31.8.16

RESPEITO

Questão 360 do Livro dos Espíritos

A palavra respeito fala muito profundamente na alma daquele que deseja compreender os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Uma criança, ao nascer sem vida, mostra a vida obedecendo à lei divina, à lei da justiça. Os pais, no momento, sentem-se agredidos pelo destino, isso, porém, quando não compreendem a vontade do criador. Nada há de errado no turbilhão dos acontecimentos espirituais e mesmo na Terra. Tudo obedece à vontade de Deus.
Vejamos o que diz Paulo aos Tessalonicenses, na sua primeira carta, capítulo cinco, versículo dezoito:
Em tudo daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. Entra, pois, aí, o respeito para todos os acontecimentos, tirando deles o que move, a razão de ser do que ocorre na vida.
Se uma criança nasceu morta, se lhe escapuliu a vida antes de abrir os olhos ao mundo, existe um motivo; que seja secreto, mas existe, vibrando para que os estudiosos o descubram e aumentem sua admiração pelos desígnios do Criador. Devemos amar e respeitar tanto o feto cujo aborto tenha sido feito pela natureza, quanto o que teve alguns dias de vida; tanto aquele que chegou à mocidade, quanto o velho que está prestes a se despedir do mundo material. Enfim, todos os departamentos de vida que a natureza nos mostra em uma escala progressiva devem ser respeitados.
“O Livro dos Espíritos” se inspira na palavra de Paulo, respondendo a pergunta quinhentos e trinta e seis, sobre a ação dos Espíritos nos fenômenos da natureza:
“Tudo tem uma razão de ser, e nada acontece sem a permissão de Deus”.
Por que somente respeitar o Espírito? O respeito deverá ser extensivo a tudo o que existe, porque nada foi feito sem que Deus o haja abençoado. Se alguém nasceu para não viver fisicamente, dentro do padrão normal dos homens, está com essa atividade interceptada por motivo justo. A justiça vê sem os olhos dos homens, sente sem os sentimentos dos mesmos, e nunca erra o endereço dos culpados.
Procuremos meditar sobre o assunto que ora ventilamos nesta página, que o entendimento abrir-se-nos-á de modo a entender a vontade soberana, que palpita em todos os rumos, fora e dentro de nós.
Por que deixar de respeitar um ser vivente, apenas porque não vive no nosso reino, na faixa em que habitamos?
Verifiquemos a vida dos grandes santos e dos grandes sábios, e notaremos o amor que eles dispensavam a tudo e a todos. Um dos exemplos nobres foi o poverello de Assis, cujo amor passou por todas as escalas da Terra, amando até a luz e os astros com a mesma intensidade que o seu amor pôde alcançar. Justificando o que falamos, ele, depois do desligamento dos laços que o prendiam à matéria, voltou para demonstrar respeito, agradecendo ao corpo inerte, inerte a vista humana, mas cheio de vida aos olhos do Espírito iluminado.
Respeitemos a vida, que a vida nos devolverá em forma de gratidão pelo amor dispensado àquilo que o Senhor tocou com a Sua mão de luz.


Livro Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz

30.8.16

Provação - III

250 –Como se processa a provação coletiva?
-Na provação coletiva verifica-se a convocação dos Espíritos encarnados, participantes do mesmo débito, com referência ao passado delituoso e obscuro.
O mecanismo da justiça, na lei das compensações, funciona então espontaneamente, através dos prepostos do Cristo, que convocam os comparsas na dívida do pretérito para os resgates em comum, razão por que, muitas vezes, intitulais, “doloroso acaso”, as circunstâncias que reúnem as criaturas mais díspares no mesmo acidente, que lhes ocasiona a morte do corpo físico ou as mais variadas mutilações, no quadro dos seus compromissos individuais.
251 –A incredulidade é uma provocação?
-O ateísmo ou incredulidade absoluta não existe, a não ser no jogo de palavras dos cérebros desesperados, nas teorias do mundo, porque, no íntimo, todos os Espíritos se identificam com a idéia de Deus e da sobrevivência do ser, que lhes é inata. Essa idéia superior pairará acima de todos os negativismos e sairá vitoriosa de todos os decretos de força que se organizam nos Estados terrenos, porque constitui a luz da vida e a mais preciosa esperança das almas.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz

29.8.16

CHICO COMPLEMENTA KARDEC?!

Temos repetido, à saciedade, que a Obra Mediúnica de Chico Xavier complementa a Obra de Allan Kardec, todavia, carecemos de melhor refletir sobre o significado do verbo complementar.
Alguns dicionaristas atribuem ao termo complementar o significado de “completar”, “concluir”, e, neste sentido, cremos que, em se tratando de Doutrina Espírita, ele não esteja bem posto, quando, com ele, se pretende dizer que Chico completa Kardec, porque, em verdade, a Obra Xavieriana, se é o legítimo desdobrar da Codificação, não a conclui.
Sendo o Espiritismo, como escreveu o Codificador, “a ciência do infinito” (“Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita”, em “O Livro dos Espíritos”, item XIII), ele nunca poderá ser complementado, ou completado.
A extraordinária Obra Mediúnica devido à lavra de Chico Xavier representa, pois, com mais propriedade, um acréscimo ao conteúdo do Pentateuco, que, em seus Postulados, há de sempre ampliar-se.
Efetuamos semelhante reflexão porquanto, igualmente, não podemos, em termos de Revelação, considerar qualquer obra espírita, de autor encarnado ou não, como sendo definitiva.
Em louvor à Verdade, carecemos dizer que nós, os desencarnados, apenas nos situamos no “andar de cima” do edifício habitado pelas criaturas humanas em suas diversas condições evolutivas, sendo que o fato de sermos inquilinos do “andar de cima” não nos habilita a tudo saber, por vezes, nem do próprio pavimento em que nos encontramos alojados.
Se, em relação aos encarnados, alguma visão mais ampla nós possuímos da paisagem que quase nos é comum, ela ainda se nos mostra extremamente limitada, num permanente convite à exploração de seus vastos horizontes.
Assim, precisamos dizer que, embora esteja em a Natureza, conforme os Espíritos Superiores disseram a Kardec, e, portanto, seja tão antigo quanto à própria Criação Divina, o Espiritismo, em termos de Conhecimento possui característica dinâmica, progressista, que se remete ao Futuro. Aliás, quando se refere ao Advento do Consolador, que é o Espiritismo, Jesus utiliza o verbo “conhecer” no Pretérito mais-que-perfeito: “Conhecereis a Verdade...”, ou seja: vós conhecereis...
Ele, o Cristo, nos disse que conheceríamos a Verdade, sendo que, com certeza, estava se referindo à Verdade relativa, e não Absoluta, que somente a Deus pode pertencer. Não obstante, pelo que se depreende mesmo o conhecimento relativo da Verdade seria capaz, qual o é, de promover a nossa libertação da ignorância.
Conhecimento algum, em qualquer campo do Saber, deve ser considerado definitivo.
Em termos de Conhecimento Espírita, a Obra Mediúnica que os Espíritos escreveram através de Chico Xavier, representa um “passo adiante”, definindo, em seus contornos doutrinários, o Espiritismo como sendo a Restauração do Cristianismo. Contudo, a jornada evolutiva a ser empreendida pelo espírito é extremamente longa e laboriosa, e perante o vertiginoso avanço da Ciência, o campo do Conhecimento Espírita, a partir de Allan Kardec e Chico Xavier, permanece aberto aos estudiosos.
O Pentateuco não se complementa com a Obra Xavieriana, ou Emmanuelina, mas, sem dúvida que se atualiza e se enriquece com ela, de vez que, a ficarmos apenas e tão somente com o Pentateuco, adotaríamos a mesma postura dos religiosos ortodoxos, em seu fanatismo, ou mesmo dos cientistas não adeptos da tese evolucionista de Darwin, ou de quem se queira atribuí-la que não ao célebre autor de “A Origem das Espécies”.
Sinceramente, repugna-me ao espírito o enfatizar-se ser o Espiritismo uma doutrina pronta e acabada e que nós, os espíritas, no corpo ou fora do corpo, sejamos criaturas, que já tudo saibamos a respeito da Vida além da morte, da qual, praticamente, ainda somos quase todos analfabetos.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 29 de agosto de 2016.

27.8.16

SONETO À ÁRVORE

(Às vésperas da Primavera)

Abençoada sejas rente à estrada,
Oferecendo abrigo ao viandante
Sob a copa florida e perfumada,
De teu ninho de paz aconchegante.

Nos braços entendidos em ramada,
Acolhes a quem passa a todo instante,
Ante o sol que esfogueia na jornada
Empreendida em provação constante.

Sê bendita na gleba que perscruto,
Sempre a transfigurar-te em sombra e fruto,
A quem procura refrigério e pão...

Diante de ti, no altar da Natureza,
Saúdo em tua singular beleza,
O imenso Amor de Deus na Criação!...

Eurícledes Formiga

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 20 de agosto de 2016, em Uberaba – MG).

26.8.16

Volta às escrituras – Livro de Jó

- Luiz, tudo te faz feliz, não é?
- Sim. Procuro nas pequenas coisas as grandes e eternas alegrias. Aqui, junto às pedras, recordei-me que um dia Deus me ofertou a vida e eu, rolando, transformei-me em flor; e o sol, resplandescente, beijou-me com tanta intensidade, que desfolhei; tocando o solo, me vi verme e daí ganhei o reino animal. Acariciado por Maria de Nazaré, tornei-me criança/homem e me iniciei no jardim, não do Édem, mas na infância da humanidade. Reparo que já perdi muitos anos, mas Deus sempre me oferta o perdão e vejo claramente com que carinho Ele me tem presenteado com grandes mestres, sendo o maior deles Jesus Cristo, nosso Irmão Maior.


Trecho do livro: Chama Eterna – Irene P. Machado – Luiz Sérgio.

25.8.16

PROVAÇÃO

248 –Como se verifica a queda do Espírito?
-Conquistada a consciência e os valores racionais, todos os Espíritos são investidos de uma responsabilidade, dentro das suas possibilidades de ação; porém, são raros os que praticam seus legítimos deveres morais, aumentando os seus direitos divinos no patrimônio universal.
Colocada por Deus no caminho da vida, como discípulo que termina os estudos básicos, a alma nem sempre sabe agir em correlação com os bens recebidos do Criador, caindo pelo orgulho e pela vaidade, pela ambição ou pelo egoísmo, quebrando a harmonia divina pela primeira vez e penetrando em experiências penosas, a fim de restabelecer o equilíbrio de sua existência.
249 –A queda do Espírito somente se verifica na Terra?
-A Terra é um plano de vida e de evolução como outro qualquer, e, nas esferas mais variadas, a alma pode cair, em sua rota evolutiva, porquanto precisamos compreender que a sede de todos os sentimentos bons ou maus, superiores ou indignos, reside no âmago do espírito imperecível e não na carne que se apodrecerá com o tempo.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz

24.8.16

PREFERÊNCIA

Questão 359 do Livro dos Espíritos

Quando a criança em gestação põe em perigo a vida da mãe, é preferível que se sacrifique a vida do nascituro, mesmo que o coração dos pais entre em estado de depressão. A mãe quase sempre tem mais filhos, que estão sob sua tutela e que precisam da sua assistência com exemplos de crescimento e de confiança.
Certamente que existem inúmeros filhos órfãos que não o são da bondade de Deus, que sobrevivem e, em muitos casos, atingem certa projeção em variadas atividades. No entanto, não seja por isso que vamos sacrificar a mãe para que nasça uma criança já órfã. “O livro dos Espíritos” nos recomenda, quando os Espíritos respondem a pergunta do codificador, de modo claro e sem retoques: — “Preferível é que se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe.”
Não é taxativa a resposta; atentemos para a palavra “preferível”. Essa resposta nos mostra muitos ângulos da atividade humana, e mesmo espiritual. É preferível um mal menor quando não se pode livrar dos dois, mas, a Doutrina dos Espíritos nos ajuda na auto-educação, de modo a nos livrarmos de todo mal, procurando, por todos os meios, desconhecer os caminhos que possam nos levar à desarmonia da vida. E para tanto, devemos ser conscientes de todas as leis de Deus que nos cercam e assistem.
Um dos modos pelo qual dá para percebermos alguns vínculos de lei conosco é a meditação, que não deve faltar na nossa vida. Conhecemos seres altamente iluminados que ainda se entregam a meditação todos os dias. Com esse ato divino, flui para o seu coração, sede dos sentimentos, a claridade da certeza do que deve ser feito. É o “buscai e achareis”; é o “batei a abrir-se-vos-á” de Jesus. Nada conquistamos sem o nosso esforço próprio, como parte de nós, para a paz de consciência.
Irmão em Jesus, quando não puderes manter a paz plena em teu lar, é preferível a discussão equilibrada do que desfazer o ninho familiar. Entretanto, esforça-se todos os dias para harmonizar a casa.
Quando o casal não consegue viver junto, havendo o risco de uma tragédia na seio sagrado da família, é melhor apartar-se, porém, nunca deixes de te esforçar para manter a paz no lar.
A preferência, no nosso modo de entender, ocupa muitos lugares, como os que mencionamos, mas, não guardemos no coração as preferências, deixando que elas condicionem a nossa vida. Preferível mesmo é viver no amor, aquele onde a fraternidade cria o céu interior onde Deus e Cristo possam habitar, e a consciência nada tenha a dizer ao contrário.
Façamos tudo para não alimentarmos na nossa vida as idéias de acaulosia* porque é um crime querer desfazer o que Deus fez com amor. A vida pertence ao Senhor, e Ele colocou Jesus como vigilante daquilo que é o mais sagrado de todos os dons: a vida. Quem anda com o Cristo no coração não sacrifica vidas porque desaparece o preferível.
 Nota: acaulosia: aborto (do talo ou tronco da planta).

Livro Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz

23.8.16

ESTRANHO, NÃO?!

Vocês já reparam?!...
De nossos considerados companheiros de ideal espírita-cristão, creio, que, sinceramente, sem nenhuma exceção:
Os que mais estimam polemizar...
Os mais teóricos e que se julgam mais sabedores de Espiritismo...
Os que ocupam cargos de uma suposta liderança dentro do Movimento...
Os que, consciente ou inconscientemente, incentivam o elitismo...
Os mais ortodoxos...
Os que mais falam em “pureza doutrinária”...
Os que controlam as páginas da imprensa espírita e se consideram “donos” de jornais e revistas...
Os menos vinculados às obras assistenciais...
Os que menos se preocupam com a necessidade de reforma íntima...
Os que mais disputam no campo da mediunidade...
Os que mais bajulam...
Os que mais fazem política de bastidores...
Os que mais difamam os confrades...
Os que exigências fazem até mesmo para a realização de uma simples conferência...
Os que não querem falar em Centros Espíritas pequenos...
Os que se preocupam com currículo, inclusive com viagens realizadas ao Exterior...
Os que trocam uma amizade de longos anos pelo poder...
Os que menos se candidatam a serem médiuns passistas...
Os que menos visitas fazem aos doentes acamados...
Os que menos cultivam o hábito da oração...
Os que não sujam o carro de poeira na periferia...
Os que combatem a distribuição de sopa nos Centros...
Os que afirmam que Caridade é assistencialismo...
Os que são mais invejosos do esforço alheio...
Os que, com facilidade, rotulam aos outros de obsidiados...
Os que acusam os médiuns de mistificadores...
Os médiuns, em geral, que adoram aplausos e elogios...
Os que dirigem os Centros com autoritarismo...
Os que são pouco fraternos e solidários...
Os que apenas querem “receber” Mentores, e, consequentemente, nada querem com os espíritos sofredores...
Os excessivamente preocupados com dinheiro...
Os que não sabem se apresentar na tribuna com simplicidade...
Os que, ainda que veladamente, fazem insinuações maledicentes sobre o esforço alheio...
Os que não saem da Internet para difundir calúnias...
Enfim, os que, de maneira sistemática, criticam a tese de que Chico Xavier tenha sido a reencarnação de Allan Kardec, não hesitando, para tanto, em atacar o moral de seus irmãos de fé espírita...
Vocês já reparam?!...
Estranho, não?!...
Prestem atenção: todos esses não são dos mais empenhados seguidores das LIÇÕES DE VIDA DO MÉDIUM CHICO XAVIER?...
São os que menos falam em suas Obras psicografadas...
São os que menos o citam em palestras...
São os que quase nunca procuraram estar, pessoalmente, com ele...
São eles também que, inclusive, menos falam em Jesus Cristo!...
Vocês já reparam?!...
Estranho, não?!...
Muito estranho!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 22 de agosto de 2016.

22.8.16

Espírito Público

O fogo das paixões nos traz, muitas vezes, a caminhos enviesados. Caminhos tortos, sem algo a nos dar de positivo e belo. Mesmo assim haveremos de aprender algo e, mais tarde, nos será útil para alguma coisa.
Na política, como em tudo na vida, fazemos escolhas. O caminho democrático é feito dessa maneira, por intermédio das escolhas. Se as escolhas foram bem-sucedidas ou não somente o tempo irá nos responder.
O fato é que apostamos em alguém ou em alguma proposta. Parece que aquilo nos acomoda bem na alma. É o que pensamos ou, ao menos, é que possui uma lógica. Quando não é o próprio candidato que nos impressiona os sentidos e o intelecto.
Uma campanha política é sempre assim. Acendem-se os faróis da esperança do povo. Ele quer mudanças, se as coisas não vão bem. Ele quer continuidade, se o governante faz o que promete. Ele quer, na verdade, é uma boa vida, nada mais.
Na hora do voto, a razão, muitas vezes, some e, no seu lugar, acorda a paixão e a esperança. É de a índole do ser humano querer o melhor para si e para os seus. É de sua têmpera querer acreditar que tudo pode mudar para melhor.
Ocorrem, porém, duas possibilidades muito claras depois do voto e em sendo eleito seu candidato em qualquer nível. Ou ele cumpre com seus compromissos e o eleitor se sente feliz pela coerência do candidato e pela aposta correta; ou o eleito se distrai e faz tudo ao contrário que prometeu ou simplesmente nada faz. Uma ou outra a possibilidade de destino do seu voto.
No meu tempo, como hoje, acontece um mal terrível nas democracias que ainda beiram a infância da política. Passada a eleição, o candidato se elege e o eleitor simplesmente ignora aquele que depositou seu voto de confiança. Aliás, abandona a prática política. Acredita que as coisas se resolverão por si mesmas e que basta eleger alguém competente para que o discurso saia do papel e ganhe as ruas. Não é bem assim na prática.
A democracia verdadeira é vivida todos os dias. Todos os dias devemos exercer o nosso direito de cidadão e, portanto, responsável pelo seu destino.
Figuras antigas da política renascem hoje com um compromisso maior: aumentar o grau de educação política do povo.
Eles fizeram de um tudo para se locupletarem com o voto alheio sem sequer prestar qualquer benefício para quem o elegeu. Batem hoje à porta da imortalidade para consertar seus erros do passado.
Ora, se os políticos erram é porque, em grande parte, são estimulados para isso pela claque que vira as costas para ele. Não justifica o mal feito, mas se não houver a devida cobrança, o próprio sistema carcomido pelo desprezo à vontade popular faz por onde o candidato, esquecer seu eleitorado.
Na próxima eleição municipal, aquela de base local, pense estrategicamente no seu voto. É do pequeno lugarejo, onde maioria se conhece, que se tece, pouco a pouco, a macro política. Portanto, fazer uma boa escolha, já que o candidato está perto de você, é um bom começo para se libertar das armadilhas da acomodação e do descaso com a própria democracia.
Seu voto continua sendo a melhor arma de mudança, principalmente se você se dedicar com mais afinco e responsabilidade com o que é público. No final, o que deve prevalecer na sua escolha - e em você mesmo - é o grau de espírito público que moverá mentes e corações a construírem uma cidade melhor e, com isso, colaborar com a melhoria do estado, país e do planeta.
Um abraço,

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

Pódio da Vida

O espírito olímpico está no ar. Que maravilha ver o mundo inteiro grudado à televisão para acompanhar a disputa de jogos entre irmãos. Não com o caráter de sobrepor uns aos outros, porque este não é o espírito olímpico, mas para confraternizar-se e celebrar a paz mundial por intermédio dos esportes.
Quanto fico alegre ao passear pelas ruas do meu Rio de Janeiro e ver a explosão da alegria no rosto da minha gente. É uma festa bonita, uma festa de irmãos sem fronteiras. Delegações e mais delegações se juntam num mesmo lugar e se acreditam ser um só povo, uma só gente. E realmente são. É este o brilho de uma Olimpíada.
Não podemos nos esquecer, é claro, dos deuses do Olimpo em forma de atletas, de magníficos atletas.
Tem aquele que corre como uma flecha. E o povo maravilhado entra nas pistas com ele.
Que falar do deus das águas, aquele americano que parece ter nascido nas águas tamanha a sua intimidade e fluidez dentro dela.
E aquela bela menina de olhos puxados e sorriso largo. Bailava no ar como se não houvesse mais a lei da gravidade. Que espetáculo para os nossos olhos vê-la saltar.
Como ela, tantos e tantos outros atletas espetaculares. Cada um com a sua própria história de superação e coragem.
Brilhantes!
Nós brasileiros, naturalmente, torcemos pelos nossos heróis, mas sabíamos que ali, no palco da disputa, talentos não faltavam para competir conosco, pois todos, sem exceção, desejam o mesmo objetivo: vencer, ganhar a tão sonhada medalha de ouro.
Ouro, prata ou bronze representam a consequência natural do embate daquele momento, porque, na verdade, todos que estavam competindo já eram heróis por natureza.
Parabenizo a todos pelo grande esforço de produzir esta belíssima festa e mais ainda aos atletas para inspirarem novos atletas a terem um sonho na vida e, com disciplina e muito esforço, tentarem chegar lá.
O mais importante, meus queridos irmãos, é estar bem alto no pódio da vida. E isto acontece da mesma maneira, com coragem e superação. É o esporte imitando a vida e a vida imitando o esporte.
Que os deuses abençoem a todos nesta festa do esporte, mas sobretudo, nesta festa mundial da paz e da boa vontade.
Abraços,

Helder Camara – Blog Novas Utopias

21.8.16

Medicamento

    O medicamento resolve o problema da saúde por algum tempo, todavia a salutar terapêutica da prece e da irrestrita confiança em Deus preservará o equilíbrio da mente e da alma, do corpo, portanto, para sempre, mesmo nas circunstâncias mais adversas.


Joanna de Ângelis

20.8.16

MENSAGEIRO DO BEM

Mensageiro do Bem, não que descansa,
Se o mar da própria vida se encapela,
Singra as águas da indômita procela,
À procura do Porto da Bonança.

Alteia a luz da fé por sentinela
Na escura tempestade que te alcança,
Que o Excelso Timoneiro da Esperança
Ao leme de teu barco se desvela.

Não te amedronte o estrondo da tormenta,
Na estranha força que se movimenta,
A fim de soçobrar-te, ante o perigo...

Um dia, além da rota que te espera,
Lá onde é sempre Eterna Primavera,
Descansarás em remansoso abrigo!...

Eurícledes Formiga _ Blog Espiritismo em Prosa e Verso

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do “Grupo Espírita da Prece”, na noite de 18 de março de 1989, em Uberaba – MG).

19.8.16

MÉDIUNS E MEDIUNIDADE

NA AÇÃO DA CARIDADE A MEDIUNIDADE SE AGIGANTA

          Também não tem a mediunidade a função de descobrir tesouros ocultos, heranças, pessoas desaparecidas.
          Afirmou Kardec com estas palavras: A função da mediunidade é promover o progresso da humanidade. Mas não é porque ele o disse, é porque os Espíritos superiores assim elucidaram. A mediunidade tem uma função muito mais nobre do que encontrar a pedra de brilhante que se perdeu e a gente quer achá-la.
          Pode ocorrer que Espíritos ociosos e brincalhões digam, mas será sempre através de um fenômeno frívolo e fútil de uma mediunidade que está em mãos boas e más, correndo o perigo de permanecer nas negativas.
          Dessa forma, cabe ao médium aplicar-se à consciência da finalidade da tarefa, dedicando-se à lei mais alta da criação, que é a Lei do Amor personificada na Caridade.
          Toda moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes, contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinos, Ele aponta essas virtudes, como sendo as que conduzem à eterna felicidade. (Fonte para estudo: O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XV)
          A sua ação de caridade é efeito natural de sua moralização. Só as pessoas moralizadas praticam a caridade. As pessoas não moralizadas têm crises de filantropia, têm explosões de generosidade, têm momentos de altruísmo, mas não têm a ação da caridade, pois que essa exige abnegação, renúncia, devotamento, compaixão, sentimento solidário, mas só quem tem controle moral sobre imperfeições é que pode reunir essas qualidades morais. Daí a moralização precede à ação da caridade, fazendo com que os Espíritos bons passem a amar aquele instrumento que é dúctil e maleável às boas tendências.
          O médium que se dedica ao exercício da caridade, realiza mister relevante. Não é necessário salvar o mundo, basta salvar-se a si mesmo e salvar a pessoa mais próxima que está perto dele, uma pessoa que está dentro de casa, porque há pessoas que querem salvar a humanidade inteira e são verdadeiros tiranos dentro do lar, odiando a todos.
          Não exercem o primeiro dever, pois o próximo, é o ser que está mais perto de nós, dali partindo para a Humanidade.
          Quem não ama aos seus, aos outros jamais amará. Terá paixões, terá entusiasmo e decepções. Depois a frase é de Jesus: "Quem não ama a quem vê, como poderá amar a quem não vê? Se não vos amais a vós mesmos que vos vedes, como amareis a vosso Pai a quem não vedes." Pode haver maior força de lógica? (Fonte para estudo: O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap XI)
          Daí, é necessário que o exercício da caridade paute a nossa vida, não só dos médiuns, mas de todas as criaturas, e do médium em particular, por ser ele alguém aquinhoado com recursos que a outrem falte.
           Todas as pessoas são médiuns, alguns com mais amplas possibilidades, como todo mundo normal tem inteligência, mas há uns que têm uma memória excelente. Há em quase todos nós a presença da mediunidade e em alguns, características mais acentuadas. Equivale dizer que se todos nós exercitarmos a mediunidade, aumentá-la-emos no seu grau de percepção.
          Há pessoas que não têm capacidade para escrever, mas fazendo exercícios, terminam, por automatismo, escrevendo. Há pessoas que não têm capacidade para cantar, educando a voz conseguem alguma harmonia. Assim também é a mediunidade; exercitando, a pessoa logra realizar o mister para o qual a mediunidade está presente.
          Mas na ação da caridade a mediunidade se agiganta. É lamentável ver que médiuns que começam com grande entusiasmo, emulados pelo ego, depois se desencantam até no exercício do passe. Isso não é bom. Apesar de suas dificuldades momentâneas ou pequenos distúrbios, não devem abandonar a tarefa. Devem esforçar-se para manterem-se em condições de aplicar o passe, pois quem é veículo do perfume, terminada a ação, fica perfumado.
          Há um modo muito cômodo entre os espíritas: pedirem para que nós oremos por eles. Jesus recomendou que o fizéssemos, mas desde que ele ore por si. "Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará." (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap XXV)
          A oração é um estado de comunhão com Deus e o médium acaba por viver esse estado de comunhão com Deus, através dos bons pensamentos, que são a melhor técnica de oração. Mas, como a oração é a arte de se abrir a Deus, a ação é o efeito da prece. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.
XXVII)


FONTE: Site Consciência Espírita por Divaldo Franco

18.8.16

TRANSGRESSÃO DA LEI

Questão 358 do Livro dos Espíritos

A amblose constitui um crime, por subtrair-se da lei de Deus. É querer desarranjar a ordem do universo, intenção pela qual a criatura responderá por suas conseqüências funestas.
O apelo que a espiritualidade faz aos homens é que reconsiderem sobre esse fato, que analisem antes de praticarem esse nefando ato de falta de amor, lembrando-se da vida que somente pertence ao Criador. Pretendemos que o aborto caia no esquecimento de todos os povos, e que, num futuro não muito longe, ele saia das cogitações humanas.
Uma mãe que aborta o filho por motivos banais, por não querer filhos, não pode ser chamada de mãe, um nome sinônimo de amor; e quem pratica esse crime não tem amor no coração. Estamos em um fim de ciclo de duras provas, onde somos testados por várias modalidades de provas, e sendo a humanidade influenciada por falanges e mais falanges de Espíritos inconscientes, que receberam a misericórdia de Deus para descer à Terra, aproveitando nela oportunidades maiores de aprendizado. Mas eles carregam no coração paixões que transbordam dos seus mal-educados sentimentos, extravasam o sexo de todas as maneiras, procurando nele a felicidade que ele não traz, e daí surgem as tempestades da consciência.
Seja a mãe, ou outra qualquer pessoa, que servir de instrumento para abortar uma criança, pratica um crime e, pior, essa premeditação vem da maldade, da inconsciência das leis. Nasce do egoísmo, principalmente da época que atravessamos. São pessoas mentindo a si mesmas, é o fantasma do desculpismo que pretende enganar a consciência, sob a alegação de que os tempos atuais não comportam mais do que um filho ou dois ou, às vezes, nenhum. Vida cara, escola difícil, falta de condições de moradia, não se encontra empregada, mulher e marido precisam trabalhar fora, e daí por diante. São as desculpas mais comuns.
E quando chegar a vez desses companheiros reencarnarem, quando essa necessidade levá-los a chorar, esperando por um novo nascimento? O que sentirão eles se, por sua vez, forem banidos do ventre materno? Que eles pensem e tornem a pensar, que meditem e tornem a meditar no porvir, que a sua consciência em Cristo lhes responderá em meio aos seus pensamentos.
Encontramos muitos que, no fundo, reconhecem a verdade da reencarnação mas negam essa lei para entrarem na desordem do crime do aborto, sabendo e fingindo não saber que responderão pelo que fizerem na vida e da vida. O pior engano é pretender enganar Deus.
O aborto é um crime de maior monta, é matar quem não tem meios de defender a própria vida, em um corpo que se encontra formação. O pior é que são muitos os inimigos que o assassino granjeia no mundo espiritual, no ato de abortar uma criança em gestação.
Existem, igualmente, muitos tipos de aborto em outras faixas da vida. Nós podemos abortar ideais alheios, ideais que podem vir a fazer muito bem a humanidade e que, com a nossa freqüente e insistente indiferença, praticamos um aborto, matando idéias antes de nascerem.
Ajudemos a vida! Alimentemos bons pensamentos no auto-aperfeiçoamento, ajudando os outros a fortificarem as suas idéias de caridade e amor. É nisto que consiste em amar Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Não devemos, também, abortar os nossos sentimentos do bem porque ouvimos falar das pessoas que fracassaram com os ideais de fraternidade. Se necessário, sem que o procuremos, entreguemos a vida, para que o amor se espalhe por toda a parte, fazendo morada em todos os corações.
Livro Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz

17.8.16

PROVAÇÃO

246 –Qual a diferença entre provação e expiação?
-A provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual. A expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime.
247 –A lei da prova e da expiação é inflexível?
-Os tribunais da justiça humana, apesar de imperfeitos, por vezes não comutam as penas e não beneficiam os delinqüentes com o “sursis”?
A inflexibilidade e a dureza não existem para a misericórdia divina, que, conforme a conduta do Espírito encarnado, pode dispensar na lei, em benefício do homem quando a sua existência já demonstre certas expressões do amor que cobre a multidão dos pecados.
Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz

16.8.16

“CARNE TERRESTRE”

(A propósito da Reencarnação no Mundo Espiritual)

O livro “Nosso Lar”, de André Luiz, psicografado, em 1943, por Chico Xavier, é, deveras, surpreendente. Cada vez que temos oportunidade de lê-lo com atenção, as suas páginas nos descortinam novas revelações sobre a vida no Mundo Espiritual, com informações sobre as quais, numa leitura ligeira, havíamos passado por cima, sem atentarmos para a sua importância e transcendência.
É o caso, por exemplo, do que se encontra inserido no capítulo 7 – “Explicações de Lísias” –, numa simples conversa de André Luiz com o filho de Laura, que haverá de hospedá-lo em sua residência na referida cidade espiritual.
No 7º parágrafo, Lísias, em seu diálogo esclarecedor, considera: “A morte do corpo não conduz o homem a situações miraculosas (...). Todo processo evolutivo implica gradação. Há regiões múltiplas para os desencarnados, como existem planos inúmeros e surpreendentes para as criaturas envolvidas de carne terrestre.”
A referência à “carne terrestre” nos leva, naturalmente, a refletir acerca da existência de uma carne que não é terrestre, mas, sim, de natureza espiritual!
Aliás, toda palavra do vocabulário humano não passa de nomenclatura, que, segundo os Espíritos, é muito limitada para que seja utilizada em assuntos do Mundo, ou Planeta, Espiritual para a Terra.
Segundo os estudiosos, a “dedução consiste em se chegar a uma verdade particular e/ou específica a partir de outra mais geral ou abrangente.” Portanto, em Lógica, aprende-se também raciocinando por “dedução”. Aliando Fé e Razão, o Espiritismo é Lógica pura!...
Quando Lísias, no diálogo com André Luiz, refere-se à “carne terrestre”, ele, naturalmente, nos enseja a raciocinar por dedução, sendo-nos, portanto, lícito admitir a existência de carne não terrestre...
Logo, de acordo com o pensamento de Aristóteles, que é considerado o “pai” da Lógica, o corpo espiritual, ou perispírito, igualmente, é feito de carne!
Continuando a raciocinar, sendo o perispírito, ou corpo espiritual, constituído de carne – uma simples nomenclatura –, o termo “reencarnação”, empregado para o espírito que renasce em diferentes Mundos Espirituais, não é fora de propósito.
Aliás, o que é carne?! Você já se fez semelhante pergunta?! Ao comer, por exemplo, um pedaço de carne o que você está comendo?! Nada mais e nada menos, imaginando comer carne, você está “comendo” água, proteína, gordura, minerais e carboidratos. E “comendo” proteína você está “comendo aminoácidos”, ou seja, moléculas atômicas de Carbono, Oxigênio, Hidrogênio e Oxigênio. Então, aquela picanha assada que você adora degustar não é mais do que um composto químico quartenário, que, às vezes, pode conter até Enxofre.
Então, é isso aí. Os ferrenhos contestadores da Reencarnação do Mundo Espiritual, além de não estarem bem informados a respeito de Espiritismo – não leram sequer “Nosso Lar”, ou se leram, não conseguiram lhe penetrar a essência – me parecem não saber nada de Química.
Paciência, fazer o quê?! De minha parte, também confesso que muito pouco sei da ciência do irlandês Roberto Boyle – eu mal conheço a fórmula química da água!...
Negar-se, pois, a tese da Reencarnação no Mundo Espiritual, por não se admitir que os átomos possam, igualmente, sobreviver ao fenômeno da “morte”, voltando a se unirem no Mais Além, para constituírem uma espécie de carne celeste, é não conseguir raciocinar por “dedução” e nem por “indução”.
Aliás, noutro capítulo de “Nosso Lar”, o de número 9 – “Problema de Alimentação”, André Luiz chega, inclusive, a se referir à grave questão de tráfico de alimentos na cidade espiritual, envolvendo, principalmente, alimentos proteicos.
Se para bom entendedor, uma palavra basta, e para péssimo entendedor toda palavra é inútil, vamos parando por aqui, esperando que os que menos tiverem a cabeça feita (nada tem a ver com o significado de “cabeça feita” na Umbanda ou no Candomblé) na teimosia e na “política” doutrinária, ponham-se a pensar, porque, afinal, as únicas cabeças que não foram feitas para pensar são as do alfinete, do parafuso e do prego.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 15 de agosto de 2016.

15.8.16

Progresso Espiritual

O que pensar da vida senão a grande oportunidade do progresso humano.
Progresso em todos os flancos. Progresso no viver em paz. Progresso em lidar com os problemas de maneira serena. Progresso em identificar e trabalhar as suas mazelas morais com aceitação e persistência. Progresso em saber que o melhor da própria vida ainda está por vir.
Tudo isso tem sido muito proveitoso para mim nestas instâncias. Meu progresso material foi relativo. Pouco, até. Necessário que se faça uma análise maior do que é a vida para podermos render graças de vitória. Claro que fiz muitas coisas interessantes e marcantes. O trabalho incessante pela justiça social, a causa que abracei da abolição da escravatura negra no Brasil, o meu apelo permanente pela inclusão social dos pobres, além, naturalmente, das questões pessoais.
O que destaco é que quando estamos fora da carne é que temos uma visão mais superlativa da vida. Esta visão ampliada nos permite avaliar e chegar a conclusão de que poderíamos fazer bem mais e não fizemos.
Como alunos relapsos que não fazem o devido dever de casa, fui imergido na carne com alguns propósitos muito claros. Uns, absorvi e cumpri. Outros, negligenciei e fali. “É assim mesmo”, me disseram, “é difícil tirar um dez por aqui”.
Tudo bem que não desejava ser um aluno líder de classe, mas a minha nota, aquela que atribui pela minha consciência, foi muito baixa. Daria, certamente, repetência de ano.
- Nabuco, você não estaria sendo demasiadamente rigoroso com você? Você é um exemplo para muita gente por aqui. Adorado por muitos no mundo físico.
Meus amigos, a consciência quando desperta é implacável. Tive às mãos muitas oportunidades que representavam “ouro” no meu viver, coisas simples de desconhecimento geral, e que não soube aproveitar. Passei em alguns testes, mas fui reprovado em questões simples. Dá para entender?
Para a minha grande surpresa, percebo, do lado de cá da vida, que a maioria das gentes, igualmente a mim, é relapsa do mesmo jeito. Pior até, na média geral.
Esta constatação é preocupante no mundo dos espíritos. Por que as pessoas se comprometem a tanto antes de vir a carne e simplesmente abandonam estas metas quando são postas à prova?
O esquecimento das metas, diriam uns. É verdade que do ponto de vista da consciência plena se esqueça do fundamental, mas lá dentro, no campo sagrado da intuição, está tudo lá, perenemente, esperando por você para agir. Então, isto não é desculpa. É ausência de comprometimento consigo mesmo.
O outro motivo é o embalo dos dias que nos tira de foco. Outro argumento importante e válido, porém, não fazemos outras coisas do mesmo jeito? Não priorizamos outras ações em lugar daquelas prometidas? É ausência de vigilância interior.
Há outros que podem dizer que nossa evolução espiritual deixa tudo muito a desejar. É uma bela explicação para justificar a nossa ausência de priorização conosco.
Justificativas há tantas outras. Discernimento do nosso próprio bem, eis nosso desafio, eis a grande questão.
Minha vida futura, planejo, será de muitos percalços. Uma vida difícil, do ponto de vista material, mas extremamente prazerosa no campo do amor e da devoção aos outros. Então, que venham os desafios e que, com a ajuda de Deus e de nossos amigos espirituais, possamos avançar cada vez mais no campo da luz.
Que Deus nos abençoe!

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

Progresso Espiritual

O que pensar da vida senão a grande oportunidade do progresso humano.
Progresso em todos os flancos. Progresso no viver em paz. Progresso em lidar com os problemas de maneira serena. Progresso em identificar e trabalhar as suas mazelas morais com aceitação e persistência. Progresso em saber que o melhor da própria vida ainda está por vir.
Tudo isso tem sido muito proveitoso para mim nestas instâncias. Meu progresso material foi relativo. Pouco, até. Necessário que se faça uma análise maior do que é a vida para podermos render graças de vitória. Claro que fiz muitas coisas interessantes e marcantes. O trabalho incessante pela justiça social, a causa que abracei da abolição da escravatura negra no Brasil, o meu apelo permanente pela inclusão social dos pobres, além, naturalmente, das questões pessoais.
O que destaco é que quando estamos fora da carne é que temos uma visão mais superlativa da vida. Esta visão ampliada nos permite avaliar e chegar a conclusão de que poderíamos fazer bem mais e não fizemos.
Como alunos relapsos que não fazem o devido dever de casa, fui imergido na carne com alguns propósitos muito claros. Uns, absorvi e cumpri. Outros, negligenciei e fali. “É assim mesmo”, me disseram, “é difícil tirar um dez por aqui”.
Tudo bem que não desejava ser um aluno líder de classe, mas a minha nota, aquela que atribui pela minha consciência, foi muito baixa. Daria, certamente, repetência de ano.
- Nabuco, você não estaria sendo demasiadamente rigoroso com você? Você é um exemplo para muita gente por aqui. Adorado por muitos no mundo físico.
Meus amigos, a consciência quando desperta é implacável. Tive às mãos muitas oportunidades que representavam “ouro” no meu viver, coisas simples de desconhecimento geral, e que não soube aproveitar. Passei em alguns testes, mas fui reprovado em questões simples. Dá para entender?
Para a minha grande surpresa, percebo, do lado de cá da vida, que a maioria das gentes, igualmente a mim, é relapsa do mesmo jeito. Pior até, na média geral.
Esta constatação é preocupante no mundo dos espíritos. Por que as pessoas se comprometem a tanto antes de vir a carne e simplesmente abandonam estas metas quando são postas à prova?
O esquecimento das metas, diriam uns. É verdade que do ponto de vista da consciência plena se esqueça do fundamental, mas lá dentro, no campo sagrado da intuição, está tudo lá, perenemente, esperando por você para agir. Então, isto não é desculpa. É ausência de comprometimento consigo mesmo.
O outro motivo é o embalo dos dias que nos tira de foco. Outro argumento importante e válido, porém, não fazemos outras coisas do mesmo jeito? Não priorizamos outras ações em lugar daquelas prometidas? É ausência de vigilância interior.
Há outros que podem dizer que nossa evolução espiritual deixa tudo muito a desejar. É uma bela explicação para justificar a nossa ausência de priorização conosco.
Justificativas há tantas outras. Discernimento do nosso próprio bem, eis nosso desafio, eis a grande questão.
Minha vida futura, planejo, será de muitos percalços. Uma vida difícil, do ponto de vista material, mas extremamente prazerosa no campo do amor e da devoção aos outros. Então, que venham os desafios e que, com a ajuda de Deus e de nossos amigos espirituais, possamos avançar cada vez mais no campo da luz.
Que Deus nos abençoe!

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

14.8.16

LUTA E LIBERTAÇÃO

    Estás empenhado numa grande luta.
    Conflito sem quartel a espraiar-se indomável.
    Avalanches aflitivas que surgem, soterrando esperanças.
    Batalhas encarniçadas que aparecem, dizimando coração.
    Ninguém está em paz total.
    Se por um lado as mentes se alçam às culminâncias da técnica, construindo os admiráveis instrumentos da pesquisa, construção e transporte, por outro lado, as diferenças morais e econômicas proporcionam as quedas desastrosas do sentimento.
    E apesar das facilidades modernas enxameiam misérias indescritíveis.
    Com tanta luz projetada nos caminhos da razão as trevas se demoram densas e ameaçadoras...
    Das tormentas, porém, advêm as alvíssaras da tranqüilidade.
    A luta é, indubitavelmente, uma imposição evolutiva.
    Mantém-se o corpo através do conflito celular.
    Voeja a borboleta com a dilaceração da lagarta.
    Sustenta-se a árvore com a decomposição dos tecidos que a adubam.
    Comprometido com a retaguarda espiritual, o homem de hoje como o de ontem, recupera os patrimônios da vida com que se comprometeu em arremetidas da loucura.
    Trazendo à atualidade o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Doutrina Espírita ensina mudança de rumo para o pensamento, e realização edificante para o sentimento.
    Objetivando a construção da felicidade no cerne das criaturas oferece a instrumentação do esclarecimento e dos fatos, convocando as forças atuantes de cada um para a batalha real da libertação total.
    Não somente luta externa pelo poder que não felicita.
    Nem luta interna sob o guante das seduções degeneradoras.
    Extinção do mal interno angustiante e vigoroso — eis o objetivo essencial.
    Libertação de todo gozo fácil e breve, para realização do gozo pleno e total.
    Repetindo a sentença do Mestre que "não veio destruir a Lei mas dar-lhe cumprimento" asseveram os Espíritos da Luz que o Espiritismo "não vem destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução".
    Resolve-te, pois, quanto antes e sem demora, ao empreendimento da auto-libertação e não te faltarão os recursos para a vitória imperiosa e inadiável sobre ti mesmo, nas grandes lutas do momento em que a espécie humana se encontra para a sublime ascensão.


Livro: Espírito e Vida - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis  

13.8.16

SAUDADE E AMOR

Saudade – imenso jardim
Onde crescem tantas flores,
Por entre urzes em fim,
Perfumando as nossas dores.
*
Saudade – suplício mudo
No lenho da provação,
Anjo com pés de veludo
Pisando no coração.
*
Se o amor é divina chama
No altar em que resplandece,
No coração de quem ama,
Saudade é sempre uma prece.
*
O amor socorre a vida
Pela bênção do trabalho,
É saudade convertida
Em pão, remédio e agasalho.
*
Sobre o mundo em desamor,
Quem raciocina deduz
Que a causa de tanta dor
É saudade de Jesus!...

Eurícledes Formiga

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na tarde de sábado do dia 19 de junho de 1993, em Uberaba – MG).

12.8.16

O ABORTO

Questão 357 do Livro dos Espíritos

Nesta mensagem vamos tratar de um crime contra a vida, que se expande na atualidade: o aborto. Verdadeiramente, o aborto não é uma existência nula porque, como já dissemos, tudo carrega consigo uma lição valiosa. A natureza é Deus, e Deus não perde tempo, que foi Ele mesmo quem fez.
Se o aborto foi provocado, as mãos que deram início a esse crime sofrerão as conseqüências do ato criminoso. Por outro lado, esse fato busca educar o que se destinou a nascer e a sofrer a provação de não nascer. É o escândalo anunciado pelo Evangelho quando Jesus disse que era necessário, mas ai daquele que for motivo das violências sobre a vida.
Existe Espírito que por muitas vezes é impedido de nascer; ora é a natureza cobrando, ora mãos assassinas que o impedem de ver a luz do mundo pelos olhos da matéria, ou, então enfermidades que acometem o pequeno fardo, fazendo lardear suas vibrações, desatando os laços da alma que se prendiam ao corpo.
Deveria estar escrita em todos os livros do mundo esta frase: Respeite a Vida.
O homem não tem o direito de fazer justiça; a natureza sabe como se comportar com os criminosos. Não queiramos formar um tribunal em nossa mente, pois somente a consciência de cada criatura é capaz de comandá-la nos devidos rumos, para que a luz nasça nos caminhos percorridos. No entanto, muitos homens respeitam essa vida e, por vezes, defendem as vidas daqueles destinados a morrer pela ignorância humana, mas, deixam de respeitar as outras vidas que se esticam quase sem leis e que pedem a compreensão dos homens pelos seus gestos de defesa instintiva, espalhadas na natureza. Entretanto, eles se fazem surdos e cegos para matar, destruindo sem saber o próprio ambiente onde vivem. Em tudo o que violentamos esta operando um tipo de aborto, e isso é crime dos crimes.
Tudo tem uma razão de ser; Deus nada faz sem motivo. Não devemos provocar nada, nem violentar nada; escutemos a voz do Cristo no reino da consciência, que saberemos o que fazer com utilidade. Jesus Cristo é o portador da vida, Ele é o canal de Deus para que a luz se faça no mundo e para os homens.
A violência não é somente física; ela é gerada nos pensamentos e eles podem violentar as atitudes dos companheiros, desfazendo ideais e dando intuição negativa às criaturas fracas nos caminhos que se percorre. O Evangelho surgiu no mundo em nosso socorro, para nos ensinar como pensar e transmitir idéias na brandura do amor, de modo que surja em nossos corações a caridade.
Não devemos abortar as idéias nobres dos nossos irmãos em caminho; alimentemo-las todos os dias, pois são sementes plantadas por alguns missionários da verdade. Procuremos ajudar a todos, no que pudermos servir, e respeitemos a vida em, todas as suas manifestações, que a própria natureza passará a nos ofertar mais vida e consciência das vidas que nos cercam, por amor de Deus.
O aborto é falta de Jesus no coração, e a vida é o Cristo no Seu esplendor, na consciência dos homens.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz

11.8.16

DOR - IV

245 –Se é justo esperarmos no decurso do nosso roteiro de provações na Terra, por determinadas dores, devemos sempre cultivar a prece?
-A lei das provas é uma das maiores instituições universais para a distribuição dos benefícios divinos.
Precisais compreender isso, aceitando todas as dores com nobreza de sentimento.
A prece não poderá afastar os dissabores e as lições proveitosas da amargura, constantes do mapa de serviços que cada Espírito deve prestar na sua tarefa terrena, mas deve ser cultivada no íntimo, como a luz que se acende para o caminho tenebroso, ou mantida no coração como o alimento indispensável que se prepara, de modo a satisfazer à necessidade própria, na jornada longa e difícil, porquanto a oração sincera estabelece a vigilância e constitui o maior fator de resistência moral, no centro das provações mais escabrosas e mais rudes.

 Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz

10.8.16

Aura Humana

“AURA HUMANA – Considerando-se toda célula em ação por unidade viva, qual motor microscópico, em conexão com a usina mental, é claramente compreensível que todas as agregações celulares emitam radiações e que essas radiações se articulem através de sinergias funcionais, a se constituírem de recursos que podemos nomear por “tecidos de força”, em torno dos corpos que as exteriorizam.
Todos os seres vivos, por isso, dos mais rudimentares aos mais complexos, se revestem de um “halo energético” que lhes corresponde à natureza.
No homem, contudo, semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que, em se ajustando às emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo etéreo de algumas escolas espiritualistas, duplicata mais ou menos radiante da criatura.
Nas reentrâncias e ligações sutis dessa túnica eletromagnética de que o homem se entraja, circula o pensamento, colorindo-a com as vibrações e imagens de que se constitui, aí exibindo, em primeira mão, as solicitações e os quadros que improvisa, antes de irradiá-los no rumo dos objetos e das metas que demanda.
            Aí temos, nessa conjugação de forças físico-químicas e mentais, a aura humana peculiar a cada indivíduo, interpenetrando-o, ao mesmo tempo que parece emergir dele, à maneira de campo ovóide, não obstante a feição irregular em que se configura, valendo por espelho sensível em que todos os estados da alma se estampam com sinais característicos e em que todas as idéias se evidenciam, plasmando telas vivas, quando perduram em vigor e semelhança, como no cinematógrafo comum.
            Fotosfera psíquica, entretecida em elementos dinâmicos, atende a cromática variada, segundo a onda mental que emitimos, retratando-nos todos os pensamentos em cores e imagens que nos respondem aos objetivos e escolhas, enobrecedoras ou deprimentes.”


Livro: Evolução em Dois Mundos  - Francisco C Xavier - André Luiz – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

9.8.16

FAÇO QUESTÃO

Faço questão:
Que o sangue que corre em minhas veias seja a mistura de todas as raças...
Que a minha pele seja policromática...
Que a tua dor, ou a tua alegria, seja minha também...
Que os meus sonhos sejam os mesmos que os teus...
Que a tua crença em Deus seja o meu altar...
Que a tua voz por justiça encontre eco na minha...
Que a tua luta seja aquela que luto...
Que o meu corpo seja um pedaço do teu e a tua alma o complemento da minha...
Faço questão:
De ser homem e de ser mulher...
De ser criança e de ser velho...
De falar em todas as línguas, mesmo naquelas que já morreram...
De aprender contigo um pouco do muito que não sei...
De juntar-me a ti na rebeldia de derrubar muros e fronteiras...
De sofrer as discriminações que sofres...
De mendigar o pão que mendigas...
De ter nascido do ventre humilde e pobre que te gerou...
Faço questão:
Que os teus medos sejam os meus...
Que a minha felicidade não exista sem a tua...
De não seguir à frente, deixando-te ficar...
De ser um refugiado como és...
De não consentir que me ames em vão...
De dividir contigo o meu pão...
De sentir-me abraçado por teus braços...
De nos unirmos às plantas e aos bichos...
Faço questão:
Que saibas que, também, sou morador de rua...
Sou travesti...
Sou prostituta...
Um biscate qualquer...
Um esmoler sem nome...
Sou o menino drogado dali da esquina...
O homem caído mais adiante...
A mulher ultrajada...
Enfim, desde que eu possa ser teu irmão,
Ou tua irmã,
E que tu meu irmão,
Ou irmã, possa ser,
O que quiseres que eu seja
Faço questão de ser!...

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet

Uberaba – MG, 8 de agosto de 2016.