Consciência
e Evangelho
No homem atual a consciência amadurece para
novas dilatações do horizonte sensório. Num futuro próximo conquistará novos
sentidos que serão outras tantas "janelas" a abrirem-se para ângulos
hoje apenas vislumbrados da realidade, sendo longamente elaborados pelo
trabalho de síntese do subconsciente para só agora começarem a surgir no campo
subconsciencial de alguns indivíduos, como verdadeiras "mutações"
biopsíquicas.
Em relação à consciência do homem de hoje,
a do homem futuro será uma super-consciência, já que o fará possuidor de
capacidades de criação e realização imensamente superiores às atuais.
O Evangelho vem justamente preparar o ser
humano para ingressar nesta nova fase de progresso. A ética humana deve renovar
valores a fim de gerir a atuação do indivíduo neste novo ciclo de experiências,
o qual efetivamente já se esboça no extraordinário avanço científico e
tecnológico dos últimos decênios.
As normas evangélicas estiveram até agora à
disposição da humanidade para análise, interpretação e comprovação das
extraordinárias perspectivas que abrem à vida humana. É chegado, porém, o
momento de transpô-las definitiva e inteligentemente ao campo da vida prática,
a fim de que o ser humano se torne apto a galgar, com segurança, mais um lance
da simbólica Escada de Jacob.
Os princípios evangélicos constituem uma
ética universal, válida tanto para o homem evoluído do planeta Terra como para
as humanidades de outros orbes, por esta razão é supérfluo temer-se ataques de
seres de outros mundos; os que alcançaram evolução bastante para conquistar os
espaços interestelares, alcançaram também a Religião Cósmica, da qual o
Evangelho nos traz os princípios básicos.
O homem deve temer apenas a si mesmo e ao
mau uso que possa fazer das dádivas celestiais, a inteligência, o conhecimento
e o livre arbítrio, destinadas a possibilitar-lhe o progresso.
O relapso, como o rebelde e o malvado, não
podem ingressar em eras de maior evolução, não só porque as leis universais a
isto se opõem, como porque se pudessem adquirir poderes mais dilatados,
usá-los-ia para escravizar e ferir, semeando destruição, pela qual seriam
também tragados.
Assim sendo, sempre que para um orbe se
avizinha mudança desta ordem em sua posição evolutiva, torna-se necessária uma
seleção que conduza ao aproveitamento dos que já guardam suficientes valores
positivos, assim como ao afastamento dos que permaneçam estacionários em
posições de negatividade.
Para estes últimos, então, o "juízo
final", ou seja, o limite da elasticidade da lei que determina progressão
constante para os seres e os mundos. Deverão, pois reiniciar noutro orbe
experiências educativas e regeneradoras que logrem finalmente libertar-lhes a
consciência das cadeias de ódio, do egoísmo e da ignorância.
A esta seleção se refere Jesus quando fala
em separar o "joio do trigo", "os bodes das ovelhas",
"os da direita e os da esquerda".
Fraternalmente,
Albino
A. C. de Novaes
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