6.1.16

Consciência e Evangelho

    No homem atual a consciência amadurece para novas dilatações do horizonte sensório. Num futuro próximo conquistará novos sentidos que serão outras tantas "janelas" a abrirem-se para ângulos hoje apenas vislumbrados da realidade, sendo longamente elaborados pelo trabalho de síntese do subconsciente para só agora começarem a surgir no campo subconsciencial de alguns indivíduos, como verdadeiras "mutações" biopsíquicas.
    Em relação à consciência do homem de hoje, a do homem futuro será uma super-consciência, já que o fará possuidor de capacidades de criação e realização imensamente superiores às atuais.
    O Evangelho vem justamente preparar o ser humano para ingressar nesta nova fase de progresso. A ética humana deve renovar valores a fim de gerir a atuação do indivíduo neste novo ciclo de experiências, o qual efetivamente já se esboça no extraordinário avanço científico e tecnológico dos últimos decênios.
    As normas evangélicas estiveram até agora à disposição da humanidade para análise, interpretação e comprovação das extraordinárias perspectivas que abrem à vida humana. É chegado, porém, o momento de transpô-las definitiva e inteligentemente ao campo da vida prática, a fim de que o ser humano se torne apto a galgar, com segurança, mais um lance da simbólica Escada de Jacob.
    Os princípios evangélicos constituem uma ética universal, válida tanto para o homem evoluído do planeta Terra como para as humanidades de outros orbes, por esta razão é supérfluo temer-se ataques de seres de outros mundos; os que alcançaram evolução bastante para conquistar os espaços interestelares, alcançaram também a Religião Cósmica, da qual o Evangelho nos traz os princípios básicos.
    O homem deve temer apenas a si mesmo e ao mau uso que possa fazer das dádivas celestiais, a inteligência, o conhecimento e o livre arbítrio, destinadas a possibilitar-lhe o progresso.
    O relapso, como o rebelde e o malvado, não podem ingressar em eras de maior evolução, não só porque as leis universais a isto se opõem, como porque se pudessem adquirir poderes mais dilatados, usá-los-ia para escravizar e ferir, semeando destruição, pela qual seriam também tragados.
    Assim sendo, sempre que para um orbe se avizinha mudança desta ordem em sua posição evolutiva, torna-se necessária uma seleção que conduza ao aproveitamento dos que já guardam suficientes valores positivos, assim como ao afastamento dos que permaneçam estacionários em posições de negatividade.
    Para estes últimos, então, o "juízo final", ou seja, o limite da elasticidade da lei que determina progressão constante para os seres e os mundos. Deverão, pois reiniciar noutro orbe experiências educativas e regeneradoras que logrem finalmente libertar-lhes a consciência das cadeias de ódio, do egoísmo e da ignorância.
    A esta seleção se refere Jesus quando fala em separar o "joio do trigo", "os bodes das ovelhas", "os da direita e os da esquerda".

Fraternalmente,

Albino A. C. de Novaes

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