31.12.15

Refresco da Festa

Bom dia para todos que como eu estão festejando este tempo de final de um ano e início de outro.
Nestes tempos lembramos dos comes e bebes. Cada povo, cultura, região gosta de celebrar de uma maneira.
Em todo lugar há os refrescos, afinal, faça frio ou calor a bebida servida numa confraternização faz com que todos gravitem em torno daquela intenção.
Não precisamos ir longe. Veja como é bonito ver a mãe alimentando o seu bebê. Que carinho, que amor, que doação.
Depois vemos as festas infantis com seus costumes próprios.
Houve  época em que a alegria era ter um copo d’água. Uma gota de água…
Mas conforme disse no título a festa é de encerramento e também de início.
Neste verão, não se esqueçam de colocar no papel as suas metas, propósitos que vem alimentando durante um tempo. Onde pretende chegar?
Jesus se intitulou Vinho Novo. A alegria da festa. Com certeza o é. Muito espirituoso, o Cristo veio mostrar-nos o Novo misturado ao velho. Basta experimentar a novidade trazida por Ele em seu Evangelho.
Achará interessante ao revirar no baú das conquistas e aprendizados, como encontrará novidades em meio a relíquias.
Dentro desta linha de pensamento, durante a revisão de seu dia nestes tempos de virada de ano, lembre-se de pensar nas coisas do espírito como ensina o Jovem Mestre de Nazaré.
A Sabedoria convida a que nos acheguemos a Ela pois tem comida e bebida de graça a quem souber responder ao seu chamado.
Paz!
Helder Camara
Texto recebido pela médium Maria Antonieta Sousa em 27.12.2015: https://antonietasouza.wordpress.com

30.12.15

Questão 327 do Livro dos Espíritos
O SEPULTAMENTO

Nem sempre o Espírito recém-desencarnado assiste ao enterro do seu corpo. Isso depende, e muito, do seu estado emotivo, das suas forças internas, pois não se pode generalizar o posicionamento das almas depois do túmulo. As leis agem em variedades de condições, de acordo com as circunstâncias.
Quando se faz necessário, e o Espírito se encontra em condições, os benfeitores espirituais acompanham a alma recém-desencarnada ao enterro, desde que esse fato lhe sirva de desprendimento do próprio envoltório que lhe serviu de roupa física pelo tempo que estagiou na Terra. Nada se faz sem uma utilidade, principalmente no mundo dos Espíritos.
Em muitos casos, o Espírito não percebe o que se passa no enterro do seu corpo, por estar inconsciente e, de ordinário, não ser de utilidade para o seu bem-estar espiritual; no entanto, existem Espíritos que acompanham o sepultamento dos restos mortais, na expressão aos próprios homens, com certa alegria, por ter aproveitado muito bem sua vida no planeta e ter cumprido seus deveres, o que é raro acontecer. O medo da morte turva a consciência da alma, não a deixando perceber as belezas da transição, que é a passagem de uma vida para a outra.
O espírita deve coadunar forças, pela caridade e oração, no sentido de se preparar para o momento da grande viagem, sem perturbar a engrenagem da consciência nem acelerar o coração mediante o chamado para a outra vida, onde poderemos encontrar com maior nitidez a nós mesmos, do modo que somos. A Doutrina dos Espíritos nos serve de caminho e de escola para o amadurecimento dos nossos sentimentos espirituais, todavia, somente receberemos dela todas as indicações, todos os instrumentos para serem usados. A disposição é nossa, a conquista depende da nossa vontade. Comecemos, que mãos invisíveis ajudar-nos-ão de todas as direções, em nome d’Aquele que é o amor.
Existem almas que não se perturbam com a desencarnação, mas, têm um estado emocional tão alterado que são retiradas para não assistirem ao enterro da roupagem fisiológica e não verem seus amigos e parentes no estado emocional que lhes possam causar distúrbios de difícil reparo. Se ainda não compreendem seus deveres ante a consciência e as promessas feitas, o ambiente é de tristeza oriunda da sua própria personalidade, mas, mesmo assim, mãos amigas os conduzem para o lugar do seu merecimento, como escola de educação no mundo da verdade.
Ao invés de chorar, de reclamar, de se desesperar no enterro do parente e amigo que partiu, seria bem mais útil que todos orassem para o viajante que busca o Além, lhe dando forças.nessa hora derradeira. Quando nasce uma criança o ambiente não é de alegria? Se existem lágrimas, é de contentamento. Na volta do Espírito para sua origem deveria ser o mesmo, sustentando-o para o desprendimento com mais facilidade.
Se há muitos parentes e amigos no sepultamento do corpo, no plano espiritual reúnem-se muitos outros, como que uma comitiva para esperar a chegada do companheiro ao espaço, livre das peias da armadura física. Se cumpriu bem a sua tarefa junto aos seus, palmas de luz ressoam na atmosfera, em gratidão e reconhecimento.
Entreguemos as mãos à educação dos nossos sentimentos, no sentido de que, quando chegar a partida para cá, encontremos primeiramente em nossa consciência a tranqüilidade a que fizemos jus, pela vida reta que tenhamos levado junto aos companheiros de jornada.
Quem segue o Cristo não erra o destino da Luz, e se já somos portadores de alguma verdade evangélica, não podemos ter desculpas. Devemos logo passar a vivência do que já conhecemos que ela nos trará paz nos últimos dias e nos momentos de ingressarmos pelo portal do túmulo.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

29.12.15

Dever VI

195 –Como poderemos encontrar, dentro de nós mesmos, o elemento esclarecedor de qualquer dúvida, quanto à qualidade fraternal e excelente do ato que pretendamos realizar nas lutas cotidianas da vida de relação?
-Aqui, somos compelidos a recordar o antigo preceito do “amar o próximo como a nós mesmos”.
Em todos os seus atos, o discípulo de Jesus deverá considerar se estaria satisfeito, recebendo-os de um seu irmão, na mesma qualidade, intensidade e modalidade com que pretende aplicar o conceito, ou exemplo, aos outros.
Com esse processo introspectivo, cessariam todas as campanhas levianas dos atos e das palavras, e a comunidade cristã estaria integrada, em conjunto, no seu legítimo caminho.
196 –Como encaram os guias espirituais as nossas queixas
-Muitas são consideradas verdadeiras preces dignas de toda a carinhosa atenção dos amigos desencarnados.
A maioria, porém, não passa de lamentação estéril, a que o homem se acostumou como a um vício qualquer, porque, se tende nas mãos o remédio eficaz com o Evangelho de Jesus e com os consoladores esclarecimentos da doutrina dos Espíritos, a repetição de certas queixas traduz má-vontade na aplicação legítima do conhecimento espiritista a vós mesmos.

Livro: “O Consolador” – Espírito: Emmanuel – Médium: Francisco Cândido Xavier 

28.12.15

COLÓQUIO DE JESUS COM NICODEMOS - Parte II

"Havia um homem dentre os fariseus, chamado Nicodemos, principal entre os judeus; este foi ter com Jesus à noite e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; pois ninguém pode fazer estes milagres que tu fazes, se Deus não estiver com ele, Jesus respondeu-lhe: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer sendo velho? Pode, porventura, entrar novamente no ventre de sua mãe e nascer? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do Espírito é Espírito. É-vos necessário nascer de novo. O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai: assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Como pode ser isso? perguntou-lhe Nicodemos. Respondeu-lhe Jesus: Tu és mestre em Israel e não entendes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo que falamos o que sabemos e testificamos o que temos visto e não recebeis o nosso testemunho. Se vos tenho falado das coisas terrenas, e não me credes, como que crereis, se vos falar das celestiais? Ninguém subiu ao Céu, se não aquele que desceu do Céu, a saber, o Filho do Homem. Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna". (João, III, 1-15. )
(continuação)
Pelo que se depreende da nova pergunta de Nicodemos a Jesus, já se pode concluir: ele, não lhe convindo nascer de novo por esta forma - abandonar sua seita, seus dogmas, seus cultos, suas honras, suas vaidades, seus preconceitos fingiu não entender a palavra, a ordem expressa do redentor do mundo.
E então muito admirado por haver o Mestre proferido tal sentença, perguntou: "Como pode o homem nascer, sendo velho?
Pode, porventura, entrar novamente no ventre materno e renascer?"
Ao que Jesus lhe respondeu: "Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus; o que é nascido da carne é carne; o que é nascido do Espírito é Espírito. Não te maravilhes de eu te dizer: necessário vos é nascer de novo".
Por este trecho vemos, bem claro, que as condições de salvação impostas por Jesus são duas: "nascer da água e nascer do Espírito".
Vamos analisar a primeira proposição: "nascer da água".
Que pretende o Mestre dizer com isto: "nascer da água?"
Não pode ser outra coisa senão: nascer neste mundo, com um corpo carnal; pois todos os corpos orgânicos e inorgânicos são, em última análise, produtos da água.
Sem água, em nosso mundo não haveria nascimento, crescimento e vida.
Tudo nasce da água, tudo vive da água; os peixes nos mares, nos lagos e nos rios, donde vêm? Da água. Os animais nos campos e nas matas, donde vêm, senão da água?
Os pássaros que perambulam na Terra e voam nos ares, não é da água que vêm?
Até as ervas nascem da água!
Plantai uma semente ou um galho, uma muda, deixai-os sem água e eles não nascerão. Tirai os peixes das águas e eles morrerão. Os animais dos campos, das matas; os pássaros rasteiros e dos ares; os homens das roças e das cidades, todos eles, sem água, não nasceriam, não cresceriam, não viveriam porque a água é condição de vida para os corpos, e até nosso próprio corpo contém três quartas partes de água, com a qual se alimenta, vive, cresce e se nutre.
Água por dentro, água por fora; e até a própria criança no ventre materno não dispensa a água que a envolve e lhe dá vida.
É da água que vem tudo; portanto, "nascer da água" não quer dizer outra coisa, senão nascer neste mundo com corpo da natureza, que é peculiar ao gênero humano.
Notai! O trecho do Evangelho é bem claro: "nascer da água". 
Explicação mais clara do que esta, nem mesmo a água, por mais límpida e cristalina que seja.
Não é preciso pedir emprestado o dogma do batismo das igrejas, para explicar uma coisa que o próprio Evangelho, que é a palavra de Jesus, ensina e explica com toda a clareza.
Aqueles que vêm a este mundo e ficam imbuídos dessas crenças irrisórias, crenças que nada ensinam, que nada explicam, e que, tendo empanados os olhos por esses cultos e sacramentos sacerdotais chegam a ponto de só crerem nesta vida; descrêem completamente da vida eterna, da vida do Espírito, da vida no espaço, da imortalidade, como aconteceu com Nicodemos, que não compreendia a palavra do Mestre; só poderão salvar-se e entrar no Reino de Deus morrendo, para verem face a face a vida eterna, a imortalidade, e depois votarem a este mundo, "nascendo da água com um corpo de carne", fazendo-se crianças para então, sem preconceitos, sem vaidades, sem orgulho, estudarem a Doutrina de Jesus e receberem essa chave com a qual se abre a porta do Reino do Céu.
Vamos passar agora à segunda condição de salvamento: "nascer do Espírito".
Como atrás ficou explicado, segundo os dizeres de Jesus, há necessidade de nascer da água, para entrar no Reino de Deus isto é, é preciso entrar na vida material, na vida carnal, justamente esta vida em que vivemos com um corpo de carne.
Mas como esta vida não é bastante para efetuarmos a nossa ascensão para a felicidade, mesmo neste mundo Deus nos facultou, como premissa da vida eterna, a vida Espiritual, a vida moral, porque o homem não vive só do corpo, não vive só de pão.
Esta vida espiritual não é uma coisa visível, pois afeta somente o nosso "Eu" íntimo, o nosso Espírito que também é invisível.
É uma vida interior que sentimos, proclamada por todos os povos, por todos os códigos de moral e esboçada maravilhosamente por Jesus Cristo no seu Evangelho.
É nesta vida que se manifestam os prazeres e os sofrimentos, também invisíveis. De um lado, as virtudes, a santidade, a paz de consciência, a alegria de coração; de outro as paixões más, o remorso, a tristeza.
Dizendo Jesus: "forçoso é nascer do Espírito", chamou a atenção de Nicodemos para esta vida interior, a fim de que ele ficasse sabendo que, sendo ele, Jesus, portador de um Espírito novo, que deve normalizar em todas as almas a vida do Espírito, todos os que quiserem entrar no Reino de Deus precisam nascer desse Espírito, viver nesse Espírito; assim como os que entram na vida carnal, nasce da água e vivem da água.
O nascimento, tanto da água como do Espírito, é indispensável.
Não é bastante nascer da água, não basta tomar um corpo de carne neste mundo e nascer aqui, não basta nos encarnarmos aqui nesta Terra, precisamos, principalmente, "nascer do Espírito"; por isso o Mestre acrescentou no versículo 6: O que é nascido da carne é carne; o que é nascido do Espírito é Espírito.
Quando visitou o Mestre, Nicodemos já havia "nascido da água", mas não havia nascido do Espírito; por isso Jesus lhe disse: "o que é nascido da carne, é carne", quer dizer: "aquele que só no mundo terreno vê meio de nascimento e de vida", é material, porque ainda não percebeu que o homem não é somente carne, é também Espírito; e assim como o homem tem corpo material e espiritual, existem também mundo material e mundo espiritual.
Nicodemos permanecia boquiaberto e admirado diante de Jesus, pois não compreendia a doutrina nova que o nazareno lhe pregava; Jesus insiste, afirmando: "Não te maravilhes de eu te dizer, necessário vos é nascer de novo. O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde ele vem, nem para onde vai: assim é todo aquele que é nascido do Espírito".
Esta lição vem confirmar mais uma vez a primeira sentença pronunciada pelo Mestre, logo que Nicodemos o saudou: Em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Jesus insiste com Nicodemos para que ele se torne como uma criança, que não sabe donde veio, nem para onde vai; e fez uma comparação do conhecimento que temos sobre o vento: "Sabemos que o vento existe porque ouvimos a sua voz, seu ruído, seu sussurro; mas não sabemos donde ele vem, nem para onde vai".
Nicodemos acreditava que o Espírito vinha de Adão e Eva e que de lá todos descendiam; e que, ao sair deste mundo, iria para o seio de Abraão ou para a Geena. Acreditava assim, porque assim eram os artigos de fé da religião Farisaica, da qual era sacerdote; mas Jesus afirmou não ser verdadeira essa crença, quando disse: "O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde ele vem, nem para onde vai": assim é aquele que é nascido, que acaba de nascer do Espírito; abjura essas crenças falsas, caducas, e fica crendo só no Espírito, embora não saibas donde vem, nem para onde vai; porque depois, com vagar, aprenderás; o camelo estando descarregado e o boi sem jugo, fácil lhes será receber o fardo leve e o jugo suave, prometido e oferecido por Jesus a todos os que se acham prontos para o trabalho.
Mas Nicodemos, por mais que Jesus explicasse, não encontrava meios de compreender; ou então fingia não compreender; porque lhe era preciso abandonar as crenças velhas de sua religião, que lhe tentavam dizer donde ele vinha e para onde ia, embora o próprio Nicodemos não cresse nas afirmativas falsas da religião de que era sacerdote.
E continuando a manifestar admiração, vira-se para Jesus e pergunta: "Como pode ser isto?", ao que o Mestre lhe respondeu: "Tu és mestre em Israel e não entendes estas coisas? Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?".
Por sua vez, Jesus se mostra admirado por não compreender Nicodemos a sua palavra tão clara. "Tu és mestre, tu ensinas aos outros e não entendes isto que te estou ensinando? Se eu somente estou falando daquilo que podes ver com teus olhos e que todos podem observar todos dias - Se eu mostro os Espíritos nascendo em corpos, e os corpos nascendo da água: falo-te de coisas que qualquer pessoa pode saber, porque são coisas que se vêem sempre, bastando só prestar atenção, e tu não entendes; como poderei falar-te das coisas celestiais, que ninguém pode ver com os olhos da carne, e que se acham ocultas ao homem que só é nascido da carne?".
Jesus prosseguiu: "Nós falamos o que sabemos e testificamos o que temos visto; assim acontece com o que acabo de dizer-te, e não recebes meu testemunho, esse próprio testemunho que está diante de tuas vistas; como poderei falar-te daquilo que não está ao alcance de tua vista?"
Terminou Jesus lembrando a Nicodemos uma passagem das Escrituras, que diz haver Moisés levantado uma serpente no deserto, por ocasião em que os israelitas atravessaram certa região, depois da saída do Egito, onde proliferavam víboras peçonhentas, cujas picadas matavam instantaneamente. Todos aqueles que olhavam a Serpente de Bronze não sofriam mal, embora fossem picados pelas víboras.
É que a ele, Jesus, importava também sofrer todas as injustiças, todo o repúdio dos homens, ser levantado, ser crucificado; porque assim a sua vida seria um exemplo luminoso da doutrina que ele pregava, e todos aqueles que se tornassem crentes nas suas palavras, teriam a vida eterna, ou seja, não ficariam limitados, como estão os demais homens, à vida terrena, como o próprio Nicodemos estava.

Livro: Parábolas e Ensinos de Jesus - Cairbar Schutel

27.12.15

COLÓQUIO DE JESUS COM NICODEMOS - Parte I

    "Havia um homem dentre os fariseus, chamado Nicodemos, principal entre os judeus; este foi ter com Jesus à noite e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; pois ninguém pode fazer estes milagres que tu fazes, se Deus não estiver com ele, Jesus respondeu-lhe: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer sendo velho? Pode, porventura, entrar novamente no ventre de sua mãe e nascer? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do Espírito é Espírito. É-vos necessário nascer de novo. O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai: assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Como pode ser isso? perguntou-lhe Nicodemos. Respondeu-lhe Jesus: Tu és mestre em Israel e não entendes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo que falamos o que sabemos e testificamos o que temos visto e não recebeis o nosso testemunho. Se vos tenho falado das coisas terrenas, e não me credes, como que crereis, se vos falar das celestiais? Ninguém subiu ao Céu, se não aquele que desceu do Céu, a saber, o Filho do Homem. Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna".              (João, III, 1-15. )

    Este Evangelho prega o encontro de Jesus com Nicodemos: ou por outra, a visita que Nicodemos fez ao nazareno, à noite.
    Vamos estudá-lo em sua simplicidade edificante e procuremos compreendê-lo, porque do seu conhecimento nos vem uma soma considerável de luzes e verdades.
    Diz o trecho que: "Havia um homem dentre os fariseus, chamado Nicodemos, principal entre os judeus e este foi ter, à noite, com Jesus".
    Os fariseus eram, como foi descrito no capítulo, "Fermento dos Fariseus e Saduceus", um grupo muito grande de indivíduos, que formavam uma religião, como atualmente é grande o número de pessoas que compõem a religião de Roma.
    Entretanto, quanto à pessoa deste chefe do farisaísmo, não era um homem mau, ao contrário, dentre todos os sacerdotes dessa religião, pois salienta o Evangelho que se mostravam tolerantes para com a palavra de Jesus Cristo. Um era Gamaliel, que foi mestre de Paulo, antes que este apóstolo se tornasse cristão; e o outro foi Nicodemos.
    Mas vós sabeis que o orgulho, o respeito humano e o preconceito constituem embaraços muito grandes para a nossa espiritualização, para nos aproximarmos de Jesus.
    Nicodemos era, pois, um homem bom, e, por esse motivo, desejava imensamente encontrar-se com Jesus, para conversar com o Mestre sobre assunto religioso, porque tivera notícias das pregações do nazareno e das curas que ele fazia.
    Mas como era rico, principal entre os judeus, era "mestre da religião farisaica" e não queria que o povo e os outros sacerdotes da sua seita soubessem dos seus desejos mais íntimos; e para que tudo ficasse escondido, em reserva, resolveu procurar Jesus à noite, porque assim ninguém ficaria sabendo da visita.
    Por isso diz o evangelista João: Nicodemos foi ter com Jesus à noite.
    Em chegando à casa onde o Mestre estava hospedado, que era na cidade de Jerusalém, por ocasião de uma festa de Páscoa, que os judeus celebravam, o "principal fariseu" entabulou conversação com Jesus dizendo-lhe: "Rabi, sabemos que és Mestre, vindo da parte de Deus, pois ninguém pode fazer estes milagres que fazes, se Deus não estiver com ele".
    Por esta saudação, vós podeis perfeitamente compreender que Nicodemos não era um descrente, ou inimigo de Jesus; ao contrário, era um crente nos milagres operados por Jesus, que consistiam, quase que totalmente em curas de enfermos diversos.
    Quanto, pois, a essa parte que se relaciona com os fatos produzidos pelo nazareno, Nicodemos neles acreditava, portanto em desacordo com os demais sacerdotes da sua "religião", enquanto estes diziam que Jesus agia sob a influência do diabo, Nicodemos cria piamente que a influência que assistia o nazareno era divina; tanto assim que ele diz: Ninguém pode fazer estes milagres que tu fazes, se Deus não estiver com ele. O que faltava pois a Nicodemos para se tornar cristão, para seguir a Jesus? Desde que ele acreditava nos fatos, nos fenômenos, como os chamamos hoje; desde que achava que esses fatos eram autorizados por Deus, não os atribuindo à origem diabólica, por que não se apresentou logo como um dos discípulos do nazareno?
    Isto quer dizer que não basta crer nos milagres, nos fatos, nas curas que assinalam, por certa forma, o Cristianismo, para sermos cristãos.
    Precisamos também crer na palavra, na doutrina que Jesus pregava.
    Em nosso tempo, como vemos, a maioria do povo também crê nos fenômenos, nas curas, e muitos são os que pedem remédios para a cura de suas enfermidades; são milhares os Nicodemos que, às ocultas, desejam conversar sobre Espíritos, sobre as almas, e que procuram saber a razão das causas que os determinam, mas, também como Nicodemos, continuam filiados às suas religiões, que amaldiçoam a legítima doutrina de Jesus, hoje, como os fariseus amaldiçoavam a mesma doutrina, ontem.
    Não basta crer nos fatos; é preciso compreendê-los depois de os haver estudado.
    Não basta dizer que os fatos vêm de Deus, é preciso saber como eles vêm de Deus. E para chegar ao conhecimento desses fatos, temos de estudar justamente o que Jesus fazia questão que fosse estudado, ou seja, a vida eterna.
    O ponto principal das pregações de Jesus era a vida eterna.
    Em torno da vida eterna é que sempre giravam os maravilhosos conceitos da sua filosofia, da sua doutrina de verdadeira fé, de amor puro e imaculado.
    Todas as sentenças de Jesus eram luzes, iluminando a vida eterna, a vida imortal.
    No Sermão do Monte, o Mestre, para consolar os sofredores, os humildes, os perseguidos, os mansos de coração, nada lhes dá, presentemente, senão a certeza da felicidade na imortalidade, e, por certa forma, se esforça para que todos esses que choravam e viviam coagidos e famintos tivessem certeza absoluta da imortalidade, dessa vida do além que é a vida eterna, na qual seriam todos fartos e providos de tudo o que necessitassem se ouvissem e cressem na sua palavra.
    Nicodemos, como se vê no texto do Evangelho, embora não fosse mau homem, estava tão impregnado dos ensinamentos da religião Farisaica, consistentes quase que só em cultos e práticas exteriores, que vacilava a respeito da outra vida, duvidava que o homem, depois de morto o corpo, pudesse continuar a viver, e que houvesse, de fato, uma vida real além do túmulo.
    Jesus conhecia essa parte fraca de Nicodemos, e foi por isso que, logo após a saudação do "primaz dos judeus", disse: Em verdade, em verdade te digo, que se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.
    Estas primeiras palavras, ditas assim de supetão ao sacerdote de uma religião que se dizia a única verdadeira, tem profunda significação para aqueles que desejam estudar, conhecer e seguir a religião de Jesus Cristo.
    Assim como a criança recém-nascida não tem religião alguma, não está presa a nenhuma doutrina e nenhum conhecimento tem de coisa alguma, assim também devem colocar-se aqueles que querem estudar a religião de Jesus Cristo, porque a alma, estando cheia de religião antiga, que foi obrigada a receber por doação dos ascendentes, não pode receber a religião do Cristo, assim como uma casa que está habitada por uma família não tem lugar para receber outra família ou outros moradores.
    Jesus, dizendo a Nicodemos: Se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus, disse antecipadamente ao "primaz dos judeus" que, fosse quem fosse, não alcançaria a graça do Reino de Deus se continuasse preso ao Reino do mundo, no qual prevalecem as doutrinas dos sacerdotes, as doutrinas e religiões de invenção humana.
    Precisava, primeiro de tudo, sair desse reinado, deixar essa obediência, pôr de lado todos esses dogmas, todos esses sacramentos, todos esses cultos, todos esses falsos ensinos, e tornar-se ignorante como uma criança que nasce de novo.
    Assim como uma criança nasce para este mundo, tendo vindo do outro e nada se lembrando desse outro mundo donde veio, assim também o homem deve deixar aquela religião arcaica, na qual vive sem conhecer a verdade e sem ter consolação de espécie alguma, para depois aprender o que o Cristo Jesus está ensinando.
    Por outras palavras: pôr de lado todo espírito preconcebido, todo orgulho de saber, todo egoísmo de virtudes, toda presunção de estar de posse da verdade; porque o "camelo" assim carregado não pode entrar no Reino do Céu.
    Acresce ainda outra circunstância: ninguém pode carregar dois pesos; embora a doutrina de Jesus seja leve, o "camelo" sobrecarregado e quase sem poder andar com tanta carga, não a suportará; assim como não se podem impor a quem quer que seja dois jugos. O boi, que tem um jugo que já lhe molesta muito o pescoço, que sangra e caleja, não admitirá mais outro jugo, embora seja suave como a palavra do Mestre, pois em última hipótese, ele não ficará sabendo qual o jugo que lhe pesa; por isso, assim como o camelo precisa alijar uma carga, Para tomar a si outro fardo; assim como o boi precisa libertar-se do jugo que o oprime, para atrelar-se a outro jugo, assim também o homem precisa atirar para longe de si todas as crenças velhas que lhe pesam na consciência e lhe oprimem a alma, para receber a religião amorosa de Jesus, que, como disse o Mestre, não pesa, é suave e agradável de ser carregada.
    É este o primeiro nascimento que Jesus proclamou, como condição de salvação para todas as criaturas humanas, e especialmente para os sacerdotes de todas as religiões humanas, mesmo porque Jesus falava naquela ocasião a um religioso que era sacerdote e principal representante de religiosos e sacerdotes dessas religiões. (continua)


Livro: Parábolas e Ensinos de Jesus - Cairbar Schutel

26.12.15

PEREGRINO DO CRISTO

(Soneto a um coração amigo)

Peregrino do Cristo! Não te atenhas
À dor que te fustiga a alma cansada,
Nas provações da humana caminhada,
Ao cumprir o dever em que te empenhas.

Pisando pedras e transpondo brenhas,
Segue de passo firme na jornada,
Agradecendo a luta abençoada
Nas tarefas do bem que não desdenhas...

Por onde fores, faze tremular
Nas pelejas que buscas superar,
O estandarte dos nobres ideais...

E com Jesus, na sombra que te expia,
Acenderás a luz de um Novo Dia
Que sobre a Terra não se apaga mais!...

EURÍCLEDES FORMIGA/Carlos A. Baccelli – Blog Espiritismo em Prosa e Verso.
Uberaba, 14 de dezembro de 2015, às 21:30 horas.

NOTA: Este Blog estará de volta com matérias inéditas na segunda quinzena do mês de janeiro de 2016.

24.12.15

FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO


Lembrando que Jesus está no comando. Se a perspectiva não é boa a culpa é nossa
No espiritismo temos a fórmula da PAZ, que se chama CARIDADE, sendo caridosos nunca estaremos indignados, pois saberemos que nossos irmãos doentes da materialidade são os que mais precisam.
Os planos da "Espiritualidade Maior" irão se realizar conforme foi planejado a séculos e todos terão seu lugar de aprendizado de acordo com seu grau evolutivo.
A "Bondade e a Justiça Suprema" não vai desamparar ninguém.
Sejamos PAZ, confiemos no DIVINO!

Toninho Barana

23.12.15

DEVER

193 –A verdade quando dita com sinceridade e franqueza rudes pode retardar o progresso espiritual pela dor que causa?
-A verdade é a essência espiritual da vida.
Cada homem ou cada grupo de criaturas possui o seu quinhão de verdades relativas, com o qual se alimentam as almas nos vários planos evolutivos.
O coração, que retém uma parcela maior, está habilitado a alimentar seus irmãos a caminho de aquisições mais elevadas; todavia, é imprescindível o melhor critério amoroso na distribuição dos bens da verdade, porquanto esses bens devem ser fornecidos de acordo com a capacidade de compreensão do Espírito a que se destina o ensinamento, de maneira que o esforço não se faça acompanhar de resultados contraproducentes.
Ainda aqui, podemos examinar os exemplos da natureza material.
A nutrição de um menino deve conter a substância mantenedora da vida, mas não pode ser análoga à nutrição do adulto. A despreocupação nesse assunto poderia levar a criança ao aniquilamento, embora as substâncias ministradas estivessem repletas de elementos vitais.
194 –Devemos contar, de maneira absoluta, com o auxílio dos guias espirituais em nossas realizações humanas?
-Um guia espiritual poderá cooperar sempre em vossos trabalhos, seja auxiliando-vos nas dificuldades, de maneira indireta, ou confortando-vos na dor, estimulando-vos para a edificação moral, imprescindível à iluminação de cada um; entretanto, não deveis tomas as expressões fraternas por promessa formal, no terreno das realizações do mundo, porquanto essas realizações dependem do vosso esforço próprio e se acham entrosadas no mecanismo das provações indispensáveis ao vosso aperfeiçoamento.
Livro: “O Consolador” – Francisco C. Xavier - Emmanuel


22.12.15

NATAL CHEGANDO

A proximidade do Natal nos enseja muitas reflexões, sendo que, uma delas, sempre se me faz presente no espírito.
- Por que será que o Cristo, em vez de ter nascido há vinte séculos, não teria nascido hoje, quando, aparentemente, a Humanidade se mostra mais preparada para recebê-Lo?!...
Ao mesmo tempo, porém, em que formulo tal pergunta, uma dúvida me assalta:
- Será que, de fato, a Humanidade hoje se mostraria mais receptiva à presença do Cristo na Terra?!...
Se, por exemplo, qual aconteceu, Ele emergisse de uma favela, nascendo de pais extremamente pobres, pertencendo a um povo escravizado por um regime ditatorial qualquer, pelo morena e falando um idioma quase desconhecido, além de contrariar os interesses religiosos das mais diferentes igrejas, o que Lhe sucederia?!...
Vejamos:
- o Dalai Lama vive exilado fora do Tibete,
- o Papa Francisco I enfrenta oposição dentro do Vaticano,
- Chico Xavier, habitualmente, era tratado com escárnio pela Imprensa...
Alguns outros considerados líderes da fé, cedendo às pressões do meio, que envolvem, principalmente, a tentação do dinheiro, desviaram-se em seus propósitos.
Talvez, alguém que esteja correndo os olhos por estas linhas, contra-argumente:
- Mas, se Ele, nos tempos atuais, curasse pela simples imposição das mãos, ressuscitasse mortos, multiplicasse pães e peixes, andasse por sobre as águas...  Ah, com certeza, haveria de ser sucesso em qualquer programa de TV!...
Sucesso na audiência, de certo, por algum tempo, Ele pudesse obter, quando não estivesse trancafiado em algum laboratório de pesquisas, com a finalidade de ser estudado em seus estranhos poderes, ou em sua nova forma de fazer magia.
Haveria de surgir um Elimas, com a mesma proposta que tal mago do mesmo nome efetuou a Paulo e a Barnabé, em Salamina, para que lhe revelassem o segredo de falarem com tanta eloquência, fazendo prodígios que sobrepujava os truques com que enganava os incautos...
As maiores companhias editoriais do mundo disputariam a primazia de publicar as suas palavras em livro, com gravações em CD e DVD, na divulgação do que passariam a considerar a mais poderosa e atualíssima mensagem de autoajuda de todos os tempos.
Mas, com base em suas abençoadas lições, será que os homens de hoje se animariam ao testemunho a que se entregavam os cristãos primitivos, morrendo nos circos de martírio?!...
E outra: se Jesus não tivesse vindo a Terra, praticamente nos primórdios da civilização, como se encontraria a Humanidade hoje sem a inspiração do Cristianismo?! Que seria da arte sacra, da literatura, de um Bach com a sua “Alegria dos Homens”, de Michelangelo com a sua belíssima “Pietà”, das Instituições de beneficência que, ao longo da História, Nele se inspiraram?!...
Enfim, como teriam existido José e Maria de Nazaré?! Pedro e João?! Maria de Magdala?! Paulo de Tarso? Francisco de Assis?! Teresa d’Ávila?!...
Sem dúvida, haveria muito menos luz no mundo do que há agora, e talvez, então, por ser a treva tão densa, com mais razão haveria de escrever um moderno evangelista: “Estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.”
Sinceramente, pois, eu não saberia dizer se os homens estão mais preparados para a vinda do Cristo hoje, do que ontem pudessem estar.
Porque se, repentinamente, uma estrela brilhasse no céu mais do que as outras, mais que depressa mísseis seriam disparados em sua direção, com todas as nações imaginando tratar-se de uma invasão de seu espaço aéreo...

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 21 de dezembro de 2015. – Blog Mediunidade na Internet

NOTA: Este Blog estará de volta com matérias inéditas na segunda quinzena do mês de janeiro de 2016.

21.12.15

Prêmio Nobel

O que é um título entre os homens?
Um reconhecimento por um feito, por uma causa defendida, o que mais?
É claro que representa um incentivo, algo em que os outros te presenteiam com o reconhecimento, é positivo, mas o que mais importa é a sua coerência interior, é a sua consciência que está no caminho certo, que faz tudo que está ao seu alcance em torno da causa defendida.
Quando me deram a oportunidade, por várias vezes, de ser agraciado com o Prêmio Nobel da Paz via nisso uma oportunidade de promoção da causa que defendia e não de mim mesmo.
Esta consciência, desde cedo, me fez evitar de pensar que seria superior aos outros. É, porque uma premiação, lá no fundo, suscita mesmo é o orgulho. Você começa a se achar o melhor, começa a voar na imaginação.
Quando se tem consciência do que se é e do que representa uma premiação, seja ela qual for, nos colocamos mais humildes diante da situação.
Quando soube que os militares estavam no encargo de não permitir tal premiação vi nisso um motivo de alegria. É que ao combaterem a premiação estavam, no fundo, emancipando-a para todos. Estavam corroborando a ideia que defendia. Combatendo-me estavam na prática me promovendo – ou promovendo a causa que defendia. Tornou-se mais notório que estávamos incomodando, então o meu discurso ficou mais fácil de ser trazido para onde ia e mais e mais gente corria para nos escutar a palavra. Este era o prêmio maior.
Os militares no Brasil, naquela época, defendiam uma causa justa: a paz social. O problema é que ao defender esta causa eles simplesmente suprimiam a liberdade e como ter paz sem liberdade. Tornou-se, então, um eufemismo, um golpe contra eles mesmos. Por isso, demoraram tanto em sair do poder.
Paz social se faz com liberdade e justiça, emprego e renda, desenvolvimento e participação. Não se faz com o tacão ou com armas na mão. Eis o erro primacial que eles criaram e não sabiam como sair.
Criaram o grande inimigo, a segurança nacional, e depositaram nela todas as razões para cometer os seus desatinos. Mataram gente inocente, usurparam famílias, suprimiram liberdade de ir e vir, expulsaram irmãos de sua própria pátria, fizeram de um tudo.
Os militares mais conscientes sabiam do equívoco que estavam cometendo e se preocupavam onde tudo aquilo iria dar. Outros, porém, menos ajuizados, cumpriam ordens sem questionar, “pintavam o sete” em desrespeito aos direitos civis mínimos.
Tudo isso e muito mais eu disse nas minhas palestras internacionais e todos ficaram sabendo que no Brasil se mentia quando dizia que havia o respeito aos direitos civis. Tive que denunciar a tortura em alto e bom som para que se alertasse sobre que tipo de governo estávamos submetidos.
Fez parte de um contexto de vida nacional e desejo que nunca mais isto se repita, mas não podemos deixar jamais de aprender com a história, sobretudo as novas gerações.
Este documento que ora é apresentado apenas reforça tudo que todos já sabiam que é a supressão de liberdade de expressão de um velho padre.
Deixa estar, isto já passou e não busco louros. O que me importa, como sempre me importou, é servir ao Cristo, servindo aos nossos irmãos de caminho, este é o prêmio maior que Deus já me concedeu, nisto sou um vencedor. Não que atingi qualquer coisa, mas que estou ativo na caminhada, isto, sim, é o que importa.
Graças a Deus!

Helder Câmara – Blog Novas Utopias

Caminhar

Por que pensar em parar?
Não fomos feitos para o movimento?
A paralisia é a não vida. Se há vida, há movimento. Movimento contínuo, ininterrupto. Movimento.
Quem sabe que um dia nós não ficaremos inertes? Quando isto acontece simplesmente morremos, não é isso?
Então, o propósito das nossas vidas é estar em permanente movimento.
Mas não é mover-se por mover-se, é mover-se para um objetivo. E qual seria o objetivo que deveríamos unir as nossas forças?
Esta resposta é individual. Cada um sabe para onde deseja ir, se não sabe, deveria. Deveria porque viver sem ter um propósito claro é viver a esmo, perdido, solto no mundo. Viver significa caminhar para um lugar certo. Podemos, é verdade, ter atropelos, nos desviarmos dele, mas sabemos aonde queremos ir e é isto o que importa.
Quando pudermos, quando as condições forem favoráveis, então voltamos imediatamente ao nosso objetivo. O importante, portanto, é saber para onde ir.
Aqueles que sabem para onde vão procuram se organizar para isto. Geralmente verificam o que está faltando e põem-se a suprir as suas necessidades pouco a pouco.
Uma pessoa, por exemplo, que vai viajar. Ela sabe que precisa de muitas coisas para isso. Verifica como é o clima aonde quer ir para comprar as roupas adequadas. Compra a passagem, planeja o melhor período, junta um dinheirinho a mais para gastar no lugar que irá, planeja em cada detalhe a sua viagem. Da mesma forma se processa com os outros objetivos da vida, mas, como disse, o imprescindível é saber para onde se vai.
Quando se tem em mente isto, pode crer, parece que tudo começa a conspirar nesta direção ou, pelo menos, passamos a ver sentido em muitas coisas que aparentemente nada representava para nós. Começamos a encaixar tudo que vem a nossa frente em torno de nosso objetivo maior.
A vida como um todo é feita de muitos objetivos menores e a  partir do momento em que nos predispomos a alcançá-los movemos “mundos e fundos” para chegar até eles.
Fico pensando como é ser uma pessoa sem objetivos. Que tristeza! Alguém que não sabe para onde ir. Perde aquilo que há de mais precioso dado pelo Criador depois da própria vida: o tempo.
Precisamos, portanto, definir o nosso ponto de chegada. Com isso, vamos nos arrumar para chegar bem e o mais rápido que pudermos.
Caminhar, caminhar sempre.
Caminhar na direção desejada.
Caminhar sem pestanejar ou reclamar maus cuidados.
É preciso coragem para caminhar sempre.
Para aquele, porém, que sabe para onde vai a caminhada é repleta de prazeres e sonhos.
Nada teme, tudo alegra.
Nada reclama, pois sabe que tudo conspira a seu favor.
Vai com Deus.

Helder Câmara – Blog Novas Utopias

20.12.15

Seguir Jesus

A mensagem de Jesus resplandece para toda a humanidade.
Ela é feita, tão-somente, de eflúvios de paz e de luz. Ela contagia a todos os corações abertos para o novo amanhã que se aproxima. Ela está incrustada naturalmente nas mentes de todos aqueles que desejam o bem do planeta. Ela é a mensagem síntese do progresso humano e está ancorada na lei do amor.
Quem aprende esta mensagem gloriosa há de ter felicidade duradoura, mas quem infelizmente não a coloca como prioridade existencial viverá por muito tempo no limbo de si mesmo, porque a mensagem do Cristo Jesus é poderosa para promover a transformação completa do ser humano.
Quem deseja renovar-se de verdade, quem espera alcançar a sabedoria, quem necessita atingir os cumes da bondade, não pode deixar de refletir e agir por ela.
Jesus foi o próprio exemplo de sua mensagem grandiosa. Disse-nos peremptoriamente que não se tratava de mera teoria o que pregava, mas algo perfeitamente plausível de ser executado por qualquer um.
Estas palavras que ele dirigia a todas as gentes representam o fervor do espírito humano por justiça, igualdade e paz.
Ele foi o próprio depoimento divino na Terra, alçando a todos os seus seguidores como discípulos benditos. Afirmou-nos que a quem o seguisse seria identificado por muito amar.
O amor é, portanto, o selo distintivo de quem o segue. Se ama está com Jesus, este é o critério maior a ser identificado os seus continuadores. Assim sendo, não é pela letra morta que será identificado, tão pouco pela denominação religiosa oficial. Não. Os discípulos de Jesus simplesmente amarão em demasia e nisso podeis identificá-los em qualquer lugar, em qualquer raça ou credo, em qualquer época.
Quando aprendermos a amar, compreenderemos a mensagem maior do Cristo, não há outra escolha.
Neste dia próximo em que se evoca o nascimento do Nazareno, tenho a dizer da minha satisfação em segui-lo. O que para muitos pode parecer pieguice, coisa nula, para mim representa o fausto da minha vitória moral e espiritual.
Segui-lo significa renunciar a si mesmo.
Segui-lo representa dar um basta a tudo que é efêmero e fantasioso.
Segui-lo dignifica a própria raça humana, haja vista que engrandece a todos.
Aos teus pés, Senhor Jesus, que te descobri com lentes mais ampliadas no mundo dos espíritos, toda a minha devoção e fé, toda a minha vida e suor.
Desejo no teu natal entre os homens que eles, os meus irmãos, possam persuadir-se a ouvirem mais as tuas palavras, a refletirem mais sobre teus ensinamentos, a baixarem a guarda da arrogância para que tu possas manifestar-se livremente entre eles.
É o que te peço, Senhor Jesus, sabendo que com isso teremos mais paz e fraternidade, mais amor e caridade.
Suplico a todos os meus irmãos em desalinho mental e espiritual que possam se deixar levar pela tua palavra santa e esclarecedora. Não como um toque de mágica, mas que sejam tocados na sua sensibilidade e assim possam transformar as suas vidas.
É isto o que desejo no teu natal, Senhor Jesus.

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal.

19.12.15

QUADRO DE NATAL

Seguindo a esmo pela noite fria,
Pobre homem batendo, porta em porta,
Vergado à solidão que o desconforta
Quase sempre ao relento adormecia...

Era mendigo e há muito que se havia
Em grande dor que outro não suporta
E ninguém, sobre a estrada escura e torta,
Dizer quem era ele não sabia...

Porém, naquela noite especial,
Em que muitos diziam ser Natal,
Alguém o ouviu na voz dos padecem:

- Eu não entendo a humana devoção...
Pedem-me bênçãos, mas me negam pão;
Falam meu nome, mas não me conhecem!...

Eurícledes Formiga

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 12 de dezembro de 2015, em Uberaba – MG).

18.12.15

Questão 326 do Livro dos Espíritos
HONRAS ILUSÓRIAS

O Espírito que se encontra em homogeneidade com o ideal cristão está livre das ilusões mundanas, e as honrarias que lhe são prestadas na Terra são apenas de interesse pessoal dos que lhe sobrevivem.
Quase sempre ele se desliga deste tipo de chamamento, embora possa sentir-se feliz com a sinceridade de algumas homenagens, ou quando estas possam redundar em benefício à coletividade ou favorecer o progresso das criaturas, sejam elas ou não, amigos e familiares. Por vezes, deixa de participar das homenagens em sua honra para atender chamados e ir ao encontro dos corações sofredores. É como se fosse o óbulo da viúva.
O amor fala muito mais alto do que todas as honrarias prestadas como recordação do que o Espírito fez no mundo, quando encarnado, o que para ele não passa de simples dever para com a consciência. O seu ideal é conduzir corações, onde quer que seja, para o chamado do Cristo de Deus, na volta do homem para dentro dele mesmo, aparando as arestas que conotem imperfeição ou equívoco de ordem comportamental e dirimindo as dúvidas acerca da vida eterna, na caminhada da alma no mundo espiritual.
Assim, as honrarias do mundo são tempo perdido para as almas de escol. Somente os Espíritos inferiores com elas se comprazem e inspiram outros a acompanhá-los nessas práticas.
Se para o Espírito encarnado, já razoavelmente evoluído, as estátuas e monumentos em louvor dos mortos possam ter o seu valor histórico ou cultural para a posteridade, para o desencarnado não têm o mínimo valor. Permitimo-nos até afirmar que certas homenagens, se não efetivadas, teriam evitado muita perturbação espiritual para muitos.
Além disso, os recursos despendidos com essas homenagens, se canalizados para as áreas prioritárias de necessidades, teriam favorecido a muitos que passam por toda espécie de provações.
Lamentavelmente, ainda estamos no tempo em que homens públicos, governantes e detentores de poderes vários esbanjam vultosas somas com homenagens e estátuas, em detrimento da indigência generalizada, esquecendo-se deliberadamente de investir no ser humano, favorecendo seu progresso, em todos os sentidos. Sem dúvida, serão penalizados por isso.
É certo que os que estão inseridos nos quadros de sofrimento passam por provações necessárias, o que não invalida, todavia, o dever de os mais fortes auxiliarem os mais fracos. E da prática sincera desse dever é que surgirá, inevitavelmente, a real igualdade social entre os homens.
O empenho para que o Evangelho do Cristo demore a circular no mundo, é o medo dos poderosos, dos detentores dos bens terrenos e materiais, de perderem suas propriedades em favor dos que sofrem. Contudo, com a vinda de Jesus à Terra, para os que sofrem todos os tipos de infortúnios, a perspectiva é de suavização dos jugos e de que seus fardos se tornarão mais leves. E o Cristianismo alevanta-se como a realidade do presente e para o futuro.
Sem Jesus, qualquer idéia de igualdade social se torna inadequada para a humanidade, mesmo que traga na sua essência convicções, pois os próprios homens tendem a mudar as idéias de acordo com seus sentimentos.
O Evangelho há de ser a Carta Magna de todas as nações do mundo, onde todos os homens de bem hão de se inspirar para seus projetos com vistas para o futuro, sem se preocuparem com honrarias ilusórias.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira

17.12.15

NO BARCO DE PEDRO

“1. Apertado pela multidão que ouvia a palavra de Deus, estava Jesus em pé junto ao lago de Genesaré,
  2. e viu dois barcos junto à terra; mas os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes.
  3. Entrando em um dos barcos, que era de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e sentando-se no barco, dali ensinava à multidão.” (Luc. 5:1a3)

Após tê-Lo ouvido várias vezes nas sinagogas, aos sábados, a multidão se habituara à Sua palavra "cheia de amor". E onde quer que O visse, cercava-O para avidamente beber seus ensinamentos. Assim ocorreu que, ao caminhar pela praia do Lago de Genesaré, foi descoberto pelo povo, que imediatamente O envolveu, comprimindo-O. Jesus observou dois barcos que haviam chegado à praia, cujos pescadores lavavam as redes. Pediu a Simão que O recebesse em seu barco e o afastasse um pouco da terra, e assim falou ao povo.

Lição preciosa. Quando uma criatura começa a "ter fama", geralmente é muito procurada, porque todos querem "ouvir", embora ainda não pratiquem o que ouvem. Quando, pois, acossados pela "multidão", devem eles saber manter a distância, não deixando de ensinar, mas também não permitindo que um contato demasiado estreito se estabeleça.
Jesus sai da terra (do físico) passando à barca de Pedro (intelecto), sobre as águas (interpretação pelo espírito e não pela letra). Foge assim às sensações e emoções, ensinando segundo o raciocínio e a razão, falando à mente e ao espírito.
Todas as vezes que a multidão de sensações (curiosidade) e de emoções (admiração e pasmo) nos quiserem apertar para buscarmos o conhecimento espiritual, sensitivo ou emotivo, devemos saber subir à barca de Pedro e afastar-nos da terra, para estudar apenas com o intuito de compreender, e não de satisfazer à nossa parte inferior. Nada de admitir a curiosidade e a emoção em nosso aprendizado: compreender, sim, para PRATICAR; e não apenas ouvir para satisfação de nossa vaidade.


Livro: Sabedoria do Evangelho – Carlos Torres Pastorino.

16.12.15

DEVER

191 –Como poderão os pais despertar no íntimo do filho rebelde as noções sagradas do dever e das obrigações para com Deus Todo-Poderoso, de quem somos filhos?
-Depois de esgotar todos os recursos a bem dos filhos e depois da prática sincera de todos os processos amorosos e enérgicos pela sua formação espiritual, sem êxito algum, é preciso que os pais estimem nesses filhos adultos, que não lhes apreenderam a palavra e a exemplificação, os irmãos indiferentes ou endurecidos de sua alma, comparsas do passado delituoso, que é necessário entregar a Deus, de modo que sejam naturalmente trabalhados pelos processos tristes e violentos da educação do mundo.
A dor tem possibilidades desconhecidas para penetrar os espíritos, onde a linfa do amor não conseguiu brotar, não obstante o serviço inestimável do afeto paternal, humano.
Eis a razão pela qual, em certas circunstâncias da vida, faz-se mister que os pais estejam revestidos de suprema resignação, reconhecendo no sofrimento que persegue os filhos a manifestação de uma bondade superior, cujo buril oculto, constituído por sofrimentos, remodela e aperfeiçoa com vistas ao futuro espiritual.
192 –A mentira retarda o desenvolvimento do espírito?
-Mentira não é ato de guardar a verdade para o momento oportuno, porquanto essa atitude mental se justifica na própria lição do Senhor, que recomendava aos discípulos não atirarem a esmo a semente bendita dos seus ensinos de amor.
A mentira é a ação capciosa que visa o proveito imediato de si mesmo, em detrimento dos interesses alheios em sua feição legítima e sagrada; e essa atitude mental da criatura é das que mais humilham a personalidade humana, retardando, por todos os modos, a evolução divina do Espírito.

Livro “O Consolador” – Francisco C. Xavier – Emmanuel - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

15.12.15

EM TORNO DA PALAVRA

(Recordando instruções de Irmão José)

Mesmo que a razão esteja do teu lado, atente para a maneira com que possas estar expondo os teus argumentos.
Nunca fales de cima para baixo.
O Cristo, em muitas de suas prédicas, assentava-se com o povo.
Não existe nada que te autorize, nem mesmo a Verdade, a humilhar, pela palavra ou pela ação, seja a quem for.
Esmera-te em ganhar almas pela tua capacidade de compreendê-las, e não em perdê-las pela tua intolerância.
Procura fornecer a quem te escuta um suprimento de esperança.
A vergasta verbal costuma fazer mais estragos que a chibata nos ombros.
Metade das palavras que os homens dizem aos homens poderia ficar sem serem ditas e não faria diferença alguma.
A outra metade que, por certo, é necessário dizer, deveria passar por um processo de filtragem, que lhe eliminasse o excesso de personalismo.
O timbre de tua voz, mais que a tua erudição, é que fornece, a quem te ouça, notícias seguras a respeito de tua real sabedoria.
Caras belas no púlpito podem se traduzir por horríveis carantonhas sonoras.
Esmera-te tu mesmo a escutar o que dizes.
Como te soam aos ouvidos as tuas próprias palavras?!
Existem palavras que transudam melifluidades, e segundas e terceiras intenções, e até, por vezes, quartas e quintas...
Sussurros interesseiros.
Pronúncias tendenciosas.
Tons sibilinos.
Palavras perfumadas artificialmente.
Envergando talhados smokings gramaticais.
Palavras vazias de alma e vida.
“Sepulcros caiados por fora e cheios de podridão por dentro...”
A muita gente, melhor seria não dizer o que diz da maneira com que diz – a carma da mudez, nem sempre, é o carma de quem se matou, mas, sim o carma de quem matou pela palavra.
Cuidado!
O verbo é força criadora por excelência.
Assim, o que estarás criando nas palavras aos outros?!
Não escravizes mentes e corações – liberte-os!
Seja o teu falar sim, sim; não, não...  Mas, ao dizer não, nunca o digas entre sorrisos de sarcasmo, e, ao dizer sim, nunca o digas com exibição de generosidade.
Aprimora o teu espírito e a tua voz há de soar com convicção aos ouvidos alheios.
Assim como existem almas que não correspondem ao corpo que ocupam, há palavras que, por sua sonoridade, traem a si mesmas.
Coloca amor nas tuas palavras e terás um jardim em tua boca.
INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 14 de dezembro de 2015 – Blog Mediunidade na Internet

14.12.15

Cristo Vem

O Cristo vem.
Ele vem todos os dias em forma de perdão a ser dado a todo aquele que nos ofende.
Ele vem em forma de compreensão para aqueles que se equivocam conosco.
Ele vem sutilmente nas palavras duras de alguém menos avisado que bate forte nas portas da nossa alma pedindo-nos paciência.
Ele vem nos rosto sofrido daquele que luta na vida e não consegue um lugar ao sol para que sejamos solidários a ele.
Cristo vem todos os dias e quer que o atendamos no seio da nossa família, dando carinho aos filhos, amor aos pais, abrigo aos parentes ausentes, confiança aos desiludidos.
Cristo não nos deixa só jamais. Ele quer a nossa felicidade, mas sabe perfeitamente que para obtê-la necessitamos trabalhar nesta direção. O que Ele faz? Traz-nos oportunidades de aprendizado.
Sim, porque não há conquista de felicidade, felicidade verdadeira, se não aprendermos as minúcias da vida. Cada instante, cada detalhe, cada palavra, cada gesto, é responsável em nos dizer algo que fale profundo à alma.
Cristo, às vezes, vem tão rapidamente que nem esperávamos. Ele chega e nos dá a lição necessária para o nosso desprendimento material, nosso desapego ao ego, nossa libertação espiritual.
Cristo vem de todas as formas para nos alertar sobre o bem da vida. Ele sabe se mostrar de mil formas, todas elas para nos beneficiar. Então, estejamos em alerta, prontos para quando ele chegar.
A vinda do Cristo foi há dois mil anos. Chegou discretamente num lugarejo distante, despercebido por todos, sem alarde, para brilhar posteriormente para toda a humanidade.
Sua mensagem grandiosa é o amor. E é justamente na compreensão e vivência desse amor que estaremos dando as nossas boas-vindas ao Messias de Deus.
No seu natal, para que seja grandioso, permite que o Cristo chegue o mais próximo possível do seu coração. É lá que Cristo vem.

Helder Câmara – Blog Novas Utopias