos pelos nossos parceiros do Hospital Esperança e aguardávamos o dia para novamente continuar atuando no serviço do bem. 
Carlos Pereira - Blog de Carlos Pereira
Coordenador Executivo e de Atividades Espirituais do Gespe
Este artigo continua.