Na hora do desespero,
exclamas: "é demais!"
Acoimado pelo
sofrimento, descarregas: "Não suporto mais."
Vitimado pela
incompreensão, gritas: "Ninguém me compreende."
Dominado pelo cansaço,
proferes: "Irei parar por aqui."
Sob o açodar do
desânimo, afirmas: "Faltam-me forças."
Malsinado pela
ingratidão, desabafas: "Nunca mais."
Ante as injunções da
época, explicas: "Não serei eu a sacrificar-me."
Há outras expressões
constantes, que atestam os momentos infelizes, em que, não raro, cristãos e
espíritas lúcidos saturados das relações habituais e dos contínuos insucessos
desta ou daquela natureza, permitem revelar o estado de ânimo, gerando desalinho
interior e fomentando o desequilíbrio nos demais companheiros, que deles esperam
a lição da segurança e da harmonia, em qualquer circunstância das atividades
evolutivas nas quais te encontras empenhado.
Mister retificar a
conceituação, quando clarificado pelo Evangelho de Jesus Cristo.
Consubstanciá-lo nos atos diários é tarefa inadiável, que não se pode
procrastinar.
O trabalho é sempre
veículo de renovação, processo dignificante, em cujo exercício o homem se eleva,
elevando a humanidade com ele.
Sejam quais forem as
tuas possibilidades sociais ou econômicas,
trabalha!
Se necessitas armazenar
moedas, com finalidade previdenciária, trabalha sem
desânimo.
Se projetas a aquisição
honrosa da paz e do pão, trabalha com proficiência.
Se és independente,
trabalha pelo bem comum, convertendo a hora da ociosidade em bênção para os
outros.
Trabalhando, estarás
menos vulnerável à agressão dos males ou à leviandade dos maus. O trabalho é
mensagem de vida, colocada na direção da criatura para construir a felicidade
que todos perseguimos.
Recorda o apelo do
Mestre: "Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece
para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará", e não desfaleças, porque
o trabalho contínuo e nobre falará pelos teus pensamentos e palavras em atos que
te seguirão até além das fronteiras da vida
orgânica.
Livro: Convites da Vida -
Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis
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