31.8.20

HOJE EU NÃO VOU RESPONDER – VOU PERGUNTAR

Hoje, com todo respeito, vou tomar a liberdade de dirigir algumas perguntas – poucas – aos nossos irmãos e irmãs internautas.
- Além da morte, o espírito tem vida social?
- Possui ele vida afetiva no Além? – vida amorosa?
- O espírito se relaciona sexualmente?
- O perispírito possui órgãos sexuais?
- No Mundo Espiritual, o que faz o espírito? – do que ele se ocupa?
- O espírito trabalha profissionalmente nesta Outra Vida?
- Todo espírito tem consciência da própria desencarnação?
- O que acontece quando o espírito reencarna? Ela deixa o seu perispírito “numa boa”?
- Além da morte do corpo, as famílias continuam a se organizar?
- Existe união matrimonial além da morte do corpo?
- Todo espírito, no Além, recobra as lembranças de suas vidas passadas?
- Todo espírito é reencarnacionista? Por quê?
- Todo espírita é espirita?
- No Mundo Espiritual, existem igrejas e templos consagrados a outros cultos religiosos?
- Que idioma é falado no Mundo Espiritual?
- O Mundo Espiritual é único? Ele é plano, redondo, oval, quadrado, espiralado? – como ele é?
- O espírito, obrigatoriamente, tem que reencarnar sempre na Terra?
- O espírito estuda no Mais Além? Pode cursar, por exemplo, Universidades?
- Quanto tempo, em média, o espírito pode ficar sem reencarnar?
- Existe sexo com gravidez no Mundo Espiritual, ou apenas sexo pelo sexo?
- O que é um espírito obsessor? Como ele vive? Por que tem necessidade de permanecer junto dos encarnados, que, muitas vezes, perturba?
- Tem política no Mundo Espiritual?
- Existe polícia por aqui?
- Ainda há luta pelo poder no além-túmulo?
- Todo espírito tem saudade daqueles que deixou na Terra?
- Existem espíritos que, com maior noção de “universalidade”, seguem caminho adiante, “esquecendo” os encarnados?
- No Mundo Espiritual há crime organizado?
- Necessariamente, todo marginal, ou bandido, que desencarna, colhe, de imediato, as consequências de suas ações?
Ah, eu poderia continuar perguntando, mas... vou parar por aqui.
Sugiro, ainda, que tais perguntas sejam feitas aos expositores da Doutrina, nos Centros Espíritas que frequentam, ou àqueles que participam de Congressos, Simpósios, etc.
E que, para as respostas que, porventura, lhes derem, que citem a fonte, ou seja, as obras nas quais estejam se baseando em seus argumentos – questionem a eles se a Codificação trata de todos esses assuntos com clareza.
Um abraço e até a próxima semana, talvez com mais perguntas.
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 30 de Agosto de 2020.

Modernidade Fluída

30.8.20

O Poder da Fé


De todas as histórias que já ouvi, uma me parece mais original.
Certa vez, contaram-me, um ancião buscava guarida para passar a noite. Seus passos trôpegos, um a um, parecia uma eternidade. Mas ele, resoluto, seguia ao destino que lhe esperava, ou seja, aquele que pudesse albergar lhe a cabeça naquela noite.
Numa subida íngreme, avistou uma casa ao longe. Era ali a sua última esperança. Ou ficaria ali durante a noite ou teria que dormir ao relento.
Foi lá o nosso bom velhinho ao encontro da sua última esperança.
Ao chegar a sua hospedaria desejada, depois de muito esforço, bateu a porta e esperou para ver quem atendia.
Uma moça, bem distinta, abriu a porta e lhe desejou boa noite.
Ele respondeu em seguida e disse de seu intento.
A moça, de sorriso nos dentes, disse que já estava esperando-o e que entrasse e se sentisse em casa.
Surpreso e alegre, ele adentrou aquela choupana e foi muito bem recebido.
Trouxeram-lhe uma bacia com água para lavar e acalmar os pés doloridos. Deram-lhe uma outra bacia para refrescar o corpo. Em seguida, lhe serviram um jantar delicioso, simples, mas extremamente delicioso.
Logo após, levaram o velhinho para um quarto, mostraram a cama que dormiria aquela noite e se despediram.
Ao amanhecer, os primeiros raios do sol o acordaram. Espreguiçou-se e se levantou para um novo dia. Sentia-se disposto e contente com tudo que havia acontecido na noite anterior. Agradeceu a Deus em suas preces matinais e ao abrir a porta deparou-se com uma mesa bem posta para o café-da-manhã.
Perguntou pelas moças. Ninguém o atendeu.
Abriu portas, saiu para ver lá fora se estavam lá. Ninguém.
Pensou consigo: devem ter ido trabalhar cedinho e não quiseram me acordar. Tomou seu café, esperou um pouco e como ninguém aparecera, saiu, foi embora.
Depois de muito tempo ficou a imaginar o que acontecera. Agradeceu novamente a Deus pela hospedaria e continuou a sua caminhada ao destino desejado.
Uma légua e pouco mais, parou numa espécie de comércio. Pediu água e falou da noite maravilhosa que tivera.
O senhor o olhou de alto a baixo e disse resolutamente:
- Meu senhor, vou lhe respeitar o que diz pelos seus cabelos brancos. Conheço bem aquelas paragens e posso lhe assegurar que ninguém mora naquele lugar há algum tempo. Ali moravam duas senhoras e suas filhas. Seus maridos haviam morrido de uma doença que passou por estas partes e elas ficaram viúvas com suas filhas, mas elas deixaram aquele lugar faz muito tempo. As moçoilas se casaram e partiram. As mães as acompanharam com seus maridos. Tenho certeza em dizer que ninguém mora por lá.
O velho ouviu aquelas palavras e ficou cheio de perguntas. Tudo aquilo era bastante real. O que comeu, o que viu, todas as sensações.
Pois bem, o que acontecera?
Foi aí que um moço que tudo ouvia lhe disse:
- Perdão pela intromissão, mas não é a primeira vez que ouço esta história de acolhimento naquela casa. Muitos outros viajores já deram depoimento semelhante ao seu. Creio que o que o senhor viu foram fantasmas.
- Fantasmas?
- Sim, fantasmas do bem.
- Será que estas mulheres viram fantasmas depois de dormir? Pareciam tão reais. A moça me disse que já estava me esperando e eu nem perguntei porquê.
Foi embora com a mente em ebulição.
Fantasmas, conversei com fantasmas. E como elas me aprontaram tudo aquilo? As perguntas pulavam na sua cabeça.
Em todo caso, agradeceu a assistência e reforçou ainda mais a sua fé em Deus.
Um dia, já esquecido desse episódio, encontrou com a tal moça que havia visto na hospedaria improvisada.
Espantou-se com a semelhança, só podia ser ela.
Aproximou-se, pediu licença, e contou a história.
A moça sorriu, balançou a cabeça, e lhe falou:
- Quando partimos daquela casa e sem com quem deixá-la, pedimos a Jesus que nada faltasse a alguém que procurasse ajuda naquele lugar. Meu pai sempre fez isso com os viajantes que nos procurava e nos ensinou que deveríamos ajudar a todos que nos procurasse. Eu acho que fui que estive lá, embora não me recorde de nada. Acho que Jesus ouviu as nossas preces.
Que incrível história, pensou o bom velhinho, e esta foi a sua experiência inusitada que consolidou a sua fé no Altíssimo, Todo Poderoso, e em Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Por que gosto tanto desta história que nem sei direito se ela realmente é verdadeira?
Acho que ela representa uma alegoria sobre o poder da fé.
A fé transporta montanhas - disse Jesus, então por que não pode dar uma boa dormida a quem precisa? Isto é café pequeno para quem tem fé.
Essa história, pela sua singeleza, desperta em mim bons pensamentos e sentimentos.
A força da fé é tamanha que nem imaginamos como ela funciona. E em tudo está a marca inconfundível do apelo a Deus em forma de prece, de uma rogativa sincera e cheia de certeza.
A fé que transporta montanhas é a mesma fé que pode tirar alguém da depressão, do desemprego, do desespero, da doença profunda, dos distúrbios de toda ordem.
A fé inquebrantável não se explica. É um depositório cego de confiança. Algumas meio desprovidas de bom senso, outras eivadas de elevadas intenções.
Tudo é fé e tudo faz mover na direção que a colocarmos.
Seja a sua fé aquilo que te abasteça de forças para o bem, para o bom seguir na vida, para que te faça feliz.
E lembrou Jesus que se a tivéssemos do tamainho de um grão de mostarda...
Helder Camara - Blog Novas Utopias

29.8.20

ALMA E FLOR

A flor que tomba revela
Ser a morte uma ilusão,
Pois que ressurge mais bela
Do mesmo trato de chão...

Também tu, alma querida,
Nesta luta quase infinda,
Corpo em corpo, vida em vida,
Vais renascendo mais linda!...

Eurícledes Formiga - Espirtismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião íntima da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, em Uberaba – MG).

28.8.20

IPATI Sônia Rinaldi

Emmanuel fala sobre Ramatís

    Logo que apareceram as primeiras publicações do opúsculo "Conexão de Profecias", de Ramatís, que mais tarde resultou na obra "Mensagens do Astral" (1ª edição em 1957), o Conselho Editorial da Revista da Boa Vontade (LBV) foi a Pedro Leopoldo - MG, a fim de ouvir a palavra autorizada de Emmanuel, através daquele aparelho maravilhoso que foi FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER. 
    Isto, porque o que era dito pelo espírito de Ramatís, parecia perfeitamente lógico. Mas, como constituía novidade, não se poderia aceitar de pronto algo que não passasse pelo crivo de várias manifestações mediúnicas, através de diversos aparelhos.
    Desta forma, munidos do aparelho de gravação em fita, foram atendidos gentilmente pelo médium, que respondeu às perguntas feitas, repetindo as palavras da resposta, que eram ditadas por Emmanuel. A gravação foi feita no dia 05 de janeiro de 1954, e até hoje conservado o rolo gravado em poder da LBV e reproduzida na edição de outubro de 1956, ano I nº 4 da Revista da Boa Vontade.
    Passamos a estampar as perguntas e respectivas respostas:
    Pergunta: Poderíamos ter alguns informes a respeito de Antúlio?
    Chico Xavier: Vejo, aqui, nosso diretor espiritual, Emmanuel, que nos diz que um estudo acerca da personalidade de Antúlio exigiria minudências relacionadas com a história, no espaço e no tempo, que, de imediato, não podemos realizar. De modo que, tão somente, pode afiançar-nos que se trata de uma entidade de elevada hierarquia, no plano espiritual; vamos dizer; um assessor, ou um daqueles assessores, que servem nos trabalhos de execução do plano divino, confiado ao Nosso Senhor Jesus Cristo, para a realização do progresso da Terra, em geral.
    Esclarece nosso amigo que Jesus Cristo, como governador de nosso mundo, no sistema solar, conta, naturalmente, com grandes instrutores, para a evolução física e para a evolução espiritual, na organização planetária. E, subordinados a esses ministros, para o progresso da matéria e do espírito, no plano que nós habitamos presentemente, conta Ele com uma assembléia de múltiplos INSTRUTORES, de variadas condições, que lhe obedecem as ordens e instruções, numa esfera, cuja elevação, de momento, escapa à nossa possibilidade de apreciação. Antúlio forma no quadro destes elevados servidores.
    Pergunta: Que pode o irmão dizer-nos a respeito do astro que se avizinha, segundo a predição de Ramatís?
    Chico Xavier: Esclarece nosso orientador espiritual que o assunto alusivo à aproximação de um planeta ou de planetas, da zona - ou melhor, da aura da Terra - deve, naturalmente, basear-se em estudos científicos, que possam saciar a curiosidade construtiva das novas gerações renascentes no mundo.
    O problema, desse modo, envolve acurados exames, com a colaboração da ciência e da observação de nossos dias. Razão por que pede ele que não nos detenhamos na expressão física dos acontecimentos que se avizinham, para marcar maiores acontecimentos - acontecimentos esses de natureza espetacular - na transformação do plano em que estamos estagiando, no presente século.
    Afirma nosso amigo que o progresso da óptica e das ciências matemáticas, serão portadoras, naturalmente, de ilações, conclusões da mais alta importância para os nossos destinos, no futuro próximo.
    Pergunta: Pode Emmanuel dizer-nos algo a respeito da verticalização do eixo da Terra e das transformações que esta sofrerá, segundo Ramatís?
    Chico Xavier: Afirma nosso Orientador espiritual que não podemos esquecer que a Terra, em sua constituição física, propriamente considerada, possui os seus grandes períodos de atividade e de repouso.
    Cada período de atividade e cada período de repouso da MATÉRIA PLANETÁRIA, que hoje representa o alicerce de nossa morada temporária, pode ser calculado, cada um, em 260.000 anos. Atravessando o período de repouso da matéria terrestre, a vida se reorganiza, enxameando de novo, nos vários departamentos do Planeta, representando, assim, novos caminhos para a evolução das almas.
    Assim sendo, os GRANDES INSTRUTORES da Humanidade, nos PLANOS SUPERIORES, consideram que, desses 260.000 anos de atividade, 60 a 64 mil anos são empregados na reorganização dos pródomos da vida organizada.
    Logo em seguida, surge o desenvolvimento das grandes raças que, como grandes quadros, enfeixam assuntos e serviços, que dizem respeito à evolução do espírito domiciliado na Terra.
    Assim, depois desses 60 a 64 mil anos de reorganização de nossa Casa Planetária, temos sempre grandes transformações, de 28 em 28 mil anos.
    Depois do período dos 64 mil anos, tivemos duas raças na Terra, cujos traços se perderam, por causa de seu primitivismo. Logo em seguida, podemos considerar a grande raça Lemuriana, como portadora de urna inteligência algo mais avançada, detentora de valores mais altos, nos domínios do espírito.
    Após a raça Lemuriana - em seguida aos 28.000 anos de trabalho lemuriano propriamente considerado - chegamos ao grande período da raça Atlântida, era outros 28.000 anos de grandes trabalhos, no qual a inteligência do mundo se elevou de maneira considerável. Achamo-nos, agora, nos últimos períodos da grande raça Ariana.
    Podemos considerar essas raças, como grandes ciclos de serviços, em que somos chamados de mil modos diferentes, em cada ano de nossa permanência na crosta do planeta, ou fora dela, ao aperfeiçoamento espiritual, que é o objetivo de nossas lutas, de nossos problemas, de nossas grandes questões, na esfera de relações, uns para com os outros.
    Assim considerando, será mais significativo e mais acertado, para nós, venhamos a estudar a transformação atual da Terra sob um ponto de vida moral, para que o serviço espiritual, confiado às nossas mãos e aos nossos esforços, não se perca em considerações, que podem sofrer grandes alterações, grandes desvios; porque o serviço interpretativo da filosofia e da ciência está invariavelmente subordinado ao Pensamento Divino, cuja grandeza não podemos perscrutar.
    Cabe-nos, então, sentir, e, mais ainda, reconhecer, que os fenômenos da vida moderna e as modificações que nosso "habitat" terreal vem apresentando nos indicam a vizinhança de atividades renovadoras, de considerável extensão.
    Daí esse afluxo de revelações da vida extraterrestre, incluindo sobre as cogitações dos homens; esses apelos reiterados, do mundo dos espíritos; essa manifestação ostensiva, daqueles que, supostamente mortos na Terra, são vivos na eternidade, companheiros dos homens em outras faixas vibratórias do campo em que a humanidade evolui.
    Toda essa eclosão de notícias, de mensagens, de avisos da vida espiritual, devem significar para o homem, domiciliado na Terra do presente século, a urgência do aproveitamento das lições de JESUS. Elas devem ser apreciadas em si mesmas, e examinadas igualmente no exemplo e no ensinamento de todos aqueles que, em variados setores - culturais, políticos e filosóficos do globo - lhe traduzem a vontade divina, que na essência é sempre a nossa jornada para o Supremo Bem.
    Os termos da comunicação obtida em Curitiba ("Conexão de Profecias", de Ramatís) são de admirável conteúdo para a nossa inteligência, de vez que, realmente, todos os fatos alusivos à evolução da Terra, e referentes a todos os eventos, que se relacionam com a nossa peregrinação para a vida mais alta, estão naturalmente planificados, por aqueles MINISTROS de Nosso Senhor JESUS CRISTO, os quais, de acordo com Ele, estabelecem programas de ação para a COLETIVIDADE PLANETÁRIA, de modo a facilitar-lhe os vôos para a divina ascensão.
    Embora, porém, esta mensagem, por isso mesmo, seja digna de nosso melhor apreço, contudo, na experiência de companheiro mais velho, recomenda-nos nosso Orientador Espiritual Emmanuel um interesse mais efetivo, para a fixação de valores morais em nossa personalidade terrena, de conformidade com os padrões estabelecidos no Evangelho de nosso Divino Mestre. 
    Porque, para nossa inteligência, os fenômenos renovadores da existência que nos cercam têm qualquer coisa de sensacional, de surpreendente, nosso coração de inclinar-se, humilde, diante da Majestade do Senhor, que nos concede tantas oportunidades de trabalho, em nós mesmos, a revelação dos grandes acontecimentos porvindouros; novo soerguimento íntimo, novo modo de ser, a fim de que estejamos realmente habilitados a enfrentar valorosamente as lutas que se avizinham de nós, e preparados para desfrutar a Nova Era que, qual bonança depois da tempestade, facilitará nossos círculos evolutivos.
    Será, todavia, muito importante encarecer, que não devemos reclamar, do TERCEIRO MILÊNIO, uma transformação absolutamente radical, nos processos que caracterizam, por enquanto, a nossa vida terrestre.
    O prazo de 47 anos é diminuto, para sanar os desequilíbrios morais, de tantos séculos, em que o nosso campo coletivo e individual adquiriu tantos débitos, diante da sabedoria e diante do amor, que incessantemente apelam para nossa alma, no sentido de nos levantarmos, para um clima mais aprimorado da existência.
    Não podemos esquecer, que grandes imensidades territoriais, na América, na África e na Ásia, nos desafiam a capacidade de trabalho. Não podemos olvidar, também, que a Europa, superalfabetizada, se encontra num Carma de débitos clamorosos, à frente da LEI, em dolorosa expectação, para o reajuste moral, que Ihe é necessário.
    Aqui mesmo, no Brasil, numa nação com capacidade de asilar 900 milhões de habitantes, em quatrocentos e alguns anos de evolução, mal estamos - os espíritos, encarnados na Terra em que temos a bênção de aprender ou recapitular a lição do Evangelho - mal estamos passando das faixas litorâneas. Serviços imensos esperam por nossas almas no futuro próximo.
    E, se é verdade que devemos aguardar, em nome de Nosso Senhor JESUS CRISTO, condições mais favoráveis para a estabilização da saúde humana, para o acesso mais fácil às fontes da ciência; se nos compete a obrigação de esperar o melhor para o dia de amanhã cabe-nos, igualmente, o dever de não olvidar que, junto desses direitos, responsabilidades constringentes contam conosco, para que o Mundo possa, efetivamente, atender ao programa Divino, através, não somente da superestrutura do pensamento científico - que é hoje um teto brilhante para os serviços de inteligência do mundo - mas também, através de nossos corações, chamados a plasmar uma vida, que seja realmente digna de ser vivida por aqueles que nos sucederão nos tempos duros; entre os quais, naturalmente, milhões de nós os reencarnados de agora, formaremos, de novo, como trabalhadores que voltam para o prosseguimento da tarefa de auto acrisolamento, para a ascensão sublime, que o Senhor nos reserva.
    Considerando, assim, a questão sob este prisma, cabe-nos contar com o concurso da ciência, no setor das observações de ordem material; com a evolução dos instrumentos de óptica; com o avanço dos processos de exame, na esfera da QUÍMICA PLANETÁRIA, na qual os mundos podem ser analisados, como ÁTOMOS DA AMPLIDÃO DE UNIVERSOS, que se sucedem uns aos outros, no infinito da Vida.
    Será lícito, então, esperar que certas afirmativas, referentes a vida material, se positivem satisfatoriamente, para mais altas concepções da MENTE PLANETÁRIA; de vez que, muito breve, o homem estará ligado à glória da RELIGIÃO CÓSMICA, da Religião do Amor e da Sabedoria, que o CRISTIANISMO RENASCENTE, no Espiritismo de hoje, edificará para a Humanidade, ajustando-a ao concerto de bênçãos, que o grande porvir nos reserva.
    Pergunta: Foi, de fato, há 37.000 anos que submergiu a Atlântida?
    Chico Xavier: Diz nosso Amigo Emmanuel que o cálculo é aproximadamente certo, considerando-se que as últimas ilhas, que guardavam os remanescentes da civilização atlante, submergiram, mais ou menos, 9 a 10 mil anos antes da Grécia de Sócrates.
    Pergunta: Acha nosso irmão que a Mensagem de Ramatís deva ser divulgada com amplitude?
    Chico Xavier: Diz nosso Orientador que a Mensagem é de elevado teor. E todo trabalho organizado com o respeito, com o carinho e com a dignidade, dentro dos quais essa Mensagem se apresenta, merece a nossa mais ampla consideração, de vez que todos nós, em todos os setores, somos estudiosos, que devemos permutar as nossas experiências e as nossas conclusões para a assimilação do progresso, com mais facilidade em favor de nós mesmos. 
Publicado no site http://www.fraternidaderamatis.org

27.8.20

CONTRABANDO DE ALIMENTOS EM "NOSSO LAR"

Infelizmente, poucos são os que conseguem, a primeira leitura, registrar todo o conteúdo do que leram.
Estes, no entanto, não estão em situação mais difícil do que aqueles outros que, mesmo lendo e entendendo, tentam distorcer a realidade, que menoscabam e ironizam, com o evidente propósito de sustentar a ignorância em torno do conhecimento mais amplo da Verdade.
Nos estudos despretensiosos que, semanalmente, aqui temos apresentado, dirigindo-nos em especial aos que realmente desejam saber um pouco mais sobre a Vida, destacaremos hoje, para nossas reflexões, um trecho que se encontra inserido no importante capítulo "Problema de Alimentação", do livro "Nosso Lar".
Não me adiantarei a tirar qualquer conclusão do referido texto, deixando que nossos irmãos se encarreguem de fazê-lo, exercitando, assim, a sua faculdade interpretativa própria. Vamos a ele:
"(...) Tudo isso provocou enormes cisões nos órgãos coletivos de "Nosso Lar", dando ensejo a perigoso assalto das multidões obscuras do Umbral, que tentaram invadir a cidade, aproveitando brechas nos serviços de Regeneração, onde grande número de colaboradores entretinha certo intercâmbio clandestino, em virtude dos vícios de alimentação".
A fim de nortearmos o raciocínio com maior objetividade, permitam-me formular apenas três perguntas sobre a transcrição acima:
- Que se deve entender por "intercâmbio clandestino"?
- Se Lísias e André Luiz dialogavam em torno do problema da alimentação, o que estaria, em "Nosso Lar", sendo objeto de intercâmbio na clandestinidade?
- Concordando que o que estava sendo traficado era algum tipo de alimento, qual seria ele?
Com o propósito de nos auxiliar na obtenção das respostas às questões formuladas, ainda transcrevo do mesmo capítulo da obra em estudo:
"(...) O mesmo não aconteceu com o Ministério do Esclarecimento, que demorou muito a assumir compromisso, em vista dos numerosos espíritos dedicados às ciências matemáticas, que ali trabalham. Eram eles os mais teimosos adversários. Mecanizados nos processos de proteínas e carboidratos, imprescindíveis aos veículos físicos, não cediam terreno nas concepções correspondentes daqui".
Todo o capítulo está repleto de preciosos esclarecimentos, destinados, evidentemente, a quem consiga lê-los de     espírito desarmado - a quem não mais esteja, em seu subconsciente, sob a influência das antigas concepções teológicas, às quais pretende adequar a Revelação Espírita.
Ao término do curioso diálogo, Lísias ainda diz a André Luiz que, em "Nosso Lar", "desde então, só existe maior suprimento de substâncias alimentícias que lembram a Terra, nos Ministérios da Regeneração e do Auxílio, onde há sempre grande número de necessitados".
Nota: Até hoje tem gente gargalhando às minhas custas por eu ter narrado, no livro "No Limiar do Abismo", de minha lavra espiritual, a experiência que vivenciei provando, neste Outro Lado, nas Regiões Inferiores, um pedaço de carne... É uma pena! Eles não leram André Luiz! Se o leram, não entenderam patavina!...
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

26.8.20

ATRIBUIÇÕES ESPECIAIS

 Comentários da questão 560 do Livro dos Espíritos

Os Espíritos não têm atribuições especiais; não há nada especial para cada um, Deus é amor e justiça no mais profundo do termo. Todos temos de passar por todos os caminhos para tirarmos daí as lições, porque, se fomos feitos simples e ignorantes, as lições se encontram espalhadas por toda a criação, e o nosso dever é colhê-las com os nossos esforços, passo a passo.
A diversidade de entendimento dos Espíritos é para nos mostrar que uns já adquiriram certas experiências e outros ainda vão em busca das mesmas. Os direitos são iguais na pauta do tempo e, ainda mais, existe a troca de valores de alma para alma. Os Espíritos voltam à Terra para receber um corpo quantas vezes for necessário, em lugares diversos e com companheiros diversificados, para aprender a amar a todos, enriquecendo o aprendizado.
A obra de Deus é grande, os departamentos de trabalho são inúmeros e temos de passar por todos eles. "O Livro dos Espíritos", nesta resposta, dá um pequeno exemplo por onde passam as almas em busca de aprender mais: na terra, na água, no ar etc.. E acrescentamos: no fogo, nas árvores, nas serras, nos animais inferiores, enfim, a escala é imensurável, para que possamos despertar as qualidades que existem dentro de cada ser espiritual.
Mesmo depois de passar por várias encarnações como ser humano, a escala continua, pois é infinita. Ainda há muitos segredos na vida que poderão vir à luz com o nosso amadurecimento espiritual. Não existe nada especial para uns, que não seja para todos. Deus é bondade, e a justiça e o amor nos nivelam a todos. As diferenças, se queres constatar, somente existem no grau de despertamento espiritual.
As escolas na Terra são fontes de conhecimento, tanto quanto a lavoura da Terra, requerendo dos alunos e professores certo esforço e, às vezes, sacrifício, dor e até infortúnio, para valorizar o aprendizado. A vida é uma universidade maior, cujo diretor é Deus, e os Espíritos puros, os professores que recebem as aulas das mãos do Diretor para administrá-las a todos os alunos. Isto exige esforços, sacrifícios e dores para o grande empenho de crescer, de despertar para a luz da vida. O sentido é o mesmo; saímos da universidade da Terra, para entrarmos em outra, depois do túmulo. Estamos sempre aprendendo, seja aqui ou acolá.
O progresso nos pede para sempre mudar de lugar, para fartar o celeiro que conduzimos na consciência. São valores eternos, que colhemos na eternidade. A vida é bela e cheia de alegria, e nos mostra que existe a felicidade. Se ainda tens alguma dúvida, consulta o coração de Deus e de Jesus, pela força da oração. Cada Espírito é um mundo, onde vibram todas as forças de Deus, pela igualdade do Seu coração maior, a nos sustentar pelo amor.
Se, porventura, existem atribuições especiais, elas são para todos. Não existe exceção no campo da imensurável vida em Deus e para Deus. Se queres conhecer Deus mais de perto na Terra, procura conhecer mais a Jesus.
Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

25.8.20

AUXÍLIO AOS DESENCARNADOS

Considera o coração que te antecedeu na grande viagem da morte,não como a criatura aniquilada, mas como alguém que continua a viver.
Se ainda ontem, no mundo, em lhe retendo o corpo enfermo ou agonizante, desfazias-te em carinhosa assistência, hipotecando-lhe solidariedade e ternura, por que razão lhe infligirás, agora, o nominável suplício do desespero, atirando-lhe brasas ao coração?
Se a saudade e a distância te flagelam a alma,não te esqueças de que invisibilidade não quer dizer ausência.
Fortalece-te para o ministério da fé que vence a dúvida e lembra-te de que o viajor amado te requisita socorro e compreensão.
Por vezes, vagueará nas trevas transitórias do próprio “eu”, entre as paixões que ainda o subjugam...
Oferece-lhe o clarão silencioso da prece calma e sincera, através da qual as almas se comunicam, vencendo o espaço além.
Terá deixado problemas na retaguarda, agrilhoando-se a eles, no círculo desilusões a que se afeiçoa...
Ajuda-o, amparando-lhe as penas e os dissabores, para que siga, valoroso, ao encontro da Luz Divina.
Em muitas ocasiões, terá legado ao lar pobreza e provação, desalento e infortúnio...
Alivia-o, envolvendo-lhe os entes amados no clima de tua amizade pura a exprimir-se em valiosas migalhas de carinho e reconforto.
Em muitas circunstâncias, permanecerá enovelado nas teias do arrependimento tardio.
Liberta-o, com teu devotamento amigo, auxiliando-o a colocar a bênção do amor onde, imprevidente, terá situado o espinheiro do ódio.
Recorda que serás amanhã o morto imaginário entre os vivos da Terra e estende a oração e a bondade, em favor dos que partem antes de ti, para que a bondade e a oração dos outros estejam contigo, no dia em que te ausentares também.
Livro – INTERVALOS – Francisco Cândido Xavier – Emmanuel

24.8.20

Maior Tesouro

BILHETE EM RESPOSTA

Minha irmã, você me escreve falando que, ultimamente, no clima da atual pandemia que vem assolando a Terra, você tem lutado muito contra a ideia fixa, imaginando que, a qualquer momento, poderá contrair o chamado Covid-19.
Em primeiro lugar, em relação aos seus temores de contágio, procure se acautelar, não se expondo, desnecessariamente, à ação desse e de nenhum outro microrganismo patogênico, porque o próprio ar que o homem respira no mundo, caso ele não se cuide, pode vir a lhe causar danos a saúde...
Fortaleça a sua imunidade, não apenas a orgânica, mas, igualmente, a espiritual, de vez que, mais poluída que o ar que os encarnados vivem respirando, é a “psicosfera” do planeta, com formas mentais inimagináveis gestadas pelos pensamentos de quantos se transformam em focos de contaminação do pessimismo, da descrença, do desânimo, da inveja, do ciúme, da ambição...
Os pensamentos infelizes possuem alta capacidade de contágio, debilitando a saúde psíquica de imensa legião que não cria defesas contra eles – e, com a sua condição psíquica abalada, o homem encarnado se torna duplamente vulnerável, tanto pelo seu corpo perispiritual quanto pelo envoltório perecível.
Portanto, minha irmã, sob a influência de noticiário excessivamente alarmante e de obsessões “oportunistas”, não deixe que o medo lhe domine as emoções e a predisponha a indesejável sintonia com outros vírus que não o “Corona”...
As obsessões “oportunistas” são aquelas que se valem da momentânea fragilidade psicológica de suas vítimas para se instalarem, dando um trabalhão danado para serem desfeitas, porque costumam fazer sofrer, por longo tempo, aos que lhes escancaram as portas da vigilância e as deixam entrar.
Ore, pois, com mais fervor e frequência do que você tem orado, contrapondo-se, mentalmente, às ideias que, inclusive, têm lhe provocado noites de insônia, repletas de pesadelos, ante o receio de que possa vir a se contaminar e... desencarnar, deixando para trás os seus deveres de esposa e mãe, às vésperas de ser avó do primeiro neto – realmente, é muito frustrante, para o espirito, o desenlace deixando tarefas primordiais pela metade!...
Para que este bilhete não se transforme em carta, em segundo lugar, se me permite, prescrevo a você outra providência que, aliada à oração, lhe será, tenho certeza, de grande valia – uma vacina extraordinária, cuja patente pertence a Jesus Cristo, e tão somente a Ele, o Divino Médico de nossas almas.
Estou me referindo à caridade, ou seja, à ocupação do tempo que, porventura, tenha disponível em seus afazeres domésticos, ocupando, ainda, as suas mãos e o seu pensamento com qualquer benefício que você possa prestar aos semelhantes – povoe a sua cabeça com ideias de socorro àqueles que, tantas vezes, não encontram o que fazer para colocarem o pão dentro de casa, de vez que essa pandemia, que já encaminhou muitos para este Outro Lado, também está fazendo um estrago social muito grande, sepultando muitas esperanças e sonhos em covas que quase ninguém vê.
Quantos desempregados, não é mesmo?! Quantas pais e mães que passaram a sobreviver com recursos mínimos obtidos numa fila bancária, que, em verdade, lhes fere a dignidade, embora, de minha parte, os considere transitoriamente providenciais! – a multiplicação dos pães e dos peixes realizada pelo Cristo, não resolveu o problema da fome da multidão para sempre, mas, pelo menos, naquela hora, impediu que muitos, de estômago vazio, fossem consumidos pela descrença... Não só de pão vive o homem, mas, igualmente, sem ele o homem não pode viver no orbe em que a carne alimenta a carne...
Desculpe-me, se não consegui dizer a você o que você esperava que eu lhe dissesse, como, por exemplo, que os Espíritos Benfeitores não consentirão que você venha a contrair o “Corona”. De nenhum dos Dois Lados da Vida, nós, espíritos comuns – falando principalmente de minha condição –, estamos isentos às circunstâncias da existência em um mundo de Provas e Expiações – e isto, repito, dos Dois Lados da Vida, porque aqui, para onde, desde muito, fui transferido, também ainda é Dimensão, ou Planeta, de Provas e Expiações.
Com o meu grande abraço, rogando que me recomende em suas preces de mulher fervorosa, sou, como sempre, o irmão que, igualmente, a incluirá em suas orações desajeitadas –
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 23 de Agosto de 2020.

23.8.20

Terra em Transe

O que se passa com o mundo?
Parece que ele está doente, não é verdade?
E está sim!
O mundo está doente de si mesmo. Não é um fator externo que adoeceu o mundo, mas as suas próprias entranhas, os seus habitantes.
Por não ser previdente, os próprios moradores planetários adoeceram a Terra e ela agora grita de dor.
Não cuidamos das nossas florestas.
Fizemos delas um pátio onde retiramos tudo que elas tinham para nos dar.
Não cuidamos do nosso ar.
Fizemos da atmosfera um lugar para colocar todo tipo de excremento ambiental.
Não cuidamos das nossas águas.
Fizemos delas um local para jogar os nossos dejetos.
Não cuidamos de nós mesmos.
Fizemos da vida algo infrutífero, onde predominou a lei do salve-se quem puder.
Por todas estas razões e muitas outras, a Terra reclama abrigo e proteção, cuidado e reparo.
Fizemos do nosso habitat natural um verdadeiro inferno.
As temperaturas sobem.
Os mares se agitam.
As superfícies tremem.
A repercussão chegará rapidamente de maneira muito intensa e muitos pensarão, pela bravura dos fenômenos naturais, que o fim chegou.
Chuvas torrenciais, maremotos, tsunamis, vendavais e um sem-número de reações ao abalo que produzimos no seio da nossa casa planetária.
Até onde irá tamanha irresponsabilidade ambiental?
Muitos governos fecham os olhos diante deste escárnio que fazem com a nossa morada terrena.
Mentes enfurnadas no ganho do lucro mais fácil, na exacerbação dos interesses da mais-valia cruzam os braços.
Até eles sentirão na pele os gritos lancinantes da terra em transe.
Claro que tudo faz parte de um movimento de ajuste planetário, nada que não seja esperado pela maioria dos homens que possui responsabilidade com a vida, mas muito do que se faz e do que vai acontecer poderia ser evitado.
Não alarmamos o fim do mundo, não é este o meu interesse, mas devemos ter a hombridade de alertar que dias difíceis inevitavelmente virão.
A paz que tanto desejamos também se faz através da nossa relação pacífica com o meioambiente, com nosso respeito aos desígnios divinos mediante o respeito às leis que regem o nosso ecossistema planetário.
Fazem estes, ouvidos de mercador.
Mostram-se indiferentes ao entardecer da nova era.
Acreditam firmemente que sairão ilesos.
Que audácia contra o Criador!
Paz! É tudo que precisamos e queremos.
Paz conosco mesmos.
Paz com o nosso irmão de caminho.
Paz com a natureza.
É tão difícil entender esta verdade verdadeiríssima?
Paz, somente paz!
Helder Camara Blog Novas Utopias

22.8.20

RECADO DE IRMÃO NO DIA DO LIVRO ESPÍRITA

No Dia do Livro Espírita,
Que aos amigos notifico,
Lado a Lado com Kardec,
Aqui lembro o nosso Chico.

Na Doutrina que restaura
O Evangelho de Jesus,
Ele forma com Kardec
Sublime “dupla” de luz.

Medianeiro fiel,
Na tarefa que abraçou,
Ante as pedras de tropeço,
Chico nunca recuou.

Trabalhando noite e dia,
Sem pensar em qualquer paga,
Através de suas mãos
A Verdade se propaga.

Contando 80 Janeiros,
Completados em Abril,
O nome é respeitado
De norte a sul do Brasil.

Que o Senhor o recompense
Por tanto esforço no Bem,
Recebendo nesta Data
As flores do Mais Além!...

Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, na noite de 18 de Abril de 1990, em Uberaba – MG).

21.8.20

Caridade Salvação

CONTINUAÇÃO DA EXISTÊNCIA

- Metamorfoseada, pois, não obstante o fenômeno da desencarnação, a personalidade humana continua, além-túmulo, o estágio educativo que iniciou no berço, sem perder a própria identidade, somando consigo as experiências da vida carnal, da desencarnação e da metamorfose no plano extrafísico.
Perceberemos, desse modo, que a existência da criatura, na reencarnação, substancializa-se não apenas na Terra, onde atende à plantação dos sentimentos, palavras, atitudes e ações com que se caracteriza, mas também no Mundo Espiritual, onde incorpora a si mesma a colheita da sementeira praticada no campo físico, pelo desdobramento do aprendizado com que entesoura as experiências necessárias à sublime ascensão a que se destina.
LEI DE CAUSA E EFEITO - Encetando, pois, a a sua iniciação no plano espiritual, de consciência desperta e responsável, o homem começa a penetrar na essência da lei de causa e efeito, encontrando em si mesmo os resultados enobrecedores ou deprimente das próprias ações.
Quando dilacerado e desditoso, grita a própria aflição, ao longo dos largos continentes do Espaço Cósmico, reunindo-se a outros culpados do mesmo jaez, com os quais permuta os quadros inquietantes da imaginação em desvario, tecendo, com o plasma sutil do pensamento contínuo e atormentado, as telas infernais em que as consequências de suas faltas se desenvolvem, mediante as profundas e estranhas fecundações de loucura e sofrimento que antecedem as reencarnações reparadoras; contudo, é também aí que começa, sobrepairando o inferno e o purgatório do remorso e da crueldade, da rebelião e da delinquência, o sublime apostolado dos seres que se colocam em harmonia com as Leis Divinas, almas elevadas e heróicas que, em se agrupando intimamente, tocas de compaixão pelos laços que deixaram no mundo físico, iniciam, com a inspiração das Potências Angélicas, o serviço de abnegação e renúncia, com que a glória e a divindade do amor edificam o império do Sumo Bem, no chamado Céu, de onde vertem mais ampla luz sobre a noite dos homens.
Livro: Evolução em Dois Mundos - André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira

20.8.20

UTILIDADE DOS ESPÍRITOS INFERIORES E IMPERFEITOS

 Comentarios sobre a questão 559 do Livro dos Espíritos

Espírito algum fica sem as bênçãos de Deus, onde quer que seja. Todos se movem pela vontade d'Aquele que os criou. Os Espíritos não desconhecem que as almas foram criadas simples e ignorantes. É justo que compreendamos a necessidade de que elas despertem para a vida maior, e é nessa luz de compreensão que surge a liberdade, caminho para a felicidade espiritual.
Os Espíritos inferiores e imperfeitos, como retrata "O Livro dos Espíritos", são comandados por Deus, pelos Seus agentes mais próximos para executarem as Suas obras, na Sua casa universal. Todos eles têm deveres a cumprir, e isso fazem mesmo que sejam inconscientes. Quantos, dentre todos, pensam que fazem o que desejam fazer! Como se enganam!
O Universo, se podemos chamar assim toda a criação, tem uma direção espiritual correta e pré-estabelecida por leis, leis essas vigiadas por Espíritos puros, interligados ao Criador que a tudo percebe, por sentidos que escapam aos dos homens. Ninguém, em relação a Deus, faz a sua própria vontade. Sem a permissão do Senhor, nada se faz na vida. Para construção de um grande feito, milhares de mãos operam, desde os serviços mais simples, até aos mais elevados. Assim é na casa do Pai: todos tem obrigações a realizar.
Compete a todos nós entender o que se deve fazer como tarefa útil. Quem pensa que está destruindo, constrói na junção da própria obra. Nada se faz sem utilidade. Estamos escrevendo por ser o nosso dever de anunciar as leis que nos cercam e nos assistem, cooperando com os homens na grande realidade de se buscar o amor, buscar o que já existe dentro de cada um.
Deves, tu mesmo, achar a tua felicidade, que não se encontra fora, mas, na intimidade do teu ser. Somos revestidos por casca, qual a ave a nascer, e devemos quebrá-la para nos libertarmos. Quando somos neófitos, o Senhor nos ajuda por misericórdia, para sairmos das sombras, contemplando a luz do dia.
Quem se encontra na luz, já passou pelas trevas. É nesse sentido que os anjos têm tolerância com os Espíritos chamados imperfeitos e inferiores. O dever do encarnado é o mesmo; quem tem mais luz, deve servir de cicerone aos que não sabem o caminho. A Doutrina dos Espíritos constitui facho de luz, com o dever de clarear consciências e fazer despertar a fé esclarecida em todos os corações. Eis que surge para os homens uma oportunidade de compreender as leis de Deus com mais profundidade, pelo intercâmbio espiritual, ao qual servem de instrumentos os novos profetas, que o progresso fez mudar o nome para médiuns.
O futuro pode, novamente, fazer mudanças, mas o trabalho é o mesmo, ou sempre alcançando maior perfeição. A luz está cada vez mais intensa nas consciências. Todos os Espíritos, pertencentes a qualquer escala na evolução espiritual, têm seus deveres no grande edifício universal. A inatividade não existe na casa de Deus. O que pensa estar em estado inerte, é por falta de olhos para ver os movimentos na intimidade de cada coisa. Movimento é vida, e quanto mais se move, mais se vive.
Na profundidade do assunto, podemos dizer que não há nada inferior nem imperfeito, pois o que sai das mãos perfeitas não pode levar outro timbre a não ser o da perfeição. O que ocorre com os Espíritos é que nascem para a vida simples e ignorantes, mas com todos os recursos dentro de si, para seu devido crescimento. A sabedoria do Cristo foi que nos fez desta maneira. O Céu, Deus e a felicidade se encontram junto a nós, na cidade de luz do coração.
Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

19.8.20

 ESPIRITISMO  E  LIBERDADE
É indubitável que o Espiritismo, na função de Consolador Prometido pelo Cristo de Deus, veio aos homens, sobretudo, para liberta-los da treva do espírito.
Que emancipação, porém, será essa?
Surpreenderíamos, acaso, a Nova revelação procedendo à maneira de um louco que dinamitasse um cais antigo, à frente do mar, sem edificar, antes, um cais novo que o substituísse?
Claro que os princípios espíritas acatam os diques de natureza moral, construídos pelas tradições nobres do mundo, destinados à segurança da alma, conquanto lhes observe a vulnerabilidade de fundo, vulnerabilidade essa sempre suscetível de favorecer os mais fortes contra os mais fracos e de apoiar os astutos em prejuízo dos simples de coração; embora isso,levantam barreiras de proteção, muito mais sólidas, a benefício das criaturas, porquanto nos esculpem, no próprio ser, a responsabilidade de sentir e pensar, falar e agir, diante da vida.
Ninguém se iluda, dessa forma, quanto à independência instalada pela doutrina Espírita nos recessos de cada um de nós, sempre que nos creiamos no falso direito de praticar inconveniências, em regime de impunidade.
Muito mais que os preconceitos e tabus, instituídos pelos homens, como frágeis recursos de preservação dos valores espirituais na Terra, o Espiritismo Cristão nos entrega dispositivos muito seguros e sensatos, na garantia da própria defesa, em vez que não os acena com céus ou infernos exteriores, mas, ao revés disso, nos faz reconhecer que o céu ou o inferno, são criações nossas, funcionando, indiscutivelmente, em nós mesmos.
Enfim, para não nos alongarmos em teorização excessiva, observemos, tão somente, que o espírita é livre, não para realizar indiscriminadamente tudo quanto deseje,e, sim, para fazer aquilo que deve.
Livro – INTERVALOS – Francisco Cândido Xavier – Emmanuel - Cap 16

18.8.20

“MANCHA” – O GATO

Eu tive um gato –
Diferente dos demais,
Dos de casa e do Sanatório...
Um gato arisco,
Desconfiado,
Olhar esquivo...
Os outros, não –
Vinham para o meu colo,
Passeavam sobre a mesa do escritório,
Esfregavam em mim
O seu rabo –
Queriam carinho,
Olhar meigo –
Ronronavam e...
Fumavam comigo
Os meus cigarros de papel,
Ou de palha...
O outro, descendente, talvez,
De um chacal,
Ou de um cachorro-do-mato,
Era um gato que me preocupava...
De quando a quando,
Em minhas loucuras,
Eu falava com ele:
- “Mancha” – era o seu nome –,
Que tipo de gente
Você há de ser, quando crescer –
Quando você “virar” gente!...
Ele ficava me olhando,
Não sei se com vontade
De saltar sobre o meu pescoço,
Pegando-me pela jugular...
Nunca se misturava com os outros,
Batia nas gatinhas
Das quais abusava – violentando-as...
Tinha atum à sua disposição,
Mas preferia dilacerar as rolinhas
E as pombas,
E os pintainhos, do quintal da vizinha...
“Mancha” era o único
Que defecava dentro de casa –
De propósito, creio!...
Com toda a minha parca Psiquiatria,
Eu não conseguia
Desvendar o seu psiquismo...
Um dia, contei para o Chico –
Para o Chico Xavier – sobre o “Mancha”...
Ele ouviu-me e respondeu,
Franzindo a testa:
- Ah, Doutor, tudo começa aí,
Lá atrás!...
A verdade é que eu nunca
Consegui cativar o “Mancha” –
Ganhar a confiança dele...
Sinceramente, eu penso
Que existem espíritos assim –
Irmãos do “Mancha” –
Irmão siameses...
Não querem abdicar do instinto
Pela razão...
Trocam de corpo,
Mas não mudam a alma...
Questão de escolha, de preferência?!
Não sei...
Nunca mais vi o “Mancha”,
Depois que ele, primeiro, e eu, depois,
Batemos as botas...
No entanto, quando me deparo,
Na Terra,
Com alguém estranho,
Muito estranho,
Olhar esquivo,
Exigente,
Violento,
Quase mau,
Parecendo ter
Uma raiva crônica do Criador,
- Eu sei que não houve tempo
Hábil para tanto! –
Eu penso assim:
- Meu Deus, esse homem
Talvez seja a reencarnação do “Mancha”!...
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 17 de Agosto de 2020.

PERANTE A VIDA

Em verdade, o sistema solar, - vasto e sublime edifício, de que somos reduzido apartamento, - é um império maravilhoso de luz e de vida, cuja grandeza mal começamos a perceber.

Basta lembrar que a sede rutilante desse largo domínio cósmico, representada pelo divino astro do dia, detém o volume correspondente a um milhão e trezentas mil Terras reunidas, e basta recordar que Júpiter, o filho mais importante do Sol, é mais de mil vezes maior que o nosso Planeta.

Mas, não é somente a massa comparada desses gigantes do Espaço, que precisamos examinar para definir, com segurança, a nossa pequenez.

Reportemo-nos, igualmente, às distâncias, recordando que Marte, o nosso vizinho mais próximo, quando menos afastado do educandário em que estagiamos, movimenta-se a cinqüenta e seis milhões de quilômetros de nós, oferecendo-nos justas reflexões quanto aos estreitos limites de nossa casa terrestre.

Registre-se ainda que o nosso Sistema, ante a amplidão ilimitada, é insignificante domicílio na cidade imensa da Via-Láctea, na qual milhões de sóis, transportando consigo milhões de mundos, tanto quanto nos ocorre, procuram, através do movimento e do trabalho incessantes, a comunhão com a indefinível Majestade de Deus.

Vega, Sírius, Canopus e Antares, sóis resplendentes, junto dos quais o nosso não passará de ponto obscuro, à maneira de lâmpada humilde no coro da imortalidade, constituem palácios suspensos, onde a beleza e a perfeição adquirem aspectos inabordáveis, ainda ao nosso campo de expressão.

Todavia, é preciso calar, de algum modo, o êxtase que nos assalta, ante a magnificência do Universo,para atender às obrigações que o mundo nos exige.

Somos demasiadamente pequeninos para arrojar ao Cosmo o escalpelo de nossas indagações descabidas.

Aves implumes no ninho da vida eterna, achamo-nos, ainda, muito longe das asas com que ultrapassaremos nossas justas e compreensíveis limitações.

Por isso mesmo, embora aguardando a celeste herança que nos é destinada no curso dos milênios, busquemos construir a casa de nossos destinos sobre a Rocha do Amor, - Jesus Cristo, - o Sol Espiritual que nos acalenta e soergue para o grande futuro.

Antes da ascensão a outras esferas, atendamos a necessidades de nossa própria moradia.

Melhoremo-nos para que a nossa residência melhore.

Ajudemo-nos uns aos outros, para que a vida, em nosso plano, se faça menos dolorosa e menos inquietante.

E, convertendo nosso mundo, pouco a pouco, no santuário vivo em que Jesus se manifeste, estejamos convictos de que a Terra, hoje escura, amanhã se transformará no espelho divino em cuja face à glória de Deus se refletirá.


Livro – INTERVALOS – Francisco Cândido Xavier – Emmanuel - Cap 15

16.8.20

Mudança Moral

A parte mais significativa das mudanças em curso é de ordem interior. O que se passa no planeta terá suas repercussões em diversos matizes, um, porém, é o centro de todos eles: a mudança moral.

Foi com esta finalidade que o nosso Senhor Jesus Cristo veio há dois mil anos e nos deixou o compêndio ideal para fazer esta transformação interior: o Evangelho.

Nele, estão contidas todas as informações necessárias para a evolução da humanidade.

No Evangelho de Jesus encontraremos a chave mestra que disciplinará estas mudanças de caráter íntimo: o amor.

A síntese de progresso moral a partir da aprendizagem do amor representa um avanço significativo da humanidade em direção a sua verdadeira felicidade.

Os argumentos em contrário têm a finalidade de confundir as mentes que estão ávidas por um novo alento as suas vidas.

O amor representa a síntese das virtudes humanas e Jesus, sabiamente, soube levar este conceito às massas ignorantes da realidade das coisas através de histórias do dia a dia, mas sobretudo pelo seu eloquente exemplo de vida.

Ao se tornar a figura central do amor na Terra, Jesus colocou-nos na condição de seus fiéis imitadores.

Neste caso, não é feio copiar alguém, pelo contrário, quisera que todos pudessem copiar a Jesus, o mundo estaria mais florido e cheio de bênçãos.

Por não escutar a palavra do Cristo, a humanidade rasteja num emaranhado de coisas que somente a faz se atrasar no alcance de seu destino inevitável.

As grandes massas estão ávidas em aprender o Evangelho. Elas sabem, no fundo, que não existe outro remédio melhor, mas ainda teimam em ficar presos às condições limitantes da matéria e do ego.

Ao nos incitar a conhecer a verdade, Jesus deu-nos o código da libertação definitiva.

A verdade a que Ele se referia dizia respeito a encontrar a nossa essência e nela pautarmos a nossa vida.

Falava da realidade espiritual, um reino que não podia ainda ser desse mundo, pois a materialidade iria prevalecer ferozmente por muito tempo.

Ao nos libertarmos das grades da matéria, haveremos de nos encontrar livres para viver plenamente a vida no espírito. A única condição existencial para ser feliz.

Conhecer a verdade e colocá-la em prática é desafio diário de todo aquele que se diz seguidor do Nazareno.

Cada um, portanto, que carregue sua cruz e o siga.


Helder Camara - Blog Novas Utopias

15.8.20

RECADO DE IRMÃO

Se encontras no teu caminho

Tantas pedras de tropeço,

Recorda, por onde fores,

Que a vitória tem seu preço.


Paga a cota que te cabe

Nos testemunhos de fé,

Esforçando-te na luta

Para suster-te de pé.


Traça a rota que desejas

Alcançar na tua vida

E não consintas que nada

Atrapalhe-te a subida.


Não dês ouvidos a quem

Procura te convencer,

Com estranhos argumentos,

De que ser bom é sofrer.


Nem escutes quem te diga

Que perdes a mocidade,

Desperdiçando o teu tempo

Agindo na caridade.


Não te detenhas! Caminha...

Deixa quem queira ficar,

Sozinho, na retaguarda,

Somente a se lastimar.


Segue feliz, sempre adiante

Na senda que te conduz,

Sem jamais perder de vista

As pegadas de Jesus!...

 

Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, na noite de 25 de Outubro de 1990, em Uberaba – MG).

14.8.20

O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA - Do Átomo ao Anjo

https://youtu.be/NtqlJ0VxhUc


Sebastião Camargo - Autodidata, aprofundou-se no estudo das três vertentes do Ensino Universal dos Espíritos, a Filosofia, a Ciência e a Moral. Trabalha para a causa do Cristo por amor, e se dedica, há mais de 20 anos, ao projeto "O Despertar da Consciência".
Vídeo projetado em fevereiro de 2019 na Casa Espírita de Oração Amor e Luz

Deus é meu pastor, não me faltará

O Salmo 23 é um dos mais belos da Bíblia. Nele está toda confiança que se pode depositar em Deus.

Este Salmo faz parte da oração na sinagoga judaica e é recitado (cantado) no fim do Ofício de Cabalat Shabat, que significa recebimento do sábado.

Quando realizam esta oração, os judeus utilizam com relação a Deus o título de Adonai que significa meu Senhor.

A história deste Salmo representa confiança e esperança em Deus. Quando David o compôs, ele vivia um dos mais perigosos e desencorajadores períodos de sua vida. Era um fugitivo derrotado, fugindo do rei Saul e seu exército.

Naquele momento, ele se embrenha no deserto da Judeia e diante de toda a esterilidade e solidão do deserto, compõe este belíssimo hino de confiança em Deus. David sente que diante daquela imensidão de deserto que parece nada existir, está Deus que sempre está conosco em qualquer dificuldade de nossa vida. Ele não nos abandona nunca.

David não limita sua inspiração a si próprio; mas a utiliza para cantar para todo o povo de Israel, recordando como Deus proveu toda nação através dos quarenta anos vividos no deserto.

Este Salmo é recitado após lavar as mãos e antes das bênçãos, ao término das refeições.

A guematria (ciência dos números), explica a ligação entre o Salmo 23 e a refeição. O Salmo contém 57 palavras, que é o mesmo valor numérico da palavra Zan, alimento. A interpretação, segundo a guematria acrescenta, ainda, que o Salmo contém 227 letras, o equivalente numérico da palavra (Brachá), bênção. Os que recitam este Salmo e vivem de sua mensagem serão sempre abençoados com muitas bênçãos.

Conta a tradição Judaica que David escreveu a maioria dos seus Salmos, inspirado pelo Santo Espírito (Rúach Ha-Kodesh), quando a harpa pendurada sobre sua cama tocava, à meia-noite, ao sopro de um vento do norte. David despertava e começava a compor. Ainda segundo a tradição, as cordas dessa harpa eram feitas do intestino do cordeiro oferecido em sacrifício a Deus por Abraão, em lugar de seu filho Isaac, no monte Moriá.

A tradução deste Salmo, através dos séculos tem escondido ou deturpado o seu verdadeiro significado. Trazemos para você a riqueza da linguagem deste Salmo, quando o traduzimos em sua essência original hebraica.

Tenho muito respeito pelos tradutores da Bíblia de Jerusalém, mas neste salmo eles deixaram muito a desejar.

Vejamos a tradução do Salmo 23, segundo a Bíblia de Jerusalém.

“O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera minha alma; guia-me por veredas de justiça, por amor do seu nome. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo. A tua vara e teu cajado me consolam. Preparas uma mesa, perante mim na presença dos meus inimigos. Unges a minha cabeça com óleo; meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão, todos os dias da minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias”. (Tradução da Bíblia de Jerusalém- Edições Paulinas, 4a. reimpressão, 1989).

Apresentaremos agora a verdadeira tradução, com comentarios, para que você possa comparar.

“Deus é meu pastor não me faltará”. Todos os tradutores levam esta primeira frase do Salmo para um sentido que muda completamente o que realmente David quis dizer. David, na verdade está dizendo: “Deus é meu pastor, não me faltará”. Todos teimam em traduzir “nada me faltará”, como se Deus fosse apenas um provedor das coisas materiais que precisamos, no entanto, aqui significa que é o próprio Deus quem não nos faltará. É o próprio Deus que nos assiste na dificuldade. É o próprio Deus a nos prover de tudo que necessitamos principalmente as necessidades espirituais.

É necessário ressaltar ainda que todos os verbos desse salmo estão no futuro, embora a maioria dos tradutores os coloquem no presente.

Naquela época, os hebreus eram um povo, que tinha como principal atividade cuidar de rebanhos e essa imagem do pastor é colhida no âmago de sua vida cotidiana. Da vigilância do pastor dependem a saúde dos rebanhos e a prosperidade da tribo.

O pastor é o símbolo da proteção, é ele quem conduz as ovelhas para o abrigo por ocasião do tempo inclemente e é quem as defende contra animais e bandidos. O título de pastor era dado aos reis e deuses. David era pastor e matou leões e ursos para defender seu rebanho. (I Sm 17: 34-37). Jacó foi pastor (Gn. 31: 38-41). O Cristo se intitulou o Bom Pastor.


Severino Celestino da Silva - Jornal Correio Espírita

13.8.20

DESENCARNAÇÃO DO ESPÍRITO

"Metamorfoseada, pois, não obstante o fenômeno da desencarnação, a personalidade humana continua, além-túmulo, o estágio educativo que iniciou no berço, sem perder a própria identidade, somando consigo as experiências da vida carnal, da desencarnação e da metamorfose no plano extrafísico." - André Luiz

Apenas quando os acontecimentos da morte se realizam, é que a criatura humana desencarnada, plenamente renovada em si mesma, abandona o veículo carnal a que se jungia; contudo, muitas vezes aprisionada ao casulo dos seus pensamentos dominantes, quando não trabalhou para renovar-se, nos recessos do espírito, passa a revelar-se em novo peso específico, segundo a densidade da vida mental em que se gradua, dispondo de novos elementos com que atender à própria alimentação, equivalentes às trompas fluidico-magnéticas de sucção, embora sem perder de modo algum o aparelho bucal que nos é característico, salientando-se, aliás, que semelhantes trompas ou antenas de matéria sutil estão patentes nas criaturas encarnadas, a se lhes expressarem na aura comum, como radículas alongadas de essência dinâmica, exteriorizando-lhes as radiações específicas, trompas ou antenas essas pelas quais assimilamos ou repelimos as emanações das coisas e dos seres que nos cercam, tanto quanto as irradiações de nós mesmos, uns para com os outros.


Livro: Evolução em Dois Mundos - Francisco C Xavier - Waldo Vieira - Espírito: André Luiz 

12.8.20

MINISTROS DE DEUS

 Comentários Questão 558 do Livro dos Espíritos


Vibrante em toda a extensão da universalidade é a resposta à pergunta focalizada que, por sua profundidade, temos a alegria de transcrevê-la, para maior elucidação do texto:

"Concorrem para a harmonia do universo, executando as vontades de Deus, cujos ministros eles são. A vida espírita é uma ocupação contínua, mas que nada tem de penosa, como a vida na Terra, porque não há a fadiga corporal, nem as angústias das necessidades."

Os ministros de Deus são os Espíritos puros, sem vínculo algum com a ignorância humana; portanto, eles sabem o que fazem e o Senhor dispensa confiança a todos os Seus cooperadores em exercício no universo. A ação dos Espíritos superiores é intensa, mas, sem a fadiga que conheces. Não entra nas suas cogitações mentais a fadiga, por não estarem ligados a corpos materiais e, como já dissemos, sujeitos às provas necessárias aos que ainda não se libertaram das paixões inferiores.

Eles não têm mais o que resgatar, não existem em seus caminhos as provas que as criaturas enfrentam na Terra para o devido despertamento das qualidades espirituais que todos possuímos. O trabalho os motiva para a alegria, como prazer na cooperação ao Pai que a tudo comanda. Esses Espíritos da confiança de Deus, sob o comando de Jesus, obedecem às ordens do Mestre, que as recebe diretamente de Deus, e as espraia na Terra, quando se trata de serviço neste orbe. Quando partem para outros mundos, o comando é do guia espiritual daquelas regiões.

Ninguém foge à ordem e à lei asseguradas pela disciplina, regida por amor. Todos que vivem e agem em qualquer parte da criação precisam dos outros; somente Deus é Soberano na sustentação da vida. No amanhã, poderás ser um ministro do Senhor; basta que cresças compreendendo o trabalho que deves realizar, basta que cresças no amor para amar sem distinção, desconhecendo o mal dentro de ti, mas compreendendo porque existe a desarmonia nas mentes que procuram acordar para a realidade.

Começa a ser um ministro em teu lar, sem imposição aos que vivem sob tua proteção. Deixa desfazer em todo o teu ser o perdão, a fraternidade pura, e não te esqueças do trabalho honesto. Eis os primeiros passos para que tenhas em mãos a confiança de Deus para outras etapas de serviço: não julgues a ninguém; ajuda a todos em silêncio; não deixes ver uma mão o que a outra faz.

Além do ministério do lar, existem em toda a vida, muitos outros ministérios, e todos se movem pelo amor que se possa oferecer às criaturas e às coisas criadas por Deus.

Obriga-nos a necessidade de crescer, a compreensão mais profunda das nossas obrigações para com o Senhor e a sociedade. Quanto mais é elevada a criatura, neste e no outro mundo, mais realizações tem para fazer, sem tristeza, sem fadigas e sem angustias porque o amor cobre tudo e transforma todas as contingências do mal em operação do bem, para a felicidade de todos. Por isso o apóstolo João disse: Deus é Amor.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

11.8.20

AMEALHAR, RETER E DAR

Entesourando as bênçãos divinas, no campo de trabalho que fomos trazidos a lavrar, aprendamos com a Natureza, a fim de que estejamos vacinados contra o vírus da usura.

A represa não congrega inutilmente as águas da fonte no próprio seio, quando se dispõe a servir, acionando a engrenagem da usina.

A planta que assimila o oxigênio não lhe recolhe as vantagens tão somente para si, mas mobiliza-o, diariamente, na purificação da atmosfera.

A árvore retira do solo a seiva de que se alimenta, mas não devora os próprios frutos, de vez que os estende, prestimosa, a benefício de todos.

A enxada recebe a carinhosa atenção do cultivador, entretanto, faz-se com ele a infatigável benfeitora da sementeira.

Amealhar com sobriedade, para dar no momento oportuno, é virtude que não nos cabe menosprezar.

Todavia, monopolizar os recursos da Terra e açambarca-los pela ânsia da posse desnecessária, é moléstia perigosa do Espírito que, distraído e imprevidente, se arroja ao inferno da cobiça, onde padece o insulto de acerbas desilusões.

Assim como a podridão é o salário do poço estagnado e assim como a ferrugem é a recompensa da enxada preguiçosa, o martírio moral será sempre a retribuição da vida aos que segregam as possibilidades sem ajudar a ninguém.

Valorizemos nossas reservas de trabalho e de amor, veiculando-as, cada dia, no amparo aos que nos cercam.

A moeda que transformamos em remédio ao doente e me socorro ao necessitado, é bênção com que impulsionamos a Terra na direção do Céu; e o minuto que convertemos em felicidade, para os nossos irmãos, é bênção com que ajudamos a construção do Céu na Terra.

Rendamos culto, incessante à genuína fraternidade e, desse modo, dando quanto pudermos, como pudermos e onde pudermos, seremos eternamente ricos do Suprimento Divino, que jamais cessará de fluir, providencial e generoso, por nossas próprias mãos.


Livro – INTERVALOS – Francisco Cândido Xavier – Emmanuel - Cap.14

10.8.20

Constelação Familiar

“COM A RAPIDEZ DE UM RELÂMPAGO”

187. A substância do perispírito é a mesma em todos os globos?

- Não: é mais eterizada em uns do que em outros. Ao passar de um para outro mundo, o espírito se reveste da matéria própria de cada um, com mais rapidez que o relâmpago. (De “O Livro dos Espíritos”)

Com base na resposta que os Espíritos forneceram a Kardec na questão acima, há quem conteste a tese da Reencarnação no Mundo Espiritual, ignorando que, muitas vezes, os Espíritos Superiores carecem de recorrer a determinadas metáforas na tentativa de elucidarem certas questões.

Infelizmente, mesmo na condição de espírita, ou se dizendo que o seja, há ainda quem, exageradamente, se apegue à letra, não logrando efetuar raciocínios para além do que, nesse ou naquele texto, as palavras sugerem.

Em a Natureza – trata-se de uma Lei – nada dá saltos – a não ser, obviamente, o grilo, o sapo e... os que, para negarem a Verdade, dão-se a inúmeras acrobacias de ordem mental...

Os primeiros ancestrais do homem “apareceram” cerca de 4 milhões de anos atrás! A Terra, que começou a se formar de um único átomo, qual o Universo de um “ovo”, conta com a idade de 4,5 bilhões de anos! – no dizer de André Luiz, em “E a Vida Continua...”, antes de se “coagular”, a matéria não passava de energia dispersa nos Cosmos...

A reencarnação de um espírito para se completar, por exemplo, no orbe terrestre, leva um tempo aproximado de nove meses – embora anotemos a tendência para que este tempo de gestação venha a se encurtar... Todavia, concordamos, a fecundação do óvulo pelo espermatozoide, figuradamente (em cinco minutos ele alcança a Trompa de Falópio), dá-se “com a rapidez de um relâmpago”... Alguém conhece alguma semente que passa à floração sem antes ter germinado?!

O próprio fenômeno da desencarnação não acontece, na liberação do espírito dos liames que o retém à matéria, de um momento para outro – alguns, fisicamente, até que logram desencarnar rápido, mas não “desencarnam” o pensamento com a mesma velocidade – chegam a reencarnar de novo, sem que tenham “desencarnado” o pensamento!...

Carecemos, sim, de movimentar as forças da inteligência e nos despirmos de dogmatismos, pelo menos, parcialmente, ou, ainda, de interesses pessoais, para atinarmos com o espírito certos ensinamentos. Vejamos: Allan Kardec e os Espíritos da Codificação inúmeras vezes mencionam que “os tempos são chegados” – tempos, que passados 163 anos de seu prenúncio, ainda não chegaram... O Codificador teria se equivocado e... os Espíritos também?! Claro que não. Tomemos a informação do ponto de vista da relatividade, porque, de fato, ante as centenas de séculos que se foram, “os tempos são chegados” – tempos esses que, caso venham a se referir a mais quatro séculos, ou cinco, são para “daqui a pouco”...

Façamos, ainda, outra consideração. Os espíritos mais evolvidos, quando passam de um mundo inferior a outro superior, não se demoram tanto quanto os “humanos” se demoram para regressarem ao orbe terrestre... Os processos da Reencarnação vão se aperfeiçoando, ao ponto de os Espíritos dizerem na questão de número 183, da Obra Basilar da Doutrina: - Passando de um mundo para outro, o espírito passa por nova infância? Resposta: - A infância é por toda parte uma transição necessária, mas não é sempre tão ingênua como entre vós.

Para encerrar, queremos dizer o seguinte: o fenômeno da fecundação ocorre “com a rapidez de um relâmpago”, ou seja, quase que com a velocidade da luz, mas a formação do novo corpo que o espírito haverá de habitar acontece “com a velocidade do som”...

Todavia, o exposto neste pequeno post terá proveito apenas para aqueles que têm olhos de ver e ouvidos de ouvir – quanto aos voluntariamente cegos e surdos, de nossa parte, nada podemos fazer.


INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

Uberaba – MG, 10 de Agosto de 2020.

9.8.20

Alerta Geral

“Quem tenha ouvidos para ouvir que ouçam. Quem tenha olhos para ver que vejam.”

Estas máximas evangélicas ganham contornos sombrios nos tempos que se aproximam.

A temperatura da Terra vai aumentar grandemente e nos dois sentidos. O planeta esquentará e com isso trazendo crises ambientais e ferverá nas suas entranhas espirituais trazendo consigo dor e ranger de dentes.

O que se aproxima é mais um teste para os seres humanos poderem suplantar mais um estágio evolutivo da casa planetária que reside e que reclama urgentemente atenção e carinho.

O que todos sabem e cogitam acontecerá. Não como um castigo divino, mas como uma consequência natural da incúria humana. Um aviso gigantesco diante do desleixo que tivemos com a nossa morada terrena.

De outro lado, o que reverbera são as nossas iniquidades, o nosso desapreço contra o próximo, o nosso esquecimento divino. Tudo passará entre o céu e a terra fazendo valer as profecias bíblicas.

Não nos acovardamos diante das lutas que se aproximam. Ao espírita e bom cristão chegarão as benditas oportunidades de provarem a sua fé e a sua firmeza moral, além das suas convicções mais enraizadas que deverão sair da mente e encontrar eco nas ações refazentes de si mesmo e do mundo que reclamará nova ordem de coisas.

Ao que tudo indica, o fim está próximo. Não o fim material, mas a conclusão de uma etapa decisiva para poder se reclassificar a posição da Terra no concerto dos mundos.

As crises em curso serão tamanhas que muitos pensarão que o Cristo nos abandonou. Ele, pelo contrário, nunca esteve tão perto de nós como afirmam os espíritos angelicais. É nesta hora decisiva que vivemos que Ele se aproxima para dirigir mais firmemente os nossos destinos.

Agora, o que se pede a todo homem de boa vontade é consciência e ação. Consciência dos tempos de transformação que vivemos e ação imediata no bem e na direção das mudanças inadiáveis.

O Cristo nos espera para que com Ele produzamos estas tais mudanças, sem outro desejo senão de salvar a todas as ovelhas que o Pai lhes confiou.

A hora é agora. Não estamos na Terra neste instante decisivo a passeio. Deixem para outro momento a vivência das glórias da matéria. Esta hora é de ação no bem – já alertamos.

Os trabalhadores da última hora são chamados para este desiderato. Não nos atrasemos. Estejamos à postos para a lide que nos espera.

Não há mais tempo – é isso que bradam os céus. Escutem!

Nós, os espíritos operários do Senhor Jesus, estamos a postos e contamos com a parceria sincera daquele que acreditam-se despertos para este instante de separação do joio do trigo.

Abram as vossas mentes para a nova era, mas, acima de tudo, estejam de corações abertos para a mudança em si que reclama atitude há muito tempo.

Os novos ares já chegam. Sintam e vivam este momento.

Abandonem de vez os vícios do passado.

Deixem de lado os prazeres ilusórios da carne.

Abracem a nova era com destemor e firmeza, pois que é somente para estes que o Cristo aguarda para trilhar a segunda milha.

Adiante, irmãos! Não há mais tempo para esperar.

Aguardamos você para construir a era do espírito que nos fará mais próximos do Cristo e de Deus, nosso Pai Eterno.

Da irmã e trabalhadora humilde do Cristo,


Maria Modesto Cravo- Blog de Carlos Pereira

8.8.20

MENSAGEIRO DO BEM

Mensageiro do Bem, que não descansa,

Se o mar da própria vida se encapela,

Singra as águas da indômita procela,

À procura do Porto da Bonança.


Alteia a luz da fé por sentinela

Na escura tempestade que te alcança,

Que o Excelso Timoneiro da Esperança

Ao leme de teu barco se desvela.


Não te amedronte o estrondo da tormenta,

Da estranha força que se movimenta,

A fim de soçobrar-te, ante o perigo...


Um dia, além da rota que te espera,

Lá onde reina Eterna Primavera,

Descansarás em remansoso abrigo!...


Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do “Grupo Espírita da Prece”, na noite de 18 de Março de 1989, em Uberaba – MG).

7.8.20

AMOR e ÓDIO

O CRISTO CONSOLADOR

Consolador prometido

Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: - O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. -Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito. (S. JOÃO, cap. XIV, vv. 15 a 17 e 26.)

Jesus promete outro consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro para o compreender, consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito. Se, portanto, o Espírito de Verdade tinha de vir mais tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não dissera tudo; se ele vem relembrar o que o Cristo disse, é que o que este disse foi esquecido ou mal compreendido.

O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas. Advertiu o Cristo: "Ouçam os que têm ouvidos para ouvir." O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente lançado sobre certos mistérios. Vem, finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores.

Disse o Cristo: "Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados." Mas, como há de alguém sentir-se ditoso por sofrer, se não sabe por que sofre? O Espiritismo mostra a causa dos sofrimentos nas existências anteriores e na destinação da Terra, onde o homem expia o seu passado. Mostra o objetivo dos sofrimentos, apontando-os como crises salutares que produzem a cura e como meio de depuração que garante a felicidade nas existências futuras. O homem compreende que mereceu sofrer e acha justo o sofrimento. Sabe que este lhe auxilia o adiantamento e o aceita sem murmurar, como o obreiro aceita o trabalho que lhe assegurará o salário. O Espiritismo lhe dá fé inabalável no futuro e a dúvida pungente não mais se lhe apossa da alma. Dando-lhe a ver do alto as coisas, a importância das vicissitudes terrenas some-se no vasto e esplêndido horizonte que ele o faz descortinar, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem de ir até ao termo do caminho.

Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITSMO - Allan Kardec 

6.8.20

Ciladas

    Na trajetória humana em favor do desenvolvimento moral e intelectual, o Espírito, não poucas vezes, defronta armadilhas bem urdidas, nas quais tomba, de maneira irreversível, comprometendo-se por largo período...
    Constituem testes à resistência moral de todo jornadeiro que se aprimora através das experiências da evolução.
    Ninguém, que desempenhe funções ou papéis relevantes, que não seja surpreendido por esses mecanismos perigosos que lhe põem à prova a capacidade mental e as resistências morais.
    Sutis, algumas vezes, apresentam-se como dourados atrativos que seduzem e terminam por envilecer o caráter de quem lhes aquiesce ao convite.
    Noutras ocasiões, surgem de inopino, ameaçadoras e voluptuosas, surpreendendo e obrigando as vítimas a capitular, inermes, interrompendo o ritmo do ideal, da conduta, do trabalho a que se afervoram.
    Algumas anunciam favores e glórias fascinantes que atingem a sensibilidade emocional, levando a paixões de afetividade doentia...
    Inúmeras outras assumem o odioso aspecto da animosidade e da perseguição inclemente e gratuita, que termina por desestruturar aquele que lhe padece o cerco.
    Normalmente, fazem-se insinuantes e agradáveis, sem aparente malícia nem mácula, culminando pelo envolvimento daquele que se permite fascinar pelo engodo de que se revestem.
    Semelhante ao que ocorre com os insetos colhidos nas malhas brilhantes da teia de aranha que os espreita, a fim de devorá-los depois, logra êxito em razão dos fios viscosos e de aparência inocente que retêm as presas incautas, impossibilitadas de qualquer forma de libertação.
    Existem  ciladas licenciosas, vulgares, insensatas, em que muitos corações gentis e dóceis se enleiam, comprazendo-se, irresponsavelmente, no comportamento divertido que se torna chulo e perturbador.
    Diversas outras são refinadas e trabalham a presunção do indivíduo invigilante, afastando-o do convívio social saudável que parece asfixiá-lo, isolando-o na alienação da falsa autossuficiência...
    As ciladas constituem recursos perturbadores durante a experiência humana que têm a finalidade de proporcionar a aquisição de resistências espirituais e de valores pessoais ao indivíduo, mediante os quais o Espírito se enriquece de sabedoria.
    Todos os seres humanos, de uma ou de outra maneira, experimentam-nas durante a vilegiatura terrestre.

 Divaldo Pereira Franco ,ditado pelo Espírito Joanna de Angelis