30.6.14


Tempo Presente

Eu sei que os dias passam, vão embora e não voltam mais. Escampam das nossas mãos, como se água fosse, e deixam de existir. O que passou, passou, não volta mais. O que fazer? Olhar para frente e seguir. Não há alternativa na vida.
A vida é assim, é desse jeito, então nos adaptemos a ela. Sejamos como ela é. A opção que temos é viver o momento presente em plenitude. O que quer dizer plenitude? É viver intensamente, por completo, por inteiro, estar todo imerso no agora. Esta alternativa, para quem vive assim, é de alívio. Alivia a alma porque não vai ficar choramingando o passado que não foi como deveria e mais ainda projetando um futuro sem nada fazer.
A vida nos oferece estas lições, aproveitemo-las em nosso favor. Quem me dera poder incutir isto na mente das pessoas. É, porque vejo tanta gente voltada para o futuro e esquecendo-se de fazer o essencial nos dias de hoje. Outras, não conseguem se desarnar do que aconteceu ontem e vivem repetindo aquela ladainha:
- No meu tempo não era assim...
Eu vejo o futuro, mas ajo no hoje. O presente me oferece oportunidades mil e só depende de mim, de mais ninguém. Sou eu quem diz para onde devo ir e, sobretudo, para onde não quero ir. Se vou deixando a vida me levar sem ter um norte definido, poderei chegar à deriva e indo precipício abaixo me quebrar completamente. Não vou deixar isso acontecer, de jeito algum. Vou ter atitude na vida, vou ser eu, vou colocar em prática os meus sonhos.
O problema, muitas vezes, é que as pessoas não sonham. Não possuem propósitos na vida. Vão vivendo por viver. Que tristeza o peso dos dias sem razão para viver.
Viver é ter sonhos, é ter um ideal, é ter uma causa maior, é ter algo que valha a pena acordar todos os dias, que faça ter valor cada respiração que der. Isto é viver.
Não pense no futuro de braços cruzados. Pense no futuro agindo, movimentando forças para o alcance de seu ideal de vida. Você verá que a vida ficará bem mais divertida e interessante.
Quem, porém, apenas transfere para o futuro as realizações que deveria fazer hoje, engana-se e engana os outros. É adiando que nunca se faz. Desculpas e mais desculpas e nada acontece. Isso não!
Pois bem, refaça a sua vida já, agora. Disponha-se a melhorar a qualidade de seu viver. Seja ativo e empondere-se da sua vida, afinal de contas, ela é sua e de mais ninguém.
Levante-se, homem e mulher de Deus, e seja co-criador do Pai na edificação de uma Terra melhor que depende muito da sua ação em particular, senão Ele, o Altíssimo, sequer teria perdido o tempo precioso Dele para lhe criar.
Paz,
Helder Camara

29.6.14

"Estávamos, certa vez, sob chuvas de observações e eu pedi ao Espírito Emmanuel: "que fazer? dizem tanto mal ..." e ele respondeu: "Olha, a boca do mal na Terra é como a boca da noite. Ninguém consegue fechá-la. Vamos trabalhar, trabalhar......"

Livro: Palavras de Chico Xavier

28.6.14

CORBEILLE  DE TROVAS
 
Quem espera, além da morte,
Ascender à Luz Divina,
Quase sempre, não consegue
Acender nem lamparina.
*
Em quem vive por viver,
Sem mostrar vida mudada,
A morte, a Grande Mudança,
Ao chegar, não muda nada.
*
Por sobre o palco do mundo,
A vida é peça que apraz...
Mas, a morte, quando surge,
Tira a peça de cartaz.
*
Na existência de quem luta
E a Vida sempre bendiz,
Toda noite se converte
Em dia claro e feliz.
*
A saudade é um sentimento
Que por mais nos desconforte
É o que nos dá a certeza
Que o amor sobrevive à morte.
*
Resplendendo sobre o monte,
Onde foi fincada ao léu,
A cruz do Cristo na Terra
Aponta o rumo do Céu.

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 21 de junho de 2014, em Uberaba – MG). 

27.6.14


Passeio na Roça

Fumaça de fogueira em noite de São João...
No meu Nordeste, reza a tradição, devemos acender uma fogueira em homenagem a São João. A fogueira lembra, lá em tempos idos, o sinal que Isabel fez para anunciar o nascimento do profeta. A fogueira que representa uma notícia alvissareira é lembrada até hoje nas  festividades juninas.
Esta festa maravilhosa une toda a gente do meu querido Nordeste. Aquele que reverencia a São João não pode deixar de construir a sua fogueira como também caprichar nos quitutes da época. Quem me dera poder novamente comer uma canjica das boas ou um milho cozido, sem falar na pamonha gostosa e outras tantas delícias desta época de muito forró e outras danças típicas.
A festa de São João é a festa mais popular do Nordeste brasileiro. Brinquei muito quando menino, isto porque pobre e rico se igualam no São João, ambos são convidados a fazer o mesmo passeio na roça.
É este ponto que quero destacar de agora em diante: pobre e rico fazerem o mesmo caminho na vida.
Por que é que rico deve ter a melhor escola e o pobre não?
Por que é que rico deve ter o melhor médico e pobre nem isso?
Onde está escrito que rico deve ter sempre o melhor e o pobre tenha que viver a penar?
A natureza é a mesma para todos. Deus deu a todos o mesmo ar, as mesmas árvores, a mesma praia, o mesmo céu. Nada distinguiu a seus filhos. Por uma questão puramente humana, os seus filhos criaram distinções e privilégios. Uns podem, outros não. Esta separação é dos homens e não de Deus.
Deus proporcionou a todos as mesmas oportunidades, os homens excluíram alguns de seus irmãos em usufruírem plenamente o banquete da vida. A luta de classes, o embate social, a disputa econômica tem nome, chama-se egoísmo.
O egoísmo humano foi que criou as separações, os apartheids, as distinções, os privilégios.
Se o homem soubesse dividir melhor o que Deus ofereceu não haveria as grandes disparidades que enxergamos. Falta Jesus na relação humana, como falta...
Jesus veio lembrar que não adianta concentrar os bens deste mundo, que o verdadeiro tesouro não está aqui, mas nos céus. Ele mesmo deu este depoimento de vida. Teve uma vida simples e não menos feliz por causa disso. Sabia usufruir das coisas boas da vida quando tinha acesso a elas, mas em nenhum momento se tornou prisioneiro delas.
Separar é coisa menor. Partilhar é coisa maior.
Proporcionar o acesso aos bens da terra para todos, eis o desafio a ser encarado e vencido.
Aprendamos com as festas juninas a dividir o mesmo espaço, a comer da mesma comida, a dançar da mesma música, a compartilhar da mesma alegria, a viver feliz na mesma roça.
Que Deus nos abençoe!
Helder Camara

26.6.14

Questão 315 do Livro dos Espíritos
     ADMIRAÇÃO
 
   O espírito elevado tem plena admiração pelas obras que deixou, desde quando essas obras foram em benefício da humanidade. Tanto ele admira as obras que ficaram com o sinal das suas mãos, como outras que seus companheiros de plano também fizeram.
    Não tem egoísmo, nem adoração somente por sua obra; os seus olhos vêem o belo, que faz parte da harmonia universal. Ele é tomado por alguns momentos de tristeza, se fez alguma coisa prejudicial aos outros, mesmo que o tenha feito inconsciente da ação maléfica. O bem comum lhe causa alegria constante.
    Essa nossa conversa é um toque a todos os encarnados. O espírito na carne está sujeito a tomar caminhos que não deveria palmilhar e, com a Doutrina dos Espíritos, ficarão conscientes dos deveres, e com o modo de raciocinar mais lúcido, de sorte que o coração em Cristo lhes inspire e aí possam tomar decisões acertadas para se alegrarem mais, quando estiverem novamente no plano espiritual.
    O mal que tenhamos feito como encarnados nos atormenta pelos canais da consciência, e o reparo tem que ser feito com urgência, porque somente assim ele cessa de nos atormentar. Eis porque os nossos benfeitores nos apresentam como solução a volta à Terra, porque é na carne que o reparo é mais rápido, principalmente se foi nela que cometemos as faltas.
    Passemos a admirar as grandes obras dos grandes instrutores de humanidade, porque é pensando nelas que elas poderão nos inspirar para fazer mesmo as pequenas coisas, como sendo o início para a nossa paz. É preciso ler as obras da Doutrina Espírita, pois elas ajudarão na escolha dos caminhos, e a melhor escola para quem deseja se iniciar nos conceitos de Jesus é a que nos dá lições internas, que começam com a renovação dos costumes de vida.
    O homem precisa conhecer a si mesmo; a senda de luz que deve trilhar com mais segurança é o mundo interior. O fora da caridade não há salvação é meio de grande utilidade para que se tenha inspiração divina, no sentido de começar a amar ao próximo como a si mesmo e a Deus sobre todas as coisas.
    Esforçemo-nos para sentir admiração por nossas obras, que isso nos dará forças para maiores aberturas no servir, porém, analisando, alegrando-nos no que fazemos, mas em silêncio, para que os outros não vejam o gazofilácio da vaidade tocar alto pela força do orgulho. O louvor em boca própria faz desaparecer o nome sagrado que descobrimos pela boca de Jesus, que se chama Amor.
    A admiração que devemos ter sem limites é pela obra de Jesus, procurando copiá-lo sem receio, que ela nos levará à paz intema, de modo a assistir ao sol da verdade despontar no mundo da nossa própria consciência.
    É lindo para o espirito que deixou a Terra conservar o mesmo amor pelas obras que deixou, sejam elas obras de arte ou de literatura, desde quando essas obras falem da vida universal, da caridade de Deus, do amor e do perdão. Nessa contemplação de seus feitos, a sua consciência esplende todas as forças, lhe mostrando que cumpriu seu dever, apresentando-se com isso novas esperanças, para outras etapas, que podem vir em outras vidas.


Livro: Filosofia Espírita VII - João Nunes Maia - Miramez

25.6.14

Observações a Propósito dos Desenhos de Júpiter
Estamos inserindo neste número da Revista, conforme havíamos anunciado, o desenho 51 de uma habitação de Júpiter, executado e gravado pelo Sr. Victorien Sardou como médium, ao qual acrescentamos o artigo descritivo que teve a gentileza de escrever a respeito. Seja qual for, sobre a autenticidade dessas descrições, a opinião dos que nos poderiam acusar de nos ocuparmos do que acontece nos mundos desconhecidos, quando há tanto o que fazer na Terra, rogamos aos nossos leitores não perderem de vista que o nosso objetivo, como o indica o subtítulo da revista é, antes de tudo, o estudo dos fenômenos, nada devendo, portanto, ser negligenciado. Ora, como fato de manifestação, esses desenhos são, incontestavelmente, os mais notáveis, se considerarmos que o autor não sabe desenhar nem gravar, e que o desenho que oferecemos foi por ele gravado em água forte, sem modelo nem ensaio prévio, em nove horas. Supondo que esse desenho seja uma fantasia do Espírito que o traçou, o simples fato de sua execução não seria um fenômeno menos digno de atenção e, a esse título, cabe à nossa coletânea torná-lo conhecido, bem como a descrição que dele nos deram os Espíritos, não para satisfazer à vã curiosidade das pessoas fúteis, mas como objeto de estudo para quantos desejarem aprofundar-se em todos os mistérios da ciência espírita. Incorreria em erro quem acreditasse que fazemos da revelação de mundos desconhecidos o objeto capital da doutrina; para nós isso não constituiria senão um acessório, que julgamos útil como complemento de estudo. Para nós, o essencial será sempre o ensinamento moral, de sorte que procuramos, nas comunicações do além-túmulo, sobretudo aquilo que possa esclarecer a Humanidade e conduzi-la ao bem, único meio de lhe assegurar a felicidade neste e no outro mundo. Não se poderia dizer o mesmo dos astrônomos, que igualmente sondam os espaços, e perguntar qual seria a utilidade, para o bem da Humanidade, saberem calcular com precisão rigorosa a parábola de um astro invisível? Nem todas as ciências têm um interesse eminentemente prático; entretanto, a ninguém ocorre tratá-las com desdém, porque tudo que amplia o círculo das idéias contribui para o progresso. Dá-se o mesmo com as comunicações espíritas, ainda que escapem ao círculo acanhado da nossa personalidade.
Revista Espírita - tomo I - Allan Kardec - agosto 1858

24.6.14


Casas em Júpiter
“Em determinadas épocas do ano – aduz o Espírito – em certas festas, por exemplo, verás aqui o céu obscurecido pela nuvem de habitações que nos vem de todos os pontos do horizonte.
É um curioso agregado de moradias esbeltas, graciosas, leves, de todas as formas, de todas as cores, equilibradas em diferentes alturas e continuamente em marcha, da cidade baixa para a cidade celeste: alguns dias depois, faz-se o vácuo pouco a pouco e todos esses pássaros desaparecem.
“Nada falta nessas moradas flutuantes, nem mesmo o encanto da verdura e das flores. Refiro-me a uma vegetação que não encontra paralelo entre vós, de plantas e até de arbustos que, pela natureza de seus órgãos, respiram, alimentam-se, vivem e se reproduzem no ar.
“Temos – diz ainda o mesmo Espírito – esses tufos de flores enormes, cujas formas e matizes nem podeis imaginar, e de uma leveza de tecido tão delicada que os torna quase transparentes. Balançando no ar, sustentados por grandes folhas e munidos de gavinhas semelhantes às da videira, reúnem-se em nuvens de mil tonalidades ou se dispersam ao sabor do vento, oferecendo um espetáculo encantador aos viandantes da cidade baixa... Imagina a graça dessas jangadas de verdura, desses jardins flutuantes que nossa vontade pode fazer e desfazer e que, algumas vezes, duram toda uma estação! Longas fieiras de lianas e de ramos floridos destacam se dessas alturas e se dependuram até o solo; cachos enormes se agitam, despetalando-se e liberando perfume... Os Espíritos que se deslocam no ar param à sua passagem: é um lugar de repouso e de encontro, ou, se quisermos, um meio de transporte para terminar a viagem sem fadiga e em boa companhia.”
Revista Espírita - tomo I - Allan Kardec - agosto 1858

23.6.14


ABORTO – DIRIMINDO DÚVIDAS
 
A fim de dirimir certas dúvidas, alimentadas por alguns opositores nossos, quanto à nossa opinião sobre a prática do aborto, que, talvez, em alguma ocasião, não tenhamos tido oportunidade de deixar o suficientemente clara, em definitivo, digo o seguinte:
1º - Sou contra a prática do aborto indiscriminado.
2º - No aborto em caso de estupro, sou favorável em se ouvir e se acatar a opinião de quem está diretamente envolvido no processo, ou seja: a mulher que foi violentada.
3º - Neste sentido, creio que o homem não deve impor à mulher uma gravidez, fruto de estupro, não desejada por ela – esta segunda violência, certamente, seria pior que a primeira.
4º - Que, neste sentido, o espírito candidato à reencarnação, que, muitas vezes, motivou a violência sexual que se consumou, procure uma forma mais digna de renascer.
5º - Nos casos chamados de “anencefalia”, que os avanços da Ciência têm possibilitado detectar, creio que, a respeito do aborto do embrião anencéfalo, precisamos, uma vez mais, ouvir a opinião da mulher, que, em hipótese alguma, deve ser constrangida pela sociedade a carregar no ventre uma criança que, dificilmente, vingará, ou sobreviverá mais que algumas semanas.
6º - Não creio que Deus esteja dotando a Ciência de recursos tecnológicos para aumentar os tormentos da mulher, ensejando a ela saber, com meses de antecedência, que o embrião que traz em seu ventre, e com o qual ela dormirá e se levantará semanas após semanas, é um corpo destituído de vida intelectual e moral.
7º - Em muitos casos de “anencefalia”, consentir na prática terapêutica do aborto, caso seja este o desejo da mulher, será, sem dúvida, lhe preservar a saúde mental, evitando mesmo traumas que poderão induzi-la à loucura ou/e ao suicídio.
8º - De minha parte, embora respeitando as opiniões contrárias, digo ser extremamente difícil que um espírito reencarnante “agarre-se” apenas e tão somente ao tronco encefálico, ou seja, à parte posterior e ínfima de um cérebro que não se formou e nem se formará.
9º - Mesmo que isto fosse possível, a ligação do espírito reencarnante ao tronco encefálico, não justificaria que nós, os espíritas, defensores da Reencarnação, quiséssemos fazer prevalecer a nossa crença, cerceando o direito da mulher de, no caso específico de anencefalia, decidir sobre levar, ou não, a sua própria gravidez adiante.
10º - No que tange à prática do aborto, os espíritas têm silenciado a sua opinião sobre a “pílula do dia seguinte” e mesmo do chamado “DIU” – Dispositivo Intrauterino –, que, na opinião de alguns estudiosos, são expedientes igualmente abortivos – muitos têm se calado a respeito, porque as suas esposas, ou filhas, ou netas, ou sobrinhas, ou irmãs, fazem, ou fizeram, uso de tais expedientes.
11º - Sou ainda de opinião que, principalmente, na gravidez por estupro, a mulher deve, sem dúvida, ser esclarecida quanto à bênção da maternidade, e quanto aquele rebento em seu ventre, concebido de maneira tão vil, pode vir a significar para a sua vida, caso, através da ampliação de sua própria capacidade de amar, ela consiga superar o ato de violência de que foi vitimada.
12º - A questão do aborto em caso de estupro e anencefalia, não estando claramente prevista na Codificação Kardeciana, nos remete ao campo da livre opinião, sendo que, evidentemente, no mínimo, nos cabe respeitar o ponto de vista de companheiros outros, sem que, por discordarem do nosso, de Evangelho nas mãos avancemos contra eles destilando todo o nosso ódio de natureza teológica, prestes a lhes reacender as fogueiras inquisitoriais que, certamente, ainda não nos exaurimos de acender.
13º - Penso que, em síntese, neste arrazoado, fica expresso e manifesto o meu parecer sobre o assunto, evocando para mim o direito de fazê-lo, e de, uma vez por todas, dá-lo por encerrado, de vez que, sinceramente, ando enfarado de lidar com a maledicência e com a ignorância de tantos que, na condição de espíritas, se julgam os senhores absolutos da razão.
 
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 23 de junho de 2014.

22.6.14


Prudência 
 
Aquietemo-nos! Relembram os Instrutores Espirituais. 
A transição recomenda prudência. 
A Pátria do Cruzeiro, com a responsabilidade de representar a fraternidade na Terra, está diante dos olhos do Mundo que aproveitando a ocasião dos jogos redescobre o Brasil. 
 Colocamo-nos, nesse momento, à disposição dos benfeitores, para pedir as bênçãos para nossa gente, para nossa terra, para nosso torrão Natal. E percebemos o cuidado dos Espíritos Nobres que representam os Pais da Pátria, para zelar pelo equilíbrio, pela prudência e pela ordem. 
Os benfeitores nos recomendam prudência. Aquietarmos antes de acelerarmos; paciência, antes que a preocupação maior; oração, antes que o receio. 
Os nossos Amigos Maiores pedem que nos habituemos nesses dias: amanhecer orando pela Pátria; durante o dia, mentalizar a paz na Pátria; ao adormecer, orar pelo equilibro da Pátria, porque o mundo espiritual nobre, certamente, cuidando de nós, cria as condições de defesa para que os acontecimentos ocorram com equilíbrio, para que a ordem não se deixe vencer pela desordem, para que a prudência nos conduza com equilíbrio à condução do processo das mudanças necessárias. 
 Os irmãos infelizes, acostumados à balburdia, à desordem no mundo espiritual inferior, querem aproveitar, também, no seu trabalho organizado, chamar atenção do mundo, para desmoralizar o grande Programa de Jesus para o Brasil. 
Por isso, em nome deles, nós queremos pedir aos nossos companheiros o hábito da oração em favor da paz. 
 Teremos, certamente, preocupações graves que devem esperar de nós e receber das nossas orações o testemunho do equilíbrio, para que as forças do mal não encontrem espaço também em nós. 
Os espíritas conhecedores desses acontecimentos, da ação dessas criaturas infelizes, nossos irmãos, devemos estar conscientes de que representamos elos da grande corrente da Bondade que protege o grande programa que o Cristo de Deus colocou nas mãos do povo Brasileiro. 
 Estejamos, pois, meus irmãos, atentos, não sejamos aqueles que multipliquem as más informações e notícias, mas asserenados, aquietados, nos liguemos aos benfeitores, nesse momento importante, para que possamos transmitir para o Mundo inteiro a nossa gente tão boa, a expectativa de um ambiente de paz e de um povo ordeiro e generoso, e sobretudo Cristão. 
 Orando juntos, estaremos ligando as forças vivas da bondade, que emana do coração do nosso mestre, o Cristo de Deus, estaremos oferecendo aos nossos dirigentes encarnados, aqueles homens e mulheres que têm a incumbência de zelar pelo equilíbrio e pela orientação política, econômica, social do Brasil, para que os acontecimentos, que possam ocorrer, não perturbem a generalidade da Nação, e para que o programa do Cristo se faça maior do que os transtornos, e para que, de um modo geral, todos nós contribuamos para a paz. 
 Mantenhamo-nos aquietados, confiantes, vigilantes e orando, entregando-nos às mãos santíssimas de Jesus de Nazaré. 
O Anjo Ismael, aqui, na Federação Espírita Brasileira, organizou programa de trabalho intenso, com os espíritos que representam os dirigentes espirituais do Brasil, para estabelecer nos pontos estratégicos, em Brasília, nas demais cidades importantes do País, as defesas geradas, necessárias para a vigilância e para que a ordem não se perturbe. 
 Não tenhamos receios, confiemos atentos. 
Os momentos políticos que vive o planeta não têm como não refletir no Brasil, e representando o foco do Mundo nesses dias é importante que estejamos aqui na nossa Casa, oferecendo o melhor ambiente vibratório de beleza espiritual, para que o Anjo Ismael possa cumprir, com o apoio dos Espíritos Nobres, o programa de Jesus. 
 Os momentos recomendam prudência, como dizíamos, e cuidado. 
Oremos meus irmãos e mantenhamo-nos em paz. 
Que Jesus abençoe a Pátria que amamos, que o Cristo de Deus ilumine as consciências das nossas autoridades, que os ambientes dos jogos sejam protegidos pelas forças da luz, e que a nossa certeza na condução dessas energias nobres faça de nós também instrumento da paz. 
 Que o Cristo de Deus nos abençoe, abençoe a Federação Espírita Brasileira, abençoe o nosso País, e nos inclua no grande programa dos trabalhadores do Bem. 
 Abraço-vos, fraternalmente, 
 José do Patrocínio. 
 
 (De gravação de psicofonia pelo médium João Pinto Rabelo, na reunião do Grupo de Assistência e Apoio aos Povos da África, na sede da FEB, no dia 10 de maio de 2014).

21.6.14

ARRANJO DE TROVAS

Não julgue pela aparência.
Mantém prudência na fé...
Na maioria das vezes,
O que parece não é.
*
Quem julga a conduta alheia,
Disso fazendo escarcéu,
Na Vida do Mais Além,
De juiz se torna réu.
*
No Livro da Caridade,
Em grandes letras se lê:
O verdadeiro infortúnio,
Quase sempre, ninguém vê.
*
Sem vigilância constante,
Na luta em que se embaralhe,
Muito espírito encarnado
Complica-se por detalhe.
*
Melhor conhece o defeito
Que no outro aponta a esmo
Aquele que é portador
De tal mazela em si mesmo.
*
Quem mede o tamanho alheio
Tomando por base o seu,
Um gigante na estatura
Faz virar um pigmeu.

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 14 de junho de 2014, em Uberaba – MG).

20.6.14


Jesus é Ação

Quem foi Jesus?
Esta figura enigmática e admirável é objeto de preocupação e estudo de muita gente. Aqui mesmo, no mundo dos espíritos desprovidos da carne, estudamos muito a Jesus – e não é apenas nos círculos de fé cristã, mas fora deles também.
Jesus é uma personagem de grandes facetas. Sua vida toda e particularmente o período da divulgação do seu Evangelho é algo a ser refletido sempre.
Toda a palavra de Jesus era provocativa para a ação, já se aperceberam disto?
Jesus não apenas dizia que era bom isto ou aquilo, Ele falava, mas concluía dizendo que fizéssemos aquilo que Ele acabara de dizer ou ensinar.
Estar com o Cristo, portanto, é comprometer-se com o agir, mas do que o falar.
Jesus sabia que se dissesse apenas palavras bonitas não seria lembrado na posteridade. Seria mais um romântico do que um homem de ação. Sua vida toda, portanto, teria que ser uma demonstração de trabalho.
Muita gente ainda duvida da existência de Jesus, pouco importa esta discussão, pois a história que se conta nos Evangelhos já é suficiente, por si só, para nos incitarmos à meditação. Meditação e ação.
Ele operou “milagres”. Foi ao socorro dos mais necessitados. Ensinou em lugar público. Deu de comer e beber. Visitou enfermos. Tudo em função do outro. Enquanto trabalhava, ensinava pelo exemplo.
Há aqueles que passam um tempo enorme em discutir a essência  do ensinamento de Jesus. Não que não seja importante, mas a dedicar minutos preciosos para estudar e poucos para praticar, estaremos perdendo a oportunidade belíssima de aprender fazendo, que é a proposta magnânima deste Espírito formidável que conhecemos como Jesus.
Como Ele é admirado no lado de cá da vida. Quantos trabalham para Ele. Há um respeito enorme para o “rei dos judeus”, na verdade, o Cordeiro de Deus.
Sua palavra é sempre lembrada nos trabalhos que desenvolvemos além das fronteiras brasileiras e cristãs. Há um respeito enorme porque Ele se faz presente em nossas ações em “espírito e verdade”.
Isto também ocorre entre vocês.
Quando O evocamos na Santa Missa, Ele está presente.
Quando O lembramos no culto do Evangelismo, Ele está presente.
Quando O citamos nas dissertações espíritas, Ele está presente.
Quando qualquer credo O reverencia, Ele está presente.
É esta presença insofismável de Jesus nas nossas vidas que aumenta-nos a esperança, que fortalece a nossa fé, que nos anima a caminhar.
Jesus, graças te dou pelo dia de hoje, por estar presente no nosso viver. Pelo compromisso de a todos atender. Por não medir esforços e a todos conhecer.
Somos gratos, muito gratos, pela Tua presença grandiosa nas nossas vidas, que nos impulsiona os passos para mais fazer.
Obrigado por tudo, meu bom Jesus.
Fiquemos em paz!
Helder Camara

19.6.14

Questão 314 do Livro dos Espíritos
     TRABALHO INTERROMPIDO
 

    Os trabalhos de alguma alma caridosa, interrompidos na Terra pelo processo da desencamação, não são nem podem ser sinônimos de paralisação. Já no mundo espiritual, o espírito que viu o seu trabalho interrompido pela morte, trata de inspirar seus companheiros que ficaram para a continuação do mesmo e, por vezes, a fazê-lo em ritmo mais acelerado do que quando ele estava à frente do ideal, em favor da coletividade.
    Deus não é deus de limitações, e tanto na Terra quanto no mundo dos espíritos, existem legiões de almas preparadas para todos os trabalhos que o Senhor achar conveniente. Ninguém é insubstituível. Existe somente um espírito que não pode ser substituído: Deus.
    Quando os trabalhos iniciados são interrompidos com o desaparecimento do espírito que lhes deu início, é porque não estava na programação de Jesus para que ele fosse realizado na Terra ou, então, esse trabalho já tinha atingido seu objetivo. Isso acontece muitas vezes. Podemos focalizar, como exemplo, a monumental obra de Allan Kardec, cujas mãos generosas deram começo, como revivescência do Cristianismo original: ele partiu para o mundo espiritual e vem inspirando milhares de outros encarnados para a continuação da sua obra de luz e, para tanto, tem a maior alegria, quando encontra alguém que desempenha o mandato com amor, partindo para fazer com perfeição o dever de ser útil à humanidade. Estamos todos sendo chamados para cooperar na seqüência da Doutrina dos Espíritos, de modo que ela seja divulgada em toda a Terra, levando, como é sua missão, a fé renovada em Cristo para todos os povos.
    As almas missionárias, quando desencarnam, não ficam tristes por terem deixado obras interrompidas, por saberem que tudo pertence a Deus, sob a orientação de Jesus.
    O medo de deixar o trabalho interrompido nasce da falta de compreensão. Mãos e mais mãos nos sucedem em todas as atividades, desde que haja vontade da Suprema Inteligência. Vamos confiar mais n'Aquele que nos fez, pois, tudo se encontra ligado a Ele.
     Quando se alimentar um ideal, não se deve fazê-lo com violência: deve-se empregar as forças com ponderação, lembrando-se sempre da passagem do Evangelho, quando Gamaliel, no Sinédrio, aconselha ao povo enfurecido com os discípulos de Jesus. Como mestre da lei, disse: Agora vos digo: dai de mão a estes homens, deixai-os; porque se este conselho ou esta obra vem dos homens, perecerá., Mas se é de Deus, não podereis destruí-los, para que não sejais, porventura, achados lutando contra Deus. E concordaram com ele. (Atos, 5:38 e 39). E como a obra era de Deus, os discípulos e seguidores de Jesus partiram para o além, no entanto, voltaram à Terra vezes sem conta para inspirar os seguidores da grande obra iniciada por Jesus Cristo. E continuam até os dias de hoje batalhando com mais alegria, principalmente no novo instrumento que se chama Doutrina Espírita, para que o Evangelho seja conhecido em todas as nações, no despertar de todas as criaturas, como sendo a luz de todos os caminhos.
    A humanidade se encontra em novos preparos, objetivando novos ideais, desde quando sejam alicerçados nos fundamentos de vida, lançados por Jesus aos corações. Ele, verdadeiramente, é o caminho na vida de Deus, impulsionado pela verdade universal.

Filosofia Espírita VII - João Nunes Maia - Miramez

18.6.14


QUÍMICA
3 – No campo da Química, as forças do plano espiritual auxiliam o homem terrestre?
-Os prepostos de Jesus espalham-se por todos os setores do trabalho humano e, em todos os tempos, cooperam com o homem no seu esforço de aperfeiçoamento; aliás, os estudiosos e os cientistas do planeta não criaram os fenômenos químicos, que sempre existiram desde a aurora dos tempos, afirmando uma inteligência superior.
Os homens, em verdade, aprenderam a química com a Natureza, copiaram as suas associações, desenvolvendo a sua esfera de estudos e inventaram uma nomenclatura, reduzindo os valores químicos, sem lhes aprender a origem divina.
4 – Nos estudos da Química, avaliam-se em cerca de um quarto de milhão as substâncias da Terra, que podem ser reduzidas, aproximadamente, como originárias de noventa elementos. Quando os estudos dessa ciência forem  ampliados, poderão reduzir-se, ainda mais, as fontes de origem?
-A Química necessita apresentar essa divisão de elementos para a catalogação dos valores educativos, com vistas às investigações de natureza científica, no mundo; contudo,, se na sua base estão os átomos, na mais vasta expressão de diversidade, mesmo assim tenderá sempre para a unidade substancial, em remontando com as verdades espirituais às suas fontes de origem.
Aliás, em se tratando das individualizações químicas, já conheceis que o hidrogênio, no quadro dos conhecimentos terrestres, é o elemento mais simples de todos. Seu átomo é a forma primordial da matéria planetária, porque composto de um só elétron, de onde partem as demais individuações no mecanismo evolutivo da matéria, em suas expressões rudimentares.
5 –Nos chamados movimentos brownianos e nas afinidades moleculares poderemos observar manifestações de espiritualidade?
-Nos chamados movimentos brownianos, bem como nas atrações moleculares, ainda não poderemos ver, propriamente, manifestações de espiritualidade, como princípio de inteligência, mas fenômenos rudimentares da vida em suas demonstrações de energia potencial, na evolução da matéria, a caminho dos princípios anímicos, sob a bênção de luz da natureza divina.
6 –Houve uma unidade material para a formação das várias expressões orgânicas existentes na Terra?
-Assim como o químico humano encontra no hidrogênio a fórmula mais simples para estabelecer a rota de suas comparações substanciais, os espíritos que cooperaram com o Cristo, nos primórdios da organização planetária, encontraram, no protoplasma, o ponto de início para a sua atividade realizadora, tomando-o como base essencial de todas as células vivas do organismo terrestre.
7 -Existe uma lei de progresso para a individualização química?
-Na conceituação dos valores espirituais, a Lei é de evolução para todos os seres e coisas do Universo. As individualizações químicas possuem igualmente a sua rota para obtenção das primeiras expressões anímicas, sendo justo observarmos que, no círculo industrial, a individualização é trabalhada pelos processos mais grosseiros, até que possa ser aproveitada pelo agente invisível na química biológica, onde entra em novo circulo vital, na ascensão para o seu destino.
8 –Qual a diferença observada pelos Espíritos entre a química biológica e a industrial:
-Na primeira preponderam os ascendentes espirituais, em todas as organizações; ao passo que na segunda todos os fatores podem ser de atuação propriamente material.
Nisso reside a grande diferença. É que, na intimidade da célula orgânica, o fenômeno da vida submete-se a um agente divino, em sua natureza profunda, e, nos compostos industriais, as combinações químicas podem obedecer a um agente humano.
9 –A radioatividade opera a destruição ou a evolução da matéria?
-Através da radioatividade, verifica-se a evolução da matéria. È nesse contínuo desgaste que se observam os processos de transformação das individualizações químicas, convertidas em energia, movimento, eletricidade, luz, na ascensão para novas modalidades evolutivas, em obediência às leis que regem o Universo.
10 –Onde a fonte de energia para a matéria, de vez que a radioatividade opera incessantemente, trabalhando as suas forças?
-O Sol é essa fonte vital para todos os núcleos da vida planetária. Todos os seres, como todos os centros em que se processam as forças embrionárias da vida, recebem a renovação constante de suas energias através da chuva incessante dos átomos, que a sede do sistema envia à sua família de mundos, equilibrados na sua atração, dentro do Infinito
11 –Como deveremos compreender a assertiva dos químicos “nada se cria, nada se perde”?
-Em verdade, o espírito humano não cria a vida, atributo de Deus, fonte da criação infinita e incessante; contudo, se o homem não pode criar o fluido da vida, nada se perde da obra de Deus em torno dele, porque todas as substâncias se transformam na evolução para mais alto.
12 –Em face da exatidão com que se efetuam as combinações naturais da química orgânica, como entender as diversas expressões da natureza em seus primórdios?
-As expressões diversas da Natureza terrestre, em suas primitivas agregações moleculares, obedeceram ao pensamento divino dos prepostos de Jesus, quando nas manifestações iniciais da vida sobre a crosta do orbe.
Remontando a essas origens profundas, podeis observar, então, o esforço dos Espíritos sábios do plano invisível, na manipulação dos valores da química biológica nos primórdios da vida planetária, estabelecendo a caracterização definitiva dos processos da Natureza na fixação das espécies, prevendo todo mecanismo da evolução no futuro, e entregando o seu trabalho às leis da seleção natural que, sob a égide de Jesus, prosseguiram no aperfeiçoamento da obra terrestre através do tempo.
 13 –As forças espirituais organizaram igualmente a atmosfera do mundo?
-Isso é indubitável. A inteligência com que foram dispostos os elementos do cenário, para o desenvolvimento da vida no planeta, vo-lo comprova.
 A algumas dezenas de quilômetros foram colocados os revestimentos do ozônio, destinados a filtrar os raios solares; dosando-lhes a natureza para a proteção da vida.
 Da atmosfera recebe a maior porcentagem de nutrição para o entretenimento das células.
 E como o nosso escopo não é o de citações eruditas, nem o de redizer os preceitos científicos do mundo, lembremos que um homem, na manutenção da sua vida orgânica. Necessita de regular quantidade de oxigênio, quinze gramas de azoto (alimentar) e quinhentos gramas de carbono (alimentar). O oxigênio é uma dádiva de Deus para todas as criaturas ; quanto ao azoto e ao carbono, é pela obtenção que o homem luta afanosamente na Terra, recordando-nos a exortação dos textos sagrados ao espírito que faliu – “comerás o pão com o suor do teu rosto”.
O problema básico da nutrição, nessa conta de química, é uma reafirmação da generosidade paterna do Criador e do estado expiatório em que se encontram as almas reencarnadas neste mundo.
 14 –Como compreender a afirmativa dos astrônomos relativamente à morte térmica do planeta?
-É certo que todo organismo material se transformará, um dia, revestindo novas formas. As energias do Sol, como as forças telúricas do orbe terrestre, serão esgotadas aqui, para surgirem noutra parte. Alguns astrônomos calculam a morte térmica do planeta para daqui a um milhão de anos, aproximadamente.
 Já se disse, porém, que a vida é p eterno presente. E o nosso primeiro dever não é o de contar o tempo, demarcando, em bases inseguras, a duração das obras conhecidamente sagrada para as edificações definitivas do nosso espírito, as quais são inacessíveis a todas as transformações da matéria, em face do Infinito.


Da  obra “O Consolador” – Espírito: Emmanuel – Médium: Francisco Cândido Xavier

17.6.14


COMPROMISSO ESPIRITUAL

Falemos francamente.
Quem, na atualidade, estando encarnado, ou até mesmo desencarnado, deseja abraçar alguma espécie de compromisso espiritual?!
Estamos nos referindo aos adeptos do Espiritismo, ou, pelo menos àqueles que lhe são simpatizantes.
Quase todo Centro Espírita está cheio de pessoas interessadas em receber o passe...
Centro que mantém a denominada reunião de “cura” costuma colocar gente pelo ladrão...
Naquele em que existe o trabalho do receituário mediúnico, a disputa por uma receita dos espíritos é sempre muito grande...
Noutro em que se psicografam mensagens dos entes queridos desencarnados, os interessados enumeram-se às dezenas...
Todavia, o trabalho assistencial da Casa conta com a colaboração daquela meia dúzia que se sobrecarrega nos bastidores!
Duas senhoras que costuram para os pobres...
Um voluntário que, ao mesmo tempo, é encanador e eletricista e carpinteiro e jardineiro e...
Um casal abnegado que cuida de confeccionar a sopa...
Um amigo que se preocupa com a conta da energia elétrica, e... Ah, com o não deixar faltar papel higiênico no banheiro!
A tribuna, talvez, seja o lugar mais disputado, pois a turma que gosta de falar é sempre em maior número da que gosta de fazer.
O que dizermos, então, dos adoradores de cargos?! – estes, por vezes, chegam a se atritar uns com os outros e, rapidinho, perdem a compostura, olvidando as mais comezinhas noções de fraternidade – neles, a pureza doutrinária vai para onde costuma ir a vaca, ou seja: para o brejo!...
E os frequentadores do Centro?! Para dizer a verdade, muitos toleram a palestra por causa do passe ao final da reunião e um golinho d’água fluidificada...
E, também, cá entre nós, tem cada palestrinha – a gente não sabe se o orador está empenhado em falar de Jesus ou dele mesmo!...
É uma coisa horrorosa.
Em alguns oradores o vedetismo é tanto que se a plateia não se sacolejar de rir de suas piadas, ele fica aborrecido e chora...
Neles, tem mais piada na palestra do que palestra na piada!...
E os médiuns videntes fajutos?! Sabem tudo do passado alheio, mas nada sabem do próprio presente – e muito menos do futuro que os aguarda, onde haverá pranto e ranger de dentes – e este ranger de dentes vale também para quem tenha dentadura!...
Enfim, a turma da Terra não anda mesmo querendo compromissar-se espiritualmente!
Para a maioria, Deus deixou de ser Pai para ser lacaio – lacaio da Humanidade!...
Alguns, se não forem curados em quinze dias no Centro Espírita, vão para as igrejas evangélicas...
Outro dia, alguém me ameaçou: - Dr. Inácio, vamos ver se o senhor existe mesmo... Cura-me desta dor de cabeça crônica!...
Curar o referido confrade de sua dor de cabeça crônica não seria problema – o difícil, quase impossível, creio que até para Jesus Cristo, seria curá-lo de sua preguiça crônica!...
Neste sentido, para o Senhor, foi mais fácil ressuscitar a Lázaro, que estava morto, já fedendo no túmulo, do que fazer ressurgir das catatumbas um espírito indolente!...

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 16 de junho de 2014.

16.6.14


Fazer o Bem

A paz que invade o meu coração neste momento é tamanha.
Sei dos imensos desafios que abriga a minha alma, mas tenho a certeza que, um a um, serão vencidos porque me dedico, com todas as minhas forças, a tarefa do bem e isto, por si só, já é sinal inequívoco de vitória.
Quem se dedica ao bem, quem deposita todas as suas forças na tarefa de ajudar aos outros, possui a semente de esperança em dias melhores. Não se abate diante das injustiças. Não se cansa de lutar por um mundo melhor. Não se limita a apenas falar e reclamar.
Fazer o bem, meus irmãos, é dever moral daqueles que se declaram cristãos. Ele mesmo, Jesus, não se conteve em apenas falar, ensinar, discernir. Jesus era, antes, um prático, alguém que demonstrava pelas ações o que pela palavra fluía.
Prefiro, mil vezes, um homem que faz a um homem que apenas fala. É claro que tem aqueles que inflamam qualquer plateia, que emocionam com o verbo, tem aí uma finalidade interessante e importante, mas o que faz depois disso?
Sou daqueles que preferem um homem acanhado, calado, na sua, mas que aproveita todas as oportunidades da vida para fazer o bem – e não olha a quem. Vive no mundo para servir. 
Que maravilha!
Já imaginaram, meu povo, o que seria deste mundão de Deus se todos tivessem esta inclinação natural? Se cada um se preocupasse apenas em fazer o bem, sem alarde, sem outro propósito que senão ajudar ao irmão de caminho?
Sei que isto é possível. Tenho fé nisto e por esta razão jamais me cansarei de dizer e incentivar que não percamos a oportunidade de produzir o bem onde quer que estejamos.
Fazer o bem faz um bem imenso não apenas para quem é objeto das nossas ações, mas traz para o nosso coração uma tranquilidade enorme, uma paz indefinível.
Quando o Nosso Senhor Jesus Cristo proclamou que devêssemos amar uns aos outros como Ele nos amou disse, claramente, que era possível fazer do jeito que Ele fez, que amar não era apenas um privilégio Dele, mas de todos os seus irmãos.
Façam o bem! 
Façam agora e a toda hora.
Um gesto amigo, um pedaço de pão.
Uma lembrança qualquer, um aperto de mão.
Uma palavra de fé, um consolo ao coração.
Seja o que fizer, faça sempre com fé, faça sempre por amor ao seu irmão.
Um abraço,
Helder Camara

15.6.14

Se o inevitável acontece, aceita corajosamente as provas em que vista, na certeza de que todas as criaturas atravessam ocasiões de amarguras e lágrimas.

Livro: Companheiro - Francisco C Xavier - Emmanuel

14.6.14

TROVAS EM SEMENTE

O pensamento no mal,
Onde surge e se subleva,
Mesmo que não seja ação,
É combustível da treva.
*
A ideia negativa
Põe-te logo a combater
Com pensamento contrário
Que não a deixe crescer.
*
O bem, por menor que seja,
Feito em nome de Jesus,
Por sobre a gleba da alma
É uma semente de luz.
*
Sobre a gleba em que pretende,
Alastrar-se a cada dia,
A obsessão necessita
Do adubo da apatia.
*
Quem ocupa as mãos no bem,
Mesmo sem convicção,
Vacina a própria cabeça
Contra o mal da obsessão.
*
Sem usar muita bondade,
No problema que retrata,
A obsessão é um nó
Que, a rigor, ninguém desata.

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 6 de junho de 2014, em Uberaba – MG.)

13.6.14

Ame-se

Não duvide jamais das suas possibilidades em produzir algo importante para a humanidade.
Todos, sem exceção, possuem condições ímpares de ser instrumento do bem para o próximo.
Todos guardam dentro de si a chama sagrada da divindade e, com isso, o gérmem da perfeição.
Desta forma, tudo que se tem a fazer é deixar transparecer, da melhor maneira possível, o deus que lhe é imanente.
Esta observação é válida pois vejo milhões de criaturas que se classificam como incapazes, impotentes, incompetentes diante das situações da vida.
É incrível, meus irmãos, o estado de penúria espiritual de muitas delas. Um horror. Acham-se as piores criaturas, deserdadas por Deus.
Por que isto acontece?
Esta baixa valorização de si mesmo é uma demonstração da ausência de confiança naquilo que se é. Como estas pessoas não se conectam como deveriam com o Pai, apartam-se Dele, perdem o referencial do que realmente são.
Uma pessoa que se identifica com Deus sente-se parte Dele na terra e verá as coisas de outro modo, se posicionará de outra maneira no contexto da vida.
A falta da perspectiva de Deus em si mesmo pode levar alguém a loucura. Isso mesmo. Ora, se alguém não se dá o devido valor, se se diminui ao ponto máximo, sua tendência inevitável é imaginar-se inútil, sem função no mundo, um Zé ninguém na vida. A autodesvalorização leva-o gradativamente a autonegação e autoanulação, promovendo distúrbios gigantescos no psiquismo, desvairando-se.
Como falta Deus em milhares de criaturas.
Como falta a perspectiva de evolução e sentido da vida em outras tantas.
Como falta a noção de brilho interior e divino em suas vidas.
Por isso, o Nosso Senhor Jesus Cristo lembrou-nos da necessidade que brilhasse a nossa luz diante de todos, que não a escondêssemos jamais, ao contrário, que a expuséssemos para todos.
Disse mais: ama-te!
O autoamor é condição elementar para o bem viver. Ouso dizer que quem não se ama ainda não nasceu suficientemente para o mundo, sequer existe de verdade.
Amar a si mesmo é necessidade básica para a sobrevivência, é o impulso inicial para se atingir a verdadeira felicidade.
Como nos comparamos aos outros e isto distorce a realidade.
Como nos apequenamos diante de comparações infrutíferas.
Por que se comparar a alguém?
Você é único, é obra prima de Deus no universo. Incomparável. Pense nisso.
Ame-se! Ame-se de verdade.
Tudo o mais é consequência.
Um abraço,
Helder Camara

12.6.14


SEM ALLAN KARDEC E CHICO XAVIER NÃO EXISTE ESPIRITISMO

Claro, Jesus em primeiro lugar, porque, afinal, a proposta do Espiritismo é a de reviver o Cristianismo – o Consolador Prometido! Sem Jesus Cristo, no centro de nossas aspirações espirituais, nada faz e nada faria sentido!
Todavia, depois de Jesus, devo dizer, em alto e bom som, que sem Allan Kardec e Chico Xavier não existe Espiritismo – e não com Kardec apenas o Espiritismo existiria.
Sem dúvida, devemos a Kardec a Codificação, através da qual a Doutrina Espírita se alicerça em seus fundamentos. No entanto, se ela permanecesse restrita ao conteúdo do Pentateuco, de fato, não passaria de uma doutrina do século XIX, sem fôlego diante do vertiginoso avanço da Ciência no século XX e, muito menos, no século XXI!
Chico Xavier atualizou Kardec, desdobrou a Codificação, modernizou o Espiritismo.
E, quando nos referimos a Chico Xavier, evidentemente, estamos nos referindo à extraordinária Obra Psicográfica, de autoria dos Espíritos por seu intermédio, que, a nosso ver, deveria ser anexada ao Pentateuco, como indispensável encarte de luz.
Louvores a Kardec! Os adeptos do Espiritismo – que é doutrina progressista, e não estanque –, não obstante, não podem e não devem continuar de pensamento estacionado, de espírito apegado à letra da Codificação, como os adeptos de outras crenças religiosas, paradas no tempo e no espaço.
Sem Chico Xavier, e seu ímpar trabalho mediúnico, a situação do Espiritismo, na atualidade, seria de expectativa, em face das inúmeras perguntas formuladas pela razão, e que haveriam de permanecer sem respostas – então, à semelhança da Igreja Católica, com os seus dogmas, tudo haveríamos de relegar aos domínios do mistério, talvez, inclusive, chegando a ameaçar com a excomunhão a quem ousasse cogitar de outras verdades, se não aquelas subordinadas ao arbítrio de pseudolideranças...
Aliás, esta prática da excomunhão, já vem sendo adotada pela liderança caolha do Movimento, acovardada no exercício do pensamento, porque não lhe interessa mais profundo conhecimento da Verdade que mais responsabilize os seus representantes diante das realidades do Mundo Espiritual.
Contudo, a Verdade, para existir, não consulta a boa vontade de quem seja, e, completamente alheia ao boquejo maledicente ao redor de seus passos, continua, imperturbável, cumprindo com o seu elevado desiderato, reduzindo à sua própria insignificância quantos a ela resistem escudados em seus mesquinhos interesses.
Louvores, sim, a Kardec, mas, igualmente, louvores a Chico Xavier, sem cuja Obra e exemplo de vida, talvez nós, sem passarmos de modernos teosofistas, ainda estivéssemos encerrados em nossos templos de fé, sem lograrmos a popularização da Doutrina que Chico logrou – os nossos templos não seriam mais que modestas pirâmides frequentadas por meia dúzia de iniciados, a repetir os mantras da Codificação!
Chico, com a sua vivência do Evangelho, colocou o Espiritismo nas ruas, e, com o seu trabalho mediúnico, aproximou o Mundo Espiritual da Terra – e, doa a quem doer, esta é a realidade!
Por isto tudo e muito mais, causa-nos espanto a falta de autocrítica de alguns adeptos da Doutrina, que, por exemplo, ousam criticar a Obra de Emmanuel e André Luiz, sem o aval do mais modesto currículo que seja, porque tais companheiros fazem somente o que, até agora, aprenderam a fazer melhor: criticar!
Porque, alguns deles, cursaram certas Universidades do mundo, e exibem alguns cartuchos debaixo dos braços, substituindo a pedra do anel clerical de outrora por uma pseudopedra preciosa que os habilita ao exercício, muitas vezes, medíocre de uma profissão que não sabem dignificar, imaginam-se investidos de autoridade para contestar a Obra Mediúnica de um médium semialfabetizado, que, integrante da Falange dos Espíritos do Senhor, ao receber a ordem de seu comando, à semelhança de uma estrela cadente, se corporificou na Terra, “para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.”!
Ora, bolas! Sem Allan Kardec e Chico Xavier não existe Espiritismo, e nem os espíritas existiriam!...

INÁCIO FERREIRA
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião íntima do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 28 de maio de 2014, em Uberaba – MG).

10.6.14

Questão 313 do Livro dos Espíritos
     FELICIDADE NA TERRA
    A - felicidade completa na Terra não existe. Quando alguma alma se encontra feliz com as inferioridades do plano físico, é prova de que está apegado às paixões humanas, que são transitórias e, além disso, elas se nos trazem reações que nos fazem sofrer, por serem inferiores. Essa alegria é, pois, mesclada de aborrecimentos.
    A verdadeira felicidade, aquela agradável ao coração no reino da eternidade, se encontra em primeiro lugar na consciência imperturbável, como nos planos superiores do espírito imortal. O desprendimento dos gozos terrenos ser-nos-á difícil. Somente a maturidade pode nos oferecer esse estado d'alma. Maturidade é sinônimo de tempo, de esforço próprio no clima do amor puro no coração, de modo que a caridade nos abra caminhos para grandes entendimentos espirituais.
    Jesus Cristo veio oferecer a chave, a fim de podermos abrir as portas da esperança, na visão interna da felicidade. O Seu Evangelho é um convite para tal prêmio, se a ele fizermos jus pela vivência dos preceitos divinos da Boa Nova do Reino.
    Aquele que desacredita da felicidade eterna, e se agarra aos prazeres do mundo em que estagia, depois do fenômeno chamado morte não avança um passo rumo ao seu bem-estar; fica, como espírito, agarrado onde seu coração se encontra preso, pelos seus apegos às coisas sem importância para a alma.
     Fomos todos criados para a alegria pura, e na Terra existem frações desse contentamento, mostrando ao homem de bem que existe a verdadeira alegria no reino do coração. Jesus já dizia com propriedade: "O céu está dentro de vós." E verdadeiramente a felicidade eterna se encontra no reino interno da alma; basta, para isso, que saibamos buscar esse ambiente de luz, na luz do espírito. Enquanto a humanidade faz todos os tipos de esforços para buscar a paz por fora, usando métodos extravagantes, de compras e trocas, o Mestre dos mestres nos mostra que ela não se compra com o ouro da Terra, nem se vende pelo metal físico, mas, que se conquista através do tempo e da boa vontade, palmilhando nos caminhos que Jesus nos ensinou.
    O favônio, no ambiente de luz dos sentimentos, é força soberana que nos liberta e nos faz sentir Deus no nosso mundo interior. Tudo que está em cima, se encontra embaixo; tudo que se acha no exterior, existe no interior de cada criatura. O Céu e Deus esplendem nos corações dos santos e dos sábios.
    Somente os espíritos inferiores sentem saudades dos gozos terrenos. Os que se desprenderam dos bens perecíveis da Terra, já passam a viver algo da felicidade do céu, dentro e fora de si. Todos os tipos de sofrimentos, expiações e provas são comandadas pela desarmonia mental, onde o coração não bate no ritmo do amor. Sobre os grandes seres que sofreram, sob o ponto de vista dos homens, não quer dizer que verdadeiramente sofreram, qual os homens inferiores. A dor, nesse caso, se encontra em outra dimensão.
    Precisamos estudar mais o que entendemos por sofrimento de Jesus, porque o próprio "Livro dos Espíritos" nos fala que a alma pura tem a consciência imperturbável.
    Preparemo-nos, pois, enquanto estivermos na Terra, revestidos de um corpo de carne, de modo que, ao atravessarmos o túmulo, não nos acompanhem as paixões-inferiores que ainda vibram entre os homens.

Livro: Filosofia Espírita VII - João Nunes Maia - Miramez

9.6.14


Alegria de Viver

Felizes os que podem sorrir. Sorrir de verdade. Sorrir de felicidade. Sorrir por sorrir.
Não há nada mais agradável e gratificante do que um sorriso de satisfação ou de prazer. Um sorriso de brindar a vida.
As pessoas precisam sorrir mais, sentirem-se livres e soberanas. Maiores.
Vejo tanta gente triste, cabisbaixa, sem vontade de viver. Amoadas.
Que bela decepção para o Pai.
As pessoas foram feitas para abraçarem a vida com alegria. O próprio ato da criação, de cada um de nós, foi um ato de alegria divina.
Fico imaginando o Pai lá no momento da criação. Na sua conta interminável, Ele concluindo mais um de nós, olha para si mesmo e dá uma tremenda gargalhada, dizendo:
- Eu me superei de novo. Fiz alguém diferente novamente. Não repito jamais a mesma fórmula. Que maravilha!
E por que você não aproveita para sorrir agora? Por que não aproveita para reconhecer ao Pai e a si mesmo a grandeza da vida?
- Ah, Dom Helder, o senhor diz isso porque está aí no bem bom do “céu”, não passa pelas agruras que eu passo por aqui.
É verdade, estou dispensado temporariamente da labuta carnal, mas já passei por poucas e boas e estou aqui, livre, solto e feliz. Agora tem uma coisa que nunca me faltou: alegria de viver.
Porque tinha um desafio para passar, imaginava comigo mesmo: Deus quer me testar. O Pai quer ver se eu dou conta da parada.
Encarava o desafio para me superar. E toda vez que acreditava em mim eu vencia. Não sei de onde, chegavam-me as forças e os meios para sair daquela situação de dificuldade. Você mesmo já saiu de tantas enrascadas, não? Agora está aí para enfrentar a outra e vai vencer, tenho certeza disso.
Alegria de viver, porém, era a minha âncora maior, a confiança de Deus em mim era a base para superar tudo que abatesse sobre os meus ombros.
Como eu sorria para a vida, a vida, em retribuição, sorria para mim, eis o segredo da felicidade genuína. Só tem felicidade aquele que vive na felicidade, meus irmãos.
Acredite em você. Pense no bem. Cultive a alegria de viver.
Você verá que a vida ficará mais fácil e você encontrará mil razões para viver e ser feliz.
Sorria para a vida, ela deseja, ardentemente, sorrir para você.
Paz!
Helder Camara

8.6.14

Não podemos viver tão-somente da inteligência.
Precisamos de amor para sobrevivermos a todas as calamidades necessárias ao processo evolutivo em que todos estamos envolvidos na Terra.

Livro: Companheiro - Francisco C Xavier - Emmanuel

7.6.14

TROVAS EM FLOR

As tuas mãos a serviço,
Do bem, sem ninguém a vê-las,
A penderem de teus braços,
Parecem duas estrelas.
*
Ante o problema que explode,
Conserva a paz... Afinal,
Nem sempre o trovão se faz
Seguido de temporal.
*
Por entre os homens na Terra,
Sem justa definição,
A maior causa de morte
É mágoa no coração.
*
Quem a si mesmo não dobra,
Na procura a que se verga,
Mesmo de olhos postos nela
A Verdade não enxerga.
*
A mente cristalizada
No mal de seus erros crassos,
A dor sobre ela se abate
E a transforma em pedaços.
*
Quem confunde a vida alheia,
Mentiras dizendo a esmo,
Ao morrer se desnorteia
E não encontra a si mesmo.

Eurícledes Formiga


(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 30 de maio, em Uberaba – MG).

6.6.14


Transparência

Transparência é tudo.
Com a transparência chegamos mais pertos da verdade porque nos aproximamos do que é certo. Quando deixamos tudo às claras podemos mostrar como as coisas aconteceram. Podemos até, sem querer, não sermos fiéis aos fatos como deveríamos, mas estamos nos colocando da maneira mais transparente possível.
No mundo de hoje ser transparente é tudo porque mostra a nossa face da honestidade – e quão raro hoje é ser honesto neste mundo cheio de falcatruas e meias verdades.
O compromisso com a transparência nos faz mais leais ao lema de “com a verdade tudo se obterá, sem ela tudo se sucumbirá”.
É assim que se passa na vida, em tudo.
Quando estamos ancorados na verdade, naquilo que compreendemos como verdade, sendo fieis aos fatos, então teremos mais condições de dialogar, negociar, chegar a um entendimento qualquer.
Numa mesa de negociação, a transparência também é fundamental.
Duas pessoas defendem pontos de vista diferentes, mas uma esta sendo transparente, correta, o que vai acontecer? A verdade vai ganhando espaço e se a outra pessoa também não ceder e for transparente acabará por perder o embate. A verdade sempre vence, tenha certeza disso.
Os governos, de maneira geral, nos mundos civilizados, são obrigados a serem transparentes. Que bela conquista. Os “comandados” devem ter “comandos” absolutamente leais a verdade, até porque, se estão naquela condição, é porque lhes foram outorgados pela soberania popular. Portanto, devem ser transparentes por dever.
A transparência é uma conquista moral do ser humano na Terra porque é, em última instância, a instalação da verdade nas relações.
Como é difícil e incômodo, numa relação qualquer, tratar com alguém que você sabe, diante mão, que ele está mentindo, que falta com a verdade, que não é transparente.
Transparência nos sugere ver o outro lado das coisas como efetivamente ele é. Imaginamos sempre um pano à nossa frente. Quando ele é escuro esconde a verdade do outro lado. Quando é transparente é como se barreira alguma houvesse.
Sejamos transparentes no nosso dia a dia, meus irmãos. Não deixem perder a oportunidade de estar ao lado da verdade. Se o outro se esconder, criar dificuldades, fugir da dela, o problema não é seu.
Sejamos transparentes, límpidos, claríssimos, quase invisíveis. Que alguém ao nos ver identifique imediatamente a própria face da verdade.
Assim seja!
Helder Camara

5.6.14


O SÁBADO E O TEMPLO

"Naquele tempo, em um sábado, passou Jesus pelas searas; e seus discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas e a comer. Os fariseus, vendo isto disseram-lhe: os teus discípulos estão fazendo o que não é lícito fazer nos sábados. Ele, porém, lhes disse: Não leste o que fez Davi, quando ele e seus companheiros tiveram fome? Como entrou na casa de Deus e como eles comeram os pães da proposição, os quais não lhe era lícito comer, nem aos seus companheiros, mas somente aos sacerdotes? Ou não leste na lei que, aos sábados os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? Digo-vos, porém: Aqui está quem é maior que o templo. Mas se vós tivésseis conhecido o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos, não teríeis condenado os inocentes, porque o Filho do Homem é Senhor do sábado".       (Mateus, XII, 1-8. )
Que é o sábado?
Um dia convencional para designar o sétimo da semana.
Que é o templo?
Uma casa feita por mãos humanas onde se ajuntam os sectários de uma crença.
Se subirmos algumas centenas de léguas num balão, onde ficou o templo? Onde está a grandeza do templo?
Se nos elevarmos algumas milhas no espaço, onde está o sábado? Onde estão os sete dias da semana? Onde está o dia? Onde está a noite? Que é a noite?
Todo o hemisfério está banhado de luz e nas alturas tudo é luz!
O sábado, como templo, pertence à Terra.
Aquele que é da Terra, só trata das coisas da Terra: do sábado, do templo, do dia, da noite; porque não conhece as coisas do mundo espiritual.
A religião da Terra consiste em holocaustos e sacrifícios, mas nem uns nem outros pertencem à religião do Céu.
"Misericórdia quero e não sacrifício": sem preocupações estéreis com espigas que se possam colher em dias de sábado, ou de quaisquer pães de proposição que haja nos templos!
Jesus é maior que o templo.
O discípulo não deve ser maior, mas deve ser como o Mestre.
O discípulo de Jesus é maior que o templo. Jesus é senhor do sábado; o discípulo de Jesus é senhor do sábado.
O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado.
O sábado fica na Terra, a alma sobe para o Céu.
O templo! Caem as chuvas, sopram os ventos e é grande a ruína daquela casa.
O Espírito! Quanto mais sopram os ventos, mais o Espírito se eleva; quanto mais descem as chuvas, mais para o Alto se dirigem as almas!
Formal desprezo manifesta o Mestre para com o templo: "Aqui está quem é maior do que o templo".
Coisa secundária é o sábado: "O Filho do Homem é Senhor do sábado".
Sábado, templo, sacerdotes, holocaustos e sacrifícios, não fazem parte da religião de Deus, são preceitos e formalidades humanas que desaparecem ao rugir da tempestade e ao correr do tempo.

Livro: Parábolas e Ensinos de Jesus - Cairbar Schutel

4.6.14


Questão 305 LE
    LEMBRANÇA DA EXISTÊNCIA CORPORAL

    Falemos mais um pouco sobre as lembranças da alma depois do túmulo, das suas recordações do passado. Não podemos generalisar os fatos, dizendo que todos os espíritos recordam de suas vidas passadas, tão logo deixem o corpo.
    A sucessão de lembranças é gradativa, de acordo com as necessidades de cada um. Ao que Deus achar conveniente, esse pode regredir a memória até onde suporte, desde quando seja para o seu adiantamento espiritual. O mais comum é que se recorde quando está próxima a reencarnação, para que o espírito aceite com mais coragem o que deve ser reparado para a sua felicidade.
    Já foi dito várias vezes que nem todos os espíritos podem recordar suas vidas passadas. É qual os homens que, por vezes, esquecem o que se passou com eles um ano atrás, e quando se recordam, as minúcias ficam esquecidas. As vidas passadas são inúmeras, de sorte que seria uma confusão para a alma a recordação de todas elas. Tudo na vida é gradativo para melhores entendimentos e melhor assimilação das experiências.
    Os espíritos, encarnados e desencarnados, têm uma noção do que foram no passado pelo que são no presente. Basta analisar suas tendências que a razão lhes dirá o que foram, e a inteligência espiritual nos diz que, com essa inspiração, o nosso dever é melhorar. Os caminhos estão abertos e em cada passo Jesus nos deixou ensinamentos que podem nos ajudar a caminhar com mais desembaraço.
    Quando tivermos oportunidades de melhorar, no exterior e no íntimo, não nos façamos de esquecidos do convite; abracemos os compromissos com alinho de coração, porque toda reforma íntima é luz que se acende no coração, para despertamento da consciência. Aproveitemos o tempo que passa, que mãos invisíveis estão ajudando a quem se ajuda, estão trabalhando com quem trabalha, estão amando a quem ama e perdoando a quem perdoa. Esqueçamos o mal e recordemos o bem sem ostentação, por ser o bem um dever sagrado de cada alma nos caminhos que percorre.
    Há espíritas que fixam o pensamento no passado e passam a viver esse passado sem nenhum proveito para o presente. Querem saber o que foram por vaidade, e quando alguém lhes diz que foram ladrões, assassinos, traidores da pátria e coisas assim, eles já passam a não acreditar mais na reencarnação. O desejo de muitos é terem sido personalidades notáveis, faraós, generais, grandes cientistas e santos famosos. São ilusões envolvidas em ilusões maiores.
    Somos somente o que somos, e nada mais. Entreguemos à natureza esse trabalho de recordações. Quando Jesus achar por bem dos nossos corações, Ele, o Sábio dos sábios, nos oferecerá as regressões de memória, como lições valiosas para que possamos saber o mal que fizemos e apurar nossas consciências no bem e na caridade que devemos fazer. O amor nos espera para dele fazermos uso, amando a todos.
    Se ainda estamos vivendo imersos em dúvidas, se estamos vivendo pelo impulso do orgulho e do egoísmo, e tantas outras manifestações da inferioridade, o que devemos esperar das recordações do passado? Depois que limparmos o presente, aperfeiçoando todas as nossas qualidades morais, eis aí o momento de pensarmos em recordações do passado, e essas lembranças, com a presença de Jesus, virão gradativamente a nos aconselhar no que devemos fazer a mais para a nossa felicidade.

Livro: Filosofia Espírita VI - João Nunes Maia - Miramez

3.6.14


ESCREVER PARA A TERRA

Escrever, mediúnicamente, para a Terra, não é fácil – não é tão simples quanto parece!
Muitos imaginam, de maneira equivocada, que o espírito possa tudo – basta que esteja fora do corpo para que deixe de ser gente...
Isto não é assim, não.
Em qualquer escrita, de natureza mediúnica, muitas dificuldades devem ser superadas – aliás, qualquer espécie de comunicado mediúnico, tanto para o espírito quanto para o médium, possui muitas implicações.
O Mundo Espiritual não é sobrenatural, e a gente, ou seja, os desencarnados, não somos detentores dos poderes que muitos nos atribuem.
Vou tomar a mim mesmo como exemplo...
Para escrever, através do médium com o qual eu me compromissei – e isto, desde muito tempo –, eu preciso estar bem, e espírito desencarnado, sendo igual a uma pessoa, nem sempre está bem – a menos que já tenha transcendido a sua condição humana – e este não é o meu caso, e acredito que não seja o da maioria do Lado de Cá...
Depois, necessito primeiro atender as obrigações que me vinculam à minha nova condição existencial, porque, afinal, não estando mais encarnado, eu não posso viver em veraneio na Terra!
Tenho, igualmente, que trabalhar na obtenção do pão de cada dia, porque em meu atual domicílio não chove maná...
Ainda há outro problema, sobre o qual poucos refletem: como é que vocês acham, por exemplo, que eu supere a barreira das Dimensões diferentes, e, com extrema frequência, possa estar entre vocês escrevendo, ou dizendo os meus pitacos?! Talvez deduzam que a mesma carruagem de fogo que arrebatou Elias ao céu, me arrebate no Além e, tão misteriosamente quanto conduziu o profeta, me conduza para a Terra...
Este é assunto que eu ainda espero abordar assim que possível – não neste Blog, porque, infelizmente, não posso estar colocando muita coisa inédita aqui – eles copiam! E o que é pior: copiam defeituosamente! Falsificam a assinatura, mas não falsificam a minha pobre figura...
Agora, tratemos da questão do médium, que é complexíssima.
Eu estando bem, preciso rezar muito para que, igualmente, o médium esteja bem, e, no mínimo, seja compromissado com o trabalho.
E, sobretudo, não seja um médium que, ao empunhar a caneta ou se sentar diante do computador, não fique exigindo do espírito uma prova de identidade – sim, porque, determinados médiuns, querem que lhes apresentemos, inclusive, atestado de óbito...
O mais difícil para qualquer espírito comunicante não é trabalhar, mas convencer o médium a trabalhar – com disciplina e amor à Causa.
Hoje, infelizmente, existem médiuns com mais amor à causa de si mesmos do que à Causa do Cristo!  Eles querem aparecer como autores, darem autógrafos, participarem de Bienais, estarem no topo do ranking dos livros mais vendidos...
Por fim, como escreveu Kardec, precisamos vencer a influência do meio: não se trata dos pensamentos contrários, porque destes, a bem da verdade, a gente aprende a se esquivar... Eu me refiro à barulheira do mundo, ao buzinaço, às motos que passam acelerando a toda, às requisições familiares, aos compromissos sociais do médium, às suas indisposições estomacais, às suas noites mal dormidas, aos seus abalos emocionais, e, para encurtar a lista, até às suas diarreias!
Eu já escrevi com o médium – coitado! – tendo que correr ao banheiro de quinze a quinze minutos... Eu escrevia um pouquinho, sentava e esperava ele voltar do trono. Fazer o quê?!...
- Dr. Inácio – pedia-me ele –, ajuda-me...
Em silêncio, contrariando certas orientações médicas, eu tinha vontade de lhe dizer:
- Meu caro, toma um Imosec!...
Pois se um Imosec pode resolver, para que permanecer na expectativa de uma intervenção espiritual para curar uma diarreia?!...

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 2 de junho de 2014.

2.6.14


PERGUNTA DE LEITOR PARA DOM HÉLDER CÂMARA

O Senhor já deve está sabendo que o Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife vai encaminhar um processo de beatificação ou canonização ao Vaticano, solicitando a sua Santidade Dom Helder.
O Senhor já se expressou aqui (neste blog) sobre a Santidade com relação aos outros, nossos irmãos em Cristo, mas, agora é com o senhor.
Em tempo, a Comissão da Verdade conseguiu provar que o Padre Henrique, seu assessor, foi assassinado pelo regime militar, eu particularmente acho que eles tentaram o senhor, mas como o alarde poderia gerar proporções alarmantes, preferiram o Padre Antônio Henrique como um recado maléfico do que eles poderiam fazer.
A propósito o senhor já deve há muito ter reencontrado o Padre Antônio Henrique aí neste outro lado da vida, ele já se comunicou Dom Hélder e como ele tem vivido e atuado neste outro lado da vida?

RESPOSTA DE DOM HÉLDER CÂMARA

- Meu querido irmão, Deus nos abençoe!
Estou atento a tudo que se passa na terra e, logicamente, aquilo que se passa na nossa província. Acompanho os trabalhos da Comissão da Verdade e fico na expectativa que ela, de fato, transpareça para todos. Não como um ato de vingança, nada disso, mas de resgate do fato histórico como ele aconteceu na realidade.
Padre Antônio Henrique está bem. Como veio para o lado de cá bem antes do que eu, não perdeu tempo, e se ocupou com várias outras atividades sacerdotais, digamos assim. Não quis interromper o trabalho que vinha exercendo. Influencia, no bom sentido, padres jovens no início de sua carreira. Foi o que quis fazer deste lado da vida e o faz com muito carinho e alegria.
Nem se lembra mais dos fatos que o tiraram da vida física, isto é página virada na vida dele. Não se preocupa mais com isto há bastante tempo. Nem eu.
A verdade é que quando as pessoas estão na atividade no corpo físico possuem um ângulo próprio de ver as coisas, mas quando “mortos” veem de maneira bem mais ampliada, ver em conjunto, e aí têm outra concepção do que ocorreu. Portanto, não me atingiram com a morte do Padre Antônio Henrique como queriam. Gostariam que eu colocasse o “pé no freio”, repensasse as minhas posições, mas foi exatamente o contrário, ali é que se fortaleceu o meu compromisso com a justiça e a verdade.
Por outro lado, vejo como uma demonstração de carinho todo este movimento do nosso querido Saburido e de diversos amigos em me colocar no altar dos santos da Igreja Católica.
Meus queridos irmãos, eu estou aqui e bem vivo. Sinto que vocês não deem a devida atenção a estas palavras, que não reciclem vossos pensamentos e comecem a enxergar as coisas como elas são. Entendo-as, mas não posso, como dever a verdade que sempre preguei e defendi, de deixar de me expressar. O convite está feito para “ouvir-me” nestas palavras. Paciência e compreensão de minha parte.
Não sou santo. Já disse outras vezes e repito: não sou santo. E na expressão real do que seja santidade, ponho-me a muita, muita distância disto, meus queridos.
Agradeço o apreço, mas, definitivamente, este título não me pertence.
Um abraço a todos,
Helder Camara

1.6.14

Ouvindo sempre mais e falando um tanto menos, conseguirás numerosos recursos que te favorecem a própria renovação.

Livro: Companheiro - Francisco C Xavier - Emmnauel