25.1.16

Agenda Brasil

Diante da situação de vexame que passa o Brasil não há outra alternativa senão ter esperança.
Já escrevi muito sobre isso nas linhas deste blog. A esperança é que nos faz estar atento a construir algo melhor do que aí está.
Esperança, porém, não significa passividade como muitos podem pensar. Esperança representa a ação corajosa de esperar em algo melhor no trabalho de modificação da situação posta.
Portanto, esperança não deve significar jamais braços cruzados, isto definitivamente não é esperança, é acomodação.
O País anda mal das pernas, todos sabemos. Os indicadores sociais se deterioram. Os níveis econômicos caem. Tudo indica para uma grande recessão associada a uma inflação cada vez mais galopante. Em tudo isso, sabemos, há a marca da incompetência generalizada. Não apenas do governo instalado, mas da oposição vigente. Tanto um quanto o outro não possuem, verdadeiramente, um projeto para o Brasil. Possuem sim, interesses divergentes que, no fundo, se encontram de alguma forma. Isto não é bom para o País.
O Brasil somente sairá definitivamente do caos em que se instalou no instante que definir um projeto claro de País que deseja ser. Um projeto construído por várias mãos, de todos os setores e segmentos da sociedade, algo que todos possam visualizar e saber que caminhamos naquela direção.
As esperanças se renovam quando verificamos que estamos todos juntos numa mesma proposta redencionista, que não é projeto de um só ou de num grupo restrito. Que tal verificar o que é comum para todos nós e se propor uma agenda mínima consensual para o País para sair da situação em que está? Naturalmente devem sentar-se à mesa aqueles que possuam credibilidade para a negociação, de um lado e de outro.
Um agenda mínima para o País é um pacto consensualizado do que se pode fazer hoje, imediatamente, já, sem demora. Ninguém queira sair ganhando neste processo de negociação, pois quem deve sair na vantagem é o povo brasileiro que paga diariamente a conta dos desmandos, seja pela negligência, seja pela incompetência ou mesmo pela desonestidade dos homens públicos.
Se não dermos um freio de arrumação todos sairão perdendo. Se alguém em individual queira tirar vantagem que seja imediatamente desqualificado de estar nesta roda de conversa consensual. O exemplo será importante para que outros não se sintam estimulados a fazer o mesmo.
O que é importante para que isto aconteça?
Disposição? - Sim.
Desinteresse? – Sim.
Paciência? – Sim.
Diria, resumidamente, o que se necessita neste instante e especialmente para fazer esta obra coletiva é espírito público.
Espírito público é algo tão esquecido no nosso País, tão fora de moda, mas é exatamente este artigo em extinção a pedra de toque para as mudanças urgentes que o País reclama, que o povo exige.
Que assim seja feito. Oramos por isso no lado de cá da vida. Somos todos responsáveis pelas nossas escolhas, a nossa é pela paz social, é pela prosperidade de todos, é pela felicidade coletiva.


Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um imortal.

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