31.5.15

TRÊS CONCLUSÕES

O tempo concedido ao Espírito para uma reencarnação, por mais longo, é sempre curto, comparado ao serviço que somos chamados a realizar. Importante, assim, o aproveitamento das horas. Meditemos no gasto excessivo de forças em que nos empenhamos levianamente no trato com assuntos da repartição de outrem.
Quantos milhares de minutos e de frases esbanjamos por década, sem a mínima utilidade, ventilando temas e questões que não nos dizem respeito?
Para conjugar essa perda inútil, reflitamos em três conclusões de interesse fundamental.
O QUE OS OUTROS PENSAM: Aquilo que os outros pensam é ideia deles. Não podemos usufruir-lhes a cabeça para imprimir-lhes as interpretações que são capazes diante da vida. Um indígena e um físico contemplam a luz, mantendo conceitos absolutamente antagônicos entre si. Acontece o mesmo na vida moral. Precisamos nutrir o cérebro de pensamentos limpos, mas não está em nosso poder exigir que os semelhantes pensem como nós.
O QUE OS OUTROS FALAM: A palavra dos amigos e adversários, dos conhecidos e desconhecidos, é criação verbal que lhes pertence. Expressam-se como podem e comentam as ocorrências do dia a dia com os sentimentos dignos ou menos dignos de que são portadores. Efetivamente, é dever nosso cultivar a conversação criteriosa; contudo, não dispomos de meios para interferir na manifestação pessoal dos entes que nos cercam, por mais caros nos sejam.
O QUE OS OUTROS FAZEM: A atividade dos nossos irmãos é fruto de escolha e resolução que lhes cabe. Sabemos que a sabedoria divina não nos criou para cópias uns dos outros. Cada consciência é domínio à parte. As criaturas que nos rodeiam decerto que agem com excelentes intenções, nessa ou naquela esfera de trabalho, e se ainda não conseguem compreender o mérito da sinceridade e do serviço ao próximo, isso é problema que lhes compete e não a nós.
Fácil deduzir que não podemos fugir da ação nobilitante, a benefício de nós mesmos, mas não nos compete impor nas decisões alheias, que o próprio criador deixa livres.
À vista disso, cooperemos com os outros e recebamos dos outros o auxílio de que carecemos, acatando a todos, mas sem perder tempo com o que possam pensar, falar e fazer.
Em suma, respeito para os outros e obrigação para nós.

Livro: Estude e Viva - Francisco C. Xavier - André Luiz.

30.5.15

VAI CHORAR


Não te admitas partir,
De sobre a Terra, ao morrer,
Sem ter cumprido o dever
Que necessitas cumprir...

Nem te deixes iludir,
Por nada que tenha a ver
Com o transitório viver
Que a morte vem extinguir...

Seja aqui e aonde for,
Não ignores a dor
Em quem deves amparar...

Pois quem no mundo faz tour,
Vivendo só de glamour,
No Mais Além vai chorar!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 23 de maio de 2015, em Uberaba – MG).

29.5.15

JESUS ANDA SOBRE O MAR A PEDIDO DE PEDRO

"Na quarta vigília da noite foi Jesus ter com eles, andando sobre o mar. Os discípulos vendo-o andar sobre o mar, perturbaram-se e exclamaram: É um fantasma! E de medo gritaram. Mas Jesus imediatamente lhes falou: Tende ânimo, sou eu: não temais. Disse Pedro: Se és tu, Senhor, ordena que eu vá por cima das águas até onde estás. E ele disse: Vem. E Pedro saindo da barca andou sobre as águas e foi para Jesus. Quando, porém, sentiu o vento teve medo e, começando a submergir-se gritou: Salva-me, Senhor! no mesmo instante Jesus, estendendo sua mão, segurou-o e disse-lhe: Por que duvidaste, homem de pouca fé? E entrando ambos na barca, cessou o vento. Então os que estavam na barca adoraram-no dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus". (Mateus, XIV, 25-33.)
A vida de Jesus e seus feitos são verdadeiramente maravilhosos. O seu poder dominava todos os elementos; a sua sabedoria conhecia todos os mistérios; por isso a sua ação era prodigiosa. Médium divino que resumiu todos os dons e conversava com todos os grandes profetas do além que o seguiam em sua missão e o auxiliavam, ele caminha por sobre o mar a pés enxutos, de acordo com a lei da levitação dos corpos que o Espiritismo ensina e explica atualmente.
Seus discípulos, vendo-o caminhar sobre as águas, e como era noite, não o conheceram distintamente, julgando tratar da aparição de algum Espírito, fato que, parece, tinham já observado várias vezes, dado o temor que lhes sobreveio e sua exclamação: "É um fantasma!"
Depois de o Mestre se haver dado a conhecer, foram tomados de confiança e Pedro suplicou-lhe permissão para ir ao seu encontro "por cima das águas".
Acedendo Jesus, Pedro sai da barca envolto nos fluidos de seu Mestre, e também auxiliado na levitação pelos Espíritos que acompanhavam a Jesus, até que, vacilando, isto é, perdendo a fé, perdeu o auxílio superior e se foi submergindo!
Reconhecendo, cheio de temor, o desamparo divino, apela novamente para Jesus, sendo por este amparado; ao contacto com o nazareno, volta-lhe a fé, e foi transportado para a barca em companhia do Mestre.
Este fato maravilhou tanto aos que estavam na barca, que adoraram a Jesus, dizendo: "Verdadeiramente és Filho de Deus! "
Livro: Parábolas e Ensinos de Jesus - Cairbar Schutel

28.5.15

ALMAS GÊMEAS



Questão 298 do Livro dos Espíritos

Quando falamos em almas gêmeas, não é generalizando o termo, mas no sentido de que existem almas gêmeas nos planos onde ainda não existe a verdadeira perfeição do Espírito. Deus não fez uma alma somente para outra, de modo que somente as duas possam sentir o verdadeiro amor entre si. Isso não existe entre os Espíritos puros.
No entanto, antes de chegar à pureza espiritual, é claro que temos necessidade de estarmos unidos por sentimentos mais profundos a determinada alma, que nos ajuda e nos sustenta na própria vida. A existência de almas gêmeas depende, pois, do plano em que se situam. No seio da pureza angélica, repetimos, não existe; ali o amor é perfeitamente universal. Mas, nos planos próximos à Terra, certamente que existem almas gêmeas.
Estamos caminhando para a perfeição, para amar ao próximo como a nós mesmos, como o Cristo nos ensinou. O próximo são todas as almas, em todos os planos de vida. Verificamos esse entendimento sublimado na vida de Francisco de Assis, para quem o encontro com Clara de Assis, foi motivo para que ele amasse mais ao seu próximo, aos animais, às plantas, aos peixes, às estrelas, enfim, a toda a natureza, em profusão. E, acima de tudo, ele amou a Deus, com a presença de Jesus.
Procuremos experimentar deixar fluir o amor puro para fora do lar, atingindo os que sofrem fome, sede e nudez. Avancemos com esse amor para os animais, as aves, as plantas, o ar, o sol, as estrelas, os alimentos, que notaremos uma vida renovada e uma consciência mais livre, a nos inspirar a verdadeira paz no coração.
A Doutrina Espírita, revivendo Jesus, não pede sacrifícios que não se possa fazer, mas, ensina que se tenha boa vontade onde se foi chamado para viver. Que vivamos com mais gratidão aos que nos cercam, com mais carinho para com aqueles que nos deram a oportunidade de reencarnar, para com os nossos parentes e amigos. Se a vida continua, o nosso amor deve continuar nos dando paz de consciência e prometendo felicidade onde quer que estejamos.
Não há união particular e fatal, nos assevera "O Livro dos Espíritos", porque Deus é Deus de amor, e os Espíritos puros são livres, sem exigências e sem ciúmes que possam levá-los à prisão dos sentimentos. A grandeza de Deus é bem maior do que se pensa. Ele, sendo a Inteligência Suprema, não iria nos pedir opinião antes de fazer as leis para o bem da criação universal.
Unamo-nos no bem coletivo sem apego, ligados pelo amor que universaliza todos os sentimentos, para que a paz de todos forme a paz de Deus em nossos corações para sempre.
Existem almas gêmeas sim, pois todas as almas são gêmeas pela força do amor de Deus.

Livro Filosofia Espírita – João Nunes Maia - Miramez

27.5.15

EXPERIÊNCIA III

135 –Se o determinismo divino é o do bem, quem criou o mal?
-O determinismo divino se constitui de uma só lei, que é a do amor para a comunidade universal. Todavia, confiando em si mesmo, mais do que em Deus, o homem transforma a sua fragilidade em foco de ações contrárias a essa mesma lei, efetuando, desse modo, uma intervenção indébita na harmonia divina.
Eis o mal.
Urge recompor os elos sagrados dessa harmonia sublime.
Eis o resgate.
Vede, pois, que o mal, essencialmente considerado, não pode existir para Deus, em virtude de representar um desvio do homem, sendo zero na Sabedoria e na Providência Divinas.
O Criador é sempre o Pai generoso e sábio, justo e amigo, considerando os filhos transviados como incursos em vastas experiências. Mas, como Jesus e os seus prepostos são seus cooperadores divinos, e eles próprios instituem as tarefas contra o desvio das criaturas humanas, focalizam os prejuízos do mal com a força de suas responsabilidades educativas, a fim de que a Humanidade siga retamente no seu verdadeiro caminho para Deus.
136 –Existem seres agindo na Terra sob determinação absoluta?
-Os animais e os homens quase selvagens nos dão uma idéia dos seres que agem no planeta sob determinação absoluta. E essas criaturas servem para estabelecer a realidade triste da mentalidade do mundo, ainda distante da fórmula do amor, com que o homem deve ser o legítimo cooperador de Deus, ordenando com a sua sabedoria paternal.
Sem saberem amar os irracionais e os irmãos mais ignorantes colocados sob a sua imediata proteção, os homens mais educados da Terra exterminam os primeiros, para sua alimentação, e escravizam os segundos para objeto de explorações grosseiras, com exceções, de modo a mobilizar-los a serviço do seu egoísmo e da sua ambição.
Da obra “O Consolador” – Espírito: Emmanuel – Médium: Francisco Cândido Xavier

25.5.15

A Opção pelo Amor

Em tudo na vida é preciso amar.
Tudo que é feito precisa ser feito com amor.
O amor é o centro de tudo, sem ele tudo fica sem sentido, não há outra opção.
Os que teimam em operar coisas sem amor, podem ver, no final não dará certo. O que, porém, é feito com zelo, com cuidado, com esmero, isto tem amor, e vai ser vitorioso.
O amor sendo o centro de tudo opera milagres.
Quando alguém está doente, muito doente, sem muita esperança de melhora, então é aí que o amor aparece mais importante.
De início, pedimos a Deus pela nossa melhora. Depois, vemos os nossos que pedem a Deus por nós. Meus filhos, porque não pedimos pelo amor à própria vida, pelo simples fato de que queremos continuar na carne e sermos produtivos. Quando o amor se manifesta em nós mesmos, mesmo na condição de sobrevivência, já é amor, autoamor, amor por si mesmo, que é o básico que toda criatura deve ter por si.
O amor transforma tudo, faz tudo desaparecer e se mostrar com novos ares, uma verdadeira maravilha.
Já vi gente ranzinza, chata mesmo, daquelas que ninguém suporta estar presente, que um dia, sem ter nem para quê, se apaixonou, conheceu o amor verdadeiro, e aí, por força das circunstâncias, teve que se modificar por dentro para agradar a pessoa amada. É o amor transformador.
O amor também se dá quando a gente se apieda da condição do outro. Vemos o outro sofrer tanto que não queremos compartilhar a dor daquele jeito, então, pomos a orar, a pedir pela sua “absolvição”, pelo seu alívio, e o Pai que atende toda solicitação para o bem dá lá o seu jeitinho.
Quando pensamos no outro, quando saímos de nós mesmos em busca do outro, quando deixamos de ver para o nosso próprio umbigo, estão é sinal que estamos evoluindo. O mundo não é somente eu, começamos a pensar. Mais do que isso, começamos a perceber também que a nossa felicidade, aquela verdadeira, nos diz que eu só serei, de fato, feliz se eu ver igualmente a felicidade de meu irmão de caminho.
Esta solidariedade irrestrita, este gostar por si mesmo, nos levar espontaneamente ao encontro do Criador. É assim. Completamo-nos à medida que saímos de nós e vamos ao encontro do outro, reflexo de Deus perto de nós. Na verdade, ao amarmos o nosso irmão de caminho estaremos, por tabela, amando o nosso próprio Pai.
É assim a maravilha do amor.
Amor de ação e não apenas de pregação.
Amor de devoção e não apenas de simples emoção.
Amor de coração e não apenas de apelação.
Viva o amor e será bem mais feliz.
Helder Camara

24.5.15

Vergonha
Não sou aquele de antes. Também pudera, quanto tempo já se passou do meu retiro do mundo dos vivos na carne. Faz tempo, muito tempo, que vi um Brasil a se construir, a tecer seus primeiros traços de nação. Era tudo um sonho, um grande sonho, tudo por fazer. Agora, senhores, resta-nos completar este sonho ou dá-lo vivas cores.
O que vejo hoje, apesar das conquistas inumeráveis que fizemos, é um país triste, cabisbaixo, sem energias, desolado.
O que vejo hoje, com meus olhos de espírito, é uma terra dizimada pelo pessimismo, pela desonra, pela iniquidade, todo um pavor.
Isto pode mudar, minha gente. Isto tem que mudar, minha gente.
Toda crise é passageira, bem sabemos, mas elas têm que nos deixar lições para não mais repeti-la. Que venham outras, ao longo dos tempos, mas por motivos novos não aqueles que nos fizeram sucumbir no passado.
O que vejo, porém, é que estamos nos lambuzando nos mesmos erros. E o qual o erro maior?
Dignidade na política, ou melhor, a falta de uma conduta moral reta no tratar das coisas públicas.
Este mal, infelizmente, é geral. Já pontuei em outros artigos esta doença que não se afasta, aquela que diminui o homem, que o deixa menor que os animais, a falta de vergonha na cara.
A honradez, que era em meu tempo, questão sine qua non para se estar na rua, atualmente é artigo raro, sobretudo no mundo da política.
Os acordos malversados, as conversas de mais valia, os tratados de esperteza, o raciocínio do lucro fácil com o dinheiro público, é o comum das conchavos dos gabinetes de todas as esferas do poder.
É um câncer, senhores, de profundas raízes, cujo doente nem se apercebe dele, ao contrário, acredita ser este um sinal de saúde nas suas relações políticas.
A que ponto chegamos com a hipocrisia do discurso pelo povo apenas para atender aos seus interesses mais que pessoais.
Que vergonha, senhores!
Tudo isso não é normal e há, no subterrâneo da sociedade brasileira, grande insatisfação. De todos os lados, o povo não acredita mais nos seus mandatários, nos políticos da vez, nos seus representantes que nunca os representou de verdade.
Que política vergonhosa se faz e a cara cínica de larápios do povo travestidos em cordeiros.
Somos uma nação que vencerá a estes desmandos, sem antes, contudo, experimentar os vexames dos escândalos. Quanta gente será pega ainda com as mãos e os pés na lama para isto acontecer?
Tenho pena deles, antecipadamente, sinto dó destes irmãos sem raciocínio do bem e desprovidos de caráter.
O mal que fazem a eles é tamanho, pois a resposta, aqui nos círculos espirituais, é de tão grande impacto que suas consciências gostariam de voltar do pesadelo num instante e não irão consegui-lo.
O dinheiro que faz falta aos projetos de habitação, às melhorias salariais dos servidores públicos, aos vencimentos dos professores e profissionais da sáude, enfim, de todo bem que deveria ter sido feito e não o foi, será cobrado, centavo a centavo, nos bastidores da vida física.
Que pena!
Muitos deles são tribunos de valor, possuem inteligência ímpar para a coisa pública, mas degeneraram-se, desprezaram os seus compromissos de ajudar ao povo mais sofrido nos seus projetos reencarnacionistas.
O mundo mudará, o Brasil se modificará, mas o preço a ser pago será alto, bem mais do que se pode imaginar.
De nossa parte, a confiança que novas bases de poder se erguerão depois do período de caos e desfaçatez. Novos homens e mulheres, como já me referi, adentram o corpo carnal para experiências libertadoras de toda a sociedade.
Que o bem político maior prevaleça.
Que a esperança de dias melhores vença.
Que o homem avance mais nos seus desígnios divinos.
É hora de mudar!
Joaquim Nabuco

23.5.15

RECORDAÇÃO

Recordo-me de mim na arena ensanguentada,
Hábil gladiador, invencível e forte,
Sempre de arma em punho a decretar a morte
De quem se me opusesse à inclemência da espada...

Certo dia, porém, numa luta travada,
Ante um golpe brutal a transmudar-me a sorte,
Constrangido a buscar a vida em outro norte,
Deixei o corpo ao chão de alma transtornada...

Correu o tempo e, então, voltando à antiga arena
Dos meus crimes cruéis, eu me vi noutra cena,
Sem espada na mão, amarrado a uma cruz...

Testemunhando a fé em grande provação,
De assassino que fui me fizera cristão,
Aprendendo a viver e a morrer por Jesus!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A, Baccelli, em reunião no Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 15 de maio de 2015, em Uberaba – MG).

22.5.15

Os Expoentes da Codificação: “Platão”.
É pelos frutos que se conhece a árvore. Toda ação deve ser qualificada pelo que produz: qualificá-la de má, quando dela provenha mal; de boa, quando dê origem ao bem."
Estas palavras bem podem soar, para quem já leu o Evangelho, como palavras textuais do Senhor Jesus.
Contudo, foram anotadas e dadas ao mundo séculos antes de Jesus, por Platão, filósofo grego, discípulo de Sócrates. Seu nascimento data do ano 428 ou 427 a C, na cidade de Atenas, na Grécia.
Pertencente à alta aristocracia, em torno dos seus 20 anos, conheceu e tornou-se amigo do filósofo Sócrates, a quem acompanhou até os seus últimos dias e de quem anotou os ensinos, graças ao que nos chegaram aos dias atuais.
Empreendeu viagem ao Egito e à Itália meridional. Na Sicília freqüentou a corte de um tirano de Siracusa de nome Dionísio. Desejando influir na política da cidade, terminou por se incompatibilizar com Dionísio, que o mandou vender como escravo, na ilha de Egina, que se achava em guerra com Atenas.
Resgatado, retornou para sua cidade natal onde, em torno dos seus quarenta anos, fundou a Academia, na qual ensinou até o final dos seus dias terrenos.
Fácil de se entender porque ele e Sócrates são considerados precursores da idéia cristã e do Espiritismo, bastando se leiam alguns dos seus escritos. A obra kardequiana O evangelho segundo o Espiritismo apresenta pequenos trechos que se referem ao conceito dos dois filósofos gregos a respeito da alma, seu progresso, a reencarnação, o mundo espiritual e seus habitantes, bem assim a respeito das mais excelsas virtudes, exatamente traçando um paralelo entre aquelas idéias, as do Cristo e, por conseqüência, os princípios fundamentais do Espiritismo.
Considerado um dos filósofos mais influentes de todos os tempos, pois que seu pensamento dominou a filosofia cristã antiga e medieval, seus escritos nos legaram o pensamento socrático, bem assim os relatos comoventes dos últimos dias de seu mestre. Criador pessoal ainda do diálogo filosófico, espécie de drama de idéias.
Sua obra O Banquete é considerada uma das maiores da literatura antiga. Como poeta, seu estilo é o ponto mais alto da prosa grega e o demonstra nos seus poemas em prosa do mito da Caverna, da Atlântida e de Eros.
Escreveu ele "O amor está por toda parte em a Natureza, que nos convida ao exercício da nossa inteligência; até no movimento dos astros o encontramos. É o amor que orna a Natureza de seus ricos tapetes; ele se enfeita e fixa morada onde se lhe deparem flores e perfumes. É ainda o amor que dá paz aos homens, calma ao mar, silêncio aos ventos e sono à dor."
As obras de Platão discorrem sobre a mentira, a natureza do homem, a piedade, o dever, o belo, a sabedoria, a justiça, a coragem, a amizade, a virtude. No livro VII da República, ele apresenta o célebre mito da caverna: acorrentados no interior de um cárcere subterrâneo e de costas voltadas para a entrada por onde penetra a luz, os que estão ali presos somente podem ver dos homens, dos animais e de tudo o mais que se encontre no exterior da caverna, as sombras que se projetam no fundo dela.
Um homem que consegue se libertar, ofusca-se com a luz do sol no exterior e descobre que tudo o que vira até então era a irrealidade. Ali estava o mundo real. No entanto, se retornar ao interior e desejar transmitir aos demais, ainda prisioneiros, o que viu, sente que corre o risco de ser maltratado e até morto. Esta, segundo Platão, é exatamente a missão do filósofo.
Tendo desencarnado, pleno de lucidez e força criadora, aos 80 anos de idade, da espiritualidade, unindo-se a tantos outros espíritos de envergadura intelecto-moral, Platão continua na sua missão, revelando as nuances do mundo espiritual, o mundo do sol ofuscante, o mundo real, verdadeiro.
Seu nome é citado em Prolegômenos de O livro dos espíritos, bem assim assina um dos trechos da resposta à questão 1009 da mesma obra, onde falando a respeito da inexistência das penas eternas bem recorda as exortações de Sócrates, quando ao seu tempo, apresentou a alma migrando através de múltiplas existências, em seguida a mais ou menos longos períodos de erraticidade.
E conclui: "Humanidade! não mergulhes mais os teus tristes olhares nas profundezas da Terra, procurando aí os castigos. Chora, espera, expia e refugia-te na idéia de um Deus intrinsecamente bom, absolutamente poderoso, essencialmente justo."
Pesquisa:
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Rio de Janeiro, 1974. perg. 1009.
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo, Rio de Janeiro, 1987. introdução.
Enciclopédia Mirador Internacional, vol 16, verbete: Platão.
GRUPO MUNDO ESPÍRITA

21.5.15

AFEIÇÃO

Questão 297 do Livro dos Espíritos

A afeição que temos a outrem na Terra continua no mundo dos Espíritos, quando fundamentada realmente no amor universal. Quando ela é física, desaparece com a perda do corpo, não obstante, pode, por vezes, demorar-se mais um pouco no Espírito, enquanto a animalidade durar, porque as paixões inferiores ainda existem no plano extrafísico, quase como na Terra, animando um corpo material. Entretanto, nunca têm durabilidade como o amor fraternal, que permanece eternamente brilhando no coração das criaturas de Deus.
O "amor" na Terra, principalmente entre as almas mais materializadas, é revestido de egoísmo, de amor próprio, para satisfação pessoal. Ele se encontra preso à bestialidade, nos distúrbios emocionais inferiores, sendo que utiliza um canal, o sexo, pelas vias do qual se processa a reencarnação, lei universal em todos os mundos habitados.
Analisando profundamente, a afeição de uma pessoa para outra nasce, na maioria dos casos, do sexo; entretanto, quando essas pessoas se espiritualizam, esse instinto se sublima, ganhando uma dimensão que escapa à análise dos homens, mesmo os de ciência, e por vezes os espiritualistas. No mundo espiritual há o sexo, e ele é praticado entre os inferiores qual na Terra, mas, entre as almas puras, ele se torna Amor, troca de energias divinas capazes de sustentar os seus instrumentos em todos os cambiantes do trabalho e, ainda mais, esse repasse de forças fá-los sentir uma indizível felicidade de viver; não existe, porém, apego entre Espíritos puros.
Pode existir afeição mútua mesmo nos planos superiores do Espírito, sem que o ciúme perturbe os sentimentos. Essa união é consagrada em favor dos que sofrem, em todos os lugares que a vida os chamar para servir.
A verdadeira simpatia nunca acaba; ela atravessa o túmulo com mais fulgor, forma laços de união divina para estender os ensinamentos de Jesus em todos os corações. Compreendamos, pois, a necessidade de nos unirmos para o bem comum, porque não fomos feitos separados. A obra de Deus é unificada em Seu amor.
Esperamos, e isso deve acontecer brevemente, que o Evangelho seja conhecido em todas as nações, mas não somente conhecido, porém, vivido pelos corações estagiados na Terra. Aí o amor, o amor verdadeiro, transformará o planeta em paraíso, onde não existirão os instintos inferiores, e as paixões certamente cederão lugar ao verdadeiro amor, aquele pregado e vivido por Jesus.
Quem sabe estender ao próximo a sua afeição sem especular e sem exigências, está começando o plantio da sua própria felicidade, e é, mesmo como encarnado, que se deve iniciar essa lavoura, para que se possa colher, em Espírito, os frutos dos esforços empregados no mundo físico.
Trabalhemos no bem, onde quer que seja, que esse bem nos defenderá em todas as investidas do mal, que por vezes nos atacarão. As sementes de luz são mais salientes na nossa consciência, a nos dizer que devemos prosseguir, estendendo o amor e acendendo a chama da fraternidade.
A coisa mais linda do mundo espiritual, para os que chegam, é o afeto dos que o esperam, é a força da simpatia dos amigos que receberam igualmente amor dos que antes deles chegaram e, ao intercruzarem os sentimentos, há uma profusão de luzes, onde a vida promete um reino maior de trabalho com mais segurança, na certeza de que o Cristo nasceu na manjedoura dos corações que amam sinceramente.
Livro: Filosofia espírita – João Nunes Maia – Miramez - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

20.5.15

Experiência - II



EXPERIÊNCIA
134 –Como pode o homem agravar ou amenizar o determinismo de sua vida?
-A determinação divina as sagrada lei universal é sempre a do bem e da felicidade, para todas as criaturas.
No lar humano, não vedes um pai amoroso e ativo, com um largo programa de trabalhos pela ventura dos filhos? E cada filho, cessado o esforço da educação na infância, na preparação para a vida, não deveria ser um colaborador fiel da generosa providência paterna pelo bem de toda a comunidade familiar? Entretanto, a maioria dos pais humanos deixa a Terra sem ser compreendida, apesar de todo o esforço despendido na educação dos filhos.
Nessa imagem muito frágil, em comparação com a paternidade divina, temos um símile da situação.
O Espírito que, de algum modo, já armazenou certos valores educativos, é convocado para esse ou aquele trabalho de responsabilidade junto de outros seres em provação rude, ou em busca de conhecimentos para a aquisição da liberdade. Esse trabalho deve ser levado a efeito na linha reta do bem, de modo que esse filho seja o bom cooperador de seu Pai Supremo, que é Deus. O administrador de uma instituição, o chefe de uma oficina, o escritor de um livro o mestre de uma escola, tema a sua parcela de independência para colaborar na obra divina e devem retribuir a confiança espiritual que lhes foi deferida. Os que se educam e conquistam direitos naturais, inerentes à personalidade, deixam de obedecer, de modo absoluto, no determinismo da evolução, porquanto estarão aptos a cooperar no serviço das ordenações, podendo criar as circunstâncias para a marcha ascensional de seus subordinados ou irmãos em humanidade, no mecanismo de responsabilidade da consciência esclarecida.
Nesse trabalho de ordenar com Deus, o filho necessita considerar o zelo e o amor paternos, a fim de não desviar sua tarefa do caminho reto, supondo-se senhor arbitrário das situações, complicando a vida da família humana, e adquirindo determinados compromissos, por vezes bastante penosos, porque, contrariamente ao propósito dos pais, há filhos que desbaratam os “talentos” colocados em suas mãos, na preguiça, no egoísmo, na vaidade ou no orgulho.
Daí a necessidade de concluirmos com a apologia da Humanidade, salientando que o homem que atingiu certa parcela de liberdade, está retribuindo a confiança do Senhor, sempre que age com  a sua vontade misericordiosa e sábia, reconhecendo que o seu esforço individual vale muito, não por ele, mas pelo amor de Deus que o protege e ilumina na edificação de sua obra imortal.

Da  obra “O Consolador” – Espírito: Emmanuel – Médium: Francisco Cândido Xavier

19.5.15

CONSELHO DE ESPÍRITO CHULO
Há pouco, pelas mãos do médium, chegou-me uma das muitas cartas que tenho recebido da Terra... O amigo que me escreveu, assim resumiu a sua situação:
- Dr. Inácio, peço ao senhor um conselho... O Centro Espírita que frequento não me deixa fazer nada – ou melhor, os seus dirigentes não me deixam fazer nada! Não posso dar passes, não posso participar da reunião mediúnica – estou lá há mais de dez anos –, não me deixam sequer entrar na cozinha na hora da sopa, não me chamam para uma reunião de Diretoria... Limito-me a ser um simples espectador. Quero trabalhar, me sentir útil em alguma coisa, mas não me deixam... O motivo, segundo creio, foi por eu dizer que tenho simpatia pelas obras do senhor – de lá para cá, passaram a me olhar como se eu estivesse obsidiado... Se puder, oriente-me. Sou um tanto conservador, o Centro é perto de minha casa, frequento lá há muito tempo – a minha mãezinha, que já desencarnou, era médium passista lá... O que o senhor me diz? Por favor, não sei se merecerei a sua resposta. Abraço do amigo e admirador – José S.
Meu irmão, qual é de meu costume, vou ser curto e grosso: saia desse Centro... Não existe só ele, não! Desapegue-se! Um dia, você vai ter que deixar o próprio corpo... Procure outra Casa mais aberta para frequentar – uma Casa em que a mentalidade de seus diretores seja mais aberta, e, sobretudo, em que eles sejam mais fraternos – em que os seus diretores não preguem o que não praticam!
O ideal seria que você alugasse uma casinha pequena na periferia da cidade em que mora, e abrisse um novo campo de trabalho no qual conseguisse dar expansão ao seu ideal de servir – sem tanto patrulhamento ideológico.
Alugue um barracão, com um banheiro ou uma fossa sanitária, consiga algumas cadeiras e bancos, duas lâmpadas – uma no pequeno salão e outra na câmara de passes –, e, na parede externa do humilde prédio, escreva: Centro Espírita “Chico Xavier”!
Sobre a mesa, que pode ser de um metro por um metro, um vasinho de flores do campo e um exemplar de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, outro de “O Livro dos Espíritos” – e, o mais importante, não se filie a nenhum órgão de Unificação, porque, caso contrário, dentro de algum tempo, você estará sendo inspecionado lá para saber se está agindo doutrinariamente correto...
Aparecerão alguns “generais” e “generalas”, sem divisa espiritual nenhuma, para ensinar a você como o passe deve ser dado, como o Estatuto deve ser escrito, como, enfim, na condição de soldado raso, você deve bater sentinela para eles...
Mande esse pessoal às favas – mande-os cuidar da própria vida!
Se tiver um dinheirinho sobrando, copia os ditos da placa que Chico Xavier, cansado dessa gente, mandou escrever e fixar numa das paredes internas do “Grupo Espírita da Prece”, em Uberaba: “Aqui, com o nome de Grupo Espírita da Prece”, funciona o Culto do Evangelho no Lar, do irmão Francisco Cândido Xavier, em casa de sua propriedade.”
O recado ficou mais do que claro: vão dar palpite na Casa de vocês, porque aqui é a “minha” Casa – aqui, em primeiro lugar, manda Jesus Cristo, e, depois, mando eu!
Faça isto, meu caro, pois, caso contrário, para você ter uma chance de trabalhar aí nesse Centro, você vai ter que esperar pela desencarnação dos “cabeças” da Diretoria – e tem gente que não morre de jeito nenhum! São múmias reencarnadas – receberam formol em excesso e ainda se acreditam vivendo debaixo de uma pirâmide!
Quanto ao seu carinho pelas nossas obras mediúnicas, digo a você que as escrevemos apenas e tão somente em função da maior divulgação das Obras Mediúnicas de Chico Xavier! Desafio que nelas alguém encontre qualquer ponto considerado antidoutrinário... Dizem que a sua linguagem é “chula” – ora, mais sendo eu um espírito chulo, queriam que a linguagem fosse como?!...
No mais, o meu carinho e a minha solidariedade. E não se esqueça do que disse Jesus aos seus discípulos: “Mas, onde quer que não vos receberem, saindo daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés...”

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 18 de maio de 2015.

18.5.15



As Santas

A Ordem de Maria, aqui nos círculos espirituais, rende graças ao movimento de canonização das duas beatas que ocorre hoje no Vaticano.
São santas? 
Claro que não! São almas dedicadas a servir a Deus e ao Nosso Senhor Jesus Cristo.
Preocupam-se com isso?
Absolutamente que não! Sabem, no entanto, que aumentarão as suas responsabilidades espirituais, pois serão consultadas, cada vez mais, a intercederem junto ao Pai para que os pedidos para elas chegados sejam atendidos de pronto.
A preocupação é que elas sabem das suas enormes limitações espirituais e, se houve a dedicação delas para o serviço redentor, enquanto estavam no corpo físico, não era outro senão o objetivo de aperfeiçoamento moral e espiritual, haja vista que se achavam, como ainda assim se sentem, pequenos grãos de areia no imenso areial do Senhor da Vida.
Maria Alfonsina e Maria de Jesus sabem também de como é emblemática esta canonização para os palestinos, em especial. Ora, um lugar que se degladeia constantemente, onde a paz é artigo raro, saber que duas de suas irmãs estão sendo reconhecidas como pessoas referenciais de dedicação a Deus, estimula – e muito – o repensar de vontades daquele povo tão sofrido, ao mesmo tempo tão guerreiro.
A posse de terras naquele pedaço do planeta já foi motivo para ceifar milhares de vidas de um lado e de outro, da Palestina e de Israel, justamente no solo onde pisou o príncipe da paz, Jesus de Nazaré.
Parece extrema contradição – e de fato o é – que eles tenham esquecido o que de mais genuíno e importante existe na mensagem do Salvador: o amar uns aos outros.
O apelo que se faz com a canonização destas duas irmãs em Cristo é que todo aquele povo possa pensar em conseguir os seus objetivos maiores sem a necessidade do uso de armas, mas buscando o entendimento contínuo para verem respeitados os seus direitos.
Mahmoud Abbas possui plena consciência disso. Ele sabe que o guerreamento não leva a nada, no entanto, crê que se não houver a disposição para a defesa de seus objetivos com armas, possivelmente os outros, no caso os israelitas, não iriam dar muita importância as reivindicações de seu povo.
Não acredito – como nunca acreditei – que podemos alcançar um objetivo qualquer com o uso da violência. A paz, nutrida no diálogo sincero, sempre foi a maior arma para se conseguir algo duradouro. Não podemos intimidar ninguém para conseguir algo em definitivo. A luta deve ser ostensiva, permanenente, mas não pode derramar sangue, tampouco nutrir o ódio de gerações como tem ocorrido.
O Papa Francisco, muito sábio, além de exercer seu poder institucional, abre portas para o entendimento e já se constitui na “grande ponte” para a paz mundial. Seus gestos e movimentos são sempre nesta direção. Corre o perigo de ser mal entendido por alguns, mas ele sabe, muito bem, manejar os ânimos para atingir objetivos nobres. Estamos com ele.
A todos que seguem a doutrina católica, o meu honroso abraço e o estímulo, cada vez mais frequente, para que todos possam, a exemplo das duas Marias e de Giovanna Emília e Maria Cristina, outras irmãs em Cristo hoje consagradas à santidade, que busquem o seu aperfeiçoamento moral com destemor e luta interior. 
Cada um sabe daquilo que é preciso vencer para estar mais perto de Deus.
Cada um sabe do que tem dentro de si e que necessita extirpar para tirar dos ombros o peso maior das suas iniquidades íntimas.
Cada um sabe do enorme caminho que precisa percorrer para chegar a um lugar seguro nas hostes celestiais.
A todos que buscam a sua melhoria moral, o meu incentivo para avançar, mais e mais, nas conquistas inalienáveis do espírito.
Fique com Deus!
Helder Camara

17.5.15

CHAVES LIBERTADORAS



Desgosto. Qualquer contratempo aborrece. No entanto, sem desgosto, a conquista de experiência é impraticável.
Obstáculo. Todo empeço atrapalha. Sem obstáculo, porém, nenhum de nós consegue efetuar a superação das provas e deficiências.
Decepção. Qualquer desilusão incomoda. Todavia, sem decepção, não chegamos a discernir o certo do errado.
Enfermidade. Toda doença embaraça. Sem a enfermidade, entretanto, é muito difícil consolidar a preservação consciente da própria saúde.
Tentação. Qualquer desafio conturba. Mas, sem tentação, nunca se mede a própria resistência.
Prejuízo. Todo golpe fere. Sem prejuízo, porém, é quase impossível construir segurança nas relações uns com os outros.
Ingratidão. Qualquer insulto à confiança estraga a vida espiritual. No entanto, sem o concurso da ingratidão que nos visite, não saberemos formular equações verdadeiras nas contas de nosso tesouro afetivo.
Desencarnação. Toda morte traz dor. Sem a desencarnação, porém, não atingiríamos a renovação precisa, largando processos menos felizes de vivência ou livrando-nos da caducidade no terreno das formas.
Compreendamos, à face disso, que não podemos louvar as dificuldades que nos rodeiem, mas é imperioso reconhecer que, sem elas, eternizaríamos paixões, enganos, desequilíbrios e desacertos, motivo pelo qual será justo interpretá-las por chaves libertadoras que funcionam em nosso Espírito a fim de que nosso espírito se mude para o que deve ser, mudando em si e fora de si tudo aquilo que lhe compete mudar.

Pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco C. Xavier.