27.2.23

UMA LUZ NO MEU CAMINHO Romance Espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Lampião não está no Inferno

A Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense sagrou-se campeã do carnaval 2023 do Rio de Janeiro. O desfile teve como tema “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida”. 
Conta as desventuras de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, o rei do cangaço. A letra do samba enredo foi inspirada em dois cordéis escritos pelo pernambucano José Pacheco: "A chegada de Lampião no Inferno" e "O grande debate que teve Lampião com São Pedro". Eis a letra: 
Pelos cantos do sertão... Vagueia, vagueia
Tal qual barro feito a mão misturado na areia 
Quando a sanfona chora, mandacaru aflora
Bate zabumba tocando no meu coração
Leopoldinense, cangaceira, a minha escola
Eis o destino do valente Lampião 
Imperatriz veio contar para vocês
Uma história de assombrar
Tira sono mais de mês 
Disse um cabra que nas bandas do nordeste
Pilão deitado se achegava com o bando
Vinha no rifle de Corisco e Cansanção
Junto de Cirilo Antão, Virgulino no comando
Deus nos acuda, todo povo aperreado
A notícia corre céu e chão rachado
Rebuliço no olhar de um mamulengo
Era dia 28 e lagrimava o sereno 
E foi-se então... Adeus, capitão!
No estouro do pipoco
Rola o quengo do caboclo
A sete palmos desse chão 
Nos confins do submundo onde não existe inverno
Bandoleiro sem estrada pediu abrigo eterno
Atiçou o cão catraz, fez furdunço
E Satanás expulsou ele do inferno
O jagunço implorou lugar no céu
Toda santaria se fez de bedel
Cabra macho excomungado de tocaia no balão
Nem rogando a Padim Ciço ele teve salvação 
Lampião foi o mais famoso chefe do cangaço no Brasil. Sua atuação durou dezesseis anos, de 1922 a 1938. Nascido em Serra Talhada, Pernambuco, em 1897, de família de boa condição financeira, alfabetizado, Virgulino viu-se envolvido numa disputa por terras entre seu pai, José Ferreira dos Santos, e um político influente conhecido como Zé Saturnino. Esta disputa levou a morte do seu pai e do “inimigo” da família. 
A entrada no cangaço de Lampião, provavelmente, ocorreu em 1921, no bando de Sinhô Pereira – embora haja registros que tenha acontecido antes. No ano seguinte, com a saída do líder do cangaço, Virgulino assumiu o comando. 
Com o vulgo de Lampião, liderou ataques contra propriedades e cidades em busca de riqueza. Saqueava, solicitava resgate e extorquia, exigindo pagamento para que ele não atacasse a localidade. Para se proteger, desenvolveu uma rede de informantes, os coiteiros, que o auxiliava quando necessário. 
Nas suas investidas pelo sertão do nordeste brasileiro, conheceu Maria Gomes de Oliveira. Em 1930, Maria Bonita, como ficou conhecida posteriormente, abandonou o marido e entrou no cangaço para ficar com Lampião, com o qual tiveram uma filha, Expedita Ferreira Nunes. 
É importante destacar as razões do surgimento do cangaço. Ele faz parte de uma época e de um contexto de profunda desigualdade social, até hoje existente, onde a elite de proprietários de terras detinha um poder quase que absoluto na região onde lideravam, provocando injustiças com a população do local. O banditismo do cangaço surgiu como um contraponto a este domínio autoritário dos “coronéis” que se alimentava mediante a complacência das autoridades políticas. 
A história oficial conta que na madrugada do dia 28 de julho de 1938 (“Era dia 28 e lagrimava o sereno”), o bando de Lampião foi surpreendido por um ataque das tropas volantes da polícia, comandadas pelo tenente João Bezerra. 
Capitão Virgulino, como igualmente era chamado, foi atingido por três tiros numa emboscada na fazenda Angicos, localizada em Poço Redondo, no estado de Sergipe, vindo a falecer.  Seu cadáver foi decapitado e sua cabeça foi levada para diferentes locais em exibição pública (“E foi-se então... Adeus, capitão! No estouro do pipoco rola o quengo do caboclo a sete palmos desse chão”).
Esta é a história de Lampião no plano da matéria, mas como ele foi recebido na dimensão do espírito? 
O enredo da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense afirma que ele foi rejeitado no inferno (“E Satanás expulsou ele do inferno”) e no céu (“Nem rogando a Padim Ciço ele teve salvação”). 
Será que espaço algum da erraticidade teria lugar para Lampião? 
Jesus, porém, não afirmou que veio exatamente para os doentes da alma e que aqui estaria entre nós até resgatar o último dos apartados de Deus?
Pelas narrativas mediúnicas, Lampião não está no inferno – ou o que dele queira se ter uma ideia. 
O espírito de Lampião foi resgatado de um lamaçal numa região do Umbral conforme pode ser observado no livro “Os Dragões – O diamante no lodo não deixa de ser diamante”, do espírito Maria Modesto Cravo, pela psicografia de Wanderley Oliveira:
 
Num salto, Matias saiu daquele lamaçal trazendo nos braços um trapo humano. Os padioleiros aproximaram-se e começaram a limpar as narinas daquele homem magérrimo, escalpelado pelos componentes químicos daquele líquido efervescente. Sem veste e com pele totalmente acinzentada, nem sequer abriu os olhos. Balbuciava sons estranhos e sem sentido. Era Irmão Ferreira. 
→ Deste ponto em diante se expressa Maria Modesto Cravo. 
A partir de então, Lampião, agora Irmão Ferreira, começou um lento processo de recuperação perispiritual no Hospital Esperança que o abrigou para tratamento. 
Recolhido por algum tempo, ele começou a reacender a sua memória obscurecida pelo tempo e pelas perturbações que invadiam constantemente a sua mente, isso porque os seus antigos algozes ou seus inimigos que no presente estavam no mundo espiritual expeliam petardos de ódio na sua direção. 
Recuperada plenamente a memória, absorvidos os elementos deletérios que cobriam e encharcavam seu corpo espiritual, pode lentamente se debruçar para avaliar sua última encarnação. 
Sabia perfeitamente o que houvera feito. Tinha consciência dos descaminhos que enveredou. Sabia que não seria perdoado facilmente por aqueles que prejudicou e até, muitas vezes, vilipendiou. Desejava, no entanto, recomeçar. 
Enquanto expiava o seu passado, se incumbia em tarefas regenerativas no Hospital Esperança. Seu principal trabalho era recolher almas enfermas que, como ele, também haviam enveredado para o mundo do crime. 
Pouco a pouco, no trabalho regenerador, começou a solicitar outras atribuições. Foi aí que foi aconselhado a se inserir no tarefa de proteção espiritual do Hospital Esperança, o que aceitou de bom grado. 
Sua experiência, sua envergadura militar, seus truques de fuga, sua competência de lidar com a adversidade e, principalmente, o seu desejo de trabalhar no bem, o fez juntar novamente parte de seu antigo bando para militar nas fileiras de amor do Senhor Jesus. 
Um encontro emocionante, que merece ser destacado, foi a visita que recebeu de seu tutor espiritual depois da morte, padre Cícero Romão. 
Quando avistou o “Padim Ciço”, suas lágrimas chegaram imediatamente aos olhos. Sentia-se, enfim, de alguma sorte, protegido. Um abraço caloroso, sem palavras, selou definitivamente a sua nova vida. 
Hoje, o Irmão Ferreira atua em toda atividade que requer proteção espiritual reforçada. Aprendeu novas técnicas de vigília no mundo espiritual e constantemente é acionado para tarefas de relevo onde as suas habilidades, aliado à sua fama, é solicitada para os trabalhos. 
É hoje um agente de Deus, um soldado leal e ativo de Jesus, que cumpriu – e cumpre diariamente – seu desígnio de recuperação de almas no serviço do bem, porque não há atividade melhor de redenção de qualquer ser que um dia, por descuido, se desviou dos caminhos do Alto. 
→ Deste ponto em diante se expressa Irmão Ferreira. 
Não costumo aparecer em publicação alguma. Talvez esta seja a primeira vez que me utilizo de um médium para falar um pouco mais de mim e propriamente da minha última estada na carne. 
Não costumo fazer isso porque ainda, no fundo, me sinto um pecador em fase de recuperação moral e minhas dores ainda são veementes na alma. 
Sou um pecador, como outro qualquer, certamente com mais faltas a corrigir. Minha condição atual é fruto da misericórdia divina, da intercessão direta de meu querido irmão Cícero e da acolhida amorosa de Nosso Senhor Jesus Cristo. 
A caridade da minha redenção, do que era ontem e do que sou hoje, é fruto de muita persistência no bem, pois não existe outro caminho para sair da chafurdação de me meti. 
O meu histórico na Terra não me recomenda falar muito, mas operar no bem cada vez mais, no entanto, devo confessar alguma coisas neste momento. 
Primeiramente, não me acho digno de homenagem alguma. Fui um homem comum que “endoideceu” de ódio e se meteu a fazer justiça com as próprias mãos. Era outra ocasião, eu sei, mas nada justifica o que fiz. 
Sou um homem que pede a Deus, todo dia, para não mais me afastar Dele e quando vejo sou escalado para apartar brigas e desentendimentos de pessoas que se arvoram, como eu um dia fazia, como donos da verdade e fazedor da justiça na Terra. 
Outras vezes, me chamam para proteger aqueles que fui algoz. É um jeito tosco de pedir perdão, mas é o que eu posso fazer e me redimi dos meus pecados ou pendências, como preferem falar por aqui. 
No Hospital Esperança recebi guarida para meus dias mais difíceis. O Irmão Matias, do qual sou muito grato até hoje, teve a coragem e o destemor de me buscar nas profundezas de um lodo feroz e inebriante. Sou muito grato a ele até hoje e ele sabe disso. 
Mas o que peço, se é que posso pedir algo, é que se mirem na minha história para não repetirem os desatinos que cometi. 
É dura uma vida no cangaço e quando optei por ela, tinha consciência de que era uma ida sem volta, porque o que eu iria mexer causaria repugnância de muitos que somente me desejariam ver pelas costas. 
Vi uma forma de fazer justiça e, de certa forma, fiz, mas este, certamente, não é o melhor jeito para se conseguir isso. Violência somente gera mais violência. 
Um caso em especial devo relatar. 
Numa das minhas investidas no sertão tive a sorte de encontrar uma mulher destemida. Bonita e fagueira, inteligente e sagaz. Apaixonei-me por ela e minha vida, desde então, não foi mais a mesma. Ela hoje está na Terra, junto de vocês, pegando na lide e se virando como pode. É o jeito dela reparar pelos desfeitos que cometeu e pelos desafetos que angariou. 
Narro isso para dizer que o amor transforma qualquer pessoa. Me transformou, desde então, e me moveu a novas aventuras neste campo deste lado que estou. É o amor que move hoje a minha vida, do modo que posso compreendê-lo e praticá-lo. Aprendo um pouco com Jesus todos os dias e coloco o amor como absoluta prioridade na minha vida. 
Por ora, é só! Tenho saudades do meu tempo no cangaço. Não das estripulias e exageros que fiz. Tenho saudades do companheirismo, da amizade sincera e da alegria, apesar de todo aquele alvoroço. 
Com Deus e com Jesus a minha vida teve outro rumo e espero, desejo de coração, que Eles possam estar com todos vocês, especialmente para os desafortunados pela sorte e por aqueles que são testados em provas difíceis na Terra. Sem os dois, nossas vidas não terão sentido algum e somente vazio e solidão vai dominar as nossas almas. 
Que eles estejam sempre com vocês! 
→ Retorno a escrita. 
Há algum tempo, venho solicitando este contato com Irmão Ferreira. Já tivemos algumas vezes com ele em trabalhos específicos, mas o percebia muito reservado e focado nas suas atividades. 
Por ser pernambucano como ele, desejava ouvir a sua versão, mas ele sempre se esquivava. Hoje, deu-nos a alegria deste depoimento vindo com a nossa querida Dona Modesta. 
Meu agradecimento a ambos pelos depoimentos e por todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para isso. 
Minha solidariedade ao meu irmão de caminhada “Matias”. Cada um do seu jeito e com suas mazelas a corrigir e enfrentar. Ele, como eu, à semelhança do Irmão Ferreira, somos cambaleantes neste processo de autotransformação. Ora, avançamos, ora nos desviamos do caminho planejado. Faz parte da estrada de todos nós que estamos neste planeta de aprendizagem. 
Depois desses fatos narrados, permitam-me remendar os versos da canção da escola vencedora, agora pelo prisma espiritual: 
Quando a sanfona chora, mandacaru aflora
Bate zabumba tocando no meu coração
Leopoldinense, cangaceira, a minha escola
Eis o real destino do valente Lampião! 
Carlos Pereira - Blog de Carlos Pereira

25.2.23

Labirintos da Culpa


 

ORAÇÃO DE SEMPRE

Mestre Amado, eis-nos aqui,
Na tarefa retomada,
Que nos concedes a todos
Nesta casa abençoada.

Que  não nos falte coragem,
Nem a força necessária,
Para seguirmos adiante
Na caminhada diária.

Não nos deixes à mercê
Das terrenas ilusões,
Que nos surgem na existência
Em forma de tentações.

Ante a iminência de queda
Perigo de toda hora,
Mantendo o próprio equilíbrio,
Que a cruz nos sirva de escora.

Mesmo que seja de rastros,
Na luta seja qual for,
Que possamos prosseguir
Buscando por Teu amor!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita "Pedro e Paulo", na manhã de sábado do dia 9 de fevereiro de 2012, em Uberaba - MG).  

24.2.23

TODOS OS ANIMAIS SÃO NOSSOS IRMÃOS.


 

ARGUMENTANDO SOBRE A REENCARNAÇÃO

    I. ARGUMENTOS FILOSÓFICOS
    Sem a reencarnação, cada pessoa que nasce seria um espírito novo, criado por Deus para, numa única existência terrena, alcançar a perfeição e a felicidade espiritual, indo gozar para sempre o céu, ou, em caso contrário penar eternamente no inferno. Nesse caso:
    - por que não somos hoje como os homens das cavernas? Nosso progresso significaria que, ao longo dos séculos, Deus se aperfeiçoou na arte de criar? E seria justo os criados por último estarem gozando de melhores condições de corpo e de meio ambiente que os primitivos?;
    - por que uns nascem saudáveis e outros enfermos? Uns inteligentes e outros débeis mentais? Uns ricos e outros miseráveis? Não sendo iguais as situações de vida, como exigir que todos alcancem os mesmos resultados?;
    - quem mesmo se aplicando muito, consegue numa só vida a perfeição (o desenvolvimento de todas as suas potencialidades e o pleno conhecimento do mundo material e espiritual) e a felicidade (por saber usar de tudo com acerto e equilíbrio, retirando os melhores efeitos)? A obra de Deus ficaria incompleta ou condenada para sempre? Não tem Ele poder para completá-la ou dirigi-la? Ou já nos criou sabendo disso, que não conseguiríamos a perfeição nessa vida única?
    Então, não seria bondoso.
    Com a reencarnação que se conjuga à idéia de evolução, temos conclusões inteiramente outras:
    1) Deus é justo. Cria todos os seres iguais e a todos dá as mesmas oportunidades.
    As diferenças entre os indivíduos explicam-se pelo grau de evolução em que cada ser se encontra. Uns viveram mais e por isso ostentam maior desenvolvimento intelectual e moral. Outros ou não aproveitaram bem as oportunidades de progresso ou ainda não tiveram muitas existências, por isso se apresentam em menor evolução. Diferentes são as dificuldades e problemas enfrentados pelas pessoas, porque cada qual tem uma necessidade diferente de experiências para o seu progresso atual. Mas não há acaso ou injustiça divina, nem mesmo nas diferenças devidas à:
    a) Hereditariedade: dependem da ligação que o espírito tenha com a família em que renasce e das condições que tenha em seu perispírito para aproveitar, sofrer ou superar os fatores hereditários.
    b) Meio ambiente: se o espírito renasce nesse meio é porque tem ligações com ele ou precisa das experiências que ele enseja, para valer-se das boas influências e superar as más.
    2) Deus é bondoso. Nunca nos condena e, embora cada um receba segundo suas obras, todos terão tantas oportunidades quantas necessárias para resgatarem seus erros e evoluírem.
    3) Deus é poderoso. Criou-nos para a perfeição e a felicidade e seu desígnio se cumprirá, pois todos nós as alcançaremos, através das vidas sucessivas.
Livro: "Iniciação ao Espiritismo" - Therezinha Oliveira

23.2.23

SEM REGRAS PARA AMAR Romance espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

O PODER

    O impulso do poder se torna, às vezes, tão irresistível que, mesmo no hercúleo esforço da transformação moral da pessoa para melhor, reponta em forma de exibicionismo, quando a sua ainda não é uma humildade verdadeira, ou de pressão sobre os outros, em conflito de transferência doentia do que gostaria de fazer e não se encoraja a realizá-lo, o que não ocorre por virtude, mas sim, por frustração.
    Nas experiências primeiras, o espécime mais forte sempre venceu o menos equipado, o que permitiu ao homem mais tarde usar a astúcia e a inteligência para dominar os animais de grande porte, assim como controlar as forças do planeta que lhe ameaçavam a existência.
    Ao alcançar o patamar da razão lúcida, permaneceu-lhe o conceito de sobrepor-se aos demais como forma de auto-realização, mesmo que inconscientemente, o que o tem conduzido a lutas tão desgastantes quão desnecessárias.
    O poder funciona como instrumento de intimidação, de projeção, de vaidade, despertando inveja nos fracos e interesses apaixonados nos inseguros.
    Não são poucos aqueles que tudo empenham para a conquista do poder, a fim de receberem a bajulação doentia dos que se locupletam com os sobejos das suas extravagâncias. E o fazem, perdendo os melhores momentos da existência, no afã de se tornarem temidos, face à certeza que têm de não conseguirem ser amados.
    Mas o poder defrauda todos aqueles que nele confiam.
    O poder da juventude cede lugar ao da maturidade e essa à velhice com os seus desajustes e demências.
    O poder do dinheiro não compra tudo do quanto se faz necessário para a plenitude, embora auxilie a avidez diminuindo algumas dores e desconfortos, que podem ressurgir em forma de angústias morais e frustrações profundas por falta de amor verdadeiro.
    O poder público e o religioso se transferem de mãos a cada momento, quando outros mais ousados derrubam os sistemas ou alteram as Constituições que lhes ofereciam base.
    O poder da força física diminui de acordo com a natural decadência do organismo.
    O poder da cultura, decorrente da inteligência brilhante e da memória privilegiada, decresce e desaparece com o envelhecimento, as enfermidades degenerativas, os golpes inesperados que produzem traumatismos crânioencafálicos...
    Qualquer tipo de poder terreno, a morte, por mais demorada de chegar, termina por diluir.
    Fama e poder - eis os dois pilotis feitos de fantasia razão da precariedade da sua duração!
    Somente o poder do amor se transfere para além do túmulo, acompanhando o ser na sua escalada ascencional no rumo da Vida.
    Quando Jesus se encontrava diante de Pilatos, esse lhe disse que representava o poder, ao que o Mestre, imperturbável, lhe respondeu, que ele o tinha porque houvera sido concedido, mas que não era dele próprio.
    A sua força transitória entregou-O aos inimigos, que eram crucificá-lo porque estava nos desígnios de Deus, mas não impediu que Ele retornasse vivo e exuberante, dando prosseguimento dando prosseguimento ao ministério que viera realizar na Terra.
    Posteriormente, o poder de Pilatos passou, como o de todo o Império romano, desaparecendo a falsa glória e a opulência ilusória, enquanto Ele permaneceu real, vibrando nas mentes e nos corações que O amam e anelam por encontrá-lo.
    O poder real é aquele que decorre dos valores intelecto-morais, adquiridos a esforço e perseverança, que facultam o crescimento interior projetando o Espírito para Deus.Esse poder, porém, quando se instala na mente e no coração, ao invés de perturbar, libera das paixões, dulcifica e harmoniza, tornando aquele que o possui um centro de irradiação de amor e paz que a todos mimetiza. Esforçar-se por conquistar esse poder iluminativo, deve ser a meta do indivíduo inteligente enquanto jornadeia na Terra, o que não o impede de adquirir outros poderes, a fim de que bem os possa utilizar, servindo a si e à Humanidade.
 
Joanna de Angelis
 Londres (Inglaterra), 18 de junho de 1.998.  

22.2.23

Gravação do Estudo Detalhado do livro OBREIROS DA VIDA ETERNA


 

TRABALHO, LEI DA NATUREZA

Comentários Questão 674 do Livro dos Espíritos

O trabalho, sendo lei da natureza, constitui uma necessidade de todos os povos, sendo o sustentáculo de todas as civilizações do mundo. Cumpre a todas as criaturas terem essa obrigação de trabalhar para viver de que os três reinos da natureza dão exemplo de labor constante. O próprio corpo humano, essa máquina divina em todas as suas particularidades, é exemplo nobre de movimentos rítmicos, operando em seu conjunto o despertamento de novas forças que buscam o mais além.
A ciência, nos dias que correm, nos mostra que nada existe inerte; tudo se movimenta, tudo trabalha por ordem d'Aquele que a tudo criou, desde a força interatômica, até as constelações; desde os seres rastejantes na Terra até os anjos dos céus. Todos têm obrigação de laborar, como co-criadores de novos ambientes, juntamente com a força do progresso estabelecido por Deus.
Convém que todas as criaturas não se esqueçam dessa lei maravilhosa que é a lei do trabalho com amor. O homem não deve somente visar aos interesses passageiros, mas sentir e se esforçar para cumprir seus deveres, favorecendo toda a humanidade. Se desejamos trabalhar, façamo-lo com alegria, sem esquecermos a perfeição e o amor. A felicidade em nossos caminhos exige que trabalhemos constantemente.
Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, porque digno é o trabalhador do seu salário. Não andeis a mudar de casa em casa. (Lucas, 10:7)
Jesus, quando enviou os setenta companheiros de dois em dois, para anunciarem a Boa Nova do Reino de Deus, pediu-lhes para permanecerem nos lugares determinados, falando e vivendo os preceitos do Evangelho. Esse era um trabalho divino, e que não ficassem andando de casa em casa, permanecendo no lugar indicado até que fossem conhecidos os fundamentos da mensagem de Deus.
O trabalho não deve se fixar somente nas coisas materiais, mas se estender em todas as direções daquilo que o homem sabe ou precisa saber. Pensar é trabalho, e saber pensar é de ordem divina; falar é trabalho, e saber falar é de grande valor espiritual. Enfim, tudo o que existe pode ser alvo de trabalho, mas nem tudo nos serve para operar. Usemos a inteligência em conexão com a consciência, e escutemos o que ela determina no clima de Jesus Cristo, para que possamos fazer bem o nosso trabalho.
A civilização, mostrando-se nas leis dos homens, multiplica-lhes o trabalho, pelo seu crescimento, ao ver as suas necessidades e os gozos que o mundo oferece.
Quem rejeita o trabalho que as leis da Terra exigem, está se marginalizando e ficando fora da lei da natureza. Mesmo quem já se encontra fora das leis dos homens, sem trabalhar para sobreviver, que ajude a quem precisa, e que são muitos, velhos, crianças e doentes, pois esse é um trabalho com Deus, sob a direção de Jesus. Assim, ele virá a ser digno do salário espiritual, e quando voltar para a prática espiritual, poderá estar à direita do Senhor. A direita a que nos referimos é a consciência reta e tranqüila pelo dever cumprido.
Não se pode viver somente para si; é preciso que seja eliminado o egoísmo das atividades humanas, pois ele é a cerca que divide os dois mundos. Pára que se tenha a passagem livre, necessário se faz que se envolva, em toda a sua vida, com a força benfeitora da caridade. Necessário é libertar-se com ela, para que o amor acenda no coração a luz da vida.
Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria 

21.2.23

FANTASMAS DO TEMPO ELES VOLTARAM PARA CONTAR Romance Espírita a venda na LER Livros revistas Papelaria


 

REALIDADES

O palhaço que você ironiza é, freqüentemente, valoroso soldado do bom ânimo.
A mulher, extremamente adornada, que você costuma desaprovar, em muitas ocasiões está procedendo assim para ajudar numerosas mãos que trabalham.
A cantora que baila sorrindo e da qual você comumente se afasta entediado, na suposição de conservar a virtude, geralmente procura ganhar o pão para muitos familiares necessitados, merecendo consideração e respeito.
O homem bem-posto, que lhe parece preguiçoso e inútil, talvez esteja realizando trabalhos que você jamais se animaria a executar.
Não julgue o próximo pelo guarda-roupa ou pela máscara. A verdade, como o Reino de Deus, nunca surge com aparências exteriores.
Livro: Agenda Cristã - Francisco C. Xavier - André Luiz - Realidades

20.2.23

AMIGO E MESTRE Livro evangélico espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Baile Divino

A vida é cheia de ilusões, mas também de muitas verdades.
Quando nos juntamos neste planeta para brindarmos a vida, ficamos à mercê daquilo que imaginamos ser a realidade. A vida, porém, passa tão rápido e nem achamos que ela um dia vai se acabar.
A vida cessa, no entanto, pelo menos no corpo físico um dia ela deixa de existir, mas a vida verdadeira, a vida do espírito, nunca deixa de existir. E eu estou aqui para dizer isso em alto e bom som.
Mas o que é a vida senão para vivenciar momentos de alegria e de tristeza, de altos e baixos. O fato é que entre uma experiência e outra haveremos de aprender a sermos pessoas melhores do que somos hoje.
Cada oportunidade é santa para nos proporcionar os elementos necessários para podermos seguir mais adiante nos planos do Senhor.
A vida, portanto, é um grande convite para o aprendizado divino e espiritual. Somos convidados a nos revirarmos por dentro e darmos, um passo a mais, no nosso progresso ao encontro de Deus.
Isso pode perfeitamente ser imaginado como um grande baile, um baile divino, um baile da vida com Deus.
É por essa razão, estando no corpo físico, que imaginava que poderíamos contemplar a Deus na arte. Não apenas na arte de viver, mas na arte mais profunda do canto, da dança, da poesia...
Na arte, poderíamos contemplar tudo aquilo que precisávamos para nos elevar em espírito e em verdade.
Por isso, sempre achei no carnaval uma grande oportunidade para que os espíritos pudessem se encontrar com Deus através da alegria do passo e no cantarolar de belas músicas, onde o povo, em grande júbilo, iria se encontrar com o Pai Maior, colocando para fora todas as suas angústias e dissabores e recebendo em troca uma limpeza do espírito.
Não falo aqui daqueles que aproveitam dessa festa popular para dar vazão aos seus instintos mais inferiores, mas falo daqueles que aproveitam o carnaval para expandir a sua consciência com o Cristo através da alegria de viver.
É dentro desse contexto que eu peço a Deus, nosso Pai amantíssimo e bom, que nos brinde com a possibilidade concreta de nos encontrarmos com Ele pela arte do bem viver e que seja também pelo carnaval, por que não, essa oportunidade de nos aproximarmos Dele, porque Deus, em seu infinito amor e justiça, em sua perfeição, não poderia contemplar a tristeza como regra de vida.
Não, absolutamente que não!
Deus que é todo amor só pode ser conjugado com a alegria de viver.
Encontremos, portanto, Deus na paz de espírito e na felicidade de um passo de frevo, de uma canção lírica ou de qualquer outro tipo de expressão artística.
Que Deus nos conforte, nos ampare e nos dê a possibilidade de nos encontrarmos com Ele em cada situação da vida.
Paz para nossos espíritos!
Paz em Deus!
Helder Camara - Blog Novas Utopias

19.2.23

PRÁTICA PEDAGÓGICA NA EVANGELIZAÇÃO Livro de evangelização infantil a venda na LER Livros Revistas Papelaria

 


Além das Ilusões

As lides do Cordeiro afloram por toda a parte. Elas se servem dos bons servidores para espalharem a paz e o amor.
Ocorre que, nos dias hodiernos, as esferas ínferas do planeta invadem a psicosfera com  pensamentos de menos valia que abalam, sobremaneira, o espectro de forças que atuam no orbe, pressionando, cada vez mais, para que os operários do bem trabalhem em defesa do bem geral.
Esgotados de verem as injunções de melhoria nos “quatro cantos do planeta”, o mal se debanda em série e se agita, tentando adiar, minimamente que seja, o progresso já iniciado.
Os dias do mal na Terra estão contados e eles sabem disso.
Outrora, havia possibilidade de prosperar uma ou outra ideia nefasta, hoje, têm consciência, que as estratégias da maldade devem ser mais bem urdidas, caso contrário, serão imediatamente abafadas.
Nestes dias de carnaval, particularmente no Brasil, um “enxame” de espíritos trevosos são libertados propositadamente das furnas e do umbral grosseiro. Não sabem, na sua ânsia de prazeres e de perturbações, que são convidados a se deserdarem do mal.
Aqueles que transitam na mesma faixa vibratória deles são “engolidos” sem que haja qualquer esforço, mas há aqueles que, por estarem apenas interessados na boa  brincadeira, podem vir a ser arrastados pela vileza dos sentidos e por pensamentos  difusos e conflitantes.
Aos que meditam, peço que vossos pensamentos generosos possam ir ao encontro destes espíritos trevosos.
A luz que emana de um pensamento bem-intencionado e vigoroso pode abrasar o mal. Lembremos bem - e pratiquemos – que a ação de um homem bom e amoroso pode anular uma “multidão de pecados”.
Esse compromisso com o bem se insere a todos que desejam uma vida nova na Terra. São estes, os mansos, que herdarão este mar de possibilidades.
Conquanto ainda não chegue este dia, procuremos, cada um a seu turno, proceder a própria higienização mental e energética.
Os pensamentos enfermiços e destoantes do bem se apoderam daqueles mais fracos e imprevidentes, alterando humor, provocando desequilíbrio de comportamento, quando não, levando-os a atitudes insensatas.
O carnaval não é um mal em si – nada disso! A alegria foi feita para o ser humano vivenciar momentos de efusão da alma. Neste sentido, a festividade é mais que bem-vinda, pois pode rejuvenescer a alma de sentimentos e sensações, é o seu mau uso que faz prosperar o desequilíbrio de toda ordem. É este o cuidado.
Tenhamos paciência com aqueles que se estertoram em energias, ao máximo, nestes dias inebriantes. Passado o momento do “bloco das ilusões”, a realidade, nua e crua, cobrará bom entendimento da vida e o cumprimento dos compromissos assumidos no Além.
Fiquemos em alerta, no entanto, pois as hostes da maldade não perdem tempo diante de situações propícias e aproveitam para despertar sentimentos mal resolvidos e sensações ainda mal administradas nos escaninhos da alma.
Aos centros espíritas e outras casas de cunho espiritualista, estejam preparados para acolher todos eles. Os que brincaram de viver no corpo físico e os que se deliciaram no espetáculo do parecer viver no corpo do espírito.
Canalizemos, sempre, as nossas forças para o bem.
Peçamos ajuda quando couber e precisar.
Façam a sua parte e deixem que os céus façam a deles.
O momento é de recuperação de almas que vivem, de algum modo, no seu inferno interior, e juntemo-nos ao Cristo na tarefa ingente de liberação deste planeta para alçar voo maior nos ditames da evolução cósmica.

Bezerra de Menezes - Blog de Carlos Pereira

18.2.23

MOVIDA PELA AMBIÇÃO Romance Espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Vida e Prova

Cumpre agora a tua prova
No tempo que é melhor,
Pois mais tarde, com certeza,
Seria muito pior.
*
Bendize a luta que travas,
Sem desânimo e aflição,
Sem esquecer que a vitória
Tem nome de aceitação.
*
Na subida do Calvário,
Que se revela tão teu,
Por sob a cruz que carregas
Sempre surge um cirineu.
*
Nas dores que não entendes,
Não te entregues à descrença...
Do doente em provação,
A cura é a própria doença.
*
Faze o bem ao teu alcance
E prossegue com Jesus,
Que a escuridão não resiste
À mais diminuta luz.
 
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, na manhã de sábado do dia 4 de Fevereiro de 2023, em Uberaba – MG).

17.2.23

O GUARDIÃO DAS 7 CRUZES Um livro Mistério a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Vigiai e Orai

“Nem ao menos uma hora pudestes vigiar comigo?
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, Verdade, está pronto, mas a carne é fraca.”
(Mateus 26:40-41)

16.2.23

NOITE NO CAIS Romance Espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

O Remédio Salutar

 "Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros para que sareis."  (TIAGO, 5:16.)
    A doença sempre constitui fantasma temível no campo humano, qual se a carne fosse tocada de maldição; entretanto, podemos afiançar que o número de enfermidades, essencialmente orgânicas, sem interferências psíquicas, é positivamente diminuto.
    A maioria das moléstias procede da alma, das profundezas do ser. Não nos reportando à imensa caudal de provas expiatórias que invade inúmeras existências, em suas expressões fisiológicas, referimo-nos tão-somente às moléstias que surgem, de inesperado, com raízes no coração.
    Quantas enfermidades pomposamente batizadas pela ciência médica não passam de estados vibratórios da mente em desequilíbrio?
    Qualquer desarmonia interior atacará naturalmente o organismo em sua zona vulnerável. Um experimentar-lhe-á os efeitos no fígado, outro, nos rins e, ainda outro, no próprio sangue.
    Em tese, todas as manifestações mórbidas se reduzem a desequilíbrio, desequilíbrio esse cuja causa repousa no mundo mental.
    O grande apóstolo do Cristianismo nascente foi médico sábio, quando aconselhou a aproximação recíproca e a assistência mútua como remédio salutares. O ofensor que revela as próprias culpas, ante o ofendido, lança fora detritos psíquicos, aliviando o plano interno; quando oramos uns pelos outros, nossas mentes se unem, no círculo da intercessão espiritual, e, embora não se verifique o registro imediato em nossa consciência comum, há conversações silenciosas pelo "sem-fio" do pensamento.
    A cura jamais chegará sem o reajustamento íntimo necessário, e quem deseje melhoras positivas, na senda de elevação, aplique o conselho de Tiago; nele, possuímos remédio salutar para que saremos na qualidade de enfermos encarnados ou desencarnados.
Livro: Vinha de Luz - Francisco C Xavier - Emmanuel 

15.2.23

Gravação do Estudo Detalhado do livro OBREIROS DA VIDA ETERNA cap.19


 

AS COISAS AGRADÁVEIS À DEUS

Comentários Questão 673 do Livro dos Espíritos

Tudo que Deus fez é agradável a Ele. O homem é um aprendiz do Senhor, e sendo Seu filho certamente que tem a obrigação de acompanhar a seu Pai em todos os sentidos. Não diz a bíblia que o homem é semelhante ao Criador? Como é que os pais da Terra ficam satisfeitos com as criancinhas ou com os seus filhos adultos? Não é da mesma maneira; a criancinha, com um simples sorriso, e o adulto com a sua boa conduta.
O Espírito primitivo que não tem outra condição de adorar a Deus, o faz à sua maneira, sacrificando animais e enchendo o altar de frutas, ou quaisquer outros objetos. Deus fica satisfeito, conhecendo sua dimensão e o modo que vive, ao passo que o adulto, o Espírito sábio, já deve adorar a Deus em Espírito e verdade, por já compreender a vida em outra faixa. Aos objetos que os primitivos usam, ele já dá outro destino, mais útil às criaturas. Na verdade, a melhor oferta é o amor; amemos a tudo e a todos que estaremos amando a Deus, dando ao Senhor a melhor oferta. Jesus deu rumo novo aos preceitos velhos. Vamos lembrar o que anotou Lucas, no capítulo seis, versículo vinte e nove:
Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que tirar a tua capa, deixa-o levar também a túnica.
Por esses ensinamentos de Jesus, está excluída do Evangelho toda a violência. O que foi anotado pelo apóstolo, é o perdão dentro da sua pureza. O não revide é a tônica do grande Mestre. Eis aí a maior oferenda a Deus: o perdão sem condições. A quem, pois, que te ferir de um lado, dá-lhe o outro; se alguém te tirar a capa, dá igualmente a túnica. O Mestre é todo amor, pelo que Ele viveu e ensinou aos Seus seguidores.
O Deus verdadeiro é esse que falou pela boca de Jesus, estimulando o bem e instruindo a todas as criaturas para que haja paz nas consciências. Se queres agradar a Deus todos os dias, faze o bem, sem que entre nesse gesto o vírus do interesse, ou o corrosivo do egoísmo, que tem sempre a participação do orgulho. Se queres honrar a Deus, não deves esquecer de aprimorar a honestidade, de minorar o sofrimento alheio, de dar com uma mão sem que a outra participe.
O que passou, passou. Os meios grosseiros de agradar a Deus, eram para a época da ignorância; depois de Jesus, não podem mais existir esses métodos inferiores. O pensamento é o instrumento mais direto para falarmos com o Senhor, mostrando a Ele, pelos fatos, que estamos andando nas linhas traçadas pelo Evangelho, onde Jesus deu exemplo, até a última hora,dos Seus testemunhos.
Todo aquele que ama as coisas exteriores, têm realmente "vista acanhada" e ainda dorme no clima da ignorância. O nosso amor deve atingir a tudo, principalmente ao Criador, e para tanto não é preciso ofertas materiais. Por que dar a quem é dono de tudo? A criança é que pede ao pai dinheiro para comprar presente para o próprio pai, e quem faz ofertas materiais a Deus, o faz por ser criança, na escala da vida espiritual. Quem já está crescido em Cristo, deve saber como adorar a Deus nos moldes ensinados pelo Senhor Jesus Cristo.
Oferta a Deus hoje urna prece de gratidão por tudo que já recebeste das Suas mãos poderosas e santas. Faze isso e verás o que podes sentir, no retorno dos teus sentimentos de amor para com o Pai.stamos sendo chamados e escolhidos para a grande guerra, no eterno da intimidade de cada um, luta essa que somente nós mesmos somos capazes de vencer, e as armas para tal desempenho são o amor e a caridade. Somente essa dupla salva, sob as bênçãos de Deus e de Cristo. Acordemos e vamos nas pegadas do Mestre dos mestres, porque Ele é o representante direto de Deus na Terra.
Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria 

14.2.23

ANTAUX DU MIL JAROJ... Livro espírita em Esperanto a venda na LER Livros Revistas Papelaria Versão


 

REALIDADES

O palhaço que você ironiza é, freqüentemente, valoroso soldado do bom ânimo.
A mulher, extremamente adornada, que você costuma desaprovar, em muitas ocasiões está procedendo assim para ajudar numerosas mãos que trabalham.
A cantora que baila sorrindo e da qual você comumente se afasta entediado, na suposição de conservar a virtude, geralmente procura ganhar o pão para muitos familiares necessitados, merecendo consideração e respeito.
O homem bem-posto, que lhe parece preguiçoso e inútil, talvez esteja realizando trabalhos que você jamais se animaria a executar.
Não julgue o próximo pelo guarda-roupa ou pela máscara. A verdade, como o Reino de Deus, nunca surge com aparências exteriores.
Livro: Agenda Cristã - Francisco C. Xavier - André Luiz - Realidades

13.2.23

O PASSADO NÃO IMPORTA. Romance Espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Causos de Dom Helder Camara depois da morte - 1

Conheci o termo alteridade pelas mãos de uma leitura espírita. Era um conceito novo e uma palavra diferente que chegava para mim no início dos anos dois mil.
Tem a ver com tudo que se refere ao outro. Reconhecer, interagir, escutar, compreender, avaliar, absorver o que couber e manter uma relação de respeito, construtiva e pacífica com este outro. 
Alteridade, portanto, requer o desenvolvimento de algumas competências como capacidade de ser empático, de evitar o conflito, de cuidar do outro como se cuida a si mesmo. Uma relação de harmonia. 
Espantei-me positivamente com este conceito e decidi assumir o desafio de transformá-lo numa ética existencial. 
Pouco a pouco, percebi da importância e da urgência da alteridade no mundo atual. O pluralismo das ideias, que sempre existiu, ganhou um eco imenso com o surgimento da internet, onde todos possuem a liberdade de lá se manifestarem. 
A confusão é tamanha porque colocamos num grau máximo tudo aquilo que não conseguimos ainda resolver nas relações interpessoais próximas e nas nossas redes de contato. 
Pus-me, então, a ser um defensor da ética da alteridade e passou a ser um objetivo de vida tentar levar esta compreensão a um número maior de pessoas que eu alcançar. 
Pois bem, onde entra Dom Helder Camara neste contexto? Em tudo! 
Helder Camara, encarnado e depois mais ainda em espírito, é profundamente alteritário. 
Lendo o livro “Não deixe cair a profecia”, de Marcelo Barros, antigo assessor dele, por oito anos, para assuntos ecumênicos, deparei-me com o seguinte depoimento: 
“Embora nenhuma circular aluda a isso, sabemos que, em suas leituras, Dom Helder teve acesso ao filósofo Emanuel Levinas e passou a admirá-lo. (...). Para Dom Helder, o outro era a pessoa concreta que ele encontrava e que aprendeu, ao longo da vida, a respeitar e a estimar.” 
Neste contexto, aproveito aqui para trazer duas experiências muito interessantes que tive com ele acerca da alteridade. 
A primeira ocorreu em São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro, há alguns anos. Fui convidado para fazer uma exposição num sábado à noite. No outro dia, foi-me informado que teríamos uma reunião com o público de diversas casas espíritas da região. Ao chegar lá, no outro dia, deparei-me apenas com dirigentes de casas espíritas. Não havia outro público para expor. Quando comecei a falar, senti a presença do Dom ao meu lado que me pediu para expressar algumas palavras para aquele público. Concordei. Foram mais de 30 minutos do padre Helder falando para dirigentes espíritas. Alegria para todos. Na sua fala algo que juntava a todos nós: o Evangelho de Jesus.  
Lição um de alteridade! 
Noutra ocasião, fui convidado para fazer uma exposição numa casa de Umbanda. Dei meu recado. No fim da minha fala, o dirigente veio até a mim e disse: 
- Carlos, o padre está junto de você o tempo inteiro, deixe ele falar também. Pessoal, agora quem vai falar para vocês é Dom Helder Camara. 
Dom Helder falou para aquelas quase duzentas pessoas e notei que estava bastante feliz por estar ali e com esta oportunidade. Novamente pregou o Evangelho que une a todos nós. 
O surpreendente é que depois da sua exposição, o dirigente da casa conclamou a todos para quem desejasse dar um abraço ou pedir a benção que fizesse uma fila. Creio que a metade daquele povo abraçou ou beijou Dom Helder Camara. Estava satisfeito! Como dizia Paulo de Tarso, foi um com todos para com todos ser com o Cristo. 
Lição dois de alteridade! 
Dito isto, vamos perguntar a ele sobre o tema nesta conversa mediúnica. 
CP. Dom, o senhor se sente feliz em lidar com os diferentes, isto é fato. Como o senhor procede na dimensão espiritual? 
HC. Meu filho, ser padre é abraçar a todos que o procuram. Se estamos alinhados com o Cristo é isto que devemos fazer. Não é dividir, é somar. É isto que fiz e faço. Agora, o outro tem que estar aberto para esse diálogo, senão vira monólogo. É claro que não deixarei de pregar, mas estimularei a troca, isto é que é o importante. Por aqui, sem as amarras institucionais da Igreja, vou e volto aonde eu quiser. Falo com espíritas, budistas, com seguidores de Maomé, com quem se aproximar de mim. Visito monastérios, igrejas evangélicas, todos, enfim. O que importa é estar com o Cristo e ver o Cristo em cada um deles, mesmo que não acreditem ou nem saibam quem Ele é. 
CP. O senhor acha que o Papa Francisco é um homem alteritário? 
HC. Claro que sim! E como é. Temos um papa ecumênico e alteritário por natureza. Ele sempre exercitou isso na sua vida sacerdotal. Sempre foi amigo de judeus e de outras denominações. É um homem afeto ao diálogo e, portanto, sabe o valor que é estar com todos e em todos estar com o Cristo. 
CP. Acredita que a alteridade seja um valor atualíssimo a ser disseminado nos dias de hoje? 
HC. A minha formação cristã me pede sempre para eu ser inclusivo. Não posso diferençar ninguém pelas suas características naturais e tampouco pelo que pensa e acredita, mas tenho que confessar que a situação atual é preocupante. Todos precisam respeitar uns aos outros. Isso é fundamental para uma democracia, mas principalmente para termos relações civilizadas. Hoje, infelizmente, vejo pessoas mal-educadas, grosseiras, que não sabem conversar com ninguém e desejam impor seus pontos de vista de todo jeito. Isso não é bom para o convívio social. Só prolifera, desse jeito, a confusão e a violência. 
CP. Seria interessante ensinar a alteridade nas escolas? 
HC. Em todo lugar! Nas escolas, nas igrejas, pelos meios de comunicação, pela internet. Isso deveria ser uma preocupação geral. Hoje se fomenta mais a guerra do que a união.  
CP. À vontade para dar as suas considerações sobre o tema. 
HC. Eu quero dizer que tudo possui a sua razão de existir. Jesus pregou para todos. Respeitou a todos. Pregou o bem para todos. Nunca fez distinção de credo ou de condição social. É claro que veio trazer uma disciplina nova e que muitos a rejeitariam, como fazem até hoje, que é a disciplina do amor. Quero dizer que sem amor não haverá respeito. Sem respeito não haverá alteridade. Assim, o amor, por natureza, é alteritário. Aprendamos com Jesus! 
É isso! 
Aprendamos também com Helder Camara. 
Carlos Pereira  - Blog Novas Utopias

12.2.23

SONHOS PERDIDOS Romance Espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

A Caridade e a Lei

Alguns amigos têm nos perguntado a respeito da situação atual das instituições espíritas assistenciais, diante da Lei, que as vem cumulando de exigências para que se mantenham em funcionamento.
Queremos dizer que, de certa maneira, consideramos tais exigências um tanto absurdas, pois que querem que um país de Terceiro Mundo funcione como se fosse de Primeiro Mundo, e isto começando por onde deveriam terminar.
Por outro lado, não resta dúvida de que há certo preconceito religioso embutido na intenção governamental, que, consciente ou inconscientemente, deseja obstaculizar o avanço da Doutrina no Brasil, com a bandeira do “Fora da Caridade Não Há Salvação”...
A Doutrina, infelizmente, pela falta de discernimento de muitos de seus adeptos, que dela consideram líderes, quase não possui representantes no Câmara e no Senado, e, por vezes, nem mesmo em singela bancada de Vereadores.
A fala de que não se mistura religião com política é equivocada, porque se não existe religião na política, existe muita política na religião, a começar dos cargos que, por vezes, são disputados em humilde Casa Espírita.
Em quase todos os órgãos considerados unificadores a política se encontra vigente, e mais: os seus diretores parecem ocupar cargos vitalícios, apenas deixando o poder quando são expelidos da carcaça.
Assim sendo, as instituições espíritas, que devem se preparar para exigências jurídicas cada mais maiores – e não apenas jurídicas –, carecem se organizar em tempo hábil a fim de que não venham a ser surpreendidas e careçam de cerrar as portas.
No mais, tomamos a liberdade de dizer aos nossos confrades e confreiras, que a Caridade, que é amor em movimento, pode ser praticada de mil maneiras diversas, não necessitando para tanto de regulamentações quaisquer, a não ser da imaginação e da boa vontade dos que compreendem que, no dizer de Irmão José, “em matéria de Caridade, os mendigos somos nós”.
Infelizmente, os espíritos encarnados, e nós os desencarnados que os rodeamos, estamos vivendo em um mundo que está sob constante assédio das trevas, que, para tanto, se valem daqueles que se lhes prestam como instrumentos.
Não se deve, pois, recuar, ante os obstáculos que, porventura, apareçam, com a intenção de nos fazer cruzar os braços e desistir da luta pela construção do Mundo Melhor.
A Terra, em breve, há de passar por um processo de triagem que mal começou com a chamada pandemia do Coronavírus, e muitos haverão de ser levados pelo furor das tempestades que estão se preparando e que, no momento oportuno, haverão de desabar.
Não estamos a profetizar, mas, sim, aventando a consequência natural das coisas, porque, embora já haja muito idealismo no mundo, o materialismo, avançando em quase todos os países, tende à escravização do espírito, o que a Lei Divina não há de permitir.
Quando não há ninguém que possa fazer demolir as muralhas do mal, elas terminam, sob a ação inexorável do tempo, caindo por si mesmas.
 
INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 12 de Fevereiro de 2023.

11.2.23

OS PATRIARCAS DE YAHVEH Livro espiritualista a venda na LER Livros Revistas Papelaria


Os Patriarcas de Yahveh

Livro espiritualista a venda na LER Livros Revistas Papelaria

As pesquisas históricas demonstraram que, num curto período de 50 anos, surgiram em uma única região invenções como o arado, a roda, as embarcações, e ciências, como a matemática, a astronomia, a navegação e a agricultura.

Que fatos poderiam explicar tamanho progresso em tão pouco tempo?

Esta coleção revela como a vinda de cerca de 30 milhões de espíritos extraterrestres, exilados de Capela, influenciou no surgimento das mais importantes civilizações da Terra.

Neste trabalho, o Velho Testamento é lido sob uma nova ótica.

A abandonada e esquecida tradição esotérica-espiritual dos textos bíblicos é revelada pelos seus mais importantes personagens.

Albert Paul DaHoui (autor)

Editora: HERESIS

218 páginas - tamanho 16 X 23 cm.

https://youtu.be/M8jui_Qyf3E

Trovas da Vida Diária

Esquece contrariedade
Vivendo de alma contente,
Quem não sabe perdoar,
Não caminha para a frente.
*
Nunca esperes de ninguém
A perfeita compreensão...
Há junto à rosa mais bela
Espinhos em profusão.
*
Dá de ti mesmo o que possas,
Faze o bem a cada dia,
Somente na caridade
Há verdadeira alegria.
*
Reflete nesta sentença
Com que a Vida nos acena:
Às vezes, a gente cai
Naquilo que mais condena.
*
Conclusão a que cheguei
No estudo em que me aprofundo:
Toda história tem versões
Que não se sabe no mundo.
*
Haja o que houver em teus dias,
Suceda o que suceder,
Não desertes do caminho
Nem te afastes do dever.
*
Muita gente perde a calma,
Não raro, por bagatela,
O que custa a construir
De chofre se desmantela.
*
Ofensas? Perseguições?
Alguém te apedreja a porta?
Guarda em paz a consciência,
Que além disso pouco importa.
*
O sofrimento é lição
Que aparece de improviso,
Ensinando-nos a todos
A fazer o que é preciso.
*
Por semear a bondade
Ao longo dos próprios passos,
Jesus recebeu por paga
A cruz a prender-lhe os braços!...
 
Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Trovas recebidas pelo médium Carlos A. Baccelli, na reunião pública do “Grupo Espírita da Prece”, na noite de 29 de Maio de 1988, em Uberaba – MG).

10.2.23

NOVA AURORA Romance Espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Encontro com Jesus

Bendita a casa que abriga Jesus nos seus domínios.
A presença do Soberano Senhor da Paz traz ao ambiente o refrigério necessário para espantar energias decorrentes das contradições, dos conflitos, das desavenças, das desuniões de toda sorte.
O Evangelho no Lar guarda, em seus princípios, a grandeza dos ensinamentos de Jesus lembrando-nos do nosso compromisso inadiável conosco mesmo.
A mudança individual que muitas vezes intentam realizar é decorrente de esforço diário e pode encontrar elementos de reforço na leitura e estudo das passagens evangélicas.
A ocorrência do Evangelho no Lar proporciona, de igual modo, o benefício de vizinhos e amigos haja vista que seus efeitos se espraiam para todas as direções que as mentes e corações envolvidos repercutem.
O conselho de realização desta festa santa no lar é excelente remédio terapêutico para todos os casos, uma vez que que efeitos de uma alma pura se irradia para todo o corpo e nos relacionamentos.
O cultivo do Evangelho Santo na residência se faz imperioso nos dias hodiernos onde as mentes estão em desalinho e os corações andam em frangalhos.
Cultive você também esta prática Santa.
Não evite esforços em trazer Jesus para o encontro da sua família.
É exatamente por não permiti-lo adentrar no lar ou simplesmente esqueceu da sua existência que muitas famílias estão em franco processo de destruição.
O Lar com Jesus extirpa a droga inebriante, haja vista que os corações fortalecidos na fé não dispõem de tempo e necessidade de se aventurarem na ilusão dos sentidos para terem satisfação no viver.
A casa que abriga Jesus expulsa do seu seio a mentira mordaz, o fuxico destruidor, a maledicência estridente, a antipatia eloquaz.
Guardai o Evangelho em nosso lar como tesouro que os céus te oferecem para melhor viver os teus dias na terra.
Guardai, porém, o Evangelho de Jesus no lugar onde ele deve residir de verdade – o vosso coração.
O lar do coração é o lugar mais seguro que os ensinamentos de Jesus possam florescer com entusiasmo e intensidade, com desventura e ardor.
Cultivai, portanto, o Evangelho de Jesus no coração para que teus dias sejam verdadeiramente de paz e bem-aventuranças.
Alberto
Trabalhador espiritual do Grupo Espírita Esperança.
Blog de Carlos Pereira

9.2.23

O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina Segundo o Espiritismo


 

Objetivo de Vida

Para onde vou? Pergunto-me sempre.
Esta pergunta é importante para sabermos com exatidão o que queremos da vida. Se não sabemos para onde estamos indo todos os caminhos nos são possíveis e legítimos.
A definição do nosso objetivo de vida é fundamental porque é o amálgama do nosso existir, representa a própria essência da nossa presença na Terra.
Quando vejo pessoas de lá pra cá na vida sem um rumo certo, fico pensando do que será de suas vidas. Não vão chegar a lugar algum. Passam pela vida e a vida passa por elas sem qualquer significado. Reagem sobre os fatos e não controlam a sua vida. É uma pena.
Do lado de cá, vejo muitos querendo vir para a Terra. Fazem um esforço sobre-humano para terem esta oportunidade. Sabem das suas necessidades e pedem uma chance para corrigir os seus erros. A generosidade do Pai sempre atua, vejo sempre, para que um dia eles possam voltar ao interior da Terra para cumprir a sua missão especial de vida.
Este é o problema. Querem vir, pedem, faz-se um esforço enorme, e quando chega aqui passam pela vida sem consciência do que deve fazer. Faltam-lhes foco, direção, discernimento.
Enquanto estava entre vocês, dormia pouco. Sabia que tinha alguma responsabilidade a fazer. Não sabia direito a minha grande missão, é verdade, mas se era padre, pelo simples fato de ser padre, sabia que deveria me dedicar aos demais irmãos de caminho e dar o meu melhor para que eles pudessem se libertar de suas idiossincrasias e permitir servir ao Pai Celestial da melhor maneira possível. Fui instrumento de Deus na vida daquelas pessoas, mas era meu dever como padre.
E você, o que faz com a vida que Deus lhe deu?
Pense sempre nisso e tome as suas decisões na vida. Saber para onde vai é fundamental para se viver bem. Já imaginou você numa estação de ônibus e pegar o primeiro que chegar sem saber direito onde ir.
Seja você, meu irmão e meu irmão, um instrumento do Cristo e de Deus na Terra. No final, qualquer que seja o lugar que você chegar será bem feito.
Um abraço,

Helder Camara - Blog Novas Utopias

8.2.23

Desprendimento Dificil


 

OFERENDA DE FRUTOS

Comentários Questão 672 do Livro dos Espíritos

A oferenda de frutos já é mais um passo que os seres humanos deram na escala do seu progresso. De animais para frutos, sendo que hoje alguns já passaram para as fumaças e preces decoradas, os seres humanos, e mesmos alguns Espíritos, querem agradar a Deus com alguma coisa, por ainda não serem capazes de oferecer a Ele o esforço próprio para melhorarem a sua vida.
A melhor oração que se deve fazer, se já se encontra na condição de senti-la, é o esforço no aprimoramento consciente da alma. Exercitar todos os dias é um trabalho valioso, que faz sorrir os Espíritos elevados.
O homem consciente da verdade reconhece que a Deus não interessa a oferenda de sangue de animais, de homens, ou mesmo de frutos. São Espíritos inferiores que requerem coisas materiais, por estarem ainda ligados à Terra, por processos de paixões inferiores que ainda alimentam.
Infelizmente, ainda se vêem no mundo oferendas grosseiras nos terreiros, onde a cultura espiritualista não existe, sacrificando animais, e os que se dizem instrumentos de Espíritos ignorantes tomando o sangue quente dos irmãos inferiores e ofertando aos mesmos deuses do passado o mesmo líquido rubro dos pobres seres que vêm à nossa retaguarda.
A Doutrina dos Espíritos chegou na hora certa para falar a verdade, e devemos raciocinar sobre a mensagem recebida do mundo espiritual e provar se ela "provém de Deus", no dizer do apóstolo João. Para o homem educado no Evangelho, esse ato que não condiz com o amor deve ficar esquecido. Estamos no carro da evolução que o progresso aciona sempre. Não devemos olhar para trás, para não nos tornarmos pedras. O espírita esclarecido não deve perder tempo com coisas vãs; o dinheiro que se gasta com velas, bebidas fortes, farofas e alguma coisa mais, em oferenda aos Espíritos inferiores, deve-se gastar para alimentar os próprios homens, seus irmãos que passam fome, que se encontram nus e sem teto e que, talvez, sejam até parentes daqueles a quem se está fazendo essas ofertas, que são incompatíveis com os tempos atuais.
Quase sempre notamos que os ofertantes são pessoas que não possuem aquilo que doam; esquecem-se deles, para ofertar e alimentar vícios espirituais. O tempo chegou para nos dizer "basta". Os homens já não são mais crianças; a maturidade é o sinal para se amar a Deus sobre todas as coisas, em Espírito e verdade. Tornamos a repetir que a melhor oferenda a Deus, e mesmos aos guias espirituais que nos circundam, é o amor, é o esforço em adquirir e alimentar as virtudes evangélicas, agradecendo ao Senhor por tudo que recebemos pelos canais de Jesus, em se usando a natureza.
Estamos sendo chamados e escolhidos para a grande guerra, no eterno da intimidade de cada um, luta essa que somente nós mesmos somos capazes de vencer, e as armas para tal desempenho são o amor e a caridade. Somente essa dupla salva, sob as bênçãos de Deus e de Cristo. Acordemos e vamos nas pegadas do Mestre dos mestres, porque Ele é o representante direto de Deus na Terra.
Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez
Livro a venda na LER Livros Revistas Papelaria 

7.2.23

À BEIRA DA LOUCURA Descaminhos da Paixão Romance Espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

Ensaio Sobre o Esquecimento - I

(Apenas para Reflexão dos Interessados)

 Sem dúvida, o esquecimento das existências passadas é uma das Leis que, nos mundos menos evolvidos, funciona na bênção da Reencarnação.
O esquecimento, porém, não é absoluto, e menos absoluto se torna à exata medida em que o espírito avança na escala evolutiva.
Ao que já se sabe, o olvido das vidas anteriores, em muitos espíritos, continua a viger no Mundo Espiritual – poucos são os que, mesmo na condição de encarnados, têm acesso às reminiscências do pretérito.
Em alguns espíritos, a lembrança de experiências vivenciadas por ele no tempo, quando, outra vez, toma o corpo material, pode se apresentar em forma de intuição, de inclinações, tendências vocacionais ou não, etc.
O propósito deste pequeno ensaio é o de afirmar aos estudiosos interessados no tema, que o esquecimento, não raro, igualmente se apresenta ao espirito em relação à sua vida imediatamente anterior ao desenlace.
Alguns pontos, que consideramos lógicos, corroboram, neste sentido, as nossas conclusões.
Assim como o espírito encarnado não pode, e não deve, viver em função de suas existências anteriores, o desencarnado, igualmente, não pode, e não deve, viver em função de suas reminiscências no corpo recentemente deixado.
Caso o espírito, ao deixar o corpo, conservasse, integrais, as recordações da experiência finda, ele haveria de se sentir afetado tanto quanto afetado se sentiria na condição de encarnado com as lembranças de vidas anteriores.
Cremos que, qual ocorre com crianças, que, nos primeiros anos de seu regresso ao corpo físico possui certos lampejos do passado, nos primeiros tempos – dias, meses e alguns poucos anos – de sua desencarnação o espírito pode, perfeitamente, inclusive com detalhes, conservar na memória traços de sua permanência no corpo.
Em alguns espíritos, ou muitos, esses traços mnemônicos possuem a função de permitir que a consciência acione o “gatilho” do remorso, do arrependimento, para que lhes enseje a visão das faltas cometidas e, sendo o caso, o desejo de reparação – embora seja comum que muitos espíritos, somente bem mais tarde, venham a ter esse desejo de reparação despertado.
O esquecimento do passado, às avessas, ou seja da Terra para o Mundo Espiritual, possibilita ao espírito um certo desapego indispensável à sua mais perfeita integração ao seu novo habitat.
Portanto, somos de opinião, que os nossos irmãos encarnados, em seus elucubrações filosófico-doutrinárias, deveriam, sim, cogitar da existência desse esquecimento às avessas, de vez que a lembrança integral do espírito do que ele tenha vivenciado na Terra interferiria em nova realidade existencial, com os efeitos sendo praticamente os mesmos que decorreriam caso, ao reencarnar, ele não olvidasse o passado.
Talvez, voltemos, quando oportuno, a novas considerações.
 
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 5 de Fevereiro de 2023.

6.2.23

A NOVA JERUSALÉM Romance profético espírita a venda na LER Livros Revistas Papelaria


 

É RAZOÁVEL PENSAR NISTO

A paciência não é um vitral gracioso para as suas horas de lazer.
É amparo destinado aos obstáculos.
A serenidade não é jardim para os seus dias dourados.
É suprimento de paz para as decepções de seu caminho.
A calma não é harmonioso violino para as suas conversações agradáveis.
É valor substancial para os seus entendimentos difíceis.
A tolerância não é saboroso vinho para os seus minutos de camaradagem.
É porta valiosa para que você demonstre boa-vontade, ante os companheiros menos evolvidos.
A boa cooperação não é processo fácil de receber concurso alheio.
É o meio de você ajudar ao companheiro que necessita.
A confiança não é um néctar para as suas noites de prata.
É refúgio certo para as ocasiões de tormenta.
O otimismo não constitui poltrona preguiçosa para os seus crepúsculos de anil.
É manancial de forças para os seus dias de luta.
A resistência não é adorno verbalista.
É sustento de sua fé.
A esperança não é genuflexório de simples contemplação.
É energia para as realizações elevadas que competem ao seu espírito.
Virtude não é flor ornamental.
É fruto abençoado do esforço próprio que você deve usar e engrandecer no momento oportuno.

Livro: Agenda Cristã - Francisco C. - Andre Luiz

5.2.23

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A Voz

Muitas pessoas morrem todos os dias no planeta. Os motivos são vários. Uns por doença, outros por desnutrição. Alguns por dor interior e há aqueles que perdem a esperança de viver.
Todos chegariam ao seu final de estada na Terra, mas todos possuíam, no seu íntimo, uma tarefa a cumprir. A pergunta capital que se deve fazer é: conseguimos cumprir com o nosso objetivo existencial na Terra?
Essa pergunta é pertinente e nos insere num sem número de motivos pelos quais escapamos esta oportunidade santa de encarnação no planeta.
- Por que nos desviamos dos nossos propósitos maiores?
- Aliás, sabíamos antecipadamente que propósitos eram estes?
- Demos conta que tínhamos propósitos a conferir?
A verdade é que a maioria das gentes passa pela Terra como se estivesse em viagem e sem saber direito qual o destino que desejaria chegar.
É um viajante errante.
Vejo muitas pessoas por aqui ainda a perguntar por que morreram; por que não conseguiram ser felizes como desejavam; por que levaram a vida apenas para sofrer e outros motivos de questionamento.
Ora, tudo tem seu fim. Não haveríamos de embarcar no corpo carnal sem um propósito definido. Deus, se nos criou, tem um propósito maior para que existíssemos, então qual é?
Essa pergunta tem resposta, mas é preciso procurar para encontrar.
O problema é que maioria das pessoas não procura e quando chegam a encontrar, a vida já está praticamente dando a última volta.
Esse propósito existe para todos. Os anjos guardiões, como normalmente conhecemos a figura de nosso tutor espiritual na Terra, é o responsável para nos colocarmos no prumo quando nos afastamos do destino inicialmente traçado.
Como é bom termos alguém para impedir que deixemos a estrada programada e nos “desembestemos” sem rumo pela vida afora.
Mesmo com a sua presença a nos dirigir os passos, não é ele quem caminha, somos nós. E, maioria das vezes, contrariamos o caminho inicialmente traçado para nós. E é natural que isto tenha consequências indesejáveis.
O destino somos nós quem traçamos, consciente ou inconscientemente, e vamos cumprindo à medida que o tempo passa na Terra.
Há coisas, porém, que não é obra do acaso. Somos nós que não ouvimos direito a voz interior e nos desviamos completamente da senda planejada.
Portanto, peçamos sempre a Deus para seguirmos no caminho traçado antes da nossa encarnação. Aceitemos os desígnios que a vida nos confere. Entendamos cada fato como teste evolutivo para nossas almas. Tudo possui o seu objetivo de acontecer. Aprendamos, então.
Eu sigo a Igreja Católica, mesmo do lado de cá da vida, é ela o meu ponto referencial de religiosidade, como todos sabem, mas não deixo de beber das verdades que aqui escuto e presencio. Esta é uma delas.
Somos guiados por uma força potente que nos dirige para o bem e para a beleza existencial. Mesmo que teimemos em desobedecer a essa voz interior, ela se fará presente em todos os momentos da nossa vida a clamar pela nossa atenção conosco mesmo.
É a voz de Deus!
Ouçamo-la com atenção. Ela somente nos dirige para o nosso bem, mesmo que aparentemente isto não pareça.
Sigamos com Jesus a nos orientar os caminhos, caso tenhamos alguma dúvida ou hesitação.
Se confiarmos, de verdade, a vida ficará mais leve de se viver e é provável que nossos sonhos, se forem o melhor para nós, sejam realizados.
Helder Camara - Blog Novas Utopias