31.12.13

Nas situações desagradáveis.

Aprenda a ceder em favor de muitos, para que alguns intercedam em seu benefício nas situações desagradáveis.

Livro: Agenda Cristã - Francisco C Xavier - André Luiz

30.12.13

Manifestações de um polêmico
Por que eles não se comunicam?

Qualquer espírita que estudou Allan Kardec, que entendeu Allan Kardec e que teve o trabalho de observar bem como ele se comportava, enquanto praticante da doutrina que os espíritos superiores mandaram ao mundo por seu intermédio, observa que um dos direitos que ele mais recomendou que não abríssemos mão era o de questionar, chegando a afirmar que era dever de todo espírita, antes de aceitar qualquer argumentação sobre qualquer fato e coisa.
Por ser uma doutrina desprovida de dogmas e de qualquer “porque sim” e “porque não”, sem dar a menor importância aos preguiçosos e acomodados que me rotulam como polêmico, estou aqui novamente a questionar algo, para apreciação, reflexão e conclusão de todos os meus leitores.
Por que eles não se comunicam?
Eles quem, Alamar?
O “carro chefe” do Espiritismo, ao chegar ao mundo, era a comunicação dos chamados mortos com os chamados vivos. Todo mundo sabe muito bem disto, inclusive essa possibilidade no princípio era considerada como fenômeno, posto que para o mundo daquele tempo de fato o era, pois que esse negócio de morto falar não poderia ser considerando senão como fenômeno.
Fenômeno das mesas girantes, escrita pela cestinha de bico – ô coisa horrorosa aquela cestinha – mortos mandando ensinamentos através daquelas jovens adolescentes, tudo aquilo era fenômeno mesmo, chamava a atenção até que finalmente, por várias evidências, muita gente passou a comprovar que de fato os espíritos se comunicavam conosco.
Claro. Espíritos nobres que animaram pessoas respeitáveis e até famosas colaboraram com entusiasmo para firmarem a nova doutrina: Vianney, o Cura D’Ars, Vicente de Paula, Sócrates, Platão, Erasto, Agostinho, Lacordaire, Francisco Nicolau Madeleine, Sansão, Fénelon, Delphine de Girardini, Francisco de Genebra, Bernardin, São Luis, Adolfo Bispo de Argel, Lázaro, Simeão, Paulo, Dufêtre, Pascal, Lamennais, Júlio Olivier... e um monte de outros trouxeram as suas marcas, com mensagens que encantaram a todos.
Centenas de espíritos, através de vários médiuns, em várias localidades. 
É óbvio que o número de mensagens chegadas a Kardec foi muito maior que as que são conhecidas pelos espíritas que se limitam a “estudar” apenas cinco livros da codificação; a Revista Espírita está cheia delas e centenas são os espíritos.
Várias pessoas ilustres, da época, acompanharam a chegada da doutrina e participaram ativamente do seu desenvolvimento: Gabriel Delanne, Camile Flamarion, Ernesto Bozzano, Gustave Gelley, Isac Akzakov, Darwin, Crooks, Cesare Lombroso, Sr. Fortier, Madame Plainemaison, Sr. Carlote, Sr. Roger, Amelie Boudet, toda a família Boudin, René Talander, Victorien Sardou, Lachatre, Armand Théodore, Pierre Paul Didier, família Japhet, etc... veio também Léon Denis, Andrew Jackson Davis e vários outros prestarem às suas contribuições.
Tivemos também precursores notáveis que se empenharam ao máximo para que a doutrina dos espíritos chegasse ao mundo: Swedenborg, Franz Anton Mesmer e outros.
Se formos fazer um estudo aprimorado vamos perceber que foram mais de mil espíritos, entre desencarnados e encarnados da época, todos com bastante entusiasmo pela revelação trazida à humanidade, com um compromisso enorme, pois se tratava de uma iniciativa de Deus, sob a coordenação do Espírito da Verdade, que na minha opinião pessoal e de vários espíritas que os considero ilustres era o próprio Jesus.
Pois bem. Kardec desencarnou logo, com apenas 64 anos de idade. Eu acho que foi cedo demais, porque ele poderia ter ficado aqui até os noventa anos e imagino o que faria, com toda aquela competência e disposição para aperfeiçoar os seus conceitos sempre, sem medo inclusive de mudar de idéia.
A desencarnação precoce dele terminou sendo um desastre para o Espiritismo. Primeiro que a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, criada por ele, já vinha dividida ha um bom tempo, inclusive com um grupo muito forte fazendo oposição a ele, oposição tão ferrenha a ponto de fazerem esforços para denegrir o seu nome, com aquelas acusações de presunçoso, vaidoso, querer aparecer à custa do espiritismo e ficar rico à custa da doutrina.
Depois da desencarnação foi um “Deus nos acuda”, naquela disputa por cargo que sempre existiu e continua existindo até hoje por diretorias dos centros, prevalecendo exatamente aqueles que foram divergentes do Mestre.
Pra começar acabaram logo com aquilo que Kardec mais amava e mais tinha carinho, que era a Revista Espírita que não chegou a ter nem mais um ano de circulação, apesar dos inúmeros assinantes que ela tinha no mundo inteiro, número esse cada vez mais crescente. Era uma demonstração de que o novo modelo de espiritismo inventado por aqueles divergentes não teria qualquer compromisso com a divulgação da doutrina, o que prevalece até hoje.
Os mais chegados a Kardec eram relegados a segundo plano.
O espiritismo murchou na Europa, ninguém queria saber daquele modelo igrejeiro implantado, posto que o “produto bom” era aquele conforme o modelo de Kardec.
Aqui no Brasil, por exemplo, todo aquele que insistisse em praticar conforme Kardec queria era também alijado, a exemplo de Luiz Olympio Teles de Menezes que foi totalmente desprezado na Bahia, se mudou para o Rio de Janeiro, acreditando que lá pudesse desenvolver o seu trabalho com fidelidade ao Mestre, quando enfrentou uma situação pior ainda, sendo totalmente abandonado, humilhado e esquecido até hoje.
Agora vem o pior.
Observem bem que coisa mais impressionante:
Lembra daqueles espíritos que eu citei aqui, como Lacordeire, Vianey, Pascal, Vicente de Paula, Agostinho, Fenélon, Delphine, etc???
Lembra também de vários que conviveram na época de Kardec, como Dellane, Flamarion, Bozzano, Roger, Carlote, etc...?
Pois é. Nunca mais nenhum deles se comunicou.
É aí que está a razão deste meu artigo.
Por que eles nunca mais se comunicaram?
Perderam a empolgação inicial que tinham pelo Espiritismo?
Simplesmente resolveram, todos, optarem pela omissão em relação ao desenvolvimento da nova doutrina que partiu do próprio Deus para melhorar moralmente a humanidade?
Esqueceram, todos eles, que poderiam se utilizar de médiuns para se comunicarem conosco?
Não dá para aceitar que aquele montão de gente, centenas e talvez mais de mil, com tanto amor e tanta empolgação pela nova doutrina simplesmente se recusariam ou não quereriam se comunicar nunca mais conosco.
Não é muito estranho?
Aí vêm alguns daqueles que acham que tem explicação para tudo pra dizer:
- “Ah, Alamar, mas aqueles espíritos poderiam muito bem estar encarnados”
Uai, mas todos?
Consideremos outro aspecto:
A média de vida do homem encarnado hoje é de 65 a 70 anos de idade, mas do tempo de Kardec até o ano 2000 era menor.
Ora. Se já se passaram mais de 150 anos, ainda que alguns deles tivessem passado por alguma encarnação, já não era para estarem desencarnados de novo?
Ou será que nesse processo de reencarnação e desencarnação, deixaram de ser espíritas, esqueceram tudo o que aprenderam ou deixaram de gostar daquilo que tanto amaram?
Outro dia quando eu questionava isto num seminário que dei, um participante veio com uma argumentação de que aqueles espíritos já poderiam ter sido transferidos para um mundo mais avançado.
Eu fiz a ele a mesma pergunta que faço aqui: Todos eles?
Se o próprio Jesus, com a evolução que tinha, se fez presente com a identificação de Espírito da Verdade, que sensatez teria uma argumentação de que todos aqueles espíritos, no espaço de menos de um século tivessem sido transferidos para um Mundo Superior? Só tínhamos anjos, naquele tempo? Lachatre, as meninas Japhet, Ermance, seu Fortier e todo aquele povo foram para um Mundo Superior?
Só rindo.
Observem um detalhe:
O nosso movimento espírita, ao longo de décadas, vem sendo conduzido à base de mensagens e instruções de André Luiz, Emmanuel, Humberto de Campos, Joanna de Ângelis, Manoel Philomeno de Miranda e mais um, dois ou três espíritos em menor intensidade.
Eu sei que não é qualquer espírita que tem coragem de levar em frente um tema deste, porque muita gente até morre de medo de abrir a boca em nosso movimento, mas já que eu não estou inserido nesse universo medroso, questionemos:
Por mais amáveis, respeitáveis, nobres e ilustres esses espíritos citados, perguntemos: Por que só eles?
Por que não temos Lacordaire, Erasto, Vianey, Fenelon, Dellane, Flamarion, Madame Plainemaison, Amélie Boudet, Bozzano, Gelley e o próprio Allan Kardec?
Sei que ninguém vai me dar reposta nenhuma, mas eu tenho uma:
Com certeza, se algum desses se atrever a nos trazer alguma mensagem os espíritas não vão aceitar.
Tenho ou não tenho razão? 
O médium será massacrado e, caso se atreva a escrever algum livro, esse será proibido, principalmente pelas casas do sistema federativo e ele também será proibido de falar.
Estou exagerando?
Alguns supostos conhecedores exclusivos da doutrina, aqueles que acham que somente eles conhecem o espiritismo, mandarão os seus artigos e as suas campanhas pela Internet acabando com as mensagens, com os médiuns e com as editoras que publicaram a obra.
Olhe: a Ermance Dufaux e as irmãs Japhet resolveram trazer mensagens, meu irmão.
- Não aceitamos! Não pode ser elas, pois elas jamais escreveriam qualquer mensagem.
- Mas meu irmão, elas não tiveram papel fundamental no processo?
- Não importa! Elas não falarão nunca.
É assim que a coisa acontece.
Se vocês analisarem bem, não há um médium, sequer, no Brasil ou no exterior, que os espíritas aceitariam como intermediário para receber qualquer mensagem desses espíritos.
Se escrever apenas “Que a Paz de Deus esteja com todos” e assinar Fénelon, por exemplo, será rejeitada NA HORA.
Não tem argumentação. Mensagem de espírito, em centro espírita, só não é recusada se viver de espírito sofredor, revoltado ou vingativo. Poucas são as exceções, mesmo assim se vier de espírito que não seja muito famoso.
- Ah, mas se viessem através do Divaldo?
Você é que pensa que Divaldo é unanimidade no meio espírita, mesmo com toda a bagagem extraordinária que ele tem e por tudo o que já demonstrou para todos nós.
NINGUÉM, absolutamente NINGUÉM, para o movimento espírita está preparado para receber mensagens que eles possam afirmar que é confiável.
A conclusão que chegamos é que, apesar da mediunidade ser fato e uma realidade na teoria dos espíritas, eles são os primeiros a não confiarem nos médiuns. E eles, os médiuns, por conta disto, vivem tensos e morrendo de medo de serem surpreendidos com alguma mensagem assinada por um desses espíritos, porque sabem muito bem que as línguas de muitos estarão afiadas para acabar com eles.
É ou não é assim?
Dá agora para começar a despertar uma ideiazinha do porquê não temos comunicações desses espíritos?
Por outro lado façamos mais um questionamento:
Já que os melhores espíritos contemporâneos de Kardec, que pensavam como ele, que gostavam do modelo que ele apresentou para que o Espiritismo fosse conduzido, e que viram de perto o que fizeram com ele na época e o modelo que prevaleceu, modelo este copiado pela maioria dos centros espíritas brasileiros, estariam felizes e satisfeitos com o rumo que tomou o movimento espírita?
Se estavam do lado de Kardec, obviamente não concordariam como o rumo tomado e, por isto, caso se comunicassem, naturalmente iriam se manifestar contra o igrejismo estabelecido.
Você acha que uma federação espírita de um determinado estado, um CRE, URE, AME, USE, etc... iriam acatar como verdadeira alguma mensagem que fosse de encontro àquilo que eles praticam?
Nunca, jamais.
Que Fenelon que nada, que Erastos que nada, Que Vianey que nada. É fascinação do médium!
Estou exagerando? Estou falando da coisa diferente de como ela realmente é?
Experimente, por exemplo, chegar num centro espírita que PROÍBE a evocação ou, para não se expor muito à palavra “proibir” são mais sutis em apenas dizer que “NÃO RECOMENDAMOS” a evocação de espíritos e dizer que eles estão errados.
Você pode mostrar todo o capítulo 25 de “O Livro dos Médiuns”, pode mostrar até o subtítulo que Kardec deu ao Livro, que não adiantará.
Muitos vão dizer: “Mas Emmanuel diz...”, “Mas André Luiz diz...”.
Outra grande realidade que vivemos no movimento espírita hoje é que o que dizem outros espíritos são mais importantes e relevantes do que diz o próprio Kardec, em que pese esses espíritos, pasmem, terem dito que se algum ensinamento passado por eles fossem de encontro ao que ensina Kardec, ou pelo menos deixassem alguma dúvida, deveríamos seguir Kardec.
Outros recorrem a Léon Denis, quando diz “... Não é indispensável fazer evocações”.
Ora, não é indispensável não significa que não se deva fazer e muito menos que deva ser evitada.
Sei que não é fácil o nosso movimento parar para pensar nisto. Mil explicações e mil desculpas serão dadas para explicarem porque esses espíritos citados não estão mais participando do Espiritismo. Alguma coisa há e o mais recomendável seria que grupos espíritas conscientes e determinados se dispusessem, em mediúnicas, a evocarem alguns desses espíritos a fim de pedirem a colaboração deles neste campo de discussão.
Tenho certeza absoluta que vários deles viriam, não tenho a menor dúvida.
Agora... Cadê disposição para isto?
Se é muito mais fácil e cômodo qualificar o articulista como polêmico e encerrar o assunto, deixa tudo como está pra ver como é que fica, porque tá tudo bão demais.  

Abração.
Alamar Régis Carvalho
Analista de Sistemas, Escritor e Antares DINASTIA

28.12.13

Vantagens
Não se aflija pela aquisição de vantagens imediatas na experiência terrestre.
Os museus permanecem abarrotados de mantos de reis e de outros " cadáveres de vantagens mortas".

Livro Agenda Cristã - Francisco C. Xavier - André Luiz 

27.12.13

Perispírito
 
O espiritismo experimental estudou as propriedades dos fluidos espirituais e a ação deles sobre a matéria. Demonstrou a existência do perispírito, suspeitado desde a antiguidade e designado por São Paulo sob o nome de "Corpo Espiritual", quer dizer, de corpo fluídico da alma depois da destruição do corpo tangível. Sabe-se hoje que esse envoltório é inseparável da alma; que é o veículo de transmição do pensamento, e que, durante a vida do corpo serve como laço entre o Espírito e a matéria. O perispírito desempenha um papel tão importante no organismo, e numa multidão de afecções, que se liga à fisiologia tão bem quanto à psicologia.
 

Livro: A Gênese - Allan Kardec

26.12.13


BALANÇO - 2013

Meu filho, Jesus nos abençoe.
Final de ano chegando – tempo de efetuarmos um balanço do trabalho realizado.
Nada mal – poderia ter sido melhor, mas... nada mal!
Parabéns pela sua insônia mediúnica! Graças a ela é que temos podido dormir em relativa paz, apoiando a cabeça no travesseiro do dever cumprido...
Todavia, prepare-se para o ano que está chegando... Nada a ver com Copa do Mundo, e nem com Eleição. Our camp is other! Felizmente.
Convém que a Editora aconselhe a Gráfica a engraxar as máquinas... Não que a quantidade nos preocupe. A questão é que, não raro, em montes de cascalho é que conseguimos encontrar uma pepita de ouro...
Eu já lhe disse que médium é movido à pancada – e, no meu caso, espírito também! Em meus arquivos mnemônicos deve estar bem viva a lembrança de uma existência minha como prostituta... Quanto mais me batiam mais eu sentia prazer! Freud explica...
Então, aproveite a pequena trégua que estamos lhe dando – não pode ser maior porque, caso contrário, você ficará mal acostumado.
Sei que, de novo, você viajará ao Velho Mundo... As nossas ossadas estão por lá! Você sabe aquela caveira na mão de Hamlet, personagem de Shakespeare?! Pois é. Ela me pertence – oportunamente, reclamarei o direito de propriedade!...
Não se preocupe com o frio que, com certeza, haverá de castigá-lo – neste, com alguns casacos, a gente pode dar um jeito. E, depois, todas as casas europeias são muito bem calafetadas... O frio pior será o da indiferença de alguns pela nossa presença – aliás, como das outras duas vezes não é?!
O pessoal do contra já começou a mexer com os seus “pauzinhos” – porém, não se preocupe porque, realmente, não passam de diminutos gravetos (a minha vontade é a de escrever outra palavra, mas em consideração às senhoras e às crianças que têm acessado o nosso Blog...) que, um dia, além da morte, o fogo da Verdade há de transformar em cinza de péssima qualidade!
Deixemos, no entanto, de dar cartaz a esse povo.
Estaremos com você – nos iremos revezando e, acredite, tem gente na fila, inclusive Jack, o “estripador”, que, agora regenerado, se ofereceu para acompanhá-lo... Fique, o tempo todo, atento a tudo, porque pretendo aproveitar todo o material que, em seu espírito, ficar impregnado. Abra bem os olhos e as narinas, mas abra também os poros, porque mediunidade também é coisa que entra pelos poros... Creio que os catedráticos da Terra não sabem disto. Eu não vou explicar – o problema é deles!
Cuide de sua saúde – tome algumas vitaminas e, nas suas poucas horas de folga, tome cuidado. Eu não quero saber o que você faz com elas – eu quero saber como você estará depois delas... Espírito protetor não vive à tiracolo de médium!...
Assim que você tornar a pisar em solo brasileiro, estarei esperando por você, ao lado do computador! O regime será o mesmo: às quatro e trinta da manhã eu quero você em pé! Você está muito jovem para alegar cansaço... No “Pedro e Paulo”, Irmão José me solicita dizer que também será do mesmo jeito – sem direito a descanso nem no 7º dia! Só quando se chega a “deus” é que o espírito pode ser dar ao luxo de descansar no 7º dia...
Avisemos, contudo, aos nossos irmãos internautas que, durante todo o mês de Janeiro, seremos constrangidos a promover pequena pausa em nosso Blog – isto também vale para o Blog do Formiga –, voltando a movimentá-lo somente nos primeiros dias de Fevereiro.
No mais, é isto aí.
Feliz Natal a você e a todos os nossos irmãos internautas, com todos os seus amigos e familiares. Que o ano de 2014 lhes seja pródigo em bênçãos espirituais, o que significa dizer: em muito trabalho!...
Com o meu carinho paternal, sempre o seu –

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 23 de Dezembro de 2013.

24.12.13

SEGUE A ESTRELA

Na vida de cada um
Que procura a luz do Bem,
Jesus Cristo, o Excelso Guia,
É a Estrela de Belém.

Quem se esforça por segui-Lo,
Nunca perde a direção,
Caminhando sempre adiante
Em sublimada ascensão.

Por mais a noite das provas
Se te adense em derredor,
A luz do Cristo dissipa
Toda sombra ao teu redor.

 Seja, pois, qual seja a dor,
Que em tua alma se exprima,
Nunca deixes de lançar
O teu olhar para Cima...

Segue a luz que, há dois mil anos,
Em seus místicos fulgores
Resplandeceu sobre a Terra
Guiando reis e pastores.

Apenas fica sem norte
Em sua jornada ao léu,
Quem sobre o mundo vagueia
Sem por os olhos no céu!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de domingo do dia 22 de Dezembro de 2013, em Uberaba – MG)

23.12.13


Com quem você estará neste natal?

A humanidade está em festa, chega o natal.
Com o natal, o renovar das esperanças, mas também o bruto jogo comercial.
A que festa nos dedicaremos: a do menino Jesus ou de um velhinho de botas?
Esta decisão tem que ser imediata, meus irmãos, porque a comemoração de um é diametralmente oposta à comemoração do outro.
Quando comemoramos o nascimento de Jesus, lembramos-nos do próximo e o enxergamos como irmão, e queremos dar o nosso melhor para ele.
Quando se comemora ao natal do velhinho de barbas tratamos de comprar coisas para presentear o outro.
Num, damo-nos, noutro, dar-se algo.
Isto é fundamental que se enxergue porque Jesus veio para que nos víssemos como seres humanos, como espíritos imortais, enquanto o outro se trata meramente de uma relação comercial.
Jesus nos traz a alegria da renovação da vida. O outro um ato momentâneo de alegria por um presente recebido.
Um evoca a manjedoura como símbolo, o outro uma árvore. E o que isto quer dizer?
Na manjedoura, Jesus está a nos dizer da continuidade da vida, do nascer de novo, da alegria de começar outra existência. Evoca, também, a humildade, o despojamento dos bens materiais, o desapego.
Na árvore, o velhinho de barbas, sujeito incerto diga-se oportunamente, lembra-nos as coisas materiais, o apego à matéria, o consumismo, o enaltecimento das aparências, as futilidades.
Com quem você estará neste natal, já decidiu?
Eu estarei com quem sempre estive. Com os menos possuídos, com os sofredores, com os famintos, com relegados pela sociedade.
Eu estarei com o Evangelho grandioso de sabedoria.
Eu estarei com a paz entre os homens e a igualdade de direitos e oportunidades.
Eu estarei com Jesus de Nazaré.
Pense bem, meu irmão, são as escolhas presentes que refletem no nosso futuro espiritual. Aqui, tenha a certeza diante mão, não tem trenó nem sacos de presente, tem trabalho refazente, tem ação permanente no bem.
Neste natal, veja bem as escolhas que você faz.
Um abraço em Jesus!
Helder Camara

21.12.13

FESTA DE NATAL

É noite de Natal... Pobre mendigo
Caminha pela rua lentamente,
Batendo porta em porta, humildemente,
Sem que nenhuma lhe conceda abrigo.

Em torno à mesa farta que bendigo,
Contemplando um presépio reluzente,
Todos lembram Jesus de alma contente,
Cantando hinos ao Celeste Amigo...

O anônimo pedinte, sem ter pão,
Sofrendo indiferença e solidão,
Dentro da noite segue a mendigar...

Alguém Lhe ouve dizer em voz sumida:
- Que festa estranha a mim oferecida,
Que em casa alguma eu não posso entrar!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 14 de dezembro de 2013, em Uberaba – MG).

20.12.13


Uma Grande Feira Mundial

Há tanta coisa numa feira. Tem de tudo numa feira. Nunca vi lugar para ter tanta novidade como numa feira. A diversidade é a característica número um de uma feira.
Feira tem de tudo. Tem frutas, do abacaxi ao mamão, da banana ao melão.
Tem de liquidificador a ratoeira. Tem jerimum e até guaiamu. Tem linha e carretel. Tem pulseira e tem anel. Tem diadema e avental. Tem até goma para mingau.
Tem bolo de tapioca e até milho para pipoca. Tem tudo que a gente quer e até o que não se quer também.
E a variedade de gente que se encontra por lá. Gente controlada e gente gastadeira. Gente silenciosa e até “a mulher da cobra”.
- Olha o amendoim.
- Olha a cocada.
- Olha o caldo de cana.
Era assim a boa feira de meus tempos de criança e aquelas que via na minha Fortaleza, no Rio de Janeiro e nos bairros de Recife. Não existe lugar mais democrático e igual do que uma feira. É um espaço literalmente do povo. O povo manda.
Meus irmãos, gostaria que o mundo se transformasse numa enorme feira, bem organizada, é verdade, mas uma feira das grandes. Um espaço de todos.
Hoje, o mundo é de alguns, de poucos, diga-se com precisão.
Quem manda no mundo são os banqueiros e tubarões. Meia dúzia de gente que vive em pequenos bolsões de prosperidade. Ultimamente até que alguns países entraram neste bolo para dividir a riqueza gerada, mas bem-estar mesmo ainda é para poucos.
O que fazer para dividir a riqueza e transformar este mundo numa grande feira?
A vida, meus queridos, penso eu, é uma arte de saber inventar, de criar novas possibilidades, de pensar o impensável e fazer diferente. Então, vamos a mais uma louca helderiana.
O que seria do mundo de tentássemos fazer um grande fundo de desenvolvimento humano?
Os grandes países doariam tudo que tem de melhor para este fundo. Uns dariam dinheiro. Outros, tecnologia. Alguns, arte. Todos chegariam com um pouco do que têm de melhor, aquilo que eles sabem fazer direito, a sua expertise, como dizem hoje.
Se cada um chegasse com o que tem de melhor, então todos se beneficiariam. Nesta feira global terá de tudo e a aposta será distribuir de maneira abundante de acordo com as necessidades de cada um e a especificidade de cada País. Isto porque nem todos querem tudo, mas o que lhes interessa no seu projeto de Nação.
Quem poderia organizar esta feira?
Já existe a ONU que poderia fazer este papel, mas tem que alargar as vistas, deixar fluir a espontaneidade, a camaradagem, o espírito de união, como numa verdadeira feira.
Se o mundo inteiro se transformasse numa grande feira, tenho a certeza que todos sairiam ganhando, até porque, diferente da feira convencional, não teríamos restos, tudo seria aproveitado.
Pense nisso, saia do quadrado, e comece a fazer uma feira com seus irmãos de caminho. Promova a feira no seu bairro, na sua cidade e no seu estado. Em qualquer lugar se poderá se fazer esta feira da fraternidade. É só querer.
- Venha, freguês, você vai gostar do que eu tenho para te oferecer.
Um abraço,
Helder Camara

19.12.13


Encontro com Deus

Expressões de sectarismo e apropriação exclusiva da verdade não ajudam ao progresso e a união do povo de Deus.
Vi, há pouco, vídeo onde padre expressava a sua angústia da confusão que se fazia entre Espiritismo e Catolicismo. Lamentável, mas vou tecer algumas considerações.
Em primeiro lugar, não gosto de passear neste terreno movediço das contradições de credo. Penso que cada um procura a sua verdade e ao encontrá-la haverá de segui-la. Cada um é responsável pela sua própria consciência e a Deus ele responderá. Portanto, eu não posso dizer o que é certo ou errado para ninguém. Eu posso dizer que acredito nisto ou naquilo e justificar a minha crença, mas não posso, de maneira alguma, desautorizar a fé de quem quer que seja, por mais que dela discorde.
Outro argumento poderoso é o respeito à verdade. A verdade, meus queridos, há de prevalecer. Queiramos ou não, acreditemos ou não, a verdade prevalecerá. Se hoje defendo algo, se eu estiver certo, aquilo crescerá de tal forma e se estabelecerá sem que eu nada faça para alimentá-la. Se, porém, é falso, então ela se sucumbirá naturalmente, mesmo que eu não a admita. Tarda, às vezes, mas a verdade é fulminante, meus caros.
Em artigo de fé, creio, há as convicções pessoais. Cada filho de Deus tem um jeito próprio de encarar a vida e interpretá-la. Deus está em tudo e em todos e não haveria de apropriar a verdade verdaderíssima unicamente a um povo e a uma gente. Isto não.
Eu penso que a fé católica é suficiente para mim, mas isto é meu artigo de fé. Creio que ela se abrirá a verdades que ainda não conseguiu enxergar e enfrentar, mas isto o tempo demonstrará, mas a minha trincheira de luta pela verdade e pela felicidade é, e continua sendo, a trincheira católica romana. Isto, porém, não me dá o direito de condenar a quem quer que seja, repito.
O respeito à fé do outro é fundamental para todo o povo de Deus.
Encontro a Deus nas mesquitas mulçumanas.
Encontro a Deus num mosteiro budista.
Encontro a Deus num terreiro de candomblé.
Encontro a Deus num centro espírita.
Encontro a Deus num templo protestante.
Encontro a Deus até onde nem se acredita Nele.
Deus está em tudo e em todos que desejam o bem e a felicidade.
Ora, não foi o próprio Jesus que nos disse que “quem não estiver contra mim, estará por mim”? Pois, então, Jesus disse que está com tanta gente que você nem imagina. Diria, sem medo de errar, que Ele está com toda a humanidade.
Não façamos das nossas pequenas diferenças de pensamento e de fé o sustentáculo para as nossas relações religiosas. Vejamos a todos como irmãos que somos. Basta isso.
Tenho fé de ver na Terra o encontro de todos com Deus como vejo aqui no mundo dos espíritos.
Tenho fé de ver todos cantarem a canção da liberdade e do amor.
Tenho fé de ver todos abraçados para trabalhar juntos pelas grandes causas que atrapalham o progresso da humanidade.
Tenho fé de ver todos se respeitarem e caminharem juntos na construção do reino de Deus entre os homens.
Esta fé é viva e imorredoura. É que alimenta a vida, do lado de cá, de milhares de líderes religiosos, representantes e servidores de um mesmo Pai.
Sejamos um com Deus respeitando as diferenças e unindo-nos naquilo que nos aproxima.
Dê uma oportunidade para Deus, alie-se ao seu irmão de caminho, qualquer que seja o seu credo ou fé.
Deus nos abençoe neste propósito.
Helder Camara

18.12.13


JOSÉ DA GALILEIA

“E projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de David, não temas receber a Maria.” – Mateus: 1.20.

Em geral, quando nos referimos aos vultos masculinos que se movimentam na tela gloriosa da missão de Jesus, atendemos para a precariedade dos seus companheiros, fixando, quase sempre, somente os derradeiros quadros de sua passagem no mundo.
É preciso, porém, observar que, a par de beneficiários ingratos, de ouvintes indiferentes, de perseguidores cruéis e de discípulos vacilantes, houve um homem integral que atendeu a Jesus, hipotecando-lhe o coração sem mácula e a consciência pura.
José da Galileia foi um homem tão profundamente espiritual que seu vulto sublime escapa às analises limitadas de quem não pode prescindir do material humano para um serviço de definições.
Já pensaste no Cristianismo sem ele?
Quando se fala excessivamente em falência das criaturas, recordemos que houve tempo em que Maria e o Cristo foram confiados pelas Forças Divinas a um Homem.
Entretanto, embora honrado pela solicitação de um anjo, nunca se vangloriou de dádiva tão alta.
Não obstante contemplar a sedução que Jesus exercia sobre os doutores, nunca abandonou a sua carpintaria.
O mundo não tem outras notícias de suas atividades senão aquelas de atender às ordenações humanas, cumprindo um édito de César e as que no-lo mostram no templo e no lar, entre a adoração e o trabalho.
Sem qualquer situação de evidência, deu a Jesus tudo quanto podia dar.
A ele deve o Cristianismo à porta da primeira hora, mas José passou no mundo dentro do Divino Silêncio de Deus.

Livro: Levantar e Seguir - Francisco C. Xavier - Emmanuel

17.12.13


A INDÔMITA CORAGEM DO CRISTO

Não sei o que mais admiro em Jesus Cristo: se a sua infinita bondade para com os “filhos do Calvário”, ou se a sua indômita coragem de enfrentar os preconceitos da época, diante dos quais jamais capitulou...
Ao mesmo tempo em que Ele se horizontalizava para curar os enfermos e alimentar os famintos, consolar os aflitos e dar esperança aos sofredores, se verticalizava diante dos escribas e dos fariseus, que não perdia oportunidade de chamar de “hipócritas”!
Logo no princípio das anotações de Lucas, no capítulo 5, versículo 38, Ele se revela o Reformador da lei antiga, começando a incomodar a consciência dos judeus presos à secular ortodoxia: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: Não resistais ao perverso; mas a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra”.
Insurgindo-se contra os falsos profetas que enxameavam na Judeia, ousa advertir:“Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores”.
Faz questão de se banquetear na companhia dos publicanos e dos considerados pecadores, que eram odiados pelos fariseus, que, então, Nele pressentiam uma constante ameaça: “Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?” Ao que Ele, sem hesitar, responde: “Os sãos não precisam de médico, e, sim, os doentes”.
Ainda, comendo sem lavar nãos mãos, aproveita para mandar um recado aos religiosos que mais se preocupavam com a pureza exterior: “Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem”.
Aos fariseus e saduceus que Lhe pedem um sinal do céu, a fim de se certificarem de que pudesse ser Ele o Messias, respondeu: “Uma geração má e adúltera pede um sinal; e nenhum sinal lhe será dado, senão o de Jonas. E, deixando-os, retirou-se”.
Logo em seguida, recomenda aos discípulos, que escolhera entre os homens simples do povo: “Vede, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus”...
Continuando a promover profunda mudança de paradigma na crença religiosa, vale-se de uma criança para afirmar, categórico: “... aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus”.
Recomenda o perdão setenta vezes sete vezes...
Ousa curar no dia de sábado...
Adverte contra o perigo das riquezas...
Aconselha a se dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus...
A respeito dos escribas e dos fariseus, torna a dizer a seus seguidores: “Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem”...
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes por dentro estão cheios de rapina e intemperança”...
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos, e de toda imundície”...
Na Parábola dos Trabalhadores da Vinha, Ele faz clara alusão aos gentios, que os judeus não admitiam que pudessem entrar no Reino dos Céus...
Na Parábola do Bom Samaritano, destaca as virtudes de anônimo samaritano que os judeus odiavam, inclusive, com a proibição que se lhes cruzasse o território...
Expulsa os vendilhões do templo...
E, por fim, quando supunham tê-Lo vencido na cruz, perdoa aos próprios algozes e, ao deixá-los atônitos, vence a morte e abandona o sepulcro em que os seus inimigos imaginavam O terem encerrado para sempre!...

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 16 de Dezembro de 2013

16.12.13


Mandela - Exemplo de Líder

Nos funerais de Mandela que fui acompanhar, encontrei muita emoção. Como foi interessante ver a alma do povo sul africano dando adeus ao seu Madiba.
Meus queridos, como é forte a influência de um verdadeiro líder para sua gente.
Havia pessoas que choravam da saudade que teriam – e olha que viviam distante do seu líder maior.
Outras o reverenciavam pelo que ele representa. “Um homem assim jamais viverá na Terra”, chegava a dizer outro em não conseguir expressar o tamanho de sua admiração.
Quilômetros de fila para ver rapidamente a face inerte de Mandela. E isto já bastava. Guardar na memória a última expressão do homem que libertou a África do Sul da escuridão do Apartheid.
Nelson Mandela é exemplo para o mundo. É exemplo para todos os líderes mundiais de como se deve governar um povo, servir a sua gente, defender e engajar-se numa causa coletiva.
Mandela poderia ter elegido o ódio mesmo depois de preso, mas não, compreendeu que sua forma de libertar o seu povo era equivocada, que a violência nada valeria, e aí, semelhantemente a Gandhi, reorientou seu modo de proceder. Os vinte e sete anos de cárcere serviram para amadurecer a alma deste grande homem.
Este período de maturação íntima todos nós somos chamados a fazer, meus queridos. Para ele custou mais de um quarto de século, mas para você pode representar menos. O indispensável é pensar sobre a sua própria vida e mudá-la de verdade. Ele fez isso.
Houve dois Mandelas. Um antes e outro depois das grades da prisão.
É este o convite permanente do Cristo: a busca pela transformação interior.
Mandela fez a sua e você, o que está esperando?
As mudanças no mundo começam inicialmente no coração de cada ser humano. Não há como apostar numa mudança da multidão se cada um, individualmente, não tomar a decisão de mudar de verdade.
Mandela fez isso e mandou um grande recado a sua gente: “Se eu posso fazer, por que você não pode?”
Meus irmãos, é por esta grande mudança de ver as coisas e de senti-las que vejo muitos missionários indo à Terra, sobretudo nestes tempos difíceis que estamos vivendo.
Uns pregam pela via de Buda, outros de Maomé.
Uns falam de Bahai, aqueloutros de Krishna.
Eu falo de Jesus.
Não importa. Importa aquilo que Mandela nos ensinou. Todos nós nos encontraremos no amor e na paz. É este o grande desafio e a grande missão.
Bem-vindo, Madiba.
Como diz o poeta popular: “E já escuto os teus sinais...”
Abraços,
Helder Camara

15.12.13


Manifestações de um polêmico
Grupo Espírita Virtual
Uma nova opção tecnológica de praticar o Espiritismo

No uso da moderna tecnologia, lanço uma nova proposta para que as pessoas tenham acesso à prática espírita. Mas preciso fazer algumas considerações antes.
Você sabia que existem muito mais espíritas fora da casa espírita do que freqüentando um centro espírita?
Sabia que estima-se em mais de vinte milhões de espíritas, só no Brasil, e que o número que freqüenta centros não chega a três milhões?
Detalhe: Quando falamos em vinte milhões não estamos falando em simpatizantes, porque esse número é muito maior, falamos em “kardecistas”, denominação essa utilizada por um famoso instituto de pesquisas do Brasil, instituto esse cujo nome não posso divulgar, posto que a pesquisa não fora feita oficialmente, contratada por nenhuma instituição e sim por iniciativa particular de pessoas próximas ao instituto.
Não temos idéia do número de espíritas que existe no exterior, posto que não existe medição até o momento, pelo menos que eu tenha conhecimento. O que sei é que existem muitos brasileiros espalhados pelo mundo, que são espíritas, que anseiam pelas informações e literaturas espíritas, mas possuem poucas opções espíritas, as vezes um centro só, que copiou o modelo igrejeiro do Brasil. Há também um grande número de espíritas em Portugal, cada vez mais crescente, histórico país onde, pelas informações que tenho, pratica-se um bom espiritismo.
O fator preocupante aqui, que devemos questionar é:
Por que tanto espírita fora da casa espírita?
O que sabemos é que muita gente não vai ao centro por vários motivos: Medo da violência, principalmente nas grandes cidades, uma vez que a maioria das atividades dos centros é a noite, não tem com quem deixar as crianças, tem gente pra tomar conta em casa, geralmente chega tarde e cansado do trabalho, o centro fica longe de casa, etc... vários motivos.
Porém há, também, um dos grandes motivos apontados, que eu inclusive já tive oportunidade de pesquisar, que é a insatisfação de muita gente com o modelo de espiritismo que foi inventado pelo movimento espírita brasileiro, com muitos procedimentos absolutamente incompatíveis com Allan Kardec, em que pese dizerem que a sua base é Kardec. Eu escreveria um texto enorme para apontar esses motivos, rigorosamente baseado em Kardec, mas cito alguns:
Igrejismo exagerado, mesmismo, muita teatralização de comportamento, entendimento equivocado da humildade, da disciplina, do respeito e da seriedade; apologia ao sofrimento, proibições, obrigações, excesso de formalidade, censuras, boicotes a pessoas, fofocas, disputas por cargos... enfim, cegos pretendendo guiar cegos... etc.
Tenho conversado com inúmeras dessas pessoas pelas redes sociais, e-mails, encontrando-as pela rua ou encontrando-as em cidades por onde visito e constatado, felizmente, que elas continuam espíritas, mas querem distância da casa espírita.
- “Mas me diga, minha amiga, por que você não está freqüentando mais nenhuma casa espírita?”
- “Ah, Alamar, deixe pra lá. Vamos falar de outra coisa...”
- “Não, eu quero falar disso. Eu já imagino as suas razões, mas já que pesquiso e estou fazendo estatística sobre isto, eu gostaria que você me relatasse mesmo a sua experiência que te levou a isto.”
- “Bom. Eu não queria dizer, mas já que você tá insistindo...”
Aí vem o relato que dá conta de tudo isto que eu disse aqui, que faz pena, considerando uma doutrina tão maravilhosa como a que temos.
Se você disser isto para um dirigente ou “carola”, invariavelmente ele vai dizer que a culpa é das pessoas, que são vaidosas, que querem fazer da casa espírita o que bem entendem, que não entenderam o espiritismo... e um montão de coisas, só não vão admitir, jamais, que o grande problema está neles mesmos, no método e na forma como eles mesmos conduzem o Espiritismo, de forma lamentável, totalmente na contramão de Kardec.

Qual a proposta então?

Conforme você sabe, nenhum espírita tem obrigação de freqüentar o “templo” espírita, como o católico tem obrigação de ir à missa e o crente tem obrigação de ir ao culto, pois o importante no espiritismo é a busca pelo conhecimento, o aperfeiçoamento moral de cada um de nós e a nossa disposição de sermos úteis aos nossos semelhantes, o que não significa “ser bonzinhos” para com o nosso próximo. Ser útil e ser bom é uma coisa, ser “bonzinho” é outra.
O Grupo Espírita Virtual é um conjunto de salas onde as pessoas podem se encontrar pela internet, sem precisar sair de casa, e participarem normalmente de reuniões, como se estivessem ao vivo em um salão ou auditório normal, com centenas de pessoas. 
O interessante nisso tudo é que as pessoas não ficam apenas escutando, elas também podem se manifestar, de três maneiras diferentes:
Por chat – Elas escrevem, fazendo perguntas, procurando esclarecer dúvidas pedindo informações e até discordando de alguma coisa. 
Pelo microfone – Podem utilizar o microfone do seu computador, para falar por voz. As pessoas terão VOZ! 
Por microfone e câmera – Já que muita gente possui WebCam em seus computadores, elas podem fazer aparecer a sua imagem para que todos vejam. Isto é opcional. 
E o expositor, pode fazer o quê?
O sistema é muito rico em recursos. O expositor pode aparecer com a sua cara, inclusive em tela cheia, caso queira, pode exibir uma seqüência de slides PoewPoint, pode exibir filmes e pode até mandar um arquivo qualquer para as pessoas baixarem. Vamos supor que ele possua um livro qualquer, em PDF, em DOC ou em algum outro formato, assim como um PowerPoint muito bonito, ele pode, na sala, disponibilizar para todos os participantes baixarem na hora que a palestra estiver sendo desenvolvida.

Mais de um palestrante no mesmo evento

Observem só que coisa mais extraordinária:
É possível que o coordenador do trabalho esteja, por exemplo, em São Paulo, falando sobre um determinado assunto, aparecendo a sua voz e sua cara pra todo mundo ver. Mas aí ele pede opinião ou alguma colocação de um outro expositor que esteja em Recife, Pernambuco, que entra na hora, também com sua imagem e som. Em seguida pedimos para que um outro fale diretamente de Brasília, outro diretamente de Nova York, e assim as pessoas vão acompanhando o evento como se todos estivessem no mesmo palco, exatamente como num evento ou congresso real.

Funcionará em vários horários

O sistema está sendo lançado agora, mas, com o seu desenvolver, ele vai funcionar direto, se possível 24 horas por dia, todos os dias da semana. Para isto só estamos dependendo de formar uma equipe de amigos dispostos a estender a mão ao projeto, do mesmo jeito que muitas pessoas se disponibilizam para trabalhar em um centro espírita comum, uma, duas ou mais vezes por semana, em um determinado horário. O diferencial é que o trabalhador não precisará sair de casa para se deslocar até o centro, sob sol, chuva ou a noite, já que o trabalho pode ser feito a partir de casa mesmo, com a mesma eficiência ou até melhor. Será um centro espírita, como outro qualquer, com uma equipe de trabalhadores do mesmo jeito que o centro convencional, do jeito que todo mundo conhece.

Características do projeto que todos precisam saber

Por ser esta uma proposta para preencher uma grande lacuna, não podemos repetir as mesmas falhas e os mesmos equívocos verificados por aí, razões essas que têm afastado tanta gente, e, por isto, fazemos questão de relacionar aqui.

Não tem dono – Foi criado pelo Alamar, é pago pelo Alamar (não é coisa de graça não, eu tenho uma despesa mensal para manter isto no ar. Só é de graça para o público, para mim não), é coordenado e dinamizado pelo Alamar, mas não é o centro espírita do Alamar, não há proposta de se praticar qualquer “alamarismo” ou coisa parecida, porque faz questão exatamente de não repetir o lamentável modelo que todos vêem por aí, quando o espiritismo é praticado conforme a cabeça do “Seu Fulano”, da “Dona Fulana”, ou da “Diretoria da Casa”, que são pessoas que se portam como se fossem donos dos centros e tudo tem que ser conforme a sua conveniência.
Este espaço abrirá as portas até para pessoas que discordam do estilo de comunicação do Alamar, sem problema nenhum, haja vista que a inteligência das pessoas não deve ser subestimada pela presunção de ninguém.

Não admitiremos procedimentos imorais – Conforme alguns que são praticados por algumas instituições, como as censuras, os boicotes, as sabotagens e os famosos “índex”. Não apenas espíritas que pensam exatamente conforme a cabeça do Alamar poderão falar aqui, mas todos os espíritas sinceros, dignos e honrados como muitos que existem por este mundo a fora.
Por exemplo: Em vez de proibir pessoas como Wanderley Oliveira, Robson Pinheiro e vários outros, como muitos centros vergonhosamente fazem, o Grupo Espírita Virtual não fará assim. Convidará essas pessoas a expor as suas idéias, para a apreciação de todos, e estará sempre com as obras básicas do Espiritismo abertas, em várias traduções, para contestar, questionar e pedir explicações acerca de alguma possível citação que o expositor fizer, principalmente se vier de encontro ao pensamento verdadeiramente espírita.
Detalhe: Quando falamos em obras básicas, falamos de todos os livros que compõem a obra básica espírita, onde, por questão de bom senso, tem que constar toda a Revista Espírita e os demais livros escritos pelo próprio Allan Kardec.
Se em algum momento um expositor citar alguma coisa que possa estar além do conhecimento do diretor da sessão, esse não será expulso e muito menos proibido de falar na casa, pelo medo que muitos tem em "colocar em perigo" a “liderança” desse possível diretor. O assunto será levado a conhecimento de todos, inclusive desse diretor, para que estudem e investiguem, a fim de verificarem se está ou não está dentro daquilo que podemos chamar de Espiritismo, para num segundo momento termos outra conversa com o mesmo expositor.
Nesse segundo momento, vamos poder dizer para o expositor uma das duas coisas:
1) Você falou um monte de bobagens, a sua citação foi absolutamente incompatível com o Espiritismo. Sem medo de cara feia. Ou...
2) Pesquisamos, analisamos e estudamos. Você tem razão no que falou aqui. Queremos agradecer pelo ensinamento que deu a todos nós, pois não sabíamos daquela informação que você nos trouxe. Muito obrigado.
Gente. Não será bem mais elegante comportarmos assim?
Esta é uma das nossas propostas.
Jamais cometeremos a deselegância e a incoerência de cercear o direito de expressão de outros confrades espíritas.

A nossa base é Allan Kardec – Por que temos que dizer isto? Mas todo centro espírita não tem como base Allan Kardec?
Assim como a igreja católica, ao longo do tempo, criou um modelo onde é dado mais relevância a Maria do que ao próprio Jesus, no meio espírita também há uma tendência de mais relevância a obras de um determinado espírito que ao próprio Kardec.
Embora tenhamos respeito e carinho por Maria, o bom senso nos recomenda que a principal personalidade do Cristianismo é Jesus, e não ela; da mesma forma, embora tenhamos consideração por todos os maravilhosos espíritos que nos tem trazido mensagens e ensinamentos, a principal personalidade do espiritismo é Allan Kardec.
Por isto, vamos fazer o possível para fazer com que o maior número possível de espíritas conheça melhor quem foi e o que fez Allan Kardec, inclusive enquanto espírita praticante.

Não praticaremos teatralização de comportamento – Tipo “estou melhor do que mereço”, “eu não valho nada, o meu trabalho aqui na casa é insignificante”, “É bondade sua, meu irmão, eu estou engatinhando no trabalho”, “são seus olhos”, etc... sempre querendo passar AOS OUTROS a impressão de que somos altamente evoluídos espiritualmente. Não queremos isto, preferimos ser nós mesmos, do jeito que somos, sem mania de bonzinhos e muito menos fingidinhos. Que as pessoas falem nos seus tons de vozes normais. 

Como eu faço para entrar nesse grupo

Basta copiar para o FAVORITOS do seu computador o link abaixo:


Ao entrar nesta sala, o sistema vai pedir para que você coloque o seu nome, que não precisa ser o nome completo, mas há um padrão que é sempre bom obedecer, que é colocar o nome, seguido da sigla do Estado onde você mora, quando vive no Brasil, ou do País, quando vive no exterior. Exemplos:
Reginaldo-SP, Maria das Dores-RJ, Jerônimo-DF, Paulo Roberto-RS, Cristina-MG, etc... ou alguém do exterior, assim: Carmem-Portugal, Simone Lima-Nova York, Betânia-Londres, Yumi-Japão, etc...
Temos várias salas e é possível que para alguma delas criemos alguma senha, que será divulgada previamente para os amigos. Quando a sala tiver senha, vai aparecer logo a seguida do nome o pedido da senha, bastando digitá-la.
Pronto. Você estará na sala.
Verificará uma lista, logo do lado direito, com os nomes das outras pessoas que também estão presentes. Na parte de cima terá o nome do Coordenador ou Moderador da sala. Se não aparecer, é porque naquele momento não tem nenhum presente.
Agora você precisa aprender a CONFIGURAR a sala, ou seja, ajustar conforme o que você tem.
Primeiro – Em cima e a direita você vai ver uma bandeirinha. Se você estiver no Brasil ou qualquer outro país de língua portuguesa, mudar para a bandeira de Portugal. Tem também a bandeira do Brasil, mas não é bom utilizá-la porque a tradução deste programa para o português do Brasil não está boa ainda. 
Segundo – É importante configurar a sua câmera e o seu microfone. Ao lado da bandeirinha, tem a opção “Configuração”. 
Abra lá e você verá a opção para configurar o microfone, clicando em “adobe’s settings”. Vai abrir uma telinha, no meio da tela, onde você deve abrir a abinha para escolher qual o microfone vai usar, (geralmente tem um só na máquina e é só marcar). Ali tem um “volume da gravação” e você deve ir aumentando e falando, para ver a luzinha verde acender, até ficar amarelo e até começar a aparecer a pontinha vermelha, quando então o volume estará bom. Pronto. É só fechar o quadrinho do meio.
Na outra opção “adobe’s settings”, agora ajuste a sua câmera. Clique lá que vai abrir, novamente, a mesma telinha no meio. Basta escolher a sua câmera e pronto. A sua imagem vai aparecer lá.
Feche a salinha, dê ok na configuração e tudo estará funcionando.
Quando quiser fazer alguma pergunta na sala, vá logo abaixo da relação das pessoas presentes na sala, onde está escrito “em linha”, abra a aba e clique na opção “Tenho uma pergunta”. O coordenador vai lhe chamar a perguntar e você vai clicar na aba FALE AQUI, que ficará vermelha. Vai abrir o seu microfone e aparecer a imagem da sua câmera. Se você não quiser que apareça sua imagem, basta clicar em cima do icon da câmera, que ela será cortada. Ao terminar de falar, clique no fale aqui de novo, para desligar, senão o som do seu ambiente fica aparecendo na sala, prejudicando o trabalho.

Conclusão

É uma excelente ferramenta pra gente usar, com os melhores resultados possíveis.
Contamos com o apoio de todos, para que possamos realizar um grande trabalho em prol da nossa doutrina espírita.
Fica aí a idéia, então, para apreciação de todos.

Abração.
Alamar Régis Carvalho
Analista de Sistemas, Escritor e Antares DINASTIA
alamarregis@redevisao.net

14.12.13

BENDIRÁS

Um dia, além da morte, bendirás
As provas que levaste de vencida,
A luta em que te vês de alma ferida,
Sem saber, sobre a Terra, o que é ter paz...

Todas as dores agradecerás...
Reveses que choraste pela vida,
Desilusão por ti nunca esquecida,
Em quanto perdoar foste capaz...

Humilhações e mágoas que sofreste,
E acalentados sonhos que perdeste
Ao longo da existência que se finda...

Porque, então, verás transfigurada,
Em tua alma triste e agoniada,
Toda tristeza em alegria infinda!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 7 de dezembro de 2013, em Uberaba – MG).

13.12.13

O homem moderno, rico de tecnologia e de ciência, perde-se no mar convulsionado das paixões e, semelhante aos antigos nautas, não dispõe de outro recurso senão contemplar as estrelas que o podem guiar ao porto de segurança. 
Todas as soluções sempre vêm do alto: o sol gentil que faculta a vida, a chuva generosa que favorece a vida, o ar que é indispensável à vida e a divina inspiração que conduz a vida.
Não te deixes afligir desnessariamente.
O Mestre anunciou dificuldades e dores e disse que aquele que suportasse o testemunho se embriagaria de plenitude.
Livro – No Rumo da Felicidade - Divaldo P. Franco - Joanna de Ângelis

12.12.13

O Plano Espiritual mais próximo é a matriz da Terra Como os Mentores revelaram a Kardec - está em "O Livro dos Espíritos" -, o Plano Espiritual é preexistente! Sem Plano Espiritual não existe Plano Físico - O Plano Espiritual é mais velho - é no Plano espiritual que o Espírito nasce - Isto está em "A Gênese", capítulo XI : "Desde que um espírito nasce no Plano Espiritual..." Dai, a tese que sustentamos da Reencarnação no Mundo espiritual, sem ganhar corpo no Mundo Espiritual, o espírito não tem como ganhar corpo no Mundo Material! O perispírito em primeiro que o corpo físico!
 

Livro: Na Casa de Meu Pai - Carlos A Baccelli - Inácio Ferreira

11.12.13


INDAGAÇÃO E RESPOSTA

Possivelmente, você também será daqueles companheiros do mundo físico que indagam pela razão dos mentores desencarnados transmitirem tantas mensagens de essência filosófica, mormente baseadas nos ensinamentos do Cristo.
Responderemos que uma pergunta dessas equivale à inquisição que alguém formulasse sobre o motivo de tantas escolas para os que vivem na Terra.
A verdade é que todos os irmãos do Plano Físico, queiram ou não, acreditem ou não acreditem, virão ter conosco, mais hoje ou mais depois de amanhã, e cabe-nos diminuir o trabalho que, porventura, nos venham a impor, ao abordarem o nosso campo de vivência espiritual, já que somos todos uma só família, perante Deus.
Examinem vocês algumas das perguntas que nos são desfechadas, com absoluta sinceridade, por milhares de companheiros assim que se conscientizam quanto à própria desencarnação.
Onde se localiza o Céu dos bem-aventurados.
Onde residem os anjos.
Por que Deus em pessoa não se dispôs a vir recebê-los.
Por que Jesus lhes foge à visão, se viveram orando e confiando no Divino Mestre.
Por que sofreram tanto.
Por que não conseguem conversar imediatamente com os familiares que ficaram a distância.
Por que são convidados a trabalhar se tanto esperaram pelo descanso.
Por que não foram avisados sobre o dia da volta à Verdadeira Vida.
Por que não conseguem alterar os testamentos que deixaram no mundo.
Em que lugar estarão os infernos.
Onde estão encravados os purgatórios.
Como será o repouso que lhes será concedido se não enxergam amigo algum que não seja em trabalho árduo.
Por que as entidades angélicas não lhes dispensam as atenções de que se julgam merecedores.
Para resumir, dir-lhes-ei que, há dias, um amigo nosso, devotado obreiro do Bem na Espiritualidade, foi questionado por um irmão recém-vindo da Terra, dentre aqueles que lhe recebiam diretrizes, sobre o melhor meio pelo qual conseguiria enxergar alguns demônios.
Com o melhor humor, o companheiro apenas respondeu: -- Meu filho, lamento muito, mas não tenho aqui um espelho para nós dois.

Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Endereços da Paz.

10.12.13


PASTO ÀS CÉLULAS

Amigo, você me escreve, pedindo orientação.
Orientação, sinceramente, eu não te posso dar, porque, às vezes, eu não a tenho nem para mim mesmo.
Posso, no entanto, transmitir a você uma palavra amiga.
Você me diz que, constantemente, se vê às voltas com a tentação, e que, por conta disso, se sente muito triste...
Não consegue controlar os seus impulsos sexuais.
Experimenta necessidade do contato mais íntimo com alguém – contato do qual você sempre se retira com grande peso na consciência.
Mal sucedido no casamento, não encontrou mais ninguém a quem pudesse se unir de maneira estável – e, de tão decepcionado, me diz não saber se, realmente, deseja que isto volte a ocorrer.
Traído pela esposa, que foi sua primeira namorada, a solidão afetiva lhe veio fazer companhia – solidão que você procura sufocar nas aventuras desregradas a que passou a se entregar, desde então.
- O que fazer?! – você me pergunta com lágrimas nos olhos.
Ainda relativamente jovem e saudável, afirma não dispor de forças para se recolher a uma vida de renúncia como a que se recolheram homens e mulheres que se santificaram...
Neste sentido, digo-lhe que não sei mensurar a santidade de quem seja.
Na condição de médico psiquiatra, o que eu já tive, e tenho, oportunidade de escutar é muito mais que qualquer sacerdote, em seu ofício há décadas, tenha ouvido em seu confessionário.
Afirma para mim que não possui outros vícios, como fumar e beber, jogar e falar mal da vida alheia...
Parabéns!
Esta questão de se falar mal da vida alheia é um sorvedouro espiritual que tem levado muita gente, que se considera boa, às vizinhanças do Inferno, onde o Capeta, com o seu tridente em forma anzol as fisga como um peixe é fisgado pela boca...
A sua carta, muito bem escrita, me emocionou, e, para respondê-la, tive que orar como poucas vezes o tenho feito, porque, confesso, nunca fui homem de viver de terço na mão.
Sempre acreditei muito mais na prece das boas ações!
Eu não sei se você se dirigiu à pessoa errada – creio que sim, porque não sou o espírito mais indicado para o que você solicita. Por aí, no mundo, através de diversos médiuns, andam muitos espíritos mandando fazer o que eles não fazem – nem eles e muito menos os médiuns de que se valem em suas páginas moralistas!
Conheço médiuns e espíritas que têm uma vida íntima mais escura do que o breu! Mas isto é lá com eles, e não comigo, ou com você.
A única coisa que lhe posso pedir – trata-se de um pedido, e não de orientação – é que você procure não se entregar de corpo e alma á tentação.
Entregue apenas seu corpo, e isente a sua alma, porque, em verdade, para dar pasto às células, você não precisa pastar com elas!...
No mais, meu amigo, é isto ai.
Continuemos a esperar que Jesus Cristo, pouse a sua abençoada mão em nossa fronte e mude a natureza de nossos pensamentos, qual, um dia, Ele o fez com Paulo de Tarso e Maria de Magdala, tanto um quanto outro, pecadores confessos como eu e você.
Muito obrigado pelos seus elogios, porque, com eles, você acabou de transformar a minha consciência numa verdadeira fornalha...
Com o meu abraço fraterno –
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 9 de Dezembro de 2013.

9.12.13


Vinde, Mandela!

Que dizer de Nelson Mandela?
Fui seu amigo, mesmo à distância. O bispo Tutu sempre me dava notícias dele, do seu trabalho redentor na África do Sul. Contemplava-me de esperança em dizer todas as ações de fé e coragem deste grande líder que a humanidade perdeu, ou melhor, que assistiu sua ação redentora e agora vem para o lado dos vivos fora da carne.
Mandela é exemplo para todos nós. Sua perseverança numa causa o fez maior. Foi ele que descobriu o caminho mais tortuoso de servir ao seu povo, quando optou pelas armas, mas foi ele também que percebeu seu equívoco e viu na paz, na união do seu povo, o grande caminho para a redenção total. Não haveria progresso da sua África do Sul se não houvesse união e paz de sua gente. Foi assim que ele criou a nova nação sul- africana.
Há muito o que se aprender com Nelson Mandela, o eterno Madiba.
Primeiramente, o zelo por uma causa é que justifica a existência de um homem. Ele elegeu a libertação da África do domínio de uns, que se achavam superiores a outros, como razão de sua própria vida. Ele não admitia a apartação de seu povo e lutou com gana até conseguir que este ato desumano deixasse de existir. Valeu-lhe para isso o próprio isolamento por mais de duas décadas na prisão. Foi lá, atrás das grades, suprimida a sua liberdade, que refletiu sobre o caminho redentor da paz para a libertação do preconceito e abominação das injustiças sociais.
Outra característica deste grande líder da África do Sul é o zelo ético. Quando se tomou conta da grandiosidade da sua obra, ele modificou completamente a sua atitude. Um líder tem que dar exemplo em tudo. Não podia tergiversar. Não podia ceder a pressões menores. Ou era correto, ou sua causa estaria à deriva. Optou pela retidão, pela coerência, pelo bem da coletividade. Não titubeou diante das pressões de desvio da ética e da verdade.
Outra característica marcante em sua trajetória redentora foi o amor ao seu povo. Como é nítida a sua devoção ao seu querido povo. E quando assim expresso não era apenas aos seus irmãos negros. Mandela percebeu na cadeia que se queria, de fato, a união e o progresso de seu País deveria unir todos, brancos e negros, pobres e ricos. Assim, passou a amar e respeitar a todos. Não haveria sucesso em sua empreitada se apenas alguns fossem respeitados e outros não. Seria uma vitória parcial de sua causa.
A fé, sem dúvida, o fez caminhar até onde chegou. Quando uma causa que abraçamos é verdadeira, ela é compatível com a realidade maior, está focada no bem, teremos a certeza inabalável que ela se tornará plena. Assim pensou, assim agiu. E foi esta convicção profunda que arrastou multidões que aderiram a sua visão de mundo.
Meu caro Mandela, seja bem-vindo ao mundo dos espíritos, o mundo dos vivos, pois aqui se continua a luta pela evolução planetária. Junte-se a nós, pois, aprendemos aqui, que a luta não cessa jamais. Muda-se apenas o jeito de caminhar, mas a caminhada continua sendo a mesma.
Vinde, Mandela!
Estaremos juntos para ajudar a quebrar de vez com os preconceitos que separam irmãos.
Vinde, Mandela!
Para juntos estabelecermos o bem entre todos os homens e a busca da prosperidade e da paz.
Vinde, Mandela!
A humanidade pede-nos ação contínua no bem e serviço incansável com o Nosso Senhor Jesus Cristo.
O teu trabalho inspirou e continuará a inspirar milhões de irmãos. Tua vida, tua luta. Tua luta, tua vitória. Tua vitória, tua redenção.
Bem-vindo ao novo campo de lutas, querido Madiba.
Deus te abençoe!
Helder Camara

8.12.13

INDAGAÇÃO E RESPOSTA

Possivelmente, você também será daqueles companheiros do mundo físico que indagam pela razão dos mentores desencarnados transmitirem tantas mensagens de essência filosófica, mormente baseadas nos ensinamentos do Cristo.
Responderemos que uma pergunta dessas equivale à inquisição que alguém formulasse sobre o motivo de tantas escolas para os que vivem na Terra.
A verdade é que todos os irmãos do Plano Físico, queiram ou não, acreditem ou não acreditem, virão ter conosco, mais hoje ou mais depois de amanhã, e cabe-nos diminuir o trabalho que, porventura, nos venham a impor, ao abordarem o nosso campo de vivência espiritual, já que somos todos uma só família, perante Deus.
Examinem vocês algumas das perguntas que nos são desfechadas, com absoluta sinceridade, por milhares de companheiros assim que se conscientizam quanto à própria desencarnação.
Onde se localiza o Céu dos bem-aventurados.
Onde residem os anjos.
Por que Deus em pessoa não se dispôs a vir recebê-los.
Por que Jesus lhes foge à visão, se viveram orando e confiando no Divino Mestre.
Por que sofreram tanto.
Por que não conseguem conversar imediatamente com os familiares que ficaram a distância.
Por que são convidados a trabalhar se tanto esperaram pelo descanso.
Por que não foram avisados sobre o dia da volta à Verdadeira Vida.
Por que não conseguem alterar os testamentos que deixaram no mundo.
Em que lugar estarão os infernos.
Onde estão encravados os purgatórios.
Como será o repouso que lhes será concedido se não enxergam amigo algum que não seja em trabalho árduo.
Por que as entidades angélicas não lhes dispensam as atenções de que se julgam merecedores.
Para resumir, dir-lhes-ei que, há dias, um amigo nosso, devotado obreiro do Bem na Espiritualidade, foi questionado por um irmão recém-vindo da Terra, dentre aqueles que lhe recebiam diretrizes, sobre o melhor meio pelo qual conseguiria enxergar alguns demônios.
Com o melhor humor, o companheiro apenas respondeu: -- Meu filho, lamento muito, mas não tenho aqui um espelho para nós dois.

Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Endereços da Paz.

7.12.13

PRESÉPIO NO “PEDRO E PAULO”

Esta casa é a estrebaria,
Este chão é a manjedoura,
Onde ao redor de Jesus
A luz se reflete e doura...

Aqui, por sob as estrelas,
Em cânticos de alegria,
Que os anjos Do Céu entoam,
Jesus nasce todo dia.

É um verdadeiro presépio
De celestes resplendores,
No qual os caravaneiros
São os humildes pastores...

Aquelas que aqui residem,
As nossas irmãs velhinhas,
Em torno ao Divino Infante,
São pequenas ovelhinhas...

O incenso, o ouro e a mirra,
Transformados em presente,
São as cestas de alimentos
Que socorrem tanta gente.

Feliz Natal, meus irmãos...
Que este presépio de amor,
Possa estar no mundo inteiro
Sempre louvando ao Senhor!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 30 de novembro de 2013, em Uberaba – MG).

6.12.13

Manifestações de um polêmico
Brincar com Jesus

Sugiro um acompanhamento bem racional deste artigo:
Quando você brinca com um filho seu, um irmão, um parente ou amigo qualquer ou até mesmo com um pai, mãe, avó ou avô, estará, pelo fato de brincar, faltando com respeito a essa pessoa?
Você fica feliz quando recebe, em sua casa, a visita daquele amigo bem humorado, brincalhão, que adora sair espalhando alegria pra todo mundo e até fazendo todo mundo rir?
Pode ser considerada equilibrada e boa do juízo uma pessoa que vive o tempo todo com a cara fechada e se aborrece quando alguém chega feliz, alegre e sorrindo na sua casa?
Tem sentido alguém considerar a alegria, a felicidade, o bom humor e o sorriso como falta de respeito ou estado de imoralidade?
Creio que você, como toda pessoa equilibrada, vai me dizer que adora conviver com pessoas felizes, que adora ambiente feliz em sua casa, no trabalho e em todo lugar por onde vai e que não vai se enquadrar no universo das pessoas carrancudas, baixo astral e mal humoradas.
Pois bem.
Se nós gostamos da alegria e da felicidade, tem sentido alguém achar que Jesus não gostaria?
Como você acha que era Jesus na sua convivência diária com aqueles doze amigos que ele juntou?
Sinceramente, você acha que ele passava o dia inteiro falando por parábolas, sério, pronunciando aquelas coisas que nos acostumamos a ler nos relatos do Evangelho e utilizando termos do tipo “dar-se-vos-a”, “abrir-se-vos-á” e outras expressões complicadas que quase ninguém entende?
Acha que, na cabeça dele, ser um Ser elevado espiritualmente, significa necessariamente TER que falar complicado, gramaticalmente correto e utilizando-se de vocabulário não acessível à maior parte das pessoas?
Este é o meu questionamento desta matéria.
Por que muitas pessoas fazem tanta questão de retirar todas as características humanas de Jesus, emprestando-lhe comportamento absolutamente distante do homem, inclusive dos homens de grande valor moral? 
Por que não se pode brincar com Jesus? É possível alguém de bom senso imaginar que ele não brincasse com os apóstolos, com os samaritanos e com todo aquele povo com o qual conviveu no seu tempo?
Algum, em sanidade normal, pode concebê-lo recebendo aquelas criancinhas, com certeza algumas pulando nele e sentando em seu coloco, sem dar um sorriso e sem esboçar alegria nenhuma?
Um dia a Globo mostrou um filme, sobre a vida dele, mas em um tipo de produção totalmente diferente das famosas “Vida de Cristo”, que nós nos acostumamos a ver na Semana Santa, que nada mais eram que apologias ao sofrimento. Neste filme, em determinado momento que eles foram a um tanque beber água, ele deu um tapa na água que espirrou na cara dos apóstolos, que saíram correndo atrás dele, para pegá-lo, todo mundo morrendo de rir, inclusive ele, que se escondeu num mato, e todos ficaram tentando descobrir onde ele se meteu.
Alguém, com juízo em equilíbrio, poderia identificar algum ato de imoralidade em comportamentos assim?
É lógico e é óbvio que Jesus era um homem como outro qualquer, só que possuidor de uma característica moral a espiritual muito além do homem comum. 
E pra ter característica moral e espiritual precisa, necessariamente, ter cara fechada e viver o tempo todo parecendo que comeu azedo?
A religião que, a meu ver, deve ser muito questionada na sua utilidade para as pessoas, implantou na criatura humana uma conceituação muito estúpida e até ridícula do que seja moralidade e espiritualidade. 
A igreja católica, por exemplo, é mestra em fazer apologia ao sofrimento.
Reparem: O principal evento dela, repetido diariamente, em todos os lugares do mundo, que é a “Santa Missa”, significa o quê?
Rememoração do SOFRIMENTO de Jesus! Relembrar a desgraça que fizeram com ele, inclusive dando ênfase ao seu SANGUE DERRAMADO.
Entrem numa igreja e preste bem atenção nos quadros que estão colocados nas paredes ou nas colunas: A via sacra!!!! A seqüência de tortura a que ele foi submetido, do Sinédrio ao Calvário.
Pra que isto, pelo amor de Deus?
O que dizem os católicos e evangélicos: Que o seu SANGUE foi derramado, para nos salvar.
Muitos chegam a dizer: Sangue de Jesus tem poder!!!!
Ora, se sangue de Jesus tem poder, suor de Jesus também tem, cuspe de Jesus tem e até urina de Jesus poderia ter poder. Por que não?
Será que o mais correto não seria o entendimento que o ensinamento de Jesus tem poder? Viver conforme Jesus nos recomendou tem poder? 
Certa vez eu fui fazer palestra num determinado centro espírita, que começaria as oito da noite. Fazia um frio daqueles.
Ao chegar lá, como acontece na maioria, aquele silêncio, as pessoas entrando devagarinho, se sentando devagarinho, aquela placa na parede escrito “O Silêncio é uma Prece”, e todo aquele ambiente que todo mundo conhece na maioria dos centros espíritas.
Já que eu era o palestrante da noite, me chamaram, baixinho, com uns cinco minutos de antecedência, para sentar-me à mesa, ao lado do Seu Fulano, que era o presidente da casa e dirigente do trabalho da noite.
Todo mundo naquele silêncio e naquele entendimento que teriam que ficar bem concentrado para HARMONIZAR O AMBIENTE, a fim de começar o trabalho exatamente às 20:00h, levando bem em consideração o detalhe do ZERO ZERO, da hora, pra ser bem pontual, em nome da disciplina da casa.
Seu Fulano ficava olhando o tempo todo para um relógio grande que ficava na parede do fundo do salão e conferia no que ele trazia no pulso, para ver se já eram vinte horas EM PONTO.
Percebi logo um certo conflito, ao olhar de lado e ver que o relógio dele estava um minuto atrasado em relação ao da parede do centro.
E agora, qual é o que tá certo, o meu ou o do centro? Ô meu Deus, será que eu não vou criar um problema com o mentor da casa, se começar pelo relógio errado? 
Claro que ele não disse isto, mas a formalidade na casa espírita é tão inconseqüente que não duvido de ter pensado assim. (Veja item 333 de O Livro dos Médiuns). 
Pronto, deu oito horas!!!! Em ponto. No relógio do centro.
“Que a Paz de Jesus seja com todos, meus irmãos”.
Fez o ritual de abertura, leitura, avisos, prece inicial, apresentou o palestrante da noite e me passou a palavra.
O detalhe, que eu já observava, é que muita gente na platéia, principalmente pessoas mais idosas, já estavam dormindo mesmo antes das oito. Várias pessoas.
Aí comecei a pensar comigo mesmo:
Que diabo que eu vou fazer pra acordar esse povo? Começar falando alto não é bom, porque pode assustar. Ah, já sei!
Comecei, então a minha palestra:
Boa noite a todos. Na noite de hoje quero falar para vocês sobre coisas da vida de Jesus, que não constam nos Evangelhos.
Conforme todos sabem, ninguém sabe o que Jesus fez dos 12 aos 30 anos, porque não tem registro no Evangelho; mas eu sei.
Jesus, aos 24 anos, foi goleiro da seleção de Cafarnaum. Fazia defesas milagrosas.
Poucos sabem o que ele foi fazer na casa de Zaqueu, porque só relatam a visita. Eles já se conheciam há muito tempo, porque Zaqueu também jogava no mesmo time, era zagueiro, embora muito baixinho. Era também agiota, emprestava dinheiro a juros. Certa ocasião, Jesus precisou comprar uma Kombi, mas não tinha dinheiro, porque só vivia duro. Pediu emprestado para Zaqueu, que o cobrou quinze por cento ao mês, e foi aí que o Mestre foi lá tomar satisfações, pelo exagero.
Foi um Deus nos acuda. Consegui acordar toda a platéia bonitinho, inclusive as velhas e os velhos ficaram de olhos bem arregalados, escutando aquilo, assustados. Ninguém dormia mais.  
Detalhe: A Kombi de Jesus não seria modelo novo, seria desses antigos, como a foto aí ao lado. Naquele tempo não havia sido lançada a nova, ainda.
Cheguei a perguntar:
Vocês sabem porquê as freiras gostam tanto de Kombi? Por causa disto. Toda freira adora Kombi.
Nessas alturas, o Seu Fulano já estava nervoso. Coçava a careca, olhava para mim, olhava para o público por cima dos óculos... tava num desespero de dar pena.
Quando eu senti que ele iria me dar uma porrada nas costelas eu parei com a brincadeira:
É brincadeira, gente, é brincadeiraaaaaa. Eu queria era só acordar vocês, porque tava todo mundo dormindo aqui. Vamos, então, começar a palestra mesmo, falando sério.
O velho deu uma respirada forte, aliviado, daquelas que quase assovia. Mas me olhou com uma cara de reprovação total.
Conduzi a palestra normalmente, com todo mundo acordado, obviamente, e levei até o final.
Ele me chamou no canto, me deu uma boa esculhambação e recomendou que eu não fizesse mais aquilo, porque ninguém deve brincar com Jesus.
Determinou que ninguém, nunca mais, me convidasse para fazer palestra ali.

Conclusão
Na cabeça de muita gente, seriedade é sinônimo de cara fechada, semblante sizudo, ausência de sorriso, de alegria e de bom humor. A famosa plaquinha do tal “O Silêncio é uma prece” é uma demonstração de que TEMOS que ficar em silêncio, no ambiente do centro espírita, ou, no máximo, falarmos baixo, posto que falar em tom normal é concebido como desrespeito.
Quando a orientação de um casa espírita determina que não se deve aplaudir ninguém que se apresente por lá, principalmente palestrantes, é sinal de que os seus dirigentes ainda são movidos por esse equívoco de repúdio à alegria, já que o ambiente tem que ser parecido com o da “santa missa”, onde o que prevalece é o sofrimento e o sacrifício.
Aplaudir alguém significa que a platéia está dizendo que gostou, que ficou alegre, feliz e agradecida pelo que o expositor acabou de dizer. Mas já que alegria ali não é coisa permitida, prevalece a indiferença e a frieza dos corações.
Com certeza entenderam Jesus de forma totalmente equivocada. O Maior Ser que Deus já mandou para a Terra, exatamente para proclamar a Boa Nova, a alegria, o caminho para a felicidade e a Paz, foi entendido como um ser que veio fazer apologia ao sofrimento, como condição “sine qua non” para a evolução do ser.
Desvincular Jesus da alegria é uma das maiores incoerências que a religião ensina para as pessoas; o pior, é que muita gente entende que isto faz sentido.
Não tem sentido alguém achar que Jesus não gosta de alegria e não gosta que as pessoas se dirijam a ele, bem humoradas, alegres, felizes e até brincando. Ele é o símbolo maior da felicidade e toda pessoa feliz, naturalmente, traduz essa alegria em sorriso.
Portanto, afastemos o conceito maluco de que a cara fechada, sizuda, supostamente séria seja sinônimo de respeito à Jesus, é sinal de hipocrisia, o mal que ele mais condenou.    
Abração.
Alamar Régis Carvalho