30.4.23

As Armas da Paz

Toda guerra é uma declaração humana da sua incompetência de dirimir conflitos pelo mecanismo do diálogo e da paz.
Toda guerra gera frutos indesejáveis.
São mortes.
São arbitrariedades.
São violências inapeláveis.
Não há explicação racional para a guerra. Tenta-se sempre encontrar uma, mas, no fundo, ela é vazia.
O que esperamos é que toda guerra passe, que se acabe logo com todo o terror que ela traz, mas é preciso aproveitar este momento terrível para que esta guerra não se repita mais.
Eu não sei, sinceramente não sei, se os homens têm aprendido sobre o terror da guerra.
Sinceramente, creio que não! Porque se houvesse apreendido, não a faria mais.
O homem, porém, ainda é bastante imperfeito e aceita justificativas injustificadas para promover a guerra.
Vejamos a última de plantão.
A Rússia invadiu a Ucrânia. Estes são os fatos.
Não houve, por parte da Ucrânia, um ataque objetivo.
Não houve por parte da Rússia uma tentativa clara de negociação antes de atacar. E mesmo depois, não se sentou para conversar.
As vidas parece que não valem absolutamente nada.
A destruição de prédios e cidades são ignoradas.
As injustiças campeiam em nome de uma verdade fictícia.
As nações se reorganizam para tentar cessar a guerra. E como fazem isso? Fazendo mais guerra.
Há sempre injustiças na guerra. A única guerra justa é pela paz e a paz não se faz mediante guerra.
A guerra é uma imposição violenta da vontade alheia.
- Mas dom Hélder, não há guerras por motivos justos? Não há guerras contra opressores? Não há guerra contra ditadores?
Sim, claro que há! Mas foram pensadas e debatidas as raízes profundas da guerra?
O fato é que os homens, de maneira geral, ainda querem viver para dominar outros homens.
O poder acima de tudo.
A vontade de uns acima das outras.
Enquanto assim pensarmos e agirmos, não haverá paz.
A paz é a arte do diálogo.
A paz é a ciência do entendimento mútuo.
A paz é a aplicação, na sua mais absoluta concepção, do exercício da fraternidade e do amor.
Portanto, quando existe guerra, de algum modo é uma declaração viva de que não existem diálogo, entendimento mútuo, fraternidade e tampouco amor.
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia não levará a lugar algum a não ser a morte de civis.
Baixar a bola!
Sentar-se à mesa!
Despir-se de subterfúgios!
E, sobretudo, querer de verdade a paz, são elementos fundamentais para apaziguar ânimos e calar as armas.
Enquanto, porém, a força do domínio de pessoas contra pessoas predominar na relação terrena, haverá conflito e, por conseguinte, guerra - o seu estágio mais crítico.
Jesus foi um pacificador por excelência.
Lógico, que não ficava de braços cruzados, nem de boca fechada diante das injustiças da sua época. Sua tática, no entanto, era a de demonstrar a incoerência dos dominadores e justificar a sua ação pacificadora na elucidação da verdade, deixando os dominadores sem argumentos, mas nunca empunhando armas.
Lembro-me bem quando se imaginava prender a Jesus e Pedro ensaiou a defesa com armas, o Mestre da paz foi enfático em não revidar da mesma maneira as injustiças e agressividades que a ele eram dirigidas.
Preferiu sofrer a fazer alguém sofrer.
Preferiu morrer a deixar que alguém morresse.
Preferiu deixar a mensagem da paz no seu testemunho de vida a ser conhecido como um incoerente.
Martin Luther King, no meu tempo.
Um pouco mais atrás, Gandhi.
E tantos outros heróis anônimos defenderam suas propostas e propósitos através da palavra forte e segura, mas jamais com armas.
A arma do pacificador é a não violência e o confronto com a verdade. Porque acreditam, firmemente, que somente a verdade pode aplacar as guerras.
Um pacificador jamais é um sujeito passivo.
Um pacificador luta com a verdade.
Um pacificador usa a violência dos pacíficos.
Conhecer a verdade.
Mostrar a verdade.
Denunciar na verdade.
Eis o caminho da justiça e da paz, porque contra a verdade somente um gesto de violência e agressividade.
Bem-aventurados os pacificadores!
Os mansos que herdarão a Terra.
Façamos da verdade o nosso escudo maior contra qualquer tipo de violência.
Façamos da nossa coragem o gesto mais eloquente contra qualquer manifestação de agressividade.
Sejamos soldados da paz!
Tenhamos a fé e a coragem dos que acreditam na promessa santa de Jesus e façamos, no que couber, a nossa parte.
Jesus em nossas vidas!

Helder Camara - Blog Novas Utpoias 

29.4.23

Nem todos os que dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus.

Todos os que reconhecem a missão de Jesus dizem: Senhor! Senhor!
— Mas, de que serve lhe chamarem Mestre ou Senhor, se não lhe seguem os preceitos?
Serão cristãos os que o honram com exteriores atos de devoção e, ao mesmo tempo, sacrificam ao orgulho, ao egoísmo, à cupidez e a todas as suas paixões?
Serão seus discípulos os que passam os dias em oração e não se mostram nem melhores, nem mais caridosos, nem mais indulgentes para com seus semelhantes?
Não, porquanto, do mesmo modo que os fariseus, eles têm a prece nos lábios e não no coração.
Pela forma poderão impor-se aos homens; não, porém, a Deus.
Em vão dirão eles a Jesus: “Senhor! não profetizamos, isto é, não ensinamos em teu nome; não expulsamos em teu nome os demônios; não comemos e bebemos contigo?”
Ele lhes responderá: “Não sei quem sois; afastai-vos de mim, vós que cometeis iniquidades, vós que desmentis com os atos o que dizeis com os lábios, que caluniais o vosso próximo, que espoliais as viúvas e cometeis adultério.
Afastai-vos de mim, vós cujo coração destila ódio e fel, que derramais o sangue dos vossos irmãos em meu nome, que fazeis corram lágrimas, em vez de secá-las.
Para vós, haverá prantos e ranger de dentes, porquanto o reino de Deus é para os que são brandos, humildes e caridosos.
Não espereis dobrar a justiça do Senhor pela multiplicidade das vossas palavras e das vossas genuflexões.
O caminho único que vos está aberto, para achardes graça perante ele, é o da prática sincera da lei de amor e de caridade.”
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec

28.4.23

ONDE ESTÃO VOCÊS?!

  Os espíritas, em face do progresso vertiginoso da Ciência, carecem de mais bem se preparar para os desafios do futuro, que, a cada dia, em caudal ininterrupto, continua chegando.
  Se o Espiritismo deseja manter a sua atualidade, ele necessita prosseguir dialogando, sem preconceitos, com todas as áreas do Conhecimento humano.
  A Doutrina, temo-lo dito sempre, não é obra acabada - ela não significou, quanto não significa, mais do que pequena abertura para a Grande Verdade, à qual, o homem haverá de ter gradativo acesso.
  Aqui, no Plano Espiritual, nós, os adeptos desencarnados da Terceira Revelação, com o intuito de lhe ampliar os conceitos, continuamos estudando e, sorrateiramente, como Prometeu, tentando escalar o Monte Olimpo, no tentame de roubar o fogo dos deuses para dá-lo aos mortais...
  Não existem fronteiras ao pensamento.
  Após o período da Codificação, com Kardec, e as obras notáveis da lavra de León Denis, Gabriel Delanne, Camille Flammarion, e outros, bem como o admirável trabalho mediúnico levado a efeito por Chico Xavier, têm-se a impressão que a Doutrina entrou numa espécie de marasmo filosófico.
  Explicamo-nos. Muitas inteligências brilhantes, atualmente corporificadas na Terra, militando dentro do Movimento Espírita, têm se revelado excessivamente tímidas na exposição de seus pensamentos - muitas, inclusive, com injustificável receio de crítica, se retraem, entregando-se à enfadonha repetição daquilo que já foi dito.
  Poucos são os médiuns que verdadeiramente estudam, a exigir de nós, os desencarnados que com eles entramos em contato, que lhes descortinemos novos rumos ao próprio aprendizado.
  Raros, por sua vez, os estudiosos encarnados, com suficiente independência de ideias para desgarrarem-se da ortodoxia vigente, que vela por uma suposta pureza doutrinária, e se atirarem ao campo da pesquisa livre de dogmas.
  Tenho a sincera opinião - e aqui nada de pessoal contra quem quer que seja - que o chamado Movimento de Unificação vem sendo um entrave ao maior avanço da Doutrina, provocando sim o seu engessamento, através da uniformização que deseja na ânsia de polarização do poder.
  Em termos de comando, um Espiritismo acéfalo, seria melhor que um Espiritismo bucéfalo, como, infelizmente, ele vem mostrando pelas suas supostas lideranças.
  Talvez, a esta altura de nossas ponderações, muitos estejam se perguntando: - Por que, no entanto, o Mundo Espiritual não provoca uma mudança radical no rumo das coisas?...
  A resposta é simples. Para tanto, carecemos de intermediários, e onde estão aqueles com suficiente coragem para permitir que a nossa voz ecoe pelos seus lábios?!
  Onde estão os que já se desabituaram de dizer "amém" a tudo e a todos, com necessário discernimento e imprescindível responsabilidade para se aliarem aos mortos, e que já se encontram fartos de tanta mentira e tanta bandalheira em nome da religião?!
  Se o Espiritismo não existir para fazer a diferença é melhor que o mundo continue com a sua indiferença para com ele.
  E você, meu caro internauta, está sendo chamando a fazer a diferença entre os espíritas que, por conta de um cargo qualquer à frente de uma Federação ou de uma Entidade unificacionista, são capazes de vender a alma!...

INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet

27.4.23

DIANTE DA MORTE

Diante da morte, o fim não te rebele,
Que a morte é porta aberta para a Vida,
Caminho para mística subida,
No qual a Lei da Evolução te impele.

O ato de morrer, no que desvele,
Apenas mostra que, ao final da lida,
O ponto de chegada é o de partida,
Em que a Vida mais plena se revele...

Não receies, assim, a própria morte,
Que deves enfrentar sereno e forte,
De alma tranquila e coração contrito...

Porque se a morte te parece o nada,
É só o começo de uma nova estrada
Que te conduz às plagas do Infinito!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita "Pedro e Paulo", na manhã de sábado do dia 13 de abril de 2013, em Uberaba - MG).  

26.4.23

INUTILIDADE DA EXISTÊNCIA

Comentários Questão 680 do Livro dos Espíritos
 
Inutilidade; não existe esta palavra no dicionário divino. Ninguém é inútil para trabalhar; alguém pode não fazer o serviço que desejava realizar, no entanto, como o trabalho se estende em ramificações diversas, as lides são muitas e pode escolher aquela que as suas forças têm a capacidade de realizar.
O homem inteligente, principalmente o espiritualista, sabe disso, e ainda que esteja preso a um leito, pode usar a palavra em auxílio dos que vêm visitá-lo e que, às vezes, estão carregados de problemas e com as suas mentes tisnadas de infortúnios.
Muitos dos visitantes aos enfermos são mais doentes espiritualmente, entretanto, conhecendo o valor da caridade, aliviam-se com esse gesto de amor. Quantos companheiros que, visitando enfermos, saem mais beneficiados! Quando não se pode falar, os olhos são mensagens para os que entendem e sentem o amor. A própria tolerância, quando o doente não reclama, um gesto de alegria, tudo isso são trabalhos de alta profundidade para os que sofrem.
A condenação da consciência é para aquele que voluntariamente deseja ficar parado e não presta serviço, mesmo estando são. Todavia, ninguém poderá ficar muito tempo nesse estado, e com o passar do tempo, procura fazer alguma coisa, sendo que o melhor é o bem. Não se mede o bem por volume de ofertas, mas sim, pelos sentimentos que move o companheiro nesse exercício.
Lembremo-nos da oferta da viúva, colocando no gazofilácio duas pequenas moedas, tudo o que ela tinha, enquanto muitos ricos faziam tilintar o aparelho, vaidosos na satisfação de ostentar. Deus julga pelos sentimentos e não pela quantidade que é doada. Às vezes, um simples sorriso vale mais que grande oferta material, mas se se pode dar os dois, muito melhor.
Não nos esqueçamos que o amor pode irradiar-se em tudo o que ofertamos, quando este gesto de fraternidade é acompanhado do carinho. Façamos a caridade que o coração indicar; se desejamos aperfeiçoar nossos sentimentos e não pararmos de buscar a Deus, tudo virá ao nosso encontro, como o Senhor o quer, para a nossa felicidade e a glória do bem.
Desejamos que cada um seja útil, conforme o seu dom de servir: aquilo que pensa, que procure fazer com amor; quando falar, que não saia dessa linha; se escrever,que se lembre sempre da vida de Jesus, nos conceitos que expressa no papel. Façamos da nossa vida uma vida de amor, que ele nos salvará de todos os males, por ter o condão de harmonizar a nossa mente e o nosso coração.
Se ninguém é inútil na vida, o que fazemos da nossa? Pensemos em Deus e trabalhemos para a paz de todos; pensemos em Jesus e amemos a todos como a nós mesmos, que o nosso mundo exterior se transformará em paraíso de luz, por esplendermos o Cristo interno, que pode nascer em nosso coração de filhos de Deus.
Sede mutuamente hospitaleiros, sem murmuração, (l Pedro, 4:9)
Vejamos uma utilidade, quando o apóstolo nos convida a trabalhar; não exige nem mesmo esforço físico, mas somente que sejamos hospitaleiros, mas, ele acrescenta: sem murmuração. Esse é um trabalho maravilhoso para a alma, ajudar sem desejar que os outros saibam dessa caridade.
Devemos procurar sempre mais oportunidades de servir sem murmuração, que a resposta de Deus virá ao nosso encontro, por acréscimo de misericórdia. O trabalho honesto é a luz da vida.
Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

25.4.23

A AMIZADE REAL

Um grande senhor que soubera amontoar sabedoria, além de riqueza, auxiliava diversos amigos pobres, na manutenção do bom ânimo, na luta pela vida.
Sentindo-se mais velho, chamou o filho à cooperação. O rapaz deveria aprender com ele a distribuir gentilezas e bens.
Para começar, enviou-o à residência de um companheiro de muitos anos, ao qual destinava trezentos cruzeiros mensais.
O jovem seguiu-lhe as instruções.
Viajou seis quilômetros e encontrou a casa indicada. Contrariando-lhe a expectativa, porém, não encontrou um pardieiro em ruínas. O domicílio, apesar de modesto, mostrava encanto e conforto. Flores perfumavam o ambiente e alvo linho vestia os móveis com beleza e decência.
O beneficiário de seu pai cumprimentou-o, com alegria efusiva, e, depois de inteligente palestra, mandou trazer o café num serviço agradável e distinto. Apresentou-lhe familiares e amigos que se envolviam, felizes, num halo enorme de saúde e contentamento.
Reparando a tranqüilidade e a fartura, ali reinantes, o portador regressou ao lar, sem entregar a dádiva.
- Para quê? – confabulava consigo mesmo – aquele homem não era pedinte. Não parecia guardar problemas que merecesse compaixão e caridade. Certo, o genitor se enganara.
De volta, explicou ao velho pai, particularizadamente, quanto vira, restituindo-lhe a importância de que fora emissário.
O ancião, contudo, após ouvi-lo calmamente, retirou mais dinheiro da bolsa, dobrou a quantia e considerou:
- Fizeste bem, tornando até aqui. Ignorava que o nosso amigo estivesse sob mais amplos compromissos. Volta à residência dele e, ao invés de trezentos, entrega-lhe seiscentos cruzeiros, mensalmente em meu nome, de ora em diante. A sua nova situação reclama recursos duplicados.
- Mas meu pai – acentuou o moço -, não se trata de pessoa em posição miserável. Ao que suponho, o lar dele possui tanto conforto, quanto o nosso.
- Folgo bastante com a notícia – exclamou o velho.
E, imprimindo terna censura à voz conselheiral, acrescentou:
- Meu filho, se não é lícito dar remédio aos sãos e esmolas aos que não precisam delas, semelhante regra não se aplica aos companheiros que Deus nos confiou. Quem socorre o amigo, apenas nos dias de extremo infortúnio, pode exercer a piedade que humilha ao invés do amor que santifica. Quem espera o dia do sofrimento para prestar o favor, muita vez não encontrará senão silêncio e morte, perdendo a melhor oportunidade de ser útil. Não devemos exigir que o irmão de jornada se converta em mendigo, a fim de parecermos superiores a ele, em todas as circunstâncias. Tal atitude de nossa parte representaria crueldade e dureza. Estendamos-lhe nossas mãos e façamo-lo subir até nós, para que nosso concurso não seja orgulho vão. Toda gente no mundo pode consolar a miséria e partilhar as aflições, mas raros aprendem a acentuar a alegria dos entes amados, multiplicando-a para eles, sem egoísmo e sem inveja no coração. O amigo verdadeiro, porém, sabe fazer isto. Volta, pois, e atende ao meu conselho para que nossa afeição constitua sementeira de amor par a eternidade. Nunca desejei improvisar necessitados, em torno de nossa porta e, sim, criar companheiros para sempre.
Foi então que o rapaz, envolvido na sabedoria paterna, cumpriu quanto lhe fora determinado, compreendendo a sublime lição de amizade real.

Alvorada Cristã - Francisco C. Xavier - Espírito Neio Lúcio.

24.4.23

Segue adiante

 Não escolheste esse caminho. Foste convocado pelo Senhor para trabalhares na Sua seara.
 Mantem júbilo íntimo ante a situação, porque Ele te convidou, qual o fez conosco, afim de nos conceder probidade
e harmonia.
 Põe o teu ideal acima das situações penosas e, avançando, segue conosco.
 Em situação alguma te deixaremos a sós. Tem certeza que te envolvemos em paz e carinho.
 Se as circunstâncias não são menos doridas, é porque se te fazem necessárias assim mesmo, sem o que não evoluirias.
 Segue, pois, adiante, sem amarras com a retaguarda, sem aflições pelo dia de amanhã, realizando o melhor em cada momento, que é o definidor dos teus atos morais.
 Rejubila-te!
 Passará, logo mais, a grande noite carnal e uma madrugada de Sol perene te espera conosco.
 Segue adiante, sem desânimo das paixões dissolventes e do egoísmo infeliz.

Livro: No Rumo da Felicidade - Divaldo P. Franco - Joanna de Ângelis 

23.4.23

Caracol

Não raro, quando penso na evolução do espírito, através das vidas que se sucedem, a imagem que me vem à cabeça é a de um caracol, desse molusco gastrópode, que, ao que me parece, com grande esforço carrega às costas a sua casa de morada...
A velocidade que o caracol, que pertence à família das lesmas, desenvolve, creio, é semelhante, a de muitos espíritos, e vice-versa, na trajetória que, por ação da Lei Divina, vai cumprindo para a Luz.
Espero que os nossos irmãos e irmãs não imaginem que eu esteja a me excluir da estranha comparação, porquanto estou consciente do rastro gosmento que, por onde passo, vou deixando pelo chão...
Allan Kardec, em comentário de “O Livro dos Espíritos”, inserido no Capítulo IV, escreveu com a sabedoria que sempre lhe foi e é peculiar: “... da mesma maneira que, na vida humana, há dias infrutíferos, na do espírito há existências corpóreas sem proveito, porque ele não soube conduzi-las.”
A lentidão do espírito em seu aprendizado chega quase a ser um libelo prático contra a eficácia da reencarnação, porque é de se questionar o valor que, para ele, possa ter tido tantas existências pregressas que não resultaram, ou resultaram o mínimo do mínimo, principalmente em moralidade...
Sim, o avanço intelectual é inquestionável, mas, em termos, por exemplo, de transcendência espiritual, o que o espírito, de maneira geral, vem acrescentando a si em suas diversas vivências no corpo, posto que, na atualidade, certo materialismo parece dominar os interesses do homem na Terra?!...
Espíritos existem, nos quase oito bilhões de habitantes da Crosta, que parecem estar pela vez primeira pisando sobre ela, porque, de fato, era para que não mais se assemelhassem tanto à figueira estéril, que Jesus ordenou que secasse até à raiz...
Pode-se concluir, sem maiores dificuldades, que a solidariedade entre os diversos mundos é maior do que se pensa, porque não é possível que a Humanidade terrestre, repetimos, em seus quase oito bilhões, ao longo de tantos séculos de idas e vindas, possa ter aprendido tão pouco em termos de sentimento.
Há, no ar, uma descrença generalizada (vide o comportamento humano) em relação à existência de Deus e a imortalidade da alma, induzindo as criaturas à prática de injustiça, à busca do prazer desenfreado e à desesperança em relação ao futuro.
De minha parte, estou convicto de que, realmente, a evolução do espírito, sobre a Terra ou em outros mundos hierarquicamente semelhantes, pode ser comparada ao caminhar de um caracol, não importando o número de personalidade que já tenha colecionado ao longo da multiplicidade das existências.
De uma vida à outra, o espírito que não possui alguma consciência, avança, digamos, um milímetro, necessitando, pois, de infindáveis experiências na carne para que possa incorporar certas conquistas.
Enganam-se os que imaginam que a simples reencarnação do espírito o faça dar significativo salto evolutivo em termos de progresso moral, porque, infelizmente, a grande maioria dos que se encontra encarnada no orbe terrestre está preocupada com a aquisição de conhecimento, e não com bondade, humildade, paciência e outras virtudes que exornam o caráter e que, realmente, conferem ao espírito, alguma grandeza.
 
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet 
Uberaba – MG, 23 de Abril de 2023.

22.4.23

Asas de Luz

Escuta, coração, ouve, lá fora,
O bramido do vento em noite fria,
Nas vergastas de dor e de agonia
Em quem, sozinho, se lamenta e chora...
 
Se buscas a Jesus por companhia,
Na fé que te norteia e que te escora,
Faze do amor o pão de cada hora
A quem te estende a mão, triste e vazia...
 
Não tenhas medo... Vence o comodismo,
Transpondo o mais profundo e escuro abismo
Que te separa da felicidade...
 
E as próprias provações, a bendizê-las,
Deixarás para trás, rumo às estrelas,
Sob a asas de luz da Caridade!...
 
Auta de Souza - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na tarde de sábado do mês de julho de 1993, em Uberaba – MG).

21.4.23

REVELE-SE

Nas lutas habituais, não exija a educação do companheiro.
Demonstre a sua.
Nas tarefas do bem, não aguarde colaboração.
Colabore, por sua vez, antes de tudo.
Nos trabalhos comuns, não clame pelo esforço alheio.
Mostre sua boa-vontade.
Nos serviços de compreensão, não peça para que seu vizinho suba até você.
Aprenda a descer até ele e ajude-o.
No desempenho dos deveres cristãos, não aguarde recursos externos para cumpri-los.
O melhor patrimônio que você pode dar às boas obras é o seu próprio coração.
No trato vulgar da vida, não espere que seu irmão revele qualidades excelentes.
Expresse os dons elevados que você já possui.
Em toda criatura terrestre, há luz e sombra.
Destaque sua nobreza para que a nobreza do próximo venha ao seu encontro.
Livro: Agenda Cristã - Francisco C. Xavier - André Luiz

20.4.23

O FRUTO E A SEMENTE

Do galho de uma árvore frondosa,
Despenca um fruto que se aquieta ao chão,
Entrando logo em decomposição,
Sofrendo morte lenta e dolorosa...

Mas de sua aparente inanição,
A semente imortal, vitoriosa,
Da terra, feita em cova tenebrosa,
Ressurge em nova e linda floração...

Na Árvore da Vida, o corpo é o fruto,
Que tomba inerte sobre o solo bruto,
Voltando ao pó em que ele se traduz...

O espírito, porém, é a semente,
Que germina e floresce eternamente,
Até que, um dia, seja apenas luz!...

Eurícledes Formiga - Blog Poesia em prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita "Pedro e Paulo", na manhã de sábado do dia 30 de março de 2013, em Uberaba - MG).  

19.4.23

INUTILIDADE DA EXISTÊNCIA

Comentários Questão 680 do Livro dos Espíritos
 
Inutilidade; não existe esta palavra no dicionário divino. Ninguém é inútil para trabalhar; alguém pode não fazer o serviço que desejava realizar, no entanto, como o trabalho se estende em ramificações diversas, as lides são muitas e pode escolher aquela que as suas forças têm a capacidade de realizar.
O homem inteligente, principalmente o espiritualista, sabe disso, e ainda que esteja preso a um leito, pode usar a palavra em auxílio dos que vêm visitá-lo e que, às vezes, estão carregados de problemas e com as suas mentes tisnadas de infortúnios.
Muitos dos visitantes aos enfermos são mais doentes espiritualmente, entretanto, conhecendo o valor da caridade, aliviam-se com esse gesto de amor. Quantos companheiros que, visitando enfermos, saem mais beneficiados! Quando não se pode falar, os olhos são mensagens para os que entendem e sentem o amor. A própria tolerância, quando o doente não reclama, um gesto de alegria, tudo isso são trabalhos de alta profundidade para os que sofrem.
A condenação da consciência é para aquele que voluntariamente deseja ficar parado e não presta serviço, mesmo estando são. Todavia, ninguém poderá ficar muito tempo nesse estado, e com o passar do tempo, procura fazer alguma coisa, sendo que o melhor é o bem. Não se mede o bem por volume de ofertas, mas sim, pelos sentimentos que move o companheiro nesse exercício.
Lembremo-nos da oferta da viúva, colocando no gazofilácio duas pequenas moedas, tudo o que ela tinha, enquanto muitos ricos faziam tilintar o aparelho, vaidosos na satisfação de ostentar. Deus julga pelos sentimentos e não pela quantidade que é doada. Às vezes, um simples sorriso vale mais que grande oferta material, mas se se pode dar os dois, muito melhor.
Não nos esqueçamos que o amor pode irradiar-se em tudo o que ofertamos, quando este gesto de fraternidade é acompanhado do carinho. Façamos a caridade que o coração indicar; se desejamos aperfeiçoar nossos sentimentos e não pararmos de buscar a Deus, tudo virá ao nosso encontro, como o Senhor o quer, para a nossa felicidade e a glória do bem.
Desejamos que cada um seja útil, conforme o seu dom de servir: aquilo que pensa, que procure fazer com amor; quando falar, que não saia dessa linha; se escrever,que se lembre sempre da vida de Jesus, nos conceitos que expressa no papel. Façamos da nossa vida uma vida de amor, que ele nos salvará de todos os males, por ter o condão de harmonizar a nossa mente e o nosso coração.
Se ninguém é inútil na vida, o que fazemos da nossa? Pensemos em Deus e trabalhemos para a paz de todos; pensemos em Jesus e amemos a todos como a nós mesmos, que o nosso mundo exterior se transformará em paraíso de luz, por esplendermos o Cristo interno, que pode nascer em nosso coração de filhos de Deus.
Sede mutuamente hospitaleiros, sem murmuração, (l Pedro, 4:9)
Vejamos uma utilidade, quando o apóstolo nos convida a trabalhar; não exige nem mesmo esforço físico, mas somente que sejamos hospitaleiros, mas, ele acrescenta: sem murmuração. Esse é um trabalho maravilhoso para a alma, ajudar sem desejar que os outros saibam dessa caridade.
Devemos procurar sempre mais oportunidades de servir sem murmuração, que a resposta de Deus virá ao nosso encontro, por acréscimo de misericórdia. O trabalho honesto é a luz da vida.
Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

18.4.23

RESPOSTAS À PRESSA

Evite a impaciência. Você já viveu séculos incontáveis e está diante de milênios sem-fim.
*
Guarde a calma. Fuja, porém, à ociosidade, como quem reconhece o decisivo valor do minuto.
*
Semeie o amor. Pense no devotamento dAquele que nos ama desde o princípio.
*
Guarde o equilíbrio. Paixões e desejos desenfreados são forças de arrasamento na Criação Divina.
*
Cultive a confiança. O Sol reaparecerá amanhã, no horizonte, e a paisagem será diferente.
*
Intensifique o próprio esforço. Sua vida será o que você fizer dela.
*
Estime a solidariedade. Você não poderá viver sem os outros, embora na maioria dos casos possam os outros viver sem você,
*
Experimente a solidão, de quando em quando; Jesus esteve sozinho, nos momentos cruciais de sua passagem pela Terra.
*
Dê movimento construtivo, às suas horas. Não converta, no entanto, a existência numa torre de Babel.
*
Renda culto fiel à paz. Não se esqueça, todavia, de que você jamais viverá tranqüilo sem dar paz aos que pisam seu caminho.
Livro: Agenda Cristã - Francisco C. Xavier - Andre Luiz

17.4.23

As Mãos

As mãos que afagam, às vezes, são as mesmas que "apedrejam".
As mãos que acariciam, às vezes, são as mesmas que apontam para um erro.
As mãos que ajudam, às vezes, são as mesmas que demonstram desrespeito.
As mãos que escrevem poemas de felicidade, às vezes, são as mesmas que divulgam notas de horror e intriga.
As mãos que fazem o bem na caridade, às vezes, são as mesmas mãos que operam um crime.
As mãos, meus irmãos, são instrumentos do homem para o bem ou para o mal. Dele depende a sua inclinação para o uso das mãos.
Veja o que faz com as suas mãos, um gesto, simples qualquer, pode representar muitíssimo.
Já imaginou quando se vê alguém e levanta-se o polegar que diz, implicitamente, que está tudo bem ou mesmo questiona, induzindo ao outro expressar a mesma coisa?
Ou quando vejo um jogador de futebol ou outro profissional qualquer, quando algo dá certo, levantar o indicador aos céus e atribuir ao Pai pela vitória?
Tudo isso - e muito mais - está ao alcance de suas mãos. As mãos são instrumentos para o bem toda vez que você se dispuser a ajudar alguém.
Elas acolhem, fazem carinho, aponta para o Alto para que se confie no Criador, enxuga lágrimas, aperta outras mãos. Que beleza poder usar bem as mãos.
Já pensaram naqueles que nem mãos têm? Que tristeza, porque não podem utilizá-las para o bem, enquanto muitos possuem e não fazem por onde merecê-las.
Use bem as suas mãos. Não perca a oportunidade de usá-las para uma boa causa. Expresse o que melhor existir dentro de você através das mãos.
O Pai agradece por valorizar a sua criação para o bem.
Um abraço,
Helder Camara - Blog Novas Utopias

16.4.23

Depois de “O Livro dos Espíritos”

Sempre considerei, depois de “O Livro dos Espíritos”, a obra “Nosso Lar”, de André Luiz, psicografia de Chico Xavier, como sendo a mais reveladora de nossa bibliografia.
“Nosso Lar” começou a mostrar a vida como ela é, de fato, no Mundo Espiritual...
Allan Kardec não teve tempo suficiente para mais amplas informações a respeito da Vida além da morte – foram apenas quinze anos – de 1854 a 1869 – de trabalho com a Codificação, lançando os seus Fundamentos Inamovíveis.
A desencarnação o alcançou em plena robustez intelectual, quando contava apenas 65 incompletos de idade...
O “projeto”, no entanto, não podia sofrer solução de continuidade... Em 1910, Kardec volta ao corpo e, na personalidade de Chico Xavier, dá sequência à Obra ciclópica, coordenada pelo Espírito Verdade.
Caberia a André Luiz, sob a tutela de Emmanuel e outros espíritos de escol, falar em torno da existência de cidades (colônias) no Mundo Espiritual, com destaque para “Nosso Lar”, fundada no século XVI, por “distintos portugueses desencarnados”...
Muitos adeptos da Doutrina empregam o termo “colônia” de uma maneira equivocada, porque, em verdade, o que se tem aqui, deste Outro Lado, são cidades, menores e maiores, habitadas por imensa população fora do corpo.
“Colônia” dá ideia de um “grupo de pessoas”, esquecidos muitos, por exemplo, de que a Índia, hoje com quase um bilhão e quinhentos milhões de habitantes, já foi colônia da Inglaterra.
Conforme já tivemos oportunidade de estudar, em dois trabalhos anteriores (“Mundo Espiritual é Planeta” e “Um Mundo Espiritual Chamado Terra”), Mundo Espiritual é planeta, e de dimensões muito mais amplas que as da Terra – a Terra seria colônia do Mundo Espiritual, e não o Mundo Espiritual colônia da Terra...
Hoje, o Mundo Espiritual que rodeia o orbe terrestre possui uma população flutuante de vinte e cinco a trinta bilhões de “almas”, ou espíritos.
Carecemos de levar em conta que a imigração de espíritos entre os diferentes mundos, conforme ensina o Codificador, é constante, sendo ainda que muitos espíritos passam séculos sem retornarem à Terra – há um século, a Terra possuía apenas um bilhão e meio de habitantes, aproximadamente.
Então, sem nos alongarmos, repetimos que “Nosso Lar”, o primeiro da série escrita por André Luiz”, é um livro revolucionário, que, sem dúvida, veio revolucionar o Pensamento Espírita sobre o Mundo Espiritual.
Infelizmente, poucos são os que já conseguiram assimilar algumas das informações que a referida obra contém, chegando ao cúmulo de dizer que ela teria sido escrita por um espírito obsessor do médium.
E porque não suportaram que a “pontinha do véu” se levantasse, defendem um retorno ao que denominam “Kardecismo Puro”, sendo, com todo o respeito, que Kardec nada mais tem a dizer do que já disse no Pentateuco.
Esses nossos confrades, com certeza, a reencarnação de protestantes, querem que os espíritas, em geral, apeguem-se aos cinco livro da Codificação como os judeus são apegados a Torá – sem dúvida, que muito deles estão à serviço de inteligências desencarnadas que não desejam o progresso do Espiritismo, que se caracteriza por ser uma doutrina dinâmica.
“O Livro dos Espíritos” está prestes a completar 170 anos, e, à exceção de Chico Xavier, de lá para cá, nada e ninguém foi capaz de algo acrescentar à Revelação Espírita.
 
INÁCIO FERREIRA - Mediunidadna Internet
Uberaba, 2 de Abril (*) de 2023.
(*) Salve a Data Natalícia de Chico Xavier, nascido a 2 de Abril de 1910, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.

15.4.23

O FRUTO E A SEMENTE

Do galho de uma árvore frondosa,
Despenca um fruto que se aquieta ao chão,
Entrando logo em decomposição,
Sofrendo morte lenta e dolorosa...

Mas de sua aparente inanição,
A semente imortal, vitoriosa,
Da terra, feita em cova tenebrosa,
Ressurge em nova e linda floração...

Na Árvore da Vida, o corpo é o fruto,
Que tomba inerte sobre o solo bruto,
Voltando ao pó em que ele se traduz...

O espírito, porém, é a semente,
Que germina e floresce eternamente,
Até que, um dia, seja apenas luz!...

Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita "Pedro e Paulo", na manhã de sábado do dia 30 de março de 2013, em Uberaba - MG).  

14.4.23

EDUCAÇÃO DOS SENTIMENTOS DVD Espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

A FAMÍLIA À LUZ DA REENCARNAÇÃO

I. A FAMÍLIA ESPIRITUAL

Encarnados ou não, todos somos espíritos criados por Deus e, portanto, irmãos. A humanidade inteira é, assim, uma só família.
No espaço, os Espíritos formam grupos ou famílias, quando se entrelaçam pela afeição, simpatia e semelhança das inclinações. Ditosos por se encontrarem juntos, esses espíritos se buscam uns aos outros.
A encarnação apenas momentaneamente e parcialmente os separa, porquanto, se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estarem unidos pelo pensamento. Os que se conservam livres velam pelos que se acham em cativeiro. Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam. E, ao regressarem à erraticidade, novamente se reúnem como amigos que voltam de uma viagem. Muitas vezes até, uns seguem os outros na encarnação, vindo aqui reunir-se numa mesma família, ou num mesmo círculo de conhecimento e de amizades, a fim de trabalharem juntos pelo seu mútuo adiantamento.
Como vemos, a verdadeira família é a espiritual, em que os espíritos estão unidos pela afinidade, antes, durante e depois das encarnações.
A uma família espiritual é que Jesus se referia, quando afirmou: "... qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, e irmã e mãe". (Mc. 3:31/35.)
Se queremos pertencer à família espiritual de Jesus, procuremos obedecer às lei divinas, como Jesus faz.
II. A FAMÍLIA CORPORAL
Reencarnando na Terra, formamos uma família corporal (consangüínea e de parentesco). Nela poderemos ter alguns elementos que também sejam de nossa família espiritual. Outra parte de nosso grupo espiritual, porém, continua habitando no mundo invisível, no Além.
- Com a reencarnação, a parentela aumentará indefinidamente?
É o que receiam alguns. Mas não é pelo fato de ter tido 10 encarnações, por exemplo, que alguém encontrará no mundo espiritual 10 pais. 10 mães. 10 cônjuges e um número proporcional de filhos e novos parentes. Encontrará, apenas, aqueles com que estiver relacionado pela afinidade e pela afeição, ou pela responsabilidade.
- A reencarnação destrói os laços de família?
Assim julgam outros, porque de fato, a idéia de pessoas unidas apenas entre si e unicamente por serem todas do mesmo sangue perde sua importância ante a lei da reencarnação. Mas não vemos que laços de sangue e parentesco terreno muitas vezes se extinguem com o tempo ou se dissolvem moralmente já nesta vida? Aos laços, porém, que unem a verdadeira família espiritual a reencarnação não destrói mas fortalece e aperta cada vez mais.
A unicidade da existência, sim, é que romperia qualquer laço familiar porque, nesse caso, os familiares não estariam ligados antes do nascimento e poderiam não estar ligados depois, pela diferença da posição espiritual que viessem a ocupar e que seria para sempre, como pensam os que acreditam em céu e inferno.
III. A FAMÍLIA QUE TEMOS
Uma "família espiritual", significando um grupo com o qual a pessoa se sinta inteiramente bem e no qual nunca tenha problemas, é coisa que ainda estamos construindo e que a maioria de nós não possui, nem aqui, nem no Além. A família que temos é tal como a fizemos até agora ou tal como dela precisamos para nossa evolução. Nela há um variado tipo de pessoas (afins ou não conosco) e foi formada em função de nossas expiações, de nossa necessidade de aprendizado ou, ainda, de nosso desejo de realizarmos boas obras.
Nossos familiares são pessoas:
- com as quais combinamos bem;
- bem diferentes de nós (testam nossas virtudes ou nos ensinam aspectos diferentes da vida);
- às quais estamos ligados de vidas anteriores, porque devemos algo a elas ou elas a nós;
- precisam de nós (a quem podemos ajudar com nosso amor e entendimento).
Motivo da ligação conosco:
- afinidade;
- provas e aprendizado;
- reajuste e reconciliação;
- oportunidade de servir.
IV. COMO AGIR EM FAMÍLIA?
"Ninguém possui sem razão esse ou aquele laço de parentesco, de vez que o acaso não existe nas obras da Criação. Nos elos da consangüinidade, reavemos o convívio de todos aqueles que se nos associaram ao destino, pelos vínculos do bem ou do mal, através das portas benditas da reencarnação". (Emmanuel, em "Leis de Amor", psicografia de Francisco C. Xavier.)
Na família, pois, além das funções terrenas (que o conhecimento humano já identificou e valoriza), o espírita vê muito mais:
- uma ligação maior que a simples necessidade ou dependência materiais;
- uma finalidade transcendente e não somente o objetivo de uma existência.
Para essa realização espiritual "em família":
"Devemos revestir-nos de paciência, amor, compreensão, devotamento, bom ânimo e humildade, a fim de aprender a vencer, na luta doméstica.
"No mundo, o lar é a primeira escola de reabilitação e do reajuste". (Emmanuel, idem.)
"Teu lar é um ponto bendito do Universo em que te é possível exercer todas as formas de abnegação a benefício dos outros e de ti mesmo, perante Deus. Pensa nisso e o amor te iluminará". (Emmanuel, "Tarefas de Amor", do livro "No Portal da Luz".)
"Mas se alguém não tem cuidado dos seus e, principalmente, dos de sua família, negou a fé." (Paulo - 1 Timóteo, 5:8.)
V. OS POVOS SÃO FAMÍLIAS MAIORES
Um povo é uma grande família, em que se reúnem espíritos simpáticos. A tendência a se unirem é a origem da semelhança que determina o caráter distintivo de cada povo. Acrescentemos aqui que os costumes, a educação, acentuam e constroem essa semelhança.
Espíritos bons e humanos procurarão um povo duro e grosseiro? Não. Os espíritos simpatizam com as coletividades, como simpatizam com os indivíduos; procuram o seu meio. A não ser quando vêm em missão especial.
Mantenhamos fraternidade para com todos os povos e nações mas procuremos fazer do Brasil um povo ordeiro, trabalhador e cristão, para merecermos a simpatia e proteção dos Bons Espíritos para nossa pátria.
Livros Consultados:
De Allan Kardec:
- "O Evangelho Segundo o Espiritismo", cap. IV itens 18 a 23, e cap. XIV, item 8;
- "O Livro dos Espíritos", 2ª parte, cap. IV
_________________________________
Livro: "Iniciação ao Espiritismo", Therezinha Oliveira.

13.4.23

UMA QUESTÃO DE TEMPO... Romance Espírita a venda na LER Livros Revista Papelaria

 


Vigiai e Orai

"Nem ao menos uma hora pudestes vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca." (Mateus 26:40-41)

"Por que dormis? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação." (Lucas 22:46)
"Quantas dissensões e funestas disputas se teriam evitado com um pouco de moderação e menos suscetibilidade!
Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero!" [1]
Mantermo-nos despertos, e em sintonia elevada, permite estarmos atentos e bem inspirados a toda oportunidade de fazer o Bem, a nosso semelhante e, por decorrência, a nós próprios. Nem sempre o que alguns formadores de opinião ou a mídia tentam ditar como atitudes, comportamentos ou programas da moda, se identificam com esses bons propósitos. Milhares de mentes pouco despertas e sintonizadas com padrões perturbados são, assim, influenciadas coletivamente, atrasando sua marcha evolutiva. Busquemos uma cultura de higiene mental, fazendo, assim, muito Bem a nós mesmos. Este o convite de Jesus nas passagens evangélicas acima destacadas.
Vigiai e orai - Despertai e orai
O escritor Carlos Torres Pastorino entende que um termo mais adequado do que o tradicionalmente traduzido como "vigiai", na citação acima, do Evangelho segundo Mateus (também encontrada em Marcos 14:37-38), é "despertai", de forma consistente com a passagem Lucas 22:46. Em suas palavras:
"Não usamos o verbo tradicionalmente empregado aqui: vigiai, porque - embora o latim vigilare signifique "despertar", e apesar de "estado de vigília" se oponha a "estado de sono" - o "vigiar" dá ideia, atualmente, de "olhar com atenção para ver quem venha", muitas vezes até chegando a colocar-se a mão em pala acima dos olhos, como natural mímica de "vigiar"... Portanto, DESPERTAR é o que melhor exprime a ideia do texto original: é indispensável acordar, deixar de dormir, a fim de não perder o momento solene e precioso da chegada do Filho do Homem." [2]
"Quantas vezes aquilo que nos revolta, seria um passo à frente em nossa evolução, e perdemos a oportunidade! Estejamos despertos, atentos, bem acordados, e permaneçamos em oração, para aproveitar todas as ocasiões de subir." [3]
Os momentos da chegada do Filho do Homem, as ocasiões de subirmos, não são apenas ocorrências místicas ou épicas, mas eventos que surgem diariamente, bastando nossa atenção para vê-los e, quando ocorrerem, seguirmos as inspirações elevadas que Bons Espíritos sempre nos ofertam. Trata-se das oportunidades que se nos oferecem, todos os dias, de fazermos o Bem a nosso semelhante, onde decidimos por atuar efetivamente em seu auxílio. Basta permanecermos vigilantes, como relatado na parábola do bom samaritano (Lucas 10:25-37), e encontraremos tais oportunidades constantemente, em nossa casa e em qualquer local onde estivermos.
Referências:
[1] KARDEC, Allan. "O Evangelho Segundo o Espiritismo" Capítulo V, item 4.
[2] PASTORINO, Carlos Torres. "Sabedoria do Evangelho"Volume 7, capítulo "Despertar do sono".
[3] Ibidem. Volume 8, capítulo "Oração no jardim".

12.4.23

Gravação do Estudo Detalhado do livro NO MUNDO MAIOR feito ontem às 20h. pelo Skype Francisco Cândido Xavier (autor) André Luiz (espírito) Capítulo 6: AMPARO FRATERNAL


 

ISENÇÃO DA LEI

Comentários Questão 679 do Livro dos Espíritos

Ninguém se encontra isento da lei do trabalho, pois, se ele se multiplica ao infinito, Deus não iria deixar de aplicar a Sua lei a todas as criaturas, somente por que algumas delas possuem bens materiais. Essas, por vezes, trabalham mais do que as que não possuem riqueza, pois têm maiores preocupações pelo dever de vigiar o que possuem e por cuidar de multiplicar o que Deus colocou em suas mãos. Lembremo-nos dos talentos citados na parábola evangélica, e o dever de serem eles multiplicados pelos que os receberem. Se não há necessidade de se operar em duros trabalhos, onde o esforço físico deve ser ativado, o esforço mental ocupa-se com mais atividades. O físico recupera-se com mais facilidade que o desgaste mental; por conseguinte, esse último se expressa como sendo labor mais profundo e mais cansativo.
Quanto mais cresce a alma, mais obrigações a sua consciência lhe impõe. O político não pega na enxada, nem dirige um arado na lavoura, nem sempre dirige seu próprio carro, e não lhe sobra tempo para andar nas ruas admirando as coisas e pessoas. Não entrega suas mãos à vassoura na limpeza pública, contudo,o trabalho mental que exercita nas tribunas e na composição de leis, lutando contra a oposição, pode somar mais desgastes do que os esforços dos homens musculosos que executam pesadas tarefas na agricultura, na pecuária e na construção civil. O trabalho do escritor é bem diferente do exercido pelo homem do campo; é um trabalho que requer mais a inteligência, desenvolvendo o pensamento e muitas vezes, ajudando aos que trabalham em duros labores, como os que já citamos.
Tornamos a dizer: ninguém é isento da lei do trabalho, lei universal para todas as criaturas, em todos os mundos, quer sejam materiais ou espirituais. Cumpre a todos trabalhar, porque Deus não pára e Jesus opera sempre. Observemos que tudo no mundo se movimenta, das células aos órgãos, e destes ao soma, o complexo humano constitui um fulcro de movimentos constantes, buscando aprimoramento.
Mostra-nos as experiências que a inteligência disciplinada, em que a razão se expressa,deve escolher as modalidades de trabalhos que deve fazer, porque as lidas bem orientadas são sementes do amor, onde floresce a paz.
Ora, quem vos há de maltratar, se fordes zelosos no que é bom? (l Pedro, 3:13)
É de bom alvitre que devemos ter zelo pelo que é bom, para que possamos receber segundo o que ofertamos. Esse é o melhor trabalho, aquele que busca a harmonia que podes alcançar pelo pensar, falar e viver.
O homem que se isenta do trabalho por ter bens materiais com abundância, nos dias de hoje está sujeito a perder o que possui. Os desequilíbrios financeiros são chamados para que os ricos trabalhem mais, e para que os pobres reconheçam que todos sofrem a mesma pressão da vida, para o despertamento dos bens espirituais que existem em todas as criaturas.
Tudo que o homem precisa existe com abundância em todos os lugares do mundo. A carência que se expressa com evidência nos países, é a falta de amor que não custa dinheiro, é a falta de Cristo no coração dos homens. Quando o Evangelho fizer parte das cartas-magnas de todos os países, e os homens colocarem em prática todos os conceitos ensinados e vividos pelo Mestre, passarão a viver no paraíso. Aquele que se encontra por enquanto perdido, guiado pelos cegos, logo que receber o toque de Jesus, passará a vê-Lo e encontrará o céu dentro de si mesmo, com toda a esperança de viver.

Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria

11.4.23

OS MENSAGEIROS Livro de estudo espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria

 


SEMEADURA

Sua generosidade chamará a bondade alheia em seu socorro.
Sua simplicidade solucionará problemas para muita gente.
Sua complexidade provocará muita dissimulação no próximo.
Sua indiferença fará manifesta frieza nos outros.
Seu desejo sincero de paz garantirá tranqüilidade no caminho.
Seu propósito de guerrear dará frutos de inquietação.
Sua franqueza contundente receberá frases rudes.
Sua distinção edificará maneiras corretas naqueles que o seguem.
Sua espiritualidade superior incentivará sublimes construções espirituais.
Diariamente, semeamos e colhemos.
A vida é também um solo que recebe e produz eternamente.

Livro: Agenda Cristã - Francisco C. Xavier - André Luiz.

10.4.23

A VERDADE DE CADA UM Romance Espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Sensibilidade

Se a vida te trouxer flores, embeleze-se com a sua presença.
Se a vida te levar a um rio, caminha nas suas águas sem medo.
Se a vida te levar às alturas da montanha, bebe da imensidão que te convida a paisagem.
Quando estais atento ao que a vida te oferece, perceberás que a plenitude te convida diariamente para experimentá-la.
Não se trata de um ponto único.
Não se trata de uma experiência isolada.
É apenas uma condição do ser que se permite adentrar ao que é permanente e divino, abandonando aquilo que é efêmero.
É, portanto, uma questão de sensibilidade.
Ao conquistá-la, invade-se um terreno sem fim de possibilidades.
Ao conhecê-la, sente-se como em um nirvana, prazer sem fim.
A alma brota toda de alegria e amor.
Alegria pelo viver, amor às criaturas e a tudo.
Um belo olhar contagia a alma de imensas satisfações. Assim, procura olhar com a visão mais profunda do teu ser.
Perceba cada nuança dessa experiência indecifrável.
Sinta o pulsar da vida em cada coisa e em si mesmo.
Transfira-se para a essência do teu ser que não se prende ao cajado no teu caminhar.
Fortalece-te de esperanças e faz delas um motivo a mais para teu existir.
A cada um é dada esta possibilidade existencial, basta que se permita tocar nas profundezas da própria alma.
Uma vez desperto, o ser encontra a verdadeira felicidade e vive em perfeita harmonia com o Absoluto.
Khalil Gibran - Blog de Carlos Pereira

9.4.23

O ESPÍRITO DA VERDADE Livro de mensagens espíritas a venda na LER Livros Revistas Papelaria

 


Ressureição de Jesus

As máximas de Jesus estão resumidas na figura central do amor.
O amor é, portanto, o ponto magnânimo da mensagem do Cristo.
Repetir sobre isto ainda é preciso nos dias de hoje porque as pessoas, de maneira geral, ainda esquecem deste resumo-síntese da sua mensagem para a humanidade.
Aprender a amar, repito, deve ser o lugar onde se concentre todas as atenções dos povos e dos governantes.
Quando Jesus esteve entre nós, há dois mil anos, sabia perfeitamente que a sua mensagem não seria compreendida.
Logo, se antecipou em garantir que mandaria, a posteriori, um consolador, que pudesse repetir e relembrar, a sua mensagem original.
Ele sabia perfeitamente das nossas limitações temporais na compreensão absoluta do que representa o amor nas nossas vidas.
Ele mesmo, por amor à humanidade, preferiu calar-se, preferiu não enfrentar os poderosos da época, porque sabia, no seu íntimo, que seria mal compreendido - como de fato foi.
Que adiantaria expressar a mensagem do amor para aqueles que somente pensavam em conquistas materiais, satisfação dos prazeres efêmeros e manutenção do poder.
Nada do que falaria ou pregasse encontraria eco com essa gente, no entanto, Ele tinha a consciência de que os mais simples, aparentemente os mais vulneráveis da sociedade, estes sim, conseguiriam apreender a essência do seu falar. O que de fato aconteceu.
Sua mensagem ganhou os povos com tempo, mas não sabendo digeri-la de maneira correta, ela foi literalmente distorcida, deliberadamente reformulada, tudo para atender aos caprichos e interesses das diversas épocas e dos diferentes poderosos de plantão.
Sua morte, há dois mil anos, foi o exemplo basilar de que o homem ainda não estava preparado para ser sacudido pela mensagem grandiosa do amar uns aos outros como a si mesmo e centrar-se no amar a Deus sobre todas as coisas.
O homem, naquela época e ainda hoje, está concentrado nos interesses locais imediatos, na resolução das suas deficiências pontuais e não no seu esclarecimento espiritual.
Tanto é verdade que somente prolifera a ideologia de uma sociedade consumista e, portanto, egoísta, voltada unicamente para a satisfação dos interesses materiais.
Em contraponto, Jesus vem nos trazer a mensagem de conquista do Reino de Deus. Não a conquista exterior, mas uma conquista, sobretudo, de natureza interior.
Não foi compreendido, é verdade, até os dias atuais, no entanto, ela brota firmemente nos corações que já se amoleceram para as questões do espírito.
Tudo vai mudar e logo, e somente aqueles que já foram tocados por esta verdade superior é que prevalecerão sobre a Terra.
Não é uma ameaça, aliás nunca foi uma ameaça, foi o próprio Jesus que de maneira direta, na conhecida passagem das bem-aventuranças, que tratou de definir logo quem seriam aqueles que governariam o nosso planeta quando ocorresse, finalmente, a instalação do Reino de Deus.
Ele se apressou em dizer que este Reino de Deus estava no coração de cada ser humano e que deveria ser procurado, encontrado e vivenciado no dia a dia. Apenas isto, tão somente.
Assim sendo, você pode fazer isso agora mesmo, sem demora, sem dificuldade alguma. A única exigência é que este olhar interior encontre a grandeza do espírito de Deus dentro de você. Ao encontrá-Lo tudo será literalmente diferente e melhor.
Enquanto teimarmos em mantermo-nos ancorados, presos, nesta plataforma ilusória da matéria e dos seus prazeres fugidios haveremos de sofrer na pele por esta decisão equivocada.
Jesus está aqui hoje, como sempre esteve, para reafirmar seu compromisso com cada filho de Deus.
Jesus permanece no rumo do planeta Terra levando com segurança a um bom destino.
Não pense que Jesus está de braços cruzados, indiferente, a tudo que ocorre. Não, muito pelo contrário.
Jesus nunca esteve tão próximo de todos nós.
Os fatos que brevemente abalarão a Terra, que poderão parecer um grande abandono divino das suas criaturas, não passam de episódios esperados, não necessariamente necessários, para que a humanidade desperte para si mesma, dê um basta definitivo nesta situação, e comece, com as suas próprias mãos, a dar novo destino para os seus dias.
Jesus vencerá porque o amor vencerá.
Jesus vencerá porque a paz prevalecerá.
Jesus vencerá porque o bem predominará.
Esta é a verdade, meus caros!
Prepara-te e haja na direção do bem e do amor, portanto.
É desta forma, não de outra, que esse manifestará a sua ressurreição nos dias de hoje, mediante a ressurreição do amor.
Tenho dito!
Hélder Câmara - Blog Novas Utopias.

8.4.23

TUDO TEM SEU PREÇO Romance Espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

BENDIRÁS

Não guardes mágoa e nenhum rancor
De quem te humilha e desconsidera,
Como quem ignora o teu valor
No esforço de servir de alma sincera.

Ante a voz que te agride e vocifera,
Mantém a própria paz, seja onde for,
Porquanto o bem é luz que não se altera,
Entre as sombras do mundo em desamor.

Prossegue confiante, sem cansaço,
Feito quem sobe ao monte, passo a passo,
Seguindo o Mestre Amado na ascensão...

Ao fim da rude prova que te expia,
Bendirás, em soluços de alegria,
Quem te talhou a cruz da redenção!...

Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita "Pedro e Paulo", na manhã de sábado do dia 6 de abril de 2013, em Uberaba - MG).  

7.4.23

OS CRISTÍADAS Livro evangélico espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Espirito de Verdade

Introdução 

  A resposta à pergunta do título é um assunto ainda polêmico no meio espírita. Para uns, o Espírito de Verdade é Jesus; outros dizem que não; e completando há ainda os que não se preocupam nem um pouco com a sua identificação, os quais podemos agrupar aos que acham que é coisa de somenos importância e à turma do tanto faz. 
  Embora este assunto não seja objeto de grande destaque na mídia espírita, chama-nos a atenção o fato dele ser causa de tantas discussões, pois a esta altura do campeonato - cerca de um século e meio de Doutrina -, nós, os espíritas, já deveríamos ter plena certeza de quem realmente assinou as obras da Codificação usando este codinome. 
  Assim sendo, apresento minha contribuição, na condição de ser apenas um estudioso, para, quem sabe, se não resolver de uma vez por todas a questão, pelo menos indicar um caminho que leve a deduzir claramente quem seria o Espírito de Verdade. 
  Logo de início, esclareço que não tenho a pretensão de refutar nenhum artigo escrito sobre o assunto. E faço questão de reafirmar que quero apenas contribuir para elucidar esta questão. 
  Seria uma comunidade de Espíritos? 
  Tendo em vista que muitos o consideram como sendo uma plêiade de Espíritos, é necessário, já de início, definirmos este ponto. Na Revista Espírita encontramos algumas comunicações nas quais nos fundamentaremos para responder a este quesito.
  Perguntou-se ao Espírito Jobard: 
  "Vedes os Espíritos que estão aqui convosco? 
  R: Eu vejo sobretudo Lázaro e Erasto; depois, mais distante, o Espírito de Verdade, planando no espaço; depois, uma multidão de Espíritos amigos que vos cercam, apressados e benevolentes." (Revista Espírita, 1862, p. 75).
 Ao Espírito Sanson, se fez a seguinte pergunta:
  "Não vedes outros Espíritos?
  R: Perdão; o Espírito de Verdade, Santo Agostinho, Lamennais, Sonnet, São Paulo, Luís e outros amigos que evocais, estão sempre em vossas sessões." (Revista Espirita, 1862, p. 175).
  Numa comunicação de Lacordaire, lemos:
  "Era preciso, aliás, completar o que não havia podido dizer então, porque não teria sido compreendido. Foi porque uma multidão de Espíritos de todas as ordens, sob a direção do Espírito de Verdade, veio em todas as partes do mundo e em todos os povos, revelar as leis do mundo espiritual, das quais Jesus havia adiado o ensinamento, e lançar, pelo Espiritismo, os fundamentos da nova ordem social. Quando todas as bases lhe forem postas, então virá o Messias que deverá coroar o edifício e presidir à reorganização com a ajuda dos elementos que terão sido preparados." (Revista Espírita, 1868, p. 47).
Revista Espiritismo & Ciência Especial

6.4.23

UM AMOR DE VERDADE Romance Espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Segue adiante

 Não escolheste esse caminho. Foste convocado pelo Senhor para trabalhares na Sua seara.
 Mantem júbilo íntimo ante a situação, porque Ele te convidou, qual o fez conosco, afim de nos conceder probidade e harmonia.
 Põe o teu ideal acima das situações penosas e, avançando, segue conosco.
 Em situação alguma te deixaremos a sós. Tem certeza que te envolvemos em paz e carinho.
 Se as circunstâncias não são menos doridas, é porque se te fazem necessárias assim mesmo, sem o que não evoluirias.
 Segue, pois, adiante, sem amarras com a retaguarda, sem aflições pelo dia de amanhã, realizando o melhor em cada momento, que é o definidor dos teus atos morais.
 Rejubila-te!
 Passará, logo mais, a grande noite carnal e uma madrugada de Sol perene te espera conosco.
 Segue adiante, sem desânimo das paixões dissolventes e do egoísmo infeliz.

Livro: No Rumo da Felicidade - Divaldo P. Franco - Joanna de Ângelis 

5.4.23

Gravação do Estudo Detalhado do livro NO MUNDO MAIOR Capítulo 5: O PODER DO AMOR


 

EM MUNDOS SUPERIORES

Comentários Questão 678 do Livro dos Espíritos
 
Fugir do trabalho é isentar-se dos meios pelos quais vêm os ensinamentos espirituais. Trabalhar é viver; tudo no mundo se agita, em se formando belezas imortais.
A lida para a humanidade é de acordo com as suas necessidades de despertamento. Nos mundos superiores, certamente que o labor é relativo às suas necessidades. O trabalho obedece ao progresso das criaturas de Deus e, mesmo que queira, o Espírito jamais deixará de trabalhar; até os seus corpos, em todas as faixas que lhes compete existir, estão em pleno movimento, clarificando cada vez mais o roteiro do seu senhor, que é a alma que os ocupa.
Sendo o Espírito criação de Deus, como concebê-lo na sua estrutura mais íntima sem movimento divino? Deus é luz, e luz é dinamismo estuante que se irradia em todas as direções, dando e levando vida para todos os lados. O Espírito foi criado simples e ignorante, e como tal carece, pelo trabalho e pelas vidas sucessivas, de despertar para viver melhor.
Quem está em estado de sono, se encontra inativo até certo ponto, mas não sem movimento; mesmo quando nesse estado, a alma trabalha e os corpos se movem. Notamos nos Espíritos primitivos certa lentidão, mas nunca paralisação. Quanto mais inferior o Espírito, mais lentos são seus movimentos; quanto mais evolui, mais acelerado o seu dinamismo, buscando harmonia.
O que não observamos com os sentidos físicos é o que se expressa com mais velocidade na sua intimidade. Vejamos bem o éter cósmico, esse hálito de Deus, como podemos chamá-lo, essa luz cósmica cuja velocidade ainda não pode ser medida, por ultrapassar o próprio pensamento dos Espíritos, por ser o pensamento de Deus que a tudo interpenetra, e que Ele mesmo criou por amor: esse fluido divino é o amor do Todo Poderoso, que tem o poder de se transformar pela força que lhe emprestam os sentimentos, e esse é o trabalho dos agentes do Senhor, na transformação dessas bênçãos, criando mundos e sóis, como sendo os co-criadores das belezas do universo. Contudo, somente Deus dirige a tudo com sabedoria, porque a harmonia total está n'Ele, e somente n'Ele.
O maior dom da vida humana e do Espírito é o pensamento, cuja força manejada com amor faz prodígios. Estamos na época da florescência da mente; procuremos, pois, estudar nossas forças, mas, acima de tudo procuremos empregá-la, como Jesus nos dá exemplo.
Tudo é trabalho; não devemos querer trabalhar fora das nossas possibilidades de operação, nem remontar à retaguarda. Se nos mundos superiores o trabalho é feito em relação à evolução das almas ali estagiadas, ele deve., nesses mundos, prosseguir no ritmo que o progresso traçou. Não obstante, nos mundos inferiores, onde as provas são duras para as almas, o trabalho é mais grosseiro, mas deve ser encarado como dever.
Existem estâncias divinas em que os Espíritos suprem todas as suas necessidades pela força do pensamento, e Jesus deu prova disso multiplicando pães e peixes, transformando água em vinho e, simplesmente com um toque das Suas mãos, curando os enfermos. Quando Ele acionava seu verbo, levantava caídos e fazia voltar as almas aos corpos.
A lei do trabalho é a mesma em todos os mundos habitados, contudo, os modos de operação são diversos, de acordo com as necessidades dos Espíritos. Essa é a justiça de Deus, mostrando o Seu amor em toda parte. Compreendamos, pois, que devemos estudar as leis de Deus na profundidade que nos cabe aprender.
Discutir sobre quem está certo é perda de tempo, dentro do tempo que nos chama à compreensão; trocar idéias com carinho é função da alma que deseja elevar-se acima da ignorância.
O trabalho é Deus nos chamando a servir.
Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
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4.4.23

MARIA MADALENA Livro biográfico espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

SEMEADURA

Sua generosidade chamará a bondade alheia em seu socorro.
Sua simplicidade solucionará problemas para muita gente.
Sua complexidade provocará muita dissimulação no próximo.
Sua indiferença fará manifesta frieza nos outros.
Seu desejo sincero de paz garantirá tranqüilidade no caminho.
Seu propósito de guerrear dará frutos de inquietação.
Sua franqueza contundente receberá frases rudes.
Sua distinção edificará maneiras corretas naqueles que o seguem.
Sua espiritualidade superior incentivará sublimes construções espirituais.
Diariamente, semeamos e colhemos.
A vida é também um solo que recebe e produz eternamente.

Livro: Agenda Cristã - Francisco C. Xavier - André Luiz.