“Mas aquele que blasfemar contra o Espírito
Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno.” – Marcos,
4:29.
Certas palavras de Jesus, se realmente ditas
como cremos que foram, soam pesadas demais aos ouvidos, desafiando a nossa
capacidade interpretativa.
É o caso, por exemplo, das palavras que,
sendo anotadas por Marcos, encimam as nossas reflexões nesta página de Ano Novo.
Polêmicas à parte, no que tange à verdade de
que Chico Xavier, de fato, seja a reencarnação de Allan Kardec, nós ficamos a
pensar na grande responsabilidade assumida por aqueles que, calculadamente,
inclusive recorrendo a mentiras, contestam semelhante realidade.
Sim, porquanto na defesa da referida tese
não estamos tomando a defesa de Chico Xavier, que, de maneira alguma,
necessitaria que o fizéssemos diante da grandiosa Obra que realizou, e que, sem
dúvida, fala por si mesma.
Tampouco pretendemos nivelar o trabalho
desempenhado pelo Codificador e a tarefa cumprida pelo Médium, porque para nós,
a rigor, elas não se distinguem uma da outra – não sofreram, e não sofrem
solução de continuidade, com ambas se complementado naturalmente. A
Codificação, sem a Obra Mediúnica de Chico Xavier, limitar-se-ia, e esta sem
aquela não se expandiria.
Infelizmente – e repetimos à saciedade –, os
que combatem, até de maneira sistemática, que Chico não fosse Kardec
reencarnado não enxergam o mal que fazem à Doutrina – e não, claro, a nenhum
deles, que, sempre fiéis ao Cristo, permanecem indiferentes às nossas tricas
doutrinárias.
Existem supostas lideranças na Doutrina que,
talvez, desejassem, elas mesmas, serem a reencarnação do Codificador, sendo
que, para tanto, simplesmente bastaria que tivessem codificado o Espiritismo, e
não o deturpado, qual, lamentavelmente, o fizeram, e continuam a fazê-lo até
hoje.
Neste sentido, as dúvidas que espalharam, a partir
de depoimentos tendenciosos, defendendo interesses particulares, a nosso ver,
levarão décadas para se diluírem, até que, sob a ação inexorável do tempo, a
soprar, feito o vento sobre as dunas, de maneira constante, dos rastros das
serpentes, a colearam na areia na existência humana, não mais reste nenhum
sinal...
O mais curioso é que, na maioria das vezes,
os que contestam que Chico tenha sido Kardec reencarnado, quando percebem a
inutilidade de seus argumentos, pregam que se faça incompreensível silêncio em
torno do assunto, alegando que isso não faz a menor diferença, quando, para nós
outros, os adeptos da referida tese, não só faz diferença, como faz toda
ela!...
Convém esclarecer aos nossos irmãos bem
intencionados no assunto, que, nos últimos tempos, dos três principais
contrários a Kardec como sendo Chico, um deles, quando em Pedro Leopoldo,
depois de criar vários problemas, abandonou Chico Xavier; outro, ao longo da
permanência do Médium na cidade de Uberaba, de 1959 a 2002, quando, então,
desencarnou, só esteve com ele uma única vez, e assim mesmo para encontrar o
terceiro numa festa de entrega de título de cidadania uberabense; e, por fim, o
terceiro – ah, o terceiro! – terceirizou a Doutrina em seus próprios
interesses...
Agora, vai aqui um pequeno puxão de orelhas
em mim mesmo, quando ouso perguntar aos sobreviventes da velha geração – aos
mais jovens deles –, que ainda possuem um fôlego de vida no corpo carnal: Por
que se encontram tão emudecidos na defesa da Verdade?! Afinal, o que temem?! Onde
estão vocês?! A caridade da Verdade nem sempre se pratica com a caridade do
silêncio!...
Ah, como nos estão fazendo falta na Terra
espíritos da coragem, por exemplo, de um José Gonçalves Pereira, fundador da
Casa Transitória, em São Paulo, e de um Spartaco Ghilardi, fundador do Centro
Espírita “Batuíra”, também na capital paulista, e de um José Martins Peralva
Sobrinho, diretor da “União Espírita Mineira”, e de um Clóvis Tavares, fundador
da “Escola Jesus Cristo”, na cidade de Campos, Rio de Janeiro, e de um Jarbas
Leone Varanda, diretor da Aliança Municipal Espírita, em Uberaba, e de uma
Heigorina Cunha, de Sacramento, sobrinha de Eurípedes Barsanulfo, e de uma
Antusa Ferreira Martins, extraordinária médium em Uberaba, que era surda e
muda, mas não boba, e de uma Maria Philomena Aluotto Berutto, carinhosamente
chamada D. Neném, Presidente da “União Espírita Mineira”, em Belo Horizonte, e
de uma Aparecida Conceição Ferreira, a D. Aparecida do “Hospital do Fogo
Selvagem”, em Uberaba, e de uma Sylvia de Almeida Barsante, da cidade de Araxá,
Minas Gerais, fundadora do C. E. “Os Caminheiros”, e ainda de uma Corina
Novelino, também de Sacramento, autora do livro “Eurípedes – o Homem e a
Missão”, e ainda...
INÁCIO FERREIRA – Bolg Mediunidade na
Internet
Nenhum comentário:
Postar um comentário