31.1.16

Aristocracia Moral

Há muito tempo, tive a oportunidade de assumir a cátedra de uma escola filosófica no lado de cá da vida. Possuía as minhas limitações de conhecimento e fiz-me apenas portador do que aprendera sobre o assunto. Esforcei-me em tentar traduzir o que sabia coligado ao ensinamento dos espíritos superiores. Era isso o que eles desejavam que eu fizesse.
Pois bem, enumerei uma série de fatos que demonstra a imortalidade depois da vida física e porque estamos nesta roda de idas e voltas no corpo físico.
O pensamento filosófico, como sabe, permite ilações que provocam o juízo humano para sair das esferas de pensamento corrente. Se assim não fosse seria extremamente desnecessário filosofar.
Minha vez de conjecturar dizia respeito ao governo dos cidadãos na terra.
O que via por aqui era algo totalmente diferente do que já conhecera. Primeiramente, não há o que tanto pregamos quando estamos no corpo, não há espaço para democracia. Isso mesmo. Pode chocar a muitos, mas definitivamente este não é o modo como eles encaram o governo por aqui. Damos opiniões, somos ouvidos, nos consideram, mas a decisão final vem sempre lá de cima. O que se pratica por aqui é uma espécie de aristocracia, o governo dos melhores.
Os mais capacitados, os mais cultos, os mais preparados para a governança, os mais hábeis, os mais desenvolvidos moralmente, são convocados por instâncias superiores para dar a sua contribuição a um conjunto de pessoas num determinado lugar. E ninguém contesta, é tudo aceito com absoluta passividade e todos gostam.
Alguém poderia exclamar: impossível, isto é um retrocesso. Não é, meus senhores, é uma aristocracia moral, o governo dos bons.
O eleito, ou melhor, o escolhido para governar uma cidade por exemplo, possui todos os requisitos possíveis para estar naquela posição e os outros facilmente compreendem ou percebem esta qualidade superior. E, ao contrário, de se sentirem menores, são agradecidos, porque a governabilidade estará garantida sem prejuízo de andamento do que havia em desenvolvimento.
Os espíritos escolhidos para liderarem contingentes mais numerosos de pessoas possuem qualidades “natas” para exercer o cargo. Respeita a todos, ouve a todos, responde a todos, interage com todos. É um líder na melhor expressão da palavra.
Mas isto é possível aí, Joaquim, por aqui, está muito distante.
Concordo com a assertiva, mas o que impede que se possa escolher com mais acuidade os vossos representantes?
Por que eles não passam por um exame apurado de suas possíveis qualidades?
O que impede dele ser antecipadamente treinado para o cargo?
Por que ele não assume gradativamente responsabilidades de acordo com seu nível de competência?
Por que não existe uma espécie de conselho dos nobres da sociedade que atestem a qualidade daquele candidato a governante?
Sei que o que tem aí, com raras exceções, é produto da escolha do povo, mas o processo em si, na maioria das vezes, é completamente viciado.
Aproveite as eleições municipais para exercitarem este poder de escolha e começar a separar o joio do trigo, os melhores dos incapazes. Somente assim, numa seleção criteriosa, podemos aperfeiçoar o mecanismo democrático até um dia, certamente, ele se tornar a gestão dos melhores.

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

30.1.16

A BÊNÇÃO DA CORAGEM

Senhor Jesus, Divino Mestre Amado,
Não viemos pedir-Te em oração,
Que nos livres da cruz da provação
No caminho que temos palmilhado...

E nem tampouco que nos seja dado
Privilégios de paz ao coração,
No escaldante cadinho da aflição,
Que o espírito nos tem retemperado...

Nem suplicamos por facilidade
Que nos corrompa ou que nos degrade,
Onde quer que sigamos em romagem...

Para transpormos todas as veredas
Apenas Te rogamos nos concedas
A indispensável Bênção da Coragem!...

Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em prosa e verso.

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 23 de janeiro de 2016, em Uberaba – MG).

29.1.16

DECÁLOGO DO BOM ÂNIMO
            Francisco C Xavier  - André Luiz

01 - Dificuldades?
        Não perca tempo, lamuriando. Trabalhe.
02 - Críticas?
        Nunca aborrecer-se com elas. Aproveite-as no que mostrem de útil.
03 - Incompreensões?
        Não busque torná-las maiores, através de exigências e queixas. Facilite o caminho.
04 - Intrigas?
        Não lhes estenda a sombra. Faça alguma luz com o óleo da caridade.
05 - Perseguições?
        Jamais revidá-las. Perdoe, esquecendo.
06 - Calúnias?
        Nunca enfurecer-se contra as arremetidas do mal. Sirva sempre.
07 - Tristezas?
        Afaste-se de qualquer disposição ao desânimo. Ore abraçando os próprios deveres.
08 - Desilusões?
        Por que debitar aos outros a conta de nossos erros? Caminhe para frente, dando ao mundo e à vida o melhor ao seu alcance.
09 - Doenças?
        Evite a irritação e a inconformidade. Raciocine nos benefícios que os sofrimentos do corpo passageiro trazem à alma eterna.
10 - Fracassos?

        Não acredite em derrotas. Lembre-se de que, pela bênção de Deus, você está agora em seu melhor tempo - o tempo de hoje, no qual você pode sorrir e recomeçar, renovar e servir, em meio de recursos imensos.

28.1.16

PRELÚDIO DA VOLTA

Questão 330 do Livro dos Espíritos

Quase todos os Espíritos pressentem a sua volta à carne, em se cumprindo a lei da reencarnação. Alguns deles, quando a ignorância os domina, dando nascimento à revolta, são forçados a voltar ao corpo ainda que na inconsciência. Outros aceitam a volta, diante dos conselhos dos benfeitores da espiritualidade, mas depois se arrependem e, em muitos casos não chegam a nascer. Dai, advém o aborto, mesmo com todos os cuidados que a futura mãe tem com seu estado de gravidez.
Já encontramos muitos que imploraram a volta ao corpo e sentem prazer em tal viagem, sabendo que é pelas vidas sucessivas que se melhora espiritualmente. As variações são muitas, no quadro das vidas múltiplas. Outros são ainda mais cuidadosos: pedem um preparo alongado, de maneira a não servirem de motivo de escândalo no percorrer da vida na Terra.
Aqueles que trazem para o mundo físico um acervo de qualidades despertadas têm a vantagem de se livrarem de muitas tentações, saindo ilesos das emboscadas das trevas, que sempre acontecem.
As colônias espirituais são escolas de preparo das almas, de modo que elas possam se fortalecer nas suas fraquezas, ganhando terreno no campo de ascensão espiritual.
As vidas sucessivas são uma lei universal, não somente para os seres humanos, mas, para todos os reinos da natureza, fazendo parte do crescimento espiritual de toda a criação de Deus. Como o fenômeno chamado de morte, a reencarnação é também inevitável. São mudanças necessárias, que sempre buscam mais luz de entendimento e de paz para o coração.
Uma grande parte dos Espíritos que reencarnam pressentem o dia da volta, se ainda não o sabem. Para tanto, temos um sentido que nos faz entender o que pode acontecer conosco como o temos de que existe um Ser Superior que comanda todos.
A Doutrina dos Espíritos é, pois, uma escola de luz, por nos advertir, mesmo antes de desencarnarmos, que devemos nos preparar para outras voltas a carne. Esse preparo é nascido do amor a Deus e ao próximo, pela caridade em todos os seus sentidos, despertando no mundo íntimo os valores espirituais que possuímos como dádiva de Deus e esforço próprio.
A reencarnação não vai deixar de existir porque existem aqueles que ainda não acreditam nela; por isso, é bom que busquemos entender as leis de Deus, e entre todas elas, vibra a reencarnação. As vidas sucessivas nos mostram o atado de amizades que devemos possuir, estendendo o nosso amor não somente a família de sangue, porém, a toda a família universal, porque hoje podemos estagiar em um país e, no amanhã, em outro. Se já somos conscientes dessa verdade, é bom que o nosso amor comece a quebrar as barreiras e avançar sem as fronteiras que o impeçam de amar.
A reencarnação é uma necessidade da alma, como força que a impulsiona para o alto e para Deus. Os processos da reencarnação são engenhosos; no entanto, os benfeitores espirituais cuidam dessa ciência com todo o amor que podem dar aos que vão ingressar nos fluidos da carne. Nós já reencarnamos muitas vezes, e poderemos voltar muito mais, herdando a Terra como promessa da Luz. Preparamo-nos com Jesus. As Suas escolas são inúmeras na face da Terra, de sorte a nos levar para a tarefa do aprendizado com coragem e alegria.
O prelúdio da volta pode ser a intuição que temos no fundo d'alma e a necessidade de crescimento espiritual. Oremos e trabalhemos, cultuando a caridade, que ela nos levará aos campos de luta, de modo que venceremos a nós mesmos, conhecendo as nossas necessidades e despertando os nossos valores na amplitude do amor.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

27.1.16

A Importância do Perdão

O homem tem a necessidade de perdoar. Pode ser difícil, pode custar tempo, mas é imperioso perdoar aos nossos ofensores.
Jesus nos pediu que perdoassemos não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete, o que importa, portanto, é perdoar.
Ele mesmo, ao falar o Pai Nosso, lembrou, igualmente, da necessidade do perdão e adicionou mais uma variante no ato de perdoar: pedir que Deus nos perdoe na proporção que perdoarmos. Ou seja, para pedir perdão sobre o mal que fizemos a alguém é necessário que tomemos a iniciativa de perdoar.
Por que, no entanto, temos tanta dificuldade de exercitar o perdão?
Penso que a dificuldade maior é o nosso egoísmo, é o nosso orgulho de cada dia.
Alguém nos ofendeu, quer dizer, alguém foi de encontro a um direito inalienável que eu tinha. Alguém me prejudicou de alguma forma: mentiu, constrangiu, injuriou...
Ora, foi de encontro a algo que me pertencia, me diminuiu perante os demais, tolheu a minha imagem que eu construo a duras penas. E agora, como recuperá-la?
Se me feriu, pensam muitos, tenho o direito de ferir também. Será na mesma moeda. Por esta forma de pensar, tenho visto aqui e aí grandes prejuízos na vida de muitos. Devo eu devolver no mesmo tom a ofensa recebida?
Claro que não!
O perdão não é o esquecimento, é o entendimento de que o outro errou contra mim, mas porque ele estava em desequilíbrio, porque ele ainda não atentou à verdade, porque ele ainda guarda atraso no seu coração.
Quando compreendemos a razão do outro – o que não quer dizer aceitar -, mas compreender, passamos a dar um desconto enorme naquele gesto impensado do outro.
É claro que muita gente não se endireita. Podemos perdoar (entender), mas ele há de fazer tudo novamente com outra pessoa. Bem, o problema é dele, não é seu. A vida vai lhe encarregar de mostrar os seus erros e a cobrança de reparo virá naturalmente, mas não deve nunca ser de você.
A falta do perdão é elemento gerador do ódio, da dissensão, do afastamento, da mágoa, das desavenças, da vingança, do desamor.
Ora, se você perdoa, meu caro, você se livra de tudo isso num gesto só. Que maravilha, não?
Eu perdoo aos meus ofensores já há algum tempo. Confesso que é deverasmente difícil. Fico em remoendo por dentro que é uma coisa, mas não deixo me levar pela propensão de odiar, isso não, porque me fará muito mal.
Quando saio de mim e procuro as razões do outro, parece que começo a ficar mais leve, mais tranquilo, o coração desaperta. Então, já estou ganhando, mesmo se eu ainda não consumar o ato do perdão.
A dívida é do outro, não minha, então é melhor assim, não é?
Tente perdoar seu ofensor. Tente compreendê-lo nas suas razões intrínsecas de desmando contra você. Tente ficar no lugar dele e verá, no fundo, o quanto ele é infeliz e, muitas vezes, nem sabe, nem percebe.
Meus queridos, deixo um abraço caloroso de um velho que aprende todo dia a arte de perdoar, um tantinho assim que seja.
Paz,

Helder Câmara – blog Novas Utopias

26.1.16

RECRIANDO A VIDA

Se todos os espíritos, ao desencarnarem, por espontânea vontade ou não, se esclarecessem na Vida de Além-Túmulo, natural que, ao reencarnarem, o fizessem isentos de seus erros.
E assim, consequentemente, a necessidade do esquecimento do passado, que é Lei Natural, careceria de sentido, porquanto, então, os espíritos não se mostrariam tendentes a repetir os equívocos cometidos.
Mas, como a Vida, depois da morte, prossegue sem transformação substancial da criatura, a verdade é que os espíritos continuam a ser o que eram na Terra, e, não raro, infelizmente, retornam a novo corpo carnal quase sempre os mesmos.
Vigindo para o mundo físico a Lei de que “nada dá saltos”, para o mundo moral não poderia ser diferente, e semelhante Lei, com maior propriedade, a ele se aplica.
A desencarnação, que nos despoja do envoltório grosseiro, não nos afeta a essência – antes, porém, em sentido positivo, nos afetasse, e, sem esforço de nossa parte, promovesse a nossa renovação.
O grão de areia, ao reencarnar, vira pérola, mas isso não acontece se não gradativamente, na intimidade da ostra.
O fruto, ao desencarnar, volta a ser semente, com as mesmas características do fruto que foi.
Aperfeiçoamento genético, e, principalmente, aperfeiçoamento anímico, é obra paciente do tempo, através das múltiplas experimentações a que, no laboratório da Natureza, o “princípio material” e o “princípio inteligente” se submetem.
E por que o ser inteligente, ao ver-se fora do corpo, não logra pensar fora dos padrões aos quais se encontra habituado, ele tende a recriar em torno em si a vida que deixou na Terra – ou, por outra, ao ver-se, outra vez, no corpo denso, ele tende a recriar na Terra a vida que deixou no Mundo Espiritual!
Entretanto, em tal de processo de recriar, evidentemente, que novos valores, adquiridos tanto no Mundo Espiritual quanto na Terra, vão sendo acrescentados, pois, caso contrário, em nenhum dos Dois Lados, a Evolução se faria.
O espírito, portanto, encarnado ou desencarnado, não pode desprezar a experiência que vivencia, porque toda e qualquer ação futura, por menor seja, é consequência da ação presente.
Diante do exposto, muito difícil compreender quem, por exemplo, defende um Mundo Espiritual em transcendência, por habitat do espírito após o seu desenlace corporal – semelhante prodígio, se ocorresse, contrariaria a Lógica de todos os fenômenos observáveis na Criação Divina.
Há quem diga que a evolução do espírito é lenta – todavia, diante da eternidade do Tempo, o que pode ser classificado como sendo lento ou rápido?!
O fruto que é amadurecido artificialmente sempre perde em qualidade e sabor...
Nenhuma lâmpada que se acenda dentro de casa produz a mesma luminosidade no ambiente que a dos raios do Sol, quando entram pela janela...
Para a Evolução do ser, nenhum artifício evolutivo faz-se possível – e, antes que me contestem, apresso-me em dizer que a capacidade de amar não é um artifício evolutivo, mas, sim, o móvel da própria Vida.
Não esperemos, pois, seja onde estivermos, que a Vida, em torno, ou mesmo alhures, nos surpreenda com transcendência, sem que a tenhamos transcendido em nós mesmos.


INÁCIO FERREIRA Blog Mediunidade na Internet

25.1.16

Agenda Brasil

Diante da situação de vexame que passa o Brasil não há outra alternativa senão ter esperança.
Já escrevi muito sobre isso nas linhas deste blog. A esperança é que nos faz estar atento a construir algo melhor do que aí está.
Esperança, porém, não significa passividade como muitos podem pensar. Esperança representa a ação corajosa de esperar em algo melhor no trabalho de modificação da situação posta.
Portanto, esperança não deve significar jamais braços cruzados, isto definitivamente não é esperança, é acomodação.
O País anda mal das pernas, todos sabemos. Os indicadores sociais se deterioram. Os níveis econômicos caem. Tudo indica para uma grande recessão associada a uma inflação cada vez mais galopante. Em tudo isso, sabemos, há a marca da incompetência generalizada. Não apenas do governo instalado, mas da oposição vigente. Tanto um quanto o outro não possuem, verdadeiramente, um projeto para o Brasil. Possuem sim, interesses divergentes que, no fundo, se encontram de alguma forma. Isto não é bom para o País.
O Brasil somente sairá definitivamente do caos em que se instalou no instante que definir um projeto claro de País que deseja ser. Um projeto construído por várias mãos, de todos os setores e segmentos da sociedade, algo que todos possam visualizar e saber que caminhamos naquela direção.
As esperanças se renovam quando verificamos que estamos todos juntos numa mesma proposta redencionista, que não é projeto de um só ou de num grupo restrito. Que tal verificar o que é comum para todos nós e se propor uma agenda mínima consensual para o País para sair da situação em que está? Naturalmente devem sentar-se à mesa aqueles que possuam credibilidade para a negociação, de um lado e de outro.
Um agenda mínima para o País é um pacto consensualizado do que se pode fazer hoje, imediatamente, já, sem demora. Ninguém queira sair ganhando neste processo de negociação, pois quem deve sair na vantagem é o povo brasileiro que paga diariamente a conta dos desmandos, seja pela negligência, seja pela incompetência ou mesmo pela desonestidade dos homens públicos.
Se não dermos um freio de arrumação todos sairão perdendo. Se alguém em individual queira tirar vantagem que seja imediatamente desqualificado de estar nesta roda de conversa consensual. O exemplo será importante para que outros não se sintam estimulados a fazer o mesmo.
O que é importante para que isto aconteça?
Disposição? - Sim.
Desinteresse? – Sim.
Paciência? – Sim.
Diria, resumidamente, o que se necessita neste instante e especialmente para fazer esta obra coletiva é espírito público.
Espírito público é algo tão esquecido no nosso País, tão fora de moda, mas é exatamente este artigo em extinção a pedra de toque para as mudanças urgentes que o País reclama, que o povo exige.
Que assim seja feito. Oramos por isso no lado de cá da vida. Somos todos responsáveis pelas nossas escolhas, a nossa é pela paz social, é pela prosperidade de todos, é pela felicidade coletiva.


Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um imortal.

24.1.16

Decálogo da Desobsessão

    Não permita que ressentimento ou azedume lhe penetrem o coração.
    Abençoe quantos lhe censuram a estrada sem criticar a ninguém.
    Jamais obrigue essa ou aquela pessoa a lhe partilhar os pontos de vista.
    Habitue-se a esperar pela realização dos seus ideais, trabalhando e construindo para o bem de todos.
    Abstenha-se de sobrecarregar os seus problemas com o peso inútil da ansiedade.
    Cesse todas as queixas ou procure reduzi-las ao mínimo.
    Louve, - mas louve com sinceridade, - o merecimento dos outros.
    Conserve o otimismo e o desprendimento da posse.
    Nunca se sinta incapaz de estudar e de aprender, sejam quais forem as circunstâncias.
    Esqueçamo-nos para servir.


Livro: Paz e Renovação - Francisco C Xavier - André Luiz - Diversos Espíritos

23.1.16

NOVA ENCARNAÇÃO

“Ano novo, vida nova” –
Repete antigo rifão,
Mas o tempo, para muitos,
Prossegue passando em vão.

Pouca gente valoriza,
Na Terra, o grande atributo,
Que Deus ao homem concede
No tesouro do minuto.

Ano novo para muitos
É somente calendário,
Continuando a viver
No mesmo antigo cenário...

Feito peça de teatro,
Que dando bilheteria,
Fica um tempão em cartaz
Repetindo todo dia.

Os seus artistas no palco,
Em cena tanto estudada,
Nem sequer mais improvisam
Na fala já decorada.

Desperdício de talento,
De quem disso não se inteira,
Sempre no mesmo papel
Consumindo vida inteira.

Aproveita, meu irmão,
O minuto que te afaga,
Pois o minuto é uma luz
Que brilha e logo se apaga.

Dentro da própria existência
Em que te vês em ação,
Cada dia pode ser
Uma nova encarnação!...

Eurícledes Formiga

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, na manhã de sábado do dia 16 de janeiro de 2016, em Uberaba – MG).

22.1.16

CRISTO-REI

        Então lhe disse Pilatos: Logo tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. (João, 8:37)

        Cristo-Rei desceu no plano físico para influir em nossos destinos, armazenando em nossos corações sentimentos da mais alta moral, fazendo-nos sentir a verdade, aquela que liberta a alma das impurezas que a levam ao desespero.
        Pilatos mais uma vez se equivoca, posicionando o mestre como rei do mundo, e Jesus lhe respondeu de forma sobremaneira prudente, mas com convicção: Tu dizes que sou rei. O representante de Roma na Palestina não compreendeu a verdade, nas sutilezas das respostas do Senhor, que afirma mais adiante: Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo a fim de dar testemunho da verdade.
        O Cristo não precisava do lugar de César, nem da política do mundo para ser rei, pois é o Rei desde o princípio da Terra, e será sempre nosso guia em direção a Deus. Ele alcançou a magia divina que dota-O de poder como grande Educador Cósmico, e legiões de anjos de todas as esferas estão a postos, ao Seu lado, executando Suas determinações em todos os sentidos em que o amor seja a meta.
        O interesse mais urgente do Mestre é renovar os homens, sepultar o homem velho e dar nascimento ao homem novo, ampliando seus dons excelentes em todas as dimensões em que a caridade for chamada a servir, em todos os lugares em que a fraternidade possa brilhar como o sol de primeira grandeza.
        Cristo é verdadeiramente o Rei do nosso mundo interno, pois então lhe disse Pilatos: Logo tu és rei?
          Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei.
          Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade.
          Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.


Livro: Cristos - João Nunes Maia - Miramez

21.1.16

RESPEITO INSTINTIVO

Questão 329 do Livro dos Espíritos

Os homens sempre consagraram respeito aos mortos, tanto que levantam monumentos em sua honra e formulam muitas atividades baseadas em suas lembranças. Isso porque está vibrando em sua consciência conhecimento de que ninguém morre e da lei de reencarnação, por ter passado por muitas e muitas experiências nesse sentido.
Todos têm a pré-ciência de que a vida continua, e nessa certeza instintiva, fazem o que está ao alcance, em favor dos chamados mortos. Pode-se notar isso no "Dia de Finados", quando os pensamentos se voltam para os mortos fazendo orações do modo que suas crenças determinam, e muitas pessoas têm sonhos com os que partiram, pedindo e agradecendo suas manifestações de carinho e de amor.
O campo-santo torna-se o lugar de encontros dos dois planos, onde o choro e os sentimentos de tristeza aflorados e lembranças saturam o ambiente, que não se torna muito fácil para os sensitivos. São cargas pesadas para os ombros dos médiuns. os Espíritos iluminados que ali comparecem é para ajudar os que sofrem nos dois planos, uns abraçados aos outros, em trocas de energias similares que provocam muitos distúrbios psíquicos nos Espíritos envolvidos.
Seria muito bom se todas as religiões e filosofias espiritualistas ensinassem aos seus seguidores que a vida continua depois do túmulo com as mesmas paixões e virtudes, que o maior amparo que podemos oferecer uns aos outros é o da paz interna, é o da oração com a vida reta. Somente palavras vazias, o vento as leva, sem que o alívio apareça para aquele a quem está destinada à prece.
A melhor coisa que existe é cada um, seja em um plano, seja no outro, procurar trabalhar dentro de si nas mudanças necessárias, como ensina Jesus: perdoar todas as ofensas e calúnias, não odiar a ninguém, fecundar as idéias de amor cada vez mais no coração, procurando entender o verdadeiro amor e amar todos e tudo; quando, por acaso, ofender alguém, que busque se desculpar e não cometer mais esse ato; mudar todos os dias a tristeza, em alegria que eleva; desconhecer a maldade e abraçar a justiça. Nesse caminho as nossas limitações, que se iluminam com Jesus, irão sendo superadas passo a passo, de modo que descobrimos o céu em nós, a brilhar, como sendo o Cristo no coração.
Devemos considerar de algum proveito o "Dia dos Mortos" para aqueles que ainda são cegos às verdadeiras necessidades das almas que já partiram, no entanto, aquele que conhece um pouco dos ensinamentos de Jesus já o vê de forma ampliada; ama em Espírito e verdade, lembrando-se de Jesus, quando Ele disse: "Deixai aos mortos o cuidado de enterrar os mortos”. Quem se encontra vivo, que procure os vivos, amando-os em Espírito e verdade.
Conciliemos as verdades de Jesus com as que apresenta a Doutrina dos Espíritos e veremos como elas se afinam na mesma conjuntura de vida, passemos a ajudar aos cegos quando eles se dispõem a serem ajudados. Não pode haver violência em consciência alguma. A maturidade é o ponto de início para novas revelações da vida espiritual.
Tudo que é forçado desarmoniza e pode retardar os sentimentos em ascensão. Compete a cada um observar a aceitação do companheiro e respeitar sua posição ante a sua consciência. Deus sabe a hora das mudanças individuais e coletivas, e como usar seus filhos maiores para instruir e educar os que se encontram na retaguarda.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia - Miramez

20.1.16

RAZÃO

202 –No problema da investigação, há limites para aplicação dos métodos racionalistas?
-Esses limites existem, não só para a aplicação, como também para a observação; limites esses que são condicionados pelas forças espirituais que presidem à evolução planetária, atendendo à conveniência e ao estado de progresso moral das criaturas.
É por esse motivo que os limites das aplicações e das análises chamadas positivas sempre acompanham e seguirão sempre o curso da evolução espiritual das entidades encarnadas na Terra.
203 –Como apreciar os racionalistas que se orgulham de suas realizações terrestres, nas quais pretendem encontrar valores finais e definitivos?
-Quase sempre, os que se orgulham de alguma coisa caem no egoísmo isolacionista que os separa do plano universal, mas, os que amam o seu esforço nas realizações alheias ou a continuidade sagrada das obras dos outros, na sua atividade própria, jamais conservam pretensões descabidas e nunca restringem sua esfera de evolução, porquanto as energias profundas da espiritualidade lhes santificam os esforços sinceros, conduzindo-os aos grandes feitos através dos elevados caminhos da inspiração.


Livro: “O Consolador” – Francisco C. Xavier Espírito - Emmanuel – Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

19.1.16

A Busca da Paz

Quem vier a buscar a paz que faça inicialmente dentro de si mesmo.
Não a busque em lugares santos, embora ela esteja lá.
Não a procure em templos sagrados, apesar dela residir neles.
Não a persiga nas religiões, seja ela qual for, mas é claro que também nelas você a encontrará.
A paz não estará no outro, o outro, porém, poderá doar a que ele já conquistou.
Se desejar firmemente a paz procure-a primeiramente no seu coração. Ela reside neste espaço diminuto dentro do seu peito.
Lógico que não falo do órgão físico, a paz está dentro de você porque será pela linguagem dos sentimentos que você a identificará.
Por isso, Jesus desejou sempre a sua paz e adiantou que a dele não seria aquela que estamos acostumados a ter no mundo.
A paz de Jesus reside na consciência plena da divindade em nós. Quando realizamos esta descoberta estaremos em permanente paz.
As guerras, a violência, o desrespeito humano, as crises, as torturas, os conflitos de toda ordem, representam em si a ausência de Deus, por isso não há paz.
O homem não vive bem sem a paz. Ele jamais estará em harmonia se não estiver em paz.
Tamanha é a importância da paz na vida do ser humano que é comum o cumprimento, aqui no mundo espiritual e entre vocês do plano físico, desejando que o outro esteja em paz.
A paz de Jesus com você!
A paz de Alá em sua vida!
A paz de Deus para todos!
Sempre a paz.
Francisco de Assis cantou belamente a paz nos seus versos consagradores ao pedir ao Pai que fosse ele instrumento dela.
Se queremos a paz, façamos a paz.
O argumento miserável de que para obtermos a paz necessitamos estar preparados para a guerra é um completo sofisma dos armamentistas e secos de Deus.
Paz é uma postura interior que se reflete onde estejamos, com quem estejamos e no que estivermos fazendo.
Por essa razão, o mundo exterior poderá estar em abalo, em turbulência, mas o possuidor da paz estará sempre em serenidade porque aprendeu que ela não provém do ambiente exterior, mas que é criação da própria alma.
A paz é conquistada diariamente, no esforço próprio de aperfeiçoamento em Cristo, na compreensão das limitações alheias e das suas próprias.
Se queremos mudar o mundo que comecemos a mudar a nós mesmos, impondo-nos a disciplina da paz.
Pouco a pouco, quando menos observar, estaremos falando de paz, pensando na paz, operando na paz.
Paz para todos!
Helder Câmara – Blog Novas Utopias

18.1.16

LEVARÁ DÉCADAS

“Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno.” – Marcos, 4:29.

Certas palavras de Jesus, se realmente ditas como cremos que foram, soam pesadas demais aos ouvidos, desafiando a nossa capacidade interpretativa.
É o caso, por exemplo, das palavras que, sendo anotadas por Marcos, encimam as nossas reflexões nesta página de Ano Novo.
Polêmicas à parte, no que tange à verdade de que Chico Xavier, de fato, seja a reencarnação de Allan Kardec, nós ficamos a pensar na grande responsabilidade assumida por aqueles que, calculadamente, inclusive recorrendo a mentiras, contestam semelhante realidade.
Sim, porquanto na defesa da referida tese não estamos tomando a defesa de Chico Xavier, que, de maneira alguma, necessitaria que o fizéssemos diante da grandiosa Obra que realizou, e que, sem dúvida, fala por si mesma.
Tampouco pretendemos nivelar o trabalho desempenhado pelo Codificador e a tarefa cumprida pelo Médium, porque para nós, a rigor, elas não se distinguem uma da outra – não sofreram, e não sofrem solução de continuidade, com ambas se complementado naturalmente. A Codificação, sem a Obra Mediúnica de Chico Xavier, limitar-se-ia, e esta sem aquela não se expandiria.
Infelizmente – e repetimos à saciedade –, os que combatem, até de maneira sistemática, que Chico não fosse Kardec reencarnado não enxergam o mal que fazem à Doutrina – e não, claro, a nenhum deles, que, sempre fiéis ao Cristo, permanecem indiferentes às nossas tricas doutrinárias.
Existem supostas lideranças na Doutrina que, talvez, desejassem, elas mesmas, serem a reencarnação do Codificador, sendo que, para tanto, simplesmente bastaria que tivessem codificado o Espiritismo, e não o deturpado, qual, lamentavelmente, o fizeram, e continuam a fazê-lo até hoje.
Neste sentido, as dúvidas que espalharam, a partir de depoimentos tendenciosos, defendendo interesses particulares, a nosso ver, levarão décadas para se diluírem, até que, sob a ação inexorável do tempo, a soprar, feito o vento sobre as dunas, de maneira constante, dos rastros das serpentes, a colearam na areia na existência humana, não mais reste nenhum sinal...
O mais curioso é que, na maioria das vezes, os que contestam que Chico tenha sido Kardec reencarnado, quando percebem a inutilidade de seus argumentos, pregam que se faça incompreensível silêncio em torno do assunto, alegando que isso não faz a menor diferença, quando, para nós outros, os adeptos da referida tese, não só faz diferença, como faz toda ela!...
Convém esclarecer aos nossos irmãos bem intencionados no assunto, que, nos últimos tempos, dos três principais contrários a Kardec como sendo Chico, um deles, quando em Pedro Leopoldo, depois de criar vários problemas, abandonou Chico Xavier; outro, ao longo da permanência do Médium na cidade de Uberaba, de 1959 a 2002, quando, então, desencarnou, só esteve com ele uma única vez, e assim mesmo para encontrar o terceiro numa festa de entrega de título de cidadania uberabense; e, por fim, o terceiro – ah, o terceiro! – terceirizou a Doutrina em seus próprios interesses...
Agora, vai aqui um pequeno puxão de orelhas em mim mesmo, quando ouso perguntar aos sobreviventes da velha geração – aos mais jovens deles –, que ainda possuem um fôlego de vida no corpo carnal: Por que se encontram tão emudecidos na defesa da Verdade?! Afinal, o que temem?! Onde estão vocês?! A caridade da Verdade nem sempre se pratica com a caridade do silêncio!...
Ah, como nos estão fazendo falta na Terra espíritos da coragem, por exemplo, de um José Gonçalves Pereira, fundador da Casa Transitória, em São Paulo, e de um Spartaco Ghilardi, fundador do Centro Espírita “Batuíra”, também na capital paulista, e de um José Martins Peralva Sobrinho, diretor da “União Espírita Mineira”, e de um Clóvis Tavares, fundador da “Escola Jesus Cristo”, na cidade de Campos, Rio de Janeiro, e de um Jarbas Leone Varanda, diretor da Aliança Municipal Espírita, em Uberaba, e de uma Heigorina Cunha, de Sacramento, sobrinha de Eurípedes Barsanulfo, e de uma Antusa Ferreira Martins, extraordinária médium em Uberaba, que era surda e muda, mas não boba, e de uma Maria Philomena Aluotto Berutto, carinhosamente chamada D. Neném, Presidente da “União Espírita Mineira”, em Belo Horizonte, e de uma Aparecida Conceição Ferreira, a D. Aparecida do “Hospital do Fogo Selvagem”, em Uberaba, e de uma Sylvia de Almeida Barsante, da cidade de Araxá, Minas Gerais, fundadora do C. E. “Os Caminheiros”, e ainda de uma Corina Novelino, também de Sacramento, autora do livro “Eurípedes – o Homem e a Missão”, e ainda...


INÁCIO FERREIRA – Bolg Mediunidade na Internet

17.1.16

A Nova Ciência

O que esperar da humanidade?
O jogo que disputamos no dia a dia leva-nos a pensar: até onde tudo isso vai chegar?
É extremamente duro, cruel até, imaginar que tudo que fazemos, que tudo que produzimos, que tudo que criamos e vivenciamos, possa vir a dar em nada. Uma tremenda inutilidade o existir.
Muita gente pensa dessa forma. Amar, trabalhar, sofrer, sentir e tudo isso cair no vazio. Que bobagem, então, seria viver.
Por causa disso, dessa vontade indômita do ser humano de continuar a existir, é que o Pai Eterno nos trouxe a proposta da imortalidade para que possamos refletir sobre ela.
Esta causa é antiga. Desde o primeiro ser humano encarnado na Terra, ele, mesmo que embrionariamente, se imaginava como alguém que poderia subsistir a tudo – e com toda a justiça. Não é concebível, a qualquer ser que exista e possua o mínimo de raciocínio, não querer preservar a sua própria vida.
Nestes tempos que evolui o ceticismo, que amplia-se em grande escala a ideia do materialismo, é contraditório imaginar que fiquemos apenas limitados a crer que somos seres puramente materiais. O transcender a esta ideia resume a vontade de todos nós, mas é preciso dar um passo a mais.
O problema, meus senhores, é que criamos demasiadamente um raciocínio materialista na análise das coisas. A ciência está impregnada da matéria. O que vale é o que pode ser detectado pelos sentidos físicos, além disso, dizem, é pura ilusão. Desse jeito, efetivamente, não iremos avançar para a espiritualidade.
Quando o senhor Allan Kardec trouxe o compêndio da filosofia dos espíritos há mais de um século e meio, fez-nos grande favor às nossas mentes materialistas.
Ele ousou pautar o raciocínio positivista reinante à época com os dados e as informações que vinham dos espíritos. É claro que para ele tudo aquilo se constituía numa novidade, mas ele permitiu-se aprender, evoluir nos seus conhecimentos, avançar nas suas crenças.
Esta postura de flexibilidade, pelo menos de admissão que possa existir outra maneira de ver as coisas, deveria ser seguida pelos intelectuais de todas as épocas, principalmente a atual.
Os cientistas de plantão deveriam permitir pensar na hipótese da imaterialidade, por que não?
O que teriam a perder com isso?
Para muitos isto é impensável, pois teria que se contrapor a tudo que defendeu até então.
Para alguns outros, o que perderia Tempo? Prestígio? E se saísse algo interessante destas pesquisas?
Vários cientistas já admitiram a hipótese da não morte do ser, mas a sua transformação ou, no mínimo, a permanência da consciência noutro estado que, logicamente, não poder ser o físico.
A admissão desta hipótese é grandemente festejada em alguns círculos científicos e representam uma vanguarda para muitos, o preconceito, porém, é evidente para a maioria.
A ciência espírita haverá de se desenvolver pela força natural das coisas. Há muitos cientistas que voltarão à Terra com o único objetivo de desmascarar a crença limitante da matéria. Estão aprendendo com os espíritos os mecanismos de funcionamento da realidade plena.
Este dia não irá demorar muito porque a matéria está dando sinal de exaustão. Não consegue mais explicar todos os fenômenos existentes, fugindo-lhe da competência atual o paradigma da imortalidade ou transcendência do ser.
E assim a humanidade evoluirá.
O que esperamos é que os prejuízos da causa materialista não sejam grandiosos como está sendo a ponto de atrapalhar o progresso prometido pelo Senhor Jesus ao planeta que mourejamos.
O progresso virá, queiram uns ou não admitir o que é natural e insofismável. Terão, logicamente, que reaprender aquilo que imaginava já possuir, o conhecimento generalizado de todas as coisas, isso porque, depreenderá, que estaremos, todos nós, apenas no começo da enorme revolução do conhecimento que advirá.
Estejamos prontos para este imenso desafio que é mudar a nós mesmos. Esta é a revolução maior a ser empreendida.
Com afeto,

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

16.1.16

CONVITE À MEDIUNIDADE

    Médiuns todos o somos, e mediunidades possuímo-las todos nós.
    Aprimorá-la ou descurá-las, relegando-as a plano secundário, é responsabilidade que cada um exerce mediante o próprio arbítrio.
    A argila maleável nas mãos do oleiro é a médium do vaso.
    O ferro em ignição na bigorna e malho do operário é médium da forma que plasma.
    Deixando-se conduzir pelas mãos do Operário Divino, o homem modela e executa as construções mentais superiores, tornando-se cooperador na Obra de Nosso Pai.
    Recalcitrando à inspiração elevada, deixa-se, maleável, arrastar por outras ondas de pensamento, colaborando, às vezes, inconscientemente na formação das paisagens de dor, de sombra e de desdita para os outros como para si mesmo.
    A verdade é que todos estamos interligados, em ministério mediúnico ativo, incessante, graças aos múltiplos dons de que nos achamos investidos.
    Vinculados espírito a espírito pelo impositivo da evolução, desde que constituímos famílias que formam a grande família universal, sintonizamo-nos reciprocamente pelas afinidades e aptidões, ideais e desejos em conúbio imenso de que somente o amor consegue os objetivos elevados, libertadores.
    Assim sendo, medita nas possibilidades mediúnicas de que te encontras possuído e eleva-te pelo exercício das ações nobilitantes, de modo a desdobrares os recursos positivos na realização do bem a que o Senhor a todos nos convoca.
    Certamente uns estão melhormente aquinhoados pelas faculdades mediúnicas que lhes são concedidas para a própria edificação à luz consagradora da Doutrina Espírita que é a única diretriz segura com Jesus para o ministério abençoado de iluminação na Terra.
    Se, todavia, não experimentares os sintomas mais evidentes da mediunidade, transforma-te espontaneamente em instrumento do amor e acende a lâmpada do auxílio fraterno no coração, a fim de que a caridade te transforme em médium da esperança entre os que aspiram a um Mundo renovado e ditoso para o futuro, desde hoje.


    Livro: Convites da Vida - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis

15.1.16

CONVITE AO TRABALHO

    Na hora do desespero, exclamas: "é demais!"
    Acoimado pelo sofrimento, descarregas: "Não suporto mais."
    Vitimado pela incompreensão, gritas: "Ninguém me compreende."
    Dominado pelo cansaço, proferes: "Irei parar por aqui."
    Sob o açodar do desânimo, afirmas: "Faltam-me forças."
    Malsinado pela ingratidão, desabafas: "Nunca mais."
    Ante as injunções da época, explicas: "Não serei eu a sacrificar-me."
    Há outras expressões constantes, que atestam os momentos infelizes, em que, não raro, cristãos e espíritas lúcidos saturados das relações habituais e dos contínuos insucessos desta ou daquela natureza, permitem revelar o estado de ânimo, gerando desalinho interior e fomentando o desequilíbrio nos demais companheiros, que deles esperam a lição da segurança e da harmonia, em qualquer circunstância das atividades evolutivas nas quais te encontras empenhado.
    Mister retificar a conceituação, quando clarificado pelo Evangelho de Jesus Cristo. Consubstanciá-lo nos atos diários é tarefa inadiável, que não se pode procrastinar.
    O trabalho é sempre veículo de renovação, processo dignificante, em cujo exercício o homem se eleva, elevando a humanidade com ele.
    Sejam quais forem as tuas possibilidades sociais ou econômicas, trabalha!
    Se necessitas armazenar moedas, com finalidade previdenciária, trabalha sem desânimo.
    Se projetas a aquisição honrosa da paz e do pão, trabalha com proficiência.
    Se és independente, trabalha pelo bem comum, convertendo a hora da ociosidade em bênção para os outros.
    Trabalhando, estarás menos vulnerável à agressão dos males ou à leviandade dos maus. O trabalho é mensagem de vida, colocada na direção da criatura para construir a felicidade que todos perseguimos.
    Recorda o apelo do Mestre: "Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará", e não desfaleças, porque o trabalho contínuo e nobre falará pelos teus pensamentos e palavras em atos que te seguirão até além das fronteiras da vida
orgânica.


Livro: Convites da Vida - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis

14.1.16

Questão 328 do Livro dos Espíritos
REUNIÃO DOS HERDEIROS

As decepções do mundo das formas servem para despertar a alma, que parte para o Além, para a evolução em que se encontra o homem. Quase que podemos generalizar que todas as criaturas da Terra - felizmente existem exceções - são apegadas aos bens materiais. Mesmo quando não o dizem, o pensamento trabalha como agente da usura, querendo amealhar ouro e mais ouro, mesmo sabendo que ele é fonte de ilusões, ainda mais quando mal granjeado.
Devemos consolidar nosso verdadeiro tesouro, aquele que a ferrugem não estraga, nem a traça corrompe. São as riquezas da alma, o despertar dos dons de ouro divino no coração. O Espírito, por vezes, tem uma vida tranqüila quando no mundo, juntamente com os seus familiares. Ao passar para a vida espiritual, e quando lhe é concedido, ele assiste às brigas dos familiares ante os bens que deixou. Isso perturba sempre o sossego do Espírito que também não construiu sua paz interior.
Uma família que briga pela divisão dos bens materiais de herança, é, pois, infeliz, pelo apego às coisas transitórias, o que dá origem ao ódio e, por vezes, à própria morte. Falta quase sempre o respeito ao que partiu e que, em muitos casos, se encontra presente esforçando-se e sofrendo para pacificar os que ficaram, inconscientes da existência do amor e do perdão.
Exemplos de desprendimento dos grandes vultos da humanidade não faltam, sendo que o maior de todos eles é Jesus Cristo. Deus é tão infinitamente bom que, do ambiente de usura, da briga de família pelos bens que se dividem pela justiça, como herança, Ele permite as lições que modificam o comportamento do que partiu, ao assistir às tribulações pelo ouro, o qual antes pensava que o comportamento dos herdeiros era outro e que mudou pela ganância do ouro e pela liberdade que antes não tinham.
Em muitos casos as fortunas deixadas não foram bem adquiridas, no entanto, a justiça não perde o injustiçado nem os que abusavam das posições que ocuparam no mundo. Ela é justiça em todos os caminhos e em todos os planos. Quase todas as reuniões de herdeiros são marcadas pelo desentendimento, que nascem da usura e muitos ficam cegos pelo ouro, sem mesmo observar os menos favorecidos.
Os que se foram, assistindo a esses dramas, notam que a sua verdadeira família é universal, quando ele tem algum entendimento espiritual. Quando é ignorante, briga com os que ficaram, intrometendo-se entre eles com as mesmas paixões e a mesma ganância pelo ouro.
Jesus não esqueceu de falar ao jovem rico com certa energia: - Vende tudo que tem, dá aos pobres e segue-me. E em outra feita: Aquele que não deixar pai e mãe, irmãos e parentes para me seguir, não é digno de mim. É, pois, o desprendimento, de maneira a aliviar o coração e a consciência.
Estar com Jesus é bem melhor. Se participamos de alguma herança e se ela se encontra maculada pelo ódio e discussões, cedamos nossa parte aos que precisam mais e oremos por eles, porque de nada vai nos valer um punhado de moedas recheadas de maldições. Lembremo-nos de Judas. As suas mãos queimavam com as vibrações do dinheiro que não ganhara com o suor do seu rosto.
Preparemo-nos de uma vez e enquanto isso, andemos com os homens a caminho, para o perdão, para o desprendimento, de sorte que a nossa consciência fique em paz e o nosso coração na luz do Cristo, recebendo a paz do Senhor.
A maior herança que todos podemos e devemos receber é a que Nosso Senhor Jesus deixou para toda a humanidade: a herança do Evangelho, aquele que não se desgasta com o tempo e sempre cresce quando sua semente é colocada no coração.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

13.1.16

RAZÃO

199 –Poderá a Razão dispensar a Fé?
-A razão humana é ainda muito frágil e não poderá dispensar a cooperação da fé que a ilumina, para a solução dos grandes e sagrados problemas da vida.
Em virtude da separação de ambas, nas estradas da vida, é que observamos o homem terrestre no desfiladeiro terrível da miséria e da destruição.
Pela insânia da razão, sem a luz divina da fé, a força faz as suas derradeiras tentativas para assenhorear-se de todas as conquistas do mundo.
Falastes demasiadamente de razão e permaneceis na guerra da destruição, onde só perambulam miseráveis vencidos; revelastes as mais elevadas demonstrações de inteligência, mas mobilizais todo o conhecimento para o morticínio sem piedade, pregastes a paz, fabricando os canhões homicidas; pretendestes haver solucionado os problemas sociais, intensificando a construção das cadeias e dos prostíbulos.
Esse progresso é o da razão sem a fé, onde os homens se perdem em luta inglória e sem-fim.
200 –Onde localizar a origem dos desvios da razão humana?
-A origem desse desequilíbrio reside na defecção do sacerdócio, nas várias igrejas que se fundaram nas concepções do Cristianismo. Ocultando a verdade para que prevalecessem os interesses econômicos de seus transviados expositores, as seitas religiosas operaram os desvirtuamento da fé, fixando a sua atividade, por absoluta ausência de colaboração com o raciocínio, no caminho infinito de conquistas da vida.
201 –No quadro dos valores racionais, Ciência e Filosofia se integram mutuamente, objetivando as realizações do espírito?
-Ambas se completam no campo das atividades do mundo, como dois grandes rios que, servindo a regiões diversas na esfera da produção indispensável à manutenção da vida, se reúnem em determinado ponto do caminho para desaguarem, juntos, no mesmo oceano, que é o da sabedoria.


Livro: O Consolador – Francisco C Xavier – Emmanuel - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

12.1.16

UM OBSESSOR NO CENTRO ESPÍRITA

Num centro espírita famoso e muito frequentado, senhor Raimundo estava iniciando os trabalhos de desobsessão. Seu Raimundo, como bom doutrinador espírita há mais de 30 anos, fez uma prece de abertura e pediu a Jesus que ajudasse a libertar todos os irmãos que viessem a sala de desobsessão do sofrimento que atravessavam.
Raimundo viu o médium incorporar um espírito que dizia estar no umbral, sofrendo muito por conta da raiva e mágoa que sentia de um desafeto. Senhor Raimundo iniciou então os procedimentos da desobsessão clássica e disse que o espírito deveria perdoar o desafeto, pois a lei do amor é a nossa salvação.
O espírito incorporado, com olhar penetrante, disse:
– E porque devo confiar em você?
– Ora meu irmãozinho – disse Seu Raimundo – Estamos aqui num centro espírita, onde os ensinamentos de Jesus são praticados. Nós aqui ajudamos todos os espíritos sofredores e necessitados.
– E você também ajuda a si mesmo, ou só pensa em ajudar os outros? Perguntou o espírito. Seu Raimundo ficou surpreso com pergunta, mas como doutrinador experiente sabia que não podia cair nas artimanhas dos obsessores, e disse:
– Irmão… não estamos aqui para falar de mim. Você está no umbral e precisa de ajuda. Você não quer sair do umbral?
– Sim, eu quero. – disse o obsessor – Eu só fico me perguntando como existem tantas pessoas vivendo no nível ou no estado umbralino e não percebem, mesmo estando encarnados. Pois afinal, como o senhor mesmo ensina em suas palestras aqui no centro, o umbral é um estado de consciência e não um lugar ou espaço físico. Alguns espíritos vivem no umbral porque não conseguem se desprender da raiva e mágoa que sentem de um desafeto. Mas o senhor, seu Raimundo, perdoa todas as pessoas? Não sente também raiva e mágoa de alguém?
Senhor Raimundo estava ficando irritado com o obsessor. Estava pensando numa resposta, mas o espírito completou:
– Não é verdade que o senhor também sente raiva e mágoa da sua ex-esposa, que te traiu com um dos seus amigos há aproximadamente 10 anos? Não é verdade que até hoje você não consegue perdoa-los?
Senhor Raimundo ficou assustado com aquelas colocações. “Como o espírito poderia saber disso?” pensou. Começou a sentir raiva do obsessor, e não muito confiante, disse:
– Não vou entrar na sua cilada. Você como obsessor experiente deve atacar as pessoas em seus pontos fracos. Portanto, saiba que…
– Eu sou um obsessor, senhor Raimundo? – perguntou o espírito interrompendo seu Raimundo. – Eu me pergunto se todos nós não somos um pouco obsessores das pessoas que dizemos amar, mas que no fundo as tentamos controlar e ganhar seu afeto a força. Não é verdade que você tem sido quase um obsessor da sua filha adolescente? Quantas vezes por dia você liga pra ela perguntando onde ela está? Quantas vezes você proibiu os namoros dela? Quantas vezes você tolheu a liberdade da sua menina por conta dos próprios medos e incertezas que guarda em seu íntimo? Você pode estar sendo um grande obsessor encarnado dela e nem perceber…
Seu Raimundo ficou atônito com aquelas revelações. Aquele espírito parecia saber tudo a seu respeito, e estava ali desnudando seus defeitos um a um. Seu Raimundo ainda não queria dar o braço a torcer e ficou com mais raiva. Resolveu fazer uma oração, dizendo:
– Senhor Jesus, peço que sua equipe conduza esse irmãozinho perturbado a um local de tratamento no plano espiritual. O espírito disse:
– Por que me chamas de irmãozinho, se nesse momento você quer, na verdade, pular no meu pescoço? De que adianta fazer uma oração a Jesus com toda essa raiva que quase transborda de você? Não, Jesus não vai te atender nesse momento… Você precisa, Seu Raimundo, parar de fugir dos seus problemas e emoções, olhar para as impurezas do seu ser, e parar de achar que é o outro sempre o sofredor e você é o “salvador”. Na verdade, todos nós precisamos de ajuda, todos somos sofredores em maior ou menor grau. E orientar o outro a praticar aquilo que nós mesmos não realizamos em nossa vida é, nada mais nada menos, do que hipocrisia. É da hipocrisia que o ser humano precisa se libertar… Ensinar aquilo que pratica, ou apenas praticar, sem precisar orientar os outros a fazer aquilo que nós mesmos não fazemos. Quando se vive a vida espiritual, nem precisamos ficar ensinando-a a outros, nossos atos já demonstram os princípios que desejamos transmitir…
Seu Raimundo sentiu uma imensa vontade de chorar e desabou em prantos… O espírito incorporado veio falar com ele. Colocou as mãos em seu ombro e disse:
– Calma meu irmão. Você precisava dessa terapia de choque para poder enxergar a si mesmo e parar de ver os defeitos apenas nos outros. Precisava também parar de se ver como o “salvador” e os outros como “sofredores”, pois isso nada mais é do que uma forma de orgulho e soberba; é uma forma de se sentir superior e de ver os outros como inferiores. Chore, coloque tudo isso que você sente para fora, faça uma revisão desses pontos que eu te apresentei, e a partir de agora você poderá se tornar um verdadeiro ser humano, renovado, e pronto para ajudar ao próximo, realizando a verdadeira caridade… E dessa vez, sem hipocrisia.
Seu Raimundo, após alguns minutos de choro intenso, olhou para o espírito e perguntou:
– Quem é você?
O espírito olhou para seu Raimundo com todo o amor e carinho e disse:
– Meu filho, você não pediu a Jesus, em sua prece de abertura dos trabalhos, que libertasse os espíritos dessa sala do sofrimento? Então meu filho, Jesus me pediu que viesse aqui e mostrasse tudo isso a você, para que você pudesse ver a si mesmo, saísse do “umbral” de sua mente, e se libertasse de tudo aquilo que te causa sofrimento. Sou um enviado de Jesus, e a partir de agora, você será um novo homem…
Seu Raimundo chorou ainda mais. Agradeceu imensamente a Deus e a Jesus aquela sagrada lição de autoconhecimento… Depois desse episódio, tornou-se uma pessoa muito melhor…

Autor: Hugo Lapa