31.12.12


Metas para um Novo Ano
Meus queridos amigos,
Mais um ano se vai e o que você fez?
O que você construiu na sua vida?
Você deixou o tempo passar ou você foi atrás dos seus sonhos?
Esta hora de avaliação do ano tem que ser muito sincera. Você não pode mentir para si mesmo. Se acertou, parabéns. Se errou, aprenda o que tem que mudar.
Comigo era assim, eu analisava tudo que fazia e, no balanço geral, dava uma nota para mim. Às vezes, dava um 8 e não sabia direito se estava sendo benevolente ou justo comigo.
Às vezes, dava um 6. O 6 era uma nota muito baixa. Achava que estava sendo rigoroso demais, mas, no final, achava que merecia aquela nota. Isto me incentivava a correr ainda mais no alcance dos meus objetivos.
Eu tinha objetivos, objetivos muito claros do que queria fazer, para onde queria ir. Isto me ajudou bastante na minha caminhada, pois quando eu fazia alguma coisa, sabia que estava perseguindo um determinado objetivo.
Uma nota que me dei, a certa altura da vida, foi decisiva para mim. Dei-me 10. Achava que estava sendo presunçoso, mas me dei 10. Minhas metas pessoais haviam sido cumpridas uma a uma. Havia sido um padre correto, um amigo exemplar, alguém solicito, verdadeiro, enfim, eficiente com meus objetivos.
Cheio de mim, me perguntei o que faltava. Faltava perguntar a Deus qual a nota que Ele daria a mim. Quando fiz este raciocínio, vi que minha nota estava minguando. Parei logo de proceder este caminho de possível avaliação divina porque percebi que poderia ser redondamente reprovado pelo Senhor.
Meus irmãos, quando estabelecermos as nossas metas pessoais, tentemos contemplá-las com a vontade divina em nossas vidas. Haverá um bem-estar enorme quando compatibilizarmos a nota de Deus com a nossa.
Santo Agostinho, pelo que sei, fazia diariamente esta avaliação de vida. Era mais rigoroso do que eu.
O que importa, meus irmãos, é dar sentido à vida. É estar consciente de nossas responsabilidades maiores.
Sejamos rigorosos, mas não impiedosos.
Sejamos conscientes que nossa jornada é imensa e que apenas começa.
Onde quer que esteja, avalie sobre a vida e o peso dos seus atos, sobretudo o que poderia fazer e não fez.
Desejo neste novo ano, que em breve começa, que você se encontre com os objetivos de Deus na sua vida. Assim sendo, sua vida será de graças se você, principalmente, deixar ouvir Deus no seu coração e cumprir a Sua vontade 
maior em sua vida.
Neste instante, você se dará 10. Não porque foi perfeito, mas porque permitiu que Deus Pai crescesse em você, nos seus gestos e obras, na sua fala generosa.
Que Deus abençoe os seus dias!
Helder Camara pelo médium Carlos Pereira

30.12.12


Maus Obreiros
 "Guardai-vos dos maus obreiros." - Paulo (Filipenses, 3:2).
 Paulo de Tarso não recomenda sem razão o cuidado a observar-se o assédio dos maus obreiros.
 Em todas as atividades do bem,  o trabalhador sincero necessita preservar-se contra o veneno que procede do servidor infiel.
 Enquanto os servos leais se desvelam, dedicados, nas obrigações que lhes são deferidas, os maus obreiros procuram o repouso indébito, conclamando companheiros à deserção e à revolta. Ao invés de cooperarem, atendendo aos compromissos assumidos, entregam-se à crítica jocosa ou áspera, menosprezando os colegas de luta.
 Estimam as apreciações desencorajadoras.
 Fixam-se nos ângulos ainda inseguros da obra em execução, despreocupados das realizações já feitas.
 Manuseiam textos legais a fim de observarem como farão valer direitos com esquecimento de deveres.
 Ouvem as palavras alheias com religiosa atenção para extraírem os conceitos verbais menos felizes, de modo a estabelecerem perturbações.
 Chamam covardes os cooperadores humildes, e bajuladores os eficientes ou compreensivos.
 Destacam os defeitos de todas as pessoas, exceto os que lhes são peculiares.
 Alinham frases brilhantes e complacentes, ensopando-as em óleo de perversidades ocultas.
 Semeiam a dúvida, a desconfiança e o dissídio, quando percebem que o êxito vem próximo.
 Espalham suspeitas e calúnias, entre os que organizam e executam.
 Fazem-se advogados para serem acusadores.
 Vestem-se à maneira de ovelhas, dissimulando as  feições dos lobos.
 Costumam lamentar-se por vítimas para serem verdugos mais completos.
 "Guardai-vos dos maus obreiros".
 O conselho do apóstolo aos gentios permanece cheio de oportunidade e significação.
Livro: “Vinha de Luz” - Francisco C Xavier - Emmanuel

29.12.12


Caminhos

Por onde devo caminhar na vida?
Esta pergunta é natural no processo de escolhas. Temos sempre dúvidas se devemos seguir este ou aquele caminho, pois não queremos errar.
Quando erramos isto nos dá um vexame e a sensação de perda de tempo, por isso, recorremos a muitas formas de consulta para evitar o equivoco de nossos atos.
Perder, meus irmãos, faz parte do mecanismo dos ganhos. Quem perde sabe que por aquele caminho não deve mais seguir. Alguém pode dizer que é doloroso, que faz sofrer. Não resta dúvida alguma, é verdade, que isso vá ocorrer, mas é o preço que tenha que se pagar para não errar mais. E tem gente que ainda erra, assim mesmo.
Meus queridos irmãos, tenho a impressão que o homem foi feito para acertar. É, tudo conspira nesta direção. Temos sempre, vejam bem, outra oportunidade para fazer as coisas. Num dado instante da vida, mesmo quando fazemos tudo errado, quando tudo parece não ter mais sentido, ainda assim aparece uma luz no final do túnel, um caminho alternativo, para nos tirarmos daquele lamaçal que nos atolamos.
Esperança para a humanidade é saber que temos um Deus Pai que olha a tudo e a todos e não deixa nada nos faltar. Podemos até achar que Ele nos abandonou, mas não abandonou, apenas espera a hora certa para colocar a Sua mão divina em nossas vidas.
Corrijamos os nossos passos quando verificarmos que entramos em barca furada. Tem gente que mesmo no atoleiro continua como uma mula no mesmo lugar para não dar o braço a torcer que fez uma besteira.
Meus irmãos, estejamos todos juntos para ajudar uns aos outros a não cometer erros. Ora, se vemos que nosso irmão vai para o “buraco”por que deixá-lo ir sem dar um aviso de seu equívoco? Você não gostaria de também ser ajudado numa situação como esta?
Apelo a Deus Pai que todos os Seus filhos sejam conscientes de seus atos, que não deixem se levar pela fantasia ou ilusão, que saibam discernir entre o mal e o bem, e, assim, saibam decidor bem sobre as coisas da vida.
Que Deus nos abençoe!
Helder Camara por Carlos Pereira

28.12.12


Coragem

Onde está a sua coragem?
Sem ela nada podemos fazer na vida. Somos obrigados a reconhecer que a coragem é uma das grandes virtudes do homem porque sem ela ficamos a mercê da sorte. Precisamos de coragem para tudo na vida.
A coragem nos faz alimentar esperança de vitória.
A coragem nos impulsiona para vencermos os desafios.
Sem a coragem é como se estivéssemos mortos, sem mais nada para fazer.
Quando me refiro à coragem, lembro imediatamente de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que homem de coragem! A sua coragem indômita fez-nos estar aqui hoje de cabeça erguida sem medo algum de ser feliz e de buscar os nossos próprios caminhos para a redenção.
Foi Ele que nos mostrou o que devemos fazer diante da caminhada difícil.
Foi Ele que ilustrou, com seus exemplos, a forma de caminhar.
Foi Ele que procurou nos incentivar na caminhada que iríamos enfrentar.
Homem nenhum pode perder a coragem. A coragem nos faz ser mais humanos, irmãos. Ao enfrentar qualquer peleja na vida, tenha em mente que Deus está do seu lado. Se aquilo for algo que lhe faça bem, haveremos de vencer. Se, porém, for algo que nos faça mal, deixemos que os desígnios do Pai nos permita assimilar o revés como fonte de inspiração para novas lutas.
Nosso Pai que está nos céus a tudo vê e sabe o que seja melhor para todos nós. É com este pensamento que devemos tocar a vida, colocando tudo nas mãos do Criador.
Homem nenhum está isento das intempéries da vida. É natural que sinta medo. É natural, às vezes, que queira recuar, mas se estamos ancorados na fé maior, na fé no Pai Eterno, então, as nossas convicções se agigantam e tomam força e voz.
Confie no Pai. Quem está com Ele na caminhada difícil há de nada temer, porque se verá como instrumento da Sua vontade, tão somente.
Confie, irmão, confie e tudo haverá de ser como deve ser. Não mais.
Que Deus nos abençoe!
Helder Camara por Carlos Pereira

27.12.12


Questão 187 do Livro dos Espíritos
    A FORÇA MENTAL
    A mente educada é tudo para a felicidade da alma. As reencarnações sucessivas em variados mundos que circulam no espaço cósmico são escolas que têm a missão de educar a mente dos habitantes. Essa educação não se faz em curto espaço; ela leva milênios incontáveis, porque educação dos espiritos dentro das ordens de Deus não é o que se fala no mundo por alguns estudiosos, com idéias baseadas em repetições, por vezes, humanas. Tudo isso são processos e nunca a realidade das coisas de Deus.
    O despertamento espiritual vem pela força do tempo, nas condições naturais das atividades do bem, que os espíritos elevados nos revelam e as almas iluminadas nos deixam exemplos em várias posições onde são chamadas a servir. As regras humanas são falíveis e, muitas delas, perniciosas. A natureza nos ensina, na simplicidade da vida, como devemos levar uma vida honesta e com segurança pela fé.
    No que toca à vida de um espírito que mudou de mundo por necessidade evolutiva, ao chegar a esse mundo ele muda de roupagem e se reveste de outra compatível com aquele mundo que lhe empresta as condições de viver, como os homens fazem ao passar para outro país, cujo clima é diferente do de origem. A diferença é que se troca a roupagem perispiritual pelas forças mentais, com recursos do próprio mundo interno.
    A nossa mente é portadora de todos os recursos espirituais, de todos os elementos que se deseja, de toda a vida, por ser ela semelhante à Mente que a criou. Disse o livro sagrado: Vós sois deuses! De fato, todos nós, como filhos do Criador, somos Seus semelhantes, e temos todos os recursos para a nossa felicidade.
    A alma, quando passa para um mundo venturoso, troca de roupa fluídica. São os tecidos sutis do perispírito, feitos ou modelados de acordo com o mundo que deverá habitar. A troca é de acordo com as condições do mundo, para que o espírito encontre meios mais fáceis, instrumento mais adequado para viver, onde a paz e a felicidade possam ser seu clima de amor.
    Para isso, devemos começar, no mundo que nos encontramos, a educarnos em todas as modalidades que a nossa compreensão busca. Aos que já tiveram a felicidade de encontrar a Doutrina dos Espíritos, que Deus os abençoe, para que dela façam bom proveito e não percam a oportunidade de se aperfeiçoarem todos os dias, horas e minutos. Ela é o mesmo Cristo convidando os Seus discípulos para mais perto de Si.
    Devemos mudar de roupagens em todos os sentidos, no pensar, no falar, no escrever e nos atos, e que a nossa vida seja uma indústria de roupas na mais pura linhagem do amor, para que possamos encontrar o entendimento e com ele a paz espiritual, aquela paz com trabalho e aquele trabalho com amor e caridade.
    Tanto os corpos como os perispíritos, nos variados mundos, têm variações correspondentes com a evolução de cada mundo, pois essa é a justiça de Deus, dando a cada um o que ele merece dentro do padrão do que já conquistou nas dobras do tempo.
 
Livro: Filosofia Espírita IV - João Nunes Maia - Miramez

26.12.12

Encontro com Jesus

Certa vez, há bastante tempo, de pés calejados de muito andar, fui a determinada cidadezinha no meu Ceará. Ainda jovem e querendo mostrar trabalho, fui rezar uma missa a que me convidaram.
Fui entusiasmado com a possibilidade de servir como pároco temporário daquela cidade distante e pequena, quase uma rua só, mas estava feliz.
Ao iniciar a missa, via apenas alguns pingados de gente. Ora, pensava eu, vim de tão longe e ninguém aqui quis me ver, nem mesmo matar a curiosidade de um padre novo, mesmo que temporário.
Qual não foi a minha surpresa que, aos poucos, a igreja foi se enchendo. Senta aqui, senta acolá, e, no final, estava cheinha de gente e com alguns em pé.
Falei do Espírito Santo nas nossas vidas, o que é a graça de viver sob a sua égide e todos me aplaudiram no final pelo meu entusiasmo, certamente.
Ao cumprimentar a todos depois da missa alguém chegou e me disse que estavam ali depois de velar a um dos amigos da comunidade que acabara de morrer, daí o motivo do atraso.
Quis saber imediatamente quem era e se poderia dar os meus préstimos à família enlutada. Um senhor logo me disse que carecia não porque o homem era protestante e que a família não gostaria da minha presença na sua casa. Teimoso, pedi que me mostrasse a casa que queria ir lá de todo jeito.
Ao chegar, bati palmas, me apresentei e antes que dissessem qualquer coisa fui logo afirmando:
- Vim me solidarizar com a morte de meu irmão. Se Deus quiser, ele estará em bom lugar, mas devo dizer que o Pai Amantíssimo não vê a religião que abraçamos, mas o coração que possuímos.
O homem da casa me fixou os olhos e disse:
- Olhe, seu padre, nós todos estamos desconsolados com a morte de nosso irmão, mas o senhor veio dizer que é o coração que engrandece um homem perante os olhos de Deus. Pois bem, meu irmão era um homem de fé e trabalhador, então, Deus haverá de colocá-lo num bom lugar.
- Certamente, meu caro, certamente. Eu vou rezar uma missa em seu nome, se vocês me permitirem, logicamente, asseverei.
- Carece não, seu padre. Estamos todos na nossa igreja reverenciando a sua imagem. Fico contente, porém, com seu desprendimento, retrucou o irmão de homem que faleceu.
- Então, me permitam ir ao culto. Quero deixar claro que nada tenho contra qualquer dos meus irmãos de outras denominações, enquanto estiver por aqui.
Aceitaram-me a presença no culto e a cidade escandalizada com aquele meu ato. Uns aprovavam, outros censuravam. Não liguei. Fui ao culto protestante e lá pelas tantas o pastor pediu que eu rezasse a oração final.
Rezei. Pedi pela alma daquele nosso irmão e por todos ali da família. Consternado estava porque parecia que o irmão falecido era muito considerado pela comunidade.
Ao final, me abraçaram e um da família veio até mim e disse:
- Seu padre, hoje eu me encontrei com Jesus.
- Foi, como isso se deu?
- Quando o senhor entrou naquela porta eu disse para mim mesmo: ou ele veio nos catequizar ou veio prestar, de verdade, a sua solidariedade com a nossa dor. Como o senhor só falou coisa boa e de incentivo, acho que o senhor veio representando Jesus.
- Meu filho – disse -, todo aquele que vem falar em nome de Jesus, assim está representando-o. Eu sou apenas mais um.
Despedi-me e fui a pensar sobre aquela história. Estava intimamente feliz com minha iniciativa. De lá para cá, me convenci ainda mais que somos todos irmãos e que a fé, seja ela qual for, deve ser respeitada. Assim, se vive mais feliz e em harmonia.
Que neste natal do Menino Jesus, sejamos solidários com a dor do irmão, acolhendo-a como nossa.
Que sejamos solidários com a fé de quem que seja, porque todos estão referenciando a Jesus e a Deus – que é um só para todos.
Foi Jesus que nos ensinou a amarmos uns a outros e no seu natal não poderá ter expressão maior e melhor para fazer senão honrar os seus ensinamentos.
Que Deus nos abençoe!
Helder Camara pelo médium Carlos Pereira - 23/12/2012

25.12.12

BOA VIAGEM
Meu irmão, boa viagem,
Que o Senhor te guie e guarde...
Que o tempo passe depressa
E não voltes muito tarde.

O Ano Novo está à frente
E o trabalho nos espera...
Feliz de quem não se atrasa
No labor que persevera.

Precisamos difundir,
Ante a fé que testifico,
Que o Espiritismo, em essência,
É Jesus, Kardec e Chico.

No afã a que te entregares,
Imita o semeador,
Que sabe que toda ceifa
Sempre pertence ao Senhor.

Espalha a boa palavra
Da Mensagem Rediviva,
Que, perante o testemunho,
Nada teme e não se esquiva.

Se eu conseguir “passaporte”,
Muito mal falando inglês,
Nas terras do Velho Mundo,
Prometo estar com vocês...

Sei, porém, que proteção
Não faltará na jornada,
Com o nosso Dr. Inácio
Em vigilância dobrada...

No mais, que o Mestre Jesus,
Com o seu amor em ação,
Cruzando terras e mares
Vá pilotando o avião!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião íntima no Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de segunda-feira, do dia 24 de dezembro de 2012, véspera de Natal, em Uberaba – MG).

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM OS LIVROS DO CHICO NA “FEB”?!

Esperei, mas já que ninguém fala nada, falo eu – depois, dizem que desencarnado não deve estar com ingerência nos assuntos pertinentes a quem ainda se encontra envergando a carcaça feita de carne!
O que está acontecendo, ou aconteceu, com os livros do Chico na FEB?!...
Os principais títulos da Obra Mediúnica do Médium não estão sendo encontradas nas livrarias...
O que houve?!
Para onde foi o dinheiro?!...
Qual a razão do inexplicável silêncio em torno deste verdadeiro crime lesa-Doutrina?!
O Chico recebeu os livros e os repassou de graça... Doou dinheiro para o parque gráfico, que deixaram se transformasse em sucata...
Quanto dinheiro está sendo gasto com a realização destes Congressos, praticamente inúteis, no Exterior?! Passagens áreas para todos os oradores e diretores da Casa-Máter, hotéis caros, etc...
A FEB precisa vir a público se explicar e prestar contas do que não é dela, mas da Doutrina! A pequena nota publicada em o “Reformador”, meses atrás, não disse nada!
Será que o “espírito” do Dr. Bezerra de Menezes e outros, que sempre se comunicam por lá, não os alertaram?!
Vocês me desculpem a indignação... Sou um espírito ainda muito humanizado! Missionários, salvo exceções, são vocês, os que estão encarnados, esculhambando com tudo...
Eu não me calarei! Esperei demais por alguma reação da Imprensa Espírita... Nadica de nada! Onde é que estão os críticos do Movimento?! Será que só sabem criticar as sofríveis obras do velho Inácio?!
A “FEB”, que, segundo o Chico, lhe dava “febre”, está devendo uma explicação clara ao Movimento?! O que houve?! Depois dos livros de Kardec, os livros de Chico são os mais vendáveis... A questão, pois, ao que nos parece, é de má gestão do dinheiro do livro!!!
Aqui não vai nenhuma acusação – é apenas um pedido de explicação efetuado por um defunto!...
Com a palavra o “Conselho Federativo Nacional”, quase um arremedo do Conselho dos Cardeais! Alguma “Federação” estará com medo de interpelar a FEB a respeito, e ser excomungada! Feliz excomunhão seria esta!...
Bem, vou parar por aqui, caso contrário, não vou desejar aos nossos queridos irmãos Internautas Feliz Natal e Ano Novo pródigo de oportunidades de trabalho e de crescimento interior.
O médium, nesta semana, estará em longa viagem doutrinária e, por tal motivo, voltaremos com as nossas postagens semanais apenas em meados do mês de Fevereiro – a menos que, da Europa, eu sinta necessidade de escrever alguma coisa. Até lá, vocês descansarão de mim...
Tomara que, desta vez, em sua programação, como aconteceu em 2010, ele não seja boicotado a partir do Brasil, pelos que se consideram “donos” do Espiritismo no Brasil e na Exterior! Mas, se acontecer novamente, agora eu prometo dar os nomes, com endereços e respectivos CPFs...

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 24 de dezembro de 2012.

24.12.12


Dora Incontri
  É verdade que, historicamente, o Natal não é a data exata do nascimento de Jesus. É verdade que a narrativa da manjedoura, dos reis magos, da estrela de Belém, do descendente de Davi é uma história mítica, arranjada para provar que Jesus era o Messias esperado pelos judeus. Não houve recenseamento, não foi preciso que o carpinteiro José se deslocasse de Nazaré e fosse com sua esposa se apresentar em Belém. Mesmo porque se os romanos fizessem um recenseamento do seu Império, não lhes interessaria contar os judeus pela sua descendência. (Na história bíblica, José como descendente de Davi teria de se apresentar para o recenseamento em Belém.)
  Provavelmente, Jesus nasceu em Nazaré, viveu tranquilamente em sua aldeia, aprendeu o ofício de seu pai. Não precisou buscar refúgio no Egito. Mas tudo isso apenas aumenta sua grandeza: um filho de carpinteiro, crescido numa aldeia obscura, num recanto do Império romano, ergueu a voz de sua mensagem e transformou o mundo.
  É verdade também que o Natal se tornou no mundo cristão uma data comercial, para compra de presentes, para movimentar o mercado, para aguçar o consumo. Que o seu personagem anda longe dos pensamentos, distante dos corações, apagado dos atos da maioria das pessoas.
  É verdade, é verdade.
  Mas é verdade também que o Natal tem uma poesia toda sua…o presépio pode ser mítico, mas é um símbolo de humildade e acolhimento. A data pode não ser a correta, mas como ao longo dos séculos muitos pensaram em Jesus nesse dia e procuraram conexão com ele, a noite natalina ficou impregnada de devoção e alegria.
  A verdade é que a figura de Jesus paira acima dos séculos, acima dos mitos, acima do comércio, emanando amor em seu olhar, que abarca o mundo inteiro.
  É verdade que a sua mensagem de paz e fraternidade permanece insuperável, como um apelo permanente aos corações de boa vontade, cristãos ou não cristãos.
  Seu coração amoroso vibra ainda pela humanidade e nos acompanha de longe e de perto.
  Por isso, dedico como sempre um poema de Natal ao Mestre carpinteiro, ao Mestre de Nazaré, ao Mestre da humildade e da paz!
PRECE DE NATAL
Podem os homens da terra
Semear flores de sangue
Mas tua paz invisível medra
Na alma do povo exangue…
Podem as criaturas
Retalhar a natureza
cinzentar o horizonte
Mas envias sempre uma alma pura
trazendo a delicadeza
de um gesto oculto que cura.
Podem os incautos
Mancharem a esperança
Propagarem a maldade
Exaltarem a ganância
Ferirem o coração de uma criança,
Pondo espinhos num coração de mãe.
Mas tu levantas o caído
Amparas o traidor e traído.
Desfazes toda dureza
E restauras a bonança.
O séculos se sucedem
E teus pés percorrem sempre
As pedras de nosso mundo
E semeias de passagem
O sonho de nova paisagem
As lágrimas de amor profundo
Com que nos tocas a vida.
Podem os percalços
em minha alma dolorida
fazer sulcos de tristeza,
mas nada pode arrancar
a doçura e a beleza
desse teu macio olhar…
Estás sempre aí,
Além, aquém, aqui…
Como rocha milenar
Ancorando nossa esperança
De um reino que não há de acabar…
Estás acima do tempo
Para que façamos dele
Um tecido de estrelas a raiar
Podem os fanáticos
Fazer de ti um mito sem rosto,
Um rei de cetro e com gosto
De tirania celeste.
Mas tu ainda nos lavas os pés
E neste gesto nos deste
A glória de muitas fés.
Mestre, sábio, sublime irmão,
Estás bem perto de nós
E basta abrir uma brecha
No cansado coração
Para ouvirmos o sussurro de tua voz!
Vem aqui, querido Jesus Cristinho
E encontra um lugar, um ninho,
Dentro de nossas casas…
E então teremos asas
Para voar acima dos montes
Abrir azuis horizontes
E enfim, amado amigo,
Sermos assim um contigo!

23.12.12


    A VOZ DO MONTE
 Richard Simonetti
    Estamos distante da angelitude e a violência é o clima próprio da personalidade humana, ainda próxima da animalidade. São exteriorizados impulsos de agressividade, que geral : infelicidade no lar, desentendimento no ambiente profissional, discórdia na sociedade, as lutas entre os indivíduos, as guerras, a confusão no mundo.
    Se diante da rudeza humana a mansuetude parece vexatória, quase um mal, diante de Deus ela representa impasse decisivo no aprimoramento moral.
    A humildade nos liberta das pressões exteriores, que nos induzem ao cultivo de ambições humanas. A mansuetude nos liberta das pressões interiores que nos situam como um vulcão preste a entrar em erupção,> extravasando lava ardente em atos e palavras, sempre que surjam a contrariedade e o dissabor.O indivíduo manso mantém-se calmo, equilibrado, não porque seja impassível ou não se importe, mas simplesmente porque é dono de si mesmo.
    A Terra não é nossa propriedade, apenas vivemos aqui, com a finalidade de nos melhorarmos; sendo ela um planeta de expiação e provas -- onde o egoísmo predominante nos corações é o elemento forjador da miséria humana -- para que a Terra seja elevada a categoria de planeta de regeneração, requer o despertar da consciência humana ao serviço no campo do Bem, como recurso de reabilitação e bem estar.
    Ao longo de vidas sucessivas, com a aplicação da Lei de Causas e Efeito, que nos obriga a receber de volta todo o mal praticado, aprendemos a conter os impulsos primitivos, ajustando-nos às Leis Divinas.
    Aquele que se compraz no mal e utiliza a força física para impor sua vontade, renascerá em corpo linfático, mirrado, que inibirá sua agressividade, ensinando-o a respeitar o semelhante.
    Aquele que mente e difama, que ofende e magoa, ressurgirá com distúrbio nas cordas vocais ou limitações da fala; obrigando-o a estancar o próprio veneno.
     Aquele que cultiva o rancor da mágoa, o ressentimento e o ódio, espalhando desajuste ao longo de seus passos, renascerá com mente torturada por mil problemas, que o farão cogitar dos valores do perdão e da fraternidade.
     Assim paulatinamente, à Vida eliminará o troglodita que há em nós, a fim de que nasça o anjo.

22.12.12


NATAL ETERNO
Quem nos dera, Senhor, que o Teu Natal,
Por sobre a Terra, fosse todo dia,
E, então, se eternizasse esta alegria,
Que só em Ti sentimos imortal...

Quem nos dera por bênção sem igual
Que a estrela que brilhou na estrebaria,
E a pastores e reis serviu por guia,
Não se nos apagasse por sinal...

Quem nos dera que toda a Humanidade,
Vivendo apenas para a Caridade
Resumisse no amor seus ideais...

E que um dia igual este, sempre assim,
No calendário não tivesse fim,
E o Teu Natal não se acabasse mais!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar 
Espírita "Pedro e Paulo", na manhã de sábado do dia 15 de dezembro de 2012, 
em Uberaba - MG). 

21.12.12


EM TORNO DO FUTURO

Não precisas procurar advinhos para saber o que te espera,   nem necessitas daqueles outros que te descubram o passado que já conheces pelas próprias tendências.
A vida é o presente vivo e imperecível.
Na tela das horas, somos o ontem que se foi e seremos o amanhã que virá.
A semente plantada resume todas as nossas cogitações em torno do porvir.
Terás o que cultivas.
Não colherás figos na macieira e vice-versa.
Ciente de que todos os pensamentos e atos são sementeiras de destino, seleciona o material que   consideres adequado à tua felicidade e centraliza-o  no serviço do bem aos semelhantes.
Do que deres presentemente recolheras e, amanhã, aquilo que a vida tenha de melhor te responderá

Livro: Jóia - Chico Xavier - Emmanuel

20.12.12


Aceitar e Renovar
Aceitarás a dificuldade, não por fardo de aflição que te arrase as energias, mas por ensinamento que te habilite à mais ampla aquisição de experiência.
Não te rebelarás contra a enfermidade...
Saberás, no entanto, afastá-la com os recursos curativos de que disponhas, imitando o devotamento do lavrador que protege a enxada em cuja cooperação encontra o pão de cada dia.
Entenderás os seres amados que te apresentem lamentáveis quadros de provação, tolerando-lhe, com serenidade, até mesmo as injúrias...
Ainda que seja à distância, porém, não só farás o possível para desculpá-los, como também te empenharás a auxiliá-los na melhoria do espírito.
Suportarás a preterição e o menosprezo nas áreas da atividade profissional...
Não renunciarás, contudo, ao dever de aprimorar-te, a fim de ser mais útil à comunidade à qual te vinculas.
Até mesmo em nós próprios, admitiremos certas falhas de extinção difícil, chegando a medir com sinceridade, a extensão de nossas deficiências...
Mas prosseguiremos, fazendo o melhor de nós, até que nos sintamos curados das imperfeições que nos caracterizem, com o esmeril do trabalho, ao calor da responsabilidade constante.
Paciência é compreensão.
Compreensão é luz de amor.
Aceitemos os obstáculos por testes de resistência, e as provas por lições... Entretanto, saibamos acolhê-los, agindo sempre por superá-los na expansão do bem, de vez que estamos todos na forja da luta evolutiva, com a certeza de que degraus para cima é que configuram a estrada de elevação.

Livro: Busca e Acharás - Francisco C. Xavier - Emmanuel

19.12.12


Questão 186 do Livro dos Espíritos
    MUNDOS VENTUROSOS
    Quem se encontra envolvido na carne dificilmente pode ter uma idéia do que pode ser um mundo venturoso, onde somente aportam espíritos puros, aquelas almas que já se encontram em condições de falar como disse Jesus: Eu e meu Pai somos um.
    Esses mundos já passaram por todos os métodos de crescimento, por todas as provas que a humanidade precisava e se purificaram na forja da dor, dos infortúnios, dos problemas. Mas, somente o tempo pode nos conferir o diploma da libertação. Não há outro meio, a não ser o tempo, para o espírito acordar na lucidez divina e conhecer a verdade.
    Há mundos elevados em que os espíritos ali estagiados se encontram com corpos fluídicos, pelo aperfeiçoamento da matéria. Tudo neles acompanhou o progresso do espírito, e a beleza é o penhor da natureza, oferecendo um visual encantador aos moradores; todavia, é bom que se compreenda que o espírito ignorante não se sentiria bem nessa estância de luz, devido ao seu modo de vida ser outro, sem condições de mudanças apressadas. Todos têm seu habitat: o animal, o homem, e qualquer troca sem preparo provocará desastres de difícil reparo. Sabemos que o progresso não dá saltos, entretanto, ele não pára; a sua marcha é permanente em todos os sentidos, porque é vontade do Soberano Arquiteto do Universo.
    Os mundos são incontáveis na imensidão do cosmo, e incontáveis são as humanidades, bem como suas diferentes posições. Cada qual tem sua posição na escala espiritual, e os Cristos são inúmeros em toda a criação, responsáveis pela direção dessas humanidades e desses mundos. O movimento é deslumbrante em toda a casa de Deus, onde o amor sustenta os Seus filhos e a harmonia garante a ordem.
    Se há mundos inferiores, como no caso da Terra, não fiquemos tristes. Quem conosco trabalha nela se encontra em caminho dos mundos venturosos. Esperemos e trabalhemos, compreendendo que Jesus é o nosso Caminho, a nossa Verdade e a nossa Vida. Ele, por Sua bondade, nos legou os preceitos pelos quais entendemos melhor e com mais acerto o que devemos fazer em nosso próprio benefício: conhecermos a nós mesmos e nos tornarmos livres.
    A pureza da alma surge na amplitude da nossa vida, no silêncio que o nosso conhecimento nos ensinou a respeitar. Com o passar das eras no bem, no amor e na caridade, o espírito vai se iluminando, como a noite sucede ao dia, e a idéia da imortalidade assegura a vida na fé que estabelece a felicidade.
    Estamos distantes dos mundos venturosos, mas não impossibilitados de alcançá-los. Abençoemos o tempo, que ele nos indicará, sob as bênçãos de Deus, sob o olhar do Mestre, quais os caminhos que deveremos trilhar
capacitando-nos a habitar essas casas que já conquistaram seus lugares na culminâncias dos céus. Para tanto, devemos trabalhar e lutar, mas, lutar com nós mesmos, vencendo as nossas deficiências, para encontrarmos o Cristo em nós, servindo-nos de motivo de glória, dentro da glória de Deus.
Livro: Filosofia Espírita IV - João Nunes Maia - Miramez

18.12.12


MEU LIVRO PREFERIDO
Dias atrás, aqui mesmo na Vida Espiritual, onde, não raro, temos a alegria de nos encontrar com velhos amigos que fizemos na Terra, um deles, após saudar-me efusivamente, perguntou-me:
- Dr. Inácio, desculpa-me a liberdade, mas eu gostaria imensamente de saber: dos livros da Codificação, qual é o de sua preferência?...
Sem pensar duas vezes, respondi:
- O meu livro preferido é “O Evangelho Segundo o Espiritismo”!...
- Por quê?! – tornou ele de imediato.
- Porque ninguém briga por conta dele...
- Como assim?! – insistiu o companheiro.
- Veja bem – procurei ponderar. – “O Livro dos Espíritos” e “O Livro dos Médiuns” estão sempre dando margem a polêmicas e discussões, por vezes, infindáveis e estéreis entre os adeptos da Doutrina...
- É verdade – concordou.
- Por exemplo, sobre Reencarnação e Mediunidade, quase todo mundo quer saber um mais do que outro... A respeito da vida no Mundo Espiritual então nem se fala! Os conflitos doutrinários em torno do assunto chegam a criar verdadeiras animosidades...
- O senhor tem razão!
- Por outro lado, porém, eu nunca assisti ninguém brigando para ser mais caridoso do que outro...
- Para perdoar mais! – emendou.
- Ou para pedir mais perdão! – ressalvei. – Sem dúvida, para mim, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” é o livro mais necessário, e, portanto, o de minha preferência.
- Bem, mas as demais obras do Pentateuco são igualmente importantes – “O Céu e o Inferno”, “A Gênese”...
- Importantíssimas! – antes que fosse mal interpretado, fiz questão de frisar. – Contudo, porque são repositórios da Verdade dinâmica não são obras acabadas...
- Explique-se, por favor – solicitou-me franzindo o cenho.
- Meu caro, estamos longe do conhecimento da Verdade integral, mas, em relação ao Amor nós já sabemos tudo o que precisamos saber... O “conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará” (grifei) nos remete ao futuro distante; contudo, o “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”, refere-se ao passado remoto e recente e ao presente imediato!...
Depois de ligeira pausa, conclui:
- Muitos de nós estamos como quem, já tendo o pão garantido, largamos o pão que nos é necessário para brigar por conta de uma taia de mortadela que, diante do estômago que ronca de fome, é completamente supérfluo!...
INÁCIO FERREIRA por Carlos A Baccelli

17.12.12


O Fim do Mundo
Meus filhos,
Em breve, teremos o embate sobre o fim do mundo.
Como outras vezes, os jornais, a mídia, de maneira geral, cobre esta expectativa mundial. Não é de agora que estas notícias são vinculadas. Já presenciei várias destas iniciativas, sempre motivadas por um argumento inútil, que nunca se concretizou, por isto estou agora a vos escrever.
O que fazer diante destes anúncios fatais?
Ter calma e deixar tudo acontecer. Ora, somos ou não somos filhos do Pai de Amor? Somos ou não somos filhos da Vida? Então, por que se preocupar com o temor do fim do mundo se somos condenados pelo Pai a infinitude? Por que temer catástrofes, terremotos, se o nosso destino inevitável é nos juntarmos um dia ao Criador?
Não nos atemorizemos. O Pai sabe tudo que é melhor para as nossas vidas e cuidemos apenas de depositar a nossa confiança Nele. A partir daí, tudo, inclusive a hipótese do fim do mundo será encarada com a mais absoluta tranquilidade.
Mas, o que está verdadeiramente acontecendo à humanidade?
Meus filhos, a Terra gira, muda de posição o tempo inteiro, modifica-se. Há transformações em andamento e o que devemos fazer senão acompanhar o ritmo destas transformações com coragem e fé. Nada ocorrerá que não seja pela vontade de Deus, então, não há motivos para se preocupar.
O fato é que há o embate inevitável entre as forças do atraso e as forças do progresso humano. Neste pedaço de tempo, aqui no espaço dos espíritos, trava-se incrível “duelo” entre estes dois segmentos da vida na Terra. Se soubessem o que passo na defesa de nossos ideais de paz e de amor... Mas é assim mesmo, o progresso tem dessas coisas. O momento não é de temor, é de amor. Somente o amor poderá livrar-nos da maior catástrofe que possamos enfrentar: a catástrofe moral.
Sigamos a vontade do Pai expressada nos Evangelhos de Nosso Senhor Jesus Cristo para a nossa vida ser feliz. Não há remédio melhor nestes tempos turbulentos do que o magnânimo Evangelho de Nosso Senhor.
Até uma próxima oportunidade, se Deus quiser.
Helder Camara por Carlos Pereira

16.12.12


És o que pensas
Afirma-te nas experiências de elevação espiritual mediante
o controle dos impulsos primitivos.
Age ao invés de reagires.
Silencia ante a acusação injusta em vez de debateres.
Confia no tempo, não precipitando acontecimentos.
Exercita o pensamento na fixação das idéias positivas,
desarticulando as construções pessimistas.
Atua com correção, mesmo quando as circunstâncias
te facultem a ação negativa.
És o que pensas. Assim, as tuas atitudes refletem o teu
estado interior.
Na fonte das emoções encontram-se as causas dos
acontecimentos futuros para a tua ascensão ou queda, 
conforme liberas a adrenalina psíquica na corrente
sanguínea do teu comportamento. 

Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco- livro – No Rumo da Felicidade  

15.12.12


PRECE DIFERENTE

Nesta prece diferente,
Eu não Te peço, Senhor,
Que me protejas do mal
Na sanha do obsessor...

Nem tampouco aqui Te imploro
Contra inimigo encarnado,
Que, muitas vezes, não passa,
De alguém que está perturbado...

Nem, igualmente, Te rogo
Facilidades gerais,
Pois sendo honesto, admito,
Que eu já as tenho demais...

Nesta prece diferente
Que a Ti não formulo a esmo,
Tão somente eu Te suplico
Que me livres de mim mesmo!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 8 de Dezembro de 2012, em Uberaba – MG).

14.12.12


A Lua

Certa ocasião, numa cidade distante do interior de Pernambuco, uma mulher do povo, bem simples, fez-me uma pergunta:
- Dom Helde, esta história de foguete, que o homem foi à lua, é verdadeira?
- É, minha filha, é sim. O homem tem muita inteligência e agora quer conhecer o espaço começando pela lua.
- Mas, Dom Helde, não é muito distante?
- É, minha filha, é muito distante, mas com perseverança, o homem chegou lá.
- Mas pra quê, Dom Helde, o homem não tem tudo que precisa por aqui, neste mundo de meu Deus?
- É, minha filha, na verdade, o homem não precisava ir agora para a lua, creio eu, tem muito mais problema para resolver aqui na Terra, por enquanto.
- É que estava pensando, Dom Helde, se Deus deixa o homem ir à lua é porque há uma razão para isso, não?
- Deve haver, deve haver.
- Eu acho que sei, Dom Helde.
- É? Então me diga.
- É pro homem chegar lá e ver como a Terra é bonita e tomar a decisão de cuidar melhor dela.
- Sabe que eu não havia pensado por este ângulo. Você tem razão. O homem vendo como a Terra é bonita irá preservá-la mais, ter mais cuidado com ela. Vou dizer isso aos outros quando me perguntarem. Você tem razão.
- Pois bem, Dom Helde, só quero saber uma coisa agora.
- Diga.
- Quando a gente diz no Pai Nosso que seja feita a vontade de Deus, assim na Terra como no céu, como é que é isso?
- O céu, minha filha, é a imensidão do espaço sideral. As estrelas, os outros planetas, a lua.
- Agora entendi de verdade. Querem ver se podem viver na lua para abrir Igrejas lá também, não é verdade?
- Pode até ser, minha filha, mas, por enquanto, tem muito o que fazer por aqui mesmo.
Despedi-me dela e fiquei a pensar.
A sabedoria humana é infinita. Mesmo uma pessoa mais simples enxerga longe. O que é que esse povo está fazendo na lua com tantas coisas a fazer por aqui também. A lua, meus irmãos, pode ser distante, mas, distante mesmo, é não atingir o coração de outro homem, mesmo que ele esteja a um metro de distância.
Quantas pessoas podem chegar à lua e jamais conseguem chegar ao coração de outro irmão...
Um abraço,
Helder Camara por Carlos Pereira

13.12.12


Como consideramos Jesus
Em entrevista concedida por Chico Xavier ao professor Herculano Pires (escritor, jornalista, filósofo), no início de 1972, ele falou sobre a maneira pela qual considera Jesus. O texto foi publicado no livro "Na era do espírito" , por Herculano Pires.
É importante frisar que as palavras de Chico Xavier apresentam, de forma sucinta, os ensinamentos de Benfeitores Espirituais, registrados em várias obras por ele psicografadas.
“Do que posso pessoalmente compreender, dos ensinamentos dos Espíritos amigos, consideramos Jesus Cristo como sendo Espírito de evolução suprema, em confronto com a evolução dos chamados terrícolas que somos nós outros. Não o senhor do sistema solar, com todo o respeito que temos a personalidade sublime de Jesus, mas consideramo-lo como supremo orientador da evolução moral do planeta.
E os Espíritos como Buda, como Zoroastro, como aqueles outros grandes instrutores da Índia e da Grécia, por exemplo, que eram considerados orientadores ou chefes de grandes movimentos mitológicos, serão ministros do Cristo, pois não temos ainda outra definição para classificá-los, dentro dos nossos parcos conhecimentos a respeito da nossa História no lado espiritual da vida.
Vemos que Jesus convidou doze discípulos. Eram discípulos humanos tanto quanto nós, para que não fossemos instruídos por anjos, pois senão nada entenderíamos da Doutrina do Cristo. Teríamos de entender a doutrina com os discípulos também humanos, frágeis portadores de deficiências como as nossas, embora respeitemos, nos doze, personalidades eminentemente elevadas em confronto com a nossa posição atual na Terra. Mas, do plano espiritual, Ministros do Senhor cooperaram, cooperam e cooperarão sempre para que a nossa personalidade se consolide cada vez mais no plano físico.
Nós estamos, vamos dizer, no limiar da era do espírito, mas estamos ainda sacudidos por grandes calamidades psicológicas, como a Terra no seu início, como habitação sólida, esteve movimentada por grandes convulsões. Psicologicamente estamos sacudidos por esses movimentos que dificultam a nossa compreensão. Mas os Ministros do Senhor estão cooperando para que alcancemos a segurança, com a estabilidade precisa, para que o planeta seja realmente promovido a mundo de paz e felicidade para todos os seus habitantes.
O Criador, a nosso ver, conforme ensinam Espíritos amigos que nos visitam, é o Criador. Não podemos ainda ter outra definição de Deus mais alta do que aquela de Jesus Cristo quando o chamou de Pai Nosso. Além disso, a nossa mente vagueia como se estivéssemos em águas demasiadamente profundas, sem recursos para tatear a terra sólida. Pai Nosso, Deus Criador do Universo. Então, a força que Deus representa ter-se-ia manifestado em Jesus Cristo para que Ele, como um grande engenheiro, de mente quase divina, pudesse realizar prodígios sob a inspiração de Deus na plasmagem, na estruturação do mundo maravilhoso que habitamos. Mas não consideramos Jesus como Criador, conquanto o respeito que lhe devemos.”
(Tema abordado na reunião pública do dia 10 de dezembro de 2012)  

12.12.12


PELO TELHADO
“E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o eirado no ponto correspondente ao em que ele estava e, fazendo uma abertura, baixaram o leito em que jazia o doente”. – Marcos, cap. 2 – v. 4
Jesus estava em Cafarnaum e, como sempre, em grande número, por mera curiosidade, o povo se aglomerava à sua volta.
Poucos os que, realmente, desejavam escutá-lo, assimilando o que Ele ensinava.
Pela descrição do Evangelista, não é difícil imaginar a cena: a pequena casa superlotada, ainda com inúmeras pessoas esparramadas pelo pátio, esperando uma brecha para adentrar o recinto...
Chegando, porém, um paralítico, conduzido por quatro homens, ninguém lhe concedeu passagem!
Não fosse o engenho daqueles carregadores – talvez, seus parentes ou serviçais –, ele não teria conseguido chegar até onde o Cristo se postava – provavelmente no piso superior da singela construção.
Diz ainda o Evangelista que os escribas que ali se encontravam assentados sequer se abalaram – além de não concederem espaço ao paralítico, passaram a questionar a deferência com que ele fora tratado por Jesus, que o curara...
Para se avistar com o Senhor, o pobre homem teve que ser introduzido pelo telhado!
Nem sempre os que estão diante da luz se iluminam – querem-na, inteira, somente para si, mas não se permitem clarear por ela ou que outros dela se aproximem!
O episódio nos leva a formular a seguinte indagação: o que haveremos de fazer com o nosso velho egoísmo humano?...
Caso estivessem compreendendo o que Jesus pregava, aqueles homens e mulheres, provavelmente saudáveis – pelo menos, fisicamente saudáveis –, haveriam de deixar passar o paralítico; todavia, ninguém demonstrou para com ele a menor condescendência...
O mesmo aconteceu com a mulher hemorroíssa, que, para tocar na orla do manto do Senhor, teve que se arrastar sozinha, abrindo caminho entre a multidão compacta – não houve quem dela se apiedasse, auxiliando-a no tentame a que se propunha!
Infelizmente, no mundo de hoje, a multidão dos que nada fazem para auxiliar os necessitados de todas as procedências continua sendo maioria...
Consola-nos, no entanto, saber, que, naquela oportunidade, os escribas que estavam assentados continuaram assentados – e assentados devem estar até hoje! –, pois o único que realmente dali saiu andando foi o anônimo paralítico que Jesus não ignorou!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 10 de dezembro de 2012.

11.12.12


Questão 185 do Livro dos Espíritos
     EVOLUÇÃO MORAL E FÍSICA
    O progresso é força de Deus que abrange toda a criação. O homem cresce, porque desperta seus valores, depositados por Deus em seu coração. A matéria, sendo criação de Deus, igualmente tem direito no carro do progresso.
    O corpo físico tem sua linha de aperfeiçoamento em todos os rumos que a vida possa lhe pedir, porque, se o espírito aperfeiçoa, necessário se faz que encontre corpos que correspondam ao seu crescimento espiritual. Todos os reinos da natureza têm sua marcha de ascensão; essa é, pois, uma lei; pode-se dizer que é um determinismo da Divindade.
    As gerações que sucedem as gerações, têm de encontrar corpos mais sutis, de acordo com os seus valores espirituais. A vida é esperança, e a esperança se encontra no crescimento da alma para voltar a Deus, de onde veio.
    O espírito tem o direito, ou a obrigação, de trabalhar conscientemente para o seu progresso, adiantando seu despertamento, no que tange aos dons que possui. Essa é a sua parte, que ele deve e pode fazer. Todos os mundos estão sujeitos ao progresso, na pauta da vida onde gira e espera suas transformações.
    Quem perpassar ligeiramente algumas páginas que escrevemos sobre o assunto, pode pensar que estamos afirmando que Deus criou as coisas e os homens imperfeitos. Essa não é a idéia nossa, e nem queremos que se acredite assim. Deus, sendo perfeito, como já dissemos muitas vezes, não iria criar nada fora desta linha da perfeição; tudo que Ele, o Soberano Senhor, fez, tem o traço da perfeição espiritual, mas, os valores de tudo se encontram em estado latente. O despertamento vem com o tempo, por processos capazes de despertá-los para a vida.
    É nesta assertiva que sentimos que o Pai é todo amor, por não esquecer de nada para nos fazer felizes. Todos temos direito à felicidade, porque essa felicidade existe dentro de cada alma; basta abrirmos esse celeiro espiritual, como sol que deve brilhar no nosso mundo íntimo.
    A Doutrina Espírita surgiu no mundo com todas as condições de ajudar aos honens a acelerarem seu aperfeiçoamento em todos os campos de entendimento, e é nesta seqüência que o próprio tempo assimila, que estamos todos trabalhando em conjunto, sob a direção do Cristo, de modo que os seres humanos se encontrem a si mesmos e começam as suas deficiências, dando início a impulsos constantes, para que o Evangelho possa ser vivido em todas as suas modalidades, no sentido de ganhar a libertação espiritual.
    As moradas são inúmeras, no espaço de Deus, e as humanidades que habitam os mundos, são substituídas periodicamente, por necessidade de melhores aprendizados. Isso acontece como nos países, estados e municípios da Terra, onde os valores se enriquecem nessas permutas de conhecimentos.
    Mas é bom que saibamos: Deus é um só Senhor, que tudo fez e tudo dirige em diferentes aspectos. Somente Ele Cria; nós outros somos co-criadores, na grande oficina do Pai.
 
Livro: Filosofia Espírita IV - João Nunes Maia - Miramez

10.12.12


Gengibre
Certa vez, estava para rezar uma missa numa cidade do interior do Estado. Era dia de novena e depois teria uma grande festa em louvor ao padroeiro local.
Fui descalço durante a viagem porque sentia os pés um tanto inchados, possivelmente por causa de má circulação, lembro bem. Ao chegar à cidade, o bispo local me recebeu com muita euforia. Era uma festa só. Todos estavam ansiosos com a presença, pela primeira vez, de um representante oficial do arcebispado. A cidade inteira me esperava e lá fui eu.
Conversamos bastante com a população, o prefeito, com todos, enfim, que acorriam para ver Dom Helder em pessoa. Acontece que lá pelas tantas horas, eu estava um pouco cansado. Pedi para dormir um pouco, me restabelecer para antes da missa principal. Fui ao quarto preparado para mim. Um quarto elegante e um ventilador enorme, certamente para não sentir calor.
Dormi bem e ao acordar, mais refeito, fui tomar um banho antes de partirmos para a Igreja, mas, qual não foi a minha surpresa, estava rouco. Rouco mesmo, praticamente afônico. A multidão veio ver o dom rouco. Prostrei-me na cama a perguntar: - e agora?
Num estalo da mente, disseram-me ser muito bom para estas ocasiões a mastigação de gengibre.
Fui para o dono da casa e perguntei, esforçando-me a fazer uma voz um tanto grossa:
- o senhor, por acaso, tem gengibre?
- Tenho sim, senhor! Mas adianto logo que vai arder. O senhor está precisando de algo para a garganta?
- Estou, mas me disseram que gengibre é tiro e queda.
- É mesmo, mas arde, Dom. O senhor quer assim mesmo?
- Quero.
O bom homem foi procurar o tal gengibre e em alguns minutos me trazia umas raízes daquilo. Raspei uma deles, lavei e pus-me a mastigar. Meu Deus, como aquilo ardia. A hora da missa chegado e eu lá mastigando o tal gengibre.
- O senhor está melhor, Dom?
- Acho que sim, vamos lá.
No altar, todos me olhavam na expectativa da minha palavra e eu a rezar baixinho.
- Pai, eu quero servir na Tua Igreja, mas hoje me falta a voz. O que fazer? Recorro ao Senhor que pode tudo. Devolva-me novamente a voz, mesmo que seja por uns instantes. Vai ficar feio um padre falar fino para uma multidão dessas.
Meus irmãos, a fé é poderosa. Quando fui falar a rouquidão passou como num passe de mágica. Fiquei feliz com o acolhimento das minhas preces. Concluída a missa, o povo veio me cumprimentar. Pois bem, na primeira fala, passei a falar fino novamente, quase assobiando. Resultado: passei o resto da noite apenas balançando a cabeça e concordando com todo mundo.
Ao cair da noite, antes de dormir, perguntei em oração ao Pai:
- Meu Pai, ficou meio deseducado. Todos falavam comigo e eu só balbuciava algumas palavras. Espero que eles compreendam e não me julguem mal.
Neste instante, veio-me uma vozinha na consciência como a me dizer:
- Teus pedidos, filho, foram atendidos. Pediste para rezar bem a missa. Quando quiseres mais, presta-te a orar direito e pedir a coisa certa.
Em silêncio, agradeci pelo dia e pela lição aprendida: o Pai é benevolente sempre, mas cuida-te primeiro em saber o que queres e o que pedes porque Ele te atenderá na proporção dos teus pedidos, depois não reclame.
Helder Camara por Carlos Pereira

9.12.12


Evita contender, mesmo que tenhas razão.
Não que devas permitir que os discutidores, os astutos 
e ambiciosos tome conta do mundo e administrem tudo.
Não lhes sintonizes, porém, nas mesmas faixas de ondas 
morais.
Melhor que te sintas prejudicado, evitando contender, do
que triunfar em condições desgastantes, perturbadoras.
Ganhador é todo aquele que permanece em paz diante
de qualquer resultado.

Livro: No Rumo da Felicidade - Divaldo P. Franco - Joanna de Ângelis

8.12.12

TROVAS DE MÉDIUM

Infelizmente, é assim...
Se não luta e não apanha,
Seja simples quanto for,
O médium logo se assanha!
*
Muito médium que duvida
E se põe a questionar,
Lá no fundo, em realidade,
Não deseja trabalhar.
*
Médium que queira servir
Embora tendo defeito,
Para ser útil no bem
Ele sempre encontra um jeito.
*
Conclusão a que cheguei
De forma clara e serena:
Mediunidade só cresce
Quando o médium se apequena.
*
Médium bom que reconheço,
Venha de onde vier,
Não sendo Chico, precisa
Ser, ao menos, Xavier...
*
Entre Chico e Allan Kardec,
Eu vou dizer a vocês:
A diferença que existe –
Um era “cisco” francês!...

Eurícledes Formiga

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública no Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 1º de Dezembro de 2012, em Uberaba – MG).

7.12.12


   Curso Avançado de Espiritismo - Capítulo 27
     AS RAÇAS ADÂMICAS
    EMIGRAÇÕES E IMIGRAÇÕES DOS ESPÍRITOS

    No intervalo de suas existências corporais, os Espíritos se encontram no estado de erraticidade e formam a população espiritual ambiente da Terra. Pelas mortes e pelos nascimentos, as duas populações, terrestre e espiritual, desaguam incessantemente uma na outra.
    Essa transfusão, que se efetua entre a população encarnada e desencarnada de um planeta, igualmente se efetua entre os mundos, quer individualmente, nas condições normais, quer por massas, em circunstâncias especiais. Há, pois, emigrações e imigrações coletivas de um mundo para outro. Novas raças de Espíritos, vindo misturar-se às existentes, constituem novas raças de homens. Ora, como os Espíritos nunca mais perdem o que adquiriram, consigo trazem eles sempre a inteligência e a intuição dos conhecimentos que possuem, o que faz que imprimam o caráter que lhes é peculiar à raça corpórea que vinham animar.
    Destes princípios concluímos que existem na Terra, dois tipos distintos de Espíritos, quanto a sua origem: os Espíritos primitivos do planeta que aqui estão já há muitos milênios, e os Espíritos que vinham reencarnando em outros orbes e aqui aportaram recentemente.

    RAÇA ADÂMICA
    De acordo com o ensino dos Espíritos, foi uma dessas grandes imigrações, ou se quiserem, uma dessas colônias de Espíritos, vinda de outra esfera, que deu origem à raça simbolizada na pessoa de Adão, chamada raça adâmica. Segundo informa-nos Emmanuel [no livro À Caminho da Luz] a população de Espíritos imigrantes que constituíram a raça adâmica veio de outra constelação de nossa galáxia - a constelação de Cocheiro, onde encontra-se uma estrela de nome Cabra ou Capela. De um dos orbes deste sistema solar, vieram, degredados para a Terra, os Espíritos rebeldes, que ficaram conhecidos com o nome de Capelinos.
    Mostra ainda, Emmanuel, que há muitos milênios, um dos orbes de Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, mas alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes.
    As grandes lideranças espirituais daquela comunidade, deliberaram então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e, impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.
     Conta Emmanuel, que Jesus, na condição de governador espiritual da Terra, recebeu amorosamente aquela turba de seres sofredores e infelizes, prometendo a eles, contribuir para que retornassem ao orbe de Capela, tão logo se mostrassem acessíveis às transformações morais.
    Mais adiantada do que as que a tinham precedido neste planeta, a raça adâmica é, com efeito, a mais inteligente, a que impele ao progresso todas as outras. Desde o seu primórdio, ela se mostra industriosa, apta às artes e às ciências, sem haver passado aqui pela infância espiritual, o que não se dá com as raças primitivas.
     Acredita Kardec que:
    "A raça adâmica não é tão antiga na Terra e nada se opõe a que seja considerada como habitando este globo desde apenas alguns milhares de anos."
    Lembra o Espírito Emmanuel, que além de promover decisivo progresso nas diversas áreas do comportamento humano - ciências, artes, religião, filosofia, etc. - a chegada dessas entidades no orbe, foi responsável pelo nascimento dos ascendentes das raças brancas. As raças adâmicas guardavam vaga lembrança da sua situação pregressa, tecendo o hino sagrado das reminescências.
    As tradições do paraíso perdido (doutrina dos anjos decaídos) passaram de gerações a gerações, até que ficassem arquivados nas páginas da Bíblia. Adão e Eva, Caim e Abel, nada mais representam que figuras simbólicas, representando o degredo dessa colônia de capelinos.
    Os degredados de Capela, com o passar dos anos, reuniram-se em quatro grandes grupos que se fixaram depois nos povos mais antigos, obedecendo à afinidades sentimentais e lingüísticas que os associavam na Constelação de Cocheiro.
     Os quatro grandes grupos de Capelinos eram:

    - O Grupo dos Árias
    Dos árias descende a maioria dos povos brancos da família indo-européia; os latinos, os celtas, os gregos, os germanos e os eslavos.
    Eram, segundo Emmanuel, Espíritos bastante revoltados com as condições de seu degredo, pouco afeitos aos misteres religiosos, sem preocupações com a conservação do seu tradicionalismo e sempre em busca de um novo paraíso para serenarem as suas inquietações angustiosas. Caminheiros do desconhecido, erraram pelas planícies e montanhas desertas desarvorados e sem esperança, contando apenas com suas próprias forças, em virtude do seu caráter livre e insubmisso. Suas incursões, entre as tribos selvagens da Europa, datam de mais ou menos dez milênios antes da vinda do Cristo. 
    Mais revoltados e enriquecidos que todos os demais companheiros exilados no orbe terrestre, suas reminescências da vida pregressa nos planos mais elevados, traduziam-se numa revolta íntima, amargurada e dolorosa, contra as determinações de ordem divina.
    A maior virtude deste grupo de capelinos, no entender de Emmanuel, foi o fato de confraternizarem-se com os selvagens, impulsionando-lhes os passos nas sendas do progresso e do aperfeiçoamento.
    Enquanto os Hindus se perderam na cristalização do orgulho religioso, as famílias arianas se identificavam com os habitantes primitivos daquelas regiões, formando cidades e povoados afeitos ao progresso.

    - A Civilização do Egito
    Dentre os Espíritos degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacaram na prática do bem e no culto da verdade.
     Eles eram os que menos débitos possuíam perante o tribunal da Justiça Divina. Em razão dos seus elevados patrimônios morais, guardaram, no íntimo, uma lembrança mais viva das experiências de sua pátria distante. Um único desejo os animava, que era trabalhar devotadamente para regressar, um dia, aos seus penates resplandecentes. Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas organizações religiosas. Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido.
    Foi por esse motivo, que representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do palmo tangível do planeta. Depois de perpetuar nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região regressam à pátria sideral.

    - As Castas da Índia
    Dos Espíritos degredados no ambiente da Terra, os hindus foram os primeiros a formar os pródromos de uma sociedade organizada. As organizações hindus são de origem anteriores à própria civilização do mundo, salientando-se que as suas escolas de pensamento guardavam os mistérios iniciáticos, com as mais sagradas tradições de respeito.
    Eram almas resignadas e crentes nos poderes espirituais, e quase todos os povos da Terra foram buscar em sua doutrina os mais diversos elementos para enriquecer a fé e a filosofia. No entanto, eram tremendamente orgulhosos - aliás, foi o orgulho que deu motivo ao seu exílio na Terra - e, em função disto, criaram as tão lamentáveis castas, separando as suas coletividades para sempre.
    Pelo orgulho e pela vaidade, os capelinos que se fixaram na Índia, não se misturaram aos primitivos da região, considerando-os como os párias da sociedade, de cujos membros não podiam aproximar-se sem graves punições e severos castigos.

    - O Povo de Israel
    Dos Espíritos degredados na Terra, foram os hebreus que constituíram a raça mais forte e mais homogênea, mantendo inalterados os seus caracteres através de todas as mutações.
    Se grande era a sua certeza na existência de Deus, muito grande era também o seu orgulho, dentro de suas concepções da verdade e da vida.
Consciente da superioridade de seus valores religiosos, nunca perderam oportunidade de demonstrar a sua vaidosa aristocracia espiritual, mantendo-se pouco acessível à comunhão perfeita com as demais raças do orbe. Todas as raças da Terra devem aos judeus o benefício sagrado que consiste na revelação do Deus único, Pai de todas as criaturas e providência de todos os seres.
    Informa-nos Emmanuel que grande percentagem dos degredados de Capela, com muitas exceções, só puderam voltar ao país da luz e da verdade, depois de muitos séculos de sofrimentos expiatórios; outros, porém, infelizes e retrógrados, permanecem ainda na Terra, nos dias que correm contrariando a regra geral, em virtude do seu elevado passivo de débitos clamorosos.

    - Bibliografia
    1) A Gênese - Allan Kardec
     2) A Caminho da Luz - Emmanuel/Chico Xavier
    3) Evolução em Dois Mundos - André Luiz/Chico Xavier - Waldo Vieira
    Apostila Original: Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora - MG

6.12.12


Como Construir a Felicidade
Meus queridos irmãos,
Há um desejo profundo de toda gente ser feliz. É natural que assim seja porque o homem na terra necessita de paz e amor na sua vida. A felicidade é isso: paz e amor na vida de cada um.
Para se obter a felicidade, porém, tem que haver esforço, esforço em considerar que a vida segue o seu ritmo normal traçado por Deus Pai e devemos entender o curso dela para sermos felizes.
Há gente que quer contrariar a vontade Deus na sua vida e aí tudo dá errado. É imprescindível que estejamos sintonizados com a vontade do Pai Maior para sermos felizes. Quem não faz isso haverá de naturalmente sofrer.
Meus queridos irmãos, vejo muita gente que é feliz dizendo que não é. Explico melhor. A felicidade está nas mínimas coisas e não naquelas que imaginamos ser a verdadeira felicidade, isto é, a ostentação das riquezas materiais. Há, portanto, pessoas simples, ricas de felicidade, e outras, cheias de dinheiro, mas profundamente infelizes.
Alerto para isso para que tenhamos paz d’alma e não sejamos gananciosos em querer ter aquilo que não se necessita ter para ser feliz. Ser feliz requer tão pouco, meus irmãos. Do lado de cá da vida é que constatamos isso com ainda mais veracidade.
Meus irmãos pensam que ter coisas, possuir a roupa da moda, ser alguém destacado na sociedade é sinônimo de felicidade. Que nada! Ser feliz é estar em paz consigo mesmo, com a sua própria consciência.
Jesus nos disse que onde estiver o vosso tesouro estará o vosso coração. E aí eu pergunto a você: onde está o seu tesouro, meu irmão? Onde está concentrada toda a sua energia, os seus pensamentos, as suas prioridades?
Se for nas coisas materiais estará bem pobre porque, por mais que tenha dinheiro e posse, sentirá um enorme vazio na alma.
Pense bem no que é ser realmente feliz e trace seu roteiro de vida na terra baseado nisso, não nas coisas fúteis e fugidias, mas nas coisas divinas que, efetivamente, nos trazem a verdadeira felicidade.
Um abraço caloroso,
Dom Helder Camara por Carlos Pereira

5.12.12

Questão 184 do Livro dos Espíritos
     ESCOLHA   
O espírito pode escolher o mundo em que desja habitar, mas, nem sempre a escolha é consedida pelos benfeitores espirituais encarregados de estabelecer a harmonia nos mundos e dos seus tutelados.
A Alma que se libertou da escravidão da ignorância é como a criança que nem sempre pode fazer o que quer. Ele pede aos pais, e esses medem o que podem liberar para os seus filhos. Os espíritos que já se encontram conscientes dos seus deveres, esses deixam nas mãos dos encarregados da verdade escolher o que eles poderão suportar, de acordo com o seu desenvolvimento espiritual.
Nunca os textremos são bom partido; o melhor lugar para os que se encontram na posição espiritual dos habitantes da Terra é o meio termo. Neste caso, nem um  mundo atrasado demais, nem muito iluminado, mas sempre compatível com o grau do progresso da alma.
Em muito casos, espíritos de alta linhagem espiritual podem descer à Terra, pela força do amor, como registram muitos casos, mas ninca o espírito atrasado ascender a mundos adiantados. Ele não siprtaria o padrão vibratório daqueles mundos. A própria razão não nos deixa pensar de outra forma.
Nem sempre o espírito pode escolher o mundo que deverá habitar, mas, quando sua condição o permitir, ele terá a sua liberdade; entretanto, as leis universais que nos maparam nos ajudam, atendem ou não aos nossos pedidos, negando quando achar conveniente e cedendo quando for o melhor para nós.
Todo o universo ;e cheio de divsões incontáveis, e todas elas obedecem a uma lei, capaz de colocar cada um em seu lugar merecido. Essa harmonia nos prova a bondade do Criador, que espalhou mundos, sóis e estrelas no espaço infinito, porém, cada um se encontra no seu lugar certo.
A nossa capacidade de escolha deve estar vibrando com a nossa evolução espiritual, porque escolher o que não suportamos é desespero sem necessidade. Há mundos e mais  mundos esperando habitantes, mas, que sejam espíritos que suportem sua influência e que lhes facultem, igualmente, algo que a metéria absorva e melhore, atendendo ao prgresso que afinize com as suas necessiades.
A vida tem a segurança de Deus, pela Sua Onisciência, pulsando em toda parte do universo, Se quisermos estagiar em planos superiores ao que nos encontramos, é necessário fazer jus a esse ideal; trabalhemos e avancemos no nosso mundo íntimo aprimorando as nossas qualidades, porque somente elas abrir-nos-ão a pofrta do mundo bem-aventurado para o nosso coração. Não há engano da Divindade em colocar-nos no lugar em que nos encontramos. Somente recemos o que merecemos, em qualquer lugar onde estivermos.
Podemos confiar em Deus, que Ele é sempre Deus de bondade e de amor, e nós todos somos Seus Filhos. Se não damos pedra aos filhos que nos pedem pão, Deus não irá fazer de outra forma, e isso desperta em nós cada vez mais esperança n'Ele, confiança no que Ele pode nos dar, sempre nos ajudando a escolher o melhor.
Trabalhemos esperando, pois, se semeamos vida, colheremos vida. A nossa existência é uma eterna semeadura; basta sabermos escolher as sementes, pelo pensar, pelo falar e pela vida que elvamos, pois a felicidade se encontra dentro de nós, esperando que a descubramos.
 
Livro: Filosofia Espírita IV - João Nunes Maia - Miramez