Diante
da situação de vexame que passa o Brasil não há outra alternativa senão ter
esperança.
Já
escrevi muito sobre isso nas linhas deste blog. A esperança é que nos faz estar
atento a construir algo melhor do que aí está.
Esperança,
porém, não significa passividade como muitos podem pensar. Esperança representa
a ação corajosa de esperar em algo melhor no trabalho de modificação da
situação posta.
Portanto,
esperança não deve significar jamais braços cruzados, isto definitivamente não
é esperança, é acomodação.
O
País anda mal das pernas, todos sabemos. Os indicadores sociais se deterioram.
Os níveis econômicos caem. Tudo indica para uma grande recessão associada a uma
inflação cada vez mais galopante. Em tudo isso, sabemos, há a marca da
incompetência generalizada. Não apenas do governo instalado, mas da oposição
vigente. Tanto um quanto o outro não possuem, verdadeiramente, um projeto para
o Brasil. Possuem sim, interesses divergentes que, no fundo, se encontram de
alguma forma. Isto não é bom para o País.
O
Brasil somente sairá definitivamente do caos em que se instalou no instante que
definir um projeto claro de País que deseja ser. Um projeto construído por
várias mãos, de todos os setores e segmentos da sociedade, algo que todos
possam visualizar e saber que caminhamos naquela direção.
As
esperanças se renovam quando verificamos que estamos todos juntos numa mesma
proposta redencionista, que não é projeto de um só ou de num grupo restrito.
Que tal verificar o que é comum para todos nós e se propor uma agenda mínima
consensual para o País para sair da situação em que está? Naturalmente devem
sentar-se à mesa aqueles que possuam credibilidade para a negociação, de um
lado e de outro.
Um
agenda mínima para o País é um pacto consensualizado do que se pode fazer hoje,
imediatamente, já, sem demora. Ninguém queira sair ganhando neste processo de
negociação, pois quem deve sair na vantagem é o povo brasileiro que paga
diariamente a conta dos desmandos, seja pela negligência, seja pela
incompetência ou mesmo pela desonestidade dos homens públicos.
Se
não dermos um freio de arrumação todos sairão perdendo. Se alguém em individual
queira tirar vantagem que seja imediatamente desqualificado de estar nesta roda
de conversa consensual. O exemplo será importante para que outros não se sintam
estimulados a fazer o mesmo.
O
que é importante para que isto aconteça?
Disposição?
- Sim.
Desinteresse?
– Sim.
Paciência?
– Sim.
Diria,
resumidamente, o que se necessita neste instante e especialmente para fazer
esta obra coletiva é espírito público.
Espírito
público é algo tão esquecido no nosso País, tão fora de moda, mas é exatamente
este artigo em extinção a pedra de toque para as mudanças urgentes que o País
reclama, que o povo exige.
Que
assim seja feito. Oramos por isso no lado de cá da vida. Somos todos
responsáveis pelas nossas escolhas, a nossa é pela paz social, é pela
prosperidade de todos, é pela felicidade coletiva.
Joaquim
Nabuco – Blog Reflexões de um imortal.
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