31.7.18

CENSURA


Reunião pública de 27-2-59
Questão nº 903

Imagina-te aplicando vasta porção de borralho sobre a plantação nascente da qual esperas colheita farta; servindo líquido anticéptico na água destinada àqueles cuja sede te propões extinguir; misturando certa quantidade de cal bruta à refeição do companheiro de quem desejas matar a fome; deitando fel na iguaria endereçada ao vizinho a quem almejas agradar ou vestindo alguém com determinada peça forrada com alfinetes espetantes, e compreenderás, certamente, o que seja a prática da censura incorporada ao teu propósito de servir.

Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

30.7.18

X – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO” – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER


Terminada a alocução do Ministro Flácus, André, no segundo capítulo de “Libertação”, esclarece que o Instrutor Gúbio, entrara em conversação com ele e Elói, esmiuçando informações em torno da “arregimentação inteligente dos espíritos perversos”, que insistem em manter os encarnados cativos da ignorância espiritual.
Gúbio, sem rodeios, diz que tais espíritos organizam “verdadeiras cidades, em que se refugiam falanges compactas de almas que fogem, envergonhadas de si mesmos...” E acrescenta que “tais colônias perturbadoras devem ter começado com as primeiras inteligências terrestres entregues à insubmissão e à indisciplina ante os ditames da Paternidade Celestial”.
Notem, pois, os nossos companheiros, que, nos Planos da Erraticidade existem um sem número de cidades, que terminam por constituir estados e países – assim como na Crosta existem países, uns mais adiantados que outros, localizados no chamado “primeiro”, no “segundo”, ou no “terceiro mundo”, a realidade, no Planeta Espiritual é idêntica, também com a existência de países evoluidos uns, e subdesenvolvidos outros. Não obstante, a ação dos espíritos infelizes não se faz sentir, evidentemente, apenas sobre os encarnados, mas também entre si. Nas Dimensões além da Terra, com certeza, ainda subsiste a luta pelo poder e a tentativa de domínio do forte pelo mais fraco.
*
Gúbio, em seu diálogo com os pupilos, afirmam que semelhantes entidades “arrebanham-se de conformidade com as tendências inferiores em que se afinam, ao redor da Crosta Terrestre, de cujas emanações e vidas inferiores ainda se nutrem...”. É um processo de vampirização coletiva! E, claro, nesse processo de vampirização coletiva, nos deparamos com o grave problema da fascinação que acomete pequenos, médios e grandes grupos de pessoas, que agem como “intermediários” dessas mentes fora do corpo, que incitam o homem à rebeldia e à guerra, não importando do que tenham que se valer para tanto.
*
O Instrutor ainda elucida: “O objetivo essencial de tais exércitos sombrios é a conservação do primitivismo mental da criatura humana, a fim de que o Planeta permaneça, tanto quanto possível, sob seu jugo tirânico”.
Não olvidemos que “Nosso Lar” que, nos tempos idos, era uma “cidade murada”, com o propósito de se defender de possíveis invasões de hordas das trevas, continua sendo uma cidade que sempre se mantém vigilante em suas fronteiras – como, na Terra, cidades e países procuram vigiar os seus limites geográficos.
O espírito encarnado – esse “estranho ser”, que, a mim, por vezes, mais se assemelha a um molusco vivendo num corpo humano – ainda se contém em considerável grau de selvageria, e, se possível, fosse, cidades, estados e países viveriam invadindo uns aos outros, reclamando a sua posse.
*
Portanto, o Bem, que carece de se defender, não pode, sob pena de escravização, apassivar-se ante a sanha do mal.
*
André Luiz, após escutar Gúbio, escreve no capítulo II, ora em estudo, que, após a desencarnação, embora tivesse permanecido retido em zonas umbralinas, não se deparara com tais organizações inferiores, e, por isto, custava-lhe admitir “que as atividades maléficas gozassem de organismo diretor”. Destaquemos: “organismo diretor” – quer dizer, com organização hierárquica, semelhante à qual, infelizmente, o crime organizado conta na Terra – e não somente através de seus “comandos” encarcerados, mas dos que militam, com outros propósitos, em plena liberdade, até mesmo no campo da política humana.
*
A situação atual do homem, espírito encarnado, é grave e muito séria.
As trevas muito haverão de lutar para não perderem o domínio – embora hoje, parcial – do orbe terrestre. Parcial, porque, com o advento de Jesus Cristo, a luz resplandeceu no coração das sombras, e, assim, teve início o processo de redenção da Humanidade.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 30 de julho de 2018.

29.7.18

"O INTERSTÍCIO DAS EXPERIÊNCIAS CARNAIS..."


     Dando continuidade às nossas reflexões sobre a importância do tempo de permanência do espírito no Mundo Espiritual, após a desencarnação, para que os nossos irmãos não fiquem apenas com a nossa palavra, recorremos a André Luiz, no capítulo 17 do livro "Nosso Lar".
     Recebendo alta hospitalar (André estava se submetendo a tratamento médico com o Dr. Henrique de Luna, das sequelas que lhe haviam ficado no corpo espiritual após o desenlace físico - isto aqui, por si só, é um fato que nos leva a pensar sobre a fisiologia do perispírito!), André Luiz, na companhia de Lísias foi conversar com Clarêncio.
    "- Guarde este documento - disse-me o atencioso Ministro do Auxílio -, entregando-me pequena caderneta -, com ele, poderá ingressar nos Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação e do Esclarecimento, durante um ano. Decorrido esse tempo, veremos o que será possível fazer relativamente aos seus desejos. Instrua-se, meu caro. Não perca tempo. O interstício das experiências carnais deve ser bem aproveitado."
     Com a permissão de nossos amigos internautas, recordo-me aqui de um caso contado por Chico. Um amigo estava em sua casa instalando uma "moderna" antena parabólica (daquelas que pesavam quase 200 kg!), que Eurípedes, hoje o Dr. Eurípedes Humberto Higino dos Reis, havia ganhado. Ao sair da cozinha, Chico avistou o técnico em cima do telhado tentando direcionar a antena para captar o sinal do satélite...
     - Uai, meu filho! O que você está fazendo aí? - perguntou o médium como se nada soubesse.
     - Chico - respondeu o jovem -, eu estou tentando captar o sinal do satélite...
     - Como é que você vai fazer isso meu filho? - indagou, preocupado.
     - Essa mediunidade, Chico, sou eu que tenho, e não você! - redargüiu Hamilton, bem-humorado e sem saber que "cutucava a onça com vara curta".
     O médium, longe de sentir ofendido com a resposta, sorriu e contou:
     - Pois eu vou lhe dizer uma coisa, meu filho. Quando estava psicografando "Nosso Lar", em 1943, em determinado capítulo, temendo estar sendo vítima de algum espírito mistificador, parei de escrever... Preocupados, Emmanuel e André Luiz, certa noite, me retiraram do corpo e me levaram para conhecer a cidade - eles queriam que eu soubesse que não estava alucinado, que tudo aquilo era real!
     - E daí, Chico? - interrogou Hamilton sobre a laje do quarto de Eurípedes.
     - Daí que, já naquela época, há quase quarenta anos atrás, todas as casas de "Nosso Lar" estavam equipadas com a tal de antena parabólica, que só agora está chegando por aqui...
     Interessante é que a revelação feita por Chico não consta da obra. Vejam vocês: "Nosso Lar" não é uma colônia de veraneio!"Instrua-se, meu caro!" - recomendou Clarêncio a André Luiz.
     O Mundo Espiritual, para quem quer, é como a Terra: lugar de muito aprendizado e de muita luta! Ninguém desencarna apenas para ficar na expectativa da próxima encarnação, não! A barra aqui, como por aí mesmo, é pesada! Nós, deste Outro Lado, simplesmente pousamos o pé no próximo degrau da escada quase infinita da Perfeição! Para nós, o Plano Espiritual é mais acima!
     Resumindo: no "interstício", ou seja, entre o lapso de tempo de uma encarnação e outra dá para se fazer muita coisa e voltar à Terra em condições melhores. Pelo exposto, dá até para trabalhar na televisão! E como mostrou Paulino Garcia, no seu "Viver é Para Sempre", trabalhar no teatro! Aqui ninguém fica desempregado, não! Só mesmo os espíritos indolentes que, em parte alguma do Universo, encontram o que fazer.
     Gente, tanta coisa para falar! Mas, como diz um amigo meu, que, por acaso, é médium: "é muita ideia para pouca mão!"
     Com o meu carinhoso abraço,
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet

28.7.18

ORDEM DO ALTO


Avante, sempre à frente, um passo além,
Outro mais e outro mais, sem recuar,
De fronte alevantada, sem desdém,
Das lutas que és chamado a enfrentar

Do cajado da fé que te sustém,
Haja o que houver, não penses em voltar,
Pois que a Ordem do Alto é avançar
Espalhando na Terra a luz do Bem...

Mesmo pisando pedras e abrolhos,
Enxuga as lágrimas que tens aos olhos
E luta na defesa do Ideal...

Pacifica na alma os teus assombros,
Abraça a cruz que levas sobre os ombros,
Porque a vitória não pertence ao mal!...

Auta de Souza
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 22 de julho de 2018, em Uberaba – MG).

27.7.18

A Vida do Outro


“[...] Primeiro, são vossas leis que são erradas, por que crês que Deus te constrange a ficar com aqueles que te descontentam? E, depois, nessas uniões, frequentemente, procurais mais a satisfação do vosso orgulho e da vossa ambição, do que a felicidade de uma afeição mútua; suportareis então, a consequência dos vossos preconceitos.“
(O Livro dos Espíritos – questão 940)

Sofres imensamente o abandono de alguém, nenhuma explicação plausível.
Buscas consolo e conformação, razão e sentido para tal acontecimento.
Não te esqueças porém, de que todos, sem exceção, são livres para ficar, ou não, ao lado de alguém.
Pessoas mudam e buscam novas experiências...
Talvez essa que partiu estivesse exausta de estar onde estava...
Não queria mais viver como estava vivendo.
Cada um de nós tem vontade própria; assim sendo, não temos controle sobre ninguém.
Pior que a rejeição é desvalorizar a si mesmo. Quando somos rejeitados por alguém, a agonia é transitória; quando desprezamos a nós mesmos, a aflição é constante.
Buscas sinceramente o porquê do teu sofrimento?
O que te machuca, irmão?
Será que é a dor da falta do outro, ou a dor da própria solidão?
Se alguém se recusa a partilhar contigo a existência, é inútil insistir.
Valida o direito que todo ser humano tem de viver com quem e como deseja.
Não tentes resolver a vida ou entender o que o outro fez, por mais querido e íntimo que ele seja...
Entende e resolve a tua vida; a do outro, que partiu, talvez tenha sido resolvida e por ele entendida.

Livro: A Busca do Melhor Francisco do Espírito Santo Neto - Hammed.

26.7.18

Resumindo os Fatos


Questão 455 do Livro dos Espíritos

Resumindo os fatos espirituais que provam a existência do Espírito imortal, podemos dizer que todos os fenômenos que partem da alma, são dons espirituais que nos fazem pensar e nos levam à fé que pode suportar a razão esclarecida.
O sonambulismo natural nos mostra a verdade, ou parte da verdade, com certa estabilidade e com grande promessa para o desenvolvimento das outras faculdades espirituais. Já o sonambulismo magnético, ou sonambulismo provocado, certamente que afrouxa os laços que prendem a alma ao corpo, sendo que não tem a mesma facilidade que o natural de revelar as belezas imortais do mundo da verdade, O natural está mais próximo do êxtase, que penetra os ambientes de luz, levando-nos perto dos altiplanos da espiritualidade superior. Em todos os casos, o sonambulismo provocado, se bem intencionado, é válido, desde quando seja dirigido por homens de boa fé e de pleno conhecimento da causa daquilo que se propõem a realizar.
Conclamamos a todos os praticantes de transe magnético que não se esqueçam de estudar mais profundamente os livros que esclarecem, juntamente com o Evangelho de Jesus, para que o bom senso direcione a razão. Que procurem igualmente o serviço da caridade em todos os seus aspectos, para que tenham um bom comportamento nas suas lides com as forças desconhecidas da natureza.
Para o Espiritismo e a própria ciência esclarecida, o magnetismo não é um fenômeno sem expressão; ele se encontra garantido por leis, que podem ser por demais úteis às criaturas que sofrem e choram sob o peso das suas culpas. Jesus usava todos os dias a Sua força magnética para cura dos enfermos e para a paz das criaturas de Deus, assim como o faziam todos os Seus discípulos.
A Doutrina dos Espíritos nos mostra o quanto poderemos ser úteis aos irmãos que sofrem, pelo poder do magnetismo, desde quando o amor esteja presente nos nossos sentimentos. Resumindo os fatos, a força magnética é um dom natural, de que podemos nos servir, buscando-a nos depósitos da natureza, pelos canais do amor, e usando-a nas conversações na expressão das idéias e mesmo com a presença. A mente é o instrumento que pode arrebanhar grande quantidade de magnetismo no próprio ar e distribuí-lo para onde desejar.
A segunda vista e o sonambulismo podem dar muitas notícias do mundo mais grosseiro que envolve a Terra, no entanto, o êxtase nos traz notícias de planos mais elevados, de modo que o próprio extático sente atração por esses planos e pode querer ficar por lá, pelo que vê e sente de felicidade. Enfim, esses dons nos mostram a independência da alma, e que a vida continua em todas as direções da vida imortal.
O resumo teórico apresentado por “O Livro dos Espíritos”, na questão quatrocentos e cinquenta e cinco, deve ser estudada pelo leitor pela profunda dissertação sobre esse assunto que ora resumimos. Pedimos a Deus e a Jesus nos esclareçam sempre, para sentirmos a luz da vida em uma compreensão mais nobre.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

25.7.18


CARRASCO
Reunião pública de 20-3-59
Questão nº 913      

Verdugo invisível, onde se lhe evidencie a influência, aparecem a rebeldia e o azedume, preparando a perturbação e a discórdia.
Mostra-se na alma que lhe ouve as pérfidas sugestões, à maneira de fera oculta a atirar-se sobre a presa.
Assimilando-lhe a faixa de treva, cai a mente em aflitiva cegueira, dentro da qual não mais enxerga senão a si mesma.
E assim dominada, a criatura, ao pé dos outros, é a personificação da exigência, desmandando-se, a cada instante, em reclamações descabidas, incapaz de anotar os sofrimentos alheios. Pisa nas dores do próximo com a dureza do bronze e recebe-lhe as petições com a agressividade do espinheiro, expelindo pragas e maldições. Onde surge, pede os primeiros lugares, e, se lhos negam, à face das tarefas que a previdência organiza, não se peja de evocar direitos imaginários, condenando, sem análise, tudo quanto se lhe expõe ao discernimento. Desatendida nos caprichos particulares com que se aproxima dos setores de luta que desconhece, mastiga a maledicência ou gargalha o sarcasmo, lançando lodo e veneno sobre nomes e circunstâncias que demandam respeito. Se alguém formula ponderações, buscando-lhe o ânimo à sensatez, grita, desesperada, contra tudo o que não seja adoração a si mesma, na falsa estimativa dos minguados valores que carrega no fardo de ignorância e basófia.
E, então, a pessoa, invigilante e infeliz, assim transformada em temível fantasma de incompreensão e de intransigência, enrodilha-se na própria sombra, como a tartaruga na carapaça, e, em lastimável isolamento de espírito, não sabe entender ou perdoar para ser também perdoada e entendida, enquistando-se na inconformação, que se lhe amplia no pensamento e na atitude, na palavra e nos atos, tiranizando-lhe a vida, como a enfermidade letal que se agiganta no corpo pela multiplicação indiscriminada de perigosos bacilos.  
Atingindo esse estado dalma, não adota outro rumo que não seja o da crueldade com que, muitas vezes, se arroja ao despenhadeiro da delinqüência, associando-se a todos aqueles que se lhe afinam com as vibrações deprimentes, em largas simbioses de desumanidade e loucura, formando o pavoroso inferno do crime.
......................................................................................
Irmãos, precatai-vos contra semelhante perseguidor, vestindo o coração na túnica da humildade que tudo compreende e a todos serve, sem cogitar de si mesma, porque esse estranho carrasco, que nos alenta o egoísmo, em toda parte chama-se orgulho.

Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

24.7.18

IX – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO” – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER


Quase a encerrar a preleção, um companheiro, que estava assembleia, questionou o Ministro:
- “Grande benfeitor, reconhecemos a veracidade de vossas afirmativas; todavia, porque não suprime o Senhor Compassivo e Sábio tão pavoroso quadro?”
Flácus respondeu:
“Não será o mesmo que interrogar pela tardança de nossa própria adesão ao Reino Divino? Sente-se o meu amigo suficientemente iluminado para negar o lado sombrio da própria individualidade? (destacamos) Libertou-se de todas as tentações que fluem dos escaninhos misteriosos da luta interna? (...)”.
As Leis Divinas respeitam o livre arbítrio da criatura, embora ainda não detentora do livre arbítrio absoluto – nem poderia ser diferente, pois, caso contrário, a criatura, em sua imperfeição, haveria de fazer com que o mal, ou a ignorância, que existe em si, viesse a se perpetuar.
Não obstante, precisamos convir que, pela sua liberdade de escolha, o homem, indefinidamente, pode ser opor às Leis da Evolução.
Portanto, não creiam os nossos irmãos encarnados que o Mundo Espiritual possa tomar providências radicais na mudança do cenário da vida sobre a Terra, nem tampouco interferir nos rumos que o espírita imprimir ao Movimento – que não representa a Doutrina, mas que pode fazer com que a sua assimilação e entendimento se atrase na mente popular.
*
Flácus acentua:
“Somos simplesmente alguns bilhões de seres perante a Eternidade. E estejamos convencidos de que se o diamante é lapidado pelo diamante, o mau só pode ser corrigido pelo mau. Funciona a justiça, através da injustiça aparente, até que o amor nasça e redima os que se condenaram a longas e dolorosas sentenças diante da Boa Lei”.
Diante do exposto, cremos que, encarnados e desencarnados, carecemos de nos preparar para ainda enfrentar muitas dificuldades na senda evolutiva, e que, de fato, a transformação da Humanidade, com a consequente transformação do mundo, é trabalho laborioso, no qual, porém, cada qual, pelo seu esforço, pode se destacar e, assim, se for o caso, elevar-se a Planos mais altos.
*
Quase a concluir a sua conferência, Flácus anota:
“... o Planeta, por enquanto ainda não passa de vasto crivo de aprimoramento, ao qual somente os indivíduos excepcionalmente aperfeiçoados pelo próprio esforço conseguem escapar, na direção das esferas sublimes”.
E cita Paulo de Tarso, em sua Epístola aos Efésios:
“... não temos de lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas e contra as hostes espirituais da maldade, nas próprias regiões celestes”.
Os espíritos infelizes organizam-se nas “regiões celestes”, ou espirituais, e, contando com os agentes de sua vontade na carne, pelejam contra a vitória definitiva do Reino Divino. Claro que não podem lograr o seu intento, porém, realmente podem conseguir retardá-la, qual o tem feito com a Doutrina nos tempos atuais, que, no Brasil, segundo as estatísticas, da desencarnação de Chico Xavier para cá, conseguiu, inclusive, perder adeptos. (*)

(*) Vide na Internet os vários Institutos de pesquisa.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 23 de julho de 2018.

23.7.18

Meu Propósito de Viver


Por que viver? É uma pergunta que não se pode calar.
A vida é o bem mais precioso que todos nós temos. Sem ela simplesmente não existiríamos, então ela é de relevada importância, fundamental.
A vida, porém, se não tiver um sentido existencial será vazia, é como se vida não tivéssemos.
A vida pede atividade, propósito, razão de ser. Uma vida pautada de objetivo torna-se bem mais interessante. É isso que devemos procurar.
Quando era criança, lá nos meus tempos de Fortaleza, no Ceará, brincava de pega-pega com meus amiguinhos. Naquele momento, o meu propósito de vida era brincar, viver alegremente a vida, sem problemas para resolver. Viver a vida por viver. Ser feliz em tudo que fazia, transformando, sempre que possível, tudo que podia em uma imensa brincadeira.
Cresci e abandonei meus propósitos de criança, queria ser padre, descobrir a vida sacerdotal na Igreja do Cristo. Bem, neste instante, meu propósito saiu de mim e foi ao encontro do outro, do irmão de caminho, ele agora era a minha razão de viver. E foi assim até o último dos meus dias na Terra dos vivos na carne.
Agora, meu propósito é diferente. Não que tenha abandonado a causa anterior em relação ao outro, sobretudo os mais pobres, os mais necessitados, mas agora quero divulgar a minha espiritualidade, aliás, a nossa vida espiritual, da maneira mais plena possível.
Aqui, com meus irmãos de lide, católicos ou não, busco a minha harmonia interior e trabalho diuturnamente para acelerar o processo de espiritualização da humanidade. Este é atualmente o meu propósito maior.
Ora, mais isto eu já não fazia, de certa forma, entre vocês? Sim, fazia e muito dentro do que poderia entender como espiritualização, mas agora, com os olhos de espírito imortal, não posso, de maneira alguma, me furtar de abrir os olhos de outros na mesma direção que a minha.
Quando utilizo médiuns para este propósito, faço de acordo com as minhas e as possibilidades deles. Um, mais flexível e dentro do espírito cristão, outro, mais focado e obedecendo a compreensão universal. Tanto faz, são instrumentos do bem da mesma forma.
Utilizo esporadicamente outros médiuns. Quando me deixam estou lá a falar o que penso. Poderia fazer mais se ambos, mas principalmente os que me dão ouvido e fazem que nada escutam dessem a brecha necessária para que eu pudesse atuar com eles. Mesmo assim, trabalho, inspiro, conduzo.
O trabalho do Cristo não tem barreiras, tem disposição ou não em servi-lo, apenas isso.
Quero ajudar a espiritualizar a humanidade, fazer todos entenderem que somos espíritos imortais, criaturas de Deus Pai que nos criou para a eternidade.
Quero ajudar a entender que os valores do espírito transcendem a qualquer limitação humana e serão um dia, não muito distante, o que prevalecerá no planeta.
Quero contribuir para que todas as crenças se abram para a realidade do espírito. Sem sofismas, sem preconceitos, sem subterfúgios, até porque o fenômeno espiritual, como realidade da própria da vida, vai atingir a todos indistintamente em pouco tempo.
Quero, se Deus quiser, continuar a ser mais um porta-voz das verdades do Cristo e colaborar, minimamente que seja, para que outros despertem para a realidade maior do ser.
É esse o meu propósito atual, minha razão de viver, que sintetiza mais de mil razões numa só.
Faça você também esta razão de viver.
Paz em Cristo!
Helder Camara – Blog Novas Utopias

22.7.18

O Comportamento das Elites


O que corrói a sociedade brasileira, entre tantos motivos possíveis, é a acomodação das nossas elites na manutenção infinita de seus privilégios.
Há muito tempo, a classe dirigente desse País, nos seus diversos matizes, enclausura o desenvolvimento da nossa nação. Acostumados a ganhar fácil e sem escrúpulos amargam hoje, muitos deles, uma massa falida porque não quiseram dividir as riquezas que possuem.
Ora, os ganhos de capital nesse País são exorbitantes para não dizer imorais. As indústrias pressionadas por um volume enorme de impostos largam tudo nas mãos dos trabalhadores que tentam sobreviver das migalhas que lhe oferecem na forma de salários.
Toda a riqueza é mal repartida e estes privilegiados não possuem qualquer senso patriótico ou conceito de nação. Todos bebem do poder, se refestelam com aquilo que o Estado lhe proporciona ou com ganhos absurdos para manter um mercado cativo.
A situação hoje muda porque as nações se abrem diante do novo conceito de mercado produzido pelas indústrias tecnologicamente avançadas que possuem outro tipo de raciocínio de ganho, não menos usurpador porque quem tem dinheiro geralmente gosta de ter mais dinheiro, no entanto, a lógica da tecnologia é, por assim dizer, mais democrática e flexível, de modo que novos entrantes podem compartilhar de seus ganhos.
Esta elite se vê nas cordas. Herança dos tempos dos coronéis e senhores de engenho, ainda enxergam o povo como simples massa de manobra para atender seus interesses pessoais. Isto está, graças a Deus, acabando.
O que dizer dos velhos barões do café? Já morreram e seus filhos tiveram que se arranjar de outro jeito senão ficariam pobres, como aliás, muitos ficaram.
O que dizer dos coronéis do açúcar que tiveram que se render a diversidade da economia senão faliam completamente. Ainda há remanências deles, mas é objeto em extinção.
O assalto dos bancos continua sendo uma grande trava para o desenvolvimento da sociedade. O capital é indecente, na maioria das vezes. É guloso. É devorador. Alimenta-se dele mesmo e, muitas vezes, não gera dividendos nenhum para a sociedade. É, portanto, perverso. Isto tem que mudar.
A nova sociedade, bem como a nova economia, se alastra em novos princípios, quais sejam: solidariedade, decência, consequência, visão de futuro, bem de todos.
Isto é apenas um pedaço do que deve prevalecer daqui a pouco tempo, haja vista que muitos, percebendo a mudança de ares, já modificam radicalmente a sua forma de pensar e agir.
O Brasil pede mais de seus empresários e empreendedores. Não que a luta pela sobrevivência não seja ferrenha, mas a visão social da riqueza gerada, que está mudando, deve modificar bem mais para incluir uma imensa maioria de deserdados pela sorte.
Uma nova economia. Um novo País. Um novo modo de desenvolvimento.
É o nosso caminho, senhores, certifiquemos que estejamos fazendo a nossa parte.

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um imortal

21.7.18

A Prece...


Prece sentimento que ampara, consola e prepara.
Acharás sempre consolo, amparo e serenidade quando te entregares com amor, sentindo a presença amorosa do Senhor.
Nos momentos que te achares frágil e perdido, será o momento que conseguirás chegar até o Pai, com tuas preces, pedindo a permissão de compartilhar a Tua paz.
Toda serenidade, toda paz só será possível quando souberes a tua necessidade em tua vida.
Vigiem mais, orem mais e conhecerás realmente a felicidade, saberás que é chegada a hora de preparar-te para novas missões e também saberás e entenderás o porque deste chamado.
O Senhor confia e espera que todos façam de boa vontade.
A prece será a Luz deste caminho.
Dedica-te, não esqueça o quanto és esperado.

Mensagem recebida pelo Grupo de Estudos de Psicografia da Fraternidade Francisco de Assis

20.7.18

VIGILÂNCIA CRISTÃ


    I. A RECOMENDAÇÃO DE JESUS
    "Vigiai e orai, para não cairdes em tentação", recomendou Jesus (Mateus, 26:41).
    Vigiar, no caso, significa estar alerta, atento, observando cuidadosamente o que se passa.
    O que vigiar?
    A recomendação de Jesus é, sem dúvida, quanto ao aspecto espiritual. Somos, fundamentalmente, espíritos mas estamos ligados ao plano material. Portanto, devemos estar alerta, vigilantes, com a própria vida, em relação a tudo e a todos.
    Como vigiar?
    Observando e analisando, do ponto de vista espírita, no entendimento cristão, os pensamentos, sentimentos, palavras e atos, tanto os nossos (principalmente) como também os dos outros encarnados e desencarnados).
    Para que vigiar?
    "Para não cairdes em tentação", explica Jesus. Ou seja, para não ceder à instigação ou estímulo para o que for mau. Não é para conhecer e criticar nem para temer ou agredir, mas para procurar evitar o erro ou corrigi-lo.
    Vigiemos, pois. Estejamos atentos:
    1) A nós mesmos
    a) Para não ensejarmos sintonia mental ou afinidade fluídica com os espíritos inferiores, encarnados ou não.
    Ex.: Atrações infelizes no campo do sexo ou da ambição, etc. e que podem, até, vir a ocasionar obsessão.
    b) Para não gerar dificuldades ou complicações.
    Ex.: Preguiça gerando pobreza, irritação constante produzindo doença.
    c) Para não provocar reações más em nossos semelhantes.
    Ex.: Violência que suscita desejo de revanche, exploração que traz a revolta e o ódio.
    d) Para não errarmos na resposta a dar aos estímulos e provas naturais que a vida terrena nos enseja.
    Ex.: Fazer o bem e não reagir ao mal com o mal.
    2) Aos outros
    a) Para não acompanharmos seus erros, não aceitarmos suas sugestões más:
    b) Para não deixarmos que nos prejudiquem moral e espiritualmente;
    c) Para ajudá-los no que pudermos, se notarmos que precisam de algo material ou espiritualmente.
    3) A tudo com que estivermos relacionados.
    Para corrigir o que estiver errado e desenvolver e aperfeiçoar o que estiver certo em favor de todos.
    II. VÍCIOS E PAIXÕES
    Vício é todo ato prejudicial que nos desvia de nossas corretas funções, seja em que setor de atividade for, causando desgaste de energia e perda de tempo, sem produzir o bem e o progresso.
    Paixão é o excesso ou descontrole nos sentimentos e nas emoções.
    Devemos comandar nossas necessidades e sentimentos. A partir do momento em que eles é que passem a nos dirigir, estaremos escravizados sob o vício ou a paixão.
    Excessos na vida corpórea causam efeitos prejudiciais no campo fluídico. André Luiz examinou alguns casos assim:
    a) Sexo: Desregramentos sexuais produziram bacilos psíquicos que influíam sobre as células geradoras, chegando a aniquilá-las.
    b) Álcool, fumo e tóxicos: Seu uso produzindo fluidos venenosos que abalaram o sistema nervoso e lesaram funções orgânicas. Quando abusivo, esse uso estabelece dependência e acarreta conseqüências muito danosas.
    c) Alimentação: - Excessos alimentares criaram parasitos fluídicos, além das alterações sofridas pelo que fora ingerido, prejudicando todo o aparelho digestivo, ficando evidente que se deve evitar a gula.
    Obs.: Em dia de estudos e práticas espirituais, para se estar bem disposto fisicamente, não desgastado nas energias, e poder estar bem assistido espiritualmente, deve-se evitar quaisquer vícios ou excessos. A refeição que preceder a reunião espiritual deve ser leve.
    III. O CORPO COMO UM TEMPLO
    "Derrubai este templo e em três dias eu o reconstruirei", afirmou Jesus. Referia-se ao seu  próprio corpo, pois somente o usava para servir a Deus, cumprir as leis divinas.
    Façamos também de nosso corpo um templo para o Senhor. É instrumento abençoado para aprendizado, resgate, serviço e comunicação com o próximo.
    Vigiemos o uso que fazemos dele. Evitemos prejudicá-lo com desvios ou excessos de qualquer tipo.
    IV. AS VIRTUDES
    Virtude é "a disposição firme e constante para a prática do bem", inclusive em favor do próximo,  sem interesse pessoal nem intenção oculta. Cultivemos a mansuetude, a humildade, a honestidade, a bondade, a sinceridade, a lealdade, a perseverança, a fé, enfim todas as qualidades morais que exornam o caráter de uma pessoa de bem.
    Também existe virtude em nós "toda vez que há  resistência voluntária ao arrastamento às más tendências".
    V. A ORAÇÃO
    Orar é comunicar-se com o plano espiritual superior, estabelecer ligação com ele. Para orar, não basta mover os lábios, produzir sons. É preciso elevar pensamentos e sentimentos, com toda convicção e fervor. Então, a oração alcança a fonte das bênçãos divinas, trazendo-­nos em resposta o benefício necessário e possível para a nossa sustentação na senda evolutiva.
    Vigiemos e oremos, constantemente, porque a oração e a vigilância asseguram a nossa integridade e o nosso bem estar, do corpo e da alma.

LIVROS CONSULTADOS:
De Allan Kardec:
- "O Evangelho Segundo o Espiritismo", cap. XVII, "O Homem de Bem".
De André Luiz: (psicografia de Francisco C. Xavier)
- "Missionários da Luz" - Cap. 3 - Desenvolvimento Mediúnico

Livro: "Iniciação ao Espiritismo", Therezinha Oliveira

19.7.18

VIGILÂNCIA

    Ninguém desconsidere o impositivo da vigilância nas tarefas de enobrecimento abraçado.
    A vigilância funciona como atitude de respeito e de consideração ao empreendimento assumido.
    Carro sem freio = desastre à vista.
    A vigilância dirá das necessidades imperiosas do equilíbrio diante das circunstâncias e dos fatores animosos que impedem um processo natural de evolução.
    O egoísmo trabalha para o desespero.
    A maledicência responde pelo tumulto.
    A intriga promove inimizades desnecessárias.
    O orgulho engendra tormentos íntimos.
    A paz, todavia, decorre de uma consciência que se iliba na ação superior da vida.
    A sensualidade conclama às paixões morbíficas.
    O ódio grita na direção da loucura.
    A caridade asserena o espírito.
    A paciência confia e resolve dificuldades.
    O amor é a vida mesma que estua em nome da vigilância do Celeste Pai a benefício da criatura humana.
    Ninguém descuide o seu programa de vigilância.
    Vigilância ao pensar.
    Vigilância no dizer.
    Vigilância no agir.
    Atuando de maneira enobrecida e vigiando as nascentes do coração, donde procedem as boas como as coisas más, o candidato à redenção espiritual atinge a cumeada da ascensão e se liberta por fim em plenitude de paz.

Livro: Oferenda -  Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis

18.7.18

PERSPICÁCIA


Questão 454 do Livros dos Espíritos

Os dons espirituais poder-se-iam desenvolver pela força da vontade, porque a vontade não deixa de ser faculdade do Espírito em exercício para crescer e melhorar. Ela pode até nascer da vaidade, mas, como esta tem pouca duração, a vontade vai, com o tempo, se aperfeiçoando e tomando rumos diferentes, de modo a encontrar a realidade do Espírito.
A dupla visão pode nascer da disposição do Espírito, porém, essa faculdade obedece a uma escala de qualidade. No primeiro degrau da sua escala, ela se apresenta prometendo uma visão clara, mas ainda vive na obscuridade, e pode viver muito tempo envolvida no pressentimento. Pode a criatura pressentir a presença de certo Espírito ao lado de certas pessoas e ser verdade que ali esteja. É por esse pressentimento que se abrem os canais, se prosseguir exercitando essa faculdade. Assim são todas as faculdades. Por exercício, em todos os campos de ação, elas são forças que crescem; todavia, há muitas pessoas que nascem com a mediunidade aflorada.
Com relação à segunda vista, este dom é espontâneo. A visão espiritual não encontra dificuldades e está mais apta à revelação das verdades do Espírito, ao passo que nos pressentimentos, os erros são generalizados.
Cabe a nós dizer a todos os candidatos ao desenvolvimento das faculdades espirituais que não devem forçar muito o despertar dos dons. A violência na aquisição de valores pode ser motivo de certos desastres espirituais e morais das criaturas.
Existem muitas pessoas que têm vários dons desenvolvidos, e outros não trazem essas faculdades em plena ação. Cada uma vem com um sinal, com uma modalidade de trabalho, mas todas são úteis quando se quer ajudar. Tanto o trabalhador rural, quanto o chefe de uma nação, são vistos por Deus com a mesma paternidade, com o mesmo amor. Não queira um fazer o trabalho do outro, para não errar o caminho dos seus compromissos espirituais. A vida, ou as vidas sucessivas, mostram-nos que há tempo para tudo, e em cada uma delas somos investidos de certas obrigações, de deveres que nos trazem a paz ao coração.
Se existem os sábios e pseudo-sábios, há, igualmente, os médiuns e os pseudo-médiuns. Entrementes, eles todos têm valores a serem aproveitados. Em tudo se pode notar o positivo e o negativo, para se completarem como força de Deus no esclarecimento dos homens. Dois fios garantem a luz na lâmpada elétrica: um positivo e um negativo. Precisamos, pois, conhecer a nossa posição ante os nossos compromissos. Não queiramos trocar as nossas atividades com os trabalhos alheios. Se o grande músico invejar o engenheiro e passar a construir casas, pode entrar em desequilíbrio emocional, por não ser esse o seu caminho a percorrer na aquisição da sua paz. Se o médico passar a varrer rua, atrofiará suas qualidades de atendimento aos doentes. Não queiramos mudar as obrigações, que Deus nos confiou. Cumpramos a nossa missão que tudo se harmonizará em nossa vida.
Certamente que a inteligência do homem busca coisas extraordinárias no plano em que habita. Ela pode fazer desabrochar alguns dons espirituais, no entanto, esses dons não podem ser manipulados por ela. Cada um se encontra em um extremo, com feições diferentes no seu exercício: um divino e outro humano. É bom que se pense nisso.
Se se tem a dupla vista, nascida sob a influência da inteligência, que a use sem a intervenção desta, porque a razão, nesses casos, pode pôr a perder a própria faculdade, por não saber defini-la com precisão.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

17.7.18

CAMPANHA NA CAMPANHA


Reunião pública de 23-10-59:
Questão n° 886

«Campanha», além de outros significados na sinonímica, pode também figuradamente expressar «esforço para conseguir alguma coisa».
Possuímos, desse modo, campanhas múltiplas no terreno da solidariedade, como simples dever; todas, porém, rogando a campanha da indulgência, no âmago de si mesmas. Ouçamos, assim, o que nos diz semelhante campanha íntima. 
Ajuda a construir o templo de tua fé, mas não creias que os outros devam crer conforme crês.
Ergue um lar que recolha os infortunados da via pública; entretanto, não expulses do coração as vítimas do mal, para que o mal não as aniquile.
Agasalha a epiderme desnuda do companheiro; todavia, não exponhas a vida do próximo às rajadas mortíferas da censura.
Estende o prato reconfortante ao faminto; contudo, não te falte apoio moral para os sedentos de compreensão.
Traze a cadeira de rodas à necessidade do paralítico; no entanto, não deixes de levantar os caídos em desapreço.
Protege os obsidiados como puderes, mas desculpa incondicionalmente os amigos perturbados da própria rota, quando te compliquem a experiência.
Dá remédio aos enfermos; entretanto, não negues algum bálsamo de esperança aos corações tombados no vício. Ampara a criança menosprezada; contudo, não a escravizes à tua exigência.
Promove a pregação da virtude; no entanto, atende ao culto incessante da gentileza para com todos, começando da própria casa.
Presta serviço aos irmãos do caminho, mas não lhes cobres favores especiais.
Realmente, em quaisquer campanhas de redenção, não te despreocupes da campanha da indulgência na campanha a que te afeições.
Indulgência exprime «entendimento» e «entendimento» quer dizer «simpatia fraterna».
Jesus, entre os homens, partilhou campanhas diversas, inclusive aquelas do amor pelos inimigos e da oração pelos que perseguem e caluniam. Entretanto, fosse na tolerância aos sarcasmos da rua ou no perdão aos ingratos, em momento algum se esqueceu da própria consagração à campanha da bênção.

Livro “Religião dos Espíritos” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

16.7.18

VIII – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO”


CHICO XAVIER/ANDRÉ LUIZ

Flácus, inspirado pelos Planos Maiores, acentua em sua preleção:
“Espíritos incompletos que somos ainda, aderimos aos movimentos que lhes dizem respeito e colhemos os benefícios da ascensão e da vitória ou os prejuízos da descida e da derrota, controlados pelas inteligências mais vigorosas que a nossa e que seguem conosco, lado a lado, na zona progressiva ou deprimente, em que nos colocamos.
O inferno, por isto mesmo, é um problema de direção espiritual.
Satã é a inteligência perversa. (destacamos)
O mal é o desperdício do tempo ou o emprego da energia em sentido contrário aos propósitos do Senhor”.
Na condição de espíritas, não podemos olvidar a questão do livre arbítrio, repetindo aqui as célebres palavras de León Denis: “O Espiritismo será o que os homens o fizerem”.
Na atualidade, porém, observamos a existência de “dois” Movimentos Espíritas: o primeiro, e mais autêntico, o de seus adeptos que frequentam os grupos espíritas, interessados em colocar em prática as lições que aprendem; o segundo, e totalmente equivocado, o de seus adeptos que se deixaram picar pela “mosca azul” do poder, ditando normas, regras, estabelecendo direções, como se fossem altos mandatários do Mundo Espiritual na Terra...
*
Logo na sequência, severo alerta de Flácus:
“Misturam-se à multidão terrestre, exercem atuação singular sobre inúmeros lares e administrações e o interesse fundamental das mais poderosas inteligências, dentre elas, é a conservação do mundo ofuscado e distraído, à força da ignorância defendida e do egoísmo recalcado, adiando-se o Reino de Deus, entre os homens, indefinidamente...” (destacamos)
Seríssimo!
“... adiando-se o Reino de Deus, entre os homens, indefinidamente...”.
Podem fazê-lo?! Claro, pois que o têm feito desde épocas imemoriais, mormente quando lograram desfigurar os ensinamentos cristãos, fazendo com o Cristianismo o que fizeram e ainda fazem...
O Espiritismo, infelizmente, vem se transformando numa caricatura dos princípios cristãos, com os espíritas incautos, fazendo em muito menor tempo, o que os cristãos primitivos levaram três séculos para começarem a fazer com o Evangelho.
*
Todavia, ainda se tem tempo para deter o processo da falência de nossos princípios doutrinários que vêm sendo espezinhados e ridicularizados, a partir do comportamento arbitrário e nada fraterno dos espíritas que se consideram “donos” do Movimento, na exibição apenas e tão somente de duvidosa cultura acadêmica ou do pretenso status social que possuem – que os Centros Espiritas bem intencionados, com os seus leais frequentadores, prossigam laborando pelo Mundo Melhor, sem se inclinarem à autoridade “papal” ou “cardinalícia” que alguns espíritas vêm procurando exercer no Movimento.
Que os Centros Espíritas proclamem a sua independência dos órgãos de condução e se transformem em colmeias de serviço e de amor ao próximo, e em escolas sem cátedras onde o verdadeiro Espiritismo possa ser ensinado aos seus adeptos, para que eles, por fim, aprendam a pensar por si mesmos.
Não se trata de rebeldia, mas, sim, de “defesa pacífica” da originalidade espírita, para que o Espiritismo não venha a se transformar em simplesmente mais um “ismo”, no campo da vaidade pessoal de tantos, que, praticamente por imposição, em trama de bastidores pelo poder, querem impor a sua liderança.

INÁCIO FERREIRA por Carlos A. Baccelli - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 15 de julho de 2018.

15.7.18

ESCUTA, CORAÇÃO


Escuta, coração, se a vida é dura
E a peleja parece não ter fim,
Não lamentes a prova que te apura,
Nem te deixes ficar tão triste assim...

Se pretendes subir, ganhando altura,
Aprende a receber o “não” e o “sim”,
E a derradeira gota de amargura
Sorve da taça, a transbordar-se enfim...

Não mergulhes a alma na aflição,
Que tão somente aumenta a solidão,
Ao derredor, na luta em que te vejas...

Não te afastes do Cristo no caminho,
E um dia, além do humano torvelinho,
Hás de encontrar a paz que tanto almejas!...

Auta de Souza
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 14 de julho de 2018, em Uberaba – MG).

14.7.18

ROGATIVA À MARIA


Maria de Nazaré,
Rosa Mística do Amor,
Levai nossa humilde prece
Aos pés de Nosso Senhor...

Intercedei, ó Senhora,
Por todos nós, vossos filhos,
Que inda tanto padecemos
Por sobre os humanos trilhos...

Estendei-nos Vossas mãos
Na cruz de nossos pesares,
Onde expiamos, no mundo,
Desenganos milenares...

Fortalecei-nos na luta,
Em que buscamos vencer
As grandes tribulações
De nosso amargo viver...

Infundi-nos a coragem
De, no Bem, seguir adiante,
Embora o mal nos mantenha
Por sob assédio constante...

Com Vosso manto bendito,
Feito de estrelas e flores,
Balsamizai nossas almas
Nas urzes de tantas dores...

Volvei a nós, ó Senhora,
Ao pó da terrestre estrada,
E auxiliai-nos, Convosco,
A prosseguir na jornada...

Com Vosso materno zelo,
Retraçai nossos destinos
E livrai-nos das algemas
De tão tristes desatinos...

Que a Vossa alegria santa
Resgate-nos da tristeza,
Para a paz do Vosso trono
De peregrina beleza...

Maria de Nazaré,
Rosa Mística do Amor,
Levai nossa humilde prece
Aos pés de Nosso Senhor!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública comemorativa aos 13 anos do Grupo Espírita “Maria de Nazaré”, na noite do dia 26 de agosto de 1995, em Votuporanga – SP).

13.7.18

VIAGENS


    Ambicionas viajar, mudar de ares, viver novas experiências, conhecer outras pessoas...
    Sentes-te saturado por fazer as mesmas coisas, repetir os trabalhos habituais, conviver com as criaturas de todos os dias.
    A imaginação te desenha cenas empolgantes, enriquecidas de ilusões, convidando-te a conhecer outras terras, passear pelas regiões paradisíacas.
    Os lugares onde ainda não estiveste, se te apresentam encantadores, ricos de promessas e de realizações, ensejando-te a felicidade que se te faz escassa, muito distante daquilo que anelas.
*
    Os promotores de turismo apresentam recepcionistas risonhos, vivendo um clima de festa permanente, de verdadeiro encantamento.
    Fascinado, acreditas que lá, no lugar onde não estás, tudo são alegrias e brilho, jogos de prazeres e constante renovação de festa.
    Se não consegues, de imediato, realizar os projetos que traças, na esperança de fruir essas satisfações, deixas-te dominar pela amargura, pela frustração, tombando em estados depressivos ou de revolta contra tudo e todos.
*
    Retifica, porém, a maneira de encarar a vida.
    A dor, a dificuldade e o problema, a alegria e a tristeza, a saúde, a enfermidade e a morte visitam a todos e se apresentam em todos os lugares.
    Quem vive lá, no lugar que desejas ardentemente visitar, atormenta-se pelo desejo irreprimível de vir cá, onde te encontras, com idênticas impressões.
    Ali se padece de situações iguais às tuas.
    Há um fluxo contínuo e crescente destes que vão e daqueles que vêm.
    Sorridentes e joviais aqui, comunicativos e ligeiros, lá, são taciturnos e tristes, vivem cansados e deprimidos, qual ocorre contigo e com os indivíduos daqui.
*
    Há festa em toda parte e programações especiais para vender sensações, que deixam ressaibos de insatisfação e dor.
    Provocam paixões que se desvanecem, tornando-se cinzas e rescaldo dos incêndios que proporcionam.
    Enquanto na Terra, ninguém passa isento de provações.
    Cada criatura experimenta e vive sua quota, conforme as suas necessidades evolutivas.
    Não te iludas, portanto.
    Aqueles que se te fazem modelos de felicidade e beleza, também sofrem muito. Estão, apenas, disfarçados, guindados ao profissionalismo do qual retiram o pão diário, e, às vezes, o veneno com que se matam lentamente.
    Não imaginas o que lhes sucede...
    Há um lugar ao teu alcance, onde a felicidade te aguarda e nada a perturbará.
    Não te exige muito, nem te atormenta. Este reduto maravilhoso é o coração. Põe nele o teu tesouro, conforme propôs Jesus, e aí o desfrutarás.
*
    Se viajares e te alegrares, levarás contigo a verdadeira alegria, e se não puderes sair de onde vives, manterás a mesma bênção sem qualquer conflito.
*
    Já que desejas, porém, viajar, faze-o como uma experiência para dentro, descobrindo o mundo íntimo profundo, e aí fruirás da plenitude que nunca se acabará.

Livro: Momentos de Coragem - Divaldo P. Franco - Joanna de Ângelis.

12.7.18

VENCERÁS

Não desanimes.
Persiste mais um tanto.
Não cultives o pessimismo.
Centraliza-te no bem a fazer.
Esquece as sugestões do medo destrutivo.
Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros.
Avança ainda que seja pôr entre lágrimas.
Trabalha constantemente.
Edifica sempre.
Não consintas que o gelo do desencanto te entorpeça o coração.
Não te impressiones à dificuldade.
Convence-te de que a vitória espiritual é construção para o dia a dia.
Não desistas da paciência.
Não creias em realização sem esforço.
Silêncio para a injúria.
Olvido para o mal.
Perdão às ofensas.
Recorda que os agressores são doentes.
Não permitas que os irmãos desequilibrados te destruam o trabalho ou te apaguem a esperança.
Não menosprezes o dever que a consciência te impõe.
Se te enganaste em algum trecho do caminho, reajusta a própria visão e procura o rumo certo.
Não contes vantagens nem fracassos.
Estuda buscando aprender.
Não se voltes contra ninguém.
Não dramatizes provações ou problemas.
Conserva o hábito da oração para que se te faça luz na vida íntima.
Resguarda-te em Deus e persevera no trabalho que Deus te confiou.
Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar.
Age auxiliando.
Serve sem apego.
E assim vencerás.

Francisco Cândido Xavier / Emmanuel